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ANEXO
CAPITULO III
a 0
ANEXO CAPITULO III
3.5.Estratigrafia
fanerozóico.
3.5.1 Arcaico
3.5.1.1Arcaico Inferior
por eclogitos, quartzitos, leptitos e quartzitos ferruginosos. Todas estas rochas são
a 1
ANEXO CAPITULO III
associados.
plagiomigmatitos associados.
contendo intercalações quartziticas. Mais para cima ocorre uma sequência possante de
parece ser de alguns milhares de metros. Nas áreas contíguas do Zaire, as suas
datações isotópicas são da ordem de 3400 m.a. (29), sugerindo esta idade a época do
No escudo de Angola, o grupo Inferior localiza-se no seu sector norte, entre os rios
a 2
ANEXO CAPITULO III
outros autores (27, 29) consideraram estas rochas como sendo as mais antigas,
província da Lunda Norte; os seus afloramentos abundantes são observados nos vales
dos rios Chicapa, Luachimo, Chiumbe, Luembe e cassai e, mais raramente, nos vales
dos rios Uamba, Cuango e dos seus afluentes da margem direita, Lulo e Lué. O grupo
inferior está aqui representado por granulitos com hiperstena e xistos cristalinos,
idades mais antigas, foram obtidas nas rochas que se correlacionam com o grupo
inferior do arcaico inferior (gnaisses do alto luani), na área adjacente do Zaire, nas
outros casos determinações isotópicas de idade das rochas arcaicas dentro do escudo
a 3
ANEXO CAPITULO III
do cassai mostram valores rejuvenescidos. Por exemplo, uma biotite colhida nos
migmatitos (complexo dibaya) foi datada de 2525 ± 75 m.a., enquanto a microlina nos
duma faixa submeridional com uma largura variando de 2 – 3 a 7 km. Na parte sul do
escudo, assentam directamente sobre o grupo inferior, estando encobertas por rochas
a 4
ANEXO CAPITULO III
casos, são observadas sob a forma de corpos lenticulares, com uma espessura que raras
estratigráfica mais antiga de Angola que pode ser datada como do arcaico II (Superior
oeste.
a 5
ANEXO CAPITULO III
bastante desenvolvidas. Os maiores afloramentos podem ser observados nos vales dos
rios Luxico, lóvua, Luachimo, Chicapa, Chiumbe e Luembe. Ao contrário dos escudos
afloram no vale do rio Zambeze e nos seus afluentes Lumbage, Lutechiquinha, Lóvua,
a 6
ANEXO CAPITULO III
são regrageral, hornebléndicos com biotíte. As vezes perdem a sua textura xistosa bem
granitica. A intensidade dos fenómenos que actuaram sobre as rochas nem sempre foi
xenólitos de rochas metamórficas. A correlação das rochas atribuidas por nós ao grupo
cassai, a montante dos rios chicapa, mombo, luateche, luembe, cassai. Está
a 7
ANEXO CAPITULO III
superior não são ainda perfeitamente conhecidas, existindo por isso várias opiniões a
esse respeito.
parte noroeste e central. Na parte noroeste, podem ser subdivididas em três sequências
ou formações (66): a inferior, matadi (quartzitica), a média, Gangila (de rochas verdes)
750 m ou mais.
a 8
ANEXO CAPITULO III
550m.
nas áreas oeste e sudoeste. O corte na parte oeste do escudo (o interflúvios de Cimo-
extensões e de altitudes consideráveis (até 500-700m). O seu corte mais completo foi
estudado no maciço montanhoso da serra da lua, tendo sido aqui individualizados três
associam-se, regra geral, aos mármores, cuja espessura varia de 5 a 40m, sendo a
a 9
ANEXO CAPITULO III
ocorre sob a forma de uma larga faixa estendendo-se ao longo do litoral. A oeste, está
encobertada por depósitos Cretácico, enquanto que a leste apresenta-se limitada por
extensa área a sul do paralelo 15º. A sucessão de rochas metamórficas desta parte do
escudo apresenta (22) três sequências (de baixo para cima): xisto-quartzitica, calcários
a 10
ANEXO CAPITULO III
relativamente reduzidas, nos vales dos rios Chicapa, Luachimo, Luembe e a jusante do
Cassai. Ocorrem entre as rochas do arcaico inferior, não sendo esclarecida a natureza
anfibolitos. Na base ocorrem, regra geral, quartzitos contendo muitas vezes distensa
a 11
ANEXO CAPITULO III
Rochas análogas no Zaire parecem ser as do grupo luzien. A idade dos seus granitos
3.5.2.Proterozóico
Proterozóico inferior: 1 – Grupo lulumba e Uonde; 2 – Grupo Jamba e Cuandja; 3 – Grupo Bale, 4-
Grupo Oendolongo, 5 – Grupo Lunda e Luana, 6 – Grupo Malombe; Proterozóico superior: 7 – Grupo
Terreiro, 8 – Grupo Alto Chiloango, 9 – Grupo Xisto – Calcário, 10 – Grupo Xisto – Gresoso, 11 –
a 12
ANEXO CAPITULO III
3.5.2.1.Proterozóico Inferior.
arqueamentos regionais.
por três grupos (de baixo para cima): Jamba, Cuandja (ambos vulcano-sedimentares) e
a 13
ANEXO CAPITULO III
Os grupos Jamba e Cuandja que se apresentam agrupados nesta carta, afloram nas
proximidades das vilas da Jamba, Cassinga, Cuchi e Menongue. São constituídos por
O contacto do grupo Jamba com as rochas arcaicas não foi determinado. O seu corte é
camadas (até 10m) de xistos filitosos; para cima, ocorrem espilitos, basaltos
da suceção bandas (por vezes 10 bandas), com espessuras variando de poucas dezenas
observada numa direcção submeridional por uns 170 km, sendo a sua largura cerca de
100 km. Na zona de hipergénese, nas bandas itabiríticas formam-se por vezes jazigos
O grupo Cuandja (68) é constituindo, na base, por metagrés (de grão fino a grosseiro)
e conglomerados (215 – 300 m), aos quais se sucedem para cima do corte espilitos,
basaltos, andesitos e tufos (1300 m). A espessura total dos grupos Jamba e Cuandja é
de 3700 a 5800 m.
O grupo bale aflora a montante dos rios Cunene e Cubango, onde assenta em
a 14
ANEXO CAPITULO III
grão fino;
1940 ± 22 m.a. (5, 68), H. de Carvalho (29) considerada a idade do grupo inferior da
Jamba mais antiga que 2330 m.a. , correlacionando esta unidade com os cinturões de
rochas verdes do Zimbabué (2595 – 2800 m.a.). Os depósitos do grupo Bale são
noroeste da zona de Cassinga. A idade do grupo Bale é mais antiga que 1850 m.a. (5,
68).
cortes das rochas do proterozóico inferior, e subdividida em três áreas: central (ou
contígua com o Zaire), sul e norte (Cabinda). Em todas as três áreas desta zona, estão
a 15
ANEXO CAPITULO III
(grupo Lulumba) e a superior, xistosa (grupo Uonde). A extensão dos grupos Lulumba
e Uonde nas áreas sul e central corresponde aos critérios tradicionais (66, 111). Na
Lucula, enquanto ao grupo Uonde foi atribuída a formação Mvuti (76). As dimensões
Os grupos Lulumba e uonde estendem-se soba forma duma faixa descontínua ao longo
do limite leste do escudo do Maiombe. Fazem parte destes grupos arcoses, quartzitos,
3. “Arcose superior”, constitui da na parte leste da zona por arcoses com leitos
a 16
ANEXO CAPITULO III
formação brechas vulcânicas contendo blocos (com dimensões até 1m) de rochas do
O grupo Uonde, na área central, assenta através de uma lacuna sobre o grupo
a) Grupo Lulumba:
quartzitos………………………………………………………………. (400m).
a 17
ANEXO CAPITULO III
b) Grupo Uonde:
Na área norte, no grupo lulumba (formação lucula) foram identificados três níveis
(76).
uonde (formação mvuti), na área norte, está representado por filitos carbonosos,
que revelaram, na área de Vista Alegre, a idade isotópica da ordem de 2000 m.a. (16,
17, 29).
a 18
ANEXO CAPITULO III
3.6.Arqueamentos Regionais
3.6.1.Zona do Oendolongo
partes central e meridional da zona aparecem, a par das rochas terrígenas, rochas de
origem vulcânica.
onde aflora nas bacias dos rios Cuvo, Catumbela e ao longo de numerosos afluentes da
margem esquerda dos rios Cuanza e Cunene. É constituído por conglomerados, grés,
O grupo Oendolongo foi individualizado por F. Mouta e O´Donnel (89) nos montes de
Catumbela e Cunhangâmua (parte central da zona)). Na base do corte (89, 117, 118),
ocorrem conglomerados basais (de 2 a 30m), por vezes encobertos por leitos de
argilitos. Mais para cima, verifica-se grés quartzitóides ou arcoses (100 – 150m),
espessura do grupo varia de 350 a 1000m (5), atingindo o seu máximo nas
a 19
ANEXO CAPITULO III
Para os cortes da parte norte são características diversas rochas sedimentares (87, 88,
gnaisses (120).
idades de ordem de 1830 m.a (120, 146); os pórfiros da área de Caquete, de 1980 ± 70
3.6.2.Zona da Lunda
nos vales dos rios Cassai, Luembe, Chiumbe, Luachimo e outros. O proterozóico
superior, Luana, agrupados numa só unidade nesta carta (29, 86, 101-105).
a 20
ANEXO CAPITULO III
norte da região (101, 103, 104), nos conglomerados da base da sucessão aparecem
A parte superior da sucessão, considerada pelos autores acima referidos como o grupo
contígua do Zaire (nas bacias dos rios Moge e Camaungo, afluentes da margem direita
Na parte sul da zona, a montante do rio Cassai, os grupos Lunda e Luana são
constituídos por xistos argilosos, quartzítos, arcoses, cherts e grés, intrudidos por
Rodrigues (103-105), H. de carvalho (27, 28), bem como outros autores correlacionam
as rochas dos grupos em referência com as do grupo Lulua no Zaíre. A idade de Lulua
não é ainda perfeitamente conhecida, sendo colocada no intervalo entre 1300 e 2423
(grupo Lunda) à fase eburneana (1800-2200 m.a.), admitindo a idade Kibariana (1000-
a 21
ANEXO CAPITULO III
nordeste, para fora de Angola, na Zâmbia, onde se correlaciona com o grupo Muva
seguinte (33);
conglomeráticas.
