Apostila de Mecanica

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Escola: _____________________________________

Nome: ______________________________________ N o.: ____ Turma: ______


Capítulo Um Os Movimentos Retilíneos

1 - Física, p. 4
2 - Divisão da Física, p. 4
3 - Grandezas Físicas, p. 5
4 - Medidas, p. 5
5 - Conversão de Unidades, p. 6
6 - Mecânica, p. 8
7 - Movimento, p. 8
8 - Movimentos Retilíneos, p. 9
9 - Velocidade, p. 9
10 - Velocidade Média, p. 10
11 - Movimento Retilíneo Uniforme, p. 11
12 - Classificação do M.R.U., p. 12
13 - Gráficos do M.R.U., p. 12
14 - Aceleração, p. 14
15 - Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, p. 15
16 - Cálculo da Distância e da Velocidade no M.R.U.V., p. 15
17 - Classificação do M.R.U.V., p. 16
18 - Gráficos do M.R.U.V., p. 17
19 - Movimento de Queda Livre, p. 21
Respostas dos Exercícios de Aplicação - Capítulo 1, p.
22

Capítulo Dois A Força e o Movimento

1 - Vetores, p. 24
2 - Soma de Vetores, p. 25
3 - Força, p. 26
4 - Leis de Newton do Movimento, p. 27
5 - Primeira Lei do Movimento – INÉRCIA, p. 27
6 - Segunda Lei do Movimento – MASSA, p. 28
7 - Terceira Lei do Movimento - AÇÃO E REAÇÃO, p. 30
8 - Equilíbrio, p. 31
9 - Peso, p. 32
10 - Massa e Peso, p. 33
11 - Força de Reação Normal, p. 34
12 - Forças de Interação, p. 35
13 - Força de Contato, p. 35
14 - Tensão em uma corda, p. 37
15 - Tensão nos cabos de um elevador, p. 41
16 - Força de Atrito, p. 42
17 - Força Centrípeta, p. 45
Respostas dos Exercícios de Aplicação - Capítulo 2, p. 46

Capítulo Três A Energia

2
1 - Trabalho Mecânico, p. 48
2 - Potência Mecânica, p. 49
3 - Energia Cinética, p. 50
4 - Energia Potencial Gravitacional, p. 51
5 - Energia Potencial Elástica, p. 52
6 - Energia Mecânica, p. 54
7 - Conservação da Energia Mecânica, p. 54
Respostas dos Exercícios de Aplicação - Capítulo 3, p.
55

Apêndice Roteiros de Atividades Experimentais

Velocidade Média, p. 56
Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado, p. 58
Deslocamento, p. 62
Pêndulo Simples, p. 64
Força de Atrito, p. 68
Constante Elástica de uma Mola, p. 70

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OS MOVIMENTOS RETILÍNEOS
1 - Física
A Física é um ramo da ciência que tem por objetivo o estudo dos fenômenos presentes na natureza, ou
fenômenos naturais. Por esse motivo, foi denominada anteriormente “filosofia natural”.

Além disso, ela estabelece leis que são relações entre causa e efeito dos fenômenos físicos.

A Física estuda como os fenômenos ocorrem e não "por quê" eles ocorrem.

Outras definições usuais de Física podem ser citadas:

I - é a ciência que estuda os fenômenos reversíveis.

II - é a ciência que apresenta noções de espaço e de tempo, em que interagem a matéria e a energia.

A Física é uma ciência experimental, pois se baseia em diversos métodos de investigação dos fenômenos.

A investigação dos fenômenos físicos é realizada através de métodos experimentais que se valem da
observação, da hipótese e da experimentação.

O processo de investigação mais utilizado é o método indutivo.

O método indutivo de investigação parte de um fenômeno observado e, através de medidas e criação de


modelos, compara esses modelos com o modelo teórico da realidade, até chegar à comprovação.

Esse método percorre o caminho que vai desde um caso particular até uma situação geral, mediante
“comprovação experimental”.
Ex. A “Lei da Gravitação Universal” foi concebida por Newton ao realizar observações sobre a queda dos
corpos e generalizada para todos os corpos do Universo.

Outro método importante é o dedutivo que utiliza o caminho inverso, isto é, parte de um modelo geral para
resolver um problema particular, sem recorrer à experimentação.

2 - Divisão da Física
No passado, a Física era parte do estudo da Ciência como um todo, sem divisões; nele, o cientista atuava em
várias áreas do conhecimento. Com o passar do tempo, existe a tendência de um estudo mais
compartimentado e, em conseqüência, mais específico.

A Física costuma ser dividida em blocos de estudo com abordagens características. Esses blocos são os
seguintes:

- Física Clássica, que interpreta os fenômenos sob o ponto de vista macroscópico, já estudados e
resolvidos ao longo do tempo.

- Física Moderna, que estuda os fenômenos sob o ponto de vista microscópico, após a descoberta do
átomo, a partir da segunda metade do século XIX.

A seguir, é apresentada uma classificação possível de abordar o estudo dos fenômenos físicos:

I - Física Clássica:

4
- mecânica
- termologia
- óptica
- ondas
- eletromagnetismo

II - Física Moderna: (estudo da estrutura do átomo)

- física atômica e nuclear


- física molecular
- física quântica
- teoria da relatividade

Os fenômenos físicos, entretanto, independem dessa classificação, usada apenas para analisá-los com mais
especificidade e riqueza de detalhes.

3 - Grandezas Físicas
Uma Grandeza Física é tudo o que pode ser medido ou comparado.
Ex. tempo, velocidade, temperatura, energia, pressão, potência elétrica, etc.

As grandezas físicas são classificadas em escalares e vetoriais.

As grandezas escalares são compostas do valor numérico (módulo) e a respectiva unidade de medida como
informações completas, não sendo necessária qualquer informação sobre a orientação dessa grandeza.
Ex. a massa --- 500 gramas,
o tempo --- 20 segundos,
a potência --- 2,4 quilowatts.

As grandezas vetoriais necessitam dos dados anteriores (módulo e unidade de medida), além de informações
relativas à orientação.

A orientação de uma grandeza vetorial é caracterizada por uma “direção” e um “sentido”. Uma mesma direção
contém dois sentidos distintos.

Como ilustração de grandeza física vetorial tem-se o “deslocamento” de uma trajetória de 10 quilômetros de
uma partícula, segundo uma reta horizontal, dirigindo-se para a direita.

O deslocamento de uma partícula, por ser uma grandeza física vetorial, é determinado pelo “módulo” – 10 km
–, pela “direção”, ou reta suporte onde a partícula se desloca – horizontal –, e pelo “sentido”, escolhido entre os
dois possíveis para esse deslocamento – da esquerda para a direita.

Outros exemplos de grandezas vetoriais – caracterizadas por módulo, direção e sentido:


a velocidade --- 80 quilômetros por hora, BR – 101, do sul para o norte,
a força --- 100 newtons, horizontal, da direita para a esquerda,
7
o campo elétrico --- 2,5.10 newtons por coulomb, vertical, de cima para baixo.

4 - Medidas
A Física, como um ramo da ciência, tem a necessidade de “quantificar” os elementos investigados. Para isso,
ela se vale de números que estão vinculados a um determinado padrão.

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Um Sistema de Unidades de Medidas envolve diversos padrões, sob determinados critérios.

Assim, para exemplificar, pode-se usar o metro como padrão de unidade de comprimento para alguma
distância que esteja sendo considerada. Se esta distância for o dobro do padrão, então ele possui 2 metros, e
assim por diante. O padrão metro, acima referido, pode ser adotado por diversos sistemas de medidas ou, para
outros, a unidade padrão de comprimento pode ser, por exemplo, a U.A. (unidade astronômica).

A seguir, são apresentados alguns sistemas de unidades de medida:

I - MKS - define unidades das grandezas macroscópicas de comprimento, massa e tempo:


o metro (m), o quilograma (kg) e o segundo (s).

II - CGS - define unidades das grandezas microscópicas de comprimento, massa e tempo:


o centímetro (cm), o grama (g) e o segundo (s).

III - Sistema Internacional de Unidades (SI) - compreende as unidades de medida de todas as grandezas
físicas, conforme convenção internacional.

