20180220-164545 Em2mpv1 Fis
20180220-164545 Em2mpv1 Fis
20180220-164545 Em2mpv1 Fis
Professor
EM 2ª série | Volume 1 | Física
Direção
Diretor Executivo: Tiago Bossi
Autor Produção
Física: Luiz Machado Gerente de Produção: L
uciene Fernandes
Analista de Processos Editoriais: Letícia Oliveira
Administrativo Assistente de Produção Editorial: Thais Melgaço
Gerente Administrativo: Vítor Leal
Coordenadora Técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara
Núcleo Pedagógico
Gestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar Torres
Coordenadora de Projetos: Juliene Souza
Coordenadora Geral de Produção: Juliana Ribas
Analistas Técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena Knupp
Coordenadoras de Produção Pedagógica: Drielen dos Santos, Isabela Lélis, Lílian Sabino,
Assistentes Técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza,
Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro,
Priscila Cabral, Raphaella Hamzi
Vanessa Santos, Wanelza Teixeira
Auxiliares de Escritório: Ana da Silva, Sandra Maria Moreira
Analistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio,
Encarregado de Serviços Gerais e Manutenção: Rogério Brito
Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes,
Comercial Deborah Carvalho, Joana Leite, Joyce Martins, Juliana Fonseca,
Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz,
Gerente Comercial: Carlos Augusto Abreu
Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad,
Coordenador Comercial: Rafael Cury
Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar,
Supervisora Administrativo-Comercial: Mariana Gonçalves
Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir Avelar
Consultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo,
Assistente de Tecnologia Educacional: Numiá Gomes
Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Luiz Felipe Godoy, Ricardo Ricato,
Assistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza
Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone Costa
Analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela Ribeiro Produção Editorial
Assistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci Gestora de Produção Editorial: T halita Nigri
Coordenadores de Núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela Dutra
Operações Coordenadora de Iconografia: Viviane Fonseca
Gerente de Operações: Bárbara Andrade Pesquisadores Iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva,
Coordenadora de Operações: Karine Arcanjo Guilherme Rodrigues, Núbia Santiago
Supervisora de Atendimento: Vanessa Viana Revisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima,
Analista de Controle e Planejamento: Vinícius Amaral Tathiana Oliveira
Analistas de Operações: Adriana Martins, Ludymilla Barroso Arte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia Silva
Assistentes de Operações: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana Maciel, Ariane Simim, Diagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim,
Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Naianne Rabelo, Webster Pereira
Luiza Ribeiro, Mariana Girardi, Renata Magalhães, Viviane Rosa Ilustradores: Rodrigo Almeida, Rubens Lima
Coordenadora de Expedição: Janaína Costa
Supervisor de Expedição: Bruno Oliveira Produção Gráfica
Líder de Expedição: Ângelo Everton Pereira Gestor de Produção Gráfica: Wellington Seabra
Analista de Expedição: Luís Xavier Analista de Produção Gráfica: Marcelo Correa
Analista de Estoque: Felipe Lages Assistente de Produção Gráfica: Patrícia Áurea
Assistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, Analistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorim
Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz Queiroga Revisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho
Auxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel Pena
Separador: Vander Soares Coordenador do PSM: Wilson Bittencourt
Analistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas Roque
Suporte Pedagógico Arte-Finalista: Larissa Assis
Gerente de Suporte Pedagógico: Renata Gazzinelli Diagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes,
Assessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila Boy Wallace Weber
Gestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette Freitas Ilustradores: Carina Queiroga, Hector Ivo Oliveira
Consultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino, Revisores: João Miranda, Luísa Guerra, Marina Oliveira
Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux,
Heloísa Baldo, Leonardo Ferreira, Paulo Rogedo, Soraya Oliveira
Analista de Conteúdo Pedagógico: Paula Vilela
Analista de Suporte Pedagógico: Caio Pontes
Analista Técnico-Pedagógica: Graziene de Araújo
Assistente Técnico-Pedagógica: Werlayne Bastos
Assistentes Técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo
Tecnologia Educacional
Gerente de Tecnologia Educacional: Alex Rosa
Líder de Desenvolvimento de Novas Tecnologias: Carlos Augusto Pinheiro
Coordenadora Pedagógica de Tecnologia Educacional: Luiza Winter
Coordenador de Tecnologia Educacional: Eric Longo
Coordenadora de Atendimento de Tecnologia Educacional: Rebeca Mayrink
Analista de Suporte de Tecnologia Educacional: Alexandre Paiva
Assistentes de Tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara Monteiro
Designer de Interação: Marcelo Costa
Designers Instrucionais: David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Ludilan Marzano,
Mariana Oliveira, Marianna Drumond
Designer de Vídeo: Thais Melo
Editora Audiovisual: Marina Ansaloni
Revisor: Josélio Vertelo
Diagramadores: Izabela Brant, Raony Abade
SAC: [email protected]
Coleção Ensino Médio 2ª série – Volume 1 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões
estéticas ou para melhor visualização.
C689
Endereço para correspondência: Centro de Distribuição:
Coleção Ensino Médio 2ª série: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018.
180 p.: il.
Rua Diorita, 43, Prado Rua José Maria de Lacerda, 1 900
Belo Horizonte - MG Cidade Industrial Ensino para ingresso ao Nível Superior. Grupo Bernoulli.
CEP: 30.411-084 Galpão 01 - Armazém 05 1. Física
www.bernoulli.com.br/sistema Contagem - MG I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1
CDU - 37
31.3029.4949 CEP: 32.210-120
CDD - 370
2 Coleção EM2
Coleção EM2
Apresentação
Caro professor,
A coleção de Física do Ensino Médio referente ao 1º ano é composta por quatro volumes. À exceção
do movimento harmônico, que é tratado na Coleção do 2º ano, a Coleção do 1º ano aborda tópicos da
Mecânica cobrados nos exames de vestibulares do Brasil e no Exame nacional do Ensino Médio (Enem).
A matéria está dividida em duas frentes de trabalho. A primeira delas, denominada Frente A, contempla uma
introdução ao estudo da Física, as Leis de Newton (incluindo a lei da gravitação universal), hidrostática e
impulso e quantidade de movimento. A outra frente, denominada Frente B, é iniciada com um ferramental
Física
matemático para o estudo da física (vetores e gráficos), seguido por um amplo estudo sobre a cinemática e
outro sobre a energia. Cada volume da Coleção é constituído de quatro capítulos, dois referentes à Frente A
e dois referentes à Frente B.
A Coleção é dinâmica. A divisão da matéria em duas frentes confere mais dinamismo ao estudo da Física.
Por exemplo, enquanto a Frente B aborda o estudo descritivo do movimento (cinemática), concomitantemente,
a Frente A explora as causas do movimento (Leis de Newton). Naturalmente, os conteúdos das duas frentes
foram distribuídos e dosados de forma a levar em conta os pré-requisitos de cada tópico da Mecânica.
A Coleção é moderna. A Física é mostrada como parte integrante da sociedade, bem como um agente
fundamental das transformações tecnológicas do mundo. Alguns assuntos, como energia e meio ambiente,
tratados em um capítulo específico, estão em consonância com problemas atuais vividos pela humanidade,
muitos dos quais são cobrados, cada vez com maior frequência, pelos diversos exames para ingresso nas
universidades brasileiras.
A Coleção proporciona leitura fácil e estimulante. A teoria é apresentada por meio de conceitos físicos, com
muita contextualização da Física com o cotidiano dos alunos. O texto padrão é intercalado com seções especiais,
permitindo que o aluno reflita sobre aquilo que está lendo e tome contato com aplicações tecnológicas e curiosidades
relacionadas à Física. Minibiografias dos principais cientistas que edificaram essa ciência são entremeadas no texto.
Todos os capítulos são finalizados com uma leitura complementar, visando a aprofundar os pontos tratados no
texto formal, ou aplicá-los a situações interessantes e importantes do cotidiano.
A Coleção é rica em imagens e informações. Todos os capítulos são ilustrados com diversos desenhos,
fotos, gráficos e fluxogramas. Autoexplicativas, essas imagens não apenas apoiam o entendimento dos
fenômenos discutidos no texto, como agregam explicações extras aos assuntos estudados. Além disso,
tabelas de constantes e dados importantes da Física são apresentados em muitos capítulos da Coleção.
A Coleção valoriza a experimentação e a interatividade. Ao final da apresentação de conteúdos parciais e
pré-definidos, são propostos experimentos simples, que podem ser realizados com material caseiro, ou barato
e de fácil aquisição. São ainda indicados endereços de sites na Internet, nos quais os fenômenos físicos
abordados no texto podem ser revistos ou exercitados de modo interativo. Muitos desses sites funcionam
como verdadeiros laboratórios virtuais.
A Coleção é tutorial. Em cada capítulo, após a exposição de um conteúdo parcial, é apresentado um ou
mais exercícios resolvidos. Na sequência, são propostos vários exercícios de resolução fácil, objetivando a
fixação da matéria. Ao final do conteúdo integral do capítulo, é apresentada uma vasta lista com questões
aplicadas recentemente nos vestibulares das principais universidades do país e ordenadas por grau de
dificuldade. Uma seção especial com questões do Enem também é apresentada. As respostas de todos os
exercícios propostos, incluindo as questões abertas, são apresentadas ao final de cada capítulo.
Pelo exposto, acreditamos que essa Coleção corresponderá às expectativas de todos, e que ela irá contribuir
para o enriquecimento das aulas de muitos alunos, inclusive dos seus. Ao escrever este texto, nossa principal
meta foi a de preparar um material para auxiliá-lo efetivamente na tarefa de transmitir os conhecimentos de
Física para alunos do Ensino Médio e dos cursos preparatórios para exames de vestibular em todo o Brasil.
As críticas e sugestões de vocês serão mais do que bem-vindas, elas serão imprescindíveis para o processo
natural e evolutivo deste trabalho.
Por fim, aproveitamos este espaço para expressar o nosso sincero agradecimento a todos que contribuíram
para a produção deste trabalho, em especial aos ilustradores e redatores de Física, bem como a todas as
pessoas da equipe pedagógica e de produção do corpo editorial.
Os autores
Bernoulli Digital
O foco do Bernoulli Sistema de Ensino sempre esteve voltado à disponibilização de materiais didáticos
de excelência e que realmente colaborem para a promoção de uma educação efetiva e inovadora.
Com esse mesmo compromisso, apresentamos o Bernoulli Digital, que é colocado à sua disposição como uma
ampliação da Coleção, permitindo a utilização ainda mais aprofundada e eficiente das nossas publicações.
O Bernoulli Digital apresenta objetos de aprendizagem interativos que exploram recursos visuais e auditivos
a fim de proporcionar experiências possíveis apenas por meio da interação digital, o que confere maior
dinamismo, diversidade e envolvimento ao processo de construção do conhecimento.
4 Coleção EM2
A utilização desse moderno material didático abre novas possibilidades para a relação entre o estudante e o
livro, uma vez que a informação deixa de ser unilateral (apenas do livro para o leitor) e passa a permitir que o
aluno interaja com a dinâmica dos objetos de aprendizagem do Bernoulli Digital e obtenha respostas imediatas.
Além disso, esses objetos foram pensados para auxiliar os professores durante as aulas, por meio de uma
projeção em televisão ou outro equipamento multimídia, como apoio durante as explanações, enriquecendo-as
e permitindo mais envolvimento, motivação e compreensão dos conteúdos trabalhados. Portanto, eles podem
ser utilizados no ambiente escolar pelo professor e / ou pelos alunos de forma individual e também fora da
escola, contribuindo para o rompimento espaço-temporal escolar e favorecendo a aprendizagem autônoma.
Em sua maioria, os objetos de aprendizagem são acompanhados por textos e instruções que colaboram
para o entendimento das informações trabalhadas e auxiliam na utilização da ferramenta além de exercícios
fixadores e avaliativos, que verificam a compreensão do que foi estudado. Nesse sentido, sugerimos que os
objetos de aprendizagem sejam utilizados integralmente, uma vez que todas as etapas foram cuidadosamente
pensadas para promover a aprendizagem efetiva. Destacamos aqui a utilização dos exercícios, que são
Física
corrigidos em tempo real pelo próprio material, oferecendo ao aluno o gabarito da atividade realizada
imediatamente. Dessa forma, o aluno pode, se preciso for, retornar à interação com o objeto de aprendizagem,
na tentativa de esclarecer suas dúvidas.
Relacionados ao conteúdo apresentado na Coleção EM1, Física, estão à sua disposição os seguintes objetos
de aprendizagem:
Animações
As animações do Bernoulli Digital apresentam uma sequência de acontecimentos relativos a um fenômeno
ou procedimento prioritariamente em formado 3D, permitindo a visualização de seus elementos em diferentes
ângulos e também oferecendo a possibilidade de pausá-las em determinados pontos, retrocedê-las e
avançá-las. Em uma animação, a ampliação dos detalhes e o movimento contínuo das imagens expandem a
possibilidade de compreensão do conteúdo apresentado, uma vez que possibilitam uma visualização completa
e dinâmica, muito diferente da observação de uma sequência de fotografias de passos intermediários, como
vemos no material impresso.
Games educativos
Os games educativos são jogos eletrônicos que trazem benefícios para o aprendizado, por meio da
interação, ou seja, da possibilidade de o jogador participar ativamente, atuando, respondendo e interferindo
na dinâmica do jogo.
Eles contribuem para o desenvolvimento de habilidades variadas, como a resolução de problemas,
a criatividade, a concentração, a memória e o raciocínio rápido, ao mesmo tempo que estimulam a persistência
e geram prazer.
Simuladores
Os simuladores reproduzem o comportamento de elementos em um determinado fenômeno ou em
equipamentos, recriando acontecimentos reais de maneira virtual. Esse recurso abre a possibilidade de
experimentação de situações muitas vezes improváveis para o ambiente de sala de aula.
Ao usar simuladores, o aluno é convidado a reproduzir os fenômenos estudados, interagindo com eles
e modificando-os por meio da inserção de dados, de interações de clique ou de arrasto de objetos.
Os simuladores podem ser, inclusive, utilizados como ferramenta para o trabalho em grupo, permitindo aos
alunos testarem diversas condições, refletir sobre resultados e propor soluções para as situações-problema
estudadas.
Vídeos didáticos
Os vídeos são excelentes recursos didáticos que favorecem a compreensão dos assuntos estudados,
uma vez que, se utilizados com planejamento e intencionalidade, podem ilustrar a explicação do
professor, ajudando-o a compor cenários e realidades distantes ou desconhecidas pelos alunos.
Os vídeos apresentados no Bernoulli Digital são produzidos, majoritariamente, em formato 3D, favorecendo
a visualização de detalhes e representações de elementos mais próximas do real.
Estrutura da Coleção
Os conteúdos da Coleção são apresentados por frentes, sendo que cada frente se divide em capítulos.
O fato de a Coleção ser dividida em frentes não significa que os conteúdos devam ser trabalhados de
forma fragmentada, ao contrário, deve-se buscar constante articulação entre eles.
Igualmente, é importante atentar para o fato de que não se pretende esgotar os conteúdos a cada volume da
Coleção. Assim, em muitos casos, os conteúdos são retomados de forma mais aprofundada em volumes seguintes.
Essa estrutura da Coleção pretende garantir que os alunos tenham contato com vários assuntos ao mesmo
tempo no decorrer do ano, em um movimento espiralado de aprendizagem.
Estrutura do livro
Cada capítulo é permeado por seções que visam fornecer outras abordagens sobre o assunto/conteúdo.
A seguir, são apresentadas as seções que compõem o capítulo para que você, professor(a), entenda de
que forma pode trabalhá-las para obter o melhor rendimento em sala de aula e também como pode orientar
os alunos para o estudo autônomo.
1) Texto introdutório
O texto introdutório tem uma temática que estimula os alunos a se envolverem com a situação-problema
que serve como ponto de partida para o conteúdo. No momento de sua leitura, aproveite para ativar o
conhecimento prévio dos alunos acerca do assunto, o que pode ocorrer em uma pequena discussão, com uma
troca de ideias entre todos, inclusive você, professor(a).
Esse texto pode ser lido coletivamente, em sala, no dia do início do trabalho com o capítulo, ou pode-se
solicitar aos alunos que o leiam previamente em casa para que possam trazer para a sala de aula informações
sobre o assunto pesquisadas em outras fontes.
2) Exercícios resolvidos
Nessa seção, mais do que fornecer um paradigma de resolução, você, professor(a), poderá percorrer
com o aluno o caminho trilhado para a resolução do exercício. É um momento propício para trabalhar a
interpretação do enunciado e prevenir eventuais equívocos que possam ocorrer nessa interpretação. Evite
que o aluno trabalhe essa seção solitariamente, tomando o exercício resolvido como um modelo apenas,
pois é nesse momento que o aluno pode surpreender com um novo caminho para a resolução do problema.
6 Coleção EM2
3) Exercícios de aprendizagem
Esses exercícios foram distribuídos ao longo do capítulo para que você, professor(a), possa fazer a fixação
do conteúdo por item. Devem ser resolvidos em sala de aula, pois, dessa forma, você poderá verificar o
grau de assimilação do conteúdo trabalhado, podendo retomá-lo, caso seja necessário, a fim de obter um
bom resultado. Desse modo, você evita a surpresa de só descobrir as lacunas de aprendizagem no final
do capítulo, quando vários itens de naturezas diferentes e também com graus de dificuldade diferentes já
tiverem sido abordados.
