Capitulo 1 - Introdução A Linguagem Python - RevFinal - 20201116

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Introdução à linguagem Python
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Modelo para representação de uma linguagem compilada. ..................9


Figura 1.2 – Modelo para representação de uma linguagem interpretada. ...............10
Figura 1.3 – Janela de instalação do Python.............................................................15
Figura 1.4 – Versões disponíveis do PyCharm. ........................................................16
Figura 1.5 – Iniciando o PyCharm. ............................................................................16
Figura 1.6 – Iniciando o PyCharm – Janela 2............................................................17
Figura 1.7 – Iniciando o PyCharm – Janela 3............................................................17
Figura 1.8 – Iniciando o PyCharm – Janela 4............................................................18
Figura 1.9 – IDE PyCharm. .......................................................................................18
Figura 1.10 – Primeiro Projeto – Etapa 1. .................................................................19
Figura 1.11 – Primeiro Projeto – Etapa 2. .................................................................19
Figura 1.12 – Primeiro Projeto – Etapa 3. .................................................................19
Figura 1.13 – Primeiro Projeto – Etapa 4. .................................................................20
Figura 1.14 – Primeiro Projeto – Etapa 5. .................................................................20
Figura 1.15 – Primeiro Projeto – Etapa 6. .................................................................21
Figura 1.16 – Primeiro Projeto – Etapa 7. .................................................................21

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1.1 – Plataformas disponíveis para instalação do Python. ...........................14

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO À LINGUAGEM PYTHON ..............................................................5


1.1 Por que linguagem de programação em nosso curso? .......................................5
1.2 Conhecendo o Python .........................................................................................7
1.2.1 Python é interpretado? .....................................................................................8
1.2.2 Python, qual o seu paradigma? ........................................................................11
1.2.3 Python é alto nível ............................................................................................13
1.3 Instalando o Python .............................................................................................14
REFERÊNCIAS .........................................................................................................23

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1 INTRODUÇÃO À LINGUAGEM PYTHON

1.1 Por que linguagem de programação em nosso curso?

Sejam todos bem-vindos à nossa disciplina de Optimize Technology. Este


conteúdo foi desenvolvido com a missão de demonstrar para você a utilidade de
uma linguagem de programação em um ambiente em que encontramos várias
“coisas” interconectadas. Essas “coisas” vão desde os nossos computadores
comuns até os wareables que se fazem presentes dentro do nosso dia a dia, ou
seja, tudo aquilo que utilizamos e que nos permite estar conectados de alguma
forma.

Logo, você pode estar se perguntando, o que faremos com uma linguagem de
programação dentro desse ambiente? Desenvolveremos sistemas comerciais?
Armazenaremos dados em banco de dados, como normalmente é utilizada uma
linguagem de programação em um curso focado para desenvolvimento de sistemas?
A resposta é: NÃO!!! Vejamos alguns exemplos do enfoque que desejamos obter
dentro desta disciplina:

• Automatizar a geração de ativos de uma rede: normalmente, essa


tarefa é realizada nas grandes empresas por meio de alguma planilha em
que um profissional será o responsável por documentar todos os ativos.

• Alterar configuração dos ativos de uma rede: imagine um profissional


que deverá alterar uma faixa de IP, porta, DNS ou qualquer outra
informação importante para um ativo de rede, alterações essas que podem
ocorrer frequentemente de acordo com as normas de segurança. Agora
imagine um cenário pior, em que esses ativos estão geograficamente
distantes, até mesmo em países diferentes. A solução será enviar um
profissional para todas as filiais? Contratar em cada filial um profissional
com essas habilidades? Ou permitir que um script possa ser executado
remotamente, e que seja responsável por alterar as configurações
desejadas?

• Realizar geração e leitura de logs locais com o objetivo de gerenciar e


obter informações importantes sobre o comportamento dos equipamentos

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e principalmente dos usuários, por questões de desempenho ou até


mesmo por segurança.

