As Doze Colunas Zodiacais
As Doze Colunas Zodiacais
As Doze Colunas Zodiacais
br/maconaria/as-doze-colunas-do-templo
“Coluna” é uma palavra que se origina do latim e tem seu significado como sustentáculo
vertical.
Sobre estas colunas são desenhados ou afixados quadros que representam os signos Zodiacais,
estas por sua vez tem um diversificado significado e a sua interpretação varia de acordo
com os graus maçônicos.
As doze Colunas nos transmitem a ideia de que as leis do Universo chegam até nós pela
representação dos signos zodiacais e as constelações.
Yassin Taha
AS COLUNAS ZODIACAIS
Oser humano tem buscado ao longo dos tempos, respostas para os mistérios da vida de várias
formas, desde a observação dos fenômenos naturais, na tentativa de reprodução desses
mesmos fenômenos, do exercício para a compreensão dos fatos formulando hipóteses, teorias
e leis. Antigamente, o homem não dispunha de metodologia científica e para não se sentir
distante da compreensão dos mistérios do universo e da verdade absoluta, lançou-se a
especulação, trabalhando o incompreensível e o imponderável. Por meio do Misticismo, o
homem começou a se aproximar das respostas que queria no aspecto intelectual e espiritual.
O estudo dos corpos celestes e de suas influencias sobre o planeta Terra e os seres humanos,
por meio da Astrologia, é um dos grandes exemplos da união de limites imprecisos, entre
ciência e o misticismo. Embora a Maçonaria moderna seja baseada em ideias iluministas,
liberais, progressistas e normalmente vinculadas ao uso da razão, na busca da verdade
absoluta, ela utiliza em seus rituais, na sua simbologia e na sua estrutura filosófica e
doutrinária, padrão místico de diversas seitas, religiões e civilizações antigas.
O estudo das colunas zodiacais torna-se fascinante quando tentamos entender a sua
simbologia, expressada por meio de figuras e imagens provenientes de vários povos,
relacionando de maneira extraordinária o cosmos, o homem e a Maçonaria.
Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem, em vigília a
zelar pelos rebanhos, observava os corpos celestes no firmamento intrigando-se com os seus
regulares movimentos. Percebeu então que lenta e regularmente os astros mudavam de
posição em relação ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam com
absoluta regularidade ao mesmo ponto no firmamento.
Não pode deixar de observar que o nascimento helíaco de certos grupos de estrelas se repetia
em períodos coincidentes com determinados acontecimentos importantes de sua vida, como o
nascimento de crias nos rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de
culturas sazonais, e outros fatos de sua vida repetitiva de pastor-agricultor.
Sentiu então a necessidade de memorizar e registrar esses fatos astronômicos que começavam
a se tornar importantes para orientação de suas atividades. Quando um determinado grupo de
estrelas precedia o nascer do Sol era hora de plantar, ou era hora de transferir os rebanhos
para outras pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher, ou era tempo de cio
entre os animais e era preciso acasalá-los, ou vinha o tempo de nascimentos em sua família.
Foi uma consequência inevitável, que aos poucos ele tentasse melhor identificar esses tão
importantes grupos de estrelas com nomes próprios, que naturalmente se relacionavam com
suas atividades. Recorrer ao nascimento helíaco como ponto de referência foi um passo inicial
importante, foi a descoberta de um referencial, foi o início da marcação e medição do tempo.
Nascimento helíaco de um astro é o seu aparecimento logo acima do horizonte imediatamente
antes do nascer do Sol.
Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes tirados da vida
quotidiana daqueles primeiros astrônomos. Esses nomes nada tinham a ver com a formação
característica dos conjuntos estelares. Eram simples nomes apenas, nada relacionados com
poderes mágicos e premonições.
O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se
estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e que com essa coincide. Eclíptica é o
caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu. Essa faixa
foi dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia. Os
planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno) também faziam parte do zodíaco,
pois suas órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido
em doze constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano.
A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso zodíaco tiveram
uma origem conforme descrito anteriormente está na sua relação com a vida pastoril.
Podemos classificar os signos do Zodíaco em grupos de três formando quatro categorias
distintas:
II) Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo).
III) Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário (defensor, arqueiro), Aquário
(aguadeiro ou carregador de água), Libra (pesador e sua balança).
IV) Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção
dos Deuses), Peixes (alimentação).
No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou não consegue
explicar, já desde remota antiguidade começaram os homens a cercar de mistério as
constelações do zodíaco, atribuindo-lhes poderes místicos e premonitórios e assim, creditando
aos astros seus sucessos e infortúnios.
Um dos ramos dessa cultura mística, mediante observação de reis e pessoas, procurou
determinar uma relação entre o dia do nascimento da pessoa e seu caráter. O processo
empírico com que foi desenvolvido o sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido
moral, ético, beleza, força, determinação, para conectá-lo à posição dos astros. Uma espécie
de engenharia reversa, que parte do resultado para lhe determinar fonte ou origem. Assim
originaram-se os diversos métodos astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência dos
astros no curso dos acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, em suas características
psicológicas e em seu destino, explicar o mundo e predizer o futuro de povos ou indivíduos. O
mais famoso de todos, segundo especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isso se
influenciou o povo em ver nas previsões dos astrólogos a delineação de rumos para as suas
vidas, a semelhança que se dava aos fenômenos naturais influenciáveis pelas linhas de força da
gravitação universal.
As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito são doze. Servem
como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom em desenvolvimento.
Localizam-se todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético
do iniciado, que durante sua jornada transcende em sua religião com a divindade. São seis em
cada lado, normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem. Constituem mais
da metade de toda a decoração da Loja. Suas representações gráficas apresentam misturas
dos quatro elementos místicos estudados por Aristóteles da Grécia antiga e sete astros.
Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em
horóscopo, ou em diagrama das posições relativas dos planetas e dos signos zodiacais num
momento específico, como o do nascimento de uma pessoa, ou com a intenção de inferir o
caráter e os traços de personalidade e prever os acontecimentos da vida de alguém, ou um
mapa astral, ou mapa astrológico.
Na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas símbolos para estudo, destituídas da
atribuição de aspectos da predição do comportamento do homem. É fácil deduzir que sua
existência no rito escocês antigo e aceito tem finalidade educacional, parte de uma
metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas.
As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica tendo, cada uma,
sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo é a representação de cada signo com o
planeta e o elemento que o caracteriza). As colunas são postadas longitudinalmente junto às
paredes, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. A sequência das colunas é de Áries a Peixes,
iniciando-se com Áries ao norte próxima à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Sul
também próxima à parte Ocidental.
Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são: Áries, Touro, Gêmeos,
Câncer, Leão e Virgem. O signo zodiacal relacionado com o Grau de Companheiro é Libra; e os
inerentes ao Grau de Mestre Maçom são os signos de Escorpião, Sagitário, Capricórnio,
Aquário e Peixes. Acompanhe cada um da sua representatividade:
Coluna nº 3: Gêmeos, localizada junto à coluna do Norte, corresponde aos braços e às mãos,
são os irmãos Simeão e Levi, como faculdade intelectual é a união da intuição com a razão.
Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Ar. Representa a terra já fecundada pelo
fogo, à vitalidade criadora, simboliza o recebimento da luz pelo candidato.
Coluna nº 6: Virgem, localizada junto ao Oriente; corresponde ao complexo solar que assimila
e distribui as funções no organismo. É Ascher. Como faculdade intelectual exprime a realização
das esperanças. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Terra. Representa, para o
Aprendiz, o aperfeiçoamento, quando já pode se dedicar ao desbastamento da Pedra Bruta.
Coluna nº 7: Libra, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Vênus e o ar se refere ao
grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas.
Coluna nº 8: Escorpião, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Marte e pela água. A
partir dessa coluna até a coluna de Peixes, todas se referem ao grau de Mestre Maçom. Essa
coluna representa as emoções e sentimentos poderosos, rancor e obstinação e a constante
batalha contra as imperfeições.
Coluna nº 9: Sagitário, localizada junto à coluna do Sul. Caracterizada por Júpiter e pelo fogo.
Representa a mente aberta e o julgamento crítico.
Coluna nº 10: Capricórnio, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo
elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança.
Coluna nº 11: Aquário, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento
Ar. Representa o sentimento humanitário e prestativo.
Coluna nº 12: Peixes, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Júpiter e pela Água.
Simboliza o desprendimento das coisas materiais.
A relação citada em relação às seis colunas do Aprendiz maçom pode ser simbolizada da
seguinte maneira:
O Iniciado julga por si próprio e com severidade, as ideias que puderem seduzi-lo;
Virgem – Terra – Mercúrio: Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais de
construção para desbastá-los e talhá-los, segundo o seu destino.
