Du e Elaboracao

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Pré-requisitos para a realização de exportações por meio da DU-

E
O exportador e o declarante devem estar devidamente habilitados a operar no comércio exterior,
conforme disposições da Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 15 de dezembro de 2015.
O representante do declarante/exportador não precisará solicitar qualquer perfil para utilizar as
funcionalidades disponíveis no Portal Único Siscomex. Basta possuir certificado digital e constar como
representante do exportador no cadastro do Siscomex.
Para acesso ao sistema, recomenda-se a utilização do Google Chrome (a partir da versão 40), Mozilla
Firefox (a partir da versão 36) ou o Microsoft Internet Explorer (a partir da versão 11).
Para uma melhor visualização e operação, recomenda-se a utilização de resolução de tela igual ou
superior a 1280 x 800 pixels.

Acesso ao ambiente de operações do Portal Único Siscomex


1 – O usuário deve acessar o endereço www.portalsiscomex.gov.br e clicar no banner "PORTAL ÚNICO".

2 – Uma tela será aberta em nova aba do browser, conforme figura abaixo. O usuário deve
selecionar a opção “Importador/Exportador¨:
3 - Em seguida, o usuário deverá selecionar "importador/exportador/despachante":

4. Após, surgirá a opção de acesso com certificado digital, conforme marcações em vermelho
abaixo. O usuário deve então clicar nesta opção (acesso com certificado digital) e realizar sua
autenticação.
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Elaboração da DU-E
INTRODUÇÃO:
A DU-E será formulada em módulo próprio do Portal Siscomex e consistirá na prestação, pelo declarante
ou seu representante, das informações necessárias ao controle da operação de exportação, de acordo
com (art. 8° da IN RFB n° 1.702, de 2017):
I - a forma de exportação escolhida pelo exportador;
II - os bens integrantes da DU-E; e
III - as circunstâncias da operação.
Nas operações de exportação, o declarante poderá ser representado no exercício das atividades
relacionadas com o despacho aduaneiro por pessoa indicada ou contratada em conformidade com a
legislação específica (§ único do art. 8° da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Para fins de formulação da DU-E, considera-se (art. 9° da IN RFB n° 1.702, de 2017):
I - unidade da RFB de despacho, aquela que jurisdiciona o local de conferência e desembaraço dos bens a
serem exportados; e
II - unidade da RFB de embarque, aquela que exerce o controle aduaneiro sobre o local da zona primária
por onde os bens exportados sairão do território aduaneiro.
Deverá ser indicada como unidade da RFB de despacho e de embarque dos bens (§ 1° do art. 9° da IN
RFB n° 1.702, de 2017):
I - nas vendas no mercado interno a não residente no País, em moeda estrangeira, de pedras preciosas e
semipreciosas, suas obras e artefatos de joalheria, aquela que jurisdiciona o estabelecimento vendedor;
II - no fornecimento de mercadorias para uso e consumo de bordo em aeronave ou embarcação de
bandeira estrangeira ou brasileira, em tráfego internacional, aquela que jurisdiciona o local do
fornecimento;
III - nas exportações admitidas no regime aduaneiro especial de DAC, aquela que jurisdiciona o recinto
alfandegado que operar esse regime; e
IV - nas demais hipóteses em que a legislação permita a exportação sem a saída dos bens do território
aduaneiro, aquela que jurisdiciona o local onde se encontram os bens.
A unidade da RFB de despacho e de embarque de bens em operação não prevista neste artigo nem em
legislação específica será indicada pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) (§ 2° do
art. 9° da IN RFB n° 1.702, de 2017).
A DU-E terá como base a nota fiscal que amparar a operação de exportação, exceto nas hipóteses em que
a legislação de regência dispensar a emissão desse documento (art. 10° da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Na formulação da DU-E, serão utilizados os dados básicos da NF-e que a instruir, referentes à
identificação do seu emitente e destinatário e dos bens por ela amparados, por meio de integração entre
o Portal Siscomex e o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) (§ 1° do art. 10° da IN RFB n° 1.702,
de 2017).
Nas hipóteses de exportação com base em nota fiscal em papel ou sem nota fiscal, todos os dados
necessários à elaboração da DU-E deverão ser fornecidos pelo declarante (§ 2° do art. 10° da IN RFB n°
1.702, de 2017).

ELABORAR DU-E Com Nota Fiscal Eletrônica


A DU-E poderá ser elaborada por serviço ou por tela, sendo o documento preenchido campo a campo. O
declarante ou o próprio exportador deverá informar os dados da operação de exportação a partir dos
dados da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), sendo verificado pelo sistema o tratamento administrativo do
produto ou do tipo da exportação.
As operações que podem ser registradas por meio da DU-E constam dos normativos que lhe dão suporte
jurídico, os quais são alterados a cada nova evolução do sistema:
•Portaria Conjunta RFB / SECEX nº 349, de 21 de março de 2017 (DOU de 23/03/2017);
•Portaria Secex n° 14, de 22 de março de 2017 (DOU de 23/03/2017);
•Instrução Normativa RFB n° 1.702, de 21 de março de 2017 (DOU de 23/03/2017).

Roteiro para Elaboração da DU-E


Passo 1: Acesso à DU-E
Após ter feito o acesso ao ambiente de operações do Portal Único, o usuário deve acessar o
menu “exp” ou clicar no botão “Exportação” conforme indicado (marcação vermelha) na imagem abaixo:

Em seguida basta acessar o menu “Declaração Única de Exportação" e escolher a opção "Elaborar DU-
E”, conforme indicado na imagem abaixo:
Passo 2: Informações Gerais
O usuário deve preencher os campos da aba denominada Informações Gerais, conforme abaixo, e em
seguida clicar no botão “Avançar”:
Obs: os campos marcados com asterisco vermelho são de preenchimento obrigatório.