4) Exercícios propostos
Essa seção, que reúne um grande número de exercícios de múltipla escolha e questões discursivas, foi
planejada para que o aluno trabalhe de forma autônoma, resgatando todo o conteúdo estudado ao longo
do capítulo. Incentive os alunos a fazerem os exercícios em casa e trazerem para a sala de aula as dúvidas
Física
surgidas durante a resolução.
5) Cotidiano
Essa seção procura levar o aluno a perceber a relação existente entre o conteúdo estudado e o cotidiano
no qual ele está inserido ou, ainda, a relação que tal conteúdo guarda com a realidade. É importante que
você, professor(a), encontre um momento para apresentar essa seção aos alunos, instigando-os a falar
sobre outras situações vivenciadas que sirvam de exemplo a ser compartilhado em sala de aula.
6) Para refletir
Essa seção oferece uma oportunidade para você, professor(a), promover um momento de reflexão
e um espaço para exposição de pontos de vista sobre determinado questionamento. Pode-se, em
algumas ocasiões, propor a formação de duplas ou grupos para que os alunos troquem opiniões entre si.
Assim, você pode variar as formas de se trabalhar a seção, numa atividade individual, em duplas,
em grupos ou, coletivamente, envolvendo a turma e você, professor(a).
7) Experimentando
Sabe-se que nem sempre os experimentos podem ser realizados sem um laboratório bem-estruturado.
Por isso, para essa seção foram escolhidos experimentos que possam ser realizados com mais tranquilidade
em sala de aula, ou em casa, para que os alunos percebam a relação entre a teoria e as práticas cotidianas.
8) Leitura complementar
Os capítulos oferecem leituras complementares ao conteúdo, que podem despertar a curiosidade do
aluno para pesquisar em outras fontes. Cabe a você, professor(a), promover um espaço de leitura em sala
de aula ou convidar o aluno a realizar essas leituras em casa. É fundamental chamar a atenção do aluno
para esses textos, pois, além de conscientizá-lo de que a leitura, de forma geral, é uma fonte inesgotável
de informação, é bom que ele saiba que a familiaridade com textos como os disponibilizados pode ser de
grande valia em processos seletivos e avaliações.
9) Seção Enem
As questões que compõem a seção são criteriosamente selecionadas das provas do Enem ou dos Simulados
elaborados pelo Bernoulli Sistema de Ensino. Explique para os alunos as habilidades cobradas em cada
uma das questões. Isso é importante para que eles se familiarizem com a forma como os conteúdos são
avaliados no exame nacional.
10) Tá na mídia
Essa seção oferece sugestões de filmes, livros, sites, músicas, entre outras mídias que abordem o tema
de forma diferente daquela tratada no material didático, mas com uma relação estreita com ele. Incentive
o aluno a ler as sinopses a fim de entender o porquê da sugestão. Aproveite as sugestões da seção para
planejar atividades em sala de aula, como uma “sessão de cinema” com o filme indicado, a audição de uma
música, um vídeo mostrando um experimento ou um experimento virtual que pode ser feito com o uso de
multimídia.
Habilidades e competências
Competência de área 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como
construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico
e social da humanidade.
H1 – Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os
a seus usos em diferentes contextos.
H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro com o correspondente
desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do
tempo ou em diferentes culturas.
H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas
de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade.
8 Coleção EM2
H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação
de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos.
H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e / ou destino dos poluentes ou
prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e
processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológicos.
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas,
considerando interesses contraditórios.
Competência de área 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular
aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e
características individuais.
Física
H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de
características dos seres vivos.
H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio
interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer
nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 – Compreender o papel da evolução na produção de padrões, nos processos biológicos ou na organização
taxonômica dos seres vivos.
Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los
em diferentes contextos.
H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas
nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas
ou linguagem simbólica.
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos
tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar
ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos da Física para, em situações-problema, interpretar,
avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 – Utilizar leis físicas e / ou químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no
contexto da Termodinâmica e / ou do Eletromagnetismo.
H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas
manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais,
econômicas ou ambientais.
H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos,
considerando implicações éticas, ambientais, sociais e / ou econômicas.
Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da Química para, em situações-problema,
interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
H24 – Utilizar códigos e nomenclatura da Química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações
químicas.
H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas,
sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.
H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e / ou econômicas na produção ou no consumo de recursos
energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando
riscos ou benefícios.
Planejamento anual*
Disciplina: Física SÉRIE: 2ª SEGMENTO: EM
1 1 • Termometria
2 1 • Dilatação térmica
3 2 • Propagação de calor
4 2 • Calorimetria
A
5 3 • Mudança de fase
4 2 • Instrumentos ópticos
B
5 3 • Movimento Harmônico Simples
6 3 • Introdução à Ondulatória
7 4 • Difração e interferência
* Conteúdo programático sujeito a alteração. / O conteúdo completo de Física do EM 1ª e 2ª série está disponível no final do
Manual do Professor.
10 Coleção EM2
Planejamento do volume
Disciplina: física SÉRIE: 2ª SEGMENTO: EM volume: 1
Sugestões de
FRENTE CAPÍTulo Título
estratégiaS
Física
• Aula expositiva
1 • Termometria
• Aplicação de exercícios
A
• Resolução de exercícios
2 • Dilatação térmica
• Aula prática
• Debate
1 • Introdução à Óptica Geométrica
• Aula multimídia
B
• Discussão em grupos
2 • Reflexão da luz – Espelhos
• Filmes
Considere que o ano letivo tenha, em média, 36 semanas letivas. Como na Coleção Estudo EM2 o conteúdo
de cada disciplina é apresentado em 4 volumes, recomendamos dedicar 9 semanas letivas ao estudo de
cada volume.
O conteúdo de Física está distribuído em duas frentes (A e B), cada uma com 2 capítulos por volume.
Para calcular o número médio de aulas por capítulo, basta considerar a carga horária de 9 semanas (nesse
caso, 36 aulas – 9x4) e dividi-la pelo número de capítulos (nesse caso, 4 capítulos).
• A1 – Termometria
1º mês • A2 – Dilatação térmica
• B1 – Introdução à Óptica Geométrica
• A2 – Dilatação térmica
2º mês • A3 – Propagação de calor
1º trimestre
• B2 – Reflexão da luz – Espelhos
• A3 – Propagação de calor
• A4 – Calorimetria
3º mês
• B2 – Reflexão da luz – Espelhos
• B3 – Refração da luz – Lentes
• A4 – Calorimetria
1º mês • B3 – Reflexão da luz – Lentes
• B4 – Instrumentos ópticos
• A4 – Calorimetria
• A5 – Mudança de fase
2º mês
2º trimestre • B4 – Instrumentos ópticos
• B5 – Movimento Harmônico Simples
• A5 – Mudança de fase
• A6 – Comportamento dos gases
3º mês
• B5 – Movimento Harmônico Simples
• B6 – Introdução à Ondulatória
12 Coleção EM2
Bimestral
Bimestre CAPÍTulo
• A1 – Termometria
• A2 – Dilatação térmica
1º mês
• B1 – Introdução à Óptica Geométrica
• B2 – Reflexão da luz – Espelhos
1º bimestre
Física
• A2 – Dilatação térmica
2º mês • A3 – Propagação de calor
• B2 – Reflexão da luz – Espelhos
• A3 – Propagação de calor
1º mês • A4 – Calorimetria
• B3 – Refração da luz – Lentes
2º bimestre
• A4 – Calorimetria
• A5 – Mudança de fase
2º mês
• B3 – Refração da luz – Lentes
• B4 – Instrumentos ópticos
• A5 – Mudança de fase
• A6 – Comportamento dos gases
1º mês
• B5 – Movimento Harmônico Simples
• B6 – Introdução à Ondulatória
3º bimestre
4º bimestre
Exercícios propostos
Os exercícios propostos nos finais dos capítulos foram distribuídos da seguinte forma: os primeiros
são mais fáceis e podem ser resolvidos, geralmente, com apenas uma etapa de resolução; os exercícios
intermediários exigem um entendimento maior da matéria. Por isso, eles devem ser resolvidos depois
de o estudante ter trabalhado os primeiros exercícios. Os últimos exercícios são questões discursivas.
Os três grupos de exercícios foram ordenados de acordo com o aparecimento do assunto ao longo do
capítulo. O quadro a seguir apresenta a distribuição dos exercícios para cada capítulo.
A seguir, apresentamos sugestões específicas para os capítulos das frentes A e B do volume 1 da Coleção
de Física do 1º ano.
14 Coleção EM2
Física
10 °C (46 °C do ar no solo e 36 °C do ar no topo). Professor, diga aos alunos que essa diferença de
temperatura pode ser explorada como fonte de energia para acionar uma pequena usina térmica e
que essa usina pode prover parte da energia elétrica consumida no edifício. Na última etapa do ano,
quando os alunos estarão aprendendo a 2ª Lei da Termodinâmica, você terá condições de explicar
melhor como tal aproveitamento de energia pode ser realizado.
36 ºC
828 m
46 °C
Arquivo Bernoulli
1
1
4 3 4 3
2
2
6. Cite exemplos de situações / aplicações da dilatação de corpos vazados, como a fixação de anéis
ou rodas, previamente aquecidos, que se fixam fortemente em eixos depois que o sistema anel
(ou roda) / eixo é resfriado, ou os vidros de conserva que ficam com a tampa presa quando são levados
para a geladeira.
7. Introduza as fórmulas para calcular a dilatação / contração térmica dos líquidos, enfatizando a importância
da dilatação do recipiente que contém o líquido. Defina o coeficiente de dilatação volumétrica do par
líquido / recipiente, mostrando que esse coeficiente simplifica os cálculos da dilatação do conjunto. De
forma geral, essa é a dilatação mais relevante nos problemas de dilatação dos líquidos (por exemplo,
a calibração de um termômetro de mercúrio é baseada na dilatação do conjunto mercúrio / tubo de
vidro). Outro ponto importante que você, professor, não pode deixar de comentar com seus alunos
é que os coeficientes de dilatação volumétrico dos líquidos são geralmente muito maiores do que os
coeficientes dos sólidos. A explicação reside na estrutura molecular dos líquidos, que é muito menos
agregada que a dos sólidos. Nos gases, a agregação molecular é ainda menor, de forma que os gases
tendem a se dilatar ainda mais. Diga aos alunos que isso será discutido em detalhes no estudo dos
gases, assunto a ser tratado em outro capítulo.
8. Por fim, discuta a dilatação anômala da água e suas consequências na manutenção da vida marinha.
Além do texto do capítulo, você pode usar a leitura complementar para explicar melhor esse importante
fenômeno. E, ainda, outro texto para explicar a dilatação anômala da água pode ser lido no site:
http://bit.ly/UazLEG
16 Coleção EM2
Física
capítulo. Explique que uma onda eletromagnética é a propagação no espaço de dois campos, um
elétrico e outro magnético, que oscilam perpendicularmente entre si, e que a onda se propaga
perpendicularmente a tais oscilações (use a figura 2 do texto para facilitar essa explicação).
Diferencie as ondas eletromagnéticas das ondas mecânicas (como uma onda em uma corda),
explicando que a luz pode se propagar no vácuo porque na onda eletromagnética o que vibra não é
a matéria, mas, sim, os campos elétrico e magnético. Professor, além da velocidade da onda, você
também deverá introduzir o conceito de comprimento de onda e de frequência da onda. Para entender
certos fenômenos luminosos tratados neste capítulo, o aluno deverá saber que a luz vermelha, a luz
amarela e a luz laranja apresentam as menores frequências e os maiores comprimentos de onda,
enquanto a luz violeta e a luz azul apresentam as maiores frequências e os menores comprimentos
de ondas (use a figura 3 nessa explicação).
2. Destaque o fato de que nada no Universo é tão ou mais rápido do que luz. Informe que, apesar disso,
a luz gasta 8 minutos para viajar do Sol até a Terra, 5 horas para ir do Sol até Plutão, 4 anos para ir de
Alpha do Centauri (a estrela mais próxima de nós) até a Terra, 100 mil anos para ir de um extremo ao
outro da nossa galáxia e milhões e até mesmo bilhões de anos para viajar de uma galáxia distante até nós.
Então, defina o ano-luz (e também o minuto-luz e a hora-luz), explicando que os números anteriores
representam as seguintes distâncias: 8 minutos-luz, 5 horas-luz, 4 anos-luz, 100 mil anos-luz, etc.
3. Explique um dos fatos mais fundamentais no estudo da Óptica: para ver alguma coisa, nós precisamos
receber luz proveniente dessa coisa. A partir dessa ideia, defina fonte de luz, diferenciando uma fonte
primária (o Sol, o fogo, o filamento de uma lâmpada ligada, etc.), de uma fonte secundária (uma
parede, a Lua, o filamento de uma lâmpada desligada, etc.). Diferencie também uma fonte pontual
(uma lâmpada vista de longe) de uma fonte extensa (uma lâmpada vista de perto). Diferencie,
ainda, uma fonte monocromática (uma caneta laser, uma lâmpada de vapor de sódio, etc.) de uma
fonte policromática (o Sol, uma parede branca, etc.). Professor, faça uma experiência simples para
mostrar que a luz branca do Sol e que a luz branca das lâmpadas são composições de luzes com
várias cores (várias frequências). Se você tiver um prisma de vidro (como o prisma de binóculos),
use-o para decompor a luz solar que entra na sala de aula, projetando o espectro de múltiplas cores
sobre uma parede (essa foi a experiência feita por Newton). Uma decomposição da luz branca muito
mais simples pode ser obtida se você pedir para cada aluno encostar uma caneta de plástico transparente
rente aos olhos (figura). Cada aluno ficará deslumbrado ao ver um pequeno arco-íris dentro da caneta.
Arquivo Bernoulli
5. Para contribuir com a compreensão dos alunos a respeito do conteúdo “cores obtidas pela reflexão da
luz”, sugerimos que você proponha a interação com o jogo “Labirinto dos espectros”, disponível no
Bernoulli Digital. Durante o jogo, o aluno utilizará seus conhecimentos sobre Óptica (especificamente
aqueles relacionados às cores obtidas pela reflexão) para vencer um desafio: percorrer um
labirinto desviando-se de fantasmas coloridos. Para isso, o aluno precisará ficar atento à
combinação de cores para inativar corretamente os fantasmas segundo a cor de cada um deles.
Estimule-os a jogar várias vezes, a fim de melhorar a pontuação e, consequentemente, aprimorar os
conhecimentos do conteúdo estudado.
6. Explique que a retina dos nossos olhos possui dois tipos de células, um sensível às cores (os cones)
e o outro sensível à intensidade da luz (os bastonetes). Explique que existem três tipos de cones,
um sensível ao vermelho, outro ao verde e outro ao azul. Um fato muito interessante que você deve
comentar é que a visão noturna é predominantemente em preto e branco. Explique aos alunos que,
em um ambiente pouco iluminado, os cones não são muito ativados, de modo que a visão é possível
basicamente por causa dos bastonetes.
7. Explique as cores de objetos transparentes, como os vitrais das igrejas e papeis celofanes. Leve
para a sala de aula alguns papeis celofanes de cores diferentes e faça experiências interessantes
com eles. Por exemplo, interpondo um papel celofane vermelho contra o quadro branco da sala
de aula, este se mostrará vermelho, pois, apesar de o quadro refletir luzes de todas as cores,
a radiação que atravessará o papel será predominantemente a luz vermelha. Em seguida, escreva
uma palavra no quadro usando um pincel vermelho, e veja que a palavra continuará vermelha quando
observada através do papel celofane vermelho. Agora, escreva uma palavra com pincel azul, e veja
que, vista através do papel vermelho, a palavra ficará mais escura. Repita a experiência usando papéis
celofanes de outras cores.
8. Para explicar por que o céu é azul, peça para um aluno ler em voz alta o texto referente ao tema.
As imagens e os exemplos apresentados nessa subseção são muito interessantes. Assim, com a sua
orientação, esse assunto será bem assimilado pela classe.
9. Na parte final do capítulo, você irá apresentar três importantes fundamentos da Óptica: a propagação
retilínea, a propagação independente e o princípio da irreversibilidade da luz. Use a propagação retilínea
da luz para explicar a formação da imagem em uma câmara escura e para explicar a formação de
sombras. Aplique a ideia para resolver o clássico problema sobre a determinação da altura de um
prédio. Apesar de simples, discuta com os alunos como essa ideia foi importante para a determinação
de dimensões de corpos muito grandes ou muito distantes, como o raio da Terra e a distância das
estrelas (exercício resolvido 2).
10. Diferencie sombra de penumbra, usando exemplos simples, como uma lâmpada iluminando uma parede
e um objeto opaco interposto entre a lâmpada e a parede. Discuta a formação da sombra e da sombra
/ penumbra quando a lâmpada está mais longe ou mais perto da parede. Em seguida, explique os
eclipses do Sol e da Lua.
18 Coleção EM2
11. Por fim, discuta as fases da Lua. Um recurso muito interessante para explicar esse conteúdo é o
objeto de aprendizagem “Fases da Lua”, disponível no Bernoulli Digital. Trata-se de um simulador que
demonstra a correspondência entre a posição da Lua em sua órbita, sua fase e sua posição
em diferentes momentos da noite para um observador localizado na Terra. Explore o simulador
junto com os alunos e utilize-o durante a explanação do conteúdo, explorando as referências
visuais interativas, os controles de velocidade e a possibilidade de pausar. O objeto de aprendizagem
contribuirá bastante para que os alunos compreendam o conteúdo com mais clareza. Posteriormente,
estimule-os a explorar o simulador individualmente ou em dupla. Não deixe de sugerir a resolução
dos exercícios apresentados.