-A parte superior (com mais de 50m), representada por metasilitos com inclusões
conglomerados.
3.7.Proterozóico Superior
a 22
ANEXO CAPITULO III
a 23
ANEXO CAPITULO III
Vendiano). Por isso, na descrição do proterozóico superior foi dada particular atenção
ocidental, foram individualizadas nesta estrutura duas zonas das fácies estruturais,
do rio com o mesmo nome. As referidas zonas revelam os cortes mais completos do
a 24
ANEXO CAPITULO III
3.7.2.Grupo Terreiro
O referido grupo estende-se sob a forma duma faixa relativamente estreita (10 a 30
com o escudo de Angola e o horst do Cuanza (bacias dos rios Zenza e Luinha). É
interrelações com estas rochas são desconhecidas. Os depósitos agora atribuídos por
mesmo nome da série do Sansikwa (66, 111, 129). O grupo em consideração foi
Um corte vulgar da zona norte, nas proximidades da fronteira com o Zaire apresenta a
moscovíticos………………………………………………………………140-200m.
a 25
ANEXO CAPITULO III
…………………………….…………………………….….300-400m.
esquerda do rio calambinga e curso superior do rio loge), nas proximidades duma
sido individualizado mais un nível, S3e, culminando o grupo terreiro (112). A base do
lajes…………………………………………………..…………………….200m.
…………………………………………………………………………250-300m.
argilo-carbonáceos…………………………………………………………250m.
cherts em subordinação…………………………………………………….250m.
a 26
ANEXO CAPITULO III
dos xistos carbonáceos, bem como uma alternância rítmica de finos leitos de
nesta área não foram suficientemente estudados. A montante dos rios Zenza e
na base e parte média do grupo. As formações S3d e S3e não foram diferenciadas.
Nas zonas norte e Sul, sobre as rochas do grupo terreiro assenta em fraca discordância
maciço parece ser um tanto incompleta. aqui, o grupo Alto-chiloanga assenta sobre a
a 27
ANEXO CAPITULO III
superior do rio Luinha), sobre os depósitos dos grupos Lulumba e Uonde (cursos
do grupo Uonde. Cahen (14), ao elaborar a carta geológica das regiões limítrofes de
Angola e Zaire, atribuiu, em várias áreas, a série do sansikwa as rochas dos grupos
S3c e S3d do grupo terreiro com a parte superior S2* da série do sansikwa no Zaíre
pode ser considerada justificada. As formações S3a e S3b do grupo terreiro, não
depósitos subjacentes Pré-câmbrico foram definidas com base nos dados (77) sobre a
maiombe e os granitos que lhe são intrusivos no território do Zaíre (bacias do rio
a 28
ANEXO CAPITULO III
Rifeano Inferior.
3.7.3.Grupo Alto-Chiloango
As rochas do grupo ocupam vastas áreas nos flancos sul e oeste e na parte central do
Na zona norte (bacia do rio Luvo) estão representadas todas as sub-unidades do grupo
alto-chiloanga. O seu corte vulgar apresenta a seguinte sucessão, de baixo para cima
(129):
3.7.3.1.Sub-série Mouyonzi.
a 29
ANEXO CAPITULO III
calcários…………………………………………………….……………..175-1150m
7.3.2.Sub-Série Sekelolo
negros 25140m.
zona norte. Nas áreas mais bem estudadas da zona foram definidas algumas
Na formação do tilóide inferior (interflúvios dos rios Lue e Loge), aparece a fácies
a 30
ANEXO CAPITULO III
aparece na parte superior do MO. Contudo, as suas correlações com as rochas sub e
suprajacentes, bem como com a formação M1, indicadas na carta dos referidos
grupo sansikwa e a formação tilóide inferior. A 10 km para sul da confluência dos rios
portanto, para Oeste do local referido, enquanto o tilóide inferior (M1) fica para leste.
zona sul (bacia do rio Zenza), assentando a sub-série Sekelolo directamente sobre o
Inserir 4.3
do aulacógeno do Congo ocidental. Não existem dados suficientes para fazer uma
análise comparativa da fácies e espessuras das rochas desta região. Pode-se contudo
a 31
ANEXO CAPITULO III
bastante rigor. Assenta através de uma lacuna e em ligeira discordância angular sobre
situar entre as superfícies de duas discordâncias, permite considerar a sua idade, sob
reserva, como do Rifeano Médio, até serem obtidos dados mais concretos.
3.7.4.Grupo Xisto-Calcário
corte vulgar representativo na zona sul (bacias dos rios Lufua, Loge, Vamba) mostra a
a 32
ANEXO CAPITULO III
cherts ……………………………………………………………………..…0-120m.
“ripple-marks” ……………………………………………..………….…400-500m.
regiões é de 1215-1885 m.
da zona sul e da zona norte (66, 129). Na parte oeste da zona norte, a formação C5 não
a 33
ANEXO CAPITULO III
atinge por vezes 120 m, sendo a espessura do nível C1, sempre contínuo de 50 m, e a
a sua extensão, à excepção do sector nordeste, onde o seu corte não chegou a ser
estudado com pormenor pelo que a sua divisão foi estabelecida geralmente, a partir
definir a sua idade com maior grau de segurança. As determinações de idade dos
a 34
ANEXO CAPITULO III
3.7.5.Grupo Xisto-gresoso
soerguido do M´bridge e nas áreas adjacentes das zonas norte e sul, entre os paralelos
estratigráfica, várias sub-unidades com designações diferentes. Nas zonas norte e sul,
3.7.5.1.Formação M´Pioka.
argilosos ………………………………………………………………………..250 m.
……………………………………………………..…………………………1000 m.
maciços………………………………………………………………….…500-600 m.
a 35
ANEXO CAPITULO III
…………………………………………………………………….…………….250 m.
3.7.5.2.Formação Inkisi
e xistos argilosos……………………………………………………………200-300 m
dispersos…………………………………………………………..………..até 800 m.
Noutras áreas da Zona Sul afloram apenas depósitos da M´Pioka. A montante do rio
700m), constituído por xistos argilosos, siltitos e grauvaques, e o superior, Pes (550m),
formado por grauvaques feldspáticos, com siltitos e xistos argilosos alternando com o
quase totalmente substituída, à excepção do nível superior Pm, pela fácies Po,
a 36
ANEXO CAPITULO III
espessura também na direcção leste, sendo de 3500 m na serra mucaba, situada a leste
da serra pingano.
assenta, numa área considerável, direita mente sobre as rochas carbonatadas do xisto-
alterações notáveis, continuando com dois níveis no corte. No contacto da zona norte
pormenor.
superior da formação Inkisi nas áreas vizinhas e individualizadas com mesmo nome
(66, 112).
a 37
ANEXO CAPITULO III
A formação M´bridge apresenta a seguinte sucessão de rochas (de baixo para cima):
(siltitos)……………………………………………………………………….20-80 m.
……………………………………………………………………..220-1000 m.
líticos que se distinguem das rochas idênticas da formação M´Bridge pela sua
microclina), pela percentagem mais reduzida de matriz e pela sua grande dureza.
a 38
ANEXO CAPITULO III
partir das espessuras das unidades erodidas (até ao nível S3c do terreiro), é de 4000-
4500 m.
Para confirmar a correlação sugerida por nós, vejamos em síntese alguns importantes
dados geológicos.
centriclinal sudeste de uma das dobras (Figura 4.3) afloram todas as sub-unidades
estratigráficas das formações M´Pioka (níveis Pi-Pm) e Inkisi (dois níveis). A nordeste
pela formação M´Bridge. De facto, esta “substituição” não pode ser interpretada de
centriclinal duma das dobras sinclinais. O nível inferior Pc da formação M´Pioka vem
a 39
ANEXO CAPITULO III
(calcários, siltítos, cherts), cuja filiação aos níveis subjacentes do supergrupo Congo
ocidental não origina dúvidas; a substituição completa da formação M´Pioka por uma
gresoso ocorreu sobre uma superfície de relevo bastante diferenciado que condicionou
do M´bridge. Uma ligeira diferenciação observa-se localmente nas partes centrais das
a 40
ANEXO CAPITULO III
A idade do grupo xisto-gresoso foi determinada sob reserva, dada a insuficiência dos
A zona de Lucala fica enquadrada entre o paralelo 12º sul (curso superior do rio
cuanza) e o meridiano 19º leste (curso superior do rio cuango), onde contacta com o
por depósitos mais recentes, com idades variando do proterozóico tardio ao cenozóico.
a 41
ANEXO CAPITULO III
3.8.1.1.GRUPO XISTO-CALCÁRIO
Foi cartografado em duas áreas: na parte noroeste da zona (rio Ginda e o curso do rio
o horst do Cuanza.
Na primeira das áreas citadas, aflora apenas o topo do corte do grupo, constituído por
de 200m.
3.8.1.2.GRUPO XISTO-GRESOSO
Esta representado por duas formações (M´pioka e Inkisi) só na parte noroeste da zona
rio Lueca até ao rio Lucala no seu curso médio. O corte da formação apresenta todas
a 42
ANEXO CAPITULO III
Formação Inkisi- aflora a leste dos afloramentos da formação M´pioka. Nas áreas
encobertas, aparece nos vales dos rios encaixados nos depósitos mais recentes. É
6000-7000m.
onde assenta quer nos depósitos terrígeno-calcários do xisto-gresoso. Quer nas rochas
a 43
ANEXO CAPITULO III
conhecimento da área é muito imperfeito, existindo apenas noções gerais sobre o corte
do grupo (33). O corte observado na bacia dos rios Macondo e Lucunhe e Maninga, é
fluorite…………………………………………………………………………….60m
É difícil estabelecer uma correlação corte por corte do grupo em referência com o
permitem correlacionar estas duas unidades globalmente. Para muitos autores (29,63),
extensão reduzida, designada pelos autores pelo nome da zona da Humpata (de acordo
proterozóico superior foi aqui atribuído o grupo Chela, bastante bem estudado por
a 44
ANEXO CAPITULO III
carbonatada, da Leba.