Situação Especial (campo opcional):


•Nenhuma: default do sistema, que se aplica a maioria das operações;
•DU-E a posteriori: nos casos em que o registro da operação se dá após a saída da mercadoria do país.
São aqueles previstos no art. 102 da IN RFB nº 1702/17;
•Exportação sem saída da mercadoria do país: aplica-se nos casos de exportação ficta e bens a serem
admitidos no regime aduaneiro especial de DAC, hipóteses em que não são preenchidos dados de
embarque.

•CPF/CNPJ do Declarante: campo obrigatório. O usuário deverá digitar o CPF ou CNPJ do responsável por
apresentar a DU-E e promover a operação de exportação. O despachante aduaneiro, no exercício de suas
atribuições, não é considerado um declarante, mas sim seu representante.

•Forma de exportação: campo obrigatório. O usuário deve selecionar a opção adequada (vide arts. 11 a
13 da IN RFB nº 1702/17).
•Por conta própria: código “1001” da versão em xml
•Por conta e ordem de terceiros: código “1002” da versão em xml
•Por operador de remessa postal ou expressa: código “1003” da versão em xml

•RUC: campo opcional. o usuário poderá criar sua própria RUC (Referência Única de Carga), caso não o
faça, o sistema a criará conforme modelo padrão, o qual será reiniciado anualmente. O formato da RUC
atende a uma recomendação da Organização Mundial de Aduanas (OMA) para a Unique Consignment
Reference (UCR). O formato da RUC é <ano><país><exportador><década><referência do operador> e
deve conter no máximo 35 caracteres no total, onde:
•<ano> : o ano em que a RUC é atribuída no Portal Siscomex a uma dada exportação por meio de DU-E,
por exemplo, “7” se atribuída em 2017, “8” se atribuída em 2018, e assim por diante;
•<país> : o país onde a RUC foi atribuída. No caso brasileiro, sempre “BR”;
•<exportador> : é a identificação do exportador no CNPJ ou CPF, conforme o caso. Se CNPJ, com 8 dígitos,
e se CPF, 11 dígitos;
•<década> : a década do ano em que a RUC é atribuída no Portal Siscomex a uma dada exportação por
meio de DU-E, por exemplo, “1” se atribuída em 2017, “2” se atribuída em 2020, e assim por diante;
•<referência> : uma série única de caracteres que pode ser atribuída pelo exportador/declarante ou, se
ele não o fizer, pelo sistema. A <referência> deve conter de 1 a 23 caracteres, caso seja CNPJ, e no
máximo 20 caracteres, caso seja CPF. Utilizar apenas números e letras (não faz diferença se maiúsculas
ou minúsculas).

•Moeda de negociação: campo obrigatório. O usuário deve selecionar dentre uma lista fornecida.

Local de despacho:
•Unidade da RFB (campo obrigatório): o usuário deverá preencher o campo escolhendo um dos códigos da
Tabela de Unidades da RFB ou digitando o nome da unidade.
•Recinto Aduaneiro (campo obrigatório, para despacho em recinto): o usuário deverá preencher o campo
escolhendo um dos códigos da Tabela de Recintos Aduaneiros ou digitando o nome do recinto. Consulte as
respostas 7 e 8 do “perguntão da DU-E” (http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/perguntas-e-
respostas-due).
•Despacho fora de recinto: o usuário deve indicar as coordenadas geográficas do local de despacho e o
CNPJ/CPF do responsável pelo local:
•Em locais de zona primária: o responsável é, em regra, um operador portuário, um transportador
internacional ou a própria RFB, os quais deverão recepcionar as cargas para despacho;
•Na hipótese de despacho domiciliar: pode ocorrer em qualquer local do território nacional autorizado pela
RFB ou em legislação específica, inclusive em zona primária. Nesse caso o responsável pelo local é
sempre o exportador e a recepção das cargas para despacho não é exigida, uma vez que elas já se
encontram com o exportador.

•Local de embarque:
•Unidade da RFB (campo obrigatório): o usuário deverá preencher o campo escolhendo um dos códigos da
Tabela de Unidades da RFB ou digitando o nome da unidade.
•Recinto Aduaneiro: o usuário deverá preencher o campo escolhendo um dos códigos da Tabela de
Recintos Aduaneiros. Consulte as respostas 7 e 8 do “perguntão da DU-E”
(http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/perguntas-e-respostas-due).
•Referência de Endereço: se o embarque ocorrer fora de recinto alfandegado, o usuário poderá indicar
uma referência de endereço do local onde ocorrerá o embarque, a fim de facilitar sua localização pela
fiscalização aduaneira.

Via especial de transporte: se for o caso, o usuário deverá selecionar uma das opções disponíveis,
conforme lista a seguir:
•Meios próprios (apenas para cargas que se movem por seus próprios meios);
•Dutos;
•Linhas de transmissão;
•Em mãos;
•Por reboque (apenas se rebocado pelo próprio exportador, por exemplo, uma moto aquática transportada
por um turista).
Obs.: a indicação de uma via especial de transporte indica ao sistema que para a operação não haverá
uma manifestação de carga obrigatória. Por exemplo, não há que se falar em manifesto de carga quando
a mercadoria é transportada em mãos.

•Informações complementares: campo opcional. É de livre preenchimento pelo declarante.

Concluído o preenchimento, o usuário deve clicar em "Avançar" para ir ao próximo passo.