Física
Capítulo B2: Reflexão da luz – Espelhos
1. Inicie o capítulo discutindo a reflexão difusa e a reflexão especular. Usando uma superfície polida,
como a de um espelho, apresente as duas leis da reflexão, antes definindo a linha normal,
os raios incidente e refletido e os ângulos de incidência e de reflexão. Em seguida, explique que a
reflexão difusa, do ponto de vista microscópico, pode ser entendida como uma reflexão especular (use
a figura 4 para justificar isso). Discuta, ainda, o fato de que uma superfície pode ser áspera e refletir
difusamente certo tipo de radiação, como também pode ser considerada polida e refletir especularmente
outro tipo de radiação. As antenas parabólicas são bons exemplos disso.
2. Apresente o método gráfico para determinar a imagem produzida por um espelho plano. Cite as
características dessa imagem: virtual, forma-se atrás do espelho, etc. Usando argumentos geométricos,
prove que a imagem no espelho plano é simétrica do objeto em relação ao espelho.
3. Discuta ainda a formação de múltiplas imagens em um jogo de dois espelhos planos. Para facilitar a
compreensão dos alunos e sua explanação, utilize a animação “Espelhos angulares”, disponível no
Bernoulli Digital. Na aba “Associação de espelhos”, arraste o espelho móvel para alterar o
ângulo entre os espelhos. Peça para que os alunos verifiquem o número de imagens formadas
em cada um dos ângulos e suas características. Apresente a equação para o cálculo do número
de imagens e explique as diferenças entre uma imagem enantiomorfa e uma não enantiomorfa.
Selecione a aba “Espelhos paralelos” e explique teoricamente as infinitas reflexões entre os espelhos.
Se possível, explique, por meio da equação, que o número infinito de imagens formadas por esse tipo
de associação deve-se ao fato de uma divisão por zero. Não deixe de sugerir a resolução dos exercícios
apresentados.
4. Apresente o método gráfico para determinação do campo visual de um espelho plano. Discuta o caso
em que o objeto está fixo e desejamos determinar a região onde o observador deverá ficar para ver
a imagem desse objeto refletida no espelho. Depois, discuta o caso inverso, isto é, aquele em que o
observador é que está fixo e queremos saber a região onde o objeto poderá ser colocado para que o
observador veja a imagem.
5. Inicie o estudo dos espelhos esféricos, diferenciando um espelho côncavo de um espelho convexo.
Por meio de uma figura, defina os elementos geométricos do espelho esférico: raio de curvatura,
centro de curvatura, vértice e ângulo de abertura. Explique que, se o espelho tiver um pequeno ângulo
de abertura, sua superfície se confundirá com a de um paraboloide. Por isso, espelhos esféricos de
pequena abertura apresentam um foco bem definido, situado entre a metade da distância do centro
ao vértice do espelho, de modo que f = R/2 (distância focal é igual à metade do raio do espelho).
6. Usando o fato de que uma reta perpendicular a uma esfera passa pelo centro da esfera, mostre
que a linha normal referente a determinado raio incidente é o segmento que une o ponto de
incidência da luz sobre um espelho esférico (côncavo ou convexo) ao centro de curvatura do espelho.
8. Apresente as equações de Gauss para a determinação da imagem nos espelhos esféricos. Havendo
tempo, deduza essas equações. Enquanto a dedução da simetria da imagem no espelho plano é
baseada em congruência de triângulos, as deduções referentes aos espelhos esféricos são baseadas
em semelhanças de triângulos. Todas são fáceis e muito interessantes, pois elas são aplicações da
geometria plana abordada no Ensino Fundamental.
• No espelho plano, peça aos alunos que utilizem a régua disponível no simulador e verifiquem
que a distância do objeto ao espelho plano é igual à distância da imagem ao espelho. Ressalte
que a imagem não terá nenhuma característica alterada (tamanho e orientação), apenas será
invertida da direita para a esquerda (ou vice-versa).
• Peça a eles que selecionem o espelho côncavo, movam a vela para a esquerda e para a direita
e vejam quais as mudanças sofridas pela imagem. Mostre que, conforme o objeto se aproxima
do foco, a imagem se afasta, e que, quando o objeto está exatamente sobre o foco, não há
formação de imagem, já que os raios refletidos serão paralelos. Aproveite para mostrar os raios
de luz e reforçar essa informação.
• Termine a abordagem sobre o espelho côncavo reforçando a informação de que ele é capaz
de formar imagens reais e virtuais e que, portanto, pode ser utilizado para projetar imagens.
Mencione que esse tipo de espelho é um excelente instrumento para se retocar a maquiagem,
por exemplo, uma vez que suas imagens virtuais são ampliadas.
• Ao simular o espelho convexo, solicite que eles movam a vela para a esquerda e para a direita
e observem quais alterações ocorrem na imagem. Repare que a imagem permanece direita
em relação ao objeto. Isso indica que ela é uma imagem virtual. Lembre aos alunos que,
por essa razão, o espelho convexo não pode ser utilizado para projetar imagens. Além disso,
a imagem formada será sempre menor.
10. Professor, sempre que houver tempo, resolva os problemas sobre determinação da imagem nos espelhos
esféricos usando o método analítico e gráfico, comparando os resultados.
20 Coleção EM2
Física
A) Sendo a temperatura uma medida da agitação das partículas Nova Iorque para a graus Celsius.
de um corpo, a energia média das partículas de um corpo
TC/5 = (TF – 32)/9 ⇒ TC/5 = (23 . 32)/9 ⇒ TC = –5 °C
é tanto maior quanto maior for sua temperatura. Assim,
a energia média das moléculas de água em uma panela Portanto, em Nova Iorque faz mais frio que em Paris, onde a
fervente é muito maior que a energia média das moléculas temperatura é de –2 °C.
de água de um iceberg.
B) Se somássemos a energia de cada molécula de água do Questão 05
iceberg, encontraríamos um valor muito maior do que o que
Comentário: A diferença de temperatura entre o ponto de
encontraríamos ao somarmos a energia de cada molécula da
ebulição da água (100 °C = 373 K) e o ponto de fusão da
água fervente, apesar de, individualmente, a energia média
água (0 °C = 273 K) é de 100 °C ou de 100 K. A diferença de
das moléculas de água fervente ser maior que as do iceberg.
duas temperaturas, medidas na escala Celsius ou na escala
No caso da energia total, a quantidade maior de moléculas
Kelvin, é sempre o mesmo número, pois a relação entre essas
do iceberg é que determina a energia total.
escalas envolve uma soma simples: você deve somar 273
para converter uma temperatura da escala Celsius para a
Questão 02
escala Kelvin. Assim, um aumento na temperatura de 1 °C é
Comentário: Um termômetro clínico deve ser mantido por equivalente a um aumento na temperatura de 1 K.
alguns minutos em contato com o corpo do paciente antes de
a temperatura ser medida para que o termômetro entre em Na escala Fahrenheit, a diferença de temperatura entre o
equilíbrio térmico com o corpo do paciente. A rigor, o equilíbrio ponto de ebulição da água (212 °F) e o ponto de fusão da água
térmico ocorre entre ambos, termômetro e paciente. Como (32 °C) é de 180 °F. Portanto, uma variação de temperatura
a massa do paciente é muito maior que a do termômetro, de 1 °C corresponde a uma variação de temperatura de 1,8 °F.
a variação de temperatura no paciente é desprezível comparada Em outras palavras, um aumento de temperatura de 1 °F
com a do termômetro. implica um aumento menor na temperatura do que um aumento
de 1 °C (ou de 1 K).
Questão 03
Comentário: Questão 06
A) Se observamos a foto com atenção, veremos que entre Comentário:
dois números grandes (que correspondem à escala A) Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, não há vácuo
Fahrenheit) existe um traço que corresponde à dezena no bulbo do termoscópio, e sim ar em seu interior. Com
entre esses dois números, por exemplo, entre o 0 °F e o as mãos na esfera do termoscópio mostrado na gravura
20 °F na parte superior do termômetro, temos um traço do exercício, considerando-se que a experiência foi feita
que representa o valor de 10 °F. Agora, observe que entre em uma região em que a temperatura ambiente é inferior
duas dezenas existem cinco traços menores. Pois bem, à temperatura corporal, as mãos da pessoa fornecerão
se há um intervalo de cinco traços correspondendo à medida calor ao ar no interior da esfera. Com isso, as moléculas
de 10 °F, sabemos, portanto, que cada um desses traços
dos gases presentes no ar vibrarão com maior amplitude
corresponde à gradação de 2 °F, que é a menor divisão
e a pressão exercida por elas sobre o líquido na coluna do
possível desse termômetro, e, portanto, a resolução do
termoscópio terá seu valor aumentado, o que irá resultar
instrumento. Do lado de dentro existe ainda uma escala das
num rebaixamento da coluna do líquido do tubo. Com as
temperaturas em graus Celsius. Verifique nessa escala que
mãos na parte inferior do termoscópio, ocorre o mesmo,
há um traço posicionado entre duas dezenas consecutivas.
Esse traço corresponde à metade da diferença entre essas porém agora é o líquido que recebe calor das mãos da
dezenas, ou seja, 5 °C, e essa é a menor divisão que temos pessoa. Suas moléculas agora vibrarão com mais energia
nessa escala, portanto, é a resolução do termômetro para e a pressão exercida pelas moléculas do líquido sobre o ar
medidas feitas em graus Celsius. ao seu redor será maior. Como o ar está confinado acima
dele, a única saída é empurrar a coluna de líquido do tubo
B) Como explicado, a resolução para a escala em Fahrenheit
é melhor que a da escala Celsius para esse termômetro. para cima, que é o que de fato ocorre. Dependendo da
Portanto, as medidas realizadas, utilizando essa escala, diferença de temperatura entre as mãos da pessoa e do
serão mais precisas. Repare na foto as gradações líquido e do coeficiente de dilatação volumétrica desse
correspondentes às temperaturas 34 °F e 38 °F, de líquido, pode acontecer que quase todo o líquido vá para
modo que 36 °F é uma boa leitura da temperatura (valor a parte de cima do termoscópio, como pode ser visto no
que, convertido para a escala Celsius, daria 2,2 °C). vídeo citado na seção Tá na mídia do referido conteúdo.
Questão 07
Propriedade Sólido Líquido Gás
Comentário:
As moléculas
A) Com base nas informações fornecidas pelo enunciado, As moléculas Nenhuma
estão ligadas,
podemos elaborar o seguinte esquema: se ligam ou pequena
Microscópica formando
formando interação
h (cm) T (°C) uma estrutura
camadas molecular
cristalina
50 40 Resistente
Resistente Não
a esforços
apenas a resistente
Macroscópica de tração,
h TC b esforços de a esforços
compressão e
compressão mecânicos
a cisalhamento
10 10
Questão 12
Comentário: O quarto estado da matéria, conhecido como
As razões entre os segmentos a e b devem ser iguais para
plasma, é semelhante a um gás, porém, além de suas
os dois segmentos, portanto
moléculas apresentarem alta energia, seus elétrons estão
h − 10 TC − 10 h − 10 livres e vibram soltos entre os núcleos das moléculas. Essa é
= ⇒ TC = 3
50 − 10 40 − 10 4 + 10 uma característica que torna o plasma um excelente condutor.
Do lado oposto, temos o condensado de Bose-Einstein, que é
B) Utilizando a equação de recorrência determinada no o estado próximo ao zero absoluto. Nele, os átomos estão tão
exercício anterior, podemos determinar a temperatura para resfriados e tão próximos que suas vibrações são mínimas e
uma condição ambiente para uma coluna de 30 cm eles praticamente ficam superpostos uns aos outros, formando
um estado que apresenta comportamentos muito peculiares,
30 − 10
TC = 3 + 10 = 15 + 10 = 25 °C como a superfluidez do hélio, que pode ser visualizada neste
4 incrível vídeo: http://youtu.be/2Z6UJbwxBZI
Questão 08 Questão 13
Comentário: Observando a forma do recipiente, notamos que
Comentário: As temperaturas 0 °F e –300 °F correspondem,
a parte de cima dele é praticamente cilíndrica. Dessa forma,
respectivamente, a –18 °C e –184 °C aproximadamente e,
como há pouco líquido saturado, ao virarmos o vidro de cabeça
portanto, são perfeitamente possíveis (maiores que –273 °C = 0 K).
para baixo, teremos uma coluna cilíndrica e será fácil calcular
As temperaturas de 1020 K e 10–20 K também são possíveis.
o volume ocupado por ela: basta calcular a área da tampa e
A primeira é uma temperatura enorme e a segunda é muito
multiplicá-la pela altura da coluna. A propriedade dos líquidos
pequena, mas, ainda assim, é maior que zero e, portanto, ambas
são pertinentes. Por outro lado, as temperaturas de –300 °C que permite essa medição é a de que um líquido toma a forma
e –4 K não são possíveis, uma vez que é impossível se obter do recipiente no qual está contido.
temperaturas abaixo de 0 K, e –300 °C corresponderia a –27 K.
Questão 14
Questão 09 Comentário:
Comentário: O sólido representado pela letra B é um cristal, A) A água na superfície livre no copo comporta-se como uma
e o outro, representado pela letra A, é chamado de sólido membrana elástica. Essa propriedade decorre da tensão
amorfo. A principal característica de um cristal é que ele é superficial da água. Na verdade, as moléculas da água na
formado pela repetição de uma célula. Observe no cristal da superfície são atraídas mais fortemente pelas moléculas
letra B que se repetirmos indefinidamente um dos hexágonos da água abaixo da superfície e ainda mais intensamente
da sua estrutura obteremos o cristal inteiro. Por outro lado, pelas moléculas nas bordas de vidro do copo do que pelas
para o sólido da letra A não podemos escolher uma célula que moléculas do ar sobre a superfície. Por isso, a superfície da
seja capaz de reproduzir todo o sólido. água fica encurvada como uma membrana elástica. Essa
curvatura é mais acentuada perto das bordas do copo.
Questão 10 B) A tensão superficial é uma grandeza física. Portanto,
Comentário: De uma forma geral, as moléculas dos sólidos ela pode ser expressa por um valor numérico. Por exemplo,
acham-se ligadas em uma estrutura cristalina, de modo que a tensão superficial da água a 5 °C vale 0,0764 N/m,
essas moléculas são muito mais agregadas do que as moléculas e a 25 °C, ela vale 0,0716 N/m. Por isso, o efeito de
de um líquido e de um gás. Por isso, os sólidos, em geral, curvatura na superfície em um copo com água fria é mais
são resistentes aos esforços de compressão, de tração e de evidente do que com água quente, pois a tensão superficial
cisalhamento (resistência ao cortado). da água fria é maior do que a da água quente.
22 Coleção EM2
Física
entre a parede do tubo e as moléculas do mercúrio. Assim, fria em um recipiente maior. Embora cada molécula de água
o mercúrio escorrega pelo tubo até atingir uma altura de quente apresente mais energia térmica (maior agitação
equilíbrio, que fica abaixo da superfície livre. molecular) do que cada molécula de água fria, as duas
C) Para o caso da água, as forças de adesão são mais intensas massas poderão apresentar a mesma energia térmica.
que as forças de coesão. Por isso, as paredes do tubo atraem Para isso, a massa da água fria deverá ser suficientemente
as moléculas formando um menisco côncavo. Para o mercúrio, maior do que massa da água quente.
as forças de coesão superam as forças de adesão, as paredes III. (V) A temperatura é uma grandeza microscópica, mas
atraem as moléculas de mercúrio com uma força menor que ela também é uma grandeza macroscópica. Do ponto
a força com a qual as moléculas de mercúrio atraem-se umas de vista microscópico, a temperatura é uma medida do
às outras e, por isso, o menisco é convexo. grau de agitação das moléculas de um corpo. Do ponto
de vista macroscópico, a temperatura é uma medida do
quão quente ou frio esse corpo está em relação a outro
Exercícios propostos corpo de referência. Por exemplo, o ar ambiente em um
dia agradável está mais quente do que uma pedra de gelo.
Questão 01 – Letra B No entanto, esse ar está mais frio do que a água fervendo
em uma panela.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa separadamente:
IV. (F) A ideia intuitiva de que a temperatura de um corpo
A) O ponto triplo da água poderia até ser usado como
sempre aumenta quando um corpo recebe calor (ou que
referência para uma escala termométrica, mas ele não
sempre diminui quando um corpo cede calor) é difícil de
é um conceito de temperatura. O ponto triplo de uma
ser erradicada da cabeça das pessoas.
substância é o estado em que as três fases da matéria
(sólida, líquida e gasosa) podem coexistir em equilíbrio Existem muitos exemplos de fenômenos isotérmicos com
termodinâmico em uma dada temperatura e pressão. absorção / liberação de calor. Veja o caso da água fervendo
O ponto triplo mais famoso da água ocorre a 0,01 °C em uma panela ao fogo. Nesse caso, a absorção de calor
e 0,006 atm. Em altas pressões, a água apresenta um promove a passagem das moléculas de água do estado
diagrama de fases bem complexo, com vários pontos de líquido para o estado de vapor, e não para aumentar a
triplos diferentes, como, por exemplo, um a −22 °C e temperatura da água.
