Desperta Tu Que Dormes

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Despertai! Despertai!

Por Fernando Razente 


“Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te 
iluminará.” - Efésios 5:14 
 
Amigo,  quero  lhe  falar  algo  a  respeito  do  momento  em  que  estamos  vivendo.  A  situação  de  insegurança  e 
medo  ocasionada  pelas  mortes  de  Covid-19  reflete  a  maneira  como  você  aprendeu  a entender esse vírus em 
seu  dia  a  dia,  em  seu  ​modus  vivendi​.  Quero  dizer  com  isso  que  o  vírus,  para  alguns  -  ou  talvez  para  você  - 
incluiu  um  novo  tipo  de  realidade:  ​o  perigo  constante  de  morte​;  e  isso,  contudo,  não  é  verdade!  O  vírus  é 
apenas  mais  um  (dentre  tantos)  fenômenos  que  ressaltam  a  fragilidade da nossa vida e a iminência da morte 
que  opera  sobre  e  ao  redor  de nós todos os dias. Por exemplo: se o vírus não existisse, ainda assim estaríamos 
sujeitos  a  morrer  a  qualquer  momento.  Não  há  nada  nessa  terra  que  possa  nos  garantir  nem  sequer  um 
segundo  a  mais  de  existência:  "Não  há  nenhum  homem  que  tenha  domínio  sobre  o  vento  para  o  reter;  nem 
tampouco  tem  ele  poder  sobre  o  dia  da  morte."  [Eclesiastes  8:8],  diz  a  Palavra  de  Deus.  Acredito que aqueles 
que  estão  lidando  com  a  Covid-19  com  desespero  e  surpresa,  é  porque  perderam  de  vista  que  a  todo 
momento  podem  morrer,  seja  por  qualquer  outra  coisa:  acidentes,  gripe,  infarto,  engasgo,  cortes,  fraturas, 
infecções,  assasinato,  câncer,  pedra  do  rim...  enfim,  há  inúmeras  possibilidades!  O  Covid-19  é  mais  uma, 
com  suas  prevenções  e  inevitabilidades.  Diante  disso,  há  várias  maneiras  de  entender  a  terrível situação que 
nos  metemos.  E,  uma  delas,  é ver você e eu sendo chacoalhados pela providência de Deus a respeito da nossa 
sensação de tranquilidade, domínio e poder sobre as condições de nossa vida e o fim dos nossos dias. O fato é 
que  vivemos  pensando  que  temos  certo  domínio  sobre  a  nossa  vida  e  que  possuímos  poder  sobre  o 
funcionamento  biológico  de  nossa  espécie:  ​“Temos  a  ciência,  temos  grandes  médicos  especialistas,  hospitais 
super  capacitados,  cirurgias  altamente  tecnológicas  e  inovadoras,  remédios  eficazes,  segurança,  paz, 
tranquilidade.  Assim,  podemos  morrer  com  certa  previsão  e  até  lá  pensar  bem  sobre  quais  coisas  serão 
importantes para nós”​, você pode pensar. Mas, em certa medida, a pandemia está mudando isso, e espero que 
mude  você,  que  lhe  desperte!  Para  o  quê?  Para  o  fato  bíblico  de  que  você  não  tem  poder  sobre  sua  vida. 
Nenhuma  mansão  com  segurança  máxima,  nenhum  hospital  de  ponta,  nenhum  médico  PhD  e  nenhuma 
vacina  pode  adiar  a convocação de Deus para aqueles que Ele já determinou o fim da linha: ​“Põe em ordem a 
tua  casa,  porque  morrerás  e  não  viverás.”  [2  Reis  20.1].  Creio  que  vivemos  um momento único na história, 
onde  Deus  soberanamente  está  decidindo  permitir  e  usar  a  proliferação  de  um  vírus  para  nos  lembrar  da 
realidade  da  morte  e  nos  despertar  para  o  que  a sucederá. Está escrito em Hebreus 9.27 que “(...) aos homens 
está  ordenado  morrerem  uma  só  vez,  vindo,  depois  disto,  o  juízo.”  A  morte,  seja  da  forma  como  vier,  pelo 
Covid-19  ou  eletrocutado,  é  um  chamado  de Deus para comparecermos à sua presença santíssima e eterna a 
fim  de  sermos  julgados  por  Ele:  ​“Um  só  é  Legislador  e  Juiz,  aquele  que  pode  salvar  e  fazer  perecer.”  [Tiago 