Passo 3: Notas Fiscais


O usuário deve informar as chaves de acesso das NF-e de exportação que possui 44 caracteres,
clicando no botão“Adicionar”. Após incluir todas as NF-e, o usuário deverá clicar em “Avançar” para
passar a tela seguinte.
Podem ser informadas várias NF-e para uma mesma declaração desde que o importador seja o mesmo
em todas elas.
Na instrução da DU-E, o Portal Único Siscomex somente aceitará NF-e de exportação que esteja disponível
no ambiente nacional do SPED, autorizada, válida, com finalidade “normal”, "complementar (de
quantidade)" ou “devolução”, com CFOP de exportação iniciados por 7, com unidade de medida
estatística compatível com a NCM e que não esteja vinculada a outra DU-E (não cancelada).
O campo de unidade tributável de cada item da NF-e deve ser preenchido com a unidade de medida
estatística da NCM, conforme Nota Técnica 2016.003 do Encat/RFB.
(http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/listaConteudo.aspx?tipoConteudo=tW+YMyk/50s=)
Uma mesma NF-e não pode ser vinculada a mais de uma DU-E “ativa”. Porém, quando a DU-E é
cancelada, as notas fiscais de exportação ficam novamente disponíveis para serem utilizadas em nova
DU-E.
Em função do tipo de operação informada pelo declarante, o Portal Único Siscomex automaticamente fará
as seguintes validações:
a) Se a operação for por conta própria, o sistema só aceitará NF-e cujo emitente seja igual ao declarante
informado. Para efeitos de registro de DU-E, filiais de uma mesma empresa não são consideradas como
pessoas distintas. Dessa forma, numa exportação própria, o declarante pode ser a filial A e as notas
podem ter sido emitidas pelas filiais B, C e D.
b) Se a operação for por conta e ordem de terceiro, o sistema só aceitará NF-e cujo emitente
seja pessoa distinta do declarante.
c) Se a operação for por meio de operador de remessa expressa/postal, o sistema só aceitará
NF-e cujo emitente seja pessoa distinta do declarante e este obrigatoriamente deve ser empresa
de remessa expressa ou Correios.

O usuário poderá clicar no ícone de “excluir” ( ) caso decida não utilizar uma das notas adicionadas.
Obs.: a nota não poderá ser excluída após o detalhamento dos itens, somente até este passo.
O usuário poderá também optar por “Retornar” para voltar à tela de "Informações Gerais".

Passo 4: Detalhamento dos itens


Na aba “Detalhamento dos Itens” estarão listados os itens de DU-E originados a partir dos itens das notas
fiscais de exportação:

No exemplo acima, foram informadas três NF-e de exportação, cada uma com um item. Assim, foram
originados 3 itens de DU-E. O ícone vermelho (hífen vermelho), na última coluna à esquerda, indica que
faltam informações a serem prestadas naquele item de DU-E.
O usuário deve então clicar em cada um dos itens para que possa informar os demais dados necessários
à declaração e que não constam da NF-e.
Na imagem a seguir foi selecionado o item 001 da DU-E (a linha do item fica com o fundo azul claro) e
abaixo da lista de itens passam a ser exibidos os campos do item em questão.
Obs.1: Há dados que migram das notas fiscais adicionadas e não podem ser alterados, quais sejam:
CNPJ/CPF e nome do exportador, código da NCM, texto da posição da NCM; descrição da mercadoria
preenchida na nota, unidade de medida estatística e comercializada, quantidade na unidade de medida
estatística e comercializada, nome e endereço do importador.
Obs.2: Outros dados são preenchidos pelo usuário: atributos (no exemplo o atributo corresponde ao
“destaque”), descrição complementar da mercadoria (se houver necessidade), tratamento prioritário (se
houver), peso líquido total em kg, condição de venda, VMCV, VMLE, comissão de agente (se houver),
enquadramento (pelo menos um), país de destino.
Neste primeiro bloco de informações do formulário, o usuário pode indicar:
• Destaque x Atributo: atributos são detalhamentos das mercadorias para sua melhor classificação,
podendo haver ou não um atributo para a NCM.
•NCM que não possuem atributos: o campo fica em branco
•NCM que possuem atributos: o usuário deverá preencher de acordo com o código de atributo existente
para a NCM conforme Lista de Atributos (destaques) por NCM, em XML e JSON
Obs.: inicialmente os atributos serão equivalentes aos destaques de mercadoria, sendo que o conteúdo é
o que corresponde aos dois dígitos do código atual do destaque de NCM.
Exemplo 1: NCM 7318.29.00 não possui destaque e, portanto, não possui atributo, devendo o campo ficar
em branco.
Exemplo 2: NCM 8703.23.10 possui destaque de NCM, assim, deve ser escolhido entre as opções que o
sistema apresentar na combo com o nome do atributo, no caso, “destaque”, podendo ser “VEICULO
(CARRO) BLINDADO”, ou "DEMAIS".

•Tratamento prioritário: campo opcional. Permite que o declarante escolha entre as opções disponíveis se
há motivo para a operação ter prioridade para o embarque, por força do art. 61 da IN RFB No 1.702/2017.
• carga viva: código "5001" da versão xml
• perecível: código "5002" da versão xml
•perigosa: código "5003" da versão xml
• partes/peças para manutenção de aeronaves ou embarcações: código "5006" da versão xml

•Descrição complementar: campo opcional. Este campo pode ser utilizado para complementar a
descrição da mercadoria (obtida da NF-e), uma vez que o campo de descrição da nota fiscal possui uma
limitação de 120 caracteres, o que muitas vezes impossibilita uma adequada e completa descrição,
conforme determina o inciso III, do §2º e §3º do Art. 69 da Lei No10.833/2003.
• Peso líquido total (KG): campo obrigatório. Deve ser informado, em quilogramas, o peso líquido total
do item de DU-E em questão, sendo que o sistema irá somar os pesos de todos os itens.