3.9.1.Formação da Humpata
É pela primeira vez que esta formação aparece na carta geológica numa tal extensão.
entrecruzada……………………………………………………………………….50m
de grés……………………………………………..……………………………….70m
a 45
ANEXO CAPITULO III
3.9.2.Formação Leba
posição estratigráfica superior (em relação á formação Humpata) foi definida como
segurança, não se tendo, contudo, observado o contacto entre estas unidades. Alguns
autores (34) admitem que a formação leba assenta em discordância sobre as rochas
As rochas das formações Humpata e Leba são cortadas por numerosas soleiras e
problema sobre o papel das rochas vulcanoclásticas no seu corte. Tendo reconhecido o
papel principal destas na parte terrígena inferior do Grupo Chela (em nossa opinião),
a 46
ANEXO CAPITULO III
H Correia considerou a Chela apenas constituída por estas rochas. Deste modo, o
discordância sobre o Grupo Chela e faz parte dum outro Grupo superior. Na Chela, ele
A idade proterozóica tardia do grupo Chela é confirmada com segurança tanto pelos
680 m.a), aceite por nós para o grupo Chela. Para correlação da Chela com outras
regiões, reveste-se de grande importância o limite de idade superior dos doleritos que
a 47
ANEXO CAPITULO III
que as datações isotópicas existentes dos doleitos possam ser considerados como
noroeste de Angola.
condições duma planície litoral aluvionar, no talude sul do escudo de Angola. Para a
Por isso, a correlação dos horizontes terrigenos da formação Humpata com algumas
com a placa do Congo. Não excluímos outras hipóteses de correlação. Pode ser que o
a 48
ANEXO CAPITULO III
3.10.Fanerozóico
seus cortes estratigráficos dentro dos limites de diversas estruturas são bastante
ocorrendo nas depressões em graben e antigos vales glaciares dentro das placas do
fácies estruturais do Paleozóico tardio, triássico e Jurássico precoce esta indicada nos
a 49
ANEXO CAPITULO III
se, com base nos fósseis, com o grupo Lutôe, enquanto o grupo Beaufort é
Os depósitos do grupo Ecca afloram localmente, formando uma estreita faixa ao longo
90m (32).
do rio Lui e ao longo dos seus afluentes da margem direita--- Lutôa, Bal e outros (zona
Luembe) e nas bacias do rio Chicapa, Luachimo e outros ( zona da Lunda). As rochas
seus afloramentos estendem-se de norte a sul por uns 130km com cerca de 10km de
contendo intercalações de xistos argilosos e grés. Nos tilitos observam-se blocos (de
(granitos, gnaisses, grés, xistos). A parte superior do corte é constituída por grés
superior a 60m.
a 50
ANEXO CAPITULO III
(de baixo para cima): tilitos, grés com calhaus dispersos, xistos argilosos e argilitos
(com fosseis vegetais), grés arcosicos e conglomerados (101). As rochas são de cores
bacia do curso superior do rio cuango e ao longo dos seus tributários da margem
Lutôe não existem. Os seus afloramentos observam-se de norte para sudeste por
400Km, sendo a sua largura de 100-130Km. O grupo é constituído por grés, argilitos e
rochas calcárias contendo fósseis abundantes. No seu corte, ao longo do rio Lui e da
Hybodys sp., além de uma espécie de filopode Estheria anchietai Teix (141).
a 51
ANEXO CAPITULO III
Grés quartzosos, calcários (50m) de cor verde – clara, com fósseis vegetais,
(zona Dirico) a partir dos afloramentos isolados de grés e rochas basaltoides. Tal
definição foi feita com base no facto de os depósitos análogos (Xistos argilosos e grés
3.12. Mesozóico
Geológico como a divisão estratigráfica estabelecida nas referidas zonas, não são. São
a 52
ANEXO CAPITULO III
bem como a zonagem facial foram estudadas, essencialmente, com base nos dados de
A idade da maior parte das unidades estratigráficas foi definida a partir dos fósseis
encontrados.
3.13. Jurássico
3.13.1. Jurássico-Cretácico
a 53
ANEXO CAPITULO III
África ocidental (86), tendo sido a sua idade definida como do jurássico tardio-
(74). Em Angola, são conhecidos sob esta designação os depósitos das depressões
descoberto pelos cursos superiores do dos rios Cuanza, Cubango, Cuango, Lungué-
3.14. Cretácico
superior indiferenciado).
a 54
ANEXO CAPITULO III
a base pré-cambrica (9, 10). O Cretácico inferior está representado, na base, por
sucedendo-se para cima por depósitos marinhos. A idade dos depósitos em referência
é confirmada pelos dados Palenteológicos (Figura4.4 - 4.6 ). Aos seus cortes mais
a 55
ANEXO CAPITULO III
1-conglomerado e rochas magmáticas; 2-conglomerados, grés, arcoses, 3-grés, arcoses, siltitos; 4-Grés,
areias; 5- Grés e areias carbonatadas; 6-argilas, argilitos, grés ; 7-Argilas, argilitos; 8-turbiditos;
9-Argila e argilitos carbonatados; 10-argila e silitos; 11-calcário; 12-calcário margoso ou argiloso; 13-
calcário arenosos ou grés carbonatados, 14-calcário oóliticos, Pisolíticos com algas, 15-calc´rio
organogénicos; 16-calcário e dolimites; 17-Dolimites, 18-margas, 19-margas com gesso, 20- gesso; 21-
sais; 22- grés, dolimites, cherts; 23-jazigos de petroléo; 24-rochas fosfatadas e fosforitos; 25-anidrite,
26-soco, 27-limites das fácies: nítidos (a) e poucos nítidos (b), 28-discordâncias: nítidas (a) e pouco
nítidas.
a 56
ANEXO CAPITULO III
Fig 4.6.coluna estratigráfica meso-cenozóico da zona de Moçamedes (ver anexo fig. 4.4).
a 57
ANEXO CAPITULO III
Fig 4.7.Esboço de correlação dos depósitos meso-cenozóico das zonas da Depressão Perioceânica (ver
a legenda em anexo da fig 4.4).
3.14.1.1.Zona do Cuanza
O corte desta formação foi estudado no sector sul da zona do Cuanza mediante a
- Argilas vermelhas……………………………………………..…………..533 m
a 58
ANEXO CAPITULO III
- Argilitos e grés…………………………………………..………………..301 m
espessura total dos depósitos é superior a 2200 m. Admite-se que a parte inferior dos
formação Cuvo é dividida em três subunidades (85). A parte inferior é constituída por
parte média é caracterizada por intercalações dolomíticas, sendo a sua possança cerca
Ledo, Cabo de São Braz) os depósitos do Cuvo vão-se adelgaçando. Na parte norte da
a 59
ANEXO CAPITULO III
As formações Infra-Binga e Binga agrupadas nesta carta, são observadas numa faixa a
espessura é de varias dezenas de metros. Dentro dos limites dos domos salinos, a
A parte média foi reconhecida principalmente por sondagens abertas nas proximidades
de Luanda, Caxito e em Cabo Ledo, estando representada por calcários, muitas vezes
oolíticos, conyendo níveis anidriticos. Às vezes, nos leitos calcários aparecem asfaltos
carta localizam-se na parte oeste da zona, na região de Cabo Ledo e na zona litoral
a 60
ANEXO CAPITULO III
mais para norte de Luanda, tendo sido reconhecidas mediante sondagens. As suas
semelhantes aos depósitos acima descritos das formações Infra-Binga e Binga. A parte
média esta representada por dolomites e calcários. A parte superior é constituída por
calcários oolíticos e argilosos com espessuras atingindo 400 m. A espessura total das
aflora à superfície, tendo sido reconhecida na parte norte através de sondagens. O seu
zonagem lateral bem nítida. Na parte leste da zona, os depósitos estão representados,
quais podem ser distinguidos três níveis. O inferior é salífero, constituído por sal-gema
dolomítico, é constituído por dolomites com leitos anidriticos. Na área oeste da zona,
a 61
ANEXO CAPITULO III
dolomites e argilitos com uma espessura não inferior a 350 m. As interrelações com as
3.14.1.2.Zona de Cabinda-Congo
A formação Lucula aflora à superfície na parte leste da zona. A parte inferior do corte
argilitos. As rochas de tonalidade cinzenta contêm fôsseis de fauna terrestre, pelo que
parte oeste da zona. O seu corte mostra argilitos e grés cinzentos e verdes, de origem
espessura da formação vai até 500 m. Os seus depósitos assentam sobre as rochas do
Nas elevações antigas e nas suas encostas, o contacto entre as referidas formações é
a 62
ANEXO CAPITULO III
se sais (halite, carnalite, silvinite), enquanto que na parte superior ocorre anidrite. A
subjacentes.
3.14.1.3.Zona de Moçâmedes
leste da zona, sendo constituída por grés e conglomerados. Na sua parte superior são
subjacentes.
Os depósitos apcianos ocorrem na parte norte da zona. Estão representados por grés
margas e calcários, às vezes com algas. Na base ocorrem grés, muitas vezes gipsíferos,
a 63
ANEXO CAPITULO III
pela semelhança dos seus fósseis (Figura 4.4.-4.7). Os cortes dos depósitos desta
3.14.2.1.Zona do Cuanza
A formação cabo Ledo aflora principalmente, na parte leste da zona. É constituída por
calcários gresosos, grés calcários e argilas. A sua espessura é de 400 m. Quanto ao seu
discordante na parte leste. A formação Itombe foi reconhecida por sondagens na parte
a 64
ANEXO CAPITULO III
recente. É constituída por grés, margas e calcários. A sua espessura é de 400 a 1400 m.
depósitos são observados sob a forma duma larga faixa de norte para sul no sector
por grés, margas e calcários. Na parte norte, assinalam-se camadas de grés calcários
formações acima descritas são graduais, tendo sido os seus limites definidos com base
para leste e o aumento de rochas carbonatadas, para oeste. Embora para o Cretácico
estando encoberto em toda a sua extensão por uma possante (até 2-3 km) sequência de
a 65
ANEXO CAPITULO III
muitas vezes calcários no topo do corte. A sua espessura é de 200 a 400 m. Assenta
3.14.2.2.Zona de Moçâmedes
3.15.1.Depressão Perioceânica
a 66
ANEXO CAPITULO III
calcários e siltitos. A sua espessura oscila entre 200 a 1200 m. O seu contacto com os
depósitos subjacentes da formação Lucula não está bem claro. Admite-se que é
3.15.2.Depressões Continentais
do Congo. São importantes do ponto de vista prático devido à localização nesta área
são o prolongamento dos depósitos do Zaire onde foram estudados em pormenor. São
Turoniano. Com esta formação estão relacionados os mais ricos jazigos de diamantes
a 67
ANEXO CAPITULO III
Esta questão discutível poderia ser esclarecida mediante o estudo dos seus cortes.
