Projeto de Vida 2º Ano
Projeto de Vida 2º Ano
Projeto de Vida 2º Ano
DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
MAPA DE
ATIVIDADES
SUMÁRIO
16
1º CICLO
57
3º CICLO
39
2º CICLO
76
4º CICLO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
3
INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a),
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o
centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico,
a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda
tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento
pleno dos estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade.
Nesse cenário se localiza o Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo
o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante,
competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e
trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças,
que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21.
Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos
Socioemocionais com os(as) estudantes do 2º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará
estratégias e orientações que apoiarão o seu planejamento para o trabalho com componentes
curriculares voltados à reflexão e elaboração de projetos de vida pelos(as) estudantes. As
Boa leitura!
4 Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes
seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção
aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple
seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
projetos de futuro.
Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha
profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de
cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída
nelas a dimensão do(a) jovem como estudante.
Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus interesses
e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer-se é uma
busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a se valorizar,
a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de crescer em
situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida.
•• Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o bem
comum;
•• Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo
as necessidades e o os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no
compartilhamento e na abertura para o convívio;
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
•• Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o
bem comum;
A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o
olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida
pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a um
posicionamento do estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo, identificar
habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo caminho ao
planejamento de metas e estratégias.
desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas
ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a)
escolheu como prioritárias para si mesmo(a).
Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de
concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda
do Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o material
para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados.
A AGENDA DO ESTUDANTE
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em
experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa.
MACROCOMPETÊNCIAS
•• Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente,
focada, pontual e persistente;
•• Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se
socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e
energia;
•• Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro,
sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la;
•• Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por sentimentos
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Determinação Curiosidade
Tolerância
Organização para aprender
8 Iniciativa Social Empatia ao estresse
Foco Imaginação
Assertividade Respeito Autoconfiança
criativa
Persistência Entusiasmo Confiança Tolerância
Interesse
à frustração
Responsabilidade artístico
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL
DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA
O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de
reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
os(as) estudantes;
•• O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo
no processo;
•• Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece, e deve ser ensinado a partir
do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula;
•• Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o
desempenho do time;
•• Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A
partir dessa avaliação, os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a
apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade;
Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das
competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades
para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o
desenvolvimento de competências.
11
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
competências objetivos de
socioemocionais. aprendizagem.
Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes
e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta
para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas.
Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta
uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um
texto. Os(as) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos.
Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas.
A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência,
apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as)
estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência,
1. Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017.
De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar
o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes
experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão
trabalhando mais intensamente em cada atividade.
Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode
personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola
ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividades efetivas: o foco. Escolha uma ou duas
competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso
não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão.
Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao
longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo.
As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo e, ao serem combinadas com as
abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, potencializam
12 o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as) estudantes na
construção coletiva do conhecimento.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
A AVALIAÇÃO FORMATIVA
Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais
e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo
apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a)
professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das
quais os(as) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das
autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota
quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse
percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus
posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por
ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos.
•• Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências do que
se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto o(a) professor(a)
quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de aprendizagem. É
•• Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as)
(objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para
que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem.
Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da
avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período
em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às)
estudantes de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material
disponível no curso a distância.
O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula,
muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com
14 estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências
socioemocionais e a avaliação por rubricas.
A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de
aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras
atividades que executará com seus(suas) alunos(as).
As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o
conjunto de atividades contém:
As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível 15
para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua
disponibilidade.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento
do instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas em
um tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. Após
o preenchimento, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto a seguir, e a
Atividade 3 – Tirando projetos do papel, pois ela é estruturante para a definição dos objetivos do
Projeto de Vida.
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MAPA DE ATIVIDADES
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA!
•• 01 AULA
ATIVIDADE 2
NÃO POSSO MAIS VIVER SEM MIM
•• 03 AULAS
Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar alguns dos
planos e projetos que ambicionam tirar do papel.
•• 2 AULAS
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 4
APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS(AS)
•• 2 AULAS
ATIVIDADE 5
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO
Acompanhamento – 1ª Rodada.
*Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica
•• 2 AULAS
COMPETÊNCIAS
Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade,
INTENCIONALMENTE
entusiasmo e respeito.
DESENVOLVIDAS
18
DURAÇÃO PREVISTA 1 aula
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em
roda de conversa.
•• Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos
para os encontros e a existência da lista de presença);
2ª ETAPA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais.
Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com as suas palavras e
falar sobre as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais
valioso para os(as) estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as)
mesmos(as), trabalhando seu autoconhecimento, e possam estabelecer os seus objetivos de
desenvolvimento. Esse processo é todo apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as)
verão que o autodesenvolvimento anda junto com o processo deles(as) de planejar o futuro
e preparar-se para trilhar o caminho, de acordo com suas expectativas.
3ª ETAPA
Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença
e a colaboração de todos(as) serão fundamentais para que as aulas sejam proveitosas.
Informe o assunto da próxima aula e combine com os(as) estudantes para trazerem o
material necessário para a confecção da Agenda:
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Nessa atividade, por exemplo, a canção “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor,
será apresentada. Como equipamentos eletrônicos às vezes falham, não deixe
Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “Eu me amo” (Anexo 1.1.,
ao final deste material).
DESENVOLVIMENTO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
1ª ETAPA
Não se esqueça de motivar os(as) estudantes a utilizá-lo e converse com base nos
registros que os(as) estudantes fazem nele nos momentos das devolutivas.
2ª ETAPA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e
convide os(as) estudantes para a próxima atividade.
3ª ETAPA
Distribua cópias do Anexo 1.1. aos(às) estudantes e promova uma leitura coletiva. Após a
leitura, providencie para que a turma ouça a música “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor.
Promova um diálogo sobre a música e sobre como os(as) alunos(as) se veem.
Em seguida, peça para que os(as) alunos(as) façam o quiz da Autoconfiança, respondendo a
perguntas relacionadas ao respeito e à confiança que têm em relação à própria maneira de
ser e pensar, às atitudes e aos conhecimentos.
É preciso lembrar que essa etapa da atividade propõe um processo livre de criação
do refrão de uma possível música. Não se trata de um trabalho estruturado de
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
fazer artístico, que considera os aspectos formais da criação de uma obra musical.
É um exercício de improvisação, em que os(as) alunos(as) dão forma musical ao
repertório que têm sobre o tema trabalhado.
24
5ª ETAPA
Após a turma compartilhar seus refrões, encerre a aula, estimulando que escrevam
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
25
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Vídeos, reportagens, textos literários, jogos – todos esses são elementos que
podem enriquecer as discussões e atividades na sala de aula. Mas é fundamental
notar que, em cada contexto, eles exercerão funções diferentes. Algumas vezes,
serão a própria base da discussão (como nesta atividade); outras, poderão servir de
exemplo, ilustrando a temática abordada na atividade; outras vezes, ainda, podem
ter um uso metafórico, trazendo uma dimensão lúdica para a atividade, sem, no
entanto, responder de maneira direta e exata às demandas da atividade.
Por isso, sempre que vídeos, textos, músicas ou quaisquer outros produtos culturais
forem apresentados em sala de aula, é importante fazer um breve debate com os(as)
alunos(as), destacando qual é a relação do que foi apresentado com a atividade do dia.
1ª ETAPA
2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Oriente para que a turma se prepare, pois, após um momento de reflexão individual,
os(as) alunos(as) farão uma atividade compartilhada. Assim, peça para que a turma se
organize em trio para construír a primeira versão escrita de seu Projeto de Vida. Estimule
que se concentrem, trabalhando silenciosamente, pois a tarefa deverá ser realizada
individualmente antes de trocarem os planejamentos entre si. Combine um período
de tempo confortável, para que se dediquem a essa tarefa. Enquanto os(as) estudantes
escrevem seus Projetos de Vida, percorra a sala e atentamente observe-os(as) trabalhando.
Ao finalizar, os trios devem compartilhar suas anotações entre si.
26
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
• Suas principais qualidades que vão ajudar a realizar seu projeto de vida são...
• Seus principais desafios que precisa superar para realizar meu projeto de vida
são...
