Paper CPC 46 1 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO - UFERSA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS APLICADAS


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: TEORIA DA CONTABILIDADE
DOCENTE: ALEXSANDRO GONÇALVES DA SILVA PRADO
DISCENTE: MARCELO COSTA BELTRÃO

RESUMO

O Objetivo do presente paper é apresentar os conceitos relacionados ao Comitê de


Pronunciamento Contábeis - CPC 46. Utilizando para tanto, o método bibliográfico de
pesquisa. Sendo o objetivo fazer uma estimativa do valor em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data da mensuração. Por fim, o CPC 46
explicita com clareza as definições e suas classificações, descrevendo as avalições
e os métodos para a mensuração do valor justo.

Palavras-chaves: Valor Justo, Mercado e Hierarquia

1 - INTRODUÇÃO

O objetivo do CPC 46 é: (a) definir valor justo; (b) estabelecer em um único


Pronunciamento a estrutura para a mensuração do valor justo; e (c) estabelecer
divulgações sobre mensurações do valor justo. O valor justo é uma mensuração
baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade.
O presente Paper foi elaborado com base em pesquisa bibliográfica. Onde
apresenta o objetivo da mensuração do valor Justo para fins gerais, em seguida
descreve as aplicações, avaliações, quem são os participantes do mercado, a
contabilização dos ativos e passivos, a hierarquia do valor justo e a situação de
quando não poderemos comparar transações na data da mensuração.

2 - OBJETIVO DA MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO

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A Mensuração do Valor Justo tem como objetivo definir o valor justo,
estabelecendo a mensuração do valor justo e estabelecendo sua forma de
divulgação. Com o CPC 46, que trata da mensuração a valor justo, esse CPC
corresponde ao IFRS 13 (IFRS – International Financial Reporting Standards, o IFRS
– Fair Value).

2.1 - Conceito de valor justo

De acordo com esse CPC valor justo é o preço que iria ser recebido pela venda
de um ativo ou que iria ser pago pela transferência de um passivo em uma transação
que fosse “não forçada” entre os participantes do mercado na data da mensuração.

2.2 - Aplicação do Valor Justo

O valor justo pode ser aplicado em; a) Títulos e valores mobiliários, b)


Derivativos, c) Propriedades para investimento, d) Combinações de negócios, e)
Teste de Impairment, f) Reavaliação de ativos, g) Reconhecimento de receitas, h)
Ativos biológicos, i) Entre outros.

2.3 - Avaliação a Valor Justo

Segundo o CPC, a entidade precisa mensurar esse valor justo de ativo ou


passivo utilizando a ideia que os participantes do mercado utilizam para colocar preço
no ativo ou no passivo, devendo presumir que esses participantes do mercado agem
em busca de seu melhor interesse econômico. Os participantes do mercado são tanto
os compradores quanto os vendedores do mercado principal para esse ativo ou esse
passivo, os quais possuem as seguintes características: a) São independentes; b)
Conhecem o negócio; c) Possuem capacidade de realizar transação com o ativo ou
com o passivo; d) Possuem interesse na transação, “não forçados”.

2.4 - Mercado Principal

O mercado principal é o mercado que tem o maior volume de transações para


o ativo ou o passivo. De acordo com o CPC 46, a entidade não tem a necessidade de

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realizar uma busca exaustiva de todos os mercados possíveis para verificar qual é o
mercado principal ou, quando esse mercado principal estiver ausente, o mercado
mais vantajoso, mas ela deve sempre levar em consideração todas as informações
que estiverem disponíveis.

2.5 - Mercado mais vantajoso


O mercado dito como mais vantajoso é o que maximiza o valor que seria
recebido na venda daquele ativo ou que diminui o valor que seria pago pela
transferência do passivo, depois de deduzir os custos de transação e custos de
transporte.

2.6 - Encontrando os custos de transação e os de transporte

Custos de transação é o custo para vender um ativo ou transferir um passivo


no mercado principal, ou o mais vantajoso, para o ativo ou o passivo que sejam
diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do passivo e devem
atender aos critérios abaixo listados:
a. Sejam resultantes da transação diretamente e sejam essenciais para essa
transação,
b. Não haveria sido realizada pela entidade se a decisão de vender o ativo ou a
decisão de transferir o passivo não tivesse sido tomada.