A formação Kwango encontra-se no norte de Angola, onde se estende por mais de 600
km ao longo da margem esquerda do rio Cuango, sendo a sua largura de 150 a 250
província da Lunda-Norte. Em Angola, foi classificada pela primeira vez por F. Mouta
(90), na baixa de Cassanje (bacia do rio Cuango) como fazendo parte do grupo Lunda,
tendo sido posteriormente cartografada (129, 132, 133) como formação Kwango. É
No fundo dos vales, na base do corte ocorrem sedimentos terrigenos grosseiros, isto é,
parte superior do corte (até 100 m), são observados grés com estratificação
(até 5 m) de argilitos escuros. De oeste para leste e nordeste, partes periféricas para o
dimensões de calhaus nos conglomerados vão diminuindo, aos grés sucedem termos
mais finos e melhor calibrados, com estratificação mais fina e regular. A quantidade
a 68
ANEXO CAPITULO III
fácies marinhas com abundantes fósseis que datam, com segurança, a sua idade como
cenomaniano-turoniana (76).
vales dos rios Cuango, Cuilo, Chicapa, Luachimo e outros. A formação foi estudada
a 69
ANEXO CAPITULO III
inraformacionais.
segurança de acordo com a sua litologia (da parte inferior do corte), com o grupo
Bokungo do Zaire, cuja idade apciano-albiana foi definida com base nos ostracodes e
confirmado pelas datações obtidas nos doleriticos pigeoniticos nela intrusivos, sendo
3.16.1.Cretácico-Paleogénico
sector sul da zona e, em forma de manchas isoladas, nas suas áreas leste e nordeste. É
vermelha.
a 70
ANEXO CAPITULO III
3.16.2. Cenozóico
quaternários.
3.16.3 Paleogénico
a 71
ANEXO CAPITULO III
proximidades dos rios Dande, Cuvo, Cuanza e Cunga. Na zona de Moçamedes, são
3.16.3.1.Zona do Cuanza
zona. O seu corte está aqui representado principalmente por margas e argilas com grés
manchas, ao longo do litoral no sector sul. É constituída por margas, calcários, grés e
argilas. A sua espessura vai até 500 m. Assenta em concordância sobre a formação Rio
sector norte da zona, tendo sido reconhecidas apenas por sondagens. A sua
diferenciação não foi possível devido à sua litologia homogénea. São constituídas por
300 m. A idade dos depósitos patogénicos foi definida com segurança com base nos
a 72
ANEXO CAPITULO III
Estão representados por margas com leitos de grés e calcários. A sua espessura é de
3.16.3.3.Zona de Moçamedes
Cretácico superior.
3.16.3.4.Depressões Continentais.
mais extenso no território de Angola. São assinaladas no norte do país sob forma de
manchas isoladas, situadas a cotas de 1100 m (129) e a várias altitudes na parte oeste
de Angola (53, 82). A sua maior extensão na área observa-se ao longo da extremidade
dos depósitos com litologia diferente. Muitas vezes, estas couraças englobam material
a 73
ANEXO CAPITULO III
arenosos, com películas e fragmentos de material laterítico. A idade das laterites foi
planeplanação dos depósitos Mesozóicos mas, antes da fase de acumulação das areias
3.17. Paleogénico-Neugénico.
3.17.1.Zona do Cuanza.
nos seus sectores norte, sul e no centro. É constituída por rochas essencialmente areno-
a 74
ANEXO CAPITULO III
nas suas vertentes entre zero e varias centenas de metros. Assenta em discordância
3.17.2.Zona de Cabinda-Congo.
partir do rio Zaire para sul, até às proximidades da cidade de N`zeto, constituído
erosão. Assenta através duma nítida lacuna sobre as formações Ambrizete e Iabe. Nos
numa larga faixa a partir do rio Lucula e do rio Zaire. Estão representados por grés
rochas subjacentes.
noroeste da zona, a sul da vila de Cacongo. São constituídos por calcários, margas,
a 75
ANEXO CAPITULO III
3.17.3.Zona de Moçâmedes.
desconhecidas.
proximidades de cidade de Benguela o seu corte apresenta grés, margas argilosas com
leitos isolados de calcários com algas, passando gradualmente mais para cima ao grés.
Ao longo do rio Pima, na parte superior do corte são observados conglomerados com
concordante.
3.17.4.Depressões Continentais.
depósitos do referido grupo localizam-se nas áreas limítrofes, aflorando nas bacias dos
a 76
ANEXO CAPITULO III
outros. A sua composição é uniforme quer no território de Angola, quer nos países
localmente, só nos fundos dos vales dos rios, enquanto que a formação superior está
exposta à superfície em extensas áreas dos interfluvios. Nas áreas pouco afectadas por
sempre semelhante à das rochas subjacentes mesozóicas ou mais antigas. Mais para
a 77
ANEXO CAPITULO III
diamantíferos, de cor clara com tons amarelos e violáceos, são constituídos por
O grupo Kalahari, formação “Areias ocres” ou de “argilas ocres arenosas” (109) tem
São constituídas finas areias quartzosas (0,1-0,5 mm) com teores apreciáveis de argilas
nítida, sucedendo-se às rochas litificadas, friáveis. A superfície que separa estas duas
a 78
ANEXO CAPITULO III
superior das “areias ocres” observam-se leitos de argila e lenhites com espessuras
mal preservados. Com raras excepções, os depósitos da formação não são fossilíferos.
deluvio-eluvionar.
A génese das “areias ocres” não está esclarecida. Vários autores assinalam evidências
A idade da formação é Neogenica, ante Pliocénica tardia (28, 76). Conforme vários
planeplanação, enquanto que o limite superior foi adoptado com base no facto de os
depósitos da formação terem sido erodidos pelos vales dos rios com terraços fluviais
do Plistocénico precoce.
Congo e de Okavango, bem como nas áreas de bordadura dos escudos do Cassai e de
Angola, onde a formação inferior não aflora à superfície devido a cobertura dos
com bastante segurança, admitindo-se, no entanto, a sua existência nas áreas referidas.
Estas áreas, constituídas por areias, cascalhos, conglomerados, grés e outros depósitos
a 79
ANEXO CAPITULO III
3.18 Neogénico.
Mesozóicas na área dos rios Cuvo e Cuanza. É constituída por margas, argilas e, mais
raramente, por calcários e grés. Na base, ocorrem grés calcário conglomeraticos. A sua
estratigráfica.
longo da linha da costa actual, no sector noroeste da zona do Cuanza, não se tendo a
argilas, margas, às vezes gipsiferas, calcários e grés. A sua espessura atinge 2000 m.
3.19. Neogénico-Quaternário.
a 80
ANEXO CAPITULO III
suave dos interfluvios da planície litoral, estando representados por argilas e areias
avermelhadas. Às vezes na base do corte aparecem níveis lateriticos (0,5-1,0 m). Nos
quaternários.
constituindo interfluvios em declive suave e vertentes dos vales dos rios. Estão
3.20. Quaternário.
representados por diversos termos genéticos. Entre eles, foram definidos depósitos
marinhos.
a 81
ANEXO CAPITULO III
Benguela, onde ocorrem nos terraços marinhos de abrasão com cotas de 8-13 m, 18-29
Os depósitos dos terraços altos (superiores a 40 m) estão representados por areias finas
de tonalidade clara, muitas vezes com calhaus bem rolados no topo. São observadas
intercalações e leitos
Constituídos por grés grosseiros com cimento calcário (até 1 m), calcário conquíferos,
(até 1,5-2 m) e cascalheiras. Nos calcários conquíferos foram encontrados (49) valvas
com exemplares de Arca, Conus, Ostreia. Na área da Baia Farta, foi identificado um
(conglomerados) que ocorrem na base do corte (91). A espessura total dos depósitos é
de 12 a 20 m.
argilosas de tonalidade clara ou avermelhada e, mais raramente, por argilas com valvas
sua idade é definida partindo dos fósseis, utensílios paleolíticos encontrados e da sua
posição geomorfológica.
a 82
ANEXO CAPITULO III
3.20.2.Halogénio.
3 a 6 m de altitude e os aluviões das linhas de água. A sua idade é baseada nos dados
geomorfológicos.
Luanda). Estão representados por areias finas de tons claros muitas vezes ricas em
magnetite e epidoto localmente por cascalheiras e, com menor frequência, por argilas e
Os depósitos aluvionares constituem terraços baixos com encostas até 3 m, leitos dos
rios e lezírias de todas as linhas de água mais ou menos importantes. São constituídos
por areias finas e grosseiras, na sua maioria com pouca argila, às vezes com calhaus,
assinalam-se cascalheiras (62). A espessura dos depósitos oscila entre 8-9 e 15-20 m.
Os aluviões das linhas de água que cortam o maciço do Cunene estão representados
por argilas e, em menor grau, por areias com pequenos seixos de rochas. Apresentam-
raramente, por ágatas com matriz arenosa ou areno-argilosa. Estas cascalheiras são
diamantíferas (101-105).
a 83
ANEXO CAPITULO III
sul da cidade do Namibe, bem como no sudeste do país, no interflúvios dos rios
do litoral pelos ventos de direcção sudoeste, enquanto que as sudeste são formadas
grupo Kalahari.
leste de Angola, nomeadamente nas bacias dos cursos superiores dos rios Cunene e
e argilas. As areias são bem lavadas ou argilosas. Nos níveis sub-superficiais das
dos depósitos deverá ser de poucas dezenas de metros. No nordeste de Angola, nos
a 84
ANEXO CAPITULO III
encostas das elevações com declive suave. A sua constituição depende da posição
espessura oscila entre 250 e 1800 m. As intercalações com os depósitos Cretácicos não
3.21.1.Ultrametamórficas e Metassomáticas.
a 85
ANEXO CAPITULO III
100 000 -1: 250 000, as pequenas intrusões de. rochas básicas foram geralmente
pormenor foi estudado o maciço que fica nas proximidades da povoação de Úcua. É
constituído por anfibolitos, ortognaisses derivados dos gabros e por enderbitos que são
metamorfismo.
sua parte nordeste, nas rochas do grupo inferior do Arcaico inferior (116), formando
Chicango, Soambanda, Namba (Figura 5.1). O seu diâmetro varia de 2-3 a 12-14 km.
a 86
ANEXO CAPITULO III
a 87
ANEXO CAPITULO III
granitos a dioritos).
grande escala. Dentro deles aparecem, por vezes, relíquias de composição básica,
apresentando diversos graus de alteração. Os dioritos típicos são bastante raros, sendo
na maioria dos casos dioritos quartzitos com dois minerais máficos, nomeadamente
a 88
ANEXO CAPITULO III
ditos.