•Condição de venda: campo obrigatório. Deve ser selecionada a condição de venda acertada com o
importador estrangeiro, sendo as opções listadas a seguir (Código Incoterm):
•Código “C+F”: COST PLUS FREIGHT
•Código “C+I”: COST PLUS INSURANCE
•Código "CFR": COST AND FREIGHT
•Código "CIF": COST, INSURANCE AND FREIGHT
•Código "CIP": CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO
•Código "CPT": CARRIAGE PAID TO
•Código "DAP": DELIVERED AT PLACE
•Código "DAT": DELIVERED AT TERMINAL
•Código "DDP": DELIVERED DUTY PAID
•Código "EXW": EX WORKS
•Código "FAS": FREE ALONGSIDE SHIP
•Código "FCA": FREE CARRIER
•Código "FOB": FREE ON BOARD
•Código “OCV”: OUTRA CONDICAO DE VENDA

•Valor da Mercadoria na Condição de Venda (VMCV): campo obrigatório. É o valor da mercadoria na


condição de venda, na moeda de negociação.

•Valor da Mercadoria no Local de Embarque (VMLE): campo obrigatório. É o valor da mercadoria no


local de embarque, na moeda de negociação. Na exportação corresponde ao valor FOB da mercadoria.

•Comissão do agente (%): campo opcional. Refere-se a comissões pagas por exportadores brasileiros a
seus agentes de venda no exterior (§3º, do Art. 2º do Decreto Nº 6.761/2009). Deve ser informado em
termos percentuais e obedecer a limites estabelecidos por NCM (vide Tabela VI disponível no site do
MDIC).
Enquadramentos de operação: campo obrigatório. Podem ser informados até quatro enquadramentos
por item de DU-E e estes devem respeitar às mesmas regras de combinação atualmente aplicáveis ao
Registro de Exportação (RE). A verificação da compatibilidade dos enquadramentos informados será
realizada quando do registro da declaração. Havendo incompatibilidade entre enquadramentos de um
mesmo item de DU-E ou entre enquadramentos de diferentes itens da DU-E, o sistema exibirá mensagem
de erro e impedirá o registro da declaração.
Alguns códigos ainda não são permitidos nesta versão da DU-E, uma vez que requerem integração com
outros módulos do sistema. Veja sobre operações que não estão abrangidas pelo novo processo
na Portaria Secex n° 14, de 22 de março de 2017 (DOU de 23/03/2017), e alterações posteriores.
•Exportação temporária – prazo pretendido (em dias): se for escolhido um dos enquadramentos de
exportação temporária (90001, 90003, 90005, 90099 ou 90115) o declarante deverá informar a
quantidade de dias que o bem ficará fora do país e o número do correspondente processo na RFB.
• Exportação temporária – dossiê digital de atendimento: deve ser preenchido caso o
enquadramento indicado seja de exportação temporária.
• País de destino: campo obrigatório. Deve ser indicado o país de destino final da mercadoria. Nesta
versão da DU-E, por enquanto, apenas 1 deverá ser selecionado.

O país de destino final da mercadoria pode ser diferente do país do importador, mas deve ser o mesmo
país que será informado pelo transportador na manifestação de dados de embarque. O declarante deverá
escolher o país de destino da lista disponível na tela, sendo que a lista completa pode ser consultada
na Tabela de Países do Siscomex.

•Notas Fiscais Referenciadas: Se for o caso, devem ser informadas as NFs internas que guardam vínculo
direto com o item de DU-E em questão e que necessariamente devem ter sido referenciadas também na
NF-e de exportação. Devem ser informados também o número do item da NF referenciada e a sua
quantidade na unidade de medida estatística que está associada ao item de DU-E. Clica
em “Adicionar” para refazer o procedimento para todas as notas referenciadas, se houver. Devem ser
referenciadas, sempre, as notas fiscais dos produtores das mercadorias, nos casos de exportações
indiretas (por meio de empresa trading ou outro estabelecimento da mesma empresa), e também as
notas fiscais que ampararem o transporte das mercadorias até o local do despacho, se não for a própria
nota de exportação (por exemplo, notas de remessa para formação de lote).
Exemplo: a empresa A vendeu mercadoria com fins de exportação para a empresa B (ou seja, emitiu uma
nota fiscal de saída interna com fins de exportação). Por sua vez, a empresa B emitiu nota de exportação
para a mesma mercadoria. Na DU-E o exportador deverá indicar que aquele determinado item de DU-E
(gerado a partir do item da NF-e de exportação) guarda vínculo com um determinado item da NF interna.
Importante: as notas referenciadas não são notas instrutivas do despacho, pois elas não são notas de
exportação.
Após preenchidos os campos, deve-se clicar no botão “Concluir Preenchimento de Item de DU-E” para
preencher o detalhamento do próximo item.
O item de DU-E que já foi preenchido fica sinalizado com um ícone verde, na coluna mais à
direita:
O usuário deve então selecionar os demais itens de DU-E e preencher seus campos. Assim que todos
forem preenchidos, o botão “Registrar” ficará ativo.
Ao clicar em “Registrar”, a DU-E é submetida a validações de preenchimento, de enquadramentos e
depuração estatística junto à Secex. Caso algum problema seja detectado, uma mensagem será exibida.

Se não existirem erros impeditivos de registro, a DU-E será efetivamente registrada, recebendo sua
numeração identificadora e uma mensagem de sucesso será exibida para o usuário. Esta mensagem
conterá o número da DU-E, da RUC e uma chave de acesso. Esta chave de acesso é um código que
apenas o declarante/exportador terá acesso. Ela serve para que outros operadores, tais como, as
instituições financeiras possam acessar o conteúdo completo da DU-E (exceto exigências fiscais), desde
que o declarante/exportador forneça essa chave. Caberá ao exportador decidir a quem fornecer a chave
de acesso e o número da DU-E para consulta. Em outras palavras, é o próprio exportador quem deve
franquear, por exemplo, a uma instituição financeira o acesso aos dados de sua declaração.

Caso
exista
algum impedimento para o registro o sistema irá apresentar os alertas com os motivos, indicando qual
item da DU-E deve ser corrigido.

