CURSO: ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: BARRAGENS
PROFESSOR: DR. ROSIEL FERREIRA LEME
2019.1 - 1ª AVALIAÇÃO

RIENTAÇÕES DE PROVA
1. A duração da prova será de 2 horas. Terminado o tempo estipulado, as avaliações serão recolhidas.
2. Não será permitida consulta a nenhum material bibliográfico (livros, apostilas, caderno de anotações).
NOTA
3. Não será permitido consulta ao colega de prova.
4. Não será permitido que os alunos saíam durante o horário de aplicação da prova.
5. Os alunos que portarem aparelho celular ou outros aparelhos eletrônicos, o mesmo deverá ser desligado e
guardado. Apenas será permitido o uso de calculadora científica. (É vedado o uso de qualquer tipo de calculadora
programável, gráfica, etc.).
6. As interpretações das questões fazem parte a avaliação do aluno.

Dados do aluno:
Nome:__________________________________________________________________Matrícula:_______________
QUESTÕES DA PROVA:

1ª QUESTÃO. (1,5 pontos). Sobre barragens, responda verdadeiro (V) ou falso (F).
(F) Ensecadeiras e Barragens de rejeito são tipos de obras provisórias.

(V) Não é obrigatório que uma barragem de terra seja projetada e construída sobre rocha impermeável, podendo
ser idealizada sobre material sedimentar, desde que este tenha as características geotécnicas compatíveis.

(F) A barragem Castanhão (Ceará) é um tipo de barragem mista (terra e concreto), com pareamento central
rígido e com funcionamento submersível.

(F) Vales muito abertos são ideais para a construção de barragens de enrocamento, pois evitam grandes
deformações verticais.
Barragens não rígidas, geralmente, são construídas com grandes volumes de material e tendem a ter poucos
(V) problemas de empuxo.

2ª QUESTÃO. (3,0 pontos). Utilizando o método de dimensionamento do Engenheiro Aguiar, determine:

a) Determine a capacidade de acumulação;
b) A cota de máxima acumulação.
c) Largura do vertedouro
d) Sabendo que a barragem deverá regularizar o riacho por um período de 6 meses, determine a vazão de
regularização média da tubulação da tomada d’água em Litros/segundo.

Dados:
• Área da bacia hidrográfica (S) = 20 km²;
• Comprimento do rio = 6,7 km Cota x área
• Tipo de bacia = Quase plana em terreno argiloso; Cota (m) Área (m²)
• Vertedouro tipo creager; 91,1 0
• Lâmina secular = 1,13m 91,5 33.077
92,0 60.074
Séries históricas de precipitações pluviométricas 92,5 97.561
anuais 93,0 148.886
Precipitação Precipitação 93,5 217.931
Ano Ano
(mm) (mm) 94,0 318.168
1977 561 1986 678 94,5 441.821
1978 430 1987 449 95,0 658.291
1979 564 1988 617 95,5 734.568
1980 704 1989 812
1981 477 1990 628
1982 655 1991 523
1983 461 1992 702
1984 831 1993 772
1985 816

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a) Determine a capacidade de acumulação;

430 Hm = 523,3 mm Rm = 6,79 Vr = 364.293
449 HM = 733,1 mm RM = 8,62 Vc = 821.678
461 H = 628,2 mm R = 5,35 Va = 554.371
477
Precipitações mínimas nn Hm
523
561
564
617

Precipitações máximas e mínimas - HM / Hm 628

655
678
702
704
Precipitações máximas HM
772
812
816
831

Resposta: Vc = 821.678 m³

b) A cota de máxima acumulação.

Média das Vol parcial
Cota (m) Área (m²) Dif cota (m) Vol acum (m³)
Áreas (m²) (m³)
91,1 0 0

16538,5 0,4 6615,4

91,5 33.077 6.615

46.576 1 23.288

92 60.074 29.903

78.818 1 39.409

92,5 97.561 69.312

123.224 1 61.612

93 148.886 130.924

183.409 1 91.704

93,5 217.931 222.628

268.050 1 134.025

94 318.168 356.653

379.995 1 189.997

94,5 441.821 546.650

550.056 1 275.028

95 658.291 821.678

696.430 1 348.215

95,5 734.568 1.169.893

Resposta : Cota de acumulação de 95,0m

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c) Largura do vertedouro

1150𝐴
𝑄=
√𝐿𝐶(120 + 𝐾𝐿𝐶)