Como exemplos de algumas unidades pertencentes ao (SI), citam-se:


o metro (m) - como medida de comprimento,
o quilograma (kg) - como medida de massa,
o segundo (s) - como medida de tempo,
o joule (J) - como medida de energia,
o ampère (A) - como medida de intensidade de corrente elétrica,
o coulomb (C) - como medida de carga elétrica,
2
o newton por metro quadrado (N/m ) - como medida de pressão,
3
o quilograma por metro cúbico (kg/m ) - como medida de massa específica,
0
o angstron (Α ) - como medida de comprimento de onda,
o volt (V) - como medida de tensão ou diferença de potencial elétrico.

IV - Outras unidades são usadas para medir grandezas físicas e têm importância prática.
Como exemplos dessas unidades de medidas citam-se o litro, a milha por hora, o cavalo-vapor, a caloria, a
atmosfera, a polegada, etc.

Obs. Os símbolos que representam as unidades são escritas com letras minúsculas, sem ponto e no
singular.

Como exceção, citam-se as unidades que homenageiam pessoas. Nesse caso, elas são escritas com letras
maiúsculas.
Ex. o ampère, que é a unidade de medida de corrente elétrica, é representado por “A “.

Quando escritas por extenso, as iniciais das unidades devem ser sempre minúsculas, mesmo que sejam
nomes de pessoas.
Ex. o metro, o newton, o pascal, o quilômetro, o ampère, etc.

A exceção é a unidade de medida de temperatura da escala Celsius, o grau Celsius, pois é usada a letra
maiúscula.

As unidades, diferentes dos símbolos que a representam, flexionam-se, quando escritas no plural.
Ex. 80 joules = 80 J;
144 metros = 144 m;
12 watts = 12 W.

5 - Conversão de Unidades
Os valores de determinada medida física podem ser alterados, se acompanhados das respectivas trocas de
unidades.

Caso a unidade seja “composta”, a alteração deve também levar em consideração esse fato.

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I - Vale a pena recordar do Ensino Fundamental o sistema decimal, que é um conjunto de números em que
uma (1) unidade de determinada ordem corresponde a dez (10) vezes a unidade de ordem seguinte.

Como exemplos citam-se os sistemas cujas unidades fundamentais são o metro, o litro, o grama, o watt, etc.

Múltiplos Grandeza Submúltiplos

Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro


km hm dam m dm cm mm

Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro


kl hl dal l dl cl ml

Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama


kg hg dag g dg cg mg

Quilowatt Hectowatt Decawatt Watt Deciwatt Centiwatt Miliwatt


kW hW daW W dW cW mW

II - Outro sistema de medida usual é o que relaciona o tempo. Nele, uma (1) hora corresponde a sessenta
(60) minutos e cada minuto corresponde a sessenta (60) segundos.

Hora Minuto Segundo


h min s

Ex. 1 h = 60 min = 3600 s;


6 h10 min 40 s = 22240 s.

Obs. As conversões de unidades mais usadas “nesse Roteiro” serão recordadas ou explicadas no devido
momento, na medida em que forem solicitadas.
Ex. 1 km = 1000 m;
120 m = 0,12 km;
20,4 kg = 20400 g;
36 g = 0,036 kg;
12 dal = 0,12 kl;
486,75 kW = 486750 W;
2 2
1,5 m = 15000 cm ;
3 3
5 dm = 0,005 m ;
12500 ml = 12,5 l;
3 3 3 3
20 kg/m = 0,02 g/cm , isto é, (20000 g / 1000000 cm = 0,02 g/cm );
4 h = 240 min;
30 min = 1800 s;
72 km/h = 20 m/s, isto é, (72000 m / 3600 s = 20 m/s).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01.Transforme:
2 2
a) 20m em mm. b) 0,43kg em g. c) 132 cm em m . d) 2h20min em s. e) 90km/h em m/s.

02.Uma pessoa percorre um trajeto de A para B em 2h40min e de B para C no dobro desse tempo. Quanto
tempo essa pessoa gasta para percorrer todo o percurso?

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6 - Mecânica
A Mecânica é a parte da Física que estuda o movimento dos corpos.

Para efetuar esse estudo, a Mecânica pode ser dividida em três componentes:

I - Cinemática - descreve os movimentos, usando equações e gráficos (e tabelas) como recursos, sem
relacioná-los com as causas desses movimentos.

II - Dinâmica - relaciona os movimentos com as suas causas, que são as forças.

III - Estática - estuda as condições de equilíbrio dos corpos.

Obs. No estudo da Mecânica, as grandezas físicas comprimento, massa e tempo são denominadas
“fundamentais” ou “primitivas”, isto é, servem como base para definir as demais grandezas, que são
denominadas “derivadas”.

As grandezas físicas que servem como suporte para o ensino da Cinemática são o comprimento e o tempo.
As demais grandezas são derivadas dessas duas.

Como exemplos de grandezas derivadas, têm-se a “velocidade”, razão entre distância (comprimento) e tempo;
a “aceleração”, razão entre velocidade e tempo.

As grandezas físicas que servem como suporte para o ensino da Dinâmica e da Estática são o comprimento, a
massa e o tempo. As demais grandezas são derivadas dessas duas.

Como exemplos de grandezas derivadas, têm-se a “força”, produto de massa e aceleração.

7 - Movimento
O movimento é a mudança da posição de um corpo, de acordo com o observador ou referencial.

O observador é o sistema de referência de um dado movimento.


Ex. O referencial pode ser analisado com detalhes no movimento de ônibus, trens, ou em projétil
arremessado de um avião (forma da trajetória), etc.
Até mesmo a trajetória de um determinado movimento pode ser vista diferentemente para diferentes
observadores.

A seguir, definem-se alguns termos usados no estudo da cinemática:

*Repouso - é a ausência de movimento, conforme o observador (sistema de referência ou referencial).

*Partícula - é um corpo com dimensões desprezíveis (ponto material ou corpo material).

*Origem das posições - é o referencial do movimento (centro do sistema de coordenadas).

*Trajetória - é a sucessão dos pontos percorridos pelo corpo em movimento (trajeto, caminho, espaço
percorrido, etc.).

*Posição - é a distância, ao longo da trajetória, entre a origem das posições e a partícula.

*Deslocamento - é o segmento de reta que une os pontos inicial e final de um movimento.

Obs. Nos exercícios futuros deste Roteiro em que uma partícula (ou um corpo) estiver em movimento, está
implícita a idéia de que esse movimento é visto por algum “observador”.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
8
03.Quais são as grandezas físicas fundamentais no estudo da Cinemática? Dê um exemplo de uma grandeza
física derivada delas.

04.Quando um corpo pode ser considerado em movimento? Do que depende esta condição de movimento do
corpo?

05.Uma pessoa, na janela de um ônibus em movimento, solta uma pedra, que cai em direção ao solo.
a) Para essa pessoa, qual a trajetória que a pedra descreve ao cair?
b) Para outra pessoa, parada sobre o solo, em frente à janela, como seria a trajetória da pedra?

06.Uma pessoa está sentada em um ônibus exatamente embaixo de uma lâmpada presa ao teto. A pessoa
está olhando para frente. O ônibus está movimentando-se numa reta com rapidez constante. De repente, a
lâmpada se desprende do teto e cai. Onde cairá a lâmpada?

07.Uma formiga caminha diretamente do centro C, de um disco em rotação, para um ponto P, da periferia.
Descreva a trajetória dessa formiga
a) para outra formiga, que permaneceu esperando-a no ponto P;
b) para uma pessoa que observa a vitrola.

08.Determine a distância percorrida e o deslocamento de uma partícula que descreve a trajetória que
corresponde aos lados de um triângulo eqüilátero de lados iguais a 2 centímetros.

09.Um carteiro, ao fazer sua entrega, caminha através de uma rua retilínea, descrevendo a trajetória cujos
segmentos formam com a rua triângulos eqüiláteros de 20 metros de lado, conforme a figura a seguir.

A B

a) Determine a distância percorrida pelo carteiro no caminho de A até B.


b) Determine o deslocamento dessa trajetória.

10.Uma partícula movimenta-se sucessivamente 10m para o leste e 10m para o sul. Determine:
a) a distância percorrida pela partícula;
b) o deslocamento dessa partícula.