2 070 atm. Alguns pontos triplos da água referem-se a três Pensando assim, Celsius fixou o valor de 100 °C para o
tipos da fase sólida. ponto de ebulição da água a 1 atm.
B) A temperatura é uma grandeza associada à matéria, sendo
um elo entre o lado macroscópico e o lado microscópico Questão 03 – Letra A
dela. Do ponto de vista macroscópico, a temperatura indica Comentário: Chamamos de propriedade termométrica toda
o quanto um corpo está quente ou frio, enquanto, do ponto grandeza física que é função da temperatura. Por exemplo,
de vista microscópico, a temperatura é uma medida do grau o comprimento de uma barra de metal é uma propriedade
de agitação molecular da matéria. termométrica, pois, quando essa barra é aquecida ou
C) O equilíbrio térmico corresponde a um estado em que a resfriada, esse comprimento varia. Os termômetros, de uma
temperatura é constante. Um meio em que o campo de forma geral, são construídos com base em propriedades
temperatura é uniforme no tempo e no espaço acha-se em termométricas. Há inúmeras propriedades termométricas na
equilíbrio térmico. natureza, como aquelas apresentadas nas letras B, C e D desta
questão: pressão do gás em um botijão, a resistência elétrica
D) Mudança de estado é simplesmente o nome dado ao processo
de um condutor e o comprimento de uma barra de metal.
físico para o qual a matéria passa de uma fase para outra.
Um manômetro, um ohmímetro e uma régua milimétrica
A fusão, por exemplo, é a mudança de estado em que a
poderiam ter suas escalas de leitura adaptadas para converter
matéria passa do estado sólido para o estado líquido.
valores de pressão, resistência elétrica e comprimento em
valores de temperatura por meio de uma fórmula recursiva
Questão 02 – Letra B
associando essas grandezas com a temperatura. No entanto,
Comentário: a letra A desta questão não representa uma grandeza
I. (F) A temperatura é uma medida do grau de agitação das termométrica. Não adianta você medir a massa de um corpo
moléculas. Portanto, só há temperatura se houver matéria. usando uma balança para associá-la com a temperatura, pois
Não há sentido em atribuir uma temperatura para o vácuo. a massa é constante e independente da temperatura do corpo.
Questão 05 – Letra C
Comentário: A água é uma substância pura (composição
química constante). Para uma substância, o ponto de mudança
de fase (temperatura na qual a substância muda de estado) 0 0
depende da pressão. Por exemplo, o ponto de ebulição
da água em uma panela aberta (ponto de fervura) é de
100 °C se a pressão atmosférica for de 1 atm, como ocorre Ao escrever o quociente entre os segmentos a e b usando as
nas cidades ao nível do mar. Já na cidade de La Paz, situada
duas escalas, obtemos
a 3 700 m de altitude, a pressão atmosférica vale apenas
0,65 atm. Nessas circunstâncias, a água ferve a uma a (TC − 0) (TR − 0) 10TR
= = ⇒ TC =
temperatura aproximada de 88 °C. b 100 80 8
15 °C 25 mm a h − 10 33, 3 − 0
= = ⇒ h = 14, 995 cm = 15 cm
b 25 − 10 100 − 0
100 °C
TC h
b a
b
10 °C 5 mm 33,3 °C
a
25 cm 0°C
Para achar a relação de recorrência entre TC e h, devemos
igualar a razão a/b usando os valores das duas escalas: h
10 cm
a TC − 10 h−5
= = ⇒ h = 4.(TC − 10) + 5
b 15 − 10 25 − 5
h = 4.(20 . 10) + 5 . 45 mm
24 Coleção EM2
Física
Esse valor poderia ser convertido para a escala Kelvin, absolutas importantes. No Sistema Internacional de Medidas,
primeiramente convertendo –321 °F para a escala Celsius (você a escala absoluta de temperaturas é a escala Kelvin. Nela,
vai achar –196 °C) e depois somando 273 a esse resultado
o zero absoluto corresponde à temperatura de –273,15 °C (0 K).
(você vai achar 77 K).
No Sistema Inglês, temos a escala Rankine, cujo zero absoluto
corresponde à temperatura de –459,67 °F (0 °R).
Questão 11 – Letra B
Comentário: A escala Celsius é uma escala relativa, baseada
Questão 15 – Letra A
nos pontos de fusão e de ebulição da água a pressão de 1 atm.
Ela é usada no dia a dia para expressar temperaturas comuns, Comentário: O limite inferior para a temperatura é –273,15 °C.
como a temperatura ambiente e a temperatura do nosso Nas escalas Kelvin e Fahrenheit, essa temperatura vale 0 K e
corpo. Nos Estados Unidos, essa escala não é muito conhecida, –459,67 °F, respectivamente. Nenhum corpo pode atingir esse
lá a temperatura usada no dia a dia é a escala Fahrenheit, estado, ou um de temperatura ainda mais baixa. Assim, apenas
que também é uma escala relativa. A escala Kelvin é uma
as temperaturas de 32 °F e de –250 °C são possíveis entre as
escala absoluta, baseada no grau de agitação das moléculas.
apresentadas no enunciado da questão.
A temperatura de zero kelvin (zero absoluto) é aproximadamente
igual a –273 °C. Essa temperatura é, na realidade, inatingível,
correspondendo a um estado sem agitação molecular. Questão 16 – Letra B
Essa escala Kelvin é mais usada no meio científico, como, por Comentário: A temperatura TC = –271,25 °C, na escala
exemplo, para calcular pressões ou volumes nas equações de Fahrenheit, vale
estado de gases ou para calcular o rendimento térmico de um
TC/5 = (TF – 32)/9 ⇒
motor de Carnot. Esses assuntos serão estudados em outros
capítulos da termodinâmica. –271,25/5 = (TF – 32)/9
Comente, ainda, que a escala Kelvin é usada em quase todo o TF = –456,25 °F ≅ –456 °F
mundo, mas, nos Estados Unidos, por exemplo, a escala absoluta A temperatura TC = –271,25 °C, na escala Kelvin, vale
de temperatura não é a escala Kelvin, e sim a escala Rankine.
O zero absoluto na escala Rankine é aproximadamente igual a T = TC + 273,15 =
–460 °F (figura a seguir). –271,25 . 273,15 . 1,9 K ≅ 2 K
Celsius Kelvin Fahrenheit Rankine
Vaporização °C K °F °R Questão 17 – Letra D
da água
100 373,15 212 671,67
(760 mmHg) Comentário: Os modelos apresentados nas letras A, B e C
Congelamento mostram as bolinhas conectadas entre si por algum tipo
da água 0 273,15 32 491,67
de elemento de ligação (por exemplo, pinos). Isso ocorre
(760 mmHg)
nos sólidos, em que os átomos ou as moléculas acham-se
Zero absoluto –273,15 °C 0K –459,67 °F 0 °R
fortemente unidos por ligações químicas. Por isso, os sólidos
são mais difíceis de serem deformados. Por exemplo,
Bulbo Bulbo Bulbo Bulbo
os sólidos, de uma forma geral, apresentam grande resistência
sensor sensor sensor sensor
à compressão. O modelo apresentado na letra E mostra
as bolinhas livres (ausência de elementos de ligação),
Questão 12 – Letra A
em movimento e distantes umas das outras. Isso ocorre nos gases,
Comentário: A temperatura de –273,15 °C é inatingível.
em que os átomos ou as moléculas acham-se desagregados.
Na escala Kelvin, essa temperatura é o conhecido 0 K.
Por isso, os gases são mais facilmente comprimidos do que
A matéria submetida a qualquer pressão e em qualquer lugar
os sólidos. Na letra D, não há exatamente ligação entre as
do Universo pode ser resfriada até as proximidades do 0 K,
mas a temperatura não pode atingir exatamente esse valor e bolinhas, mas elas estão próximas e com pouco movimento.
nem valores abaixo dele. Por isso, a temperatura de –300 °C Esse é o melhor modelo para representar o estado vítreo,
não faz sentido físico. e também o líquido.
Questão 19 – Letra C
Comentário: Um pequeno inseto pode caminhar sobre a
água sem afundar porque a superfície da água comporta-se
como uma membrana elástica. Essa propriedade da água
II. Capilaridade
e dos líquidos em geral é chamada de tensão superficial.
A figura mostra um modelo para representar o equilíbrio de um Quando um líquido está em contato com uma superfície
sólida, há duas forças importantes: a força de coesão que
corpo flutuando na água devido à tensão superficial: o peso P
mantém as moléculas do líquido unidas e a força de adesão
do corpo é equilibrado pelas forças periféricas Fs geradas pela
da superfície sobre o líquido. Quando a água toca em uma
tensão superficial.
parede de vidro, a força de adesão é maior do que a de
Fs Fs coesão, de modo que a água tende a subir pela parede.
Em um tubo, quanto menor for o diâmetro, mais evidente
será esse efeito (figura a seguir).
Esse fenômeno é chamado de capilaridade em alusão ao
fato de que a água tende a se elevar de vários milímetros
quando o tubo é bem fino (tubo capilar).
P
Questão 20 – Letra B
Comentário: Outra experiência para demonstrar a tensão
superficial consiste em colocar cuidadosamente uma lâmina
de barbear sobre a água. Embora feita de aço, a lâmina flutua
na água (figura). De acordo com o Princípio de Arquimedes,
a lâmina deveria afundar, pois o aço é mais denso que a água.
A explicação é a tensão superficial, que gera uma força voltada
para cima na lâmina e que atua em torno da periferia da lâmina. III. Viscosidade
Essa é a força que anula o peso da lâmina. Pressionando a
Nas mesmas condições, a água escoa com mais facilidade
lâmina com o dedo, a tensão superficial será rompida, e a
do que o mel, porque ela é menos viscosa. A viscosidade
lâmina irá afundar. do fluido está relacionada à sua dificuldade de escorrer.
O mel é um exemplo de fluido muito viscoso (foto a seguir).
Istockphoto
26 Coleção EM2
Questão 22 – Letra D Além disso, a relação entre as temperaturas nas duas escalas é:
Comentário: De acordo com a tabela dada neste problema, TC/5 = (TF − 32)/9
podemos desenhar as duas escalas mostradas na figura a seguir Substituindo a primeira equação na segunda, obtemos o valor
e estabelecer a seguinte relação entre a temperatura T da água
da temperatura na escala Celsius:
no tanque e a leitura de resistência elétrica R.
TC/5 = (2TC + 2 . 32)/9 ⇒ TC = 150 °C
a/b = (T − 20)/(46 . 20) = (R − 34)/(73–34)
Substituindo, nesta fórmula, a temperatura T = 35 °C, obtemos
Questão 25 – Letra D
o seguinte valor para a resistência R:
Comentário: As diferenças entre os pontos de ebulição da água
(35–20)/(46 . 20) = (R − 34)/(73 . 34) ⇒ R = 56, 5 ≅ 57
e de fusão do gelo à pressão de 1 atm nas escalas Celsius e
T(ºC) R Fahrenheit são iguais a
Física
Diferença em °C = 100 °C − 0 °C = 100 °C
Questão 26 – Letra A
Questão 23 – Letra B
Comentário: A figura mostra o termômetro, com as duas
Comentário: De acordo com a figura da questão, podemos
únicas marcações que não se apagaram, ao lado de uma régua.
desenhar as três escalas mostradas na figura a seguir e
De acordo com essa figura, podemos achar que a temperatura
estabelecer a seguinte relação entre as escalas A, B e Celsius:
de Pedrinho é T = 38,5 °C usando a seguinte relação
a/b = (TC − 0)/(100 . 0) = (TA − 10)/(80–10) = [TB −(−10)]/[90 −(−10)]
entre a temperatura T e as indicações de 35 °C e de 42 °C
Fazendo um pouco de álgebra, obtemos as seguintes relações no termômetro e os comprimentos a = 5 cm e b = 10 cm
entre as escalas Celsius e A e entre as escalas A e B:
medidos pela régua. Portanto, Pedrinho estava com febre.
TC = 10(TA − 10)/7
a/b = 5/10 = (T – 35)/(42 . 35) ⇒ T = 38,5 °C
TB = [10(TA − 10)/7]–10
Substituindo na primeira fórmula a temperatura TA = 17 °Α,
obtemos a seguinte temperatura Celsius: 42
10
9
TC = 10(17 . 10)/7 . 10 °C
8
b
6
TB = [10(17 . 10)/7]–10 . 0 °B
4
a
3
T(°C) °A °B
2
1
35
0
b
TC2 TA2 TB
a Questão 27 – Letra A
0 10° A –10° B Comentário: O gráfico entre as temperaturas nas escalas Celsius
e Fahrenheit dado neste exercício permite escrever a seguinte
relação (equação da reta do gráfico) TF = aTC + b. O coeficiente
angular a é a inclinação da reta, enquanto o coeficiente linear b
Questão 24 – Letra C
é o ponto em que a reta corta o eixo vertical do gráfico:
Comentário: Como temperatura de um corpo escrita na escala
Fahrenheit excede em duas unidades o dobro da temperatura a = (212 . 32)/100 . 1,8 °F/°C e b = 32 °F
desse corpo escrita na escala Celsius, podemos escrever: Portanto, a equação da reta é TF = 1,8 TC + 32. Substituindo
TF = 2TC + 2 o valor TF = 10,4 °F nessa equação, obtemos TC = −12 °C.
(X – 0)/(K − 273) = (200 . 0)/(373 . 273) ⇒ Assim, como a água sobe pelas paredes do tubo, porque a força
de adesão das moléculas do vidro sobre as moléculas da água
X/(K − 273) = 2 ⇒
é maior do que a força de coesão entre as moléculas da água,
X = 2K − 546 a gasolina tende a subir pela régua de madeira, porque a força
Substituindo X = −392 °X (temperatura de condensação do de adesão da madeira sobre a gasolina é maior do que a força
a T − T1 h − h1
= =
b T2 − T1 h2 − h1
sxc.hu
Questão 30 – Letra E
Comentário: Vamos analisar cada afirmativa separadamente:
28 Coleção EM2
corresponde a uma diferença de temperaturas de 100 °M. que não há empuxo sobre ele. O inseto flutua na água
Então, ao dividirmos o último valor pelo primeiro, porque o seu peso está sendo equilibrado pelas forças da
obtemos 100 °M/8 °C = 12,5 °M/°C. Isso significa que membrana elástica da água, que são geradas pela tensão
uma variação de temperatura de 1 °C corresponde a uma superficial da água.
variação de temperatura de 12,5 °M. Assim, por exemplo,
se a temperatura de um paciente com febre abaixar
Seção Enem
1 °C (caindo, por exemplo, de 40 °C para 39 °C), essa
Física
temperatura, na escala médica, diminuirá de 12,5 °M
Questão 01 – Letra A
(caindo de 50 °M para 37,5 °M. Veja os cálculos no próximo
item para entender por que 40 °C é igual a 50 °M). Eixo cognitivo: IV
a Competência de área: 2
36 0
Habilidade: 7
∆QRecebido = –∆QFornecido
Questão 34 – V V F V
mAF.cA.(TE–10) = -mAQ.CA(TE–40)
Comentário:
(V) De acordo com a Figura I, dada nesta questão, a 8 °C, Calculando as massas de água quente e fria em função da
(V) De acordo com a Figura II, quanto maior a salinidade da Chegamos ao valor de TE:
água, maior a densidade da água, que pode ficar maior que
mT 2.mT
a densidade do inseto. Por isso, o inseto pode flutuar na água .c A (TE − 10) = − .c A (TE − 40)
3 3
mesmo que suas patas furem a membrana elástica gerada pela TE − 10 = − 2TE − 40
tensão superficial da água. Nesse caso, a flutuação deve-se TE = 30 °C
ao equilíbrio do peso do inseto com o empuxo.
(F) À temperatura de 4 °C, a densidade da água pura é Se a temperatura obtida foi de 16 °C, temos:
praticamente 1 000,0 kg/m3 (Figura I). Portanto, 1 L (0,001 m3) Variação de temperatura ∆T = 30 . 16 . 14 °C
de água a 4 °C tem uma massa de 1 000 g. Dissolvendo
∆T 14
200 g de sal nessa massa, a salinidade será de 20 g de = ≅ 47 %
TQ 30
sal por 100 g de água. De acordo com a Figura II, para
essa salinidade, a densidade da água é de 1 000,15 kg/m3. Logo, de acordo com a tabela, o selo deve ser o D.
30 Coleção EM2
Física
Por isso, quando uma linha de transmissão está transportando
de um em um grau. Embora haja uma graduação de cor no cristal, muita corrente, ficando quente, vemos o cabo com uma “barriga”
o fato é que a escala desse termômetro tem resolução de apenas bem grande, mas nem percebemos que o cabo ficou um
um grau, e não de décimos de grau como nos termômetros de pouquinho mais grosso (foto a seguir).
coluna de mercúrio.
Questão 03
Andres Rueda
∆V = V0. γ. ∆T ⇒
∆Lalumínio = L0 αalumínio ∆T = 100.23 . 10–6.80 ⇒ ∆Lalumínio = 0,184 cm M2 poderia ser alumínio e M1 poderia ser o aço comum.
∆L = 1 000 mm.10 . 10–6 °C–1. 100 °C ⇒ Portanto, o comprimento fi nal do segmento AD será,
Encontramos ∆L, porém o exercício pede o comprimento Para o raio do furo, o procedimento é idêntico, porém,
fi nal, assim: o comprimento inicial dessa vez será 10 cm, que
∆L = L – L0 . 1 mm ⇒ L = 1 mm + L0 . 1 001 mm corresponde à metade do diâmetro.