Os granitos pouco alcalinos são rochas comteor em SiO2 superior a 68% e o total de
alcalis, inferior a 7% (quadro 5.1, col 4). Pela composição mineralógica e petrográfica
do aumento de K2O.
(quadro 5.1.,col.. Este último factor é condicionado pela presença nos granitos de grão
entre 1847± 62 e
parece, isto deve-se ao facto dos granitoides em referencia terem sido sujeitos, na
a 89
ANEXO CAPITULO III
superior, sendo por sua vez intrudidos por granitos porfiroides e leucocraticos do
Proterozóico Precoce.
conjunto de diques.
Quadro 5.1.Características das rochas ácidas plutônicas do Arcaico Tardio do escudo de Angola.
Observação: O quadro foi elaborado com base nos dados analíticos que se refere aos trabalhos
publicacdos (2, 5, 73).Nas características petroquimicas foram utilizados os seguintes valores, relações
e coeficientes (65):
a 90
ANEXO CAPITULO III
e granitos leucocráticos.
isolados nos escudos do Maiombe e do Cassai (Figura 5.2). O batólito destes granitos
situa-se a norte do paralelo 13º latitude sul. Estas rochas, designadas por M.
Montenegro de Andrade (2) por granitos de “Quibala”, exibem uma textura porfiroide
3 cm a 4-7 cm e são caracterizadas por uma composição variável. Mesmo na área dum
porfiroblasticos (88, 114) admitem que estes foram formados devido à transformação
5,1, col. 5), mostrando apenas teores um pouco mais elevados de alcalis e, sobretudo,
a 91
ANEXO CAPITULO III
do vale do rio Beio. Segundo H. de Carvalho (29), estes granitos mostram tendência
Col. 3), Contendo como acessórios zircão, esfena, apatite e fluorite. Nos trabalhos de
a 92
ANEXO CAPITULO III
Quanto à idade dos granitos porfiroblasticos, não existem datações uniformes, visto
serem os seus contactos com rochas encaixantes, regra geral, graduais. Na opinião de
1708±117 m.a (Rb- Sr, rocha total) a 1710 ± 12 m.a. (K- Ar, biotite) (117, 119),
a 93
ANEXO CAPITULO III
Angola e do Maiombe.
No escudo de Angola, o maior maciço destes granitos foi localizado perto das
a 94
ANEXO CAPITULO III
Lulumba e Uonde, foram também identificados na parte sul do escudo. Assim como
composição petroquímica (quadro 5.3, col. 3), estes granitos correspondem aos
a 95
ANEXO CAPITULO III
Maiombe.
rochas básicas e ultrabásicas que fazem parte do grande maciço do Cunene, varias
maciço.
norte para sul por uns 350 km (a partir da povoação da Matala até ao rio Cunene), com
largura atingindo 100 km. Fazem parte do maciço dois grandes grupos de rochas
a 96
ANEXO CAPITULO III
autores (22-24, 117, 118, 124, 147-150), foram formadas em duas etapas: Precoce,
pronunciado.
bastante nítidos, sendo graduais no seio dum só ritmo. A espessura das “camadas”
outras áreas do maciço do Cunene (quadro 5.4) também confirmam o facto destas
a 97
ANEXO CAPITULO III
comparação com rochas da fase precoce, tendo-se dado a sua formação um tanto
dos seus limites. Dois corpos de dimensões consideráveis destas rochas foram
pelo método K-Ar, variam no intervalo de 1964± 61 e 2157 ± 43 m.a. (118, 119).
a 98
ANEXO CAPITULO III
las à escala desta cata. Alguns corpos bastante grandes de ultramafitos foram
Este complexo intrusivo engloba, como já foi atrás referido, as rochas granitoides
Os maiores corpos dos granitos rapaquivi foram cartografados nas partes norte ( área
grosseiro, de coloração vermelha típica, regra geral, facilmente alteráveis ( 23, 24, 118
Nas áreas periféricas dos maciços, os granitos passam muitas vezes à fácies sieniticas
a 99
ANEXO CAPITULO III
dos seus corpos, todas as rochas acima com a mesma cor, sendo a variedade
escudo do Maiombe.
Os riolitos, dacitos, andesitos e seus tufos localizam-se nas mesmas áreas do escudo de
Angola em que ocorrem os porfiros graníticos. Alem disso, uma área de dimensões
a 100
ANEXO CAPITULO III
consideráveis ocupada por estas rochas foi delimitada nos vales dos rios Cuélei e
existentes de três amostras de riolito vítreos, colhidas nesta região, variam de 1708 a
3.21.1.3.5. Dorelitos
na direcção NW, sendo, porém, assinaladas outras orientações. A sua espessura varia
1281± 22 m.a. (rocha total), sugerindo, segundo parece, a época da sua recristalização
(117, 119).
a 101
ANEXO CAPITULO III
3.21.1.3.6. Quimberlitos
A favor desta hipótese estão as descobertas de diamantes nos aluviões dos rios no sul
3.21.1.3.7. Diques
costumam ser muito variáveis de poucos metros até dezenas de metros, sendo a
a 102
ANEXO CAPITULO III
(Elege);
A formação dos pegmatitos, segundo parece, deve ser relacionada com a instalação
minerais dos pegmatitos (método K-Ar) da parte oeste do escudo de Angola situam-se
escudo e Angola.
a 103
ANEXO CAPITULO III
país, nos escudos do Maiombe e de Angola. A sua formação deve ter-se dado na fase
a 104
ANEXO CAPITULO III
Os gabros são rochas intrusivas mais antigas deste grupo. A 25 km para sudeste da
( ocorrência de Quileco).
coeficiente agpaítico que possuem (quadro 5.3, col 4,5). Os granitos alcalinos
a 105
ANEXO CAPITULO III
Os sienitos são a variedade dominante dos maciços de Lucenga e Uene (Figura 5.2),
semelhantes aos sienitos subalcalinos da série sódio-potássica (quadro 5.3, col. 6).
e Saia que se situam nas proximidades do maciço de gabros de Dombo Andala. Fazem
além dos maciços referidos, foram localizados nesta região grandes diques e soleiras
mantos, e, mais raramente, diques de direcção NNW. Os doleritos deste tipo são
a 106
ANEXO CAPITULO III
Nesta unidade foram agrupados os diques relacionados com a instalação das intrusões
graníticos) que ocorrem em relação directa com os maciços de Dombo Andala e Saia.
Além disso, foram atribuídos às rochas idade os diques de rochas básicas (noritos,
submeridional ou NNW, sendo o seu modo de ocorrência quase sempre vertical, com
uma extensão da ordem dos 3-7 km ou mais e espessuras até 50-80 m. Apresentam
inferior de idade foi estabelecido partindo do facto de os noritos serem intrusivos nos
determinações isotópicas dos noritos e gabros noriticos (método K-Ar) que se situam
maioria dos autores atribui estes complexos ao Cretácico. Regra geral, localizam-se
dentro dos limites da estrutura transcontinental de Lucapa. Na área desta estrutura são
a 107
ANEXO CAPITULO III
seguintes grupos:
composição ultrabásico-alcalina.
Congo. A maior parte das ocorrências quimberlíticas localiza-se nas seguintes áreas
(Figura 5.3): I- Lunda, II- bacia dos rios Cacumbi, Cacuilo e Cuango, III- curso médio
do Cuanza, IV- curso superior dos rios Cunene, Cuvo ou Queve e Catumbela.
a 108
ANEXO CAPITULO III
A área I, mais bem estudada, situa-se no escudo do Cassai, nas bacias dos rios Chicapa
com varias forma arredondada, elíptica ou muito alongadas, variando também as suas
dimensões de poucas dezenas até centenas de metros. As maiores atingem 900 × 900
são diamantíferas.
melhor estudada; a sua parte superior esteve em exploração durante muito tempo. É
constituída por rochas de fácies de cratera (tufos detríticos com clastos de dimensões
variadas e tufos argilosos) até uma profundidade apreciável (superior a 100 m).
a 109
ANEXO CAPITULO III
O campo quimberlitico de Camutué (17 × 6-0,4 km) situa-se no vale do rio Luachimo.
dique quimberlitico. As chaminés foram mal estudadas. Têm uma forma arredondada,
Na área IV, situada também no escudo de Angola, mais para sul da área III,
conhecida.
Fonolítos
As rochas alcalinas deste grupo estão representadas por grandes intrusões multifásicas
do tipo central. Como já foi atrás referido, na área do escudo de Angola estas
tendo sido, contudo, alguns corpos cartografados fora dos seus limites (Calucala,
a 110
ANEXO CAPITULO III
(72, 73,94), fazem parte da sua constituição rochas alcalinas de composição ácida e
média. A relação dos maciços de rochas deste tipo e as suas variedades petrográficas
a 111
ANEXO CAPITULO III
rios Mamue e Cimo), perto do cruzamento das falhas de direcção NNE e WNW. Tem
principalmente, por sienitos nefelínicos, sienitos e pórfiros sieniticos; dentro dos seus
parte central (da chaminé) é constituída por depósitos recentes; as rochas encaixantes
a 112
ANEXO CAPITULO III
Até à data, no território de Angola foram detectados 14 maciços deste tipo. De igual
fejdspaticas tanto nas zonas periféricas da estrutura como no seu centro (Bonga,
Virulundo);
a 113
ANEXO CAPITULO III
Tchivira a maior estrutura anelar, de cerca de 100 Km², fica situada a 80 km para NNE
a 114
ANEXO CAPITULO III
Catanda, uma das maiores estruturas anelares (com cerca de 77 Km²), fica a 4 km a
filões apresentam orientações diversas: N-S, NNW, NNE, e W-E. A sua espessura
a 115
ANEXO CAPITULO III
Traquitos, Tefritos
Ocorrem nas mesmas áreas onde se localizam as rochas acima descritas. Fazem
a 116
ANEXO CAPITULO III
3.21.2.3. Diques
vulcânico da Jamba Calungo, como bastante distanciados deste. São constituídos por
Foram englobadas neste grupo de diques e rochas filonianas as rochas cuja idade não
a 117
ANEXO CAPITULO III
parece, fazem parte dos complexos filonianos de rochas ácidas magmáticas do Arcaico
que ocorrem rochas de composição ácida acima referidas, com a mesma orientação, só
que aparecem com menor frequência. São constituídos por dioritos quartzicos,
dioritos, microdioritos e pórfiros dioriticos. A sua formação deve ser segundo parece,
a 118
ANEXO CAPITULO III
Quipungo. A espessura dos filões varia entre poucos metros e 35-40 m, sendo a sua
extensão de algumas centenas de metros até 2 km. Os filões têm varias direcções
abrupta, aparecendo, contudo, também alguns filões bastante espessos com inclinação
suave.