• Desenvolver programas capazes de testar portas e endereçamentos


lógicos, de maneira automática e frequente, dentro de uma rede, a fim de
identificar possíveis vulnerabilidades.

• Enviar e/ou receber informações para equipamentos de IoT por meio de


uma porta serial.

• Direcionar patch´s de atualizações e/ou correções de acordo com o


sistema operacional que está sendo executado na máquina cliente, sem
depender da interatividade dele.

Essas são algumas das funções em que hoje aplicamos as linguagens de


programações, dentro de uma rede de dispositivos, que, por sua vez, está suscetível
a invasões, ataques, roubos e muitos outros prejuízos que já conhecemos ou de que
ouvimos falar.

Nos dias atuais, existe uma lacuna profissional entre programadores


(pensando nos profissionais que desenvolvem sistemas comerciais) e os
responsáveis pela infraestrutura de uma rede de dispositivos, porque os
programadores, na maioria das vezes, não se preocupam em saber como funciona
tecnicamente uma comunicação por protocolos, topologias de redes, entre outros
assuntos que os profissionais de infraestrutura dominam. Também não se
interessam em aprender, por exemplo, quando ocorre um deploy de uma aplicação
WEB, ou até mesmo as camadas que compõem uma aplicação comercial WEB ou
não.

Com isso, se faz necessário um profissional que consiga, por exemplo, gerar
um container (dentro de um docker) para uma aplicação comercial, subir esse
container para a cloud da empresa e liberar as portas necessárias dentro do firewall,
sem comprometer as questões de segurança.

Percebe a forte ligação que há entre uma arquitetura de sistemas (na qual
atuam os desenvolvedores) e a arquitetura de redes (na qual atuam os profissionais
de infraestrutura)?

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Recomendo fortemente que você leia o conteúdo das duas matérias a seguir,
que poderão contribuir para a sua compreensão sobre o assunto:

• https://exame.com/carreira/os-7-profissionais-mais-disputados-na-area-de-ti/

• http://igti.com.br/blog/carreira-ti-infraestrutura-servico/

Você deve estar pensando, mas isso tudo deve ser demais para um
profissional só, certo? Não, quando você aprende a automatizar ações e consegue
entender como funciona basicamente o mundo dos desenvolvedores.

Não queremos torná-los programadores nesta disciplina, mas desejamos que


você navegue por ela aproveitando para entender como é útil o conhecimento de
programação, dentro do contexto do seu curso, e que possa aproveitar ao máximo
para facilitar as tarefas do seu dia a dia profissional.

A pergunta agora é: qual linguagem de programação iremos utilizar? Vamos


seguir para o próximo tópico, lá encontraremos a resposta para esta pergunta…

1.2 Conhecendo o Python

Bem-vindo ao mundo dos répteis… ops… bem-vindo ao mundo Python!!!


Vamos começar explicando o porquê do Python.

Além do fato de que o Python hoje é a linguagem mais utilizada para


desenvolvimento de scripts para integrações de ambientes em diferentes
plataformas, também é uma linguagem simples para aprender a programação que
contém em sua comunidade um forte pilar para a sua propagação e incentivo à sua
utilização.

Um outro fator que será importante para você é que o Python é a linguagem
de programação mais utilizada no mundo de segurança da informação. Não iremos
nos estender sobre sua história, mas algumas informações são importantes:

• O Python foi lançado na Internet em 1991 (comparada com outras


linguagens mais tradicionais, como a linguagem C, por exemplo, o Python
é um bebê).

• O seu criador chama-se Guido van Rossum, um holandês que


desenvolveu essa linguagem com o objetivo de criar algo que não se

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parecesse com qualquer outro concorrente. Por isso, já na sua concepção,


o Python tinha como objetivo atender os profissionais que trabalham com
tecnologia, mas que são “resistentes” à programação, como: cientistas,
engenheiros de diversas áreas, especialistas em dados, especialistas em
segurança, entre outros. Por isso, duas palavras nortearam o trabalho de
Guido van Rossum: legibilidade e produtividade.