32 Coleção EM2
∆R = 10 cm.23 . 10 –6
°C .500 °C ⇒
–1 Conclui-se que o volume de gasolina que derramou
corresponde a 0,9 L da variação do volume da própria
∆R = 0,115 cm gasolina menos 0,033 L da variação do volume do tanque,
Essa é a variação do raio, porém, estamos procurando o resultando, portanto, em um derramamento de 0,867 L
comprimento final do raio, que será, aproximadamente, de gasolina.
R = 10,1 cm.
C) Caso o sistema placa + disco seja aquecido, o furo sofrerá Questão 13
uma dilatação maior que o disco (já que o coeficiente de Comentário:
dilatação do alumínio é maior que o do aço) e, portanto, A) O coeficiente de dilatação aparente recebe esse
Física
ele se soltará da placa. Para o caso oposto, se o sistema for nome justamente porque ele é o coeficiente calculado
resfriado, o disco ficará preso à placa, pois o furo sofrerá considerando-se que o volume derramado corresponde à
uma contração maior que o disco. dilatação real do líquido, mesmo que na verdade não seja
isso que ocorra. Assim, para determinarmos o coeficiente
Questão 10 de dilatação aparente, devemos realizar o seguinte cálculo:
Comentário: Primeiramente, o calor por radiação proveniente ∆Vaparente = V0.γaparente.∆T ⇒
da chama da vela aquece o vidro do termômetro, que sofre 20 cm3 . 200 cm3 . γaparente . 200 °C ⇒
uma dilatação antes do próprio mercúrio dentro do termômetro. γaparente = 5 . 10–4 °C–1.
Havendo mais espaço no termômetro, a coluna de mercúrio
abaixa momentaneamente. Depois de alguns segundos, B) O coeficiente de dilatação volumétrica real do líquido será
o mercúrio também é aquecido. Por ter um coeficiente de o coeficiente de dilatação aparente mais o coeficiente do
dilatação maior que o do vidro, o mercúrio apresenta, na recipiente, no caso, o pirex. Assim:
sequência, uma dilatação maior que a do vidro, de modo que γlíquido = γaparente + γpirex ⇒
a coluna de mercúrio se eleva. γlíquido = 5 . 10–4 °C . 9,0 . 10–6 °C–1 ⇒
–1
Questão 12 Questão 15
Comentário:
Comentário:
A) O que ocorre nesse tipo de situação é que, quando o
A) A massa de qualquer substância ou objeto não depende da
sistema é aquecido, o recipiente no qual o líquido está
temperatura, portanto, variando-se a temperatura, nada
contido também se dilata e, com isso, torna-se capaz de
acontece com a massa.
acomodar um pouco mais de líquido do que à temperatura
B) Devido ao comportamento anômalo da água, teremos
ambiente. Assim, a quantidade de gasolina que derramou
dois comportamentos diferentes. De 0 °C até 4 °C o
não corresponde exatamente à variação de volume
volume da água irá diminuir conforme essa porção de
da gasolina.
água for aquecida, e, de 4 °C até os 8 °C, o volume
B) Primeiro, vamos calcular qual foi a variação no volume do irá aumentar.
tanque: C) Como a massa da água permanece constante durante
∆VT = V0.γAço.∆T ⇒ todo o processo, a densidade irá variar em função do
volume, e, nesse caso, essa variação será inversamente
∆VT = 50 L.33 . 10 –6
°C .20 °C ⇒
–1
proporcional. Sendo assim, de 0 °C até 4 °C, com a
∆VT = 0,033 L diminuição do volume, teremos um aumento na densidade
Isso significa que o tanque é capaz de armazenar 0,033 L da água. Por outro lado, de 4 °C até os 8 °C, será o
de gasolina a mais. Agora, vamos calcular a variação do oposto, haverá um acréscimo de volume e diminuição
volume sofrida pela gasolina. da densidade.
Comentário: Calibrado a 20 °C, o relógio irá atrasar quando 02. (V) Os corpos vazados se dilatam como se fossem maciços.
a temperatura aumentar, pois o comprimento do pêndulo 04. (V) Um copo de vidro grosso tende a se quebrar quando
aumentará (dilatação térmica), de modo que o período de nele é colocado água quente. A parede interna do copo se
oscilação do pêndulo também aumentará. Como esse período aquece e se dilata, enquanto a parede externa permanece
regula o avanço das horas no relógio, elas irão fluir de forma fria e não sofre dilatação. Isso gera tensões térmicas no
mais lenta. Por outro lado, o relógio irá adiantar quando a copo, causando a sua quebra. O aquecimento de um copo
temperatura diminuir abaixo de 20 °C. mais fi no é mais homogêneo. Por isso, um copo de parede
fi na pode abrigar água quente sem tanto risco de se quebrar.
Questão 03 – Letra D 08. (F) De acordo com a equação da dilatação térmica (por
Comentário: Primeiramente, vamos entender por que exemplo, a equação da dilatação linear: ∆L = L0 α ∆T),
as lâminas se curvam para dentro do sistema quando a a dilatação de um corpo é proporcional ao coefi ciente de
temperatura de operação aumenta. A razão disso é porque dilatação térmica (na dilatação linear, ∆L é proporcional a α).
o coeficiente de dilatação da lâmina externa é maior que o 16. (V) Considere um recipiente com líquido até o topo, como
coeficiente da lâmina interna, ou seja, α2 > α1 (ou α1 < α2).
mostrado na 1ª fi gura. Ao ser aquecido, o líquido dilata-se,
Assim, durante o aquecimento, a lâmina externa dilata mais
de modo que há um transbordamento, como mostrado na
do que a interna. Por isso, as lâminas se curvam para dentro
2ª fi gura. Aparentemente, a dilatação desse líquido seria o
do sistema. A regulagem da temperatura de operação é
volume transbordado, ou seja, a dilatação seria aquela que
controlada pelo parafuso, cuja ponta interrompe a curvatura
observamos. Contudo, essa dilatação é apenas aparente,
da parte inferior do sistema, desligando a corrente elétrica e
pois o próprio recipiente também sofre dilatação.
interrompendo o aquecimento do ferro de passar. Obviamente,
quanto mais cedo essa interrupção ocorrer, menor será a
temperatura de operação. De acordo com a figura, é fácil
vermos que essa interrupção será antecipada se o parafuso
estiver mais apertado, pois, assim, a sua ponta estará mais
V0 V
próxima à parte inferior do sistema.
Questão 04 – Letra E
Comentário: Logo, o coeficiente α1 do metal da parte externa
é maior que o coeficiente α2 do metal interno quando a
temperatura se eleva. Como o metal externo se dilata mais
que o metal interno, a espiral tende a se fechar, de modo que
o ponteiro gira no sentido horário, indicando uma elevação na
temperatura na escala do instrumento.
34 Coleção EM2
Física
corpo (maciço ou vazado) sofrem dilatação. Assim, quando o
anel de alumínio deste problema é aquecido, o raio interno Ra Questão 12 – Letra C
aumenta de tamanho, e o raio Rb também aumenta. Observe que
Comentário: Vamos analisar as alternativas separadamente.
o raio externo sofre uma dilatação ∆Rb maior do que a dilatação De acordo com o enunciado da questão, à temperatura
∆Ra do raio interno, pois Rb é maior do que Ra. Logo, a largura ambiente, o diâmetro do eixo de aço é maior que o do orifício
radial do anel (Rb − Ra) também dilata, ratificando o fato de que do anel de latão. Sendo assim:
todas as dimensões do corpo sofrem dilatação. A) Se apenas o eixo for resfriado, ele terá o diâmetro contraído
e poderá passar pelo furo do anel.
Questão 09 – Letra D B) Se apenas o anel for aquecido, ele terá o diâmetro dilatado,
Comentário: As dilatações térmicas no diâmetro da esfera (∆d) e o eixo poderá passar por ele.
e no comprimento da barra (∆L) são dilatações do tipo linear
C) Se ambos forem resfriados, como o coeficiente de dilatação
e podem ser calculadas pelas fórmulas a seguir:
(ou retração) do latão é maior que o do aço, o diâmetro do
∆d = d0α∆T e ∆L = L0α∆T furo irá se contrair mais do que o diâmetro do eixo. Agora
é que o eixo não poderá passar mesmo pelo furo.
Como o diâmetro da esfera e o comprimento da barra
D) Se ambos forem aquecidos, como o coeficiente de dilatação
são inicialmente iguais (d 0 = L 0), e ambas as peças são
do latão é maior que o do aço, o diâmetro do furo irá se
feitas do mesmo material (mesmo coeficiente de dilatação
dilatar mais do que o diâmetro do eixo, de modo que o eixo
térmica α), concluímos que, para a mesma elevação de
poderá passar pelo furo.
temperatura ∆T, as dilatações da esfera e da barra serão
iguais. Assim, ∆d/∆L = 1.
Questão 13 – Letra B
Questão 10 – Soma = 49 Comentário: Como apareceu uma folga entre o furo na chapa
e a moeda, concluímos que a dilatação do furo foi maior do
Comentário: Vamos analisar cada afirmativa separadamente.
que a dilatação da moeda. Considerando que ambos (furo e
01. (V) De fato, se o coeficiente de dilatação do rebite for maior moeda) tinham o mesmo diâmetro inicial e que a variação
do que o coeficiente da placa (αA > αB), quando o rebite e de temperatura foi a mesma para os dois, concluímos que o
a placa forem resfriados, a redução no diâmetro do rebite coeficiente de dilatação térmica do material da chapa é maior
será maior do que a redução no diâmetro do furo na placa, do que o coeficiente do material da moeda.
de modo que o valor da folga entre esse furo e o rebite
aumentará.
Questão 14 – Letra D
02. (F) Se αA > αB, quando o rebite e a placa forem aquecidos,
Comentário: A água é uma substância que apresenta um
o aumento no diâmetro do rebite poderá ser maior do que
comportamento anômalo na faixa de temperatura entre
o aumento no diâmetro do furo na placa, de modo que
0 °C e 4 °C para a pressão de 1 atm. Quando aquecida
o valor da folga entre o furo e o rebite poderá diminuir
nesse intervalo de temperatura e nessa pressão, a água não
de valor.
sofre dilatação térmica, mas, sim, uma retração de volume.
04. (F) Independentemente da relação entre αA e αB, se apenas Por isso, a densidade da água aumenta de valor quando ela
o rebite for aquecido, ele sofrerá dilatação, de modo que a é aquecida de 0 °C a 4 °C. De fato, ao ser aquecida até 4 °C,
folga entre ele e o furo na placa irá diminuir. o volume da água atinge um valor mínimo nesse ponto e uma
08. (F) Se αA = αB, quando ambos forem igualmente aquecidos, densidade máxima. Para temperaturas maiores do que 4 °C,
a folga irá aumentar pois o raio RB do orifício da placa é o comportamento da água é padrão, isto é, ao ser aquecida,
inicialmente maior do que o raio RA do rebite. o seu volume aumenta e a densidade diminui. Por isso, os
16. (V) e 32 (V) De fato, se αA for maior, igual ou menor do que gráficos que representam corretamente as variações no
αB e apenas a placa for aquecida, o diâmetro do furo irá volume e na densidade da água entre 2 °C e 6 °C são aqueles
aumentar, de modo que a folga entre esse furo e o rebite mostrados no segundo conjunto de gráficos apresentados na
aumentará. questão (volume V2 e densidade D2).
L L + Lαt
Questão 16 – Letra B 2π (R + h) 2πR
=
GM GM
Comentário: Como as barras A e B são feitas do mesmo
Extraindo as raízes quadradas, e fazendo alguma álgebra,
material, ambas apresentam o mesmo coeficiente de dilatação
obtemos a temperatura t
térmica linear α. Como o comprimento inicial da barra B é o
triplo da barra A (L0B = 3L0A), e lembrando que a dilatação (R + h)2L = R2(L+Lαt) ⇒
térmica é diretamente proporcional ao produto entre o
(R2 . 2Rh + h2)L = (1 + αt)R2L ⇒
comprimento inicial e a variação de temperatura (L 0∆T),
concluímos que, para que as dilatações das duas barras sejam t = h(2R + h)/αR2
iguais, a elevação de temperatura da barra A deve ser o triplo
da elevação da barra B. Questão 18 – Letra D
∆TA = 3∆TB ⇒ ∆TB = ∆TA/3 Comentário: A figura a seguir mostra a folga entre os trilhos
quando a temperatura é igual a T0. Depois que a temperatura
Você também pode resolver este problema usando diretamente
se eleva para T, a folga desaparece porque cada trilho se dilata
a fórmula da dilatação térmica para as duas barras, e depois
de um valor ∆L/2 para o lado esquerdo e de ∆L/2 para o lado
comparar as dilatações entre si, como apresentado a seguir:
direito. É por isso que a folga deve ter um valor mínimo igual
Dilatação da barra A: ∆LA = L0Aα∆TA
a ∆L. Lembrando que o coeficiente de dilação do trilho é igual
Dilatação da barra B: ∆LB = L0Bα∆TB
a α e usando a fórmula da diltação térmica linear, obtemos
Por fim, substituindo L0B = 3L0A na primeira fórmula e igualando facilmente o valor da folga mínima entre os trilhos.
as duas dilatações, temos:
Folga mínima entre dois trilhos = ∆L = L0α∆T = L0α(T − T0)
∆LA = ∆LB ⇒
L0Aα∆TA = L0Bα∆TB ⇒
L0Aα∆TA = 3L0Aα∆TB ⇒
TB = ∆TA/3
∆L
Questão 17 – Letra B
Comentário: O período de oscilação T de um pêndulo simples
de comprimento L é dado por
T = 2π L / g
G é a constante universal da gravidade, M é a massa da Terra e disco se dilata, o raio se dilata como se ali existisse alumínio,
r é a distância do ponto em que queremos calcular a aceleração pois um corpo vazado se dilata como se fosse maciço. Assim,
da gravidade até o centro da Terra. Na superfície da Terra, lembrando que o coeficiente de dilatação linear do alumínio é
r = R, sendo R o raio da Terra. Assim, no alto da torre desta α e que a temperatura se elevou de T0 para T, a dilatação do
questão, o período do pêndulo do relógio é raio é dada por
36 Coleção EM2
Esse aumento relativo depende apenas do coeficiente de Em seguida, lembrando que o coeficiente de dilatação térmica
dilatação linear da barra (α) e da mudança de temperatura (∆θ). superficial é o dobro do coeficiente de dilatação térmica linear
Todos os quatro vergalhões são feitos do mesmo material e, (β = 2α), nós podemos achar a dilatação superficial da placa de
portanto, apresentam o mesmo coeficiente de dilatação linear. alumínio (coeficiente linear = αAl = 2 . 10−5 °C−1) substituindo a
A elevação de temperatura também foi idêntica para todos os área inicial da placa (A0 . 2,4 m2) e a elevação de temperatura
vergalhões. Assim, o produto α∆θ é constante, e concluímos ∆T = 100 °C (esse valor é a diferença entre a temperatura
que todas as partes do quadro se dilatam, relativamente, de final de 80 °C e a temperatura inicial de −20 °C) na fórmula da
forma igual. O resultado disso é que o quadro se dilata sem dilatação superficial, como apresentado a seguir:
deformar a sua forma inicial e, consequentemente, sem gerar
∆A = A0β∆T = 2,4(2.2 . 10−5)100 . 0,0096 m2 . 96 cm2
esforços internos.
Questão 24 – Letra E
Questão 21 – Letra A
Comentário: Um corpo vazado se dilata como se fosse maciço.
Física
Comentário: O anel de aço (αaço = 1,1 . 10−5 °C−1), com diâmetro
Por isso, a chapa de cobre, de lado L, e o quadrado, também
d0a = 1,198 m a 28 °C, é menor do que a roda de madeira, que
apresenta, nessa temperatura, um diâmetro d0r = 1,200 m. de lado L e formado por um fio de cobre, sofrerão a mesma
Para ser encaixado justo na roda, o anel deve ser aquecido dilatação superficial. Assim, lembrando que as duas peças são
até uma temperatura T de modo que o diâmetro do anel sofra feitas do mesmo material e apresentam dimensões iniciais
uma dilatação igual à diferença entre os diâmetros inicias das idênticas e que ainda sofrem a mesma elevação de temperatura,
duas peças. Assim, concluímos que as duas áreas permanecerão iguais após
∆danel = d0a αaço ∆T ⇒ 1,200 . 1,198 . 1,198. 1,1 . 10 −5
(T − 28) ⇒ o aquecimento. Portanto, a razão entre as áreas finais vale 1.
T = 179,8 °C = 180 °C
Questão 25 – Soma = 11
Questão 22 – Letra E Comentário:
Comentário: A 1ª figura mostra que, à temperatura ambiente 01. (V) Sendo αt menor que αv , então, com o aquecimento,
de 22 °C, o rolamento cilíndrico (o eixo de aço) não se encaixa as tampas sofrerão menor dilatação que as bocas dos frascos
no mancal cilíndrico de alumínio, pois o diâmetro do eixo é 0,1% de vidro. No frasco 1, como a tampa se encaixa externamente,
maior que o diâmetro interno do mancal. A 2ª figura mostra o ela fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá.
mancal sendo aquecido.
