Projecto DR Monteiro
Projecto DR Monteiro
Projecto DR Monteiro
Capitulo I: Introdução........................................................................................................3
DEDICATÓRIA................................................................................................................4
AGRADECIMENTOS......................................................................................................4
Resumo..............................................................................................................................5
1.2.1. Resultados...............................................................................................................5
PROBLEMA DE PESQUISA...........................................................................................6
Porque é que as Comunidades do bairro de Namicopo são epcentricos da cólera?..........6
1.3.1 Justificativa e Relevância........................................................................................6
1.3. – Objectivos..............................................................................................................7
1.3.2 Objectivo geral.........................................................................................................7
1.4. Objectivos específicos................................................................................................7
1.4.2 Hipóteses..................................................................................................................8
CAPÍTULO II: ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL............................8
2. Quadros teórico: abordagem fenomenológica construtivista........................................8
2.1 Quadros conceptual....................................................................................................9
2.2.1 Conhecimento sobre o conceito...............................................................................9
2.2. Conhecimento sobre a causa....................................................................................10
2.2.3 Conhecimento sobre transmissão...........................................................................10
2.3. Conhecimento sobre prevenção................................................................................10
2.3.1 Conhecimento sobre tratamento.............................................................................11
3.3.2 Percepção social.....................................................................................................11
3.3.3 Risco.......................................................................................................................11
3.4. Factores de risco......................................................................................................12
CAPÍTULO VIII: METODOLOGIA..............................................................................13
3. Método.........................................................................................................................13
3.1 Técnicas....................................................................................................................14
3.2. Tipificações da cólera..............................................................................................14
3.3.3 Cólera como resultada da incapacidade do Estado.................................................15
3.4. Cólera como doença da pobreza..............................................................................16
3.4.1 Experiências e vivências com a cólera..................................................................17
3.5. Estratégias de prevenção à cólera............................................................................17
3.5.1 Percepções acerca do impacto da cólera no bairro................................................18
3.5.2. Conclusão..............................................................................................................19
3.6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................20
Anexo1: Guião de entrevistas..........................................................................................21
I – Perfil sócio-económico do entrevistado.....................................................................21
Anexo 2: Fotografias do bairro de Namicopo.................................................................22
Capitulo I: Introdução
A cólera é uma infecção bacteriana aguda intestinal causada pela ingestão de alimentos
ou água contaminados com o Vibrio cholerae, sero-grupos O1 e O139 ou transmitida
directamente de pessoa a pessoa pela via fecal – oral.
Os sintomas incluem diarreia aguda aquosa abundante e vómitos. Quando não tratada
pode levar à morte em algumas horas. Os surtos estão ligados a condições inadequadas
de habitação, saneamento e falta de água potável, prevalentes em muitos países em
desenvolvimento.
Este tipo de incidente não é novo, existindo a crença desde 1998 de que o Governo está
a introduzir a cólera através do cloro com o objectivo de matar o povo de Nampula,
provocando insegurança social, levantamentos e confrontos com a Polícia.
3
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Monteiro molevala e Julieta António alexndre pelos ensinamentos e por
tudo que representam na minha vida.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus pela oportunidade que me concedeu para que esta
etapa fosse uma realidade na minha vida.
Sinto-me particularmente grata aos meus irmãos Idelvina Alexandre Mussaira, Pedro
Alexandre Mussaira, Tomás Arnaldo Mina, Orlando Monteiro, pelo apoio moral e
material que puderam proporcionar-me e acima de tudo por terem acreditado nas
minhas capacidades em vencer mais esta etapa do percurso académico.
Ao Dr. Saide Faque, pela competência e paciência que teve em acompanhar a realização
da presente dissertação.
4
Resumo
1.2 Contexto
1.2.1. Resultados
5
PROBLEMA DE PESQUISA
A ocorrência das epidemias na história tem chamado à atenção dos cientistas sociais
devido a dois aspectos, a sua capacidade de relevar que as alterações biológicas não
estão, de forma alguma, desvinculadas das alterações demográficas e sociais. Segundo,
pelo seu papel como instrumento importante de análise a ser usado para compreender as
sociedades tanto do passado quanto do presente. De acordo com esta linha pensamento,
o papel desestabilizador das epidemias seria assim, revelador de factos e elementos
cruciais para compreender as sociedades que enfrentavam este tipo de problema (Witter,
2007).
Realça também que os factores que operam no mundo de um determinado risco não são
necessariamente os mesmos em todos os grupos da população. Assim, é importante
reconhecer a existência dos grupos mais vulneráveis de modo a seleccionar às
intervenções sociais e sanitárias apropriadas para diminuir ou eliminar factores
específicos de risco (Idem).
