O Que É A Ansiedade e Por Que Ficamos Ansiosos

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O que é a ansiedade e por que ficamos ansiosos?
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do
Sistema Nervoso Central conseqüente a interpretação de uma situação de perigo.
Parente próximo do medo, (muitas vezes onde a diferenciação não é possível).
é distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável
enquanto na ansiedade o fator de estimulo teria características mais subjetivas.
A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a
intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos como
taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções
(urinárias e fecais) aumento da motilidade intestinal, cefaléia (dor de cabeça).
Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (Crise
ansiosa aguda). Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um
Neurotransmissor chamada Noradrenalina que é produzida nas Supra-renais, Lócus
Cerúleos e Núcleo Amigdalóide.

Como compreender a ansiedade?


O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma situação de
conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de bem estar.
Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado
acontece o estado ansioso. Evolutivamente faz muito pouco tempo que saímos dos
tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram uma
constante. A excitação do Sist. Nerv. Central vinha como uma forma de estimular o
nosso corpo para a luta ou para a fuga.
O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de vida
biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de
privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são
fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em
estados de desequilíbrio emocional, o simples contacto com o novo, com situações
inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.
A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração
do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos
livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na
maioria das vezes acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da
ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo o
que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o
estado ansioso. “Mente acelerada é mente desequilibrada”.
Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle,
para poder usufruir a sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite e se o
problema não tiver uma solução mental imediata como o que acontece na maioria
dos casos teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e
piorar com os anos.

Origens

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A primeira é que a ansiedade poderia ter uma origem genética, ou seja, a pessoa
herda de seus ancestrais uma pré-disposição para ter estes sintomas. Nestes casos
as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma
criança agitada, as vezes hiperativa, que chora com facilidade e as vezes até com
dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da
avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A
segunda é uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas
principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão
fazendo com que ela vá se sentindo insegura e exposta e vá gravando e
condicionando um sentimento de que coisas ruins e sensações negativas podem
acontecer a qualquer momento.
A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou
desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e
controle.
O novo por sua vez tem a capacidade de potencializar a sensação de medo no sentido
de que algo ruim ou perigoso pode vir á acontecer. É mais ou menos assim, “Tudo
que vem de mim é seguro e tudo que vem de fora e não está sob controle é
perigoso". É a clássica postura do pessimista, como aquele personagem dos desenhos
antigos de TV, a hiena Hardy, amiga do leão Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh
vida, oh azar, não vai dar certo!" Traumas de infância, grandes sustos, perdas
afetivas ou mesmo materiais também podem desencadear quadros ansiosos
importantes, mas não chegariam a ser causas específicas A tentativa de se livrar
deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha características desequilibradas,
desajustadas, são causadoras dos seguintes transtornos:
O que é a ansiedade e por que ficamos ansiosos?
A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do
Sistema Nervoso Central conseqüente a interpretação de uma situação de perigo.
Parente próximo do medo, (muitas vezes onde a diferenciação não é possível).
é distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável
enquanto na ansiedade o fator de estimulo teria características mais subjetivas.
A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a
intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos como
taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções
(urinárias e fecais) aumento da motilidade intestinal, cefaléia (dor de cabeça).
Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (Crise
ansiosa aguda). Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um
Neurotransmissor chamada Noradrenalina que é produzida nas Supra-renais, Lócus
Cerúleos e Núcleo Amigdalóide.

Como compreender a ansiedade?


