(Pop) para Atendimento Na Pediatria
(Pop) para Atendimento Na Pediatria
(Pop) para Atendimento Na Pediatria
Departamento de Nutrição
Juiz de Fora
2021
PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO
1. OBJETIVO
Garantir o bom estado nutricional de crianças e adolescentes durante o período de internação hospitalar.
2. UNIDADES ENVOLVIDAS
Unidade de Pediatria; Serviço de Alimentação e Nutrição.
3. ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Atualizar o mapa de dietas de acordo com o censo diário dos pacientes internados;
2. Conferir a lista de pacientes em jejum para exames e/ou centro cirúrgico;
3. Verificar no prontuário, o diagnóstico médico, bem como comorbidades de cada paciente e a dieta
prescrita;
4. Repassar as alterações do mapa de dietas para a copeira do plantão;
5. Calcular as necessidades nutricionais do paciente conforme as recomendações para cada
patologia;
6. Checar os resultados de exames laboratoriais relacionados à avaliação do estado nutricional;
7. Atualizar o Mapa de Dietas no Sistema de Administração Hospitalar, conforme as mudanças
diárias.
4. TRIAGEM NUTRICIONAL
4.1 Risco Nutricional
Ingestão alimentar insuficiente por ≥ 5 dias;
Perda ponderal recente;
Necessidades nutricionais aumentadas;
Jejum prolongado;
Condição clínica atual + utilização de medicamentos que compromentam a nutrição adequada.
Observação: Independente do resultado da triagem nutricional, todos os pacientes devem ser assistidos
pela equipe de nutrição.
5. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
5.1 Avaliação Antropométrica
5.1.1 Recém-nascidos
nascidos (RN) e Lactentes
5.1.2 Recém-nascidos
nascidos (RN) a um ano
Para crianças recém nascidas e crianças de até um ano utilizar peso (P), estatura (E), perímetro cefálico
(PC) e perímetro torácico (PT).
Quadro 5: Percentis da CB (cm) segundo idade e gênero para crianças menores de dois anos.
5.1.4 Pré-Escolares
Pré-escolares
escolares são crianças de dois a cinco anos de idade. Nesta faixa etária devem
devem-se utilizar as
medidas de peso (P) e estatura (E) em sua avaliação nutricional (SBP, 2009). Adicionalmente utilizar os
índices antropométricos peso/idade (P/I); estat
estatura/idade
ura/idade (E/I); e peso para estatura (P/E) (Accioly;
Padilha, 2007).
Se o paciente encontra-se
se impossibilitado de se locomover, deve
deve-se
se realizar a estimativa da estatura de
pré-escolares
escolares a adolescentes pela altura do joelho (AJ) medida a 90º e em centímetros (cm), levando-se
em consideração sua idade (I) em anos (Accioly; Padilha, 2007).
Estimativa da altura de crianças: a fórmula para estimativa da altura de crianças por meio da
altura do joelho (AJ) (Stevenson, 1995).
ALTURA (cm): (2,69 x AJ) + 24,2
Quadro 6: Percentis da CB (cm) segundo idade e gênero para crianças de dois a menores de seis anos.
Quadro 7: Percentis da PCT (cm) de lactentes e pré
pré-escolares
escolares do sexo masculino.
Quadro 9: Percentis das CMB (cm) para crianças de um a menores de seis anos, segundo idade e
gênero.
5.1.5 Escolares
A classificação escolar compreende as crianças entre seis (06) e dez (10) anos de idade
idade. Nesta faixa
etária devem-se utilizar ass medidas de peso (P), estatura (E), circunferência do braço (CB), prega
cutânea triciptal (PCT) e circunferência muscular do braço (CMB) em sua avaliação nutricional (SBP,
2009). Adicionalmente utilizar os índices antropométricos peso para idade (P/I) por estatura para idade
(E/I) por peso para estatura (P/E); e índice de massa corporal para idade (IMC/I).
Quadro 10: Valores de referência para a avaliação do estado nutricional de crianças menores de 10 anos
de idade, de acordo com o escore
re Z, considerando
considerando-se os índices E/I e P/I.
Quadro 11: Valores de referência para avaliação do estado nutricional segundo IMC para idade de
crianças de 5 a 10 anos.