Apesar de estes estudos serem relevantes para o estudo do impacto da cólera na vida dos
indivíduos, Beltrão (2007) parte de princípio que o impacto social da cólera não pode
ser avaliado apenas pelo número de mortes ou pelo grupo de indivíduos afectados e
ameaçados pela epidemia. Incluir o olhar dos protagonistas do evento, a forma como os
indivíduos interpretam a ocorrência e o adoecimento devido a cólera constitui também
uma componente importante para o estudo do impacto social da cólera nos indivíduos.
Em termos desta temática, Beltrão (2007).
6
condutor deste investimento é que o risco não pode ser tratado a partir de uma visão
técnica absoluta e objectiva, é preciso ter em conta a construção social do risco por
grupos sociais diferenciados (Vargas, 2006). Como avança Peres (2002) citado por
Vargas (2006).
(…) Os riscos (…), mais do que entidades físicas que existem independentemente dos
seres humanos e vivencias, são processos de construção social. (…) os estudos sobre a
percepção de risco (…) são baseadas nas crenças, visões, sensações e interpretações da
população/grupo populacional/indivíduo relacionado com o risco (PERES, 2002,
p.136).
1.3. – Objectivos
7
Identificar os factores que determinam a situação de risco na óptica dos
moradores de Namicópo
Descrever as estratégias de prevenção a cólera adoptada pelos moradores do
Bairro
Identificar que conhecimentos têm os adultos do bairro de Namicópo sobre
cólera.
Identificar os principais erros de conceito existentes nesta população e se estes
podem contribuir para o aparecimento de casos de cólera.
1.4.2 Hipóteses
Este capítulo propõe-se a construir o quadro teórico e conceptual que irá orientar a
leitura dos dados empíricos. Segundo Macamo (2004), sempre que olhamos para o
social, devemos fazê-lo a partir dum quadro teórico, através do qual apreendemos a
realidade social. Percebendo a teoria como um conjunto de sistematizado de conceitos e
de relações entre os conceitos de carácter substantivo que dizem respeito ao real, é a
partir dela que conduzimos a nossa investigação e fazemos a análise das percepções dos
indivíduos em torno da cólera.
Para perceber a temática e problemática que norteiam o presente trabalho optamos pela
abordagem fenomenológica construtivista de Berger e Luckmann (2004). Inspirados na
“fenomenologia social” de Schutz, a preocupação principal destes teóricos está na forma
como os indivíduos constroem a realidade social.
8
questionar sobre a razão das mesmas, limitando-se a dizer que é assim que as coisas
funcionam.
Os participantes (19 de 20) responderam que se tratava de uma doença diarreica; cada
participante acrescentou uma característica, 10 mencionaram que estava associada a
pobres condições higiénicas e sanitárias, 3 mencionaram que é fatal e 2 disseram que se
acompanha de vómitos. Um dos participantes expressou dois erros de conceito (a cólera
é caracterizada por febres e diarreia sanguinolenta) e outro mencionou que é uma
doença de longa evolução.
Pelo facto do trabalho fazer análise da relação existente entre as percepções dos
indivíduos sobre a cólera e a determinação dos factores de risco, apresentamos o
conceito que a biomedicina traz da cólera. Trazemos este conceito porque nos será útil
perceber em que medida as percepções dos indivíduos aproximam-se ou distanciam-se
da forma como a biomedicina conceptualiza a cólera e determina os factores de risco da
doença.
Nesta área de conhecimento, a cólera é uma doença diarreica provocada por uma
infecção intestinal aguda, causada por uma bactéria – vibrião colérico (vibrio cholerae)
9
(Cliff, et al.2009). Ela afecta apenas os seres humanos, e a sua transmissão se dá através
da ingestão da água contaminada com fezes ou vómitos de doentes, assim como pelas
fezes das pessoas portadoras do vibrião, mas que não apresentam sintomas
(assintomáticos). Dá-se também pela ingestão de alimentos que entram em contacto
com a água contaminada, por mãos contaminadas de doentes ou portadores e de quem
manipula os produtos alimentares (Gujral e Manjate, 2009).
A cólera tem como principais vectores as moscas, baratas e ratos; sendo os principais
sintomas da doença caracterizados por diarreia volumosa e aquosa; dores abdominais
tipo cólica; náuseas e vómitos; hipotensão (perda do volume sanguíneo) e hipotermia
(falta de água) (Idem).