Mamue e Chiango);
a 119
ANEXO CAPITULO III
3.22. Tectónica
estruturais dos ciclos tectónicos de diversa idade estão indicados no esboço tectónico-
estrutural à escala 1: 5 000 000 situado na parte inferior direita desta carta Geológica.
No pequeno esquema à escala 1: 30 000 000, dentro deste esboço, estão representados
definidas através dos elementos geométricos e com base nos dados da análise
placas, etc.). A representação das estruturas positivas da mesma ordem foi muito
a 120
ANEXO CAPITULO III
rochas metamórficas, foram definidos com base nas suas características litológicas e
crusta terrestre. Estes complexos têm grande importância para a definição dos regimes
foram obtidos mediante métodos geofísicos e com base nos trabalhos de sondagem
pode ser definida a partir de deduções Geológicas. Não existem também dados sobre a
a 121
ANEXO CAPITULO III
enquanto a parte superior (do Arcaico Tardio) é caracterizada por uma composição
Camada Protometamórfica
Esta parte da camada protometamorfica, com limite inferior não definido, tem,
(metamorfizada).
a 122
ANEXO CAPITULO III
dobramentos profundos. Distinguem-se zonas com desenho estrutural não linear (em
segundo NW; na parte oeste (interflúvios dos rios Mamue e Cuvo) a orientação é NE,
e na parte sudeste (margem direita do rio Cunene), esta é NW. Nas áreas referidas
a 123
ANEXO CAPITULO III
gabroides e diabases. Contudo, não possuindo dados seguros para estabelecer tal
carbonatadas do Arcaico Tardio nas partes oeste e sudeste do escudo de Angola e têm
Deste modo, distinguem-se três tipos de grandes estruturas do ciclo Arcaico Tardio:
a 124
ANEXO CAPITULO III
ordem.
Continental
As estruturas deste ciclo estão representadas por “troughs” estreitos de rochas verdes
a 125
ANEXO CAPITULO III
suave.
continental. Na parte oeste está situado o grande maciço do Cunene (uma estrutura
gravitacional (68).
a 126
ANEXO CAPITULO III
estrutura sinclinória.
depressões e grabens lineares nos blocos sólidos. Para os “troughs” de rochas verdes e
a 127
ANEXO CAPITULO III
de Activação da Plataforma
existente, as rochas que se formaram durante estes ciclos não podem ser
a 128
ANEXO CAPITULO III
acompanhada de magmatismo
Maiombe, de 120 000 Km²; o escudo do Cassai, de 150 000 Km² e de Bangweulo, de
sul por falhas profundas. Esta estrutura consedimentar foi encoberta, em vários
a 129
ANEXO CAPITULO III
períodos do ciclo Proterozóico Tardio, por uma cobertura pouco espessa de depósitos
são mais abruptos, muitas vezes encurvados. Os parâmetros das dobras são indicados
nos flancos muito inclinados e inversos dos anticlinais. A zona de dobras lineares é
caracterizada por uma clivagem paralela às superfícies axiais das dobras. A clivagem
inclina 40º- 80º para oeste e sudeste. A sua intensidade aumenta para sudeste e para
baixo no corte (111, 129, 132). A zona de dobramentos de orientação diversa está
orientadas segundo NE. As dobras são assimétricas, normais, abertas (quadro 6).
aulacogeno relaciona-se com uma activação posterior das falhas profundas latitudinais.
a 130
ANEXO CAPITULO III
talude sul está encoberto por sequências sub-horizontais mais recentes do grupo Xisto-
3.22.3.1.4.Placa de Okavango
3.22.3.1.5.Placa do Congo
Lucala), assinala-se uma área com dobras abertas lineares, associadas às falhas de
a 131
ANEXO CAPITULO III
a 132
ANEXO CAPITULO III
a 133
ANEXO CAPITULO III
Tardio
Okavango.
cerca de 100 km. É constituída por rochas intrusivas de composição alcalina e básica
O graben de Cassanje é a maior estrutura negativa deste ciclo. É uma estrutura em arco
que se estende por uns 600 km com largura de 100 a 200 km. É constituída por um
a 134
ANEXO CAPITULO III
A formação das estruturas do referido ciclo está relacionada com fenómenos que
fases precoce do ciclo, as depressões lineares locais da parte leste de Angola foram
Congo e de Okavango.
a 135
ANEXO CAPITULO III
3.22.5.1.1.Depressão de Okavango
cobertura sedimentar atinge 3 km nas partes sul e leste da Depressão. Na sua parte
3.22.5.1.2.Depressão do Congo
A Depressão Perioceânica estende-se ao longo do litoral do país por mais de 1000 km.
movimentos de diversas amplitudes que actuaram nestas falhas, oscilando entre 1-2 e
a 136
ANEXO CAPITULO III
interna pode ser observada nos cortes Geológicos. Os depósitos sedimentares formam
por falhas, acompanhadas por vezes de zonas de dobramentos. A direcção geral destas
Geólogos da JEBCO, são conhecidas nesta área (7º 40´- 13º lat. Sul) mais de 500
espessura de sal nos núcleos oscila entre algumas centenas de metros (zona de
a 137
ANEXO CAPITULO III
A fossa abissal “Ancestral Rift”, constituída pela série turbiditica, está separada das
estruturas acima descritas por uma falha profunda. O seu estudo não foi completo,
crusta do tipo oceânico. Outros autores (45) admitem que esta área está representada
por uma elevação Cretácica e uma depressão Cenozóica, sendo esta última constituída
inclinação suave.
vastas regiões no oeste, sul e leste do território do país (ver esboços das fácies
a 138
ANEXO CAPITULO III
1100 km, variando a largura de 60 a 200 km. Está representado por uma zona de
fracturação intensa (11), dentro da qual se encontra a maior parte das chaminés
Atlântico, fica situada a crista vulcânica Walvis Ridge constituindo uma anomalia da
crusta oceânica.
NE, estendendo-se por mais de 200 km com largura variando de 50 a 100 km. Aqui
a 139
ANEXO CAPITULO III
Cassanje Sul, de Cassanje Leste, do Cuanza Sul e do Cuanza Norte, assim como a
território do país é superior a 1300 km. A superfície, esta representada por uma zona
principalmente falhas normais verticais com rejeito até 2,5 km. No relevo actual, a
falha em referencia esta sublinha por uma escarpa com altitude de 700 a 1300 m,
a 140
ANEXO CAPITULO III
situadas na área, bem como a sismicidade elevada (de acordo com a informação do
Ocidental. A sua extensão do território de Angola é cerca de 450 km, sendo a largura
As falhas profundas de Cassanje Sul e Cassanje Leste estão situadas na área da placa
do Congo, tendo sido definidas com base na interpretação das fotografias satélites
sendo a amplitude dos rejeitos verticais de 2-3 km. A instalação das falhas data,
deu origem ao graben de Cassanje. Ases falhas muitas vezes associam-se os traços
rectilíneos dos vales dos rios Inkise-Longe e Lungue-Bungo (Cassanje Sul) e vales
curvados dos cursos superiores dos afluentes do rio Cassai (Cassanje Leste).
As falhas profundas do Cuanza sul e do Cuanza norte delimitam o horst com o mesmo
nome são transversais em relação à maioria das unidades estruturais de Angola. A sua
extensão é de 200 a 250 km. A oeste são limitadas pela zona da falha perioceânica.
a 141
ANEXO CAPITULO III
rejeitos de varias centenas de metros. Não se exclui a hipótese de ser este bloco um
nestas falhas devem ter condicionado rejeitos horizontais até 100 m dos depósitos
Graben de Cassanje.
A falha profunda no sopé do talude continental foi definida com métodos Geólogo-
Geofisicos. Admite-se que ela separa os blocos da crusta continental e oceânica. Foi
Cenozóico.
submeridional, nas partes sul e central (Figura 6). No centro do referido escudo
sistema de falhas meridionais com 100 a 350 km de extensão, definidas muitas vezes
a 142
ANEXO CAPITULO III
aulacógeno foram definidas falhas de direcção NE. Na fase inicial dos movimentos
com amplitudes até 2 km, enquanto nas fases finais predominavam rejeitos horizontais
As falhas regionais da Depressão Perioceanica foram definidas com base nos dados
em horst e graben. A amplitude dos seus rejeitos oscila entre varias centenas de metros
falhas mais antigas. As falhas supostas transformes de direcção NE têm inicio na crista
central e sul (Figura 6). São, provavelmente, falhas consedimentares. A sua instalação
São consideradas como pequenas falhas intracrustais as falhas com extensão inferior a
100 km. Estão representadas por falhas normais, inversas e por diáclases de direcção,
a 143
ANEXO CAPITULO III
3.23. Geomorfologia
oceânico litoral.
dividido em duas partes: ocidental e oriental. Para a parte leste é característico o relevo
a 144
ANEXO CAPITULO III
a 145
ANEXO CAPITULO III
atingir 3000 m. A oeste, o planalto é limitado pela “Grande Escarpa” e pela zona de
costeira. Mais para cima de “Grande Escarpa”o planalto declina para leste e sudeste,
litoral para leste e sudeste, oscilando as suas cotas absolutas entre 0 e 1000 m no curso
médio dos rios Dange e Zenza, sendo a profundidade de dissecação das planícies de 20
a 146
ANEXO CAPITULO III
As planícies dos cursos superiores do Cuanza-Longe estão ligados aos extremos leste
cotas absolutas atingem 1500 m. A orientação das cordilheiras e das baixas que as
separam coincide com a direcção dos dobramentos. Localmente, os fundos dos vales
250-300 m.
vales dos rios têm um perfil transversal em forma de “V”, sendo a profundidade do
Prolonga-se de sudeste para noroeste por uns 300 km, com cerca de 100 km de
a 147
ANEXO CAPITULO III
encaixamento dos vales dos rios não é profundo, as encostas são suaves.