• Trabalharemos utilizando a versão 3.6.1, cuidado… pois existem grandes


diferenças entre as gerações 2 e 3 do Python, ou seja, entre o Python 2.x
e o Python 3.x, há um abismo de diferenças que podem interferir
diretamente no seu código.

• Alocação de memória e gerenciamento de recursos são conceitos com


que não precisamos nos preocupar em Python, uma vez que a própria
linguagem se encarrega de controlar, de maneira eficiente, esses serviços.
Em relação ao desenvolvedor, isso é de grande valia, uma vez que o
programador foca apenas no desenvolvimento da sua solução/ferramenta.

• O Python é uma linguagem livre, que depende bastante da sua


comunidade, por isso, não deixe de participar “ativamente” da
comunidade. Temos uma comunidade para brasileiros, disponível no site:
http://python.org.br/. Você irá se surpreender em como poderá ser útil e
como irá aprender de maneira mais rápida e eficiente participando de uma
comunidade.

Um pouco mais sobre as características do Python, veremos no tópico a


seguir, mãos à obra…

1.2.1 Python é interpretado?

Esta é uma característica muito polêmica no mundo dos desenvolvedores, por


isso iremos abordar de uma maneira mais ampla e procuraremos ser o mais claro
possível para alguém que não seja programador.

Vamos começar demonstrando as duas arquiteturas mais comuns, utilizadas


pelas linguagens de programação:

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O seu “Código-fonte”
(Formado pelos comandos que você digitou)

Compilação: a linguagem contém uma


ferramenta que transforma o seu código-
fonte em um arquivo executável (que não
podemos mais ler ou alterar, pois está
praticamente em linguagem de máquina).
Esse arquivo executável permite o seu
funcionamento em um computador e/ou
dispositivo que necessariamente não terá a
linguagem que gerou o código-fonte. É como
se cortássemos o “cordão umbilical” entre o
que você desenvolveu e a linguagem de
programação que permitiu o
desenvolvimento.

Arquivo executável
(Executa-se sem a necessidade da linguagem de
programação que o gerou)

Figura 1.1 – Modelo para representação de uma linguagem compilada


Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

O exemplo acima demonstra uma compilação, o caso da linguagem C, por


exemplo, em que você escreve um arquivo com comandos em C, gera um arquivo-
fonte, fonte: aplicacao.c. Quando conclui o seu código, precisa executá-lo em outro
computador, que não terá a linguagem C instalada, então, você compila, ou seja,
gera um arquivo executável no seu computador, normalmente com extensão “exe”, o
qual ficaria com o nome aplicacao.exe. Esse arquivo executável não depende mais
da existência do C na máquina em que será executado.

Vejamos agora outra arquitetura utilizada pelas linguagens de programação.


Um exemplo que utiliza essa arquitetura é a linguagem Basic, em que o código-fonte
agora não será convertido, apenas será interpretado por alguma aplicação que a
própria linguagem possui, ou seja, caso queira executar sua aplicação, deverá
instalar o responsável da linguagem que interpretará o seu código-fonte.

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Não será gerada outra forma de arquivo. É como ocorre com o HTML (que
não é exatamente uma linguagem de programação, mas não iremos entrar no mérito
da questão nesse momento) que depende de um browser para que seja executado.
Sem um browser, um HTML é apenas um aglomerado de códigos.

O seu “Código-fonte”
(Formado pelos comandos que você digitou)

Interpretação: a linguagem contém uma


ferramenta que interpreta o seu código-
fonte. Em qualquer lugar que você tente
executar a sua aplicação, deverá ter
instalado previamente a ferramenta no
equipamento, só assim poderá executá-la.

