Aula 4 - Bioenergetica

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Metabolismo e sistemas

energéticos

“Tudo é energia e isso é tudo o que há.”


Albert Einstein
Recordes mundiais de corridas

Porque diminui a
velocidade de
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duração da prova?
Metabolismo

• . Metabolismo é o conjunto de todas as


reacções envolvidas na manutenção de um
estado dinâmico.

• Normalmente 60% a 70% da energia


utilizada pelo nosso organismo é libertada
sob a forma de calor.

• A energia restante é utilizada nas


actividades muscular e celular.
Energia para actividade celular
• Os alimentos que ingerimos são processados para serem posteriormente utilizados
pelas células, através de um processo de catabolismo.

• O processo de fosforilação representa a adição de um grupo fosfato (P) a uma


proteína ou outra molécula, e é a partir deste processo que ocorre a transferência
de energia dos alimentos para ATP (Adenosina Trifosfato).

• O ATP é uma molécula responsável pelo armazenamento de energia.


Quantificação energética

• A energia nos sistemas biológicos é medida em Kcal.

• Uma quilocaloria (kcal) é a quantidade de calor necessária para elevar em 1°C a


temperatura de 1 quilograma ( equivalente a 1 litro) que se encontra a 15°C.

• 1 kcal = 1000 cal;

• 1 cal = 4.1868 J.
Fontes de energia
• As principais fontes de energia para o organismo humano são:

Proteínas Hidratos de Lípidos (Gorduras)


(Prótidos) carbono (Glúcidos)

• Em repouso o corpo usa maioritariamente os hidratos de carbono e os lípidos


para a obtenção de energia.

• Durante esforços musculares de intensidade moderada a vigorosa, o corpo utiliza


predominantemente os HC como fonte de energia.

• As proteínas fornecem pouca energia para a actividade celular.


Hidratos de carbono

• Os hidratos de carbono são compostos ternários formados de carbono, hidrogénio


e oxigénio em geral, na proporção de um carbono para dois hidrogénio para um
oxigénio, ou seja CH2O.

• Dentro deste grupo energético encontramos alimentos como os cereais (arroz,


trigo, milho, aveia, etc), os tubérculos (batatas, etc) e os açúcares (mel, frutose,
etc).

• Os HC podem ser classificados em três categorias básicas: monossacarídeos (ex.


glicose), oligossacarídeos (ex. sacarose) e polissacarídeos (ex. amido).
Hidratos de carbono
• Rapidamente disponível após a ingestão de alimento e facilmente metabolizado
pelos músculos.

• É ingerido, captado pelos músculos e pelo fígado e convertido em glicogénio.

• O glicogénio armazenado no fígado é reconvertido em glicose consoante a


necessidade e posteriormente é transportado pelo sangue até aos músculos para
formar ATP.

• A glicose é usada como combustível pelas células, e o cérebro é quase


inteiramente dependente dela para realizar as suas funções.

• Se as reservas de glicogénio estiverem saturadas, os açúcares serão convertidos


em gordura e armazenados no tecido adiposo.
Lípidos

• Fornecem mais energia durante esforços longos e de baixa intensidade.

• São armazenados em grandes reservas chamadas de adipócitos sobre a forma de


triglicéridos.

• Estão menos acessíveis metabolicamente pois têm de ser transformados em


glicerol e ácidos gordos livres (AGL).

• Destes, só os AGL servem para produzir ATP.


Proteínas

• Podem ser utlizadas como fonte de energia se forem convertidas em glicose


através da glicogénese.

• Podem gerar AGL em caso de fome através de um processo denominado de


lipogénese.

• Apenas as unidades básicas das proteínas, ou seja, os aminoácidos podem ser


usados para a produção de energia.
Bioenergética

• O termo bioenergética refere-se às fontes de energia para a actividade muscular.

• A energia adquirida através da alimentação, precisa ser transformada ATP para


ser aproveitada pelo mecanismo para a acção muscular.