O homem passa a contemplar outra maravilha, outro universo, uma miniatura daquele cosmos
conhecido e representado pelas colunas zodiacais. Esse é o verdadeiro centro do universo da
ótica do iniciado. É quando ele desvela o seu mundo interior, a suprema verdade do triunfo
humano, a espiritualidade do maçom, ou aquilo que ele considera a representação dela. O
conjunto aponta o cosmos, de onde é réplica uma realidade física e transcendental interna, o
seu macrocosmo, o seu universo interior, onde ele encontra os vestígios do Grande Arquiteto
do Universo e torna-se homem completamente livre e útil ao propósito Divino e realmente útil
à humanidade.
Link - https://focoartereal.blogspot.com/2016/06/maconaria-e-as-colunas-zodiacais.html
O Zodíaco chegou ao Egito Antigo pela dominação babilônica. Os gregos herdaram o Zodíaco
dos Egípcios e deram o nome para essa zona do espaço de “Zodiako Kyklos”, círculo de
animais. Os gregos inventaram um aparelho mecânico chamado ANTICÍTERA que media com
precisão as divisões do calendário em dia, mês e ano, o mapeamento celeste perfeito do
zodíaco, as posições dos corpos celestes, o movimento do Sol e as órbitas lunares.
O Sistema Zodiacal grego aperfeiçoado propagou para a Índia, Roma e Bizâncio e os árabes no
período medieval, salvaram-no do total desaparecimento permanecendo até os dias atuais.
No nosso templo as Colunas Zodiacais são símbolos que indica o caminho que nós irmãos
devemos percorrer durante o ano para seu desenvolvimento moral, intelectual e ético. Na
iniciação fomos purificados pelos quatros elementos fogo, terra, ar e água.
O símbolo do Zodíaco também influencia na nossa vida de acordo com o mês de nossa
iniciação. Na Coluna Zodiacal Sul os iniciados atingiram a perfeição desbasta a pedra bruta, e
na coluna Zodiacal Norte, completa-se o polimento da sua Pedra Bruta transformando-a em
Pedra Cúbica.
As 12 colunas zodiacais representadas no Templo estão postadas junto às paredes, sendo seis
ao Norte e seis ao Sul. Sobre seu CAPITEL está o PENTÁCLO (Pentáclo é a representação de
cada signo com o planeta e o elemento que o caracteriza). A sequência das colunas é de Áries
a Peixes, iniciando-se com Áries ao Sul próximo à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao
Norte.
Coluna nº 1: ARIES - Mês Abril, Masculino, Planeta Marte, Elemento fogo. Corresponde à
cabeça e o cérebro de Benjamim, representa o aprendiz o fogo interno encontrado no
Candidato à procura de Luz.
Coluna nº 2: TOURO - Mês Maio, Feminino, Planeta Vênus, Elemento Terra. Corresponde ao
pescoço e à garganta. Representa fecundação, simboliza o candidato admitido nas provas de
iniciação.
Coluna nº 3: GÊMEOS - Mês Junho, Masculino, Planeta Mercúrio, Elemento Ar. Corresponde
aos braços e às mãos, dos irmãos Simeão e Levi, a faculdade intelectual, a união e a razão
simbolizam o recebimento da luz pelo candidato.
Coluna nº 4: CÂNCER - Mês Julho, Feminino, Corresponde a Lua, Elemento Água. Representa o
nascimento, simboliza a instrução do iniciado. Corresponde aos órgãos vitais respiratórios,
digestivos é Zabulão, representa o equilíbrio entre o material e o intelectual.
Coluna nº 5: LEÃO - Mês Agosto, Masculino, Corresponde ao Sol, Elemento Fogo. Corresponde
ao coração, centro vital da vida física é Judá. O Aprendiz busca a luz que vem do Oriente, é o
calor dos Irmãos dentro da Loja.
Coluna nº 7: LIBRA - Mês Outubro, Masculino, Planeta Vênus, Elemento o ar. Refere ao grau de
Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas. Assim
diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da
terra cá em baixo
A partir dessa coluna ESCORPIÃO até a coluna de PEIXES, todas se referem ao grau de Mestre
Maçom.
Coluna nº 10: CAPRICÓRNIO - Mês Janeiro, Feminino, Planeta Saturno, Elemento Terra.
Simboliza a determinação e a perseverança.
Coluna nº 11: AQUÁRIO - Mês Fevereiro, Masculino Planeta Saturno, Elemento Ar. Representa
o sentimento humanitário e prestativo.
Coluna nº 12: PEIXES - Mês Março, Feminino, Planeta Júpiter, Elemento Água. Simboliza o
desprendimento das coisas materiais.
“Nada é tão oculto que não possa ser conhecido, ou tão secreto que não possa vir à luz. O que
vos digo nas trevas que seja dito na luz. E o que ouvirdes em um sussurro, proclamai do alto do
edifício.”
Ir.'. Túlio da Silva Sbampato Ap.’. M.’. da ARLS Maçônica Vigilantes do Divino.
Link - http://iblanchier3.blogspot.com/2011/09/colunas-zodiacais.html
COLUNAS ZODIACAIS
COLUNAS ZODIACAIS
(republicado)
Quero desde já fazer uma pergunta ao Bro. Juk, em sua nova coluna. Aqui está: As 12 Colunas
do Zodíaco fincadas nas Lojas brasileiras não existem em Loja alguma no mundo. Por que
adotamos as Colunas, por invencionice ou por desconhecimento?
CONSIDERAÇÕES:
Essa afirmativa de que “não existem em Loja alguma no mundo” me parece um pouco
precipitada.
Ocorre que todo o arcabouço simbólico do Rito Escocês Antigo e Aceito na Loja Simbólica viria
ocorrer paulatinamente a partir do segundo quartel do Século XIX, já que o primeiro ritual do
simbolismo no Rito em questão viria aparecer por ocasião da fundação da Grande Loja Geral
Escocesa em 1.804, em solo francês, sob a égide do Grande Oriente da França, cuja data
também revela o primeiro ritual do Rito, já que o mesmo originalmente somente era praticado
do Grau quatro para cima, enquanto que os três primeiros graus eram praticados nas Lojas
Azuis do Rito de York (americano).
Somente após a fundação do Segundo Supremo Conselho na França, já que o primeiro fora
fundado nos Estados Unidos da América do Norte em 1.801, é que houve a preocupação de se
redigir um ritual específico para o simbolismo escocês. Bem esse não é o mote da questão,
todavia cabe aqui como introdução no tema.
Para que haja melhor compreensão, há que se considerar que existem praticamente dois
sistemas de Maçonaria no mundo – o inglês e o francês (corrente anglo-saxônica e latina).
Nesse sentido, embora o objetivo seja o mesmo, os sistemas doutrinários se diferem. No caso
do Rito Escocês Antigo e Aceito, filho espiritual da Maçonaria francesa, esse adota um
contexto mais Deísta do que Teísta e assim associa a transformação do “Homem” como
matéria prima elementar do Especulativo e da Maçonaria Moderna, aos ciclos transitórios da
Natureza.
Por assim serem, as Colunas Zodiacais são elementos fundamentais para a explicação desse
apólogo natural.
Ao bem da verdade, as colunas em si não são tão importantes sob o ponto de vista decorativo,
porém o que elas verdadeiramente representam ao indicarem a revolução anual do Sol e os
seus ciclos produtivos das estações do ano - emblemas alusivos às constelações pelos quais o
Sol passa e se alinha (sob o ponto de vista da Terra) no tempo e espaço de um ano.
Esse grupo de constelações e suas faixas correspondentes recebe o nome de Zodíaco e aqui
nada tem a ver com adivinhações e previsões astrológicas.
Pela maior e menor inclinação no plano de órbita, o Planeta Terra se desloca no espaço
(translação) por um período que determinamos de um ano e aí se produz as ocasiões por nós
conhecidas como as quatro estações do ano, ou os ciclos da Natureza.
Esse movimento produz a sua renovação, ápice e morte a cada período completado. Fora
dessa observação humana básica que se originariam os cultos solares da antiguidade como
elemento fundamental e embrionário da grande maioria das religiões terrenas.
Associado ao movimento anual do Sol, concomitante está à alegoria maçônica que trata do
“nascimento, juventude, maturidade e morte” expressada na lição moral de renovação (a
morte do profano e o renascimento para a Luz) cíclica proposta na Iniciação e complementada
nos dois outros graus imediatamente subsequentes do aperfeiçoamento humano – Primavera,
Verão (Aprendiz e Companheiro), Outono e Inverno (Companheiro e Mestre), ou infância,
juventude, maturidade e morte.
Toda essa alegoria simbólica está geograficamente em consonância com Hemisfério Norte,
berço da Maçonaria.
Partindo do Norte, próximo ao primeiro Vigilante o primeiro grupo (Aries, Touro e Gêmeos)
associam-se à Primavera no Hemisfério Norte (renovação da Natureza, ressureição após o
império das trevas do Inverno); o segundo grupo (Câncer, Leão e Virgem) o Verão; o terceiro
grupo, já no Sul (Libra, Escorpião e Sagitário) o Outono e por fim o quarto grupo (Capricórnio,
Aquário e Peixes) o Inverno. Obviamente, essas constelações e alinhamentos em Maçonaria
não se constituem em doutrina astrológica que venha exarar, ou possa influenciar a vida
humana propondo previsões futurólogas, adivinhações e outras coisas do gênero. Sob a óptica
do ecletismo maçônico, a alegoria dos ciclos naturais também está associada à observação
humana ao longo dos tempos que agregou esse alinhamento sol–constelação, às etapas da
Natureza – calor e frio; noites e dias mais longos ou mais curtos; dias e noites iguais em sua
duração, etc. (solstícios e equinócios).