DU-E Vinculada a Drawback Integrado Suspensão


Quando for informado código de enquadramento de drawback (81101) no detalhamento dos
itens da DU-E, o exportador deverá preencher os dados referentes ao Ato Concessório (AC) que
deseja comprovar.

Ao informar o enquadramento em um dos campos, o sistema disponibiliza o botão “Adicionar Ato


Concessório”.

O usuário deve clicar em “Adicionar Ato Concessório” para que o sistema apresente a tela com os campos
do Ato Concessório que se deseja comprovar.

O usuário deve escolher o tipo do AC e assinalar “Sim” ou “Não” para a pergunta “Exportador é o
beneficiário do AC?”.Se o exportador não for o beneficiário do AC, deve-se preencher os dados das Notas
Fiscais de Venda.
Exceto o campo de “valor na moeda sem cobertura cambial”, os demais campos são obrigatórios.
As informações contidas na tela acima são validadas no sistema Drawback. Após a averbação da DU-E, se
o embarque (CCE – Carga Completamente Exportada) ocorrer dentro da validade do AC, a exportação
servirá para a comprovação, conforme previsto na legislação.
DU-E Sujeita à Verificação Estatística
Nos casos em que os valores unitários (VMLE/peso líquido em KG e VMLE/quantidade na unidade de
medida estatística) estiverem fora dos parâmetros históricos observados pela SECEX, o sistema
apresentará a mensagem abaixo:

A mensagem diz o seguinte:


Item DU-E [número do item da DU-E]: VMLE, peso líquido em KG e quantidade na unidade de medida
estatística sujeitos à verificação estatística da Secex. Verifique se tais dados estão corretos e, se
necessário, corrija-os. Caso estejam corretos, informe os campos solicitados abaixo. [data-hora]
O sistema solicitará ao exportador que verifique se tais dados estão corretos e, se necessário, corrija-os.
Caso estejam corretos, o exportador deverá preencher os dados de contato (nome, e-mail e telefone)
para eventual confirmação a posteriori pela SECEX.
Além dos dados de contato, os quais são informados apenas uma vez por DU-E, o sistema solicitará o
preenchimento do campo de justificativa no respectivo item da DU-E, campo que somente aparece nas
situações requeridas pelo sistema:

Após o preenchimento de tais informações, a DU-E poderá ser registrada sem necessidade de anuência
prévia pela SECEX.

DU-E Vinculada à LPCO (Licença, Permissão, Certificado ou Outro Documento)


Nos casos em que a operação de exportação necessitar de alguma licença, permissão, certificado ou
outro documento, seja em função do produto (NCM) ou de outras características da operação (país de
destino ou do importador, enquadramento da operação, etc.), o exportador deverá providenciar o pedido
de LPCO no módulo próprio do Portal Siscomex.
De posse do número do LPCO, esteja ou não deferido pelo órgão anuente, o exportador deve informar o
número no campo próprio no item da DU-E a que se refere o LPCO e clicar em “Adicionar LPCO”.

Podem ser informados tantos LPCO quantos forem necessários de acordo com a operação de exportação
pretendida. O número pode ser editado (clicar no lápis) ou excluído (clicar na lixeira):

Após concluir o preenchimento de todos os itens da DU-E, ao clicar em “Registrar”, o sistema fará as
validações necessárias e apresentará as mensagens de retorno de sistema.
No caso abaixo, por exemplo, foi informado LPCO que não era o esperado pelo sistema:
Item: 1 – O LPCO E1700000124 informado não é do(s) modelo(s) Licença de Exportação – ANP, DAT –
Declaração Agropecuária do Trânsito Internacional requerido(s) para o item da DU-E [19/12/2017
17:01:37] [DUEX-FRUDVV2593]
No outro exemplo a seguir, o LPCO informado era do modelo esperado, mas um dos campos preenchidos
na DU-E estava incompatível com a informação contida no LPCO. Nesse caso, o sistema informará qual
campo contém a divergência:
Item: 1 - O LPCO E1700000409 informado é incompatível com a operação. Campos incompatíveis: País de
destino(E0155) [19/12/2017 17:05:48] [DUEX-SQJEVV2593]
Já no terceiro exemplo abaixo, os campos estavam compatíveis, mas o LPCO autorizado é de valor menor
do que o valor pretendido na DU-E:
Item: 1 - O LPCO informado não possui saldo(E0155) [19/12/2017 17:08:00] [DUEX-CDVVVV2593]
Quando os campos estiverem compatíveis, o sistema permitirá o registro da DU-E, mesmo que o LPCO
ainda não tenha sido deferido pelo anuente.
Na consulta da DU-E o exportador poderá acompanhar a situação na opção “Controle Administrativo”:

E, na aba de “Tratamento Administrativo”, poderá acompanhar o andamento dos LPCO de cada um dos
itens da DU-E e até de mais de um LPCO de um mesmo item, se houver:

Quando todos os LPCO estiverem “deferidos” a situação do “controle administrativo” passará de


“pendente” para “deferido” e, se a DU-E já estiver desembaraçada, o exportador poderá dar
prosseguimento ao embarque.
Na hipótese de LPCO referente a pendência administrativa não impeditiva de embarque, o desembaraço
será possível, mas a DU-E não será averbada até que a pendência seja resolvida.
Rascunho e Diagnóstico da DU-E
Para informações sobre as funcionalidades "rascunho" e "diagnóstico da DU-E", visite o manual de
preenchimento da DU-E, no Portal Siscomex, item "5)".