8 - Movimentos Retilíneos
Para descrever o movimento de uma partícula é necessário que sejam conhecidos os conceitos de
deslocamento, velocidade e aceleração. Inicialmente, são apresentados apenas os movimentos retilíneos, isto
é, aqueles cuja partícula move-se segundo uma linha reta. Um exemplo desse movimento é o de um carro que
se desloca ao longo de uma estrada plana, reta e estreita.

9 - Velocidade

9
A velocidade é a grandeza física que expressa a razão entre a distância percorrida por um corpo e o intervalo
de tempo gasto para percorrê-la.

A velocidade é uma grandeza física vetorial, isto é, requer uma orientação (direção e sentido) para que ela
seja descrita com precisão.

A notação da velocidade é dada pelo vetor v, onde v é a intensidade (ou módulo) desse vetor, e expressa pela
relação

v = d / t,

sendo d a distância percorrida pelo corpo, t o tempo gasto para percorrer esta distância.

Obs. A “distância percorrida” por um corpo, d, é também denominado “espaço percorrido” ou, no caso de
um movimento em apenas um único sentido, “deslocamento”.

Obs. A velocidade, v, imprimida a esse corpo é mantida constante.

Através dessa mesma relação, pode-se determinar a distância percorrida por um corpo como

d = v . t.

Da mesma maneira, obtém-se o tempo gasto em uma determinada trajetória de um corpo como

t = d / v.

A velocidade é a relação entre a distância percorrida (comprimento) e o intervalo de tempo gasto.

No Sistema Internacional de Unidades, SI, a velocidade é medida em metros por segundo (m/s).
Ex. Se a velocidade de uma partícula é igual a 24m/s, então ela percorre a distância de 24 metros a cada
segundo.

Quando se deseja caracterizar a velocidade como vetor, usa-se o símbolo v. No entanto, quando se deseja
representar apenas o valor da velocidade, também denominada velocidade escalar, usa-se o símbolo v (sem o
“negrito”).

Obs. Duas unidades de velocidade muito utilizadas são o “m/s” e o “km/h”.

A relação entre essas unidades é

1 m/s = 3,6 km/h.

10 - Velocidade Média
A velocidade de um móvel pode ser avaliada considerando-se o “intervalo de tempo decorrido” em que a
mesma é calculada.

Para um intervalo de tempo “muito pequeno” (tendendo a zero), a velocidade é denominada instantânea.

A velocidade instantânea é o quociente entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la, sendo
esse um valor “infinitamente pequeno“.

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Para um intervalo de tempo maior, pode-se usar o conceito de velocidade média.

A velocidade média, vm, é o quociente entre a distância total percorrida e o intervalo de tempo total gasto para
percorrê-la, isto é,

Velocidade Média = Distância total / Tempo total, isto é,

vm = dt / tt.

Obs. A velocidade média “não” representa a média aritmética das velocidades.


Para se calcular a “média de duas velocidades”, v1 e v2, usa-se a relação

Média das velocidades = (v1 + v2 ) / 2.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
11.Uma partícula movimenta-se com velocidade constante. Quais são as grandezas físicas necessárias para se
determinar o valor da velocidade?

12.Qual é a diferença entre os termos “velocidade instantânea” e “velocidade média”?

13.Em sua viagem de descoberta da América, Cristóvão Colombo gastou 37 dias para percorrer determinado
trecho de 6000km. Determine a velocidade média das caravelas de Colombo nesse trecho da viagem, em
quilômetros por hora.

14. Uma motocicleta percorre uma distância de 150m com velocidade média de 25m/s. Qual é o tempo gasto
para percorrer essa distância?

15.Um automóvel movimenta-se desde o marco 160km com velocidade média de 60km/h. Quanto tempo ele
deverá gastar para atingir o marco 190km da mesma estrada?

16.Um trem viaja a uma velocidade constante e igual a 80km/h. Quantos quilômetros o trem percorre em uma
hora e trinta minutos?

17. Um motorista gasta 1 segundo para olhar um acidente na estrada. Quantos metros ele percorre, a 80km/h?

18.Quanto tempo gasta um trem de 400m de comprimento e velocidade de 20m/s, para atravessar um túnel de
1800m de comprimento?

19.Um carro percorre em 2 horas e trinta minutos a primeira metade de uma estrada, mantendo velocidade
média de 60km/h, e o restante dessa estrada ele mantém velocidade média de 75km/h. Determine:
a) o comprimento da estrada;
b) o tempo gasto para percorrê-la;
c) a velocidade média desse carro em todo o percurso.

20.Uma partícula percorre uma trajetória retilínea da seguinte maneira:


I - descreve 100 metros, com velocidade constante de 20m/s;
II - gasta 20 segundos, movendo-se com velocidade constante de 6m/s.
Calcule a velocidade média imprimida pela partícula.

11 - Movimento Retilíneo Uniforme


Um movimento é denominado retilíneo e uniforme quando o móvel descreve uma trajetória retilínea em que a
distância percorrida é diretamente proporcional ao tempo gasto para percorrê-la, isto é, quanto maior for a
distância percorrida por ele, maior será o tempo gasto nesse movimento.
Ex. Um automóvel desloca-se em uma estrada retilínea da seguinte maneira:
em 1h percorre 80km,
em 2h percorre 160km,
em 3h percorre 240km, etc.

11
Esse automóvel desenvolve a mesma distância percorrida para o mesmo intervalo de tempo gasto.

Dessa forma, pode-se concluir que, após 4 horas de movimento, ele terá percorrido 320km, após 4 horas e
meia de movimento, ele terá percorrido 360km, e assim por diante.

A velocidade imprimida pelo veículo é obtida dividindo-se as distâncias pelos respectivos tempos gastos em
percorrê-las, isto é,

80km/1h, 160km/2h, 240km/3h, 320km/4h, 360km/4,5h, etc.

Em todos os casos descritos, o “quociente” é o mesmo, 80km/h, o que significa que a velocidade é a mesma.

No MRU, a velocidade é constante ao longo de toda a trajetória e, como conseqüência, não ocorre aceleração,
isto é, não ocorre variação de velocidade.

12 - Classificação do M.R.U.
O MRU desenvolvido por um corpo pode ser de dois tipos. Essa classificação, entretanto, é arbitrária e
depende da escolha do sentido que for escolhido.

I - O movimento é denominado progressivo, se a velocidade do corpo for positiva. Nesse caso, o corpo tem
movimento de avanço e os valores das posições ocupadas por ele aumentam.

II - O movimento é denominado regressivo ou retrógrado, se a velocidade do corpo for negativa. Nesse


caso, o corpo tem movimento de retorno e os valores das posições ocupadas por ele diminuem.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
21.Qual é a característica do movimento uniforme imprimido por um corpo?

22.Um carro se desloca em uma estrada, percorrendo 120km em 2 horas com movimento uniforme.
Considerando que ele mantenha essa velocidade, determine:
a) em quanto tempo ele percorrerá os próximos 90 quilômetros?
b) que distância ele percorrerá em 3 horas e 30 minutos?

23.Duas esferas se movem em linha reta e com velocidades constantes ao longo de uma régua centimetrada.
Na figura a seguir, estão indicadas as velocidades das esferas e as posições que ocupavam em certo instante.
Determine a posição em que as esferas irão colidir.

5cm/s 3cm/s

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
24.A distância entre dois automóveis é de 375km. Eles andam um ao encontro do outro com 60km/h e 90km/h.
Ao fim de quantas horas eles se encontrarão?

13 - Gráficos do M.R.U.
I - Distância x Tempo - d X t ou d = f ( t ).

A distância ocupada por um corpo em movimento, d, é diretamente proporcional ao tempo gasto, t, nesse
movimento.

Nesse caso, t é o valor independente e d depende dos valores do tempo de movimento.

Como exemplos, têm-se

12
d

* A velocidade do corpo é positiva.

0 t

0 t
* A velocidade do corpo é negativa.

Obs. Quanto maior for a velocidade de um corpo, mais inclinada em relação ao eixo dos tempos é a reta
que representa o movimento.

II - Velocidade x Tempo - v X t ou v = f ( t ).

A velocidade no MRU mantém sempre o mesmo valor (módulo constante), independente do tempo de
movimento.

Nesse caso, v é constante e independe do tempo de movimento.

Como exemplos, têm-se

v
* A velocidade do corpo é positiva.