1150 𝑥 20
𝑄=
√6,7 𝑥 1,30(120 + 0,65 𝑥 6,7 𝑥 1,30)

𝑄 = 62,01 𝑚3 /𝑠

𝑄
𝐿=
𝐶0 . 𝐻0 . √𝐻

62,01
𝐿= = 23,72 𝑚
2,18𝑥1,13𝑥√1,13

d) Sabendo que a barragem deverá regularizar o riacho por um período de 6 meses, determine a vazão de regularização
média da tubulação da tomada d’água em Litros/segundo.
Vr = 364.293 m³ (Item A)
𝑉𝑟 364293 𝑚3 𝑥 1000 (𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠)
𝑄𝑟 = = = 23,4 𝑙/𝑠
∆𝑡 180 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑥 24ℎ 𝑥 60𝑚𝑖𝑛 𝑥 60𝑠

3ª QUESTÃO. (1,5 pontos). Durante a fase de estudos geotécnicos de uma barragem, responda verdadeiro (V) ou falso
(F).
O plano de sondagens tem por objetivo em determinar o perfil geológico ao longo do eixo longitudinal,
(V)
através de uma campanha de sondagens, com furos distribuídos ao longo de um alinhamento.
Ensaios de infiltração como o Le Franc e Lugeon permitem avaliar o grau de faturamento da rocha de
(F)
fundação através da estimativa do coeficiente de permeabilidade do mesmo.
Sondagens do tipo indireta, como roto-percussiva por exemplo, podem ser adotada como único método de
(F)
investigação geotécnica no eixo de barramento, pois atualmente apresentam grande precisão.
Estudos preliminares da geologia local do barramento podem ser feitos por meio de mapas geológicos ou
(V)
inspeções ao local.
Para solos muito arenosos, sondagens do tipo a trado são melhores indicadas por serem métodos de
(F)
investigação de custo mais baixo.

4ª QUESTÃO. (2,0 pontos). Dado os testemunhos de sondagem a seguir, calcule o RQD e o PR para cada
trecho da perfuração, classificando a qualidade da rocha para cada parâmetro.

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TRECHO 1 (0 m A 1,3m)
75
𝑃𝑅 = = 58% (𝑅𝐴𝑍𝑂Á𝑉𝐸𝐿)
130
75
𝑅𝑄𝐷 = = 58% (𝑀𝐸𝐷𝐼𝐴𝑁𝐴𝑀𝐸𝑁𝑇𝐸 𝐴𝐿𝑇𝐸𝑅𝐴𝐷𝐴)
130

TRECHO 1 (1,3 m A 4,2m)

208
𝑃𝑅 = = 72% (𝑅𝐴𝑍𝑂Á𝑉𝐸𝐿)
290
200
𝑅𝑄𝐷 = = 69% (𝑀𝐸𝐷𝐼𝐴𝑁𝐴𝑀𝐸𝑁𝑇𝐸 𝐴𝐿𝑇𝐸𝑅𝐴𝐷𝐴)
290

5ª QUESTÃO. (2,0 pontos). Sobre locação de jazidas de empréstimo de solo para construção de barragens de terra, cite
quatro características que o projetista deve levar em consideração na escolha destas áreas de exploração, justificando cada
uma.
1) AS JAZIDAS DEVEM SER PROXIMAS AO LOCAL DA OBRA – quanto mais próxima as jazidas menores é o custo
de transporte
2) DEVEM TER QUALIDADE GEOTECNICA SATISFATÓRIA – O solo deve ser de material impermeável a semi-
impermeável, minimizando a perda de fluxo d’água pelo maciço. Deve ser pouco compressível para evitar
grandes deformações. Deve ter boa resistência ao cisalhamento, garantindo a estabilidade dos taludes da obra.
3) DEVE TER UM VOLUME ADEQUADO A OBRA – A quantidade de material disponível na região deve ser o
suficiente para suprir as necessidades da obra.
4) LOCALIZAÇÃO NA BACIA HIDRÁULICA – Para evitar ações mitigadoras como recuperação de áreas degradadas
pela exploração

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