• Seus objetivos como estudante são... O que precisa fazer para alcançá-los?
• Seus objetivos profissionais são... O que precisa fazer para alcançá-los?
• Seus objetivos como pessoa são... O que precisa fazer para conquistá-los?
• Quais são as pessoas que podem auxiliar você a conquistar seu projeto de vida?
Promova a discussão sobre o vídeo. Peça que os(as) alunos(as) comentem o vídeo a partir
das seguintes perguntas:
•• Como a colaboração pode ajudar quando se deseja atuar fora do mercado tradicional do
trabalho?
4ª ETAPA
Para finalizar a atividade, peça para que a turma retome aos Projetos de Vida descritos
e reflita se, ao assistir e debater sobre o vídeo, algum(a) deles(as) vislumbre uma nova
possibilidade de tirar seus projetos do papel. Reforce o quanto é importante ter abertura e
buscar sempre novos conhecimentos para o aprimoramento do Projeto de Vida. 27
Encerre solicitando que façam anotações das novas ideias em suas agendas e coloquem
destaque nelas, para que possam avaliar se elas mudam durante o percurso.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Adiante também que, na próxima atividade, os(as) alunos(as) exercitarão a cocriação – um
trabalho em equipe, com várias cabeças respondendo a uma mesma provocação e buscando
encontrar a melhor saída para um desafio comum.
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Receba os(as) estudantes na roda de conversa. Dialogue com a turma sobre os objetivos
da aula, ou seja, um debate sobre as vantagens e os desafios de estudarem juntos. Uma
sugestão para começar a conversa com os(as) estudantes é perguntando como cada um(a)
gosta de estudar e de que jeito eles(as) mais aprendem. Questione se possuem o hábito de
estudar sozinhos(as) ou se também costumam estudar com os(as) colegas.
2ª ETAPA
Proceda com a divisão dos(as) jovens em duplas ou trios para que possam estudar. A divisão
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
será por disciplina. Para isso, liste todas elas em uma folha de papel ou no quadro e pergunte
quem gostaria de estudar o quê. Eles(as) podem escolher uma disciplina em que estão muito
bem (e, portanto, gostariam de ajudar os(as) colegas que estão demonstrando dificuldades) ou
as que precisam ter os estudos intensificados (recebendo o apoio dos(as) colegas para isso).
É essencial que haja ao menos uma dupla, um trio e um quarteto, para que seja
possível verificar a existência de diferenças, vantagens e desvantagens entre esses
três agrupamentos. Por esse arranjo, pode acontecer de algum(a) estudante ficar
sozinho(a) – nesse caso, seu relato será importante para contrastar com o dos(as)
jovens que experimentaram o estudo colaborativo. Não é necessário haver jovens
estudando todas as disciplinas. Se todos(as) os(as) seus(suas) orientandos(as)
decidirem estudar matemática, tudo bem, desde que estejam organizados(as) em
duplas, trios e quartetos. Durante o tempo em que eles(as) estiverem estudando,
circule para acompanhar se estão conseguindo se organizar adequadamente
(definindo os temas de estudo, trocando conhecimentos, acessando fontes de
estudo, solucionando problemas que surgirem). Apoie-os(as), também, na gestão
do tempo dedicado ao estudo, que é de 50 minutos.
Depois desse exercício de estudo conjunto, proceda com a significação da experiência, para que
os(as) alunos(as) consigam perceber as possibilidades dessa estratégia de estudo e a adotem em
outros momentos no cotidiano escolar. Sinta-se à vontade para acrescentar outras perguntas
à lista de questões proposta no texto-roteiro da atividade. Aproveite o momento para dialogar
com a turma sobre quais competências foram acionadas durante a atividade. Convide os(as)
estudantes para registrar essas informações em suas Agendas. Sugira que busquem outras
oportunidades de estudarem juntos(as) com outras pessoas, como uma estratégia para o
desenvolvimento intencional das competências que consideram mais desafiadoras.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
30
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ORGANIZAÇÃO DA
Roda de conversa e trabalho individual.
TURMA
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL
1ª etapa
Receba a turma em roda de conversa e verifique se possuem alguma dúvida sobre a proposta
de trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos Socioemocionais.
Acolha e responda as dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que a autoavaliação tem como
propósito o autoconhecimento para a potencialização das aprendizagens na escola e na vida.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
32 2ª etapa
Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse o link para a avaliação), e peça para que os(as)
estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as), antes de responder a cada pergunta.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as) estudantes
comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o instrumento.
O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou,
A DEVOLUTIVA COLETIVA
1ª etapa
Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de 33
desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as)
estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas.
Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois
isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes!
2ª ETAPA
Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique
atento(a) para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da
devolutiva coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês.
Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as)
jovens definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É
importante que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências,
além das escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus
projetos de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça
que cada um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo
do período e registre os combinados realizados na conversa desta aula.
Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda de modo
que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as atividades da
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu próprio processo
de desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de Projeto de Vida.
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
SOBRE DEVOLUTIVAS:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
EU ME AMO!
Na década de 1980, quando você ainda nem era nascido(a), as bandas de rock nacional viraram
uma febre no país. Grupos como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, Capital Inicial e
muitas outras fizeram centenas de shows, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, e gravaram
LPs que batiam recorde de vendas (para quem não sabe, naquela época não existia CD nem MP3!
Uma das bandas que estouraram naquele tempo chama-se Ultraje a Rigor (acesse <http://www.
ultraje.com/> se quiser conhecer mais sobre a banda). Antes da fama, seus componentes tocavam
cover de rock dos anos 1960, Beatles, punk e new wave. Algum tempo depois, a Ultraje gravou
uma música que virou sucesso: “Eu me amo”, composição do vocalista e guitarrista Roger. Você
já ouviu ou conhece a letra dessa canção? Se tiver um computador ou smartphone conectado à
internet, ouça a música (disponível em: bit.ly/eumeamo. Acesso em: fev. 2017) e confira a letra:
35
Eu Me Amo
Ultraje a Rigor
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Há quanto tempo eu vinha me
procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei
Refrão
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim
Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim
Refrão
Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar,
mas
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
QUIZ DA AUTOCONFIANÇA!
36
Agora que você ouviu a música ou leu a letra, forme dupla com um(a) colega para que enfrentem
o quiz da Autoconfiança! Vai funcionar assim:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
2 O(A) outro(a) deve controlar o tempo, que é estipulado em 30 segundos, para perguntas
de múltipla escolha, e 1 minuto para perguntas abertas.
Pensando no trecho da música “Eu me amo”, “Já não sabia mais o que fazer / pra eu
gostar de mim, me aceitar assim”, responda:
3 Você se respeita? Dê exemplo de uma situação real em que respeitou o próprio jeito de ser
ou foi coerente com sua forma de pensar.
Agora, pense no trecho da música: “Daqui pra frente nova vida eu terei / sempre a meu
4 O que você acha que se acontecesse na sua vida daria a você mais confiança para caminhar
e buscar realizar sonhos?
37
ANEXO 1.2.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
A gente estuda para aprender, aprofundar um conhecimento, fixar informações na memória,
descobrir coisas novas. Estudar junto com outras pessoas pode ser uma experiência
marcante. Primeiro, porque fica mais motivante. É sempre bom saber que não estamos
sozinhos(as), que temos com quem contar! Segundo, porque o que um(a) já sabe é o que
o(a) outro(a) está querendo saber. Essa troca é essencial para quem está aprendendo e para
quem já aprendeu – vocês sabiam que uma das melhores maneiras de fixar conhecimento é
ensinar alguém? Então, o desafio dessa atividade está lançado: estudar junto e entender o
que se aprende com isso.
Vocês vão se dividir em quartetos, trios ou duplas. Atenção: é importante que haja pelo
menos um quarteto, um trio e uma dupla, pois, ao final da atividade, vocês vão comparar essas
maneiras de agrupamento para estudar.