Na Maçonaria Operativa, por exemplo, esses ciclos se constituíam nas épocas propícias,
próprias ou impróprias para a elevação das obras e o corte das pedras.
Há que se observar que as luzes dos candelabros colocadas sobre o Altar ocupado pelo
Venerável e mesas ocupadas pelos Vigilantes, em grupos de três, representam três desses
ciclos, ou nove meses, enquanto que as outras três, inexistentes, constituem-se no inverno e a
morte do Sol, alegoria básica na Lenda do Terceiro Grau.
Por aí se vai e esta é a razão de que na doutrina maçônica francesa do Rito Escocês, seus
Templos (o melhor seria sala da Loja) possuem simbolismo e elementos característicos que
tem elo com esse misticismo.
Daí o espaço do canteiro (Loja) conter as Colunas Vestibulares no átrio indicando a passagem
dos trópicos de Câncer ao Norte e Capricórnio ao Sul; um eixo imaginário (equador) que divide
o espaço em dois hemisférios – Colunas do Norte e do Sul; abóbada decorada com o
firmamento visto a partir do Hemisfério Norte, dentre outros. Nesse significado, as doze
Colunas que o mano se refere estarem “fincadas” (sic), significam exatamente a senda
iniciática que deve ser cumprida pelo Obreiro que morre para renascer (Câmara de Reflexão),
recebe a Luz tênue e principia a sua jornada como neófito (néo=novo; fiton=planta),
justamente no equinócio de primavera (Aries) no hemisfério Norte, passa pelo Meio-Dia (sul)
até que, ao final do ciclo, se reportando a sua vida na terra, ele chegue ao Inverno (morte –
meia-noite).
O renascimento da nova vida proposto pela Moderna Maçonaria está todo implícito nessa
importante alegoria, já que a imortalidade da vida apresenta-se simbolizada pelas obras
deixadas pelo Homem em sua passagem terrena, pois, se queres aproveitar bem a vida, pensai
na morte – a semente que cair no chão e não morrer estará fadado ao esquecimento, porém
aquela que morrer, certamente reviverá, produzindo bons frutos para permanecer para
sempre na mente dos pósteros.
Como se pode notar existe toda uma articulação iniciática em torno dos símbolos e alegorias,
já que em Maçonaria eles falam por si.
Ainda na questão das Colunas Zodiacais, elas não são obrigatórias, desde que acima da frisa
que determina o limite da abóbada com as paredes boreal e austral estejam simetricamente
representadas às constelações zodiacais, isto é, os símbolos do zodíaco estariam pintados na
base da abóbada, sem que assim houvesse a urgente necessidade de colocação das respectivas
Colunas.
An passant, devo salientar que é muito rara a explicação e a exegese dessa rica simbologia e
alegoria.
Quando muito, se tem lido certas bobagens como a de que as “colunas zodiacais servem para
sustentar a abóbada”.
Posteriormente ele cruza para o Sul (Companheiro) e retoma sua jornada pelo topo do Sul até
o Ocidente quando dali ele vai ao eixo do Templo (equador) e morre para renascer no Oriente.
Já no sistema inglês isso não ocorre, pois nem mesmo existem as Colunas Zodiacais nem
decoração da abóbada.
Para os ingleses a alegoria iniciática relembra o período operativo, já que nesse sistema os
Aprendizes sentam na primeira fileira do Norte, pois era no canto nordeste da Obra que se
colocava a pedra angular, ou marco inicial para o esquadrejamento da construção.
É isso aí Mano. Minhas escusas por ter me alongado, todavia o tema é apaixonante e merece
um mínimo de consideração. Prefiro ser extenso e explicar, a ficar divulgando como muitos por
aí o fazem acreditando que os nossos Templos são uma espécie de arquétipo ou estereótipo
do Templo de Jerusalém, esquecendo esses e aqueloutros que a Sala da Loja é o espaço
representativo e simbólico dos canteiros medievais onde no operativo a pedra era o elemento
primário, porém agora, no especulativo, somos nós, os Homens, que substituímos a pedra
calcária.*
Um Fraterno Abraço
Fonte: JB News – Informativo nr. 370 Florianópolis (SC) – sábado, 02 de Setembro de 2011.
Link - http://robertomacom.blogspot.com/2014/11/as-colunas-zodiacais-grau-1.html
NOÇÕES SOBRE
MAÇONARIA E ASTROLOGIA
INTRODUÇÃO
O Irmão Castellani, uma vez, com muita propriedade, sintetizou a história da Astrologia, tendo
escrito na ocasião: “Embora seja, a Astrologia, muito antiga, remontando à época dos
sumerianos, que ocuparam o Sul da Mesopotâmia, junto ao Golfo Pérsico, a partir do V milênio
a. C., foi somente na Idade Média que ela cresceu de importância, após ter passado por
momentos bastante obscuros, nos primórdios do Cristianismo. Pode-se dizer que sumerianos e
babilônios criaram-na, os egípcios desenvolveram-na, os gregos deram-lhe roupagem científica
e os árabes, já no período medieval, salvaram-na do total desaparecimento. (...) Após a queda
do Império Romano do Ocidente, a astrologia desceu à condição de deturpada superstição,
tornando-se, o seu estado de decadência, um dos motivos para que a Igreja Ocidental fizesse
recrudescer os seus ataques às práticas astrológicas, apesar da existência de muitas
referências astrológicas no Novo Testamento, como, por exemplo, os magos, no Evangelho de
S. Lucas e diversas passagens do Apocalipse. A Igreja Oriental, porém, iria conservar alguns
conhecimentos da astrologia científica, enquanto que, na Ocidental, ela seria fulminada pelos
ataques de Santo Agostinho de Hipona (354-430). Ainda na Idade Média, todavia, os principais
fundamentos da moderna astrologia iriam ser lançados por dois importantes teólogos da
Igreja: S. Tomás de Aquino e Santo Alberto Magno. E foi nessa época de obscurantismo de
todas as ciências que surgiram os árabes conquistadores, motivados pela força de sua nova
religião: o Islã.(...) Donos de grande habilidade na Medicina, na Alquimia e na Astronomia, os
árabes desenvolveram extensos estudos astronômicos, que mostram uma acentuada
orientação astrológica.”
Sem dúvida, uma das questões que deram uma grande dor de cabeça aos estudiosos
pertencentes à Igreja durante o Período Medieval, era quanto à classificação da Astrologia:
uma arte divinatória, simplesmente, que deveria ser proibida, ou uma ciência que deveria
merecer toda a credibilidade? Por outro lado, a Astronomia, ao contrário da Astrologia, não
era vista com bons olhos pela Igreja, tanto que, uma das poucas obras adotadas no período da
Idade Média era um compêndio de Astronomia do sábio grego Ptolomeu, onde constava sua
teoria de que a Terra era o centro do Universo. Na época em que esse sábio viveu, havia um
adágio latino que dizia: “os astros influenciam, mas não determinam.” Voltando à época
medieval, Santo Alberto Magno resolveu de certa forma o impasse, dando a entender que os
astros não podiam influenciar a alma humana, mas influenciavam com toda a certeza o corpo e
a vontade dos homens. Por esse motivo, a Igreja no período da Inquisição, não “encaminhou”
nenhum astrólogo para as suas fogueiras, bem ao contrário do que fez com os templários, os
cátaros, os judeus e outros. Essa atitude da Santa Igreja fez com que a astrologia vicejasse
ganhando o “status” de ciência, e inclusive sendo ensinada nas Universidades da época.
Quanto à Astronomia, a Igreja continuava com Ptolomeu, com sua tese de que a Terra ocupava
o centro do Universo, em torno da qual moviam-se os sete planetas, número referente aos
que eram conhecidos na Antiguidade e ainda na época em que Ptolomeu viveu. Em vista desse
quadro, não é difícil de entender o porquê dessa mesma Igreja, ter relutado bastante em
aceitar as descobertas que vinham se processando no âmbito da Astronomia, fundamentadas
em observações e cálculos, e que teve expoentes do calibre de Copérnico,de Kepler e de
Galileu. Em nossos tempos atuais, depois de muita água correr por debaixo da ponte, aqueles
que se baseiam em paradigmas científicos, vem hostilizando bastante os assuntos que se
referem à Astrologia, invalidando qualquer pretensão de uma base também científica que seus
praticantes insistem em defender, taxando-a de mera superstição, de ser uma pseudociência
inventada pelos antigos e perpetuada até os nossos dias, por pessoas excêntricas ou
charlatães. O correto mesmo, no entender de muitos, é sustentar que a influência dos astros
sobre o Planeta Terra, é produto somente de uma série de leis naturais interagindo no âmbito
do Universo, o que não significa dizer que guardam relação com a mente humana.