+v

v * A velocidade do corpo é negativa.


0 t

-v

13
Obs. No gráfico da velocidade em função do tempo, a área formada entre a reta e o eixo do tempo
representa a distância percorrida por um corpo.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
25.A figura abaixo representa a distância ocupada por um corpo em função do tempo gasto no movimento.
d (m)

12

0 4 t (s)
a) Determine a velocidade do corpo.
b) Classifique o movimento.
c) Construa o gráfico v x t correspondente.

26.A figura abaixo representa a distância ocupada por um corpo em função do tempo gasto no movimento.
Construa o gráfico da velocidade média do movimento do corpo em função do tempo gasto.

d (m)
68

28
18

0 4 10 t (s)

27.A tabela abaixo registra a velocidade imprimida a um corpo em função do tempo de movimento.
v (m/s) 4 4 4 4
t (s) 0 2 4 6

a) Qual é a distância total percorrida pelo corpo?


b) Construa o gráfico da distância percorrida por esse corpo em função do tempo gasto.

14 - Aceleração
A aceleração é a grandeza física que expressa a razão entre a variação da velocidade, sofrida por um corpo e
o intervalo de tempo decorrido.

A notação da aceleração é escrita por a, onde

a = (vf – vi) / t,

sendo vi a velocidade inicial do corpo e vf a velocidade final do corpo e t é o tempo gasto para ocorrer a
variação de velocidade.
14
A idéia de aceleração, então, deve estar sempre associada com mudança de velocidade.

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a aceleração é medida em metros por segundo ao quadrado
2
(m/s ).
2
Ex. A aceleração de um corpo é igual a 2m/s , isto é, esse corpo varia a velocidade em 2 metros por
segundo, a cada segundo de movimento. Nesse caso, pode-se ter velocidades que variam de zero, 2m/s, 4m/s,
6m/s, etc.

A aceleração é uma grandeza física vetorial, pois depende da orientação. Nesse caso, quando se deseja
caracterizá-la como vetor, deve-se usar o símbolo a, e ela é denominada aceleração vetorial. No entanto,
quando se deseja representar apenas o valor (módulo) da aceleração, também denominada aceleração
escalar, usa-se o símbolo a (sem o “negrito”).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
28.Um corpo move-se com aceleração constante de 5m/s . O que isso significa?

29.Um corpo parte do repouso e atinge a velocidade de 4m/s em 2 segundos. Determine o valor da aceleração.

30.Determine o tempo decorrido por um corpo para alterar a velocidade de 10m/s para 20m/s, sabendo-se que
2
ele possui aceleração constante de 2m/s .

15 - Movimento Retilíneo Uniformemente Variado


No Movimento Retilíneo Uniformemente Variado - MRUV - um corpo descreve uma trajetória retilínea e, para o
mesmo intervalo de tempo, varia a velocidade de maneira constante.

No MRUV, a aceleração imprimida ao corpo é constante e não nula. Por isso, o movimento é denominado
“uniformemente variado”.
Obs. Em um movimento variado “qualquer”, a velocidade também é variada, mas a aceleração não é
constante, isto é, a velocidade varia de maneira aleatória.

A distância percorrida por um corpo no MRUV é diretamente proporcional ao “quadrado“ do tempo decorrido
para percorrê-la.

Obs. No MRUV, a distância percorrida e o deslocamento são usados como sinônimos sempre que o
sentido desse movimento for constante.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
31.Explique as características da velocidade e da aceleração de um corpo com movimento uniformemente
variado.

32.Compare as características da velocidade e da aceleração de um corpo com movimento retilíneo e uniforme


e de outro corpo com movimento retilíneo uniformemente variado.

33.Qual é a diferença entre um movimento variado qualquer e o movimento uniformemente variado?

16 - Cálculo da Distância e da Velocidade no M.R.U.V.


I - A expressão que permite calcular o valor da distância percorrida por corpo, d, é
2
d = vi . t + a / 2 . t .

15
II - A expressão que permite calcular o valor da velocidade adquirida por corpo, v, é

vf = vi + a . t.

As equações acima também são denominadas “equações horárias” da distância percorrida e da velocidade,
pois ambas dependem do tempo gasto de movimento.

Com isso, é comum utilizar-se outra equação, derivada delas, mas que não depende do valor do tempo (ou
quando ele seja desconhecido).
2 2
vf = vi + 2 . a . d.

A expressão é denominada “Equação de Torricelli” - em homenagem ao seu criador - sendo, portanto,


independente do tempo do movimento.

17 - Classificação do M.R.U.V.
O MRUV obedece ao mesmo critério estabelecido no MRU quanto ao sentido usado como positivo. Nesse
caso, se o corpo estiver se movimentando com essa orientação, o movimento é chamado progressivo ou de
avanço.

Caso o movimento do corpo seja no sentido contrário, então é chamado regressivo ou retrógrado. Esse
movimento também é chamado movimento de retorno.

No movimento progressivo, as velocidades desenvolvidas pelo corpo são positivas, enquanto no movimento
regressivo, as velocidades são negativas.

Obs. A classificação descrita acima é arbitrária e depende da escolha do sentido que for escolhido.

Além dessa classificação, o movimento é chamado acelerado se a aceleração e a velocidade, em dado


instante, tiverem o mesmo sinal.

Analogamente, o movimento é chamado retardado se a aceleração e a velocidade, em dado instante, tiverem


sinais diferentes.

Em resumo,

- Movimento Progressivo e Acelerado - velocidade positiva e aceleração positiva.

- Movimento Progressivo e Retardado - velocidade positiva e aceleração negativa.

- Movimento Regressivo e Acelerado - velocidade negativa e aceleração negativa.

- Movimento Regressivo e Retardado - velocidade negativa e aceleração positiva.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
34.Um corpo movimenta-se com velocidade 4m/s e recebe aceleração constante de 2m/s , durante 10
segundos. Determine a distância percorrida por ele nesse tempo.
2
35.Um corpo movimenta-se com velocidade 8m/s, quando é acelerado com 3m/s , durante 4 segundos.
Determine o valor da velocidade adquirida por ele.

36.A velocidade de um corpo é 8m/s, quando ele é freado durante 10 segundos, ao ser aplicada uma
2
aceleração de -2m/s . Determine a velocidade atingida pelo corpo e classifique o movimento para esse instante.

37.Um corpo com velocidade de 30m/s é freado com aceleração constante e pára em 12 segundos. Determine:
a) o valor dessa aceleração;
b) a distância percorrida pelo corpo até parar.

16
38.Um corpo parte do repouso e adquire velocidade de 40m/s em 8s, mantendo aceleração constante.
Determine a distância percorrida por ele nesse tempo.

39.A tabela abaixo registra a variação da velocidade imprimida a um corpo em função do tempo de movimento.
v (m/s) 4 8 12 16
t (s) 0 2 4 6

a) Qual é o valor da aceleração do corpo?


b) Qual é a distância total percorrida pelo corpo?
2
40.Um corpo, inicialmente em repouso, adquire aceleração constante de 8m/s . Determine a velocidade ao
atingir a posição 400 metros.

18 - Gráficos do M.R.U.V.
I - Distância x Tempo ou d = f ( t ).

A distância percorrida por um corpo no MRUV é diretamente proporcional ao “quadrado“ do tempo gasto e os
gráficos que indicam esse movimento são parábolas.

A inclinação da parábola representa a variação da velocidade desse corpo.

Com isso,

se a concavidade da curva é voltada para cima, a parábola possui aceleração positiva e,

se a concavidade da curva é voltada para baixo, a parábola possui aceleração negativa.

O vértice da parábola corresponde ao instante em que a velocidade do corpo se anula, pois o corpo muda de
sentido.

Como exemplos, têm-se

* A aceleração do corpo é positiva.


a >0

t
0

* A aceleração do corpo é negativa.

a<0

t
0

17
No movimento retilíneo uniformemente variado, como a aceleração é constante e, em conseqüência, como a
velocidade varia de maneira uniforme, a velocidade média é igual à média das velocidades, isto é, pode ser
determinada pela expressão

vm = (vi + vf) / 2,

onde vm, vi e vf são, respectivamente, as velocidades média, inicial e final imprimidas ao corpo.
0
1 . - A velocidade imprimida pelo corpo, no instante em que a inclinação da parábola é zero (no vértice da
parábola), seja ela velocidade inicial ou final, também o será.
0
2 . - A outra velocidade, imprimida pelo corpo em uma das extremidades da parábola, será positiva, caso a
parábola tenha concavidade para cima e negativa, caso a parábola tenha a concavidade para baixo.