5.1.6 Adolescentes
A adolescência corresponde cronologicamente ao período que vai dos 10 aos 19 anos completos (OMS,
1985). Nesta faixa etária devem-se
se utilizar as medidas de peso (P), estatura (E), circunferência do braço
(CB), dobra cutânea tricipital (DCT) e circunferência muscular do braço (CMB) em sua avaliação
nutricional (SBP, 2009). Adicionalmente, utilizar os índices antropométricos de estatura para idade (E/I) e
índice
e de massa corporal para idade (IMC/I).
5.2.1 Recém-nascido
nascido (RN) e Lactentes
Se em aleitamento
leitamento materno exclusivo, é importante questionar:
Quantidade ao dia e tempo das mamadas;
Se há o esvaziamento completo e revezamento das mamas;
Quantidade de fraldas utilizadas ao dia;
Características das evacuações e da diurese (quantidade e coloração).
5.2.2 Pré-escolar,
escolar, escolar e adolescentes
Pimeira avaliação
Anamnese nutricional
Recordatório habitual: abrangendo a alimentação habitual, o tipo e o horário das refeições di
diárias
e avaliar alterações no padrão alimentar nos dias anteriores à internação e o motivo dessa
modificação. Questionar sobre alergias e/ou intolerâncias, preferências e aversões alimentares.
Contar sempre com a colaboração da mãe ou responsável para resp
responder
onder os questionamentos.
Tópicos importantes:
Perguntar horário que acorda e dorme;
Anotar horário das refeições, alimentos ingeridos, consistência d
daa dieta, modo de preparo e a
quantidade consumida;
Ingestão de água;
Consumo de líquidos nas refeições, adição de sal e açúcar nas preparações;
Utensílios utilizados (Ex: faz uso de mamadeira ou copo);
Hábito de beliscar e consumo de guloseimas (SB
(SBP, 2009).
6. NECESSIDADES NUTRICIONAIS
6.1 Crianças e Adolescentes
6.1.1 Energia
Quadro 14: Estimativa de necessidade
dade calórica em pacientes pediátricos (cálculo direto).
6.1.2 Macronutrientes
Quadro 15: Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes em pediatria.
6.1.3 Proteínas
Quadro 16: Estimativa de necessidade proteica em pediatria.
6.1.4 Carboidratos
40-50%
50% do valor energético total (VET) da dieta.
Neonatos em Nutrição Parenteral Total (NPT): iniciar com aproximadamente 6
6-8 mg/kg/minuto de
glicose, com tolerância máxima de até 10
10-14 mg/kg/minuto
/kg/minuto para minimizar a hiperglicemia.
6.1.5 Lipídeos
De 2 a 6 anos: evoluir gradativamente para uma dieta com até 30% de lipídios do VET, sendo
ofertado no máximo 10% de gordura saturada.
Ácidos graxos ômega-6
6 (linoléico) = 5 – 10% do VET da dieta.
Ácidos graxos ômega-3
3 (linolênico) = 0,6 – 1,2% do VET da
a dieta, sendo que até 10% desse valor
pode ser consumido como ácido eicosapentaenóico (EPA) ou ácido docosahexaenóico (DHA).
Quadro 19: Recomendações das necessidades calóricas por via parenteral para RNPT.
7. TERAPIA NUTRICIONAL
É semelhante aquele utilizado em pacientes adultos. Pode ser administrada de forma intermitente ou
contínua, com ou sem pausa
usa noturna. A forma de administração vai depender da tolerância do paciente,
do ambiente de administração (domicílio versus hospitalar) e da doença de base.
Accioly E; Padilha PC. Semiologia nutricional em pediatria. In: Duarte ACG. Avaliação Nutricional:
aspectos clínicos e laboratoriais. Cap. 13, p. 113 – 136. 607 p. 2007.
Vitolo MR. Práticas alimentares na infância. In: Vitolo MR. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Cap.
23, p.215 – 242. 628 p. 2008.
Aprovação: Data:__/__/____
ANEXO I
STRONG KIDS (Screening Tool for Risk of Impaired Nutritional Status and Growth) TRIAGEM DE RISCO
NUTRICIONAL (em 24h) – crianças > 1 mês.