O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma situação de
conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de bem estar.
Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado
acontece o estado ansioso. Evolutivamente faz muito pouco tempo que saímos dos

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tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram uma
constante. A excitação do Sist. Nerv. Central vinha como uma forma de estimular o
nosso corpo para a luta ou para a fuga.
O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de vida
biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de
privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são
fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em
estados de desequilíbrio emocional, o simples contacto com o novo, com situações
inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.
A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração
do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos
livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na
maioria das vezes acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da
ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo o
que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o
estado ansioso. “Mente acelerada é mente desequilibrada”.
Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle,
para poder usufruir a sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite e se o
problema não tiver uma solução mental imediata como o que acontece na maioria
dos casos teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e
piorar com os anos.
Ansiedade e Instinto de morte
A ansiedade é o desejo de acabar, de terminar, de cessar a sensação física e psíquica
do contacto com a vida, com a realidade. Este desejo acaba sendo o representante do
instinto de morte, a única maneira de acabar com esta sensação. A pressa de acabar
desemboca no desejo de terminar a própria vida. Trágico, mas quando a ansiedade é
exagerada, absolutamente verdadeiro.
Como diminuir a ansiedade?
Primeiro é preciso entender que a ansiedade é um fato normal quando não é
exagerada.A ansiedade corresponde a excitação do neurônio e a sua necessidade de
descarrega-la. Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contacto
com situações novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo.
Para poder combate-la o primeiro passo é identifica-la. O corpo fica tenso, existe uma
necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em
geral), a respiração esta mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas idéias
passam pela cabeça de forma acelerada). Algumas vezes a cabeça fica confusa e não
se sabe direito o que se quer Uma vez identificado este estado deve-se focar na
respiração. A freqüência respiratória precisa ser diminuida. Deve se inspirar
lentamente e encher o pulmão em mais ou menos 75%. Em seguida deve-se expirar
e tirar todo o ar do pulmão(inclusive com a ajuda do diafragma),também de forma
lenta. A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente. Este tipo de
exercício deve ser feito por pelo menos 10 minutos e deve-se tentar manter a cabeça
vazia. Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado. Os Yogues
já sabem destas coisas há mais de 3000 anos.A ansiedade é desencadeada por

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preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a sensação de algo
muito ruim vai acontecer. E que é preciso fazer algo para evitar o pior. Atingir as
nossas metas e objetivos. Esta é a hora de parar, quanto maior a nossa pressa para
atingir o objetivo maior a ansiedade. Não se pode ter pressa para atingir objetivo.É
como dizem os ditados populares: "O apressado come cru". "Devagar se vai ao
longe". É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso que
ele seja atingido quando possível e necessário no plano do real e não na cabeça, o
que nos protege é a nossa ação e não as nossas idéias, portanto as idéias servem
para nos orientar e não para nos acelerar. Esvazie a cabeça quando estiver ansioso e
confie que de forma lenta você chegará num ponto de proteção, abra mão
mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo. Só até recuperar o equilíbrio.
"Mente acelerada é mente desequilibrada" (Isaac Efraim). Se depois de cuidar da
respiração e de esvaziar a cabeça você não melhorar, vá para os remédios, talvez
eles te ajudem mais.
Transtorno Ansioso (Propriamente dito)
Este é sem duvida é o mais comum e característico transtorno emocional de nossos
tempos. Como foi dito em outro texto ansiedade e medo são parentes próximos,
originários de uma mesma raiz do funcionamento mental. A característica externa,
visível fundamental o transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem
que as coisas acabem rápido que elas se concluam. Isto acontece pois o sentimento
interior inconsciente é de medo, de pressentimento de que algo de ruim possa
acontecer, que algo não vai dar certo e que por isto ele deve se apressar para que o
fato no qual ele esta envolvido se conclua rapidamente para que ele possa se ver
livra, aliviado da sensação de perigo.

Assim os sintomas principais do transtorno ansioso são a inquietação motora,


sensações de angustia (aperto no peito ou na garganta), sudorese, taquicardia, mal
estar generalizado, a pessoa não consegue ficar parada, as vezes rói unhas, puxa o
cabelo, precisa ficar mexendo em algo, permanece balançando pernas e
braços.Também podem ser pessoas muito falantes (compulsão para falar) e muita
dificuldade de ouvir, absorver e entender.