Nesse caso, essa velocidade será o dobro da velocidade média pois, como foi visto acima, conforme a
expressão

vm = (vi + vf) / 2.

II - Velocidade x Tempo ou v = f ( t ).

A velocidade adquirida por um corpo no MRUV varia diretamente com o tempo gasto e os gráficos que
indicam esse movimento são retas inclinadas ao eixo do tempo.

A área formada pelo gráfico permite obter o valor da distância percorrida, d, pelo corpo.

A inclinação da reta representa a aceleração, a, desse corpo.

Como exemplos, têm-se

v
+v * A aceleração do corpo é positiva.

0 t

v
* A aceleração do corpo é negativa.
+v

0 t

Obs. Quanto maior for a aceleração de um corpo, mais inclinada em relação ao eixo dos tempos é a reta
que representa o movimento.

18
III - Aceleração x Tempo ou a = f ( t ).

A aceleração imprimida a um corpo no MRUV tem o mesmo valor (módulo constante) e independe do tempo
gasto. Os gráficos que indicam esse movimento são retas paralelas ao eixo do tempo.

A área formada pelo gráfico permite obter o valor da variação da velocidade do corpo.

Como exemplos, têm-se

a
+a * A aceleração do corpo é positiva.

0 t

a * A aceleração do corpo é negativa.


0 t

-a

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
41.O gráfico abaixo representa a variação da posição de um móvel que partiu do repouso. Qual é a velocidade
imprimida por ele, após os 6 primeiros segundos?

d (m)

36

0 6 t (s)
42.O gráfico a seguir identifica a variação da velocidade de um corpo que parte da origem das posições, em
função do tempo de movimento. Calcule:

v (m/s)

160

70

0 25 t (s)
a) a aceleração imprimida ao corpo; b) a distância percorrida pelo corpo.

19
43.O gráfico a seguir identifica a variação da velocidade de um corpo, que parte da origem das posições, em
função do tempo de movimento.

v (m/s)
4

0 2 t (s)
a) Calcule a aceleração imprimida ao corpo.
b) Calcule a distância percorrida pelo corpo.
c) Classifique o movimento desse corpo.

44.O gráfico a seguir identifica a variação da velocidade de um corpo, que parte da origem das posições, em
função do tempo de movimento. Determine:
a) a aceleração imprimida ao corpo, entre os instantes zero e 20s.
b) a distância percorrida pelo corpo, entre os instantes zero e 20s.
c) a aceleração imprimida ao corpo, entre os instantes 20s e 50s.
d) a distância percorrida pelo corpo, entre os instantes 20s e 50s.
e) a posição final do corpo.

v (m/s)
72

30
20

0 20 50 t (s)

45.O gráfico abaixo mostra a variação da velocidade de um corpo, que parte da origem das posições, em
função do tempo de movimento. Determine a posição final do corpo.

v (m/s)
50

20
4 5 6
0
-10 2 t (s)
-20

46.Observe o gráfico a seguir, que mostra a variação da velocidade em função do tempo, referente ao

20
movimento de um corpo que parte da origem das posições.
a) Qual é a aceleração do corpo entre zero e 1 segundo?
b) Em que instante o corpo pára?
c) Em que instante o corpo começa a retornar?
d) Em que instante o corpo está no ponto mais distante da origem?
e) Entre os instantes 2s e 3s, o movimento do corpo é acelerado ou retardado?
f) Qual a posição final ocupada pelo corpo?

47.O gráfico abaixo mostra a variação da velocidade de um corpo, que parte da origem das posições, em
função do tempo de movimento.

Determine:
a) o instante em que o corpo está em repouso;
b) o instante em que o corpo retorna à origem das posições.

48.O gráfico abaixo representa o movimento simultâneo de dois corpos, A e B, que percorrem a mesma
trajetória retilínea, partindo do mesmo ponto. Determine a distância entre os corpos, no instante 10 segundos.

v (m/s)

50
B
30
A
10

0 10 t (s)

19- Movimento de Queda Livre


Quando dois corpos quaisquer são abandonados de uma mesma altura e caem no vácuo, ou no ar com
resistência desprezível, o tempo de queda é igual para ambos, mesmo que seus pesos sejam diferentes.

O movimento descrito acima é denominado Movimento de Queda Livre - M.Q.L.

A aceleração de um corpo em queda livre é denominada aceleração da gravidade e tem o mesmo valor para
2 2
todos os corpos, ou seja, 9,8m/s , ou, aproximadamente, 10m/s (usado freqüentemente em cálculos).

Nesse caso, o corpo é uniformemente acelerado e a velocidade cresce 10m/s, a cada segundo.

Se um corpo for arremessado verticalmente para cima, seu movimento será uniformemente retardado.

Nesse caso, a velocidade decresce 10m/s, a cada segundo.

As equações do movimento de queda livre são as mesmas do MRUV, sendo ressalvadas as seguintes
alterações de nomenclatura:
a
1 . - aceleração da gravidade: + g, se o corpo cai.

21
- g, se o corpo é arremessado para cima.

(isto é, substitui-se a aceleração, a, pela aceleração da gravidade, + g ou - g).


a
2 . - altura: h.

(isto é, substitui-se a distância percorrida, d pela altura, h).

Com isso, as equações do movimento de queda livre são expressas como


2
* Equação da Distância ----- h = vi . t ± ½ . g . t ,

* Equação da Velocidade ----- vf = vi ± g . t,


2 2
* Equação de Torricelli ----- vf = vi ± 2 . g . h.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor, e despreze a resistência do ar.

49.Do alto de um edifício, deixa-se cair uma pedra que gasta 3 segundos para atingir o solo.
a) Calcule a velocidade com que a pedra atinge o solo.
b) Calcule a altura do edifício.

50.Um corpo é lançado verticalmente para cima com velocidade 50m/s. Determine:
a) o tempo de subida;
b) a altura máxima alcançada pelo corpo.

2
01.a) 20000mm b) 430g c) 0,0132m d) 8400s e) 25m/s
02.8 horas.
03.O comprimento e o tempo. A velocidade é derivada dessas grandezas.
04.O movimento se caracteriza por uma mudança de posição e depende do referencial, isto é, do observador.
05.a) Segmento de reta, vertical, para baixo. b) Segmento de parábola, para baixo e para frente.
06.Cairá sobre a cabeça da pessoa.
07.a) Uma reta. b) Descrevendo curvas e afastando-se do centro do disco.
08.6 centímetros e zero, respectivamente.
09.a) 440m b) 220m.
10.a) 20m b) aproximadamente 14m.
11.A distância percorrida e o tempo gasto para percorrer essa distância.
12.A velocidade instantânea é determinada para um tempo muito pequeno, enquanto que a velocidade média é
determinada para o tempo total do movimento.
13.6,75km/h
14.6 segundos.
15.0,5h
16.120km
17.Aproximadamente 22 metros.
18.110s
19. a) 300km b) 4,5h c) aproximadamente 67km/h.
22
20.8,8m/s
21.Manter velocidade constante.
22.a) 1,5h b) 210km
23.47 centímetros.
24.2h 30min
25.a) 3m/s b) Movimento Progressivo.
c) Reta paralela ao eixo do tempo com velocidade igual a 3m/s.
26.Reta paralela ao eixo do tempo com velocidade média igual a 5m/s.
27. a) 24 metros; b) Reta inclinada com valores da distância variando entre zero e 24m.
28.A cada segundo, o módulo da velocidade varia em 5m/s.
2
29.2m/s
30.5 segundos.
31.A velocidade é variada e a aceleração é constante e não nula.
32.M.R.U. - velocidade constante e aceleração nula.
M.R.U.V. - velocidade variada e aceleração constante e não nula.
33.Há aceleração nos dois casos, mas no movimento uniformemente variado, a aceleração é constante (a
velocidade varia de maneira uniforme).
34.140 metros.
35.20m/s
36.– 12m/s e movimento regressivo e acelerado.
2
37.a) – 2,5m/s b) 180m
38.160 metros.
2
39.a) 2m/s b) 60m
40.80m/s
41.12m/s
2
42.I - a) 3,6m/s b) 2875m
2
43. a) – 2m/s b) 4m c) Movimento Progressivo e Retardado.
2 2
44.a) 0,5m/s b) 50m c) 1,4m/s d) 630m e) O corpo está a 680m da origem.
45.O corpo está a 95 metros da origem.
2
46.a) 10m/s b) No instante 2s c) No instante 2s d) No instante 2s
e) Acelerado f) O corpo está localizado a 21m da origem.
47.a) Nos instantes 1s e 3s; b) Nos instantes 2s e 4s.
48.200 metros.
49.a) 30m/s b) 45m