Instrução da DU-E
1 - NOTAS FISCAIS
A DU-E poderá ser instruída com uma ou mais notas fiscais, desde que se refiram a exportações para um
mesmo importador (art. 15 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
A DU-E poderá ser instruída com notas fiscais emitidas por 2 (dois) ou mais exportadores diferentes,
desde que se trate de exportação consorciada (§ 1° do art. 15 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
A exportação realizada por 2 (dois) ou mais estabelecimentos de uma mesma empresa não caracteriza
uma exportação consorciada (§ 2° do art. 15 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Uma nota fiscal de exportação só poderá instruir uma única DU-E (§ 3° do art. 15 da IN RFB n° 1.702, de
2017).
A cada item de cada nota fiscal que instruir uma DU-E corresponderá um item dessa mesma DU-E (§ 4° do
art. 15 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Não será permitida na formulação de uma mesma DU-E (art. 16 da IN RFB n° 1.702, de 2017):
I - sua instrução com notas fiscais eletrônicas e notas fiscais em papel; e
II - indicação de bens amparados por nota fiscal e de bens sem amparo de nota fiscal.
Se tais hipóteses ocorrerem, o exportador deve elaborar uma DU-E para cada situação.

Veja também, no Portal Siscomex, a seção relativa a "perguntas frequentes" relacionadas à elaboração da
DU-E, em que, no item "2.NF-e", podem ser consultadas dúvidas relativas a notas fiscais instrutivas da
"DU-E".

Notas fiscais eletrônicas que instruem a DU-E (possibilidades)


Só podem ser usadas para instruir a declaração (dando origem a itens de DU-E) notas fiscais de
exportação, ou seja, cujos CFOP dos itens sejam do grupo 7000. Além disso, por óbvio, as notas
devem ser do tipo "saída" e ter como destino da operação "o exterior":

Além disso, a finalidade da NF-e deve ser "normal" ou "devolução de mercadoria" ou "complementar".
Sendo que esta última não dá origem a Itens de DU-E, mas simplesmente complementa um Item que foi
originado por uma nota "normal" ou "devolução de mercadoria".
NF-e complementar não é algo novo ou criado em função da DU-E. Tampouco suas regras de emissão
foram estabelecidas em função da DU-E.
A NF-e tem 4 finalidades, quais sejam: "normal", "complementar", "de ajuste" e "devolução de
mercadoria".

A DU-E aceita como notas fiscais instrutivas apenas as com as finalidades "normal", "complementar" e
"devolução de mercadoria". A "normal" e a "devolução de mercadoria" dão origem a itens de DU-E. A
complementar não dá origem a um item de DU-E, mas tão somente complementa um item já existente. A
nota fiscal "de ajuste" não é aceita na DU-E.
Quando necessário, a nota complementar é informada em um campo próprio existente dentro do Item
de DU-E.
Notas complementares podem complementar tão somente valor, tão somente quantidade ou valor e
quantidade.
Quando da emissão da NF-e complementar, por regras do próprio SPED, deve ser indicada como
referenciada na nota fiscal que se está complementando.
Uma nota fiscal complementar de valor deve ser emitida com as quantidades zeradas. O SPED aceita e é
o correto. Ao ser incluída na DU-E, o valor do item desta nota passa a ser somado ao valor do item de DU-
E originado pela nota "complementada".
Uma nota fiscal complementar de quantidade deve ser emitida com os valores zerados. O SPED aceita e é
o correto. Ao ser incluída na DU-E, a quantidade do item desta nota passa a ser somada à quantidade do
item de DU-E originado pela nota "complementada".
Após a apresentação para despacho (inclusive após a averbação), se for necessário incluir uma nota
complementar de valor na DU-E, o sistema não exigirá a recepção desta, uma vez que ela não ampara
fisicamente uma mercadoria.
Já se a necessidade de inclusão for de uma nota complementar de quantidade ou uma de valor e
quantidade, aí exige-se prévia recepção desta, pois em tese ela ampara fisicamente mercadoria.
Sempre que for necessário recepcionar uma nota complementar, sugere-se fortemente que o
depositário somente o faça com autorização da RFB, pois se está recepcionando uma nota que
não está chegando junto da carga.
Não se devem confundir notas complementares com notas referenciadas. Em regra, as referenciadas
serão de saída interna (ou seja, do grupo de CFOP 5000 ou 6000). São as notas usadas para transportar a
mercadoria até o local de despacho (quando esse transporte não é amparado já pela própria nota de
exportação) ou aquelas notas de remessa com fim específico de exportação, usadas nas chamadas
"exportações indiretas".

CFOP (CÓDIGO FISCAL DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES) QUE PODEM SER RECEPCIONADOS NO CCT
● Do grupo 7000;
● 5501, 5502, 6501 e 6502 (remessa com fim específico de exportação);
● 5504, 5505, 6504, 6505 (remessa para formação de lote de exportação);
● 5949 e 6949 (remessa por conta e ordem de terceiro ou "nota filha");
● 5101; 5102; 5105; 5106; 5118; 5119; 5155; 5156; 5663; 5666; 5905; 5923; 6101; 6102; 6105;
6106; 6118; 6119; 6155; 6156; 6663; 6666; 6905; 6923 (eventualmente utilizadas no processo
de exportação).

Nas operações de exportação no modal rodoviário é relativamente comum o uso das popularmente
denominadas nota fiscal mãe e notas fiscais filhas. A seguir uma explicação didática sobre o que são e
como elas devem ser emitidas para funcionar corretamente na DU-E.
Exemplo 01:
O exportador emitiu uma nota fiscal eletrônica de exportação (CFOP do grupo 7000) abarcando 75.000,00
Kg de uma mercadoria. Tal carga será transportada por 3 caminhões, cada um com 25.000,00. Pela
legislação, esses 3 veículos não podem fazer o transporte amparados pela mesma nota fiscal. Assim,
depois de emitida a NF-e de 75.000,00 Kg, o exportador emite uma nota fiscal de remessa para cada
veículo, abarcando a quantidade e valor que cada um efetivamente transporta.
Temos então 4 notas: a que "nasceu" primeiro e abarca as 75 toneladas (e que costumeiramente é
chamada de nota mãe), e as três que "nasceram" depois (que são chamadas de notas filhas).