As duplas, os trios e os quartetos vão ser organizados por componente curricular. O(A)
professor(a) vai colocar no quadro ou em uma folha de papel os nomes de todos(as) os(as)
Lembrem-se: na hora de escolher, cada um(a) decide se prefere estudar algo que está
com dificuldade (e, por isso, precisa da ajuda dos(as) colegas para aprender mais) ou um
conhecimento que já está entendendo bastante (e, então, está disposto(a) a dar uma força para
os(as) demais).
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Ah, uma informação importante: vocês terão 50 minutos para experimentar essa maneira de
estudar! Então, não percam tempo!
Algumas dicas...
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 6
JULGAMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS
•• 06 AULAS
ATIVIDADE 7
IDENTIDADE NA REDE!
Debate regrado sobre os impactos das redes sociais nas identidades e seus usos na
escola.
•• 02 AULAS
•• 02 AULAS
ATIVIDADE 9
MAIS RESPEITO!
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
•• 02 AULAS
A seguir, apresentaremos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a organização do
itinerário proposto para o Projeto de Vida com o objetivo promover o fortalecimento das questões que
abarcam a investigação do contexto, em um processo de ampliação de referências e conhecimentos,
para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e os projetos para o futuro,
40 ampliando e consolidando a perspectiva de criação de seu Projeto de Vida.
Mais uma vez, indicamos que é importante adequar às atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas, posto que, a depender do ritmo e da participação da turma, algumas
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ORGANIZAÇÃO DA
O trabalho é feito com a turma organizada em times.
TURMA
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Nesta atividade, os(as) estudantes são convocados(as) para tomar um partido (de
defesa ou acusação das tecnologias) que não necessariamente é o deles(as). Além
disso, em debates como este, é comum que se tenha um posicionamento em que
confluem pontos positivos e negativos. Além da habilidade de argumentação, com
esse tipo de experiência, pretende-se que os(as) jovens percebam competências
importantes, tais como foco, resiliência, tolerância ao estresse, persistência, empatia,
confiança etc. A proposta é que os(as) estudantes sejam estimulados(as) a construir
formulações bem fundamentadas, ainda que alinhadas a uma posição da qual,
eventualmente, eles(as) discordem.
Receba a turma e apresente a proposta da aula, ou seja, os(as) estudantes estão convidados(as) a
elabor um pensamento crítico e questionador sobre as tecnologias mais presentes em seu dia a
dia, como os celulares e smartphones e as redes sociais.
2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Inicie apresentando o percurso que será trilhado pela turma neste e no próximo encontro.
Detalhe as etapas do julgamento que será realizado e de seus objetivos. Exiba o curta-metragem
Thursday (Quinta-feira), de Matthias Hoegg. Disponível em: <https://goo.gl/oUZSZH>. Acesso
em: 21 mar. 2019.
Trata-se de uma animação ambientada em um futuro não muito distante, em que todas as
atividades são automatizadas e mediadas por máquinas e computadores, contrapondo-se a
modos orgânicos de vida na natureza (representados por alguns pássaros no vídeo). Após a
exibição de Thursday, peça para que os(as) alunos(as) apresentem suas percepções. Abaixo,
42 algumas questões para mediar o diálogo com a turma:
•• Qual o ponto de vista da animação sobre um mundo dominado pelas novas tecnologias?
Vocês compartilham desse ponto de vista?
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
•• Como imaginam que será a relação das pessoas com as tecnologias em um futuro próximo?
3ª ETAPA
Para começar, organize a turma, por meio de sorteio, em: juízes (dois[duas] alunos[as]),
acusação (metade dos[as] alunos[as]), defesa (outra metade dos[as] alunos[as]). Em seguida,
cada um desses grupos deve se reunir separadamente. Esse será o momento em que defesa e
acusação poderão elaborar com detalhes seus argumentos para o julgamento, que avaliará se as
tecnologias são culpadas ou inocentes.
Incentive que os grupos anotem seus argumentos, com detalhes, em seus cadernos e
agendas, pois o julgamento ocorrerá no próximo encontro, e será importante que tenham
em mãos as acusações e as defesas planejadas.
Mobilize os(as) estudantes para que registrem as discussões do dia em suas agendas, para
que possam utilizá-las no próximo encontro. Ao final, reforce a importância da presença de
todos(as) no próximo encontro, para o sucesso da atividade.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Em seguida, peça que a turma se organize espacialmente na sala: acusação para a direita,
defesa para a esquerda e juízes(as) ao centro. Os(As) juízes(as) serão responsáveis por abrir o
debate de cada temática, por controlar o tempo de argumentação dos grupos e por organizar
o debate. Para cada tema, serão 5 minutos para a acusação apresentar seus argumentos,5
para a defesa fazer a mesma coisa e outros 5 de debate, em que os grupos poderão rebater as
ideias expostas pelo lado oposto. A divisão segue o apresentado neste quadro:
Após as argumentações das três temáticas, é a vez de os(as) juízes(as) tomarem a decisão, que
deve levar em conta os melhores argumentos.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Por 15 minutos, os(as) juízes(as) se reunirão para determinar quem ganhou o caso do Julgamento das
Tecnologias, se elas são culpadas ou inocentes. Nesse momento, o(a) professor(a) deve acompanhar
os(a)s juízes(as), instruindo-os(as) a formular um breve parecer, que pode seguir o seguinte modelo:
44 5ª ETAPA
Acrescente outras questões que você considere pertinentes para o debate sobre o júri simulado.
Convide os(as) estudantes para fazer perguntas uns(umas) aos(às) outros(as). E não se esqueça
lembrá-los(las) de registrar as principias questões do diálogo após a atividade nas Agendas.
•• Como a equipe que não obteve um parecer favorável se comportou? Qual a relação desse
comportamento com a tolerância à frustração?
Possibilitar que os(as) jovens reflitam sobre a maneira como suas identidades
OBJETIVO são impactadas pelos modos como atuam e interagem nas redes sociais.
Propor ideias para a utilização das redes sociais para o aprendizado escolar.
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
DESENVOLVIMENTO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
1ª ETAPA
A proposta desta atividade é realizar um debate regrado sobre o tema “Identidade on-line” e a
sugestão de aquecimento é a leitura do texto a seguir ou projete-o com o apoio de um projetor
(ou o que estiver disponível na sua escola). Provoque os(as) estudantes a descobrir qual é a
dependência do jovem F.V.
“O período de preparação foi bem fácil e legal. Foi aquele momento em que a gente
46 acha que vai ser muito bom e fácil. Mas quando começou fiquei desnorteado. Admito:
me tornei muito dependente da internet, não consigo mais ficar um dia sem. Eu não
consegui dessa vez, mas vou ver se tento de novo qualquer dia.”
F.V., 17 anos
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Provavelmente, alguém dirá, logo de cara, que é a internet. Conte que o depoimento faz
parte da experiência a qual um grupo de jovens estudantes cariocas se submeteu: ficar sete
dias sem internet. Mobilize a turma a pensar no que significa ficar sete dias desconectada
e se os(as) alunos(as) conseguiriam, do que mais sentiriam falta etc. Exiba os vídeos com o
registro das expectativas dos(as) participantes antes da experiência. Disponíveis em: <bit.ly/
oqueaconteceria> e <bit.ly/antes7dias>. Acesso em: 22 mar. 1019.
2ª ETAPA
Qual é a relação que seus(suas) estudantes possuem com a internet, particularmente com o
Facebook? Fomente a discussão entre a turma.
Durante a exibição, convide a turma para anotar os conceitos e fatos que acharem mais
significativos.
3ª ETAPA
Antes de iniciar o debate sobre o tema, sugerimos a exibição de outro vídeo, que agora
tratará do uso das redes sociais na escola. Peça que os(as) estudantes continuem tomando
nota do que consideram mais significativo, para que o debate ganhe força. Exiba, na íntegra,
o videodocumentário: Uma escola entre redes sociais (22’28’’). Disponível em: <bit.ly/
escolaeredes> Acesso em: 22 mar. 2019.
47
Após assistirem aos vídeos, oriente a turma que se organize em trios para discutir suas opiniões.
As perguntas disparadoras a seguir podem auxiliar no debate:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
•• As redes sociais trazem para o âmbito público o que costumava ser particular. Qual é o
limite entre a exposição e a intimidade?