Segundo Cliff et al (2009), a cólera é muito perigosa porque pode levar rapidamente a
morte e se transmite facilmente entre as pessoas que vivem em condições precárias
(falta de abastecimento de água potável, de higiene e de saneamento do lixo). Ela
O meio de transmissão mais mencionado (sete) foi contacto físico com o corpo de um
doente; um dos participantes acrescentou contacto com os recipientes utilizados pelo
doente. A 6 segunda resposta foi contacto com fezes do doente (cinco); um acrescentou
o contacto com vómitos; três mencionaram o contacto com a roupa, um mencionou o
estar na proximidade de um paciente, um mencionou falta de higiene e um outro
mencionou que moscas e mosquitos poderiam actuar como vectores.
A maioria dos participantes (17) menciona boa higiene; seis participantes mencionaram
conceitos adicionais: quatro acrescentaram lavar bem a roupa, um ingerir paracetamol,
10
outro o uso de rede mosquiteira; os três restantes não mencionaram boa higiene como
forma de prevenção.
A percepção social não é uma mera interpretação dos indivíduos sobre uma realidade
por eles enfrentada no quotidiano, ela é influenciada pelo contexto social, pelas
particularidades da personalidade do indivíduo, pelos desejos e sentimentos, pela sua
atitude em relação ao objecto percebido, pelas suas necessidades, pelas crenças, valores,
pelos interesses, pelas aspirações e pela experiência de vida que foram adquiridas ao
longo do tempo (Berger e Luckmann, 2004).
3.3.3 Risco
É um termo polissémico, que diz respeito a reorientação das acções das pessoas com
eventos futuros, numa espécie de "domesticação ou controlo dos eventos vindouros".
Dentre a polissemia do risco, Braun (2008) destaca duas dimensões: a primeira refere-se
11
àquilo que é possível ou provável acontecer, numa tentativa de apreender a regularidade
dos fenómenos e a segunda, encontra-se na esfera dos valores e pressupõe a
possibilidade de perda de algo importante. Para Granjo (2004), é no espaço de
domesticação do perigo que podemos encontrar o conceito risco. A tentativa da
apropriação do conceito risco na vertente do perigo tem como objectivo de calculá-lo,
de torná-lo cognoscível o “acaso”, a sua variação e distribuição, e de analisar os
mecanismos de tomada de decisão em função da sua correspondência ou não a uma
avaliação racional de possíveis perdas e ganhos.
Pelo facto de falarmos duma enfermidade, trazemos neste caso concreto a discussão em
torno do risco de saúde como sendo um perigo potencial de ocorrer uma reacção
adversa à saúde das pessoas expostas a ele (Goldim, 2001). Onde a saúde é percebida
como um estado desejável que possibilita o desempenho normal das actividades
quotidianas e a doença como algo que coloca em perigo a saúde dos indivíduos e o
rompimento das actividades rotineiras, por isso que deve ser prevenida ou combatida.
12
desfavorável para determinados grupos da população. Para Braun (2008) estas
características e circunstâncias podem chamar de factor de risco.
Usando o conceito “objecto de risco”, Hilgartner (1992) citado por Lupton (2005)
aborda de forma elucidativa a atribuição determinados objectos como objectos de risco.
Na sua explanação, mostra que objectos de risco são todas coisas, actividades ou
situações a que as consequências danosas estão conceitualmente ligadas. Mas ele alerta
que para que determinados objectos tornem-se em objectos de risco é preciso que tais
objectos tornem-se em objectos construídos, depois como “de risco” ou identificado
como causa do dano.
3. Método
13
Segundo Richardson (1999), este método ao buscar a compreensão detalhada dos
significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, dá primazia
as convicções subjectivas das pessoas, devido a concepção de que o conhecimento que
os indivíduos formam em torno dos fenómenos sociais estão carregados de significados
e possuem características específicas, que determinam a percepção das coisas e o
condicionamento das acções dos actores sociais. Deste modo, o método qualitativo
procura estudar o fenómeno situado no local em que ocorre, com objectivo de analisar o
sentido deste e interpretar os significados que as pessoas dão a ele.
3.1 Técnicas
A partir dos resultados da pesquisa posso constatar que a cólera é uma doença que não
apresenta uma única forma. Conforme a entrevista que posso ter com uma moradora do
14
bairro, os tipos de cólera surgem em função dos períodos climáticos do ano, como
afirma:
Cólera é uma doença que aparece num determinado tempo, mas depois desaparece. As
vezes pode aparecer mas só duas ou três pessoas ficam doentes, podem tomar
medicamentos em casa e ficam curados. Mas existe tempo em que muitas pessoas ficam
doentes, você só ouve que o vizinho X ficou doente, que aquele ficou doente… isso
acontece mais ou menos no mês de Novembro, Dezembro e Janeiro, quando começa
chover. Aí você pode mesmo ouvir que alguém morreu. Esta cólera sim mata mesmo,
deve-se ir ao hospital (Entrevista com M11, 36 anos).