50.a) 5s b) 125m ³(
³(SSXU
SSXUVL
VLPPX RYH³

Galileo Galilei

A FORÇA E O MOVIMENTO
1 - Vetores
As grandezas escalares podem ser identificadas somente tendo-se a informação do seu valor numérico,
denominado Módulo, e da sua unidade de medida.
“ ’
Ex. O Tempo de um determinado show de rock n roll (2 h);
A Temperatura da massa de ar em um determinado dia (21 °C);
3
O Volume de um determinado recipiente (260 cm ).

As grandezas vetoriais, para serem identificadas, necessitam das mesmas referências acima, além de uma
orientação, isto é, Direção e Sentido.
Ex. A Força empregada para mover uma mesa (2 newtons, horizontal, da direita para a esquerda);
A Velocidade média imprimida a um automóvel (80 km/h, BR 101, do Sul para o Norte);
2
A Aceleração da gravidade em um determinado local (9,8 m/s , vertical, de cima para baixo).

23
As grandezas vetoriais são representadas por Vetores.

Graficamente, o vetor é representado por um segmento de reta orientado, indicado por uma letra, ou um
símbolo, sobre o qual é colocada uma seta.

Outra maneira de representar um vetor é utilizando a letra, ou símbolo, com que ele é denominado por uma
indicação em negrito.

Um vetor se caracteriza por possuir direção, sentido e módulo.

Obs.: Os vetores, ou as grandezas físicas vetoriais, serão representados nesse Roteiro em “negrito”.

Ex.

A B C D

O módulo ou intensidade de uma grandeza vetorial, V, é indicado por V (sem o uso de seta ou em “negrito“).
2
Ex. Módulo do vetor aceleração: a =10 m/s ;
Módulo do vetor força: F = 12 N;
Módulo do vetor deslocamento: d = 200 m.

2 - Soma de Vetores
Sejam A e B, dois vetores representados abaixo.

A B

Seja S o vetor soma ou resultante dos vetores A e B, isto é, seja S = A + B.

O vetor S pode ser obtido através dos seguintes métodos:

I - Método Analítico

O método analítico é usado na determinação do módulo da soma de vetores.

O cálculo da soma vetorial por esse método é usado apenas para dois vetores, separadamente.

2 2
A θ Seja S = A + B, então, S = A + B + 2 . A . B . cos θ .
B

24
A expressão acima indica como se pode determinar o módulo da soma de dois vetores, S.

Nela, A e B são os módulos dos vetores A e B, respectivamente, e θ é o ângulo formado por esses vetores.

II - Método Geométrico

O método geométrico permite a determinação de todas as características do vetor resultante ou vetor soma,
isto é, a direção, o sentido e o módulo.

a) Regra do Paralelogramo

A
* Ex. Usa-se para a determinação do módulo do vetor força.
S

b) Regra do Polígono
A B
* Ex. Usa-se para a determinação do módulo do vetor deslocamento.
S

Obs. Os métodos gráficos são válidos para “n vetores“.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01.Dois vetores, X e Y, têm módulos 8 e 5 unidades, respectivamente. Quais são os valores mínimo e máximo
da soma vetorial desses vetores?

02. Use o método analítico e determine o módulo do vetor soma dos vetores A e B, abaixo. Considere A = 2, B
= 1 e cos 36° = 0,8.

A
36°
B

03.Calcule o módulo do vetor V, sendo V = X + Y, usando o método do polígono. Considere que os vetores X e
Y são perpendiculares, isto é, formam um ângulo de 90° entre si, sendo X = 2 unidades e Y = 6 unidades.

04.Um carro percorre 80km rumo ao Norte e, a seguir, 80km rumo ao Oeste. Determine o deslocamento
efetuado pelo carro.

3 - Força
A força é todo agente capaz de

I - iniciar o movimento de um corpo.

25
II - cessar o movimento de um corpo.
III - modificar a trajetória de movimento de um corpo.
IV - deformar um corpo.

A força é uma grandeza vetorial e deve ser caracterizada por direção, sentido e módulo.

Citam-se alguns exemplos de força: força de tração, força de atrito, força de atração gravitacional, força
provocada por uma mola comprimida, força de repulsão entre duas cargas elétricas, etc.

As forças que ocorrem quando as superfícies dos corpos se tocam são denominadas forças de contato, como
quando, por exemplo, uma pessoa levanta um peso. Entretanto, quando não há contato físico entre os corpos,
é possível que um exerça força sobre outro.

Essas são as chamadas forças de campo, como, por exemplo, a força gravitacional com que a Terra atrai a
Lua.

Quando duas ou mais forças atuam em um corpo, denomina-se força resultante, ou força soma, a força que
produza, sozinha, o mesmo efeito de todas aquelas reunidas.

O módulo de uma força pode ser medido, por exemplo, quando ela é aplicada na extremidade de uma mola
que, ao se deformar, indica indiretamente o valor dessa força.

Toda mola calibrada dessa forma recebe o nome de Dinamômetro.

A medida de força usada é o “quilograma-força” (kgf), unidade que corresponde ao peso de um corpo padrão.

No S.I. de unidades, a medida de força é o newton (N).

Obs. Um (1) kgf corresponde a 9,8N.


-5
Outra unidade utilizada é o “dina” (dyn) e que eqüivale a 1.10 N (0,00001N).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
05.A força que age em um corpo é uma grandeza vetorial. Escreva as características vetoriais de cada uma das
forças representadas abaixo. Qual a força que possui o maior módulo?

a) F1 = 10N. b) F2 = 1,5kgf. c) F3 = 200000dyn.

F1 F2 F3

06.O que é a resultante de um sistema de forças ou força resultante? A força resultante pode ter módulo zero?

07.Um corpo recebe a ação de duas forças de mesmo sentido, de módulos iguais a 24N e 16N. Determine o
módulo da força resultante que atua nele.

08.Uma partícula recebe a ação de quatro forças constantes, conforme a figura a seguir.

4F 8F
6F 2F

26
Considerando-se que o módulo de F é igual a 12N, calcule o módulo da força resultante que atua nessa
partícula.

4 - Leis de Newton do Movimento


O estudo das causas que produzem ou simplesmente alteram o movimento dos corpos é denominado
Dinâmica e está fundamentado em um trabalho publicado por Isaac Newton em 1687, o “Philosophia e
Naturalis Principia Mathematica“.

A “Dinâmica” estuda as relações o movimento de um corpo, relacionando-o com as suas causas desse
movimento (forças).

Nessa publicação, são analisadas as três leis básicas relativas ao movimento dos corpos, denominadas “Leis
de Newton dos Movimentos“:

I - Inércia

II - Massa

III - Ação e Reação

5 - Primeira Lei do Movimento - INÉRCIA


A idéia de força esteve associada ao de movimento através de séculos.

Segundo Aristóteles, um corpo somente poderia estar em movimento enquanto houvesse uma força atuando
nele.
Segundo Galileu, um corpo pode-se movimentar, mesmo que não receba força.

Para ele, se um corpo estiver em repouso, é necessária uma força para colocá-lo em movimento e, depois de
iniciado o movimento, ele continuará nesse estado, com velocidade constante e em linha reta.

Denomina-se inércia a propriedade dos corpos de tenderem a permanecer em repouso ou em movimento


retilíneo uniforme.

Primeira Lei de Newton do Movimento:

“Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso e um corpo em movimento tende a permanecer com
Movimento Retilíneo e Uniforme - MRU.“

Essa lei também pode ser escrita da seguinte maneira:

“Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso e um corpo em movimento desloca-se em
linha reta, com velocidade constante.“

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
09.A tendência de um corpo, quando faz uma curva, é seguir em linha reta. Esse fato está relacionado à qual lei
do movimento?