Figura 1.2 – Modelo para representação de uma linguagem interpretada


Fonte: Elaborado pelo autor (2017)

Bem, agora o que ocorre com o Python? O Python trabalha dentro da


arquitetura interpretada, ou até mesmo com as duas arquiteturas (compilada e
interpretada) juntas, formando uma arquitetura híbrida, o que termina causando as
eternas discussões: o Python faz uso da arquitetura interpretada, compilada e/ou
híbrida?

Quando você gera o seu código-fonte em Python (arquivo com extensão .py),
você pode compilá-lo, o que irá gerar um arquivo com extensão .pyc (Python
Compile), que não é independente, e precisará da ferramenta que irá interpretar o
seu conteúdo, a qual chamamos de PVM (Python Virtual Machine). Logo, para
executar um arquivo compilado em Python, você não precisa do Python como
ferramenta, necessitará apenas da PVM instalada, ou seja, nesse processo ele
compilou e interpretou, logo é híbrido.

Mas como já afirmamos anteriormente, o Python não obriga a compilação, ou


seja, um arquivo .py (código fonte) pode ser diretamente interpretado pela PVM
(essa é a situação mais comum de utilização do Python no mercado), logo ele é
interpretado.

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Vejam, que as duas situações podem existir. Aqui no curso, você utilizará o
Python dentro da arquitetura interpretada, mas cabe a você agora discutir se o
Python é uma linguagem que trabalha com a arquitetura interpretada ou híbrida.
Boas discussões!!!!

Caso você queira saber mais sobre as vantagens e desvantagens de uma


linguagem que utiliza uma arquitetura híbrida, compilada ou interpretada,
recomendamos as leituras das referências bibliográficas para se aprofundar no
assunto. Como a ideia não é torná-los programadores, os conceitos apresentados
até agora são suficientes para continuarmos a nossa jornada.

1.2.2 Python, qual o seu paradigma?

Filosófico o título deste tópico, não é mesmo? Vamos entender primeiro o que
é paradigma de linguagem de programação. Um paradigma de programação nada
mais é do que uma forma de pensar e organizar os comandos dentro do
desenvolvimento de programa. Cada paradigma possui as suas devidas vantagens e
desvantagens e a ideia aqui novamente não é entrar em discussões sobre a melhor
ou pior.

Aqui entra, sim, mais uma vantagem do Python em relação às outras


linguagens que são mais engessadas quanto aos paradigmas. Isso porque o Python
é multiparadigma, ou seja, atende alguém que já esteja adaptado a pensar e
organizar os seus códigos por meio do paradigma Orientado a Objetos, aqueles que
fazem uso do paradigma Estruturado e até mesmo aqueles que trabalham com o
paradigma funcional, que é o paradigma mais distante do Python, mas que também
pode ser utilizado.

Essa característica de ser multiparadigmas termina tirando o peso do


conhecimento prévio sobre os paradigmas e a preocupação em adotar mais esses
conceitos que são mais importantes para aqueles que atuam ou desejam atuar como
desenvolvedores. Dentro da nossa disciplina, iremos utilizar o paradigma
estruturado, por isso, irei abordá-lo com um pouco mais de detalhes.

O paradigma estruturado faz uso basicamente de três pilares: sequência,


decisão e iteração. Esses três pilares suportam e induzem a criação de rotinas

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simples que possuam poucas linhas de códigos, ou simplesmente só o suficiente


para que possam funcionar.

Imagine o seguinte: você precisa desenvolver para sua empresa diversas


ferramentas: gerador de backup, criador de arquivos de log, leitor para arquivos de
log, identificação de sistemas operacionais das máquinas cliente, testador de ips,
varredor de portas lógicas abertas, enfim, essas são algumas rotinas que você
deverá desenvolver. Se você criar tudo dentro de um único arquivo de código-fonte,
ele ficará muito grande, com muitas linhas de código, o que irá dificultar
manutenção, leitura, reaproveitamento do código, entre outras situações corriqueiras
e do dia a dia.