Não existe um campo nas NF-e que indique que se trata de nota mãe ou nota filha. Assim,
para o Portal Único conseguir identificar isso, algumas regras na emissão das notas filhas
devem ser observadas.

Cuidados necessários na emissão das notas filhas:


Para o sistema conseguir entender que se trata de notas filhas e que existe uma nota mãe, é obrigatório
que os seguintes cuidados sejam observados na emissão das notas filhas:
a) Em cada nota filha deve ser informada a chave da nota fiscal mãe no campo "Documentos Fiscais
Referenciados". Não se deve informar nenhuma outra nota neste campo, mas tão somente a nota mãe.
b) A NCM e o código de produto usado nas notas filhas devem ser iguais aos usados na nota mãe.
c) O CFOP usado nas notas filhas deve terminar com 949 e deve ser do mesmo grupo da nota mãe.
Ex: se a nota mãe é do grupo 7000 (de exportação), então o CFOP das notas filhas deve ser 7949.
d) A soma das quantidades e dos valores das notas filhas deve corresponder à quantidade e ao valor da
nota mãe.
Procedimentos afetos à DU-E:
A DU-E é instruída tão somente com a nota de exportação mãe. As filhas não devem nem ser indicadas
na DU-E como notas referenciadas (pois na verdade elas não são).
Procedimentos afetos ao CCT (controle de carga):
Na manifestação da carga para despacho, feita pelo transportador antes de chegar ao local de despacho,
para cada MIC deverá ser manifestada a nota filha que efetivamente ampara a carga que está no veículo.
Não se deve manifestar a nota mãe, uma vez que não é ela que está amparando o transporte. No nosso
exemplo, teremos 3 manifestações, cada uma indicando uma nota filha.
Assim que os três veículos chegarem no recinto de despacho e forem recepcionados pelo depositário a
partir dos respectivos MIC, o sistema automaticamente identificará que as cargas das três notas filhas
que chegaram ao local de despacho correspondem à totalidade da carga da nota mãe e então executa a
ação de apresentar a carga para despacho.
Após apresentação para despacho, o CCT deixa de "enxergar" o vínculo entre o caminhão e a nota fiscal,
e passa a enxergar o vínculo entre o caminhão e a declaração. Isso acontece com qualquer DU-E instruída
com nota fiscal: antes da apresentação para despacho (estoque pré-ACD), o controle de estoque é feito
por nota. Após a apresentação para despacho (estoque pós-ACD) o controle de estoque é feito por DU-E.
No nosso exemplo, na prática o CCT passa a entender que aqueles três caminhões guardam vínculo com
aquela determinada DU-E. Ou seja, ele entende que a carga da DU-E está distribuída naqueles 3 MIC.

As mesmas regras se aplicam aos casos em que a mercadoria tenha que ser transportada desmontada
em mais de um caminhão.
Exemplo: a nota mãe é de 1 máquina com valor de 100.000,00, que será transportada em 4 caminhões. A
NCM e o código de produtos usados nas notas filhas devem ser iguais aos usados na nota mãe. As
quantidades e valores das notas filhas deverão ser frações do total, por exemplo:
- Nota filha A: quantidade 0,3 e valor 30.000,00
- Nota filha B: quantidade 0,2 e valor 20.000,00
- Nota filha C: quantidade 0,4 e valor 40.000,00
- Nota filha D: quantidade 0,1 e valor 10.000,00
Nota: mesmo que a unidade estatística de medida seja "UN", o SPED aceita valores "quebrados" na
emissão da nota. Se forem usadas NCM diferentes nas filhas ou indicadas quantidades que na soma
fiquem diferente da quantidade da mãe, não existe forma de o sistema depreender que se trata de notas
filhas e que existe uma nota mãe.

1. 2 - OUTROS DOCUMENTOS INSTRUTIVOS


Nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre, a DU-E será instruída com a via original do
conhecimento de carga e do manifesto internacional de carga, além dos documentos de instrução
exigidos no art. 15 da IN RFB n° 1.702, de 2017 (art. 17 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
No caso de exportação para país signatário do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT), o
manifesto internacional de carga será substituído, conforme o caso, pelo (§ único do art. 17 da IN RFB n°
1.702, de 2017):
I - Manifesto Internacional de Carga/Declaração de Trânsito Aduaneiro (MIC/DTA); ou
II - Conhecimento-Carta de Porte Internacional/Declaração de Trânsito Aduaneiro (TIF/DTA).

Possibilidade de vinculação de mais de um conhecimento de


carga para uma DU-E ou de vinculação de mais de uma DU-E a
um conhecimento de carga

Um único conhecimento de carga poderá instruir mais de uma DU-E, assim como uma DU-E poderá ser
instruída por mais de um conhecimento de carga, independentemente do modal de transporte (art. 17-A
da Instrução Normativa RFB n° 1.702, de 2017), desde que as mercadorias correspondam a uma só
operação comercial e:

•em razão do seu volume ou peso, o transporte seja realizado por vários veículos ou partidas; ou
•formem, em associação, um corpo único ou unidade funcional com classificação fiscal própria,
equivalente à da mercadoria indicada na declaração e nos documentos comerciais que a instruem.
A informação prestada deve representar o contrato de transporte efetivamente realizado.

3 - ANEXAÇÃO DE DOCUMENTOS à DU-E


A nota fiscal em formulário próprio (papel) e outros documentos que instruírem a DU-E, e aqueles
exigidos em decorrência de acordos internacionais ou de legislação específica, deverão ser
disponibilizados à RFB ou a outros órgãos ou agências da Administração Pública federal, conforme o caso,
em meio digital, por meio da funcionalidade “Anexação de Documentos Digitalizados”, disponível no
Portal Siscomex, na forma estabelecida em ato da Coana (art. 18 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Os documentos instrutivos da DU-E deverão ser disponibilizados à RFB nos casos de direcionamento a
canal de conferência aduaneira diferente do canal verde (§ 1° do art. 18 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Fica dispensada a exigência de apresentação em meio físico da NF-e ou do Documento Auxiliar da Nota
Fiscal Eletrônica (Danfe) (§ 2° do art. 18 da IN RFB n° 1.702, de 2017).