02. (V) Sendo αt maior que αv , então, com o aquecimento,
Esse aquecimento proporcionará a dilatação do mancal, as tampas sofrerão maior dilatação que as bocas dos frascos
de modo que o seu diâmetro interno ficará aumentado de um
de vidro. No frasco 2, como a tampa se encaixa internamente,
valor ligeiramente maior que 0,1%.
ela fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá.
Assim, o eixo se encaixará de forma justa no mancal, como 04. (F) Sendo αt menor que αv , então, com o aquecimento,
mostrado na 3ª figura.
as tampas sofrerão menor dilatação que as bocas dos frascos
22°C T=? de vidro. No frasco 1, como a tampa se encaixa externamente,
esta fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá. Contudo,
no frasco 2, como a tampa se encaixa internamente, ela fi cará
folgada, de modo que o vidro não se romperá.
Eixo
Mancal 08. (V) Sendo αt maior que αv , então, com o resfriamento,
as tampas sofrerão maior contração que as bocas dos frascos
de vidro. No frasco 1, como a tampa se encaixa externamente,
A relação entre o diâmetro final e inicial do mancal é
ela fi cará apertada, de modo que o vidro se romperá.
D/D0 = 1,001, pois D é 0,1% maior que D0. A relação D/D0
pode ser expressa em função do coeficiente de dilatação linear 16. (F) Conforme discutido anteriormente, dependendo de a
α do alumínio e da elevação de temperatura ∆T temperatura ser elevada ou reduzida e dependendo de qual
coefi ciente de dilatação térmica é o maior, se o da tampa
D = D0 + D0α∆T
ou o do vidro, um dos vidros se romperá.
Dividindo por D0 os dois lados dessa equação, obtemos:
D/D0 . 1 + α ∆T. Substituindo o quociente D/D0 por 1,001 e o
coeficiente α por 25,0 . 10–6 °C–1, obtemos
Questão 26 – Letra C
Comentário:
∆T = 40 °C
Portanto, a temperatura final do aquecimento deverá ser I. Correta. A análise do gráfico mostra que, para uma
ligeiramente maior que temperatura de 4 °C, a água e o recipiente possuem o mesmo
volume. Portanto, o recipiente estará completamente cheio
T = 22 . 40 . 62 °C
de água, sem haver derramamento.
Questão 23 – Letra C II. Errada. Para temperaturas tanto acima quanto abaixo
Comentário: Primeiramente, vamos converter a temperatura de 4 °C, o volume da água é superior ao do recipiente,
final da placa deste problema de 176 °F para a escala Celsius. logo, a água irá transbordar para essas duas situações.
T/5 = (TF − 32)/9 ⇒ T/5 = (176 . 32)/9 ⇒ T = 80 °C III. Correta. Ver II.
38 Coleção EM2
Comentário: A figura mostra o triângulo (retângulo e podemos ver o esquema de um disjuntor com proteção térmica
isósceles) quando a temperatura era T e, depois, o triângulo (relé térmico). Há, também, os disjuntores eletromagnéticos,
(equilátero) quando a temperatura foi elevada para T + ∆T. que serão discutidos em outro capítulo da coleção.
Nesse último triângulo, os novos lados foram calculados com
base no coeficiente de dilatação A¹2 °C–1 dos catetos de
comprimentos m e no coeficiente de dilatação A/¹2 °C–1 da 1
hipotenusa de comprimento m¹2. Igualando os novos lados,
obtemos a elevação de temperatura que permitiu o triângulo 1 2 2
tornar-se equilátero. Mola Mola
m+m (A¹2) ∆T = (m¹2)+(m¹2)(A/¹2)∆T ⇒ a) Ligado b) Desligado
1+(A¹2)∆T = ¹2+A∆T ⇒
Física
∆T = (1/A)°C Questão 02 – Letra C
m + mA√2∆T m√2 + m√2(A/√2)∆T Eixo cognitivo: III
Competência de área: 5
m√2 Habilidade: 17
m T + ∆T Comentário: De acordo com o gráfico do exercício, uma massa
Comentário:
Questão 35
I. Falso. Não é vantagem comprar combustível quente, pois, em
Comentário: A dilatação no nível de água no tanque é uma
relação ao produto frio, a densidade é mais baixa, ou seja,
dilatação linear. Por isso, primeiro, vamos achar o coeficiente
de dilatação linear da água o combustível apresenta um volume maior para a mesma
α = γ/3 . 2,0 . 10-4/3 . 0,67 . 10–4 °C–1 massa. Por exemplo, imagine que uma massa de 0,80 kg do
produto, cujo preço seja R$ 2,30/litro, ocupe um volume de
Agora, podemos calcular a dilatação pedida
∆h = h0 γ ∆T = 20 m.0,67 . 10–4 °C–1.4 °C = 0,0054 m = 0,54 cm 1,0 L. Se essa massa for aquecida, ela passará a ocupar um
volume maior do que 1,0 L e custará mais do que R$ 2,30.
Comentário: Inicialmente, a esfera é menor que o anel, Do lado oposto se encontram as radiações com pequenas
uma vez que ela passa através dele. Depois que o conjunto frequências e grandes comprimentos de onda, como o
anel / esfera é aquecido, tanto a esfera quanto o anel se dilatam.
infravermelho, as micro-ondas e as ondas de rádio.
Em princípio, a dilatação do anel tende a ser maior que a da esfera,
pois o diâmetro inicial do anel é maior que o da esfera. No entanto,
depois do aquecimento, como a esfera não passa mais pelo anel,
Questão 02
concluímos que a dilatação da esfera foi maior. Para isso ocorrer, Comentário: Como evidenciado no enunciado da questão,
o coeficiente de dilatação da esfera deve ser maior que o do anel. o clarão do raio é observado no mesmo instante em que
escutamos o ruído de interferência no rádio. Para que possamos
Questão 06 – Letra A observar o clarão do raio, este deve enviar luz aos nossos olhos,
Eixo cognitivo: III ou seja, a luz enviada pelo clarão deve percorrer o caminho
Competência de área: 6 desde o local em que ele ocorreu até nossos olhos e, então,
Habilidade: 21 incidir sobre nossos olhos para que possamos enxergá-lo.
Comentário: Em vidros de conserva, a tampa metálica do Para que ocorra o ruído de interferência no rádio, as ondas
frasco tem um coeficiente de dilatação térmica maior que o de rádio, geradas durante a descarga elétrica que ocasionou
coeficiente do vidro. Por isso, quando levados à geladeira, a o clarão do raio, devem se propagar desde a região em que
tampa se contrai mais que a boca do vidro. Assim, a tampa ocorreu a descarga até o local em que se encontra o rádio para,
fica mais apertada, dificultando a sua soltura. Quando aquecida então, interferir em seus sinais. O fato de que os dois eventos,
com água quente, conforme mostrado na figura da questão,
clarão e ruído de interferência, ocorreram simultaneamente,
a tampa se dilata, facilitando a sua soltura do frasco. Mesmo
evidencia que as ondas eletromagnéticas possuem a mesma
que o vidro se esquente um pouco, sua dilatação será menor
que a da tampa, pois, além de o coeficiente de dilatação do velocidade de propagação no ar, pois se uma das ondas se
vidro ser menor que o da tampa, a elevação na temperatura propagasse mais rapidamente que a outra, um dos eventos
do vidro é menor que a da tampa. ocorreria antes do outro.
40 Coleção EM2
Física
Questão 04
Comentário: C) As duas partes pretas são onde nenhuma das três luzes
A) A Lua é uma fonte de luz secundária, pois ela não emite atinge a parede, por isso, não refl etem luz, e são percebidas
luz própria, mas, sim, a luz refl etida basicamente do Sol. pretas.
Questão 05 Questão 07
Comentário: Comentário: Se uma folha de caderno branca e de pautas
A) Incidindo luzes de cores azul, verde e vermelho em uma azuis fosse iluminada com luz vermelha, a parte branca da folha
parede branca, dependendo do número de luzes e da seria percebida vermelha, pois a folha iria refletir cor vermelha.
intensidade de cada, podemos ver a parede com todas as As pautas azuis seriam percebidas pretas, pois elas iriam absorver
cores. Por isso, as cores azul, verde e vermelho são chamadas a luz vermelha, e não refletiriam luz (figura).
de cores aditivas primárias. Os técnicos de iluminação sabem
disso e usam essa propriedade para iluminar o palco e os
artistas de teatro e música (fi gura a seguir).
Questão 08
Sir James / Creative Commons
C
A 15 cm
h
=
(h / 2, 4) ⇒ 15 h =
xh
⇒ x = 36 cm
x 15 2, 4
NASA
B) Mesmo afastando-se a vela, os dois triângulos utilizados
na resolução anterior continuarão a ser semelhantes.
Isso ocorre justamente porque a imagem da vela diminui
Questão 09
proporcionalmente ao afastamento e mantém as proporções
Comentário: dos triângulos. Chamando de r o fator pelo qual a imagem
A) O fato de a luz só se propagar em linha reta pode ser estará reduzida, teremos
evidenciado por vários fenômenos do cotidiano, como a h
=
(h /r ) ⇒ 15 h =
45 h
⇒ r=
45
=3
formação de sombras e a situação descrita no exercício. 45 15 r 15
Caso a luz conseguisse se propagar em trajetórias curvas, Portanto, a imagem da vela será três vezes menor que a vela.
ela poderia muito bem contornar o muro e, assim, além de
ouvir a pessoa que está do outro lado do muro, poderíamos Questão 11
vê-la também.
Comentário:
B) Se os raios conseguissem interferir uns nos outros em suas
A) Sendo D o diâmetro da sombra projetada pelo disco,
trajetórias, veríamos uma imagem distorcida dos objetos, por semelhança de triângulos, temos a seguinte relação:
ou talvez com as cores alteradas, ou qualquer outro tipo
h 2h
de modifi cação. Como isso não ocorre, percebemos que = ⇒ D = 20 cm
10 D
não há interação entre os raios de luz, e cada um se
B) Se, em vez de projetada sobre uma mesa, a sombra fosse
propaga independentemente dos demais. Outra situação
projetada diretamente no chão, teríamos um círculo com
que comprova esse comportamento dos raios de luz é um diâmetro maior, mas, mesmo assim, as proporções
evidenciada quando luzes de cores diferentes se cruzam e envolvidas no problema seriam mantidas, e, dessa forma,
são projetadas em um anteparo. Mesmo tendo se cruzado, os mesmos cálculos poderiam ser feitos para se determinar
as luzes chegarão com suas cores originais ao anteparo. a altura da sala.
C) Quando enxergamos um objeto, signifi ca que raios de luz
provenientes de uma fonte de luz atingiram esse objeto, Questão 12
foram refl etidos por ele e chegaram aos nossos olhos. Para a Comentário:
situação de duas pessoas se olhando, ocorre o mesmo: raios A) Observe na figura que os pontos externos às linhas
de luz partem dos olhos de uma das pessoas e se propagam tracejadas são os pontos que recebem luz da lâmpada da
em direção aos olhos da outra, percorrendo exatamente a qual as linhas partem, e, ao contrário, os pontos no interior
mesma trajetória. Daí vem a ideia de reversibilidade dos raios dessas linhas são os pontos que não recebem luz dessas
de luz. Outra situação que exemplifi ca esse fenômeno ocorre lâmpadas. Sendo assim, apenas os pontos P1 e P5 recebem
quando observamos uma pessoa por um espelho ou qualquer luz das duas lâmpadas.
42 Coleção EM2
Questão 13
Comentário: Na parte branca da parede, há incidência das três
cores básicas aditivas: vermelho, azul e verde. No entanto, na
sombra oval e amarela projetada na parede, a bola bloqueia
a luz azul, de modo que apenas as luzes verde e vermelha
atingem essa região, que, por isso, fica amarela. Na sombra
em magenta, a bola bloqueia a luz verde, de modo que apenas
as luzes azul e vermelha atingem a região, que fica magenta.
Por fim, na sombra em ciano, a bola bloqueia a luz vermelha,
e apenas as luzes azul e verde atingem a região, que fica ciano.
Física
Comentário:
A) Como a lanterna é a fonte primária (de luz própria),
ela representa o Sol. A bola suspensa, que bloqueia parte da
luz que incide no globo (a Terra), representa a Lua.
B) A figura a seguir mostra os pontos A, B, C, D e E sobre a região
da Terra onde seria dia. O ponto C está no cone de sombra da
Lua, onde um observador percebe o eclipse total do Sol. Esse
observador não vê o Sol, pois a Lua o cobre completamente.
Questão 15
Os observadores nos pontos A e E estão fora dos cones de Comentário:
sombra e de penumbra, elas estão na região iluminada, A) A lanterna, que é a fonte de luz primária, representa o Sol,
e enxergam o Sol por completo (não há eclipse do Sol para a bola representa a Lua e Thaís representa a Terra.
os observadores A e E). Os observadores em B e D enxergam
B) A face da bola voltada para Thaís não está iluminada,
parte do Sol, eles presenciam um eclipse parcial do Sol.
portanto, a fase da Lua nessa posição é a fase de Lua Nova.
C) Nessa nova posição, a bola receberá luz da lanterna e
A
B refletirá parte dessa luz para Thaís, que enxergará toda a
C
parte frontal da bola. Essa situação corresponde, portanto,
D
E à fase de Lua Cheia.
D) Girando 90° em relação à posição inicial, teremos uma
bola parcialmente iluminada. Essa posição relativa entre
os astros corresponde à fase de Lua Crescente, pois a fase
As figuras a seguir mostram possíveis visões do eclipse da Lua, na posição inicial, era Nova.
parcial para um observador no ponto B e no ponto D.
Observador em B Observador em D Exercícios propostos
Questão 01 – Letra B
Comentário: Vamos analisar cada afirmação separadamente.
I. (F) Os raios X são ondas eletromagnéticas, e não ondas
mecânicas, pois essas (como o som) precisam de um meio
material para se propagarem, e aquelas (como os raios X
e a luz) podem se propagar no vácuo.
II. (V) No vácuo e no ar (meio não dispersivo), as velocidades
C) Para simular um eclipse lunar com esta montagem, a bola de propagação das ondas eletromagnéticas são iguais e
suspensa deveria ser colocada atrás da Terra (fase de Lua independentes da frequência.
cheia). Agora, a Terra é que bloqueia a luz solar (luz da III. (F) Os raios X são ondas eletromagnéticas de alta
lanterna), de modo que, do lado da Terra em que é noite, frequência. Apenas os raios gama é que apresentam uma
a Lua cheia deixa de ser vista quando a Lua passa dentro frequência maior que os raios X, como mostrado na figura
do cone de sombra da Terra. a seguir.
Observe que a cor marrom amarelada da Lua durante
um eclipse lunar (foto) é porque a luz do Sol não atinge Espectro eletromagnético
diretamente a Lua, que está no cone de sombra da Terra,
mas um pouco de luz solar atravessa a atmosfera da Terra e
atinge a Lua, que a reflete de volta para o lado da Terra em Energia de
Corrente Ondas Micro-ondas Infra- Luz Ultra-violeta Raios-X Raios Gama
que é noite. A cor marrom amarelada é porque a atmosfera Alternada de Rádio vermelho Visível
44 Coleção EM2
Questão 13 – Letra E
Comentário: A questão trata de cores de objetos.
Física
que ele reflete ou transmite. Se ele reflete ou transmite todas
as radiações, ele se apresenta branco; se ele não reflete
nenhuma radiação do espectro visível, apresenta-se negro; e se
apresenta uma cor específica do espectro visível, caso do verde,
significa que ele reflete ou transmite apenas aquela radiação.
Assim, no primeiro caso, a lâmpada emite luz branca, porém
a lâmina de vidro transmite apenas a radiação de cor verde,
Questão 16 – Letra E
absorvendo as radiações de outras cores, e o observador verá
Comentário: A questão trata de conceitos relacionados a
o vidro com a cor verde; no segundo caso, com a lâmpada
eclipses, baseados em conhecimentos sobre fontes extensas
ainda emitindo luz branca, o plástico, que é opaco, reflete
e propagação retilínea da luz.
apenas a radiação verde, absorvendo as radiações de outras
No cone de sombra de um eclipse solar, um observador vê um
cores, consequentemente, o observador verá o plástico com
eclipse total, já que, nele, não chegam raios de luz do Sol, enquanto
a cor verde. que, na região de penumbra, observa-se um eclipse parcial,
já que essa região está parcialmente iluminada. Analogamente,
Questão 14 – Letra E em uma região plenamente iluminada, como os raios de luz
chegam normalmente, um observador não vê o eclipse.
Comentário: Se a fonte de luz da sala fosse pontual, haveria
uma sombra nítida do objeto projetada sobre a parede oposta,
Questão 17 – Letra E
como está ilustrado na figura A adiante. Como há uma região
Comentário: A questão trata de conceitos relacionados a
de penumbra na parede, concluímos que a fonte de luz não é
eclipses, baseados em conhecimentos sobre fontes extensas
pontual, mas extensa, como ilustrado na figura B. e propagação retilínea da luz.
Primeiramente, deve-se observar que o eclipse analisado é
A
Fonte Pontual solar, já que a Lua se coloca entre a Terra e o Sol, impedindo que
a luz proveniente deste chegue a algumas regiões terrestres.
Na base do cone de sombra de um eclipse, um observador
verá um eclipse total, já que nele não chegam raios de luz
provenientes do Sol, enquanto que, na região de penumbra,
veria um eclipse parcial, já que essa região está parcialmente
iluminada pelo Sol. Como o ponto A está na base do cone de
sombra do eclipse, um observador nesse ponto enxergará um
eclipse total (veja na figura da questão que é impossível que
algum raio de luz solar o atinja).