•• Como a escola poderia usar as redes sociais a favor da educação? Deem exemplos do que
poderia ser feito.
4ª ETAPA
Para iniciar o debate regrado, convide a turma para se organizar em roda de conversa e explique
as regras de funcionamento:
•• Todos poderão falar e apresentar seus pontos de vista. Para isso, devem pedir a palavra,
levantando a mão. O(A) professor(a) ficará atento(a), para garantir que as inscrições
sejam cumpridas.
•• O objetivo não é chegar a um consenso, esse não é um exercício para aferir quem tem
razão, quem está certo(a) ou está errado(a), e sim buscar construir juntos(as) um grande
caleidoscópio de pontos de vistas sobre o tema. Para isso, é imprescindível ouvir com
•• Durante a mediação do debate, cuide para que diferentes jovens possam participar, evitando
que o debate seja localizado entre as mesmas pessoas.
•• Durante o debate, eles(as) podem citar trechos dos vídeos a que assistiram ou dar exemplos
que vivenciaram para dar sustentação aos argumentos.
5ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
O debate deve finalizar com uma rápida avaliação pelos(as) alunos(as) da dinâmica da atividade,
bem como das questões que eles(as) avaliam que seguirão refletindo e conversando em outros
tempos e lugares.
Estimule a turma a refletir sobre quais competências socioemocionais lançaram mão para a
realização da atividade. Em que outros momentos, de sua aula ou de outros(as) professores(as),
a turma tem utilizado essas competências? Eles(as) percebem algum desenvolvimento desde as
atividades realizadas no primeiro ciclo? O que mudou?
Durante as discussões, é importante que você também apresente seu ponto de vista quanto ao
48 desenvolvimento da turma. Convide a turma para registrar os debates do dia em suas Agendas.
Observe as ideias que a turma trouxe para o uso das redes sociais na educação.
Algumas delas, talvez, você consiga colocar em prática, como, por exemplo, a criação de
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
um grupo fechado no Facebook com todos os(as) estudantes da turma. Esse grupo ou
“sala de aula virtual” pode ter usos como: organizar tarefas e fazer lembretes; apoio de
registro pelos(as) jovens das questões de suas aulas; fórum de discussão permanente;
divulgação de filmes, eventos e outros temas de interesse cultural e educativo etc. Avalie
sua disponibilidade para fazer a gestão desse grupo e, se possível, convide colegas e a
própria turma para auxiliar você nesse processo.
A IMPORTÂNCIA DE COMPARTILHAR
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Quando uma atividade é demandada aos(às) estudantes, ela envolve uma série de
expectativas e orientações que contribuem para formular um passo a passo para sua
execução.
As regras funcionam como guias de um percurso, mas não resultam nos mesmos
produtos, que costumam ser bem diversos. Por isso é tão importante compartilhá-
los com os(as) orientandos(as), evidenciando para os(as) alunos(as) diferenças e
semelhanças entre seus trabalhos e a pluralidade de produções que uma mesma
proposta pode gerar.
1ª ETAPA
O percurso escolar da maioria dos(as) estudantes apresenta altos e baixos, seja em relação ao
aprendizado e ao desempenho nas disciplinas, à adequação às regras e às normas que conformam
seu papel de aluno(a), seja à convivência com colegas, professores(as) ou funcionários(as) da
escola. A mesma coisa se aplica à trajetória das pessoas na vida pessoal e profissional.
Os(As) jovens precisam aprender a lidar com os obstáculos de modo confiante. O que se propõe a
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
eles(as) é um olhar retrospectivo sobre o próprio percurso escolar, buscando identificar alguma
situação desafiadora que tenham enfrentado com sucesso e o resultado positivo que alcançaram.
Não se trata de pensar no que deu errado, mas no que deu certo. Para compartilhar a experiência
com os(as) colegas, a sugestão é que cada aluno(a) crie uma narrativa visual, como uma história
em quadrinhos.
2ª ETAPA
Em seguida, peça que os(as) alunos(as) apresentem alguns exemplos de resiliência que eles(as)
50 conheçam, orientando-os(as) a pensar em personagens de desenhos, filmes e novelas, que são
ótimos para ilustrar o conceito (essa orientação é importante quando se trata de discutir resiliência,
pois exemplos de cunho pessoal e familiar podem vir à tona e não seriam apropriados para a
atividade. Ainda assim, quando essas questões aparecerem, não se esqueça de acolher o depoimento
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Exiba depois o vídeo No time for nuts (Sem tempo para nozes). Disponível no link: https://www.
youtube.com/watch?v=bhKJPzGcHhk.
3ª ETAPA
4ª ETAPA
51
5ª ETAPA
É importante que os(as) estudantes compartilhem suas produções. Nesta etapa, cada aluno(a)
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
pode pregar sua história na parede com fita-crepe. Depois, a turma poderá circular pela sala por
alguns minutos, lendo todas as histórias produzidas pelos(as) colegas, e depois se organizar em
uma roda para o fechamento da atividade com um debate.
Finalize a aula mobilizando a turma para refletir e registrar em suas Agendas sobre as
competências necessárias para o enfrentamento de questões desafiadoras. Auxilie os(as)
estudantes a ter visibilidade sobre como as atividades de Projeto de Vida podem contribuir para
que lancem mão de competências socioemocionais. Quais competências precisaram acionar para
desenvolver essa atividade? Quais dessas competências os(as) estudantes consideram ter mais
desenvolvidas? Quais são as evidências para as respostas dadas? Quais apresentam mais desafios?
COMPETÊNCIAS
Respeito, iniciativa social, imaginação criativa, competências da
INTENCIONALMENTE
autogestão.
DESENVOLVIDAS
52
PARA SUA
PRESENÇA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PEDAGÓGICA
Esta atividade é composta por uma série de etapas que estão conectadas e que, em boa
medida, são interdependentes. Tudo começa com um exercício de análise de imagens,
seguido por uma conversa e pela produção de uma minipublicação, sendo que a
temática que perpassa tudo isso é a do respeito e da cidadania. São etapas simples, mas
todas devem ser cumpridas para que o objetivo final seja alcançado. Afinal de contas,
o que está em jogo aqui é a produção de um material oriundo de uma rica e complexa
discussão coletiva. Por isso, para que nenhuma etapa seja prejudicada, é importante ter
foco e determinação no trabalho e cumprir os tempos estipulados. Assim, a atividade
pode ser completada sem desfalques da proposta inicial.
Para essa aula, será preciso providenciar cópias do texto Direitos humanos (Anexo 2.1.,
ao final deste material).
1ª ETAPA
Organize os(as) alunos(as) em trios, distribua cópias do Anexo 2.1. e convide-os(as) a realizar as
ações do dia de forma autônoma.
2ª ETAPA
Para finalizar, reúna os(as) estudantes em uma roda de conversas e peça que eles(as) apontem
o que aprenderam na atividade de hoje, quais foram os principais desafios para a construção da
minipublicação e como eles(as) fizeram para superá-los. Faça também uma breve avaliação dos(as)
jovens, apontando as competências que eles(as) mobilizaram para a realização da atividade.
53
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
DIREITOS HUMANOS
Nosso tema de hoje é o respeito aos direitos humanos. Não vamos explicar o tema a vocês,
alunos(as). Trouxemos apenas algumas imagens para que debatam (estas estão nas próximas
páginas). Para isso, a turma deverá dividir-se em trios. A tarefa de cada trio é indicar, abaixo das
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
imagens, que situações de desrespeito aos direitos estão sendo criticadas. Também pedimos que
vocês produzam, no quadro ao lado de cada imagem, uma outra (pode ser desenho, colagem,
história em quadrinhos ou charge) ou um breve texto que faça uma crítica relacionada à mesma
questão.
Depois, é hora de compartilhar a reflexão e os resultados com os outros trios. Para isso, todos
se reunirão numa roda. Um(a) representante de cada trio vai mostrar o que o grupo produziu e
contar como foi a discussão.
54
Esse compartilhamento vai durar 15 minutos.