Pense. Se você precisar enviar para um companheiro da sua área somente


as linhas responsáveis pela geração de um backup ou ainda enviar as linhas
responsáveis por varrer portas lógicas para outros departamentos que contenham
uma Intranet, deverá ficar retalhando e separando algumas linhas de um amontado
total, isso não é prático.

Dentro do paradigma estruturado, você será induzido a criar pequenas


funções/sub-rotinas que irão conter apenas as linhas suficientes para a execução de
uma ação específica. Então, ficará muito mais fácil realizar uma manutenção ou
compartilhar funções que já estão prontas, tanto para exportar para outros projetos
como importar para o seu projeto. Além disso, também permite-se dividir as tarefas
de criação e gerenciamento de funções dentro do time de profissionais da sua
empresa.

Muito mais prático, não? Perceba como isso está no seu dia a dia. Um
exemplo bem prático: o controle remoto da sua televisão. Se ele ainda não existisse,
você seria obrigado a ligar, trocar os canais e controlar o volume diretamente na sua
TV, certo? E se essas funções dessem qualquer tipo de problema? Você deveria
levar até um técnico para realizar a manutenção. Pois bem, veja como foi melhor
após a aplicação da estruturação/modularização.

Com todas essas funções (ligar/desligar, aumentar/diminuir volume, trocar de


canais) em um controle remoto, caso você tenha algum problema nesses módulos,
basta levar o controle para a manutenção ou trocar por outro, o que torna o processo
muito mais simples e rápido.

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E ainda pode ser reaproveitado, pois, caso você tenha outra TV igual, poderá
aproveitar o controle remoto de uma em outra. Percebeu como modularizar é
importante para as manutenções/atualizações e também para o reaproveitamento?
Assim funcionarão os códigos que iremos desenvolver dentro do Python.

1.2.3 Python é alto nível

Vamos entender agora por que o Python é considerado alto nível? Seria
porque ele é utilizado pela alta elite da sociedade? Ok, sabemos que a piadinha foi
horrível, mas, então, vamos ao que interessa. Imagine uma longa estrada, onde, em
uma das suas extremidades, encontraremos a CPU e, na outra, o desenvolvedor.

Pois bem, quando você trabalha com linguagem de alto nível, o seu
programa/ferramenta parte de um ponto dessa estrada, mais próximo ao
desenvolvedor. Isso significa que ele está mais distante da CPU e, para chegar lá,
vai demorar um pouco mais, quando comparamos com uma linguagem de baixo
nível, que está mais próxima da CPU.

Por isso, existe uma diferença de performance entre uma linguagem de alto
nível e uma linguagem de baixo nível. A quantidade de processos que existem entre
a ferramenta do desenvolvedor e a CPU será maior quando a linguagem utilizada é
de alto nível, e haverá menos processos quando a linguagem for de baixo nível.

Por outro lado, pelo fato de a linguagem de alto nível estar mais próxima do
desenvolvedor, é mais legível para ele. Quanto mais se avança na estrada em
direção à CPU, mais difícil vai ficando a leitura e a interpretação do código pelo
programador. Por exemplo, observe as linhas abaixo:

se nota<6 .e. nota>=4 então

if nota<6 and nota>=4:

if (nota<6 && nota>=4) {

Na primeira linha, a interpretação é mais clara, pois está em altíssimo nível.


Na verdade, não é nenhuma linguagem de programação de mercado, mas seria a
linha de comando de uma ferramenta chamada VisualG, que auxilia no processo de
aprendizagem de programação.

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Já na segunda linha, a interpretação começa a ficar um pouco mais obscura,


ela está escrita em Python; e, na terceira linha, o nível é ainda mais baixo, tornando
o código mais ilegível, está escrita em Java. Perceba que, quanto mais alto o nível,
mais fácil para ser compreendida, ou seja, mais fácil para que você possa aprender.