Aos olhos dos moradores do bairro, a cólera é uma doença que resulta incapacidade e
negligência do Estado em atender às necessidades básicas de determinados grupos da
população. Necessidades que estão relacionadas, na óptica de três (3) entrevistados, com
a construção de vias de acesso; sistema de drenagem de águas residuais e pluviais;
sistema eficiente de abastecimento de água potável nas residências dos moradores e
15
colocação recipientes para depósito dos resíduos sólidos, como afirma a seguinte
entrevistada:
Não sei o que se passa no nosso bairro, aqui problemas nunca faltam (…) a cólera
aparece aqui no bairro porque não temos condições de viver bem, aqui temos só uma
lata de lixo, mas não é suficiente, o lixo fica espalhado de qualquer maneira nas valas,
nas ruas, nos passeios…e o mesmo acontece com a água de lavar roupa, da cozinha, as
pessoas só lançam para a estrada porque não têm onde deitar. Se tivéssemos sítio
próprio para deitar o lixo ou água suja, não teríamos o problema da cólera (Entrevista
com M7, 52 anos).
Pelo facto do Estado não resolver esta situação, o lixo que fica sem ser recolhido e a
água que fica estagnada, acabam por ser vistos como sendo os principais responsáveis
pela doença. Esta ideia surge porque para os entrevistados a cólera está relacionada com
a sujidade e com lixo existente no bairro, que são problemas que devem ser resolvidos e
é responsabilidade do Estado.
A pobreza é percebida pelos moradores como sendo uma condição social que
caracteriza a cólera. No sentido que se percebe a pobreza como a indisponibilidade de
recursos económicos para aquisição de meios para fazer face às exigências da vida
quotidiana (Silva, 2004). Assim falamos de questões ligadas a falta de recursos
financeiros por parte dos moradores de forma a prevenir-se da doença, como recursos
económicos para a construção de habitações convencionais, construção de latrinas
melhoradas, para a construção de uma fossa séptica, para a compra de carvão ou mesmo
lenha para ferver a água, para a alimentação e para a compra de instrumentos para
combater a doença como insecticidas e purificador de água, que explicam a ocorrência
da cólera.
Para quatro (4) entrevistados, a cólera é uma doença que surge em função da situação
económica e social do indivíduo. A forma como as pessoas previnem-se ou protegem-se
da cólera torna-se significante para explicar o adoecimento dos indivíduos, porque mais
que nunca a cólera é uma situação precariedade social, como argumenta o seguinte
entrevistado:
16
A cólera é uma doença que depende das condições de cada um, ela pode aparecer de
repente numa zona, como malária, tuberculose… qualquer doença, mas se não tens
forma de prevenir-se, ficas doente e morres. É preciso ter instrumentos para combater
a doença como ventoinha, rede mosquiteira, Certeza (Entrevista com H16, 26 anos)
Segundo Silva (2004), as pessoas que vivem em situação de pobreza estão, em maior ou
menor grau, consoantes o seu nível de pobreza, excluídas das “formas de fazer”
dominantes na sociedade, as formas de vida das classes médias que fazem o consenso
sobre como se deve viver.
17
De acordo com os serviços de saúde para se combater a cólera é preciso ter em conta a
higiene individual e colectiva, como lavar as mãos antes das refeições com sabão e
cinza, lavar bem os alimentos antes de serem consumidos, tapar a comida depois de
preparada, tapar a latrina, enterrar o lixo ou depositar em locais adequados como
contentores e caixotes de lixo e manter a casa limpa.
18
3.5.2. Conclusão
19
3.6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CLIFF, Julie, MARIANO et. al. Onde não há médico. Londres: TALC – Teaching Aids
at Low Cost, 2009.
GIL, António. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas. 6° ed.
2008.
GONÇALVES, Eloisa, HOFER, Ernesto. Cólera. In: COURA, José (org.). Dinâmicas
das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,
2005. P.p. 1367- 1373.
PERES, Frederico. Onde mora o perigo? Percepção de riscos, ambiente e saúde. In:
MINAYO, Maria; MIRANDA, Ary (org). Saúde e ambiente sustentável: estreitando
nós. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2002.p. 135-141.
RICHARDSON, Robert. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Editora Atlas,
3 edição, 1999. RITA-FERREIRA, António. Os africanos de Lourenço Marques, Saúde
e Nutrição. In: Istituto de investigação científica de Moçambique: Série C. Lourenço
Marques: IICM. Vol. 9. 1967-68.
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Anexo1: Guião de entrevistas
1. Sexo:
2. Idade:
3. Estado Civil:
4. Posição na família:
6. Escolaridade?
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Anexo 4: Fotografias do bairro de Namicopo
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