A ASTROLOGIA, A MAÇONARIA E AS COLUNAS ZODIACAIS
A primeira grande questão a ser levantada aqui é a seguinte: Qual o correto posicionamento
das Colunas Zodiacais no interior do Templo? Consultando o Diagrama do Templo constante
do nosso Ritual e Instruções, lá estavam elas, seis de cada lado do Templo e no Ocidente. E
aqui faço questão de frisar: no Ocidente. Isto, se deve ao fato de que, em alguns Templos, já
observei as mesmas se espalhando também pelo Oriente. Vou usar de outra coluna,
(desculpem o trocadilho) mas, estou me referindo a Coluna de “Perguntas e Respostas“ do
Irmão Pedro Juk. Em determinada ocasião ele respondeu a um Irmão que lhe indagara sobre o
porquê das Colunas Zodiacais não passarem da balaustrada, se elas eram a sustentação da
abóbada celeste, e sendo assim, deveriam estar posicionadas do Norte ao Sul e do Oriente ao
Ocidente. O Irmão Pedro Juk, depois de esclarecer sobre o que classificou como um tremendo
equívoco, adiantou também que, as Colunas Zodiacais jamais serviram para sustentação da
abóbada celeste. Depois de elucidar sobre o que elas representavam verdadeiramente,
arrematou a sua brilhante resposta com a frase: “Via de regra – Não existem Colunas Zodiacais
no Oriente.” A resposta inteligente do Irmão não exclui totalmente a possibilidade de que
ocorram por aí situações diferentes. Mais autores consultados também dão o seu
posicionamento correto como sendo no Ocidente, e outros omitem essa informação. O Irmão
e escritor Joaquim Roberto Pinto Cortez na sua obra “ A Maçonaria e as Tradições Bíblicas”
assim se refere: “ Estas colunas devem ficar sempre nas paredes do Ocidente, sendo seis de
cada lado.” Uma informação, no mínimo curiosa, é a que foi detectada e relatada pelo Irmão
Denizart Silveira de Oliveira Filho, em uma das suas obras, que diz o seguinte: “(...) A sequência
das Colunas é de Áries a Peixes, da seguinte maneira: primeira, ao Norte, próxima à parede
ocidental – ou Noroeste –é a de Áries; e a última, ao Sul, também próxima à parede ocidental –
ou Sudoeste – é a de Peixes. Isso, porque a representação do signo de Câncer deverá estar
sempre ao Norte – correspondendo à coluna “B”, que marca a passagem do trópico de Câncer
– e a do signo de Capricórnio estará sempre ao Sul – correspondendo à coluna “J”, que marca a
passagem do trópico de Capricórnio. Esta exigência, todavia, não autoriza o erro cometido em
certos Templos, com a colocação de apenas dez colunas, o que implica considerar as duas
colunas vestibulares como as Zodiacais de Câncer e Capricórnio, o que é incorreto.”
Uma opinião de peso e que posso reproduzir aqui é aquela proveniente de um artigo intitulado
“Colunas Zodiacais”, do Irmão Sergio Quirino Guimarães, onde na forma de chamamento à
leitura do mesmo, ele dispara: “Como você reagiria se eu dissesse que as Colunas Zodiacais
não são “coisas” da Maçonaria? (pausa para pensar) Nossa! Isso é que eu chamo de saber
atiçar a nossa curiosidade. E no transcorrer do mesmo ele mata a charada: “Mesmo após
escrever tudo isso eu ainda lhe digo: as Colunas Zodiacais não são “coisas” da Maçonaria! Você
já ouviu falar que nossos Templos foram construídos de acordo com o Templo de Salomão? E
no Livro da Lei há a descrição das doze colunas e todos esses símbolos? Portanto as Colunas
Zodiacais são elementos de alguns RITOS MAÇÔNICOS e por conta disso não podemos
generalizar dizendo que fazem parte da Maçonaria;” Basicamente, podemos dizer que as
colunas zodiacais presentes na decoração dos nossos templos, e aqui cumpre enfatizar que
estamos falando do Rito Escocês Antigo e Aceito, são Jônicas e são em número de doze, o que
remete às doze constelações representadas pelo Zodíaco. Estão distribuídas da seguinte
forma: seis de cada lado, e geralmente estando engastadas nas paredes do Templo. Também
podem ser encontradas como meias colunas caneladas que são colocadas ao longo das
paredes. Sobre os capitéis estarão postas, ou pintadas, as representações dos doze signos
zodiacais, que recebem o nome de pentaclos, que são a exposição dos signos estilizados,
normalmente, com seus elementos e planetas respectivos. Na Maçonaria Simbólica, o
significado maior das colunas zodiacais tem ligação direta com o percurso que o iniciado
deverá cumprir durante a sua vida maçônica, desde o marco inicial, ou seja, desde o seu
ingresso como Aprendiz até o Grau de Mestre. Aliás, a influência da Astrologia já se faz
presente desde a Iniciação por ocasião das depurações via quatro elementos: a terra, a água, o
ar e o fogo. Todos eles conhecidos como elementos da natureza e formadores da Criação no
estudo da Astrologia. Ainda, conforme o Irmão Pedro Juk: “(...) essa alegoria (...) está
diretamente ligada ao conjunto iniciático entre o Homem e a Natureza. (...) Assim a alegoria
das Colunas Zodiacais iniciam as estações do ano no Hemisfério Norte (a Maçonaria surgiu
neste Hemisfério). Assim as três primeiras colunas compreendem a Primavera e as outras três,
o Verão, sendo que esse grupo de seis colunas estende-se pela parede Norte denominado em
Maçonaria como o Topo da Coluna do Norte. Essas colunas tem o sentido de leitura partindo
do canto com a parede ocidental até a balaustrada do Oriente. Na outra face, ou topo do sul
existem mais seis colunas com sentido de leitura da balaustrada do Oriente até o canto com a
parede ocidental. No Sul as três primeiras representam o Outono e as últimas três, o Inverno.
(...) Em síntese essas Colunas representam a senda iniciática do Rito em questão – a Primavera
e o Verão, o Aprendiz no Topo do Norte, enquanto que o Outono, o Companheiro e o Inverno,
o Mestre. Essa alegoria é representada ligando o Homem aos ciclos da Natureza – infância,
juventude, maturidade e morte. Essa renovação significa as etapas de aperfeiçoamento do
Obreiro – Aprendiz, Companheiro e Mestre – tal qual se apresenta a Lei natural de morrer para
renascer. É a morte simbólica do Iniciado na Câmara de Reflexão e o renascimento de uma
nova vida a partir da Primavera.
GÊMEOS: Corresponde aos braços e às mãos. Simboliza o recebimento da Luz pelo neófito. O
Planeta é Mercúrio e o elemento é o ar.
LEÃO: Corresponde ao coração, que é o centro vital. É a crítica exercida pelo Iniciando, com o
auxílio da razão, para selecionar o conhecimento. O astro é o Sol, e o elemento é o fogo.
VIRGEM: Corresponde ao plexo solar, responsável pela distribuição das funções no organismo.
Simboliza a reunião dos materiais de construção pelo Aprendiz, para serem utilizadas no
desbaste da Pedra Bruta. O planeta é Mercúrio, e o elemento é a terra. De maneira óbvia, os
signos faltantes relacionam-se com outros Graus, e que seriam, sem que entremos em maiores
detalhes: Libra com o Grau de Companheiro e Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e
Peixes com o Grau de Mestre. As Colunas Zodiacais estão presentes em nossos templos,
servindo de referência para a nossa orientação simbólica no Universo, onde, por extensão o
Universo é uma imensa oficina. A nossa familiarização com elas, o nosso entendimento delas
vai demandar certo tempo e talvez a compreensão maior só venha partir do momento em que
se tenha uma visão global do contexto todo em que elas estão inseridas.
Colunas Zodiacais
Colunas Zodiacais
por
As colunas zodiacais num templo maçônico do Rito Escocês Antigo e Aceito são doze. Servem
como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom em desenvolvimento.
Localizam-se todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético
do iniciado, que durante sua jornada transcende em sua religação com a divindade. São seis
em cada lado, normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem. Constituem
mais da metade de toda a decoração da loja. Suas representações gráficas apresentam
misturas dos quatro elementos místicos estudados por Aristóteles da Grécia antiga e sete
astros.
Na história humana existem diversos povos que desenvolveram técnicas astrológicas, entre os
mais conhecidos estão: caldeus, chineses, egípcios, árabes, gregos e astecas. Todas resultantes
da necessidade de prever o resultado da influência da interação de forças gravitacionais, de
atração e repulsão dos corpos celestes e que modificam o meio-ambiente da fina camada da
biosfera com uns seis mil metros de espessura.