Algumas variantes dos sintomas do transtorno ansioso são os vícios, os mal hábitos,
que também são ligados aos transtornos compulsivos, como o vício de
fumar(descobertas recentes dizem que a nicotina além de seus malefícios tem a
capacidade química de uma ação ansiolítica e até antidepressiva), o vicio de comer
(esta já não é uma descoberta tão recente que o açúcar é um poderoso calmante), o
vicio do álcool (outra substancia que alem de causar danos a saúde tem importante
efeito ansiolítico e antidepressivo momentâneo). Os ansiosos de forma não voluntária
buscam o alivio para a sua ansiedade através do uso compulsivo destas e de outras
drogas também (maconha, cocaína, crack, ópio e morfina também são usadas por
pessoas muito ansiosas).
O sentimento crônico da ansiedade é muito ruim, e na maioria das vezes a pessoa
não identifica que se trate de uma ansiedade, de um medo e não consegue dar uma

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razão lógica, formal, para o que esta acontecendo. Expressões como "Medo do que?",
"Mas como isto esta acontecendo se esta tudo bem ?" ou Isto não faz sentido ", são
muito comuns, e tudo que a pessoa quer é achar um jeito rápido (até por que é típico
do ansioso) para se livrar desta sensação. Dai o uso de drogas ou outros métodos
ineficazes que até trazem um alívio imediato mas que vão cada vez mais aumentando
a ansiedade da pessoa.
O quadro agudo da ansiedade é marcado muito mais pela intensidade das sensações
físicas do que pela percepção de qualquer conflito psicológico. Os sintomas são os
mesmos do que os relatados acima acrescentados de tontura, sensação de desmaio,
de morte ou de que se vai enlouquecer ou perder o controle de tudo. Quando estas
sensações começam a se repetir com freqüência o nome do quadro passa a se
chamar de Síndrome do Pânico, a tão famosa, que na verdade é a repetição de crises
de ansiedade aguda.

A questão que você deve achar que falta a nossa conversa é por que que afinal de
contas isto acontece, qual a origem do trantorno ansioso, e eu vou dizer que existem
milhares de explicações, algumas eu já falei em outras partes de nosso site. A que
mais me agrada é aquela que relaciona a ansiedade com a aceleração desarmônica
de nossa mente, "Mente acelerada é mente desequilibrada"já disse eu mesmo em
outras partes. A vida moderna, urbana estimula em demasia a nossa mente e esta
sempre exigindo elaboração e raciocínios rápidos o que desencadeia quadros de
ansiedade. A vontade do individuo de achar soluções rápidas também é outro fator
desencadeante assim como o desejo de buscar e atingir objetivos que supostamente
trariam tranqüilidade, e quanto mais rápida e desarmônica a mente estiver, maior a
sensação de medo e ansiedade. Quanto mais equilibrada , harmônica e coordenada a
nossa mente estiver, maior a sensação de calma e paz de espírito.

Teoricamente acabei de oferecer uma solução para acabar com a ansiedade, não
querer nada, não perseguir nada, pelo menos em nível mental e aceitar as coisas
como são sem se deixar dominar pela ânsia de querer modifica-las. Podemos querer
modificar as coisas mas não podemos deixar a nossa mente se acelerar por causa
disto.
Origens
A primeira é que a ansiedade poderia ter uma origem genética, ou seja, a pessoa
herda de seus ancestrais uma pré-disposição para ter estes sintomas. Nestes casos
as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma
criança agitada, as vezes hiperativa, que chora com facilidade e as vezes até com
dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da
avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A
segunda é uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas
principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão
fazendo com que ela vá se sentindo insegura e exposta e vá gravando e
condicionando um sentimento de que coisas ruins e sensações negativas podem
acontecer a qualquer momento.