4.12],  e,  neste  julgamento,  tudo  o  que  fizemos  anteriormente  à  nossa  morte  será  avaliado  criteriosamente 
pelo  Senhor:  ​“Pois  Deus  trará  a  julgamento  tudo  o  que  foi  feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, 
seja  mau.” [Eclesiastes 12:14]. Essa convocação não tem hora marcada, nem aviso prévio. E o Covid-19 pode 
ser  um  instrumento  a  ser  usado  para  recolher  sua  alma.  Diante  Dele  não  haverá  mais  tempo  de 
arrependimento  ou  possibilidades  de  defesa.  Iremos  apenas  para  sermos  julgados.  Conta-se  que certa vez, o 
famoso  pregador  do  século  18,  George  Whitefield  (1714-1770)  pregou  um  sermão  baseado  neste  pequeno 
versículo  de  Hebreus  9.27.  Haviam  várias  pessoas  reunidas  no  salão  para  ouvi-lo  pregar.  Quando  subiu  no 
púlpito, não fez nenhuma introdução, apenas leu o texto. Quando terminou, ficou em silêncio e um grito de 
horror  foi  ouvido  no  meio  do salão. Um dos pregadores foi até o local, voltou para George e disse: “Estamos 
entre  os  mortos”.  Uma  mulher  havia  morrido.  Todos  ficaram  tomados  de pavor. Mas, George continuou e 
leu  mais  uma  vez  o  versículo,  e  mais  um  grito  foi  ouvido.  Outra  pessoa tinha sido levada para a presença de 
Deus para ser julgada. De uma forma diferente, estamos presenciando o mesmo com muita velocidade: Deus 
convocando  várias  pessoas  para  esse  momento.  Pessoas  que  nunca  pensaram  sobre  essa  situação  e  nunca se 
preparam  para  estar  frente  a  frente  com o Juiz de toda a terra estão sendo levadas. Mas, se você ainda não foi 
chamado,  aproveite  o  seu  tempo!  Eu  suplico  a  você  que  se  reconcilie  com  Deus imediatamente: ​“Em nome 
de  Cristo,  pois,  rogamos  que  vos  reconcilieis  com  Deus.”  [2  Coríntios  5.20].  Reconheça  sua  perversidade, 
arrependa-se  de  seus  pecados  e  confesse  suas  iniquidades  ao  Senhor:  ​“Se  confessarmos  os  nossos  pecados,  ele  é 
fiel  e  justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” [​1João 1:9​]. Lance suas esperanças de 
salvação  na  obra  de redenção de Jesus Cristo e creia no Cordeiro que morreu e sangrou para pagar pelos seus 
pecados,  para  torná-lo  justo  diante  de  Deus  e  livrá-lo  da ira divina no dia do juízo: ​“L
​ ogo, muito mais agora, 
sendo  justificados  pelo  seu  sangue,  seremos  por  ele  salvos  da  ira.”  [Romanos  5.9].  Por  fim,  esteja  preparado 
para  morrer  e  comparecer  a  esse  grande  grande  encontro.  Infelizmente,  ​na  nossa  sociedade  consumista, 
veloz,  saudável  e  próspera,  ninguém  parece  considerar  seriamente  o  fim  da vida; no máximo, refletimos por 
algumas  semanas  quando  um  ente  querido  é  levado  à  Casa  Mortuária.  Dormimos  diante  de  tão  grave 
realidade:  “Assim,  pois,  não  durmamos  como  os  demais;  pelo  contrário,  vigiemos  e  sejamos  sóbrios.”  [1 
Tessalonicenses  5:6].  Mas,  o  que  você  fará  quando  esse  vírus  -  mesmo  tomando  as  medidas  sanitárias  que 
quiser  -  pela  soberania  de  Deus  chegar  até  você  e  colocá-lo  em um leito entubado? Não haverá mais tempo. 
Agora  é  o  seu  tempo!  É  tempo  de  despertar  para  a realidade da morte e o que virá após ela. São tempos para 
despertamento,  tempos  de  arrependimento.  Não  negligencie  esse  aviso.  Não  menospreze  a  paciência  de 
Deus:  ​“Não  retarda  o  Senhor  a  sua  promessa,  como  alguns  a  julgam  demorada;  pelo  contrário,  ele  é 
longânimo  para  convosco,  não  querendo  que  nenhum  pereça,  senão que todos cheguem ao arrependimento.” [2 
Pedro 3.9-10]. 

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