Cenozoicos da Depressão Perioceânica. A sua largura não ultrapassa, regra geral, 15-
30 km. Nas proximidades da foz dos rios Zaire e Cuanza, a referida planície sofre um
alargamento de 100 a 130 km, formando as bacias costeiras do mesmo nome. Na bacia
do Cuanza a linha costeira apresenta-se recortada por lagoas que preenchem falhas
muitos rios observam-se praias, terraços de acumulação, ilhas e restingas com vários
145 1 175 m. As vertentes dos vales são, regra geral, pouco escarpadas, enquanto na
zona de degraus formados por abrasão aparecem gargantas com quedas de água. Às
vezes observam-se vales suspensos. O relevo da planície costeira foi formado devido à
A planície do Namibe fica situada no extremo sudeste de Angola, mais para norte da
foz do rio Cunene. É constituída por areias aluvionares eólicas modernas. A sua
a 148
ANEXO CAPITULO III
O relevo da parte de Angola está representado por planícies de acumulação dos cursos
Zambeze.
Macondo. O relevo está representado por um “plateau” com cotas absolutas de 1200 m
de metros.
absolutas são de
dos rios são na sua maioria, de orientação meridional, apresentando-se estreitos, com
a 149
ANEXO CAPITULO III
lagos de recepção.
Lumbate (o interflúvios dos rios Zambeze e Casssai), originada por acções tectónicas e
erosão, bem como na margem direita do rio Cubango e na bacia do rio Cunene. A
depressão Cameia-Lumbate estende-se para sudeste por 200 km, sendo a sua largura
de 1800 km. As cotas absolutas são de 1100 a 1400 m. Em toda a zona periférica, a
depressão é limitada por degraus com 50-60 m de altitude. É recortada por uma densa
que se abre para sul. A extensão da planície de norte para sul é de 200 km, sendo a sua
drenagem é orientada para o rio para o rio Cunene, enquanto na parte sudeste, as aguas
Nos tempos modernos, uma parte do curso superior do Cunene foi captado por um rio
que desemboca no Oceano Atlântico. Durante as cheias toda planície fica coberta por
água. Segundo
a 150
ANEXO CAPITULO III
“Mufitos” são elevações encobertas por depósitos arenosos, com vegetação arbórea e
superficiais encobertas por película salina; “chanas” são baixas alongadas com a
largura até 500 m, `as vezes com camadas superficiais de argila; “mulolas” são
originada por processos de abrasão e acumulação, com largura oscilando entre 8-10 e
degrau com cerca de 550 m de altitude, atingindo 850 m nas proximidades do Cabo de
Santa Maria. A maior altitude da escarpa observa-se nas proximidades da foz dos rios
Coporolo, Catara, São Nicolau e Mutabo. O fundo Oceânico apresenta-se sob a forma
fundo é de 4500 m.
A Historia da evolução do relevo de Angola pode ser restituída, com base nos dados
a 151
ANEXO CAPITULO III
as planícies de denudação.
“Africana” (64).
a 152
ANEXO CAPITULO III
aplanação pós Africana, a qual se observa actualmente nas proximidades dos vales. Na
Plistocenico Médio e Superior, formaram-se vários níveis dos terraços altos de lezíria.
Os principais conceitos dos autores desta carta Geológica sobre os ciclos mais
Cenozoico.
a 153
ANEXO CAPITULO III
hiperstenicos, com alto teor em Al½O3 e outros), leptitos, quartzitos, anfibolitos, bem
a 154
ANEXO CAPITULO III
também ter tido lugar em outros escudos do território de Angola, de que são
a 155
ANEXO CAPITULO III
começou uma subsidência lenta que deu origem à acumulação dos depósitos terrígeno-
a 156
ANEXO CAPITULO III
penetram nas estruturas dobradas consolidadas, dando origem aos maciços gabro-
a 157
ANEXO CAPITULO III
formação Cuvo).
(formações Pinda, Cabo Ledo, Vermelha, Itombe, N`Golome, Teba). Nos tempos do
depressões profundas.
mudaram para as regressivas, tendo estas últimas, sobretudo, manifestado a parteir dos
a 158
ANEXO CAPITULO III
Pliocénico. A partir dos fins do Neogenico até à data, em condições de clima húmido,
a 159
ANEXO CAPITULO III
sais de potássio.
a 160
ANEXO CAPITULO III
O nível de conhecimento geológico do país é muito baixo, tendo sido estudadas com
maior pormenor as áreas onde se localizam jazigos de petróleo, gás, diamantes e ferro.
determinados tipos de recursos minerais, não visando uma avaliação global de todas as
outros dados.
iniciada a sua exploração industrial a partir do ano 1955. Actualmente, são conhecidos
O petróleo possui teores mínimos de enxofre, pode ser leve ou pesado. A distribuição
dos jazigos é, na sua maioria, determinada pela existência dos domos salinos e
Geofísicos, foram definidas três bacias petrolíferas: Cabinda, Congo e Cuanza (Figura
a 161
ANEXO CAPITULO III
Meso e Cenozóico, das formações Pinda, Iabe, Lucula e Bucomazi. São conhecidas
Veado e outros). Muitos jazigos possuem tanto petróleo como gás. A “rocha
forma rentável.
a 162
ANEXO CAPITULO III
adjacentes.
3.25.2. Diamantes
explorados desde 1917 até 1987 pela Empresa concessionaria “DIAMANG”. A partir
Foram detectados jazigos de diamantes com interesse económico nos aluviões dos
vales actuais dos rios, nas chaminés quimberliticas e nos depósitos aluvionares
Cretácicos.
quilates (este valor das reservas dos depósitos aluvionares dos vales actuais dos rios
foi-nos fornecido por Geólogos da “ENDIAMA” com base nos dados em arquivo dos
a 163
ANEXO CAPITULO III
leito do rio Cuango, atingindo teores da ordem dos 35-40 q/m³. Para alem disso, são
as reservas dos diamantes que ali ocorrem não são uniformes, dependendo da distância
chaminés no vale do rio Cuango, mais de 60 no vale do rio Chicapa e 17, no vale do
curso médio do rio cuanza e a montante do rio Cunene. As suas reservas não foram
teores de 0,3 a 1,3 q/m³, localizando-se todas elas na província da Lunda-Norte (78).
Em 170 chaminés foram encontradas teores de 0,1 a 0,3 q/m³. Quanto às restantes
a 164
ANEXO CAPITULO III
que mais baixo no corte, até à profundidade de 130 m foram detectados, através de
existem informações sobre as suas reservas. Sabe-se apenas que as suas dimensões são
foi estudada apenas em pequenas áreas aflorantes nas bacias dos rios Chicapa,
detectadas diamantes puros com cristais de dimensão média, sendo o teor médio de
0,45 a 1,6 q/m³. As reservas prognósticas avaliadas, só nestas áreas, são cerca de 150
milhões de quilates. É bem provável que nestes depósitos diamantíferos venham a ser
detectados metais raros, ouro e outros recursos minerais com interesse económico.
a 165
ANEXO CAPITULO III
3.25.3.Ferro
destacam-se mineiros de dois tipos: primários, nas rochas de base, e secundários, nos
hidrotermal e eluvionares.
A zona mineira de Cassinga, com uma área de 160×160 km, fica a 400 km para leste
atingindo 70% (5-7% do volume total de mineiros). As zonas mineiras da região estão
a 166
ANEXO CAPITULO III
43% Fe, 0,02% P, 0,3% Al½O3 e 32-64% SiO½. Destacam-se massas lenticulares de
volume total de reservas. As reservas prognosticam dos mineiros de ferro dos jazigos
ferro é de 33%, sendo as reservas avaliadas em 249 milhões de ton. O jazigo foi
exploração a céu aberto com extracção prevista de 5-6 milhões de ton/ano (51, 92).
mineiros do tipo itabiritico. Os jazigos estiveram em exploração até 1975, tendo sido a
extracção do tipo artesanal. O estudo dos mineiros primários não chegou a ser
realizado (92).
a 167
ANEXO CAPITULO III
anortositos do maciço do Cunene que relevam muitas vezes teores elevados em ferro
partir dos depósitos eluvionares até 1975. Os estudos feitos sobre os jazigos primários
a 168
ANEXO CAPITULO III
jazigo de Bailundo, o volume mineiro extraído dos depósitos eluvionares foi de 79 mil
92).
carbonatadas das zonas dos “scarn” do Proterozóico Superior (Grupo Alto Chiloango),
maciços, com teor em ferro de 65%. O volume do mineiro extraído dos depósitos
filonianos de mineiros de ferro e manganés com teores médios de 28% Fe e 23% Mn,
a 169
ANEXO CAPITULO III
Os mineiros deste tipo formam uma carapaça cobrindo os mineiros primários que
erodidos e redepositados nas depressões. As espessuras dos depósitos são, regra geral,
extracção de ferro em Angola. A totalidade das suas reservas foi avaliada, de acordo
3.25.4 Titânio
No sudoeste de Angola, existem varias áreas com mineralização titanifera (24, 95,
TiO½, quatro (4) áreas podem ser classificadas como jazigos, sendo as outras
aluvionares.
a 170
ANEXO CAPITULO III
62% Fe. As reservas prognosticas dos mineiros de titânio e ferro do maciço do Cunene
nunca foram avaliadas, podendo, contudo, fazer-se a sua previsão por analogia com os
(Republica Sul Africana) apresentam 8-25% TiO½ e 50-60% Fe, sendo as suas
toneladas de TiO½;
anortositos e gabros contem 12-14% TiO½ e 50% Fe, sendo as suas reservas
toneladas de TiO½.
Pelo que se pode ver, os teores de componentes úteis nos gabro-anortositos de Angola
são semelhantes aos dos mineiros citados. As reservas prognosticam destes mineiros
a 171
ANEXO CAPITULO III
conhecimento (92).
de Muquequete, Chiange, Nihiquilo e Área dos Gambos. No total, nos vales dos rios
concentrado ilmenitico.
a 172
ANEXO CAPITULO III
toneladas.