Em seguida, vocês vão se organizar da forma que julgarem mais adequada para produzir uma
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
pequena revista artesanal, de oito páginas (contando com a capa), sobre o tema: Mais respeito!
Cada página deverá ter o tamanho de meia folha A4. Sugerimos, também, o seguinte conteúdo
por página:
•• Capa;
•• Páginas 2 e 3: texto de dois parágrafos que responda à pergunta “Direitos humanos: E eu
com isso?”;
•• Páginas 4 e 5: imagens sobre o tema. Selecionar entre as que vocês produziram na primeira
parte do encontro de hoje;
•• Páginas 6 e 7: enquete (entre os(as) alunos(as) da turma). Um(a) aluno(a) vai recolher uma
frase de cada colega que responda à pergunta: “Para você, o que é respeito?”;
•• Página 8: nome das pessoas que realizaram essa minipublicação, indicando quem fez o quê.
Vocês terão 35 minutos para criar a revista artesanal. Em seguida, para finalizar, reúnam-se
novamente em roda e discutam o que aprenderam com as atividades desse encontro.
De repente, encanro
algo ESTRANHO ao
MEU ambiente.
55
mais mais
amor. empatia.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Por favor.
Por favor.
Por favor.
mais
respeito
mais
tolerância.
Por favor.
Daí acorrentei o
político que deveria
cuidar da Segurança
Pública, da Então me
Urbanização e da acorrentei.
Educação.
E pensar que
votamos nele...
56
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 10
SEMANA DA GENTILEZA
•• 03 AULA
ATIVIDADE 11
O QUE É TRABALHO?
•• 02 AULAS
Dinâmica com as máximas da Lei de Murphy para (as)os jovens pensarem nas
atitudes necessárias ao enfrentamento das adversidades, sem desistir de suas
metas.
•• 03 AULAS
No presente documento, apresentamos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a
organização do seu plano de aula para o próximo ciclo.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
58
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
acontecem ou poderiam acontecer com qualquer um(a) deles(as), nos diversos espaços
em que frequentam. Não se trata apenas de tornar a atividade mais atrativa para os(as)
alunos(as), mas também de tornar claras as interseções entre o que se aprende e se
vive no interior do ambiente escolar e fora dele.
1ª ETAPA
Receba os(as) jovens e peça que se organizem em roda de conversa para que conheçam a
proposta e os objetivos da atividade. Exiba o vídeo Bumerangue da gentileza (tradução livre),
da ONG internacional Life Vest Inside, voltada à difusão da gentileza nas relações humanas. O
vídeo está disponível em: bit.ly/bumeranguegentileza. Acesso em: jun. 2018.
Discuta as impressões da turma sobre o vídeo. Acolha as contribuições. Será importante que
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
2ª ETAPA
Convide a turma para pensar na proposta de uma Semana da Gentileza na escola. Para isso, peça
que se organizem em dois grandes times para a planejamento da ação. Apresente aos times o blog
Pense Coletivo, da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e peça que cada
time escolha três postagens que considerem interessantes para discutir com o restante da turma.
60 Para acessar o blog, os(as) estudantes precisarão de acesso à internet, seja em computadores da
escola, seja em seus aparelhos telefônicos. Caso esta não seja uma realidade para sua turma,
você pode imprimir algumas postagens e fazer prints de telas do blog para apresentá-lo à turma.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Distribua cópias do Anexo 3.1. para os times e, após a leitura das postagens, convide-os(as) a
buscar ideias no conteúdo lido para o preenchimento do quadro do anexo.
Não deixe de expor aos(às) jovens, no início da atividade, o objetivo do encontro: eles(as)
deverão idealizar ações para uma Semana da Gentileza na escola. Deixe claro que,
nesse momento, a atividade prevê apenas a imaginação dessa ação, mas que, se os(as)
alunos(as) desejarem, poderão realizá-la.
3ª ETAPA
4 ª ETAPA
61
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
OBJETIVO sobre o tema. Ao final, os(as) estudantes são incentivados(as) a expor suas
próprias noções sobre o trabalho.
COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, foco, organização, iniciativa social e
INTENCIONALMENTE
assertividade.
DESENVOLVIDAS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Sabe-se que, para boa parte dos(as) estudantes do Brasil, os sonhos e ideais do
trabalho são confrontados com demandas e necessidades correntes de contribuição no
orçamento familiar. Por isso, é importante que a discussão sobre o trabalho e o sentido
do trabalho possa também abarcar essas ansiedades. Nos materiais utilizados para essa
atividade, pouco se toca nessa questão, mas é provável que ela apareça nos momentos
de debate e conversa propostos. Nesses casos, exercer sua presença pedagógica com
cuidado e delicadeza é fundamental. Por um lado, é importante que essa questão não
seja colocada de escanteio, de modo que os(as) jovens possam elaborar um pensamento
crítico a respeito dela. Por outro, deve-se manter certo distanciamento, caso os relatos
e as opiniões trazidos à tona levem para a roda de conversa, por exemplo, problemas
familiares que não podem ser resolvidos dentro de sala de aula. Busque outros espaços
e tipos de apoio dentro e fora da escola para esses casos.
DESENVOLVIMENTO
APRESENTAÇÃO
No início do encontro, peça que os(as) jovens se organizem em roda. Distribua cópias do Anexo
3.2. para a turma. Explique a dinâmica da atividade: deve haver um revezamento na leitura do 63
roteiro, que contém o passo a passo do encontro.
Há um tempo sugerido para cada uma dessas etapas, e é importante que todas elas aconteçam.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Deixe isso claro para os(as) jovens e apresente brevemente as quatro etapas, de modo que
eles(as) mesmos(as) possam gerenciar o tempo de cada uma delas.
Faça a discussão sobre o sentido do trabalho. A partir dessa etapa, oriente a turma a se
dividir em trios.
Conversa sobre o que é o trabalho para eles(as) e como relacionam essa temática a seus
Projetos de Vida.
Ao fim do encontro, parabenize a turma pela qualidade da discussão e busque fazer uma
breve amarração sobre as principais ideias. Peça aos(às) estudantes que falem sobre seus
Projetos de Vida em relação ao mundo do trabalho. Lembre-se de mobilizar a turma para o
registro das discussões em suas Agendas.
64
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
COMPETÊNCIAS
Imaginação criativa, foco, organização, persistência, autoconfiança,
INTENCIONALMENTE
iniciativa social e entusiasmo.
DESENVOLVIDAS
65
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Nessa atividade, vence o grupo que mais pontos conseguir acumular a partir da criação
de regras da Lei de Murphy. Está colocada aí uma competição, mas ela é proposta mais
como uma estratégia para estimular a produção e a reflexão dos(as) alunos(as) do que
propriamente como uma disputa. O importante de todo o processo é trazer ainda mais
insumo para a discussão da temática. Por isso, em momentos como esse, é importante
cuidar para que a competição não deixe de ser amigável e tranquila.
Para esta aula, providencie cópias do Anexo 3.3., disponível ao final deste ciclo.
1ª ETAPA
2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
Distribua cópias do Anexo 3.3. e indique que os(as) estudantes devem se revezar na tarefa de
ler e colar no quadro as cartelas com a definição da Lei de Murphy, que trazem algumas de suas
máximas mais conhecidas.
3ª ETAPA
Após a leitura coletiva, solicite que os(as) alunos(as) se reúnam em dois pequenos grupos para
66 realizar um jogo.
1 Cada grupo tira em sorteio duas cartelas, cada uma indicando um determinado contexto,
e elabora regras da Lei de Murphy para cada circusntância. Os times terão 20 minutos.
Cada regra vale um ponto. Regras repetidas e muito semelhantes serão consideradas uma
única regra. As cartelas com as regras criadas devem ser coladas no quadro.
4ª ETAPA
Para finalizar a atividade, oriente a turma a se organizar em roda para um debate a partir
do seguinte questionamento (ou de outro que você considerar mais pertinente para o
momento): O que esta brincadeira com a Lei de Murphy nos indica como reflexão sobre a
construção do Projeto de Vida?