Segundo visão recente, esta camada é um imenso ser vivo global, onde cada ser vivo é parte
integrante do todo, distribuída em redes de relações interdependentes, de complexidade
crescente e denominada Gaia. Como não existia tecnologia no passado para definir como os
fenômenos gravitacionais eram sentidos por Gaia, pois ao homem limitado daquela época era
impossível determinar como atuavam fisicamente aquelas linhas de força invisíveis, então ele
desenvolveu especulações de como e o que poderiam ser e lhes impôs conotação mística e
mágica.
Processos empíricos culminaram por desenvolver técnicas de previsão que geraram imenso
cabedal de cultura mística. A técnica permitia prever fenômenos físicos que influíam na vida,
como o regime das cheias de um rio ou a posição de um astro no céu num determinado dia do
ano. Isto determinou destaque e importância da astrologia nos governos políticos. Naquela
época, política e religião formavam um conjunto indissolúvel, o rei normalmente também era
sacerdote, mágico e até divindade. Sem as previsões da leitura da posição dos astros era
temerário governar. Na maioria das vezes o diferencial entre vida e morte, saciedade e fome.
Um dos ramos desta cultura mística, mediante observação de reis e pessoas, procurou
determinar uma relação entre o dia do nascimento da pessoa e seu caráter. O processo
empírico com que foi desenvolvido o sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido
moral, ético, beleza, força, determinação, para conectá-lo a posição dos astros. Uma espécie
de engenharia reversa, que parte do resultado para lhe determinar fonte ou origem. Assim
originaram-se os diversos métodos astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência dos
astros no curso dos acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, em suas características
psicológicas e em seu destino, explicar o mundo e predizer o futuro de povos ou indivíduos. O
mais famoso de todos, segundo especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isto se influenciou
o povo em ver nas previsões dos astrólogos a delineação de rumos para as suas vidas, a
semelhança que se dava aos fenômenos naturais influenciáveis pelas linhas de força da
gravitação universal.
Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em
horóscopo, ou em diagrama das posições relativas dos planetas e dos signos zodiacais num
momento específico, como o do nascimento de uma pessoa. O homem livre não carece disto
quando estuda e evolui.
As bases para a localização das constelações usadas na astrologia são tão antigas que hoje
necessitam de correção astronômica. A razão de apresentar as colunas dentro de um templo
maçônico, naquelas posições e respectivos aspectos herméticos tem objetivo diferente da
adivinhação do futuro usado no passado. Augusto Comte, que fundou a escola filosófica do
Positivismo e criou um conceito de ciência social denominada Sociologia, em suas postulações
e assertivas, aniquilou definitivamente a astrologia; e dizem que com isto deu-se advento ao
Materialismo e descrença generalizada no poder místico da Astrologia que até então era
considerada uma ciência.
Na filosofia maçônica as colunas zodiacais são apenas símbolos para estudo, destituídas da
atribuição de aspectos da predição do comportamento do homem. É fácil deduzir que sua
existência no Rito Escocês Antigo e Aceito tem finalidade educacional, parte de uma
metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas.
Para o iniciado colocado no plano do templo, independente da posição que ele ocupe no
ocidente, na coluna do norte ou do sul, ele faz parte do centro da loja. Está cercado pelas
colunas zodiacais em qualquer posição que ocupe naqueles quadrantes. Mas em verdade
estão dispostas sobre um circulo imaginário cujo raio é de tal amplitude quanto a imaginação
do observador pode alcançar. O círculo é dividido em doze partes iguais e para cada fragmento
de arco assim definido deu-se o nome usado pelos astrólogos no vaticínio do destino do
homem. O raio é finito, limitado, assim como o mundo material, mas nada impede do
observador especular para além deste limite, para algo bem mais amplo, sempre de
abrangência limitada. É por isto que todas as colunas zodiacais ficam no ocidente, onde o
Universo é limitado e restrito ao mundo material e visível.
Cada coluna representa uma constelação conhecida que serve para determinar direções para a
cognição no estabelecimento da verdade. A ordem em que estão colocadas dá a direção a ser
seguida por aquele que busca a verdade alicerçada na filosofia maçônica. Nada têm de mágico
porque o conjunto é apenas suporte para especular detalhes
pormenorizados da jornada entre a materialidade e a espiritualidade, do esquadro ao
compasso, da religação individual com a divindade de cada um.
Depois de perambular pelo Universo conhecido, maravilhando-se com a obra do Incriado, até
onde a vista alcança, até onde a imaginação o carrega, o homem passa a olhar para si mesmo e
caminha ainda mais para o centro, buscando a paz e a tranquilidade de um local sem agitação.
E bem no centro de si mesmo, ao centro do próprio homem, contempla outra maravilha, outro
Universo, uma miniatura daquele cosmos conhecido e representado pelas colunas zodiacais.
Este é o verdadeiro centro do Universo da ótica do iniciado. É quando ele desvela o seu mundo
interior, a suprema verdade do triunfo humano, a espiritualidade do maçom, ou aquilo que ele
considera a representação da mesma. O conjunto aponta o cosmos, de onde é réplica uma
realidade física e transcendental interna de cada iniciado, o seu macrocosmo, o seu Universo
interior, onde ele encontra os vestígios do Grande Arquiteto do Universo e torna-se homem
livre e útil ao propósito divino.
------
O Irmão Castellani, uma vez, com muita propriedade, sintetizou a história da Astrologia, tendo
escrito na ocasião: “Embora seja, a Astrologia, muito antiga, remontando à época dos
sumerianos, que ocuparam o Sul da Mesopotâmia, junto ao Golfo Pérsico, a partir do V milênio
a. C., foi somente na Idade Média que ela cresceu de importância, após ter passado por
momentos bastante obscuros, nos primórdios do Cristianismo. Pode-se dizer que sumerianos e
babilônios criaram-na, os egípcios desenvolveram-na, os gregos deram-lhe roupagem científica
e os árabes, já no período medieval, salvaram-na do total desaparecimento. (...) Após a queda
do Império Romano do Ocidente, a astrologia desceu à condição de deturpada superstição,
tornando-se, o seu estado de decadência, um dos motivos para que a Igreja Ocidental fizesse
recrudescer os seus ataques às práticas astrológicas, apesar da existência de muitas
referências astrológicas no Novo Testamento, como, por exemplo, os magos, no Evangelho de
S. Lucas e diversas passagens do Apocalipse. A Igreja Oriental, porém, iria conservar alguns
conhecimentos da astrologia científica, enquanto que, na Ocidental, ela seria fulminada pelos
ataques de Santo Agostinho de Hipona (354-430). Ainda na Idade Média, todavia, os principais
fundamentos da moderna astrologia iriam ser lançados por dois importantes teólogos da
Igreja: S. Tomás de Aquino e Santo Alberto Magno. E foi nessa época de obscurantismo de
todas as ciências que surgiram os árabes conquistadores, motivados pela força de sua nova
religião: o Islã.(...) Donos de grande habilidade na Medicina, na Alquimia e na Astronomia, os
árabes desenvolveram extensos estudos astronômicos, que mostram uma acentuada
orientação astrológica.”
Sem dúvida, uma das questões que deram uma grande dor de cabeça aos estudiosos
pertencentes à Igreja durante o Período Medieval, era quanto à classificação da Astrologia:
uma arte divinatória, simplesmente, que deveria ser proibida, ou uma ciência que deveria
merecer toda a credibilidade? Por outro lado, a Astronomia, ao contrário da
Astrologia, não era vista com bons olhos pela Igreja, tanto que, uma das poucas obras
adotadas no período da Idade Média era um compêndio de Astronomia do sábio grego
Ptolomeu, onde constava sua teoria de que a Terra era o centro do Universo. Na época em que
esse sábio viveu, havia um adágio latino que dizia: “os astros influenciam, mas não
determinam.” Voltando à época medieval, Santo Alberto Magno resolveu de certa forma o
impasse, dando a entender que os astros não podiam influenciar a alma humana, mas
influenciavam com toda a certeza o corpo e a vontade dos homens. Por esse motivo, a Igreja
no período da Inquisição, não “encaminhou” nenhum astrólogo para as suas fogueiras, bem ao
contrário do que fez com os templários, os cátaros, os judeus e outros. Essa atitude da Santa
Igreja fez com que a astrologia vicejasse ganhando o “status” de ciência, e inclusive sendo
ensinada nas Universidades da época.
Quanto à Astronomia, a Igreja continuava com Ptolomeu, com sua tese de que a Terra ocupava
o centro do Universo, em torno da qual moviam-se os sete planetas, número referente aos
que eram conhecidos na Antiguidade e ainda na época em que Ptolomeu viveu. Em vista desse
quadro, não é difícil de entender o porquê dessa mesma Igreja, ter relutado bastante em
aceitar as descobertas que vinham se processando no âmbito da Astronomia, fundamentadas
em observações e cálculos, e que teve expoentes do calibre de Copérnico, de Kepler e de
Galileu.