B
Questão 18 – Letra A
Fonte Extensa Comentário: A questão aborda conceitos de absorção e de
reflexão da luz por meio de um gráfico. Com base no gráfico,
pode-se concluir que, para as clorofilas a e b, o grau de
absorção das radiações azul, violeta e vermelha excede 50%,
enquanto a absorção de radiação verde chega quase a zero,
o que significa alta taxa de reflexão. Assim, as clorofilas,
para realizarem a fotossíntese, absorvem predominantemente
o vermelho, o azul e o violeta.
Questão 22 – Letra A
H = 2,5 m
Comentário: Para resolver este problema, vamos considerar
d = 0,6 m a parte de cima da lâmpada. Sendo uma fonte de luz extensa,
essa parte da lâmpada produz um padrão com regiões de
D sombra, penumbra e iluminação plena conforme mostrado na
figura a seguir. Para encontrar essas regiões, você deve traçar
raios de luz que partem dos extremos da fonte e tangencial
em X a periferia da capa opaca. Repare que as três regiões
h = 0,14 m mostradas na figura não se limitam apenas ao plano do teto.
Na verdade, a sombra, a penumbra e a plena iluminação são
regiões no espaço.
Penumbra
Questão 20 – Letra B
Comentário: A questão envolve o princípio da propagação Teto
retilínea da luz, com a aplicação em uma câmara escura de Luz
orifício. A partir do princípio da propagação retilínea da luz em Sombra
meios homogêneos, isotrópicos e transparentes, concluímos
que o triângulo de altura a e base D é semelhante ao triângulo
de base d e altura b.
Assim, pela semelhança dos dois triângulos, temos
Questão 23 – Letra C
a b 1,5 . 1011 m.9 . 10−3 m
= ⇒ D= = 1,4 . 109 m Comentário: A questão trata do princípio da propagação
D d 1,0m
retilínea dos raios de luz aplicado em formação de sombras.
Questão 21 – Letra D
Comentário: A figura mostra a formação de imagem na câmara A
escura para as duas situações apresentadas no enunciado
desta questão: objeto (vela) distante D = 1 m e depois QS = x
D’ = 50 cm (0,50 m) do orifício da câmara. Em ambas as PQ = 49x
H
situações, a imagem tem o mesmo tamanho h = 4 cm
(obviamente, o objeto tem a mesma altura H = 20 cm nos B
dois casos). Para isso ser possível, o fundo da câmara deve ser
deslocado de uma distância x, que é igual à diferença entre as P Q S
distâncias d e d’ que a imagem se forma do orifício da câmara,
como ilustrado nas figuras.
Pela figura anterior, que esquematiza a formação da sombra
QS do lápis, podemos perceber que os triângulos PAS e QBS
d são semelhantes.
H = 20 cm Assim, pela semelhança de triângulos.
D=1m h = 4 cm QB SQ 0,1 x
= ⇒ = ⇒ H = 5,0 m
PA SP H 50x
46 Coleção EM2
Física
estão em uma região de penumbra, pois eles recebem raios de na volta, esse raio atinja a abertura adjacente àquela por onde
luz do lampião, mas não recebem raios de luz da lâmpada do o raio incidente passou é a seguinte:
poste, que são bloqueados pelo toldo do carrinho. ∆tluz = ∆Troda
∆tluz: Tempo gasto pelo raio de luz para percorrer o comprimento
de ida e volta desde sua passagem por uma abertura até
seu retorno à roda após reflexão no espelho.
∆troda: Tempo gasto pela roda para girar de um ângulo igual
àquele formado entre duas aberturas adjacentes da
roda dentada.
Assim, substituindo as fórmulas da velocidade do movimento
uniforme, obtemos
∆tluz = ∆troda ⇒ 2H/c = θ/ω
No 1 lado desta expressão, 2H é a distância percorrida pelo raio
o
6h
60°
O H
A D
Balão
h=?
Terra
A
Luz C D E D C Luz
D=0,75 x 106 km
Penumbra Sombra Penumbra
Sol Sol
Questão 29 – Letra B
Comentário: Se um observador A, situado na Terra à meia-
-noite, vê o planeta Marte exatamente sobre a sua cabeça no
H=150
alto x 10
do céu,
6
km que os dois planetas e o Sol estão alinhados
significa
d=40 m
e situados do mesmo lado da órbita em torno do Sol como
mostrado na figura a seguir. É fácil ver que o observador B,
Balão
situado em Marte à meia-noite, não pode ver a Terra. Observe,
h=? na região escura dos Balão
ainda, que os observadores A e B estão
seus planetas (meia-noite). h=200 m
Terra Terra
A CAB
Questão 31 – Letra D
Comentário: Vamos analisar as afirmativas separadamente.
I. (V) De um mesmo ponto P na Terra, a paralaxe αL da Lua é
maior do que a paralaxe αJ de Júpiter, pois a Lua está mais
próxima da Terra do que Júpiter (figura a seguir).
Questão 30 – Letra A
Firmamento P Firmamento
Comentário: A 1a figura mostra a situação em que o balão
Lua Júpiter
foi colocado na altura h máxima do solo, de modo que o balão αL αJ
oculta completamente o Sol para um observador situado no
ponto A sobre a Terra. Usando a relação de semelhança entre
os dois triângulos formados pelos diâmetros do Sol e do balão Você pode fazer a experiência simples sobre a paralaxe
e com vértices comuns em A, obtemos o valor de h: ilustrada na figura a seguir. O lápis perto da pessoa seria
h/H = d/D ⇒ h/(150 . 106 km) = 40 m/(0,75 . 106 km) ⇒ a Lua (L), e o lápis mais distante seria Júpiter (J). A cerca
h = (40.150 m)/0,75 . 8 000 m de madeira ao fundo seria as estrelas no firmamento.
48 Coleção EM2
L Raios Solares
Física
Raios Solares
h h
a 45º b 60º
observador situado no ponto Q, é menor do que a paralaxe tg 60° = h/b ⇒ 1,7 = h/b
αP percebida pelo observador mais distante em P. Combinando as duas relações, obtemos
h = a = 1,7b
P
Combinando essa relação com a informação de que a soma
Q
αP Júpiter dos comprimentos das sombras vale 27 m (informação dada
na questão: a + b = 27 m), obtemos
αQ
1,7b + b = 27 ⇒ b = 10 m
Então, a altura do prédio é:
III. (V) Conforme explicado em II, como um observador em 1,7 = h/10 ⇒ h = 17 m
Q acha-se mais perto do Sol do que um observador no
ponto P, a paralaxe observada em Q é menor do que aquela Questão 34
observada em P. Comentário: Na figura deste exercício, é fácil ver que os dois
IV. (V) Como explicado em I, quanto mais distante o planeta, triângulos com vértices comuns no ponto P e bases iguais ao
diâmetro da Lua (triângulo menor) e base no Sol (triângulo
menor será a paralaxe observada.
maior) são semelhantes. Assim, podemos escrever a seguinte
razão de semelhança para calcular a distância XSP do ponto P ao
Questão 32
centro do Sol, lembrando que a distância XLP do centro da Lua
Comentário: A figura mostra dois triângulos formados pelos ao ponto P é 3,75 . 105 km e que a razão entre os diâmetros
raios de luz provenientes da fonte de luz e os comprimentos do Sol e da Lua é DS/DL = 4,00 . 102 km.
do boneco e da sua sombra projetada na parede. Usando a XSP/XLP = DS/DL ⇒ XSP/3,75 . 105 . 4,00 . 102
relação de semelhança entre esses triângulos, obtemos a altura
XSP = 1,5 . 108 km
H da sombra do boneco:
Questão 35
H/h = D/d ⇒ H/6 m = 20 cm/2 m ⇒ H = 60 cm
Comentário:
1. A distância entre da Terra e a Lua é variável. No eclipse total,
a Terra está mais próxima da Lua, de modo que o observador
na Terra fica no cone de sombra da Lua (1ª figura).
20 cm H=? No eclipse anular (que é um eclipse parcial), a Terra está
mais distante da Lua, de modo que o observador fica no
cone de penumbra. Dependendo de a posição do observador
ser simétrica em relação à linha que o une ao Sol, ele pode
enxergar um anel solar em volta da Lua, que encobre mais
2m 4m a parte central do Sol (2ª figura).
de que os olhos emitem algum tipo de partícula ou fluido e Comentário: A figura mostra a Lua, conforme vista no Brasil,
depois os recebem de volta, semelhante a um sonar, foi aceita na fase Crescente. A Lua, nessa fase, nasce por volta do meio
na Grécia antiga por muito tempo, e até hoje ainda faz parte do dia e se põe por volta da meia-noite. Assim, ela estará no alto
senso comum de muitas pessoas, mas não faz nenhum sentido do céu por volta das seis horas da tarde.
nem do ponto de vista físico nem biológico.
Questão 06 – Letra D
Questão 02 – Letra B Eixo cognitivo: III
Eixo cognitivo: III Competência de área: 5
Competência de área: 1 Habilidade: 17
Habilidade: 2 Comentário: A figura mostra que o dia 2 de outubro será de
Comentário: No olho humano, a córnea e o cristalino Lua Cheia. Nessa fase, a Lua nasce por volta das 18h e se põe
funcionam como uma lente, a pupila é a abertura por onde a às 6h da manhã, iluminando o céu a noite toda. Dessa forma,
luz passa para entrar na parte interna do olho é a retina e a os pescadores devem escolher o final de semana mais perto
parte ao fundo do olho onde a imagem é projetada. da data de Lua Cheia, ou seja, os dias 29 e 30 de setembro.
50 Coleção EM2
Habilidade: 22 Habilidade: 17
Física
fenômeno que mais evidencia a propagação retilínea da luz.
Eixo cognitivo: II Se a luz fi zesse curva, a luz solar proveniente do exterior
Competência de área: 5 poderia contornar a janela e iluminar completamente as
paredes. Nesse caso, não haveria sombras.
Habilidade: 17
C) Falso. A percepção do brilho de qualquer fonte de luz, seja
Comentário: Na figura a seguir, acrescentamos as indicações
essa primária, como uma lâmpada ou Sol, seja secundária,
do cone de sombra, do cone de penumbra e da região
como a Lua, decorre de a luz proveniente da fonte estar
plenamente iluminada na 1ª figura dada nesta questão.
indo, ainda que em parte, na direção dos olhos de um
Um eclipse total, no qual todo o disco solar é coberto pela
observador. O brilho da fonte independente do fato de a
Lua, é observado por alguém no cone de sombra. Um eclipse
luz estar viajando em linha reta ou não.
parcial, no qual parte do disco solar é coberto pela Lua,
é observado por alguém no cone de penumbra. Na região D) Falso. Mesma explicação da letra C.
plenamente iluminada, uma pessoa vê todo o Sol, isto é, não E) Falso. Mesma explicação da letra C.
há eclipse solar. Assim, o observador no ponto I não vê o
eclipse solar, pois ele se acha na região plenamente iluminada.
Já os observadores nos pontos III e IV, ambos situados no
CAPÍTULO – B2
cone de penumbra, presenciam o eclipse parcial, com a Lua
cobrindo grande parte do disco solar (como na 1ª foto), pois Reflexão da luz – Espelhos
esses observadores estão próximos ao vértice do cone de
sombra. Por outro lado, os observadores nos pontos II e V, que
Exercícios de aprendizagem
também estão no cone de penumbra, também presenciam o
eclipse parcial, mas com a Lua não cobrindo tanto o disco solar
(como na 2ª foto ou na 3ª foto), pois esses observadores se
Questão 01
acham relativamente próximos à região plenamente iluminada. Comentário: Na reflexão difusa, a luz é refletida em várias
A opção, portanto, que se enquadra nessa análise é a letra A. direções (1ª figura). Na reflexão especular, a luz é refletida
Observe que essa questão pode ser resolvida simplesmente em uma direção definida, simétrica em relação à luz incidente
analisando a 1ª foto. Essa imagem mostra um eclipse (2ª figura). A reflexão difusa ocorre de uma forma geral em
superfícies mais rugosas, enquanto a reflexão especular
quase total, que, conforme explicado, pode ser visto por
ocorre em superfícies lisas. A reflexão difusa está muito mais
observadores situados nos pontos III e IV. Como a única
presente em nosso dia a dia, quase tudo o que vemos em nossa
opção relacionando a 1ª foto aos observadores III ou IV
volta decore desse tipo de reflexão: a página de um livro,
é a letra A, concluímos que essa é a resposta da questão,
o quadro na sala de aula, as pessoas, uma parede, a Lua, etc.
sem que seja necessário analisar a 2ª foto e nem a 3ª foto.
A propósito, é por isso que as duas pessoas na 1ª figura podem
Em geral, as opções de respostas das questões do Enem não
enxergar a região de onde a luz é refletida difusamente, mas,
são excludentes, como neste caso.
na 2ª figura, apenas uma das pessoas pode ver a região de
onde é refletida especularmente.
Cone de penumbra
Sol Reflexão difusa
Região plenamente
iluminada
I
II
III
IV Cone de sombra
V
Questão 02 A
C
Muro
Espelho
I
oI III
B) Para iluminar o painel A, o estudante deve girar a lanterna
Caminho I inh o
Cam inh
m
(feixe incidente) no sentido horário. Assim, para manter-se Ca
Bandeira amarela
simétrico em relação ao feixe incidente, o feixe refl etido
irá girar no sentido anti-horário, como mostrado na fi gura.
Para determinada direção do feixe incidente, o feixe refl etido Bandeira azul
atinge o painel A.
B) O caminho mais curto mostrado no item A está relacionado
ao princípio de Fermat, segundo o qual a luz faz um trajeto
A no tempo mínimo. Para isso, o ângulo de incidência que
o raio incidente forma com a normal em um espelho é
B igual ao ângulo de refl exão formado entre o raio refl etido
e a normal. Na fi gura anterior, a bandeira amarela atrás
C
do muro corresponde à imagem da bandeira amarela na
52 Coleção EM2
Questão 06
Física
Comentário: Como as imagens formadas por espelhos planos
são simétricas em relação ao espelho, ao se deslocar com
velocidade de 1 m/s em direção ao espelho, a imagem irá se
aproximar dele com a mesma velocidade, isto é, 1 m/s. Como a ANDAR DE MOTO É LEGAL.
ARRISCAR A VIDA NÃO.
pessoa e a imagem caminham em sentidos opostos, conclui-se
AJUDE O MOTORISTA A VER VOCÊ.
que a velocidade da imagem em relação à pessoa é de 2 m/s.
Divulgação
N° 2 - Ver e ser visto
Questão 07
Comentário:
Questão 09
A) Em um espelho plano, a imagem se forma atrás do espelho
Comentário: A equação que determina o número de imagens
e tão distante do espelho quanto o objeto. Assim, neste formadas por um jogo de espelhos é
exercício, a imagem do cabelereiro e do cliente é a fi gura
360
mostrada no lado direito da fi gura a seguir. Da fi gura, n= −1
θ
tiramos que tanto a distância do cliente à imagem do
Para uma abertura de θ = 60° entre os espelhos, teremos n = 5
cabelereiro (x), como a distância do cabelereiro à imagem
imagens formadas, porém, na fotografia, haverá 6 casais,
do cliente (y), valem 2,10 m.
já que o casal original também estará na foto.
y = 2,10 m
Questão 10
x = 2,10 m Comentário: Para resolver essa questão, basta traçarmos
0,50 m 0,50 m os raios de luz determinando o campo de visão da pessoa
0,80 m 0,80 m localizada no ponto P.
L1 L2 L3 P
B) O cliente percebe a lateralidade com inversão direita / Assim, concluímos que a pessoa consegue ver as lâmpadas
esquerda apenas quando olha para o espelho fi xo na parede. L 1 e L 2.
No espelho de teto, não há essa lateralidade, mas o cliente
se vê de cabeça para baixo. Questão 11
Comentário: A face interna da concha é um espelho côncavo,
Questão 08 que pode formar imagens reais de um objeto situado além do
foco (ponto no meio do caminho entre a concha e o seu centro
Comentário: O princípio em questão é o Princípio da
de curvatura). Dependendo da distância do objeto à concha, essa
Reversibilidade dos Raios de Luz, que afirma que se a luz percorre
imagem pode ser maior, menor ou do mesmo tamanho do objeto,
um dado caminho entre dois pontos, no trajeto inverso, esses
mas sempre invertida e na frente do espelho. A face interna
raios percorrerão o mesmo caminho de forma inversa. Assim,
pode ainda formar uma imagem virtual, direta, atrás da concha
se um motociclista pode ver o retrovisor do carro, significa que e maior que o objeto, quando esse é colocado entre o foco e a
raios luminosos partem do retrovisor e chegam ao motociclista. concha. A parte externa da concha é um espelho convexo, que
Da mesma forma, raios de luz partem do motociclista e atingem forma uma imagem virtual, direta, atrás do espelho (portanto,
o retrovisor do carro, tornando o motociclista visível ao motorista. na parte interna) e menor que o objeto.
Questão 13
Questão 15
Comentário:
Comentário:
A) A) A distância focal pode ser obtida por meio da terceira
equação de Gauss. No experimento, é possível medir a
distância da imagem ao espelho e a distância do objeto ao
F C
N
espelho. Assim, a única incógnita será a distância focal.
di = 0, 45 m = 45 cm
Agora, podemos calcular o aumento da imagem. C F
Hi |di | Hi 45
A= = ⇒ = ⇒ Hi = 5 cm
Ho do 10 90 di
Questão 14 Anteparo
Comentário:
Assim.