Consulte aqui: outros documentos de instrução da DU-E exigidos em situações específicas previstas na
legislação ou em acordos internacionais.

LEGISLAÇÃO
Instrução Normativa RFB n° 1.702, de 2017
Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 2015

Anexação de Documentos
A nota fiscal em formulário próprio (papel) e outros documentos que instruírem a DU-E, e aqueles
exigidos em decorrência de acordos internacionais ou de legislação específica, deverão ser
disponibilizados à RFB ou a outros órgãos ou agências da Administração Pública federal, conforme
o caso, em meio digital, por meio da funcionalidade “Anexação de Documentos Digitalizados”,
disponível no Portal Siscomex, na forma estabelecida em ato da Coana (art. 18 da IN RFB n°
1.702, de 2017).

Os documentos instrutivos da DU-E deverão ser disponibilizados à RFB nos casos de


direcionamento a canal de conferência aduaneira diferente do canal verde (§ 1° do art. 18 da IN
RFB n° 1.702, de 2017).
Fica dispensada a exigência de apresentação em meio físico da NF-e ou do Documento Auxiliar da
Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) (§ 2° do art. 18 da IN RFB n° 1.702, de 2017).
Para realizar a anexação, consulte o item "1.1.11" do manual de preenchimento da DU-E, do
Portal Siscomex.

Apresentação da DU-E
A DU-E será apresentada por meio do Portal Siscomex à unidade da RFB com jurisdição sobre (art.
19 da IN RFB n° 1.702, de 2017):
I - o recinto aduaneiro de zona primária ou secundária onde os bens a exportar sejam
recepcionados para despacho aduaneiro de exportação; ou
II - o local de zona primária ou secundária, excetuado o recinto aduaneiro a que se refere o item I
acima, onde tiver sido ou deva ser autorizado o processamento do despacho de exportação, nos
termos do art. 5º da IN RFB n° 1.702, de 2017.
LEGISLAÇÃO
Instrução Normativa RFB n° 1.702, de 2017
Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 2015

Conceitos utilizados na elaboração da DU-E


A seguir estão listados conceitos cuja compreensão é necessária para correta elaboração da DU-
E:
•Declarante: a pessoa responsável por apresentar a DU-E e promover o despacho de exportação em
nome próprio, se for o exportador, ou em nome de terceiro, quando se tratar de pessoa jurídica
contratada para esse fim. O declarante deve estar devidamente habilitado junto ao Siscomex. Trata-se da
mesma habilitação aplicável ao exportador. Assim, se a empresa já está habilitada como exportador, pode
atuar como declarante.
•Exportador: qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro. É o emitente
da nota fiscal de exportação, nos casos em que a DU-E é instruída com tal documento fiscal. O exportador
deve estar devidamente habilitado junto ao Siscomex, com exceção dos casos listados no art. 10
da Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 2015
•Usuário: a pessoa física que, mediante uso de seu próprio certificado digital, se autenticará no ambiente
de operações do Portal Único Siscomex e operará o sistema. O usuário deve necessariamente estar
credenciado, junto ao Siscomex, como representante ou responsável legal do declarante (ou ser o
próprio declarante). O despachante aduaneiro, no exercício de suas funções, é um exemplo de usuário
do sistema.
•Exportação por conta própria: aquela cujo declarante é o próprio exportador. Matriz e filiais de uma
mesma empresa são, para efeitos de elaboração de DU-E, consideradas uma mesma pessoa.
•Exportação por conta e ordem de terceiro: aquela cuja DU-E é apresentada e cujo despacho
aduaneiro de exportação é promovido por pessoa jurídica contratada para essa atividade.
•Exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal: aquela cujo declarante é
obrigatoriamente uma empresa de transporte expresso internacional, nos termos da legislação específica,
ou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), contratada pelo exportador para promover em seu
nome o despacho de exportação.
•Referência Única de Carga (RUC): código identificador único e irrepetível que servirá de base para o
controle da armazenagem e movimentação de cargas para exportação. Para cada DU-E existirá uma única
RUC.
•Item de DU-E: uma DU-E é composta por um ou vários itens. Em DU-E instruída com NF-e, cada item de
DU-E corresponderá a um item da(s) NF-e. Assim como ocorre com os itens da NF-e, um item de DU-E
abarca uma única NCM. Porém, é possível que se tenha vários itens de DU-E com a mesma NCM. Isso é
determinado pela forma como as notas fiscais foram emitidas.
LEGISLAÇÃO
Instrução Normativa RFB nº 1.603, de 2015

Validação do Sistema
Uma vez registrada a DU-E, o sistema automaticamente verifica se as notas fiscais vinculadas à
declaração estão recepcionadas pelo depositário no local indicado para despacho:

a) Se não, o sistema fica aguardando a carga chegar ao recinto e o depositário recepcionar as


notas fiscais. Quando isso ocorrer, automaticamente a DU-E será apresentada para despacho.
b) Se sim, automaticamente a DU-E é apresentada para despacho e é submetida à análise de
risco.
Poucos minutos após a apresentação para despacho o resultado da análise de risco é atribuído à
DU-E.
- Se canal verde, automaticamente a DU-E é desembaraçada.
- Se canal laranja ou vermelho, o representante do exportador deverá reunir a documentação
instrutiva do despacho (se for o caso) e apresentar fisicamente à fiscalização da RFB.
Futuramente a DU-E estará integrada com o sistema Anexação Digital. Só após a entrega da
documentação à RFB é que será efetivada a distribuição da DU-E para o Auditor-Fiscal
responsável por sua análise.

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