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A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou
desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e
controle.
O novo por sua vez tem a capacidade de potencializar a sensação de medo no sentido
de que algo ruim ou perigoso pode vir á acontecer. É mais ou menos assim, “Tudo
que vem de mim é seguro e tudo que vem de fora e não está sob controle é
perigoso". É a clássica postura do pessimista, como aquele personagem dos desenhos
antigos de TV, a hiena Hardy, amiga do leão Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh
vida, oh azar, não vai dar certo!" Traumas de infância, grandes sustos, perdas
afetivas ou mesmo materiais também podem desencadear quadros ansiosos
importantes, mas não chegariam a ser causas específicas A tentativa de se livrar
deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha características desequilibradas,
desajustadas, são causadoras dos seguintes transtornos:
Transtorno Obsessivo Compulsivo (Toc)
Este talvez seja o transtorno mais difícil de explicar, tal qual o nome dele. Vamos
começar descrevendo os seus principais sintomas, para depois tentar explicar o
funcionamento mental do individuo com este transtorno. O Toc é a chamado
transtorno das manias, são aqueles quadros onde as pessoas tem manias. Mania de
limpeza é a mais característica, mas ela pode se expressar de muitas outras
maneiras. Mania de ordem (a pessoa precisa arrumar as coisas e bota-las em
ordem), manias de colecionador, superstição (pessoas que precisam bater 3xs na
madeira, que só saem com seus amuletos, tem medo do azar e fogem de gato
preto), mania de contar as coisas, fazer contas com as chapas de carro, mania de
trancar e reverificar se trancou as portas e praticamente todas as outras manias,
hábitos(não vícios) que você possa imaginar.

A mania fica caracterizada como doença, como transtorno, quando a pessoa tem a
necessidade de repetir os seus atos de forma compulsiva (ou seja a pessoa não
consegue se controlar, não depende de sua vontade, ela faz sem querer ou sem
perceber ou ainda não consegue impedir o ato pela sua vontade, dai o nome
compulsiva, obrigatória), repetidamente.Alias toda as formas de repetição
compulsiva, podem ser caracterizadas como "manias".
As pessoas que tem estes sintomas costumam ter uma personalidade muito própria.
São pessoas extremamente escrupulosas (tem uma preocupação na mente de não
provocar problemas), costumam ser formais e distantes no relacionamento, frios
afetivamente podem ou não ser pessoas arrogantes. Costumam ser autoritários
quando ocupam postos de liderança e temerosos e tímidos quando não estão nesta
posição. Intimamente são medrosos embora não admitam, fazendo um tipo de fortes.
Não costumam ser sociáveis, tendo poucos amigos ( depende do grau da neurose).
Tem um comportamento normalmente calmo ou retraído, mas as vezes tem
explosões que podem ser surpreendentes e até assustadoras (pela agressividade e
violência). São pessoas metódicas, as vezes exageradamente perfeccionistas, sendo
que alguns são muito insistentes embora a maioria desista com facilidade. Costumam
ser indecisos. Controladores, tem o sentimento profundo que se não cuidarem de

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forma adequada das pessoas e situações a sua volta, algo de ruim devera acontecer,
e vivem a ilusão que estão controlando estas situações (pelo menos quando estão
equilibradas, pois a sensação de descontrole os deixa profundamente ansiosos e até
emocionalmente desequilibrados).