2.7 - Valor de mercado difere de valor justo

No conceito de valor justo, as duas partes participantes da transação são


conhecedoras do negócio, já no valor de mercado as condições são determinadas
pelo mercado. Assim valor de mercado não é sinônimo de valor justo, mas esses
conceitos podem em muitos casos trabalhar juntos.

2.8 - Realizando a contabilização dos ativos e dos passivos

Segundo o CPC 46, a entidade precisa utilizar técnicas de avaliação que sejam
apropriadas dadas as circunstâncias e que existam dados suficientes disponíveis para
mensurar esse valor justo, o que deve maximizar o uso de dados observáveis e

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minimizar o uso de dados não observáveis. Os métodos para determinar o valor justo
são: a) Abordagem de Mercado, b) Abordagem de Custo, c) Abordagem da Receita.

2.8.1 - Abordagem do mercado

Nessa abordagem, utiliza preços e informações relevantes geradas por meio


das transações de mercado envolvendo os ativos, os passivos ou grupo de ativos e
passivos idênticos ou comparáveis (semelhantes). Exemplo: cotações e precificação.

2.8.2 - Abordagem do Custo

Nessa abordagem diz respeito ao valor que seria exigido no momento para
substituir a capacidade de serviço de um ativo (por exemplo, o custo de substituição
ou de reposição). Segundo o CPC 46, esse custo de reposição é geralmente usado
para ativos tangíveis. Pode ser usado o ajuste por obsolescência de um ativo.

2.8.3 - Abordagem da Receita

A abordagem da receita, também conhecida como fluxo de caixa descontado,


mensura montantes futuros em valor presente, de acordo com a taxa de desconto.
Por exemplo, o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente.

2.9 - Hierarquia do Valor Justo

A hierarquia elenca 3 níveis de informações (inputs) aplicadas nas técnicas de


avaliação para mensurar o valor justo. São eles:
a. Nível 1 de informações - são os preços cotados (não ajustados) em mercados
ativos para os ativos ou os passivos idênticos, os quais a entidade possa ter
acesso na data de mensuração.
b. Nível 2 de informações - são as informações (inputs) que são observáveis para
o ativo ou o passivo, por meio direto ou indiretamente, salvo os preços cotados
incluídos no Nível 1.

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c. Nível 3 de informações - são os dados não observáveis para o ativo ou o
passivo. Essa situação é quando há pouca atividade de mercado para o ativo
ou o passivo na data de mensuração.

3 - QUANDO NÃO EXISTEM TRANSAÇÕES QUE PODEM SER COMPARADAS


NA DATA DA MENSURAÇÃO.

Quando não existem transações similares na data da mensuração, deve o


avaliador presumir o valor justo utilizando de outros meios. Esses meios são: a)
Dados históricos; b) Valor do bem novo; c) Taxa de depreciação; d) Valor do ativo e
passivo no mercado, na data de avaliação.
O valor justo é o que iria ser recebido pela venda do ativo ou pago pela
transferência do passivo em uma transação que seja não forçada, realizada no
mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração. Consoante o CPC 46,
o preço não inclui os custos da transação, mas esse preço pode incluir os custos de
transporte.
Quanto à divulgação, a entidade deve divulgar as informações de valor justo
que auxiliem os usuários de suas demonstrações contábeis a avaliar as seguintes
condições abaixo: a) Em relação aos ativos e aos passivos que forem mensurados
ao valor justo de forma recorrente ou não recorrente no balanço patrimonial depois
do reconhecimento inicial, as técnicas de avaliação e informações utilizadas para
desenvolver essas mensurações; b) Quanto às mensurações do valor justo
recorrentes que utilizem dados não observáveis significativos, o efeito dessas
mensurações em relação ao resultado do período ou outros resultados abrangentes
para o período.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim sendo, podemos concluir que o CPC 46 (IASB – BV 2012), define e


classifica com clareza os principais métodos e aplicações inerentes a execução da
mensuração do valor justo. Além de explicitar a utilização para cada componente
existente no CPC 46. Obedecendo de fato a estrutura do comitê de Pronunciamento
Contábeis.

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5 - REFERÊNCIAS
Comissão de Pronunciamentos Contábeis - CPC 46 (IASB - BV 2012). Disponível
em: <http://www.cpc.org.br>. Acesso em: 01/05/2022.
SILVA, Cesar Augusto Tiburcio; NIYAMA, Jorge Katsumi. Teoria da Contabilidade.
São Paulo: Atlas, 3ª ed. 2017.

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