10.Quando um automóvel é freado bruscamente, os passageiros são lançados para frente. Explique o fato.

11.Quando empurramos um carrinho de brinquedo, ele anda alguns metros e pára. Isso é uma prova de que a
inércia é válida para somente alguns casos?

27
6 - Segunda Lei do Movimento - MASSA
Verifica-se experimentalmente que um corpo é acelerado, quando receber a ação de uma força.

Com isso, caso seja aplicada uma força de módulo cada vez maior ao corpo, observa-se que o valor da
aceleração também cresce proporcionalmente, ou seja,

para uma força F1, a aceleração correspondente é a1,


para uma força F2, a aceleração correspondente é a2,
para uma força F3, a aceleração correspondente é a3, etc,

o que se pode concluir que a aceleração imprimida a um corpo é diretamente proporcional à força aplicada a
esse corpo, ou seja,

F ∝ a.

Essa relação pode ser escrita como:

“O quociente entre a força aplicada a um corpo e a aceleração produzida por essa força é constante“.

F1 / a1 = F2 / a2 = F3 / a3 = - - - - - - - = constante.

Essa constante é uma característica do corpo, sendo denominada massa, e simbolizada por m.

A massa de um corpo é, portanto, o quociente entre a força aplicada a um corpo e a aceleração recebida em
conseqüência dessa força.

m = F / a, o que implica na expressão “F = m . a“.

A força e a aceleração são grandezas físicas vetoriais e possuem direção e sentidos idênticos.

Nesse caso, a massa, m, é denominada massa inercial.

No caso, de um corpo receber mais de uma força, já foi analisado anteriormente que essas forças podem ser
substituídas por uma força resultante, FR, que corresponde à soma vetorial das forças.

Com isso, a expressão matemática que representa a lei da massa é

FR = m . a.

Essa expressão, mais abrangente, significa que a força resultante que atua em um corpo de massa m é o
“produto“ da massa desse corpo, m, pela aceleração, a, produzida por essa força.

Segunda Lei de Newton do Movimento:

“A aceleração sofrida por um corpo é diretamente proporcional à resultante das forças que atuam nesse corpo
e mantém mesmas direção e sentido dessa resultante.“

Quando um corpo sem extensão (partícula) não possui força resultante atuando nele, a aceleração imprimida
também é nula e, com isso, ele se mantém em equilíbrio.

Considera-se, então, que a “força é a causa“ e a “aceleração é o efeito“.

Portanto, quando essa partícula está em equilíbrio,

FR = 0 ⇒ a = 0 ⇒ v constante ⇒ v = 0 : Repouso.

v ≠ 0 : M.R.U.

28
A segunda lei do movimento, a lei da massa, é fundamental ao estudo do movimento, pois se ocupa das
causas que originam esse movimento e, com isso, podem ser determinadas outras variáveis importantes tais
como aceleração, velocidade e posição do corpo.

A massa é uma grandeza física escalar.

No SI de unidades, a medida de massa é o quilograma (kg).

Obs. De acordo com a expressão F = m . a, se um corpo de massa 1kg receber força resultante de 1N,
2 2
então ele será acelerado com 1m/s . Com isso, 1N = 1kg . 1m/s .

A massa de um corpo é uma grandeza característica e constante desse corpo.

A massa de um corpo (também denominada massa inercial) é uma grandeza “diretamente proporcional“ à
inércia desse corpo, ou seja, quanto maior a massa de um corpo, maior a inércia do mesmo.

Ex. Em condições normais, um caminhão gasta mais tempo para iniciar um movimento do que um
automóvel, porque possui maior massa do que este. Nesse caso, o corpo com mais massa tem “mais inércia”.

Da mesma forma, porque tem “mais inércia”, o caminhão gasta mais tempo para cessar esse movimento do
que o automóvel, pois o corpo de “maior inércia” tem mais tendência a manter o movimento do que o corpo de
mais massa.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO

12.Analise a afirmação que segue:


“A aceleração sofrida por um corpo é diretamente proporcional à força resultante que age nele.”
Esta afirmação refere-se à qual lei do movimento?

13.Analise a afirmação que segue e explique se ela é verdadeira ou falsa:


“Se um corpo não está sendo acelerado, não existem forças atuando nele.“

14.Uma pessoa viajando em um trem percebe a força do banco em suas costas. Que movimento possui esse
trem?

15.Dois corpos de massas m e 2m são acelerados, ao receberem a ação de forças únicas de mesma
intensidade, F. Qual dos corpos receberá maior aceleração?

16.Analise a afirmação que segue e explique se ela é verdadeira ou falsa:


“A massa de um corpo é a medida da inércia desse corpo.“
2
17.Um corpo de massa 6kg, inicialmente em repouso, sofre aceleração de 2m/s , ao receber a ação de uma
força. Calcule o módulo dessa força.
2
18.Uma força de 12N atua em um corpo em repouso, imprimindo uma aceleração de 0,5m/s . Determine a
massa desse corpo.

19.Uma força de 32N atua em um corpo de massa 4kg. Calcule o valor da aceleração sofrida pelo corpo.

20.Um corpo de massa 12kg recebe a ação de duas forças de sentidos opostos, de módulos iguais a 12N e
18N. Calcule o módulo da aceleração recebida por ele.

29
21.Duas forças, F1 e F2, atuam no mesmo sentido em um corpo de massa 8kg, que repousa sobre uma
superfície lisa e horizontal. Sabendo-se que elas têm módulos iguais a 3N e 5N, respectivamente, calcule a
aceleração sofrida por esse corpo.

22.A figura a seguir mostra uma partícula de massa m, sendo m = 2800g, recebendo a ação de quatro forças
constantes. Calcule o módulo da aceleração sofrida por essa partícula. Use o módulo de F equivalente a 4N.
3N
0,4 F
0,4N
m
0,6 F

7 - Terceira Lei do Movimento - AÇÃO E REAÇÃO


Terceira Lei de Newton do Movimento:

“Quando um corpo, A, imprime uma força em outro corpo, B, este lhe retribui com outra força, de mesma
direção e mesma intensidade, mas com sentido oposto à primeira força.“

Esse par de forças é denominado ação e reação.

As forças de ação e reação são aplicadas em corpos diferentes e, com isso, não podem se equilibrar
mutuamente, isto é, elas não podem se anular.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
23.Um corpo aplica uma força de 10kgf em outro.
a) Qual é o valor da reação?
b) Onde estão aplicadas as duas forças?

24.É possível que as forças de um par “ação-reação” se equilibrem mutuamente? Por quê?

25. Analise a afirmação que segue:


“Um corpo, ao ser empurrado por uma pessoa, reage em sentido contrário ao da ação, e ainda assim pode
entrar em movimento, porque a reação age apenas na pessoa.”

26.Um objeto está caindo livremente. Explique o fato, relacionando-o com a lei de ação e reação.

27.Um corpo, A, de massa 4kg, aplica uma força de intensidade 20N em outro corpo, B, de massa 3kg.

a) Qual a intensidade da força em que o corpo B deverá aplicar em A?


b) É possível que o corpo A se movimente? Explique.

8 - Equilíbrio
Se em uma partícula atua um conjunto de forças, denomina-se força resultante, FR, a soma vetorial dessas
forças.

F2
F1
F3

F5

F4

30
A força resultante tem o mesmo efeito na partícula que o conjunto de forças que ela representa.

Para n forças aplicadas em uma partícula,

FR = F1 + F2 + F3 + - - - - - - - + Fn, ou seja, FR = ΣF,

onde ΣF é a soma vetorial das forças.

Quando não há força atuando na partícula - ou se a soma das forças que nela atuam for nula - então a força
resultante, FR, é nula.

Uma partícula está em equilíbrio, se não há força resultante atuando nela.

Como conseqüência, a aceleração da partícula também é nula e, com isso, a velocidade a ela imprimida é
mantida constante, o que pode ocasionar duas situações:

I – A velocidade é nula (v = 0) – e a partícula permanecerá em repouso;

II – A velocidade não é nula (v ≠ 0) – e a partícula permanecerá com MRU.