Falando em aprender, está na hora de colocarmos a mão na massa. Lembre-


se de que até agora a maior preocupação foi situar você em relação ao Python,
esclarecer a importância dessa linguagem para sua formação, apresentar os
conceitos mais comuns com que você poderá se deparar no mercado de trabalho,
entender como funciona e qual a principal proposta da linguagem de programação
Python.

Seguimos em frente.

1.3 Instalando o Python

Iremos verificar agora como instalar e configurar o Python na sua máquina.

1º-) Baixe o Python, diretamente do site dele, e evite os sites genéricos que
“auxiliam” nos downloads, segue o link:

https://www.python.org/downloads/release/python-361/

Dentro da página, vá até a seção Files e faça o download de acordo com a


sua plataforma do sistema operacional. Conforme a imagem abaixo:

Quadro 1.1 – Plataformas disponíveis para instalação do Python


Fonte: Python.org (2017)

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2º-) Após a conclusão do download, execute o instalador e muita atenção à


primeira tela da instalação:

Figura 1.3 – Janela de instalação do Python


Fonte: Python.org (2017)

A parte destacada, na figura acima, deve ser selecionada, porque irá


adicionar as referências para a execução do Python, dentro das variáveis de
ambiente do sistema operacional, por isso, é fundamental selecioná-la. Caso não o
faça, poderá executar o Python somente a partir da pasta em que você o instalou.

Em seguida, clique sobre a opção “Install Now”, caso queira aceitar todas as
sugestões-padrão, como ícones que estarão na sua área de trabalho, local de
instalação etc. Se, por outro lado, preferir alterar alguma dessas configurações,
utilize a opção “Customize Installation”.

3º-) Após a conclusão da instalação, abra o prompt de comando:

• Se estiver no Windows, utilize, <Windows> + <R>, digite cmd e pressione


<enter>.

• No prompt de comando, digite Python e, então, estará dentro do IDLE, que


é o ambiente puro do Python para o desenvolvimento. Ou seja, você já
está dentro do Python para programar.

• Digite exit() e pressione <enter> para sair do IDLE.

• Digite exit e pressione <enter> para sair do CMD.

4º-) Entretanto, não iremos programar dentro do IDLE, devido à sua falta de
flexibilidade e praticidade em montar os códigos. Para isso, iremos utilizar o

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PyCharm, uma das ferramentas mais utilizadas para programação Python, que se
enquadra na categoria IDE. O IDE permite programar em determinada linguagem e
possui recursos que viabilizam a produtividade e a praticidade durante o
desenvolvimento e a execução do seu programa. Baixe o PyCharm por meio do link:

https://www.jetbrains.com/pycharm/download/

A página que será aberta possui duas opções de download, conforme


podemos observar na imagem abaixo:

Figura 1.4 – Versões disponíveis do PyCharm


Fonte: Jetbrains.com (2017)

A opção Professional é uma versão gratuita por um determinado tempo, se


quiser utilizá-la após o prazo, deverá pagar pela ferramenta. A versão Community é
a versão gratuita, que você poderá utilizar livremente. Para a nossa disciplina, basta
a versão Community, mas fique à vontade para escolher a que melhor lhe convier.

Após realizar o download, poderá instalar o PyCharm, não há qualquer


observação relevante dentro do seu processo de instalação.

5º-) Ao executar o PyCharm pela primeira vez, irá surgir a tela abaixo:

Figura 1.5 – Iniciando o PyCharm


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

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Marque a opção que está apontada pela seta vermelha e clique em ok. Logo
depois, irá surgir a tela abaixo:

Figura 1.6 – Iniciando o PyCharm – Janela 2


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Não há necessidade de qualquer alteração na tela acima, todos os itens são


modificáveis posteriormente e se referem à apresentação do ambiente, cores, temas
etc. Pode clicar no OK e dar prosseguimento.