Tem um forte sentimento de culpa interior (embora possam não ter consciência disto
e nem culpa nenhuma) e na hora das punições e mesmo das autopunições sejam
exageradamente cruéis (inclusive consigo mesmos). Um caso curioso que tive no
consultório ha muitos anos atrás foi de um homem, na faixa dos 40 anos que se
queixava de Síndrome do Pânico. Na sua 4a. ou 5a. consulta ele se levanta de sua
cadeira, tira uma chave de fenda do bolso e diz: "Desculpe Dr., mas não consigo ver
este parafuso do interruptor inclinado, eu preciso endireita-lo e depois da consulta
quero esconder toda esta bagunça de fios de seus aparelhos eletrônicos. O sr. deixa
as coisas em bagunça e isto me incomoda, muito". Evidentemente que em
determinados momentos todos nós passamos por quadro emocional semelhante ou
temos alguns destes sintomas ou traços deste tipo de personalidade.
Por que acontece, da onde vem este quadro é um dos grandes mistérios da
psiquiatria e existem múltiplas explicações. Uma das mais interessantes é a de Freud,
que diz que estas pessoas tem sentimentos negativos, pensamentos negativos, uma
espécie de tara (e normalmente relacionado a sexo e perversão), se sentem culpados
e sujos por estes sentimentos e dai a necessidade de limpar e organizar tudo como
forma de diminuírem o risco do castigo que se sentem merecedores e para tentar
compensar o sentimento de sujeira interior.
Para mim esta é uma explicação que faz muito sentido, mas ai é que eu queria
acrescentar a minha visão.. Como vimos nas neuroses a ansiedade é fator
fundamental de sua formação. A ansiedade ocorre por um quadro de
superestimulação da mente que esta reagindo aos estímulos (movimentos) externos.
Por isto nestes momentos a mente precisa da sensação do parado, do protegido para
se acalmar e se sentir segura e tranqüila. Quanto mais movimento a mente absorve,
quanto mais ela se sente insegura e desprotegida, maior a sua excitação no sentido
de encontrar uma proteção para esta sensação de instabilidade. Dai a necessidade da
pessoa realizar a sua compulsão, arrumar as coisas, ou de usar amuletos, pois elas
trazem a sensação de calma e segurança para a mente. Mas vejam que circulo
vicioso infernal, de repente algo acontece que tira esta organização, esta sensação de
controle e domínio que a pessoa tem.

Isto a deixa assustada e com medo pois se sente exposta. Passa a sentir um
sentimento agressivo enorme dentro de si que é a expressão de seu desejo que "as
coisas" não tivessem saído do lugar. Mais do que isto volta a sua agressividade
interior para o agente que alterou "as coisas" da ordem que lha alimentava a
segurança. Ao sentir esta agressividade interna, passa a se sentir culpado deste
sentimento e de forma inconsciente volta a agressividade contra si mesmo de forma
real ou imaginária. Ai aparecem os pensamentos negativos que são chamados de
obsessões e a sensação de que algo de ruim vai acontecer. Precisam se proteger,

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desejam a ordem e brigam ainda mais por ela, aumentando a sua agressividade, sua
culpa, os pensamentos negativos, o medo, a compulsão, a briga, a agressividade... e
assim vai . Para resumir a conversa, quanto maior o sentimento de insegurança,
maior a intolerância (irritação, impaciência) para com o movimento, quanto maior a
intolerância, maior a agressidade, a culpa e conseqüentemente a ansiedade, que
aumenta a insegurança, que vai gerar a compulsão, ou seja o ato físico que vai trazer
uma sensação de alívio momentâneo, mas acaba aumentando a sensação de
insegurança pela impossibilidade de realizar completamente a compulsão. A
obssessão é o pensamento negativo que se repete, a compulsão é o ato físico que
devolveria a segurança para a pessoa.

Tratar este tipo de transtorno é sempre trabalhoso. Até alguns anos atrás o
tratamento trazia poucos resultados, e as pessoas continuavam com as suas manias
e personalidade. Hoje o tratamento é duplo, precisando a pessoa fazer um
tratamento químico (medicamentoso) e psicoterápico ( terapia cognitiva) .A
medicação é necessária para diminuir o grau da ansiedade e para aumentar o grau de
energia psíquica para que a pessoa possa romper o círculo vicioso do pensamento
obsessivo. E fazer a psicoterapia para se reeducar a ser menos intolerante em seus
sentimentos mais profundos e diminuir o seu sentimento de culpa e a
autoagressividade, com uma conduta reta, honesta e transparente.. ("se malandro
soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem). Os
resultados tem melhorado muito mas depende fundamentalmente da capacidade da
pessoa mudar os sentimentos internos de forma verdadeira e sincera. Os remédios
sozinhos acabam não resolvendo o problema.
Como se livrar da ansiedade
1- Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz,
pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e por conseqüência a mente.

2- Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não
esta na sua mente, não esta no seu pensamento, e sim no fato em si. Quando for
possível olhe para o novo, procure entende-lo, aumente as suas informações
e o seu conhecimento sobre ele. Não busque referencias anteriores, pois isto
aumentara a sua ansiedade. Se não for possível olhar para o problema (como no
exemplo da entrevista) procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com
outra coisa, brigue com ela para não pensar na entrevista e em suas conseqüências.

3- Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente e entenda que
não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Uma parte de nossa
vida tem que entregar a Deus, ao destino a sorte e... Seja o que Deus
quiser...

4- Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso


fazer o melhor que esta a nosso alcance, focado, ligado no real. O que esta além do
nosso melhor esforço não podemos controlar.

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5- Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto
acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota.

6- Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente, não queira se
livrar dela, não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança,
mais calmamente ela ira embora e mais a sua mente e acalmara. Quanto mais você
tentar se livrar dela, mais ela se tornara ansiedade.

7- Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o
pior vai acontecer, usar a palavra mágica: " Seja o que Deus quiser...". " Foda-se..."

Resumindo, mente acelerada é mente desequilibrada, para livrar-nos da ansiedade


devemos aprender a escapar e do domínio e desacelerar a nossa mente.
Como tratar da ansiedade?
Existem 3 tipos de remédios que podem ajudar a controlar e diminuir a ansiedade.
Vou tentar falar de cada um deles de forma simples e acessível. Todos eles só podem
ser vendidos sob prescrição médica, exigem receita azul e tem tarja preta e podem
até causar dependência. Por isso todo o cuidado é pouco.

O primeiro tipo são os chamados ansiolíticos (dissolução da ansiedade) ou


tranqüilizantes.São substancias que anestesiam parcialmente a sensibilidade neuronal
diminuindo a capacidade de excitação emocional. Em altas doses são usados como
pré-anestésicos . Também podem ser usados para induzir o sono. Servem para
combater o sintoma ansiedade, mas não mexe na sua origem, funcionam como a
Novalgina para combater a febre, diminuem o sintoma, mas não resolvem o
problema.São muito úteis quando a ansiedade esta muito alta ou descontrolada, ou
quando provocam insônia. Tem a desvantagem que podem causar pequena
dependência física,importante dependência emocional e o uso prolongado pode
causar tolerância.Os principais efeitos colaterais são sonolência, cansaço e fraqueza.
Se você acha que este tipo de remédio pode te ajudar, você deve procurar um
psiquiatra, ele é o profissional correto para lhe prescrever este tipo de
medicação.Clínicos gerais também podem prescrever em casos de emergência. O
melhor exemplo deste tipo de medicação é o Diazepan(nome genérico).

O segundo tipo de medicação para combater a ansiedade são alguns tipos de


antidepressivos. Este tipo de medicação tem dois efeitos sobre a mente humana. Por
uma ação sobre os neurotransmissores cerebrais ele aumenta o nível de energia
psíquica, faz a pessoa se sentir mais forte, diminui a quantidade de preocupações e
de medo, aumenta a percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo ela se sentir
mais segura e portanto menos ansiosa. Este efeito das medicações antidepressivas é
fascinante e se for acompanhado de uma boa psicoterapia, não só permite que a
pessoa diminua significativamente, como também se torne uma pessoa mais
produtiva e bem resolvida. O segundo efeito é uma ação mais direta sobre a

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ansiedade propriamente dita. Não causam dependência física e pouca tolerância.
Podem causar alguma dependência emocional.Só podem ser vendidos sob prescrição
médica, necessitando o chamado receituário especial. Infelizmente não tem efeito
imediato, demorando de 2 à 3 semanas para fazer efeito. Deve ser tomado por um
período mínimo de 4 meses. Tem alguns efeitos colaterais principalmente nos 10
primeiros dias. O efeito colateral mais chato é uma pequena diminuição da libido e o
retardo da ejaculação (as vezes isto é uma vantagem!!!) Bons exemplos deste tipo de
medicação são: Cloridrato de Sertralina,de Fluoxetina e a desipramina(nomes
genéricos).