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, para melhorar isso:
Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, para melhorar isso:
Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, para melhorar isso:
O QUE É O TRABALHO?
Hoje, para iniciar as discussões do bimestre, a proposta é conversar sobre o trabalho numa
perspectiva ampla, para descobrir o que o trabalho significa para nós e que papel ele ocupa no
Projeto de Vida de cada um. Afinal de contas, trabalhar é bom ou ruim? É uma obrigação, uma
necessidade, um direito ou um prazer? Ou será que ele pode ser tudo isso ao mesmo tempo? O
portal Dicionário Etimológico apresenta a origem da palavra trabalho da seguinte maneira:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
podiam pagar os impostos. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram
as pessoas destituídas de posses. A partir daí, essa ideia de trabalhar como
ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si,
mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos
trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal
sentido foi de uso comum na Antiguidade e, com esse significado, atravessou
quase toda a Idade Média. Só no século XIV começou a ter o sentido genérico
que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades
(talentos, habilidades) humanas para alcançar um determinado fim". Com
a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural
(especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra “trabalho”
tem hoje uma série de diferentes significados. (Disponível em: www.
dicionarioetimologico.com.br/trabalho. Acesso em: nov. 2014. Adaptado.)
Ou, nesse ponto da nossa reflexão, deveríamos mudar a pergunta para: qual o sentido do
trabalho para nós?
Essas dúvidas vão nos guiar pelas próximas etapas desta atividade!
TEMPOS MODERNOS
Em uma das cenas do filme, que veremos logo mais, O Vagabundo está em seu posto, na linha de
montagem de uma fábrica, apertando parafusos. Ao seu lado, outros colegas executam funções
semelhantes. O dono da fábrica, que assiste a tudo isso sentado em sua confortável cadeira, pede
que as máquinas sejam aceleradas, de modo que a velocidade da produção também cresça... Até
o momento em que O Vagabundo, já enlouquecido, não consegue mais acompanhar esse ritmo
frenético e é “engolido” pelas máquinas.
Agora, assistiremos à cena acima descrita. Antes, porém, leia as perguntas a seguir e pense
sobre elas durante o filme (se for conveniente, anote suas observações na Agenda). Elas guiarão
a conversa que teremos em seguida, com a mediação do(a) professor(a).
•• Qual noção de trabalho está presente nessa cena de Tempos modernos? Em outras palavras,
se você tivesse que argumentar sobre o que é o trabalho do ponto de vista do filme, o que
você diria?
•• Se você estivesse na mesma posição que O Vagabundo, consegue imaginar qual seria o
sentido do trabalho para você?
Agora, é a vez de vocês, ainda reunidos em trios, exporem o entendimento que têm acerca
do trabalho. Aqui, as respostas de vocês devem abarcar tanto as discussões levadas a cabo
hoje quanto as experiências e os exemplos que vocês veem entre seus(suas) parentes(as) e
conhecidos(as), na mídia e em outros espaços de interação.
As perguntas a seguir guiarão a discussão de vocês, que será mediada pelo(a) professor(a).
Mas elas são apenas pra início de conversa: caso alguém queira sugerir outra pergunta
ou levantar um ponto específico, pode ficar à vontade. Não se esqueçam de registrar os
ANEXO 3.3.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
CARTELA1 – DEFINIÇÃO DA LEI DE MURPHY
Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de
modo que cause o maior dano possível.
Se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão – ou a que causar mais prejuízo.
Se você perceber que uma coisa pode dar errado de quatro maneiras e conseguir driblá-las, uma
quinta surgirá do nada.
72
Se a experiência funcionou na primeira tentativa, tem algo errado.
A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do
carpete.
Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.
Se você tem alguma coisa há muito tempo, pode jogar fora. Se você jogar fora alguma coisa que tem
há muito tempo, vai precisar dela logo, logo.
Oitenta por cento do exame final que você prestará serão baseados na única aula que você perdeu,
baseada no único livro que você não leu.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
74
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
76
MAPA DE ATIVIDADES
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 13
PALAVRAS-CHAVE PARA
O DESENVOLVIMENTO PESSOAL
•• 03 AULAS
ATIVIDADE 14
EU VOU CONSEGUIR! EU VOU CONSEGUIR!
•• 02 AULAS
•• 2 AULAS
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 16
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS: PROJETO
DE VIDA EM IMAGENS
•• 4 AULAS
Concluindo o quarto ciclo de Projeto de Vida, esse conjunto de atividades visam apoiar
a construção de seu plano de aula para o desenvolvimento intencional de competências
socioemocionais.
Mais uma vez, indicamos que é importante adequar as atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas em sua escola, posto que, a depender do ritmo e da participação
da turma, algumas podem levar mais ou menos tempo que o previsto.
COMPETÊNCIAS
INTENCIONALMENTE Determinação, confiança, tolerância ao estresse.
DESENVOLVIDAS
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Escrever palavras no quadro; fazer um apanhado geral do que os(as) colegas falam;
anotar os passos da aula: em alguns momentos ações como essas se fazem necessárias,
pois são importantes para registrar e organizar o andamento das atividades. Nesses
casos, sempre sugira um revezamento entre os(as) alunos(as),
para que, em cada momento, um(a) possa se responsabilizar pela tarefa. Desse modo,
o produto final será resultante de um esforço coletivo! Em outras atividades, por outro
lado, pode haver demandas mais especializadas, como a de desenhar figuras no quadro.
Nesses casos, aqueles(as) estudantes que se sentirem mais à vontade para levar a cabo
tal tarefa podem se voluntariar, sem que seja necessário que o revezamento abarque
todos(as) os(as) alunos(as).
1ª ETAPA
Reúna os(as) alunos(as) em uma roda e peça para lerem, individualmente, a matéria “O segredo
do sucesso”, apresentada no anexo 4.1., ao final deste ciclo. Oriente-os a identificar quais
seriam, segundo a argumentação da autora do texto, os ingredientes da “equação do sucesso”.
2ª ETAPA
SUCESSO 79
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
Ser bem-sucedido(a), nesse sentido, significa se sentir realizado(a) após investir esforços
para a efetivação de seu Projeto de Vida.
Outro aspecto importante que pode ser suscitado pelos(as) jovens e precisa ser
discutido nesse momento é sobre as condições e oportunidades para se alcançar
objetivos. Muitas pessoas, embora tenham se esforçado para a realização de seus
objetivos, não obtiveram condições (que podem ser de cunho social, econômico,
educacional, de saúde etc.) para que seus esforços se traduzissem em realizações.
Cada estudante deverá identificar uma pessoa que admira e considera bem-sucedida.
Não vale escolher alguém famoso(a), tem de ser um(a) integrante da família ou do círculo de
convivência do(a) jovem. Escolhida a pessoa, o(a) estudante deve registrar em sua Agenda
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
80
SUCESSO
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
3ª ETAPA
Selecione com a turma as 10 palavras-chave mais recorrentes. Com elas, os(as) alunos(as),
coletivamente, comporão o Glossário das Palavras-chave para o Desenvolvimento Pessoal.
Explique aos(às) jovens que o glossário é um instrumento similar ao dicionário, ele lista
termos e seus respectivos significados, contidos em um determinado texto ou obra ou
empregados em determinado contexto.
Para a atividade, o significado de cada palavra será discutido por todos(as), e os(as)
alunos(as) deverão anotar a lista em suas Agendas, de modo que os termos sirvam
de referência para o desenvolvimento pessoal de cada um(a). Estimule os(as) jovens a
Finalize o encontro apresentando sua perspectiva sobre o trabalho realizado pelos(as) jovens e
apontando os pontos mais relevantes percebidos por você durante o processo de construção do
glossário. Não se esqueça de incluir nessa conversa a sua perspectiva sobre quais competências
socioemocionais eles(as) mobilizaram e por que elas foram relevantes. Crie um espaço para que
possam dialogar sobre quais competências precisam desenvolver para serem pessoas bem-
sucedidas na escola e na vida. O que eles(as) estão fazendo hoje para que essas competências
81
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
COMPETÊNCIAS
Foco, determinação, persistência, autoconfiança, iniciativa social e
INTENCIONALMENTE
entusiasmo.