A)
|di | 90 + do
A= ⇒ 4= ⇒ 4do = 90 + do ⇒ do = 30 cm
do do
C F
Portanto, di = 120 cm. Com esses dados, podemos calcular
a distância focal do espelho.
1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ f = 24 cm
f do di f 0,30 1,20
As imagens formadas por espelhos convexos são sempre
virtuais, diretas e menores que o objeto.
B) À medida que o objeto (a lâmpada) se aproxima do espelho, Exercícios propostos
a imagem formada torna-se maior e mais próxima do
espelho, conforme pode ser verificado na figura a seguir.
Questão 01 – Letra D
Objeto
Comentário: A imagem formada pelo espelho plano é
simétrica do objeto em relação ao espelho. Assim, a figura
mostra a imagem (I0) do observador O. Nesta imagem, deve
F
passar o prolongamento do raio refletido e, dessa forma,
Imagens V
a luz deve refletir no ponto D. Assim, o trajeto do raio luminoso
que atinge o observador segue a trajetória PDO.
54 Coleção EM2
P Questão 05 – Letra C
Comentário: A questão trata da formação de imagens em
O espelhos planos e das inversões da imagem em relação
ao objeto.
Em um espelho plano, há a inversão lateral e de profundidade,
A B C D E porém a imagem não fica de ponta-cabeça. Assim,
considerando a imagem fornecida pelo enunciado e observando
IO que o objeto se encontra invertido lateralmente nela,
conclui-se que o cartaz é corretamente representado pela
alternativa C.
Questão 02 – Letra B
Comentário: No espelho plano, cada ponto da imagem se Questão 06 – Letra E
Física
forma atrás do espelho, a uma distância igual àquela do Comentário: A questão trata de associação de espelhos
respectivo ponto do objeto até o espelho. Essas características planos e da distância de um objeto à imagem formada
correspondem à imagem mostrada em L (letra B). por eles.
Observe a figura a seguir, que esquematiza imagens do objeto
Questão 03 – Letra C fornecidas pela associação dos espelhos.
C'
Questão 07 – Letra E
Comentário: Vamos analisar as afirmativas separadamente.
I. (V) A luz proveniente da árvore e que incide no periscópio
sofre uma refl exão no espelho plano superior e depois uma
2m refl exão no espelho plano inferior do equipamento, e essa
luz sempre se propaga em linha reta entre esses elementos.
A B
II. (V) Em todo espelho, mesmo nos curvilíneos, o ângulo de
incidência é congruente com o ângulo de refl exão, como
no caso do ângulo de 20° mostrado na fi gura a seguir
2m (2ª lei da refl exão).
C
D
3m
Espelho 1
Questão 11 – Letra C
Comentário: O espelho convexo forma imagem sempre virtual,
direta e menor que o objeto. Portanto, a figura 1 mostra um
espelho convexo. A imagem no espelho côncavo é mais variada.
Espelho 2 Quando o objeto está além do foco, o espelho côncavo forma
uma imagem real e invertida, podendo ser maior (objeto entre
3 3di + di = 8 ⇒
4
1 di = 2 unidades
56 Coleção EM2
Questão 16 – Letra D
Comentário: A figura mostra o quadrado CDAB dado
O nesta questão. O lado DC é um objeto situado no centro do
i Foco espelho côncavo. Por isso, a imagem é a linha CD’, que tem
r o mesmo tamanho e se forma na mesma posição do objeto,
a b c d e
sendo invertida em relação a ele. O lado AB do quadrado é
um objeto linear situado entre o centro e o foco do espelho.
Por isso, a imagem A’B’ se forma além do centro do espelho
e é invertida e maior que o objeto. Assim, como A’B’ é maior
que CD’, a imagem conjugada do quadrado é um trapézio de
Observe que o foco deste espelho é o ponto indicado na figura,
base menor CD’ e base maior A’B’.
pois, traçando um raio vindo do topo do objeto e na direção
Física
dele, o raio reflete paralelamente ao eixo do espelho, de modo D A
Questão 18 – Letra B
Questão 13 – Letra C
Comentário: A questão trata da formação de imagens em
Comentário: No espelho convexo, as imagens são sempre espelhos planos.
virtuais, diretas e menores do que o objeto. Por isso,
Para um espelho plano, a distância de cada ponto do
a resposta é a letra C. objeto ao espelho é sempre igual à distância da imagem do
ponto ao espelho. Além disso, para cada ponto do objeto,
Questão 14 – Letra A o segmento formado pelo ponto e pela imagem do ponto é
Comentário: As letras A e B mostram espelhos côncavos, sempre perpendicular ao espelho (ou seu prolongamento).
e as letras C e D espelhos convexos. O espelho convexo forma Assim, o perfil da alternativa B representa a formação da
imagem da vela.
imagem sempre virtual, direta e menor que o objeto. Portanto,
as figuras nas letras C e D estão erradas. O espelho côncavo RR RR
pode formar imagem direta e virtual quando o objeto é colocado
entre o foco e o vértice do espelho (letra A). Nesse caso,
a imagem deve ser maior que o objeto. A letra A representa
corretamente esse caso, por isso é a resposta desta questão.
O espelho côncavo forma imagem real, invertida e maior que o
objeto quando ele é colocado entre o foco e o centro do espelho
(caso da letra B). A letra B está incorreta, pois está mostrando
uma imagem menor que o objeto.
A
F F
F
a
F
L P x L
b
Questão 21 – Letra A ponto ao espelho. Além disso, para cada ponto do objeto,
Comentário: Primeiramente, para resolver este exercício, o segmento formado pelo ponto e pela imagem do ponto é
é preciso saber que o visitante da exposição, na posição A, vê no sempre perpendicular ao espelho. Assim, observando isso na
visor da máquina fotográfica uma imagem na mesma posição do construção da figura anterior, chegamos ao perfil da letra C.
boneco pintado no quadro, como mostrado na 1ª figura. Por isso,
o olho aberto e o canto esquerdo da boca do boneco, em relação
ao visitante em A, são, nessa ordem, os pontos x e y mostrados Questão 23 – Letra D
na 2ª figura. Agora, observe como os raios de luz provenientes Comentário: A questão trata das leis fundamentais da reflexão
desses pontos refletem nos dois espelhos e chegam invertidos na
e exige conhecimentos de Geometria Plana.
posição B: o raio que sai de x chega em B abaixo do raio que sai
de y. Por isso, a resposta deste exercício só pode ser a letra A ou E
a letra D. Falta apenas entender por que o visitante na posição B B
80°
percebe a imagem do boneco no visor da máquina com uma
80°
inversão de lateralidade esquerda / direita em relação à imagem 20°
na posição A. A explicação é simples: em A, o visitante olha na A 30° α α
direção do quadro, mas em B, ele olha na direção oposto. Essa
40° D
inversão de lateralidade é semelhante àquela que ocorre quando 70°
o professor, que olha para os alunos sentados à sua frente, 70°
vê as janelas da sala à sua direita, enquanto os alunos, que olham C
F
para o professor, veem as janelas à esquerda.
A segunda lei da reflexão diz que o ângulo do raio incidente
com a normal é igual ao ângulo do raio refletido com a normal.
ACB = 70° e, consequentemente, BCD = 40°. Assim, pela
propriedade referente à soma dos ângulos internos de um
triângulo, ABC = 80°. Novamente, pela primeira lei da reflexão,
DBE = 80° e, consequentemente, DBC = 20°. Assim, usando
o fato de que a soma dos ângulos internos de BCD vale 180°,
achamos que BDC = α = 120°.
Q x A
E1 Questão 24 – Letra D
Comentário: Dados do exercício: DO = 120 cm e f = –40 cm
y (espelho convexo). Usando as equações de Gauss e da
ampliação, temos
1 1 1 1 1 1
B = + ⇒ − = + ⇒ DI = −30 cm
f DO DI 40 120 DI
E2 DI
HI HI 30 cm
= ⇒ = ⇒ HI = HO /4
HO DO HO 120 cm
58 Coleção EM2
Questão 25 – Letra E As distâncias di1 e di2 produzidas pelos espelhos são dadas
Comentário: Para facilitar, vamos substituir a janela por uma pela equação de Gauss (o sinal positivo referente às distâncias
lâmpada. A imagem formada pela superfície interna do vaso, que focais é porque os espelhos são côncavos e o sinal negativo
funciona como espelho côncavo, será real, invertida e estará à referente às distâncias das imagens aos espelhos é porque
frente da superfície interna do vaso (I1). A imagem formada pela essas imagens são virtuais).
superfície externa do vaso, que funciona como espelho convexo,
Espelho 1:
será virtual, direta e estará atrás da superfície externa do vaso, I2.
Veja a seguir. 1/f1 . 1/do1 . 1/di1 ⇒ +1/2,0 . 1/1,0 . 1/di1 ⇒ di1 . 2,0 m
Espelho 2:
Superfície interna Superfície externa
1/f2 . 1/do2 . 1/di2 ⇒ +1/5,0 . 1/1,0 . 1/di2 ⇒ di2 . 5,0/4 m
I1
Então, a distância X entre as imagens I1 e I2 é:
Física
C I2
do1 = 1,0 m
do2 = 1,0 m
a diferença entre a distância da imagem ao espelho e do objeto
ao espelho é a seguinte:
di − do = 20 cm
d0 = di /9 . 4/9
Questão 28 – Letra A
Questão 30 – Letra C
Comentário: Estando a 1,0 m de cada espelho, o objeto
Comentário: O caminhãozinho está entre o foco do espelho
AB deste exercício está situado entre o foco e o espelho
côncavo e o vértice desse espelho, a distância do brinquedo
tanto em relação ao espelho de distância focal de f1 . 2,0 m,
como em relação ao espelho de distância focal f2 . 5,0 m. ao espelho é do = 0,5 m e a distância focal é f = R/2 . 1,0 m.
Isso significa que a imagem produzida por cada espelho se forma Por isso, a imagem do caminhãozinho é direta, virtual, forma-se
atrás dele, como mostrado na figura (fora de escala). atrás do espelho côncavo e é maior que o caminhãozinho.
Então, o aumento linear da imagem é A = Hi /Ho = di/do = 1,0/0,5 . 2, Logo, 40 = d + 30, de modo que d = 10 cm.
ou seja, o tamanho da imagem é o dobro do caminhãozinho.
R1
Essa imagem, em relação ao espelho plano, comporta-se d02 = R2 – = 30 – 6 = 24 cm
como um objeto. Esse segundo espelho vai reproduzir uma 2
imagem também direta, atrás do espelho e com o mesmo
tamanho. Por isso, a melhor resposta é a letra C, que mostra
um caminhãozinho um pouco maior que o real, e com o mesmo
posicionamento dele (virado para a esquerda).
Questão 31 I1 C d I2
Comentário: As imagens 2 . 6 são formadas, nesta ordem,
Raios solares R1
pelos espelhos A e B. Por isso, elas são reversas (troca
direita com esquerda). Por isso, a menina vê a bandeira
“espelhada” nas imagens 1 . 2, e não pode ver a frase “ORDEM R2
E PROGRESSO”. A imagem 6 funciona como objeto para o
espelho A, que forma a imagem 2. Por isso, a imagem 2 aparece
Tela
sem reversão, de modo que a menina pode ler na imagem 2
a frase corretamente. Idem para a imagem 2, que funciona
di2 = R2 + d
como objeto para o espelho B, que forma a imagem 5, que
aparece sem reversão. A imagem 4 é uma superposição de
duas imagens: uma formada pelo espelho A, que tem como Questão 34
objeto a imagem 5, outra formada pelo espelho B, que tem
Comentário:
como objeto a imagem 3. A imagem 4, portanto, apresenta
reversão entre direita e esquerda. A menina não pode ver a A) Os raios solares convergem para o foco do espelho, cuja
frase correta nesta imagem. distância ao espelho é f = 30 m. Como o raio de curvatura
do espelho é R = 2f, concluímos que R = 2.30 . 60 m.
Questão 32
B) A área total do espelho é:
Comentário: Substituindo os dados da questão
A = (área de um escudo).(número de escudos) =
(p = 4,0 m = 400 cm, p’ = 20 cm e H = 1,60 m = 160 cm) nas
(0,5.1,0 m2/escudo)60 escudos = 30 m2
equações de Gauss, obtemos o raio de curvatura do espelho
e a altura da imagem: Como apenas 60% da radiação de 500 W/m2 é refletida
A) Raio de curvatura do espelho pelos escudos, a potência total gerada no sistema é de:
Habilidade: 17
Questão 33
Comentário: A figura mostra a imagem I1 do Sol formada pelo Comentário: A sensação que temos do “tamanho dos objetos”
espelho convexo e a imagem I2 formada pelo espelho côncavo. depende do seu tamanho real e da distância a que ele se
A primeira imagem forma-se no foco do espelho convexo encontra de nossos olhos. Logo, essa sensação depende do
porque o Sol (objeto para esse espelho) acha-se no infinito. ângulo de visão segundo o qual o objeto é visto (ângulo
A figura mostra ainda as seguintes distâncias relativas ao espelho formado pelos raios de luz que partem das extremidades do
côncavo: objeto e chegam ao nosso olho). Quanto menor for esse ângulo,
Distância da imagem I1 ao espelho côncavo (essa imagem é o menor vai nos parecer aquele objeto. Dessa forma, temos a
objeto para esse espelho). impressão de que um objeto distante é menor do que ele é
do2 = R2 – (R1/2) = 30 . 6 = 24 cm na realidade. Da mesma forma, um objeto menor (no caso, a
Distância da imagem I2 produzida pelo espelho côncavo até imagem formada pelo espelho) vai nos parecer mais distante.
esse espelho Portanto, da discussão anterior, conclui-se que a alternativa
di2 = d + R2 = d + R2 correta é a C.
60 Coleção EM2
Física
A imagem também deve ser invertida, de modo que a imagem
C
do garoto deve “olhar” para cima, uma vez que o garoto está
de bruços, olhando para baixo. M I
B
P
B C F
O1
A O2
E
Habilidade: 1 Habilidade: 1
Comentário: Para aquecer a água dentro do tubo, este deve Comentário: A imagem de um objeto formada por um
se posicionar ao longo de uma linha sobre a qual a luz refletida espelho plano é sempre simétrica em relação ao objeto e,
pelos quatro espelhos planos incida sobre ele. Na figura a seguir,
dessa forma, invertida lateralmente em relação a ele. Como
observe que traçamos duas linhas normais aos dois espelhos
no periscópio temos dois espelhos planos paralelos, o espelho
planos superiores. Note que a luz refletida por esses espelhos
inferior inverte a imagem formada pelo espelho superior (que
converge para o tubo posicionado na posição 1. Obviamente,
por simetria, os raios refletidos pelos dois espelhos inferiores é invertida em relação ao objeto).
também convergem para o tubo na posição 1. Para a figura Portanto, as inversões laterais são compensadas e o observador
não ficar muito complicada e cheia de raios de luz, preferimos vai enxergar uma imagem final igual ao objeto.
não representar a luz refletida pelos dois espelhos inferiores.
Você poderá traçar esses raios, mostrando que eles realmente Questão 06 – Letra D
convergem para o tubo na posição 1.
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 1
Habilidade: 1
B' A'
Espelho 2
A
Objeto
Imagem 2
Questão 07 – Letra A
Eixo cognitivo: II
Competência de área: 1
Habilidade: 1
Comentário: A figura a seguir mostra as três imagens formadas pelo jogo de espelho. Calculamos o número de imagens formadas
por dois espelhos planos que formam um ângulo θ = 90° entre si:
360° 360°
N= −1 = −1 = 4 −1 = 3
θ 60°
A imagem I1 é a imagem formada pelo espelho E1 do objeto. Por isso, a imagem I1 se forma atrás desse espelho, sendo simétrica
do objeto em relação ao espelho. Já a imagem I2 é a imagem formada pelo espelho E2 do objeto. Essa imagem se forma atrás
do espelho E2 e ela é simétrica do objeto em relação ao espelho. Por fim, a imagem I3 é a imagem formada pelo espelho E1
e também pelo espelho E2, com a imagem I1 funcionando como objeto para o espelho E2 e a imagem I2 funcionando como objeto
para o espelho I1. Na verdade, as imagens I3 formadas pelos dois espelhos são superpostas.
Questão 08 – Letra B
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 5
Habilidade: 17
Comentário: Observe que os dentes da Mônica estão voltados para o leitor da tirinha, e não para o espelho. Por isso, o espelho
não pode formar a imagem dos dentes, como está incorretamente mostrado na tirinha. A mesma observação pode ser feita para
a fita no chapéu da Mônica, que, nesse caso, corretamente não aparece refletida pelo espelho.
62 Coleção EM2
Conteúdo de Física
1ª série
Física
3 2 • Leis de Newton – Aplicações
6 3 • Mecânica celeste
7 4 • Hidrostática
1 1 • Vetores e gráficos
2 1 • Movimento Uniforme
3 2 • Movimento Variado
4 2 • Movimento Circular
6 3 • Trabalho e energia
1 1 • Termometria
2 1 • Dilatação térmica
3 2 • Propagação de calor
4 2 • Calorimetria
5 3 • Mudança de fase
4 2 • Instrumentos ópticos
6 3 • Introdução à Ondulatória
7 4 • Difração e interferência
64 Coleção EM2