Em nossos tempos atuais, depois de muita água correr por debaixo da ponte, aqueles que se
baseiam em paradigmas científicos, vem hostilizando bastante os assuntos que se referem à
Astrologia, invalidando qualquer pretensão de uma base também científica que seus
praticantes insistem em defender, taxando-a de mera superstição, de ser uma pseudociência
inventada pelos antigos e perpetuada até os nossos dias, por pessoas excêntricas ou
charlatães. O correto mesmo, no entender de muitos, é sustentar que a influência dos astros
sobre o Planeta Terra, é produto somente de uma série de leis naturais interagindo no âmbito
do Universo, o que não significa dizer que guardam relação com a mente humana.
Será que para falar das Colunas Zodiacais, teremos de obrigatoriamente falar de horóscopos?
O Irmão e escritor Joaquim Roberto Pinto Cortez na sua obra “ A Maçonaria e as Tradições
Bíblicas” assim se refere: “ Estas colunas devem ficar sempre nas paredes do Ocidente, sendo
seis de cada lado.” Uma informação, no mínimo curiosa, é a que foi detectada e relatada pelo
Irmão Denizart Silveira de Oliveira Filho, em uma das suas obras, que diz o seguinte: “(...) A
sequência das Colunas é de Áries a Peixes, da seguinte maneira: primeira, ao Norte, próxima à
parede ocidental – ou Noroeste –é a de Áries; e a última, ao Sul, também próxima à parede
ocidental – ou Sudoeste – é a de Peixes. Isso, porque a representação do signo de Câncer
deverá estar sempre ao Norte – correspondendo à coluna “B”, que marca a passagem do
trópico de Câncer – e a do signo de Capricórnio estará sempre ao Sul – correspondendo à
coluna “J”, que marca a passagem do trópico de Capricórnio. Esta exigência, todavia, não
autoriza o erro cometido em certos Templos, com a colocação de apenas dez colunas, o que
implica considerar as duas colunas vestibulares como as Zodiacais de Câncer e Capricórnio, o
que é incorreto.”
Uma opinião de peso e que posso reproduzir aqui é aquela proveniente de um artigo intitulado
“Colunas Zodiacais”, do Irmão Sergio Quirino Guimarães, onde na forma de chamamento à
leitura do mesmo, ele dispara: “Como você reagiria se eu dissesse que as Colunas Zodiacais
não são “coisas” da Maçonaria? (pausa para pensar) Nossa! Isso é que eu chamo de saber
atiçar a nossa curiosidade. E no transcorrer do mesmo ele mata a charada: “Mesmo após
escrever tudo isso eu ainda lhe digo: as Colunas Zodiacais não são “coisas” da Maçonaria!
Você já ouviu falar que nossos Templos foram construídos de acordo com o Templo de
Salomão? E no Livro da Lei há a descrição das doze colunas e todos esses símbolos?
Portanto as Colunas Zodiacais são elementos de alguns RITOS MAÇÔNICOS e por conta disso
não podemos generalizar dizendo que fazem parte da Maçonaria;”
Basicamente, podemos dizer que as colunas zodiacais presentes na decoração dos nossos
templos, e aqui cumpre enfatizar que estamos falando do Rito Escocês Antigo e Aceito, são
Jônicas e são em número de doze, o que remete às doze constelações representadas pelo
Zodíaco.
Estão distribuídas da seguinte forma: seis de cada lado, e geralmente estando engastadas nas
paredes do Templo. Também podem ser encontradas como meias colunas caneladas que são
colocadas ao longo das paredes. Sobre os capitéis estarão postas, ou pintadas, as
representações dos doze signos zodiacais, que recebem o nome de pentaclos, que são a
exposição dos signos estilizados, normalmente, com seus elementos e planetas respectivos.
Na Maçonaria Simbólica, o significado maior das colunas zodiacais tem ligação direta com o
percurso que o iniciado deverá cumprir durante a sua vida maçônica, desde o marco inicial, ou
seja, desde o seu ingresso como Aprendiz até o Grau de Mestre.
Aliás, a influência da Astrologia já se faz presente desde a Iniciação por ocasião das depurações
via quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo. Todos eles conhecidos como elementos da
natureza e formadores da Criação no estudo da Astrologia. Ainda, conforme o Irmão Pedro
Juk: “(...) essa alegoria (...) está diretamente ligada ao conjunto iniciático entre o Homem e a
Natureza. (...) Assim a alegoria das Colunas Zodiacais inicia as estações do ano no Hemisfério
Norte (a Maçonaria surgiu neste Hemisfério). Assim as três primeiras colunas compreendem a
Primavera e as outras três, o Verão, sendo que esse grupo de seis colunas se estende pela
parede Norte denominado em Maçonaria como o Topo da Coluna do Norte. Essas colunas tem
o sentido de leitura partindo do canto com a parede ocidental até a balaustrada do Oriente. Na
outra face, ou topo do sul existem mais seis colunas com sentido de leitura da balaustrada do
Oriente até o canto com a parede ocidental. No Sul as três primeiras representam o Outono e
as últimas três, o Inverno.
(...) Em síntese essas Colunas representam a senda iniciática do Rito em questão – a Primavera
e o Verão, o Aprendiz no Topo do Norte, enquanto que o Outono, o Companheiro e o Inverno,
o Mestre. Essa alegoria é representada ligando o Homem aos ciclos da Natureza – infância,
juventude, maturidade e morte. Essa renovação significa as etapas de aperfeiçoamento do
Obreiro – Aprendiz, Companheiro e Mestre – tal qual se apresenta a Lei natural de morrer para
renascer. É a morte simbólica do Iniciado na Câmara de Reflexão e o renascimento de uma
nova vida a partir da Primavera.
Além das ponderações anteriores do Irmão Pedro Juk, no que se refere ao Grau de Aprendiz,
ainda há mais informações importantes sobre as representações. Já sabemos que as Colunas
Zodiacais são representadas pelos Símbolos inerentes aos 12 signos constantes no Zodíaco.
Esses signos representam então toda a trajetória que é dada o Maçom percorrer a partir do
momento em que é iniciado até chegar ao Grau de Mestre. Os signos diretamente
relacionados com o Grau de Aprendiz são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem, como
já relacionados anteriormente.
Na sequência, veremos cada um desses signos relacionados com o Grau de Aprendiz e suas
respectivas representatividades:
GÊMEOS: Corresponde aos braços e às mãos. Simboliza o recebimento da Luz pelo neófito. O
Planeta é Mercúrio e o elemento é o ar.
LEÃO: Corresponde ao coração, que é o centro vital. É a crítica exercida pelo Iniciando, com o
auxílio da razão, para selecionar o conhecimento. O astro é o Sol, e o elemento é o fogo.
VIRGEM: Corresponde ao plexo solar, responsável pela distribuição das funções no organismo.
Simboliza a reunião dos materiais de construção pelo Aprendiz, para serem utilizadas no
desbaste da Pedra Bruta. O planeta é Mercúrio, e o elemento é a terra.
De maneira óbvia, os signos faltantes relacionam-se com outros Graus, e que seriam, sem que
entremos em maiores detalhes: Libra com o Grau de Companheiro e Escorpião, Sagitário,
Capricórnio, Aquário e Peixes com o Grau de Mestre.
As Colunas Zodiacais estão presentes em nossos templos, servindo de referência para a nossa
orientação simbólica no Universo, onde, por extensão o Universo é uma imensa oficina. A
nossa familiarização com elas, o nosso entendimento delas vai demandar certo tempo e talvez
a compreensão maior só venha partir do momento em que se tenha uma visão global do
contexto todo em que elas estão inseridas.
Como escreveu o Irmão Charles Evaldo Boller: “Na filosofia maçônica as Colunas Zodiacais são
apenas símbolos para estudo, destituídas da atribuição de aspectos da predição do
comportamento do homem.” Estudar o símbolo em sua profundidade, e entender que as
Colunas Zodiacais tem a função de demarcar o caminho do Maçom, o caminho que ele deverá
percorrer para atingir a perfeição.
------
Antigamente, o homem não dispunha de metodologia científica e para não se sentir distante
da compreensão dos mistérios do universo e da verdade absoluta, lançou-se a especulação,
trabalhando o incompreensível e o imponderável. Por meio do Misticismo, o homem começou
a se aproximar das respostas que queria no aspecto intelectual e espiritual.
O estudo das colunas zodiacais torna-se fascinante quando tentamos entender a sua
simbologia, expressada por meio de figuras e imagens provenientes de vários povos,
relacionando de maneira extraordinária o cosmos, o homem e a Maçonaria.
O registro mais antigo que se tem de astrologia está no livro de Jô, o mais antigo Canon
Hebreu, anterior ao de Moisés, que fala dos 12 signos e prova que os primeiros fundadores da
ciência zodiacal pertenciam a um povo primitivo, antediluviano. Os povos sumerianos e
babilônicos criaram a astrologia, os egípcios deram base científica e os árabes, no período
medieval, salvaram-na do total desaparecimento.
Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem, em vigília a
zelar pelos rebanhos, observava os corpos celestes no firmamento intrigando-se com os seus
regulares movimentos. Percebeu então que lenta e regularmente os astros mudavam de
posição em relação ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam com
absoluta regularidade ao mesmo ponto no firmamento.