• O corpo recorre a três tipos diferentes de sistema para a produção de energia:

• Sistema ATP-CP

• Sistema Glicolítico

• Sistema Oxidativo

• Cada um destes sistemas (vias) é utilizado de acordo com a intensidade e duração


do exercício.
Sistema ATP-CP | Via anaeróbia aláctica

• O ATP encontra-se na célula muscular pronto para ser utilizado.

• Este sistema previne a depleção energética do músculo (evita que a energia acabe).

• Ocorre na ausência de oxigénio.

• As ligações de fosfato são altamente energéticas.


Sistema ATP-CP | Via anaeróbia aláctica

• A Creatina Fosfato (CP) possui uma ligação com um grupo fosfato, também esta
altamente energética.

• O grupo fosfato proveniente da metabolização da CP, ligar-se-á por sua vez à


Adenosina Difosfato (ADP) criando um novo ATP.
Sistema ATP-CP | Via anaeróbia aláctica
Sistema Glicolítico | Via anaeróbia láctica

• Conceitos necessários para a compreensão deste sistema:

• Glicólise – fragmentação da glicose em duas moléculas de ácido


pirúvico para a obtenção de energia

• Glicogénese – sintése de glicogénio a partir da glicose para ser


armazenado nos músculos e no fígado

• Glicogenólise – processo pelo qual o glicogénio é transformado em


glicose-1-fosfato para ser introduzido no processo de glicólise
Sistema Glicolítico | Via anaeróbia láctica

• Este sistema requer 12 reacções enzimáticas para a obtenção de ATP a partir da glicose
e do glicogénio.

• A glicólise que ocorre no sistema glicolítico é anaeróbia ( na ausência de oxigénio).

• O ácido pirúvico produzido pela glicólise anaeróbia, transforma-se em ácido láctico.

• 1 mole de glicogénio produz 3 moles de ATP

• 1 mole de glicose produz 2 moles de ATP


Sistema Glicolítico | Via anaeróbia láctica
Combinação ATP-CP + Glicolítico

• A acções combinada dos dois sistemas permite ao músculo gerar força na


ausência de oxigénio.

• Estes dois sistemas energético são os que mais contribuem nos primeiros
minutos dos exercícios de alta intensidade
Sistema Oxidativo | Via aeróbia

• Depende do oxigénio para a degradação dos compostos em energia.

• Produz ATP dentro das mitocôndrias nas células.

• Pode produzir muito mais energia (ATP) do que os sistemas anaeróbios.

• É o principal sistema de produção de energia em exercícios de média e longa


duração.
Sistema Oxidativo | Via aeróbia

• A produção de ATP pelo sistema oxidativo dá-se ao longo de 3 etapas:

• Glicólise aeróbia

• Ciclo de Krebs

• Cadeia transportadora de electrões (CTE)


Oxidação dos hidratos de carbono

• O ácido pirúvico proveniente da glicólise é convertido em acetil coenzima A


(acetil CoA).

• O acetil CoA entra no ciclo de krebs e forma 2 ATPs, dióxido de carbono e


hidrogénio.

• O hidrogénio na célula combina-se com duas coenzimas que o transportam para


a CTE.

• NA CTE o hidrogénio é recombinado de forma a produzir ATP e água

• Através deste processo podem ser geradas:

• 38 moléculas de ATP através da glicose;

• 39 moléculas de ATP através do glicogenio.


Oxidação dos hidratos de carbono
Oxidação dos lípidos

• Lipólise – fragmentação de triglicéridos em glicerol e ácidos gordos livres (AGL)

• AGLs viajam através da corrente sanguínea até às fibras musculares onde são
transformados em ácido acético que por sua vez se transforma em acetil CoA.

• A acetil CoA entra no ciclo de krebs e consequentemente na CTE.

• A oxidação dos lípidos requer mais oxigénio, no entanto também gera mais
energia do que a oxidação dos hidratos de carbono.

• A quantidade de energia obtida pela oxidação dos lípidos depende do número


de carbonos do ácido gordo que está a ser metabolizado.
Oxidação dos lípidos
Potência e capacidade dos sistemas
Contributo dos vários sistemas
Contributo dos vários sistemas
Obrigado pela atenção.

Docente: Fábio Rebelo


E-mail: [email protected]

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