BERNARDES, Vanessa Pimentel VIEIRA, Thiago Almeida ANDRADE, Duílio Isnar Marinho
BERNARDES, Vanessa Pimentel VIEIRA, Thiago Almeida ANDRADE, Duílio Isnar Marinho
BERNARDES, Vanessa Pimentel VIEIRA, Thiago Almeida ANDRADE, Duílio Isnar Marinho
Abstract: In vitro fungitoxic activity of essential oils of Curcuma longa (turmeric) and
Myrcia sylvatica (myrtle) in different concentrations in mycelial growth of plants pathogens
of forest species (Pestalotiopsis spp. Isolated from maçaranduba, paricá, and angelim,
and Alternaria sp. Isolated from eucalyptus) was evaluated. Both were effective, at the
highest concentration used (1.25 μL/mL) for all pathogens. At this dosage, C. longa
showed as percentage of growth inhibition (PIC) of 81.7%, 77.8%, 67.5% and 57.2% for
Pestalotiopsis of angelim pedra, paricá and maçaranduba and for Alternaria sp. isolated
from eucalyptus, respectively, also reducing the growth of Pestalotiospsis sp. (paricá)
12.7% (0.10 μL/mL), 12.8% (0.25 μL/mL) and 17.2% (0.50 μL/mL). The oil of M. sylvatica
at a concentration of 1.25 μL/mL provided an ICP above 80% for Pestalotiopsis of angelim
pedra and paricá and, above 60% to Pestalotiopsis of maçaranduba. Although providing
less PIC Alternaria sp., this oil has reduced the mycelial growth of pathogen, even in the
lowest percentage in all concentrations tested.
Key words: alternative control, forest resource, Pestalotiopsis, Alternaria
Introdução
As propriedades antibióticas e antifúngicas de óleos essenciais têm sido pesquisadas,
praticamente em todo o mundo. Nas últimas décadas a preocupação com o meio
ambiente e com a saúde humana tem feito com que empresas que trabalham para o
desenvolvimento de defensivos agrícolas, procurassem desenvolver produtos menos
agressivos à natureza e consequentemente ao homem. A exploração da atividade
Óleos essenciais obtidos de plantas medicinais da flora nativa têm sido promissores no
controle de fungos fitopatogênicos. Dentre essas plantas, destacam-se Cymbopogon
nardus (capim citronela), Copaifera reticulada (copaíba), Carapa guianensis (andiroba),
Eucaliptus citriodora (eucalipto), Eugena caryphyllata (cravo da índia), Prunus boldus
(boldo), Lippia siloides (alecrim pimenta), Piper aduncum (pimenta de macaco) e outras
espécies de Piper (Bastos, 2005), contra diversos fitopatógenos.
Metodologia
Os óleos de Curcuma longa e Myrcia sylvatica foram cedidos pelo Laboratório de
Bioprospecção e Biologia Experimental – LabBBE da Universidade Federal do Oeste do
Pará, Santarém, Pará, Brazil.
Para avaliação do PIC foram utilizadas as concentrações de 0,10 μL/mL; 0,25 μL/mL; 0,50
μL/mL e 1,25 μL/mL dos óleos, previamente esterilizados em millipore de poro 0,45 μm e
incorporadas ao meio batata dextrose ágar (BDA) fundente e, vertido em placas de Petri
de 4,5 cm de diâmetro. As testemunhas consistiram de placas contendo apenas meio
BDA.
Resultados e discussões
A Tabela 1 apresenta os resultados do PIC proporcionado pelo óleo de C. longa. O maior
PIC foi obtido na concentração de 1,25 μL/mL, para todos os desafiantes avaliados. Nesta
dosagem este óleo apresentou percentual de inibição de 81,7%; 77,8%; 67,5% e 57,2%
para as Pestalotiopsis de Angelim pedra, Paricá e Maçaranduba e, para Alternaria sp.
isolada de Eucalipto, respectivamente, reduzindo também o crescimento de
Pestalotiospsis sp. (Paricá) em 12,7% (0,10μL/mL); 12,8% (0,25μL/mL) e 17,2%
(0,50μL/mL).
O óleo essencial dessa espécie vem sendo avaliado quanto ao efeito de suas
propriedades no controle de patógenos de humanos, como Eschericha coli (Maia et al,
2004; Péret-Almeida et al, 2008), mas poucos estudos tem sido realizados em
fitopatógenos. Saju et al., (1998) realizaram ensaios in vitro e obtiveram inibição do
crescimento micelial de 100% para Colletotrichum gloeosporioides, Sphaceloma
cardamomi e Pestalotia palmarum, na concentração de 1% do óleo, e de 73% para
Rhizoctonia solani, 53% para Aspergillus sp. e 39% para Fusarium sp. na concentração
de 5%.
As ações do óleo pode estar ligada a uma série de compostos presentes no rizoma da
curcuma, como os fenólicos curcuminóides, que estão quimicamente relacionados ao
principal componente do rizoma, a curcumina, sendo os principais curcuminóides com
atividade biológica a curcumina, a desmetoxicurcumina, bisdemetoxicurcumina
(Balasubramanyam et al., 2003), turmerona, metil-curcumina
e curcuminato de sódio (Araújo e Leon, 2001).
Conclusões
Os óleos essenciais de Curcuma longa e Myrcia sylvatica proporcionaram maior PIC dos
fitopatógenos avaliados, quando se utilizou a concentração de 1,25µL/mL;
Referências
ARAÚJO, C.A.C. & LEON, L.L. 2001. Biological activities of Curcuma longa L. Memórias
do Instituto Oswaldo Cruz 96:723-728.
BASTOS, C.N. 2005. Óleos essenciais e plantas: uma alternativa de controle de
fitopatógenos. In: Poltronieri, L.S.; Trindade, D.R.; Santos, I.P. Pragas e doenças de
cultivos amazônicos. Belém: Empraba Amazônia Oriental, 2005. 483p.
BALASUBRAMANYAM, M., KOTESWARI, A.A., KUMAR, R.S., MONICKARAJ, S.F.,
MAHESWARI, J.U. & MOHAN, V. 2003. Curcumin-induced inhibition of cellular reactive
oxygen species generation: Novel therapeutic implications. Journal of Biosciences,
28:715-721.
CECILIO FILHO, A.B.; SOUZA, R.J.; FAQUIN, V.; CARVALHO, C.M. 2004.. Época e