Figura 1.7 – Iniciando o PyCharm – Janela 3


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Na tela acima, poderá escolher se deseja iniciar um novo projeto ou abrir um


projeto já existente, no nosso caso, selecione a opção “Create New Project”.

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Figura 1.8 – Iniciando o PyCharm – Janela 4


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Na tela acima, deveremos selecionar o local para gravarmos o nosso projeto


e, principalmente, selecionar no DropBox o local em que está instalado o Python na
sua máquina. Com isso feito, clique em Create, caso apareça uma janela de dicas, e
pronto o seu PyCharm estará aberto, conforme poderemos observar na figura
abaixo:

Figura 1.9 – IDE PyCharm


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Deixe o seu projeto selecionado, clique sobre ele com o botão direito do
mouse e escolha a opção New e Directory, conforme é demonstrado na imagem
abaixo:

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Figura 1.10 – Primeiro Projeto – Etapa 1


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Digite “PrimeiroProjeto” e clique em “OK”. Deverá aparecer uma pasta dentro


do seu projeto. Clique com o botão direito sobre a sua pasta “PrimeiroProjeto” e
escolha as opções: New e Python File, conforme podemos observar na imagem a
seguir:

Figura 1.11 – Primeiro Projeto – Etapa 2


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Na caixa que será aberta, digite “HelloWorld” e clique em “OK”.

Figura 1.12 – Primeiro Projeto – Etapa 3


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Sua tela, então, ficará conforme a imagem abaixo:

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Figura 1.13 – Primeiro Projeto – Etapa 4


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Do seu lado direito, você terá o espaço dentro do arquivo HelloWorld.py, para
poder digitar o seu primeiro programa.

Segundo os mais supersticiosos, você somente aprenderá a linguagem se


começar por um HelloWorld. Não que sejamos supersticiosos, mas também não tem
por que duvidar, não é mesmo?

Então, vamos lá, digite os seguintes comandos:

Figura 1.14 – Primeiro Projeto – Etapa 5


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Agora, precisamos interpretar esse nosso código-fonte, para isso, será


necessário: clicar com o botão direito sobre o seu arquivo “HelloWorld.py” e
selecionar a opção “Run HelloWorld”. Conforme está demonstrado na imagem
abaixo:

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Figura 1.15 – Primeiro Projeto – Etapa 6


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Figura 1.16 – Primeiro Projeto – Etapa 7


Fonte: PyCharm – JetBrains (2017)

Na parte inferior da sua tela, você verá o resultado da execução do seu


primeiro programa, que foi a exibição da mensagem “Hello World”, conforme você

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pode verificar na figura acima. Ufa... Quanto trabalho neste capítulo, hein? Bom,
encerraremos por aqui. No próximo capítulo, explicaremos não só o que foi feito
dentro do nosso código do “HelloWorld”, mas outros conceitos mais práticos, como
variáveis, tipos de dados e muito mais. Reviva os principais conceitos desta etapa e
incorpore-os no seu dia a dia. Até o próximo capítulo!

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REFERÊNCIAS

ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant, B. Sistemas de banco de dados. 6. ed.


São Paulo: Pearson Addison-Wesley, 2011.

FORBELLONE, Andre Luiz Villar. Lógica de Programação. 3. ed. São Paulo:


Prentice Hall, 2005.

KUROSE, James F. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-


down. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Empreendedorismo. São Paulo: Pearson


Prentice Hall Brasil, 2012.

PIVA, Dilermando Júnior. Algoritmos e programação de computadores. São


Paulo: Elsevier, 2012.

PUGA, Sandra. Lógica de programação e estruturas de dados. São Paulo:


Prentice Hall, 2003.

RHODES, Brandon. Programação de redes com Python. São Paulo: Novatec,


2015.

STALLINGS, W. Arquitetura e organização de computadores. 8. ed. São Paulo:


Pearson Prentice Hall Brasil, 2010.

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