3.25.5. Manganés
de boa qualidade existem também noutras regiões do país, não sendo possível,
a 173
ANEXO CAPITULO III
nas laterites.
manganés (93). No período de 1943 a 1974, foram extraídos 600 mil toneladas de
de vertente. Os mineiros revelam 45-60% Mn, 2-3% Fe, 4-10% SiO½, 0,1-0,5% CÃO.
a 174
ANEXO CAPITULO III
verificada nos jazigos de Quitota, Serra Bê e Lengué, entre outros. Autores estimam as
complementar em profundidade e nos flancos dos jazigos. Alem disso, é bem provável
3.25.6. Cobre
A partir do século passado, foram detectadas no território do país mais de 170 áreas
em dois grupos:
Proterozóico Superior;
a 175
ANEXO CAPITULO III
Mavoio, Bembe, Báua, M`Bilo, Sanza, Quinzo, Quimbumba, Lueca, entre outros) e no
duma cadeia estendendo-se por mais de 100 km ao longo da falha das Hematites, a uns
com vanádio.
a estratificação, alinhados ao longo da falha das Hematites por uns 450-500 m com 50
cobre nativo, azurite e óxidos de manganés. O teor de cobre nos mineiros vária de
valores ínfimos a 30-35% (concentrado), o teor de cobalto é cerca de 1%, tendo sido
verificados nos concentrados teores até 15g/ton de ouro e cerca de 90g/ton de prata.
Em 1934-63, foram extraídas dos mineiros de alto teor 22000 toneladas de cobre, 1500
a 176
ANEXO CAPITULO III
avaliadas em 8,2 milhões de toneladas, com teor de cobre de 2,6% (ou 212 800
toneladas de cobre).
Lueca, com chapéu de ferro à superfície, são constituídos por hematite, goethite e
moltranite, descloizite, vanadinite, assim como pirite, galena e esfalerite, entre outros.
14,97% de pentóxido de vanádio. O total dos mineiros aqui extraídos é cerca de 12000
toneladas.
malaquite com calcopirite e calcosina, com teores de cobre de 0,5 a 4,7% (1,03% em
a 177
ANEXO CAPITULO III
Ocorrem principalmente na zona litoral de Angola, sendo observados de norte para sul
Itombe, Loeto, Biópio, Mina do Inglês, Cuio e Chapéu Armado, entre outras. A
bornite ou, em menor frequência, pirite, galena, esfalerite, malaquite e, ainda mais
presença de ouro (de 0.2-0,3 g/ton) e de prata (2,2-14,7 g/ton), nos mineiros do Zenza
a 178
ANEXO CAPITULO III
7285 mil toneladas de mineiro com teor de 2,08% Cu (ou seja, 151400 toneladas de
teor de cobre varia de 0,4 a 1,2%, atingindo em media, em algumas áreas, 1,93% Cu.
Amostras isoladas revelam 0,3-8 g/ton, de ouro e 2-69 g/ton de prata. A exploração
dos mineiros foi efectuada em volumes insignificantes, não tendo sido feita a
a 179
ANEXO CAPITULO III
psilomelana, torbernite. O teor de cobre varia de valores ínfimos a 3-4%, raras vezes
Carbonáticos
(quadro 5.6) foi estudada no decurso dos levantamentos Geológicos por itinerários,
com excepção dos maciços Tchivira, Coola e Bailundo. Os mineiros ricos em fluorite
dos dois primeiros maciços referidos foram detectados por sanjas isoladas, tendo os
a 180
ANEXO CAPITULO III
sondagens. O maciço da Bonga, com seu afloramento enorme, foi estudado através de
varias dezenas de amostras de mão, colhidas nas áreas mineralizadas em terras raras
Mineralização em terras raras. Foi detectada nos carbonatitos e fenitos dos maciços de
toneladas Nb½O5; 78 000 toneladas U3O8; 184 000 toneladas ThO½; 23 000
toneladas CeO½; 6500 toneladas Y½O3; 369 000 toneladas ZrO½; 543000 toneladas
TiO½ e 239000 toneladas SrO½ (73). No caso destes cálculos prognósticos serem
dos maciços do Bonga, Tchivira, Monte verde, Coola, Bailundo, Longonjo, Virulundo,
toneladas Nb½O5; 78000 toneladas U3O8; 184000 toneladas ThO½; 23000 toneladas
CeO½; 6500 toneladas Y½O3; 369000 toneladas ZrO½; 543000 toneladas TiO½ e
239000 toneladas SrO½ (73). No caso destes cálculos prognósticos serem confirmados
a 181
ANEXO CAPITULO III
Bonga, Coola, Bailundo, Longonjo, Virulundo e Monte verde. Na maioria dos casos,
Longonjo).
prima para a produção de alumínio. A nefelina, cujo teor oscila entre 23,9 e 72,2%,
maciços do Bonga (3-9% P½O5). Este mineral foi também detectado, embora em
com espessura até 80 m, observados por uns 200 m. O teor médio de fluorite é de
a 182
ANEXO CAPITULO III
mineralização foi observada mediante sanjas por uns 3 km. A espessura das zonas de
(peridoto) numa área de 36 mil m². As reservas avaliadas são de 1558 mil quilates de
pedras com dimensões de 2 a 5 quilate e 15,9 mil quilates de pedra com dimensões de
5 a 8 quilates. Alem disso, nos aluviões dos rios que cortam as rochas dos maciços de
3.25.8 Ouro
de Cabinda) datam dos séculos XVIII-XIX. O registo oficial da produção deste metal
foi iniciado em 1938. No período entre 1938-1973, a produção anual registada foi de
0,5-119 kg. A partir dos anos 60, a prospecção de ouro começou a ser mais
Angola, são conhecidos jazigos e ocorrências de ouro aluvionar e nativo (51, 58, 92).
a 183
ANEXO CAPITULO III
mineralização urifera localiza-se na bacia do rio Luali. No curso médio deste rio,
numa área de 3.000 Km², são conhecidos mais de 100 ocorrências de ouro e um jazigo
pequeno, de Macende. A existência de ouro foi verificada nos aluviões dos vales
médios do metal são de 0,4 a 1,12 g/m³. A exploração de ouro aluvionar foi efectuada
mais de 90 ocorrencias de ouro aluvuionar. Não existem dados nem sobre os volumes
dos trabalhos de pesquisa, nem sobre os parâmetros das ocorrências. O teor de ouro
As informações que se têm sobre as áreas de Dondo e Namibe são muito incompletas.
Nos aluviões de muitos rios assinalam-se teores industriais de ouro, às vezes com
São conhecidas duas áreas, M`popó e Chipindo, em que se localizam jazigos de ouro
a 184
ANEXO CAPITULO III
0,15 a 0,24 m e com 200 a 600 m de extensão. O teor de ouro nos filões é, em media,
60-82 g/ton. Numa das áreas, as sondagens atingiram profundidade de 160 m, tendo
sido os dois filões mais possantes atravessados por um poço de mina numa
6 a 82 g/ton. (sendo o teor médio de 18,14 g/ton.) e com reservas totais de 2,64 ton.
As rochas encaixantes, regra geral, não foram amostradas. Nos depósitos aluvionares,
em todas as 10 áreas foram detectadas teores elevados de ouro, não tendo sido,
povoação com o mesmo nome, ligada à sede da província, a cidade do Huambo, por
do curso do rio Colui, os teores de ouro nos depósitos aluvionares do leito e nos
a 185
ANEXO CAPITULO III
depósitos da lezíria oscilam entre alguns gramas e 200 g/m³. Em 1973, duas áreas com
económico (com teores superiores a 1 g/m³), tendo sido atravessados por sanjas 9
de, pelo menos, 250 kg anuais de ouro. Não existem nenhuns dados sobre os
nas proximidades das cidades de Malange, Uíge, Namibe, bem como a montante do
maior parte das mineralizações são inexistentes. Há apenas referências sobre as áreas
g/ton, a 349 g/ton. Mineralizações auríferas foram também detectadas nos jazigos de
3.25.9.1. Fosforites
a 186
ANEXO CAPITULO III
de Cabinda.
novas reservas industriais tanto na área dos jazigos já conhecidos como através da
grãos de fluorapatite, fósseis de peixes e grãos finos de areias quartzosas. O teor médio
valor total das reservas é cerca de 200 milhões de ton com 30-36% P½O5. Com mais
a 187
ANEXO CAPITULO III
3.25.9.2. Sais
até 3 km. O teor médio de NaCl em amostras isoladas é de 97% (segundo os dados da
de sal-gema.
Os sais potássicos existem na zona de Cabinda-Congo (de acordo com o Geólogo dos
anidrite que foram reconhecidas mediante sondagens até profundidades de 250 a 1000
a 188
ANEXO CAPITULO III
regra geral, no topo das sequências salíferas. A espessura das camadas e lentículas
camadas com sais de potássio foram reconhecidas por muitas sondagens de pesquisa
3.25.9.3. Quartzo
formado por 4 filões sub paralelos, com inclinação de 60-70º. O filão principal, com
estimativa preliminar, as reservas de quartzo são de 882.700 ton, entre elas, 5% do tipo
a 189
ANEXO CAPITULO III
5617,5 ton. O acréscimo das reservas é possível através de detecção de outros filões de
variedade mais representativa na área, a moscovite, forma cristais lamelares com cerca
jazigos já foram explorados no período de 1939 a 1962, tendo sido volume total
extraído de 3056 ton. A maior parte de produção foi exportada para os EUA, França,
Alemanha e Espanha.
3.25.9.5.Asfaltites
Angola, ao longo do litoral. Quase todas elas estão relacionadas com depósitos
a 190
ANEXO CAPITULO III
médios de asfalto oscilam entre 15% e 22%. O valor total das reservas dos principais
700.000 ton, tendo sido quase a metade exportada para Portugal, Bélgica e República
Sul-Africana.
3.25.9.6.1.Anortozitos
ilimitadas. A área mais estudada, de 500 Km², abrangendo o jazigo de Ofui e vários
(24,92). Aqui foram detectadas mais 140 áreas nas quais pode ser empreendida a
a 191
ANEXO CAPITULO III
cálculo das reservas não foram efectuados. Alguns dos jazigos (Macota, Serra da Lua)
Cuanza Norte.
3.25.9.6.3.Feldspatos
reservas prognosticas de feldspato na área do jazigo de Giraul (cerca de 100 Km²) são
3.25.9.6.4.Rochas Carbonatadas
Estão representadas por calcários e dolomites, relacionados, regra geral, com depósitos
a 192
ANEXO CAPITULO III
3.25.9.6.5. Caulino
alumínio. No jazigo de Mavaiela, situado a 200 km para este da cidade do Namibe, foi
grande área. O teor médio em Al½O3 é de 37,5%. As reservas de caulino parecem ser
3.25.9.6.6.Gesso
índices (55, 71). O mais importante é o jazigo de Santa Clara, situado a 35 km para
gesso é de granulometria fina com grãos de arranjo irregular, sem impurezas visíveis.
Para alem dos jazigos e ocorrências minerais acima considerados, são conhecidas em
Angola ocorrências de metais raros e dos outros recursos minerais. Afigura-se serem
a 193