O terceiro tipo de medicação são os chamados tranqüilizantes maiores ou anti


psicóticos, que devem ser prescritos em casos mais graves, onde a ansiedade atinge
picos altíssimos e estão associados a doenças mentais mais grave, com alteração do
pensamento e até da sensopercepção, ou por estados desencadeados por drogas
alucinógenas.
Transtorno Hipocondríaco
O transtorno hipocondriaco, também é conhecida como a neurose de doenças. O que
acontece neste transtorno é que a pessoa tem uma sensibilidade corporal exacerbada
pelo fato de ser muito centrado em seu próprio corpo. No fundo o hipocondríaco,
como em todas os outros transtornos tem uma ansiedade e uma dificuldade muito
grande de entrar em contacto com pessoas e situações que ele não se sente
controlando e com isto vai cada vez mais centrando a sua atenção e percepção no
próprio funcionamento corporal. Assim qualquer alteração fisiológica (mudança do
batimento cardíaco, ruídos do funcionamento digestivo e outros) é rapidamente
notada e por ele ser controlador e pessimista, interpreta como risco eminente de algo
fora de controle e que pode leva-lo a morte ou conseqüências muito graves e
irreversíveis. Dai o fato dele estar tomando medicações o tempo todo, ou pelo menos
querendo tomar, pois se acha e se sente doente, apavorado com o risco de ser uma
doença grave e querendo fazer tudo para eliminar este sintoma que desencadeia toda
esta gama de sentimentos.
A cabeça do hipocondríaco é uma caixa de horrores, ele é capaz de pensar em todas
as doenças graves e terminais por que esta sentindo por exemplo, uma dor de
cabeça.

É mais ou menos assim que ele pensa :" Da onde surgiu esta dor de cabeça, será que
é um tumor, acho que eu preciso fazer um exame, mas eu já fiz a semana passada,
então pode ser um derrame que esta acontecendo?" Ai ele vai ao clinico , que
descarta este diagnóstico através de exames e ai imediatamente surge a
possibilidade de uma outra doença : "Ahhh, então deve ser meningite!!!" E
novamente enquanto ele não descarta esta possibilidade a cabeça fica o tempo todo
pensando em coisas ruins.

A razão desta neurose é que embora ela seja uma caixa de horrores, a atenção da
pessoa se desvia da realidade, ele não percebe, não vê, não se importa com os

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problemas da vida real e fica o tempo todo centrado em seus sintomas e em seus
pensamentos funestos. Assim fica no seu mundinho, que por pior que seja já é
conhecido e não sente necessidade de evoluir e de crescer na vida. Tal qual o
Transtorno obsessivo compulsivo esta diretamente ligado a quadros de ansiedade e
principalmente de depressão. São pessoas profundamente pessimistas, lotadas de
sentimentos de culpa que podem ser conscientes ou inconscientes e que por isto acha
que merecem um castigo (que seria a doença tão temida). Vêem tudo sob uma
perspectiva sombria e acabam se viciando na egoísta e permanente atitude de só
olharem para o próprio umbigo.

O tratamento desta neurose, tem que ser feito através de psicoterapia profunda, para
que a pessoa consiga enxergar sentimentos e conflitos que são os verdadeiros
desencadeantes de seus sintomas e cismas. Se o pessimismo for profundo e
arraigado o uso de medicações antidepressivas são essenciais para uma rápida
melhoria do quadro . O quadro pode acontecer isoladamente ou acompanhando
quadros de Depressão (onde chega ocorrer o Delírio hipocondríaco) ou do Transtorno
obsessivo compulsivo (é muito comum esta associação.) Bom, mas chega de falar
desta neurose, antes que este calo no meu dedo vire um câncer, ou esta canseira na
minha vista se transforme em cegueira, alem do que preciso tomar minhas 27 pílulas
pra não ficar doente.

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