DESENVOLVIDAS
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
A linguagem está na base das relações sociais e é só a partir dela que conseguimos nos
expressar e comunicar. Mas não é apenas a linguagem verbal, manifesta em palavras
escritas e faladas, que cumpre essa função. Imagens, gráficos e sons também são
linguagens, e quanto mais dominamos essas linguagens, mais potencializamos nossa
capacidade de comunicação.
Cada uma com sua peculiaridade, as linguagens servem a objetivos diferentes. Nesta
atividade, por exemplo, é trabalhada a expressão por meio de gráficos (uma linguagem
predominantemente visual) e de narrativas (focada na dimensão verbal). Enquanto a
primeira é rica por seu poder de síntese e por convocar o olhar do(a) leitor(a), a segunda
permite um detalhamento maior do que é descrito, além de carregar as marcas pessoais
de quem conta uma história. Para esta aula, será necessário providenciar cópias do texto
“Os segredos do pensamento positivo” disponível no Anexo 4.2., ao final deste ciclo.
1ª ETAPA
Inicie a atividade pedindo que a turma se divida em trios para realizar a leitura do artigo “Os
segredos do pensamento positivo” (da neurocientista Suzana Herculano-Houzel), presente
no anexo 4.1. O texto aborda o otimismo por um prisma científico e ressalta que, além do
pensamento positivo, devemos agir sobre o mundo para que nossos sonhos se concretizem.
• Vocês se valem de algum tipo de crença, promessa ou otimismo para alcançar seus
sonhos e desejos?
• Acreditam que essas crenças são suficientes para realizar seus objetivos ou concordam
que também é preciso agir no mundo?
2ª ETAPA 83
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
acontecimento positivo como ponto central, relacionado ao seu percurso escolar ou a outras
dimensões de sua vida cotidiana. A partir dele, devem ser identificados os passos necessários
para alcançá-lo e seus possíveis desdobramentos na vida profissional e cotidiana. Nessa etapa,
o trabalho é individual, mas os trios podem ser mantidos, para que os(as) jovens se ajudem
mutuamente, esclareçam suas dúvidas e sugiram novas ideias para seus(suas) colegas.
Esta atividade pretende destacar a relação causal e de encadeamento das nossas ações e a
importância do otimismo e da determinação para o sucesso. Instrua os(as) jovens quanto ao
preenchimento. Para isso, estimule-os(as) com questões como:
Use sua criatividade, o importante é criar um espaço amistoso e propício para que você
e seus(suas) estudantes reflitam sobre as ações realizadas.
3ª ETAPA
Após o preenchimento, convide a turma para compartilhar seus gráficos. Nesse momento,
sugira que os(as) alunos(as) não apenas citem o conteúdo do gráfico, mas que contem a
história que está por trás de cada uma de suas etapas. Se na etapa de formulação do gráfico
84 a proposta era que os(as) estudantes condensassem longos processos em um modelo
sucinto, a narrativa da apresentação pede que eles(as) contem tal processo com um pouco
mais de detalhes. Se achar pertinente, peça aos(às) seus(suas) estudantes que também
tragam para a exposição competências que eles(as) creem que podem ajudá-los(las) nas
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
etapas dos gráficos. O objetivo dessa associação é apenas uma reflexão sobre como as
competências podem dialogar com os planos de futuro dos(as) estudantes.
4º ETAPA
Finalize o encontro reforçando com os(as) jovens como o gráfico elaborado por eles(as)
demonstra a potência do otimismo e a importância da ação na realização dos sonhos.
DESENVOLVIMENTO
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
1ª ETAPA
Receba a turma e apresente o propósito da aula de hoje: construir uma linha do tempo
que registre o desenvolvimento de competências socioemocionais de cada um(a).
A proposta é que a turma use a criatividade. Vocês podem criar a linha do tempo
individual ou coletivamente. O importante é que cada estudante reflita sobre seus
processos de aprendizagem.
2ª ETAPA
Peça para a turma revisitar suas Agendas (o caderno ou material no qual registram
suas reflexões sobre si, sobre sua relação com o mundo e sobre suas expectativas para
o futuro). Apresente algumas questões disparadoras para essa leitura de memórias. A
3
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
3ª ETAPA
86 Distribua o material para a confecção da linha do tempo. Use o material disponível em sua
escola: cartolina, barbante, tinta, linha, material reciclado etc. Para apoiar na construção
da linha do tempo, apresente algumas orientações para orientar o trabalho:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Aproveite esta oportunidade e crie com sua turma outras referências necessárias para a
construção da linha do tempo.
Apresente também os registros que você fez durante a experiência como professor(a) de
Projeto de Vida, como se planejou para dar as aulas e qual a importância desse trabalho em
Se possível, converse com a equipe gestora de sua escola sobre a possibilidade de uma
exposição com as produções dos(as) alunos(as).
87
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
COMPETÊNCIAS
Imaginação criativa, interesse artístico, responsabilidade, organização,
INTENCIONALMENTE
autoconfiança, iniciativa social e entusiasmo.
DESENVOLVIDAS
PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
1ª ETAPA
Inicie a aula em roda de conversa e apresente o objetivo da atividade das próximas aulas: os(as)
estudantes serão convidados(as) a preparar uma apresentação por meio de imagens ou recursos
audiovisuais para a comunidade escolar.
Defina com a turma o que será feito. Lembre-se de que a proposta não é criar um grande evento, mas
de compartilhar aprendizados com a comunidade escolar, utilizando os recursos que a escola dispõe.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Os(As) alunos(as) poderão apresentar uma exposição de fotos, a partir da qual narram suas
experiências nas aulas de Projeto de Vida. Podem fazer um vídeo, uma peça de teatro, uma
apresentação musical, um programa da rádio da escola etc. Explore ao máximo a criatividade
e colaboração da turma. O importante é que todos(as) estejam envolvidos(as) e que os
aprendizados das competências sejam apresentados.
Uma dica importante: Mobilize a turma para registrar todas as etapas da atividade com
fotos. Elas serão parte importante da memória desta atividade e podem ser uma ferramenta
interessante na 4ª etapa, quando farão a avaliação de todo o processo.
Lembre a turma de pedir autorização para a equipe gestora, caso utilizem espaços e
tempos da escola fora da sala de aula durante toda a atividade.
3 Execução: Esta é uma atividade a partir da qual a turma lançará mão de todas as
competências socioemocionais desenvolvidas e/ou potencializadas durante o ano.
Lembre-os disso. Seja apenas um mediador da atividade, auxiliando a turma a
atuar com autonomia.
90
2ª ETAPA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
d. Dialogar com a equipe gestora para realizar combinados sobre os espaços escolares
utilizados durante a atividade;
e. Criar uma lista com tudo o que precisa ser providenciado;
f. Fazer uma lista dos materiais necessários para a realização da atividade;
g. Organizar-se em time e definir com clareza quem será responsável pelo quê;
h. Criar um cronograma para toda a atividade. Nele, descreva a atividade, o tempo necessário
para sua execução e os responsáveis por ela. Veja um exemplo no Anexo 4.3.
Dica importante: Todo o planejamento deve ser registrado. Essa costuma ser uma etapa mais
desafiadora para os(as) jovens. Ajude a turma a compreender a importância do registro escrito
em projetos de pequena e grande escala.
Chegou a hora da execução. Esse costuma ser um momento de muita ansiedade para a
turma. Deixe claro que você estará por perto para apoiá-los(las) no que for necessário.
Apresente o objetivo da atividade para a comunidade escolar. Fale sobre o percurso do
componente Projeto de Vida a explique as razões dessa apresentação. Crie um ambiente de
confiança para os(as) estudantes.
4ª ETAPA
CONVITE ESPECIAL
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Caro(a) professor(a),
O que você pretende continuar fazendo, caso seja novamente responsável pelo Projeto
de Vida na escola? O que pretende modificar em sua mediação e presença pedagógica?
Compartilhe seu registro com os(as) profissionais com os(as) quais mantém interface
para o desenvolvimento desta proposta pedagógica.