Não pode deixar de observar que o nascimento helíaco de certos grupos de estrelas se repetia
em períodos coincidentes com determinados acontecimentos importantes de sua vida, como o
nascimento de crias nos rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de
culturas sazonais, e outros fatos de sua vida repetitiva de pastor-agricultor.
Sentiu então a necessidade de memorizar e registrar esses fatos astronômicos que começavam
a se tornar importantes para orientação de suas atividades. Quando um determinado grupo de
estrelas precedia o nascer do Sol era hora de plantar, ou era hora de transferir os rebanhos
para outras pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher, ou era tempo de cio
entre os animais e era preciso acasalá-los, ou vinha o tempo de nascimentos em sua família.
Foi uma consequência inevitável, que aos poucos ele tentasse melhor identificar esses tão
importantes grupos de estrelas com nomes próprios, que naturalmente se relacionavam com
suas atividades. Recorrer ao nascimento helíaco como ponto de referência foi um passo inicial
importante, foi a descoberta de um referencial, foi o início da marcação e medição do tempo.
Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes tirados da vida
quotidiana daqueles primeiros astrônomos. Esses nomes nada tinham a ver com a formação
característica dos conjuntos estelares. Eram simples nomes apenas, nada relacionados com
poderes mágicos e premonições.
O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se
estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e que com essa coincide. Eclíptica é o
caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu. Essa faixa
foi dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia. Os
planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno) também faziam parte do zodíaco,
pois suas órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido
em doze constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano.
A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso zodíaco tiveram
uma origem conforme descrito anteriormente está na sua relação com a vida pastoril.
Podemos classificar os signos do Zodíaco em grupos de três formando quatro categorias
distintas:
II) Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo).
III) Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário (defensor, arqueiro), Aquário
(aguadeiro ou carregador de água), Libra (pesador e sua balança).
IV) Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção
dos Deuses), Peixes (alimentação).
No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou não consegue
explicar, já desde remota antiguidade começaram os homens a cercar de mistério as
constelações do zodíaco, atribuindo-lhes poderes místicos e premonitórios e assim, creditando
aos astros seus sucessos e infortúnios.
Um dos ramos dessa cultura mística, mediante observação de reis e pessoas, procurou
determinar uma relação entre o dia do nascimento da pessoa e seu caráter. O processo
empírico com que foi desenvolvido o sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido
moral, ético, beleza, força, determinação, para conectá-lo à posição dos astros. Uma espécie
de engenharia reversa, que parte do resultado para lhe determinar fonte ou origem.
Assim originaram-se os diversos métodos astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência
dos astros no curso dos acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, em suas
características psicológicas e em seu destino, explicar o mundo e predizer o futuro de povos ou
indivíduos.
O mais famoso de todos, segundo especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isso se
influenciou o povo em ver nas previsões dos astrólogos a delineação de rumos para as suas
vidas, a semelhança que se dava aos fenômenos naturais influenciáveis pelas linhas de força da
gravitação universal.
As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito são doze. Servem
como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom em desenvolvimento.
Localizam-se todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético
do iniciado, que durante sua jornada transcende em sua religião com a divindade.
São seis em cada lado, normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem.
Constituem mais da metade de toda a decoração da Loja. Suas representações gráficas
apresentam misturas dos quatro elementos místicos estudados por Aristóteles da Grécia
antiga e sete astros.
Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em
horóscopo, ou em diagrama das posições relativas dos planetas e dos signos zodiacais num
momento específico, como o do nascimento de uma pessoa, ou com a intenção de inferir o
caráter e os traços de personalidade e prever os acontecimentos da vida de alguém, ou um
mapa astral, ou mapa astrológico.
Na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas símbolos para estudo, destituídas da
atribuição de aspectos da predição do comportamento do homem. É fácil deduzir que sua
existência no rito escocês antigo e aceito tem finalidade educacional, parte de uma
metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas.
As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica tendo, cada uma,
sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo é a representação de cada signo com o
planeta e o elemento que o caracteriza). As colunas são postadas longitudinalmente junto às
paredes, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. A sequência das colunas é de Áries a Peixes,
iniciando-se com Áries ao norte próxima à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Sul
também próxima à parte Ocidental.
Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são: Áries, Touro, Gêmeos,
Câncer, Leão e Virgem. O signo zodiacal relacionado com o Grau de Companheiro é Libra; e os
inerentes ao Grau de Mestre Maçom são os signos de Escorpião, Sagitário, Capricórnio,
Aquário e Peixes. Acompanhe cada um da sua representatividade:
Coluna nº 3: Gêmeos, localizada junto à coluna do Norte, corresponde aos braços e às mãos,
são os irmãos Simeão e Levi, como faculdade intelectual é a união da intuição com a razão.
Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Ar. Representa a terra já fecundada pelo
fogo, à vitalidade criadora, simboliza o recebimento da luz pelo candidato.
Coluna nº 5: Leão, localizada junto ao Oriente, corresponde ao coração, centro vital da vida
física; é Judá. Como faculdade intelectual, os anelos do coração, pois se pensava ser ele o
órgão do intelecto. Corresponde ao planeta Sol e ao elemento fogo, é para o Aprendiz a luz
que vem do Oriente, é o calor dos Irmãos dentro da Loja. É o emprego da razão a serviço da
crítica, é a seleção de conhecimento.
Coluna nº 6: Virgem, localizada junto ao Oriente; corresponde ao complexo solar que assimila
e distribui as funções no organismo. É Ascher. Como faculdade intelectual exprime a realização
das esperanças. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Terra. Representa, para o
Aprendiz, o aperfeiçoamento, quando já pode se dedicar ao desbastamento da Pedra Bruta.
Coluna nº 7: Libra, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Vênus e o ar se refere ao
grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas.
Coluna nº 8: Escorpião, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Marte e pela água. A
partir dessa coluna até a coluna de Peixes, todas se referem ao grau de Mestre Maçom. Essa
coluna representa as emoções e sentimentos poderosos, rancor e obstinação e a constante
batalha contra as imperfeições.
Coluna nº 9: Sagitário, localizada junto à coluna do Sul. Caracterizada por Júpiter e pelo fogo.
Representa a mente aberta e o julgamento crítico.
Coluna nº 10: Capricórnio, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo
elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança.
Coluna nº 11: Aquário, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento
Ar. Representa o sentimento humanitário e prestativo.
Coluna nº 12: Peixes, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Júpiter e pela Água.
Simboliza o desprendimento das coisas materiais.
A relação citada em relação às seis colunas do Aprendiz maçom pode ser simbolizada da
seguinte maneira:
O Iniciado julga por si próprio e com severidade, as ideias que puderem seduzi-lo;
Virgem – Terra – Mercúrio: Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais de
construção para desbastá-los e talhá-los, segundo o seu destino.
O homem passa a contemplar outra maravilha, outro universo, uma miniatura daquele cosmos
conhecido e representado pelas colunas zodiacais. Esse é o verdadeiro centro do universo da
ótica do iniciado. É quando ele desvela o seu mundo interior, a suprema verdade do triunfo
humano, a espiritualidade do maçom, ou aquilo que ele considera a representação dela. O
conjunto aponta o cosmos, de onde é réplica uma realidade física
e transcendental interna, o seu macrocosmo, o seu universo interior, onde ele encontra os
vestígios do Grande Arquiteto do Universo e torna-se homem completamente livre e útil ao
propósito Divino e realmente útil à humanidade.
-----
Representa a natureza pronta para fecundação, simboliza que o candidato, depois de ser
adequadamente preparado, foi admitido nas provas de iniciação. Corresponde ao planeta
Vênus e ao elemento Terra.
Coluna nº 3: Gêmeos, localizada junto à coluna do Norte, corresponde aos braços e às mãos,
são os irmãos Simeão e Levi, como faculdade intelectual é a união da intuição com a razão.
Corresponde ao planeta Lua, como era conhecido na antiguidade e somente mais tarde,
verificou-se tratar de um satélite da terra e ao elemento Água.
Coluna nº 5: Leão, localizada junto ao Oriente, corresponde ao coração, centro vital da vida
física; é Judá. Como faculdade intelectual, os anelos do coração, pois se pensava ser ele o
órgão do intelecto. Corresponde ao planeta Sol e ao elemento fogo, é para o Aprendiz a luz
que vem do Oriente, é o calor dos Irmãos dentro da Loja. É o emprego da razão a serviço da
crítica, é a seleção de conhecimento.
Coluna nº 6: Virgem, localizada junto ao Oriente; corresponde ao complexo solar que assimila
e distribui as funções no organismo. Como faculdade intelectual exprime a realização das
esperanças. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Terra. Representa, para o
Aprendiz, o aperfeiçoamento, quando já pode se dedicar ao desbastamento da Pedra Bruta.
Coluna nº 7: Libra, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Vênus e o ar se refere ao
grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas.