Boa sorte!
Pela primeira vez, começamos a entender quais são os fatores que levam ao sucesso.
Descubra por que algumas pessoas se dão bem na vida – e veja o que você pode fazer para chegar lá.
A maior de todas as crianças prodígio foi Wolfgang Amadeus Mozart. Aos 3 anos, o austríaco
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
começou a tocar piano; aos 5, já compunha; aos 6, se apresentava para o rei da Bavária de olhos
vendados; aos 12, terminou sua primeira ópera. Há séculos, ele vem sendo citado como prova
absoluta de que talento é uma coisa que vem de nascença para alguns(algumas) escolhidos(as).
Mas parece que não é bem assim. A vocação de Mozart não apareceu do nada. Seu pai era
professor de música e desde cedo dedicou sua vida a educar o filho. Quando criança, Mozart
passava boa parte dos dias na frente do piano.
As primeiras peças que compôs não eram obras-primas – pelo contrário, contêm muitas
repetições e melodias que já existiam. Os críticos de música, aliás, consideram que a primeira
obra realmente genial que o austríaco escreveu foi um concerto de 1777, quando o músico já
92 tinha 21 anos de idade. Ou seja, apesar de ter começado muito cedo, Mozart só compôs algo
digno de gênio depois de 15 anos de treino.
Quer brilhar muito na vida? Passe 10 mil horas praticando. Pelo menos, foi isso que os grandes
especialistas de todas as áreas fizeram.
1h
por dia
de 2010 a 2037
27
anos de esforço
Dê uma hora por dia (com fins de semana), por 27 anos.
3h
por dia
de 2010 a 2020
10
anos de esforço
Ou então, 3 horas diárias durante 10 anos.
8h
por dia
de 2010 a 2013
3,5
anos de esforço
Ou então, são 8 horas diárias durante 3 anos e meio.
2. HUECK, Karin. In: Superinteressante, jul. 2010.Disponível em: <http://bit.ly/seg-sucesso>. Acesso em: jan de
2019 (Adaptado.)
Isso faz todo o sentido, se considerarmos a nova maneira como os cientistas têm enxergado
a influência dos genes na formação de talentos. Aquilo que costumamos chamar de "talento
99% transpiração
Em 1992, pesquisadores ingleses e alemães resolveram estudar pessoas talentosas para entender o que
as diferenciava dos(as) reles mortais. Para isso, investigaram pianistas profissionais e os compararam
com pessoas que tinham apenas começado a estudar, mas desistido. (Pianistas são excelentes cobaias,
porque seu talento é mensurável: ou eles(as) sabem executar a música ou não sabem). O problema foi 93
que os cientistas não conseguiram achar ninguém com habilidades sobrenaturais entre as 257 pessoas
investigadas – todos eram igualmente dotados. A única diferença encontrada entre os dois grupos é
que os pianistas fracassados tinham passado muito menos tempo estudando do que os bem-sucedidos.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Quer dizer, não é que tenha faltado talento para os amadores virarem mestres, faltou dedicação.
Se treino é responsável por boa parte do sucesso das pessoas que chegaram ao ponto mais alto
do pódio, é preciso entender o que as levou a se esforçar tanto. Quem passa 10 mil horas da vida
se dedicando a qualquer coisa que seja tem pelo menos uma característica muito ressaltada: o
autocontrole. É ele que permite que a pessoa não se lembre que seria muito mais legal dormir ou
estar no bar do que trabalhando.
A questão é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em troca do trabalho
duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do escritório. O processo mental, na verdade,
é muito simples: para ter autocontrole, é preciso não ficar pensando na tentação e focar naquilo
que é realmente importante no momento – por exemplo, terminar o serviço. É possível que esses
traços tenham uma origem genética, mas é mais provável que a diferença esteja em outro ponto
importante para entender o sucesso: motivação. Quem está motivado para ganhar uma medalha
olímpica ou fazer um bom trabalho também abre mão da soneca da tarde com mais facilidade.
inata e inflexível da nossa composição. É pelo fato de sermos animais concentrados no significado
que podemos pensar em nos render a uma carreira ajudando a levar água potável a Malaui rural",
escreve o filósofo pop francês Alain de Botton, em seu livro Os prazeres e desprazeres do trabalho.
Ter habilidade social também é fator determinante para ser bem-sucedido(a). E é esse o elemento
que foge das estatísticas da ciência. Em áreas em que os(as) mais talentosos(as) são sempre
recompensados(a)s, como nos esportes ou na música, a regra das 10 mil horas e a importância
da persistência fazem sempre sentido. Mas, em ambientes onde a competição é velada, como nos
escritórios, o talento pode facilmente ficar em segundo plano – e perder importância para o tête-
à-tête, as famosas afinidades. "A personalidade de uma pessoa afeta não só a escolha do trabalho,
94 mas, mais importante, quão bem-sucedida ela vai ser na carreira", diz Timothy Judge, especialista
em carreira e personalidade da Universidade da Flórida. Timothy revisou três estudos longitudinais
de pesquisadores que acompanharam a carreira de mais de 500 pessoas e chegou a conclusões
interessantes. Pessoas autoconscientes, racionais e que pensam antes de agir costumam ganhar
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
mais e subir mais cargos. Já quem é extrovertido(a) e emocionalmente estável, é mais feliz. Para o
pesquisador, depois de anos observando as pesquisas, subir de status pode ser importante, mas o
fator mais determinante para o sucesso ainda é sentir-se realizado(a). "Se a pessoa está infeliz no
trabalho, tem de descobrir o que está atrapalhando. Senão, o sucesso não vem mesmo."
ANEXO 4.2.
Visualizar-se bem, imaginar tudo dando certo, atrair apenas coisas boas... A onda do
pensamento positivo que se propaga há algum tempo na literatura de autoajuda chegou
3. Suzana Herculano-Houzel, neurocientista, é professora da UFRJ e autora dos livros O cérebro nosso de cada dia
e Sexo, drogas, rock'n'roll & chocolate (ed. Vieira & Lent). Arquivo disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/
equilibrio/eq0507200707.htm Acesso em: 22 mar. 2019.c
O sucesso do filme Quem somos nós, que defende que a realidade física do mundo é criada pelo
pensamento, abriu as portas – e a mente do público – para os(as) escritores(as) que faturam alto
ensinando como alcançar tudo com o pensamento.
Ser otimista e pensar positivamente em nossos objetivos são realmente estratégias altamente eficazes.
O otimismo, que é a interpretação favorável dos resultados da vida e de nossas expectativas, é de fato
um ótimo pontapé inicial para o bem-estar. O otimismo nos leva à sensação antecipada de sucesso
No entanto, por mais que se imagine um colar de diamantes ao redor do pescoço, ele não
aparecerá ali sozinho. O cérebro constrói sua representação da realidade do corpo e dos
objetos externos a ele e trabalha com essas representações. Nesse sentido, a realidade mental
é de fato criada, mas de acordo com uma realidade física que resiste impávida ante os nossos
pensamentos. Por isso, os delírios e as alucinações são perigosos: como realidades criadas pelo
cérebro sem nenhum apoio no mundo real, levam o cérebro a agir de maneira desajustada, 95
incompatível com a realidade do mundo e das outras pessoas.
Portanto, por mais que se pense com otimismo em ganhar dinheiro ou colares de diamantes, eles
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
não chegarão sozinhos pelo correio apenas pela força do seu pensamento. Não basta pensar: é
preciso agir sobre o mundo e usar o cérebro para mudar a realidade física por meio de nossas ações.
Se o alerta sobre os limites do pensamento positivo soa pessimista, pense de novo. Uma
descoberta importante da neurociência é que receber um prêmio ou dinheiro sem fazer força
pode até ser bom, mas não é nada que se compare ao prazer de conquistá-lo à força do nosso
próprio suor. O cérebro gosta de ter trabalho e de ser recompensado por isso. Segredo mesmo é
fazer para então merecer.
96
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
SUMÁRIO
Atividade Material necessário Início Fim Responsáveis Status
98
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
100
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