Coluna nº 8: Escorpião, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Marte e pela água.
A partir dessa coluna até a coluna de Peixes, todas se referem ao grau de Mestre Maçom. Essa
coluna representa as emoções e sentimentos poderosos, rancor e obstinação e a constante
batalha contra as imperfeições.
Coluna nº 9: Sagitário, localizada junto à coluna do Sul. Caracterizada por Júpiter e pelo fogo.
Coluna nº 10: Capricórnio, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo
elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança.
Coluna nº 11: Aquário, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento
Ar. Representa o sentimento humanitário e prestativo.
Coluna nº 12: Peixes, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Júpiter e pela Água.
A relação citada em relação às seis colunas do Aprendiz maçom pode ser simbolizada da
seguinte maneira:
Virgem – Terra – Mercúrio: Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais de
construção para desbastá-los e talhá-los, segundo o seu destino.
-----
Tenho tratado exaustivamente do simbolismo das Colunas Zodiacais, próprias do Rito Escocês
Antigo e Aceito. Em resumo as doze Colunas dispostas em grupos de seis em cada uma das
paredes Norte e Sul (topos) representam a senda iniciática do maçom.
Divididas em grupos de três elas representam a partir do canto norte no Ocidente a Primavera
(as três primeiras) e o Verão (as outras três). Já na parede Sul, partindo da grade do Oriente o
primeiro grupo de três representa o Outono, enquanto que o último grupo, o Inverno. Essa
alegoria reportada à Lei da Natureza sugere as etapas da vida do iniciado – infância,
adolescência (Aprendiz), juventude (Companheiro) e maturidade (Mestre).
Esses ciclos naturais se reportam ao ponto de vista do Hemisfério Norte do globo terrestre,
cujo alinhamento com as constelações em número de doze determina a faixa do zodíaco. O
primeiro ciclo que principia em março parte do equinócio de primavera, enquanto que o
segundo se inicia em junho no solstício de verão. Assim segue o terceiro ciclo que se inicia em
setembro no equinócio de outono e por fim o quarto ciclo que começa no solstício de inverno.
Essa é na verdade a alegoria do renascimento e morte da Natureza. Nesse ínterim a Maçonaria
francesa associa alegoricamente a interpretação da morte e o renascimento do Iniciado (Lenda
do Terceiro Grau).
Nesta alegoria maçônica o espaço de um ano sugere uma espécie de protótipo dos ciclos
naturais que emblematicamente se liga às fases da vida humana assim como àquelas inerentes
à Iniciação.
Quanto aos triângulos estes estão dispostos com associação às constelações (signos) e os ciclos
naturais terrenos.
Os cultos solares são à base das principais religiões terrenas. Assim ainda existe o misticismo
dessa ligação com os quatro Elementos Alquímicos da Antiguidade – Terra, Ar, Água e Fogo.
As provas da Iniciação no Rito Escocês possuem elo com os Elementos. A prova da Terra
(Câmara de Reflexão), a prova do Ar (Primeira Viagem), prova da Água (Segunda Viagem) e a
prova do Fogo (Terceira Viagem).
1 – Constelação de Áries (Primavera), Fogo (ápice para cima). Nesse sentido se trata do fogo
que constrói no interior, cujo estímulo se traduz no crescimento e no desenvolvimento.
Afastado pelas trevas do inverno, este revive na primavera provocando o reavivamento da
Natureza (ressurreição). O Equinócio e a passagem do Sol para o hemisfério norte. Os dias são
iguais às noites na sua duração. Simboliza o ardor iniciático em direção à Iniciação.
2 – Constelação de Touro (Primavera), Terra (ápice para baixo). Implica na matéria receptiva da
luz solar, cujo efeito é a fecundação. Os dias começam prevalecer mais que as noites. Esse
conceito se coaduna com preparação interior. Simboliza que o recipiendário, posteriormente a
uma criteriosa preparação será admitido nas provas.
3 – Constelação de Gêmeos (Primavera), Ar (ápice para cima). A Terra já fecundada pelo fogo
se apresenta com vitalidade construtiva no elemento etéreo. Sublime e puro acentua a
sublimação da Natureza. As noites se encurtam ainda mais e os dias aumentam em sua
intensidade. Simboliza o Neófito que recebe a Luz.
4 – Constelação de Câncer (Verão), Água (ápice para baixo). A Natureza atinge a plenitude.
Estação em que a força e a robustez da vegetação são resplandecentes, porém não há ainda
propriedade para a colheita, pois os frutos estão por enquanto verdes. Solstício de Verão
(João, o Batista) - os dias são longos em sua duração. Implica que o iniciado busca a judiciosa
instrução e assimila os ensinamentos iniciáticos adquiridos.
5 - Constelação de Leão (Verão), Fogo (ápice para cima). A ação tórrida do fogo exterior
intervém para ressecar e matar a constituição aquosa. Os frutos começam a amadurecer. Os
dias são ainda longos prevalecendo à intensidade da Luz. Simboliza o Iniciado que começa
adquirir a capacidade do julgamento das ações e ideias que porventura puderem seduzi-lo.
6 – Constelação de Virgem (Verão), Terra (ápice para baixo). A substância fecundada como
esposa fertilizada pelo Fogo. A colheita está madura no momento em que o calor é agora
menos tórrido. Os dias começam a encurtar para se aproximar do equilíbrio. É final de verão e
aproxima-se a próxima estação. Simboliza o Iniciado que agora reúne os materiais e
ferramentas. Do desbaste e preparação, aproxima-se o momento da elevação da Obra. Fica
aqui a observação sobre Câncer. Este símbolo está situado no Norte e também corresponde a
Coluna Solsticial “B” que marca a passagem do Trópico de Câncer como limite astronômico
boreal da revolução anual do Sol. Daí Câncer estará sempre no Norte.
Colunas Zodiacais localizadas na parede Sul (sentido de leitura - da grade do Oriente para o
extremo do Ocidente):
1 – Constelação de Libra, ou Balança (Outono), Ar (ápice para cima). É o equilíbrio das forças
naturais construtoras e destrutivas. O fruto no ponto máximo da colheita e do sabor.
Equinócio de Outono e os dias e noites são iguais em sua duração. O Sol se prepara para passar
para o outro hemisfério. Simboliza agora o Companheiro e a juventude no estado máximo da
atividade. A obra começa a ser elevada. A juventude, a ação e o trabalho são as pragmáticas do
Grau. O trabalho começa ao Meio-Dia (puberdade).
2 – Constelação de Escorpião (Outono), Água (ápice para baixo). O aproveitamento do fruto e a
preparação da semente que se apronta para morrer. Significa a base da construção vital e a
combinação do elemento primário. O Sol se precipita para o outro hemisfério e as noites
começam a prevalecer sobre os dias na sua duração. Simboliza um grau de maior de
experiência, porém o Mestre é ferido de morte. O iniciado mata o iniciador.
3 – Constelação de Sagitário (Outono), Fogo (ápice para cima). A Natureza moribunda pela
existência de pouca Luz assume um aspecto desolador e destaca o espírito do cadáver do
Mestre. É o fim do outono que inexoravelmente encontrará a estação das trevas. Simboliza
que o Companheiro se despede da juventude para ingressar na maturidade - “Eis que chegarão
os dias em que tu dirás: essa idade não me agrada”.
4 – Constelação de Capricórnio (Inverno), Terra (ápice para baixo). A Natureza está morta.
Nada mais vive. Os frondosos ramos verdes agora exibem os galhos desnudos. A substância
terrena, embora inerte e passiva, permanece no aguardo de uma renovação e fecundação. A
Terra fica viúva do Sol que atingiu o seu ápice no deslocamento para o outro hemisfério (há a
prevalência das trevas – dias curtos e noites longas). É o solstício de inverno obedecendo a Lei
Natural de morrer para renascer (João, o Evangelista). A semente que morreu, no futuro
certamente produzirá bons frutos. Simboliza a idade madura e o Mestre. O túmulo é
descoberto na certeza de que a semente (Sabedoria) um dia reviverá da escuridão – Natalis
Invicti Solis.
6 – Constelação de Peixes (Inverno), Água (ápice para baixo). O inverno chega ao seu fim. A
neve se derrete impregnando o solo de fluídos imprescindíveis para a renovação e
revitalização da Natureza. Os dias aumentam na sua duração anunciando a nova estação que
virá com a passagem de retorno do Sol pelo equador. A época da ressurreição se avizinha.
Enfim a Natureza reviverá pelos bens (frutos e sementes) produzidos pelas estações. Simboliza
que o Mestre é levantado e revivido. Assim se despede o “caos”, pois a ressurreição traz
consigo a Palavra Perdida. Fica aqui outra observação, agora sobre Capricórnio. Este símbolo
está situado no Sul e também corresponde a Coluna Solsticial “J” que marca a passagem do
Trópico de Capricórnio como limite astronômico austral na revolução anual do Sol. Daí
Capricórnio estará sempre no Sul.
Bibliografia consultada:
Ariosto C Silveira
Janeiro 2019