A condição de equilíbrio de uma partícula é, portanto, ter a força resultante nula.

Em resumo:

“Uma partícula está em equilíbrio, quando estiver em repouso ou com movimento retilíneo uniforme”.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
28.Uma partícula move-se sob a ação de uma força constante e única. O que ocorre quando cessa a atuação
da força?

29.O que ocorre quando apenas duas forças iguais e opostas agem em uma partícula?

30.O que ocorre quando apenas duas forças iguais agem em uma partícula?

31.Indique as alternativas corretas:


I - Uma partícula está em equilíbrio apenas quando estiver em repouso.
II - Uma partícula está em equilíbrio apenas quando possuir velocidade constante.
III - Uma partícula está em equilíbrio apenas quando possuir o módulo da velocidade constante.
IV - Uma partícula está em equilíbrio apenas quando mantiver a sua trajetória retilínea.
V - Uma partícula está em equilíbrio apenas quando receber a força resultante constante.
VI - Uma partícula está em equilíbrio apenas quando possuir aceleração nula.

32.Explique quando uma partícula está em equilíbrio, no que se refere à força resultante, à aceleração e à
velocidade.

33.O gráfico abaixo identifica o movimento retilíneo de uma partícula. Ela está ou não em equilíbrio? Em caso
negativo, como deveria ser o gráfico?
v (m/s)
4

0 2 t (s)

31
34.Uma partícula que se movimenta com trajetória circular e módulo da velocidade constante está em
equilíbrio?

35.Como é possível uma partícula se movimentar e permanecer simultaneamente em equilíbrio?

9 - Peso
A força peso - ou simplesmente o peso de um corpo - é a força com que a Terra atrai esse corpo.

O sentido do peso é para baixo (para o centro da Terra) e o módulo é definido pela expressão

P = m . g,

onde P é o peso, m é massa e g é a aceleração da gravidade local.

Nesse caso, a massa, m, também é denominada massa gravitacional.

O peso de um corpo não depende de sua massa.

A força peso é um exemplo de “ação à distância”, isto é, uma força em que não há contato físico entre os
corpos que interagem.

A força peso de um corpo é a força com que esse corpo é acelerado pela aceleração da gravidade, g.

Pela expressão F = m . a, conclui-se que o peso é determinado por P = m . g.

No caso mais usual, a Terra exerce a força de atração no corpo, e lhe imprime uma aceleração igual de valor
2
9,8 m/s ,

podendo sofrer pequenas alterações, conforme os pontos em que está localizado o corpo, isto é, a distância do
corpo ao centro gravitacional da Terra.

Quanto mais próximo estiver o corpo do centro da Terra, maior o valor da aceleração da gravidade.

Com isso, para a mesma massa m, o peso de um corpo é maior ao nível do mar do que no alto de uma
montanha, para uma mesma latitude. Da mesma maneira, ele é maior nos Pólos da Terra do que na linha do
Equador (quando medido ao nível do mar).

Analogamente, quanto maior a atração sofrida pelo corpo, maior será o peso dele.

Como exemplo, o peso de um corpo é maior na Terra do que na Lua, porque a atração gravitacional também é
maior (maior valor de g).

Obs. Quando um corpo é arremessado ou abandonado, isto é, quando ele está solto no espaço, dentro do
campo gravitacional da Terra, e sendo desprezada a resistência do ar, atua nele apenas a força peso.

10 - Massa e Peso
A massa de um corpo é constante, enquanto o peso depende da localização em que se mede o seu valor.

A maneira de se obter o valor da massa m de um determinado corpo pode ser feita com o uso de uma balança
de braços iguais.

32
Nesse caso, coloca-se em um dos pratos a massa m e no outro uma massa previamente conhecida. Quando
a balança estiver com os braços equilibrados, pode-se concluir que também os pesos dos corpos de cada
braço serão iguais e, como conseqüência, as massas também o serão, porque o valor da aceleração da
gravidade que age nessas massas é o mesmo.

Esse método da determinação da massa m somente é possível em locais em que existe gravidade, isto é, em
locais onde os corpos têm peso.

O instrumento de medida do peso é o Dinamômetro.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for
dado outro valor.

36.Explique a diferença entre o peso de um corpo na Terra e na Lua.

37.Qual o peso de um corpo cuja massa é igual a 60kg?

38.Qual a massa de um corpo, em gramas, cujo peso é equivalente a 128 newtons?

39.A força da gravidade em Júpiter é quase três vezes maior do que na Terra. Compare o peso de um corpo
em Júpiter com o peso do mesmo na Terra. O que se pode afirmar sobre a massa desse corpo?

40.Compare a massa e o peso de um corpo na linha do Equador (e ao nível do mar) com a massa e o peso do
mesmo no Pólo Sul da Terra (também ao nível do mar).

41.Indique as alternativas corretas.


I - A massa desse corpo é inversamente proporcional a sua inércia.
II - A massa desse corpo não depende do local onde ele está localizado.
III - O peso desse corpo na superfície do mar é menor do que no alto de uma montanha, para uma mesma
latitude.
IV - O peso desse corpo depende do local onde ele está localizado.
V - O peso desse corpo depende da massa desse corpo.

42.Analise cada uma das situações propostas a seguir e desenhe as forças que atuam no corpo de massa m.
Desconsidere a resistência do ar.

a) Um corpo de massa m está descendo em queda livre.

b) Um corpo de massa m está subindo em queda livre.

c) Um corpo de massa m é arremessado para cima e está parado no ponto mais alto da trajetória.

d)
m

11 - Força de Reação Normal


Considere a figura abaixo, que mostra um corpo apoiado sobre uma superfície horizontal.

33
Fn

Devido ao seu peso P, o corpo tende a cair, exercendo sobre a superfície uma força de compressão F,
perpendicular a ela. Esta superfície, então, reage no bloco, de acordo com a terceira lei de Newton, exercendo
nele uma força Fn, de mesmo módulo, mesma direção, mas de sentido contrário a F. Como a força de reação,
Fn, é perpendicular à superfície, ela é denominada reação normal da superfície no corpo.

No corpo atuam, pois, duas forças: Fn e P.


Como ele se encontra em equilíbrio sobre a superfície, pode-se concluir que os módulos das forças Normal e
Peso sejam iguais (Fn = P), para que a resultante de Fn e P seja nula.

Considere, agora, que esse corpo seja comprimido para baixo, contra a superfície, por um agente externo,
através de uma força externa, F. Nesse caso, o módulo da força de compressão que está sendo exercida sobre
a superfície é maior do que o módulo do peso do corpo, P.

Portanto, o módulo da reação Fn, exercida sobre a superfície pelo o corpo, será também maior do que o
módulo de P (Fn > P), pois o módulo de Fn é sempre igual ao de F.

Analogamente, se o corpo for puxado para cima por uma força externa, F, percebe-se que o módulo dessa
força será menor do que o módulo do seu peso, P e, em conseqüência, o módulo da força normal, Fn, também
será menor do que o módulo do peso (Fn < P).

Portanto, conclui-se pelo exposto acima, que o módulo da reação normal de uma superfície “nem sempre” é
igual ao módulo do peso desse corpo.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
43.Associe adequadamente as duas colunas abaixo, que se completam e estão relacionadas à afirmação a
seguir:
“Um corpo está em repouso sobre uma mesa.”
A - A força normal que atua no corpo é a força que
B - A reação à força normal que atua no corpo é a força que
C - A força peso que atua no corpo é a força que
D - A reação à força peso que atua no corpo é a força que
I - o corpo exerce na mesa.
II - o corpo exerce na Terra.
III - a mesa exerce no corpo.
IV - a Terra exerce no corpo.

44.Uma pessoa sobe em uma balança e, quando o ponteiro do mostrador fica em repouso, levanta os braços
verticalmente acima de sua cabeça. Durante o movimento dos braços, o ponteiro do mostrador indica massa
maior ou menor do que a massa indicada antes do movimento?

12 - Forças de Interação

34
Quando dois ou mais corpos estão vinculados, eles formam um sistema de corpos, ou um conjunto de corpos.
Nesse caso, deve-se levar em consideração as forças de “interação” entre eles, internas ao sistema.

Ao serem estudadas tais forças, observam-se dois aspectos:

I - Se o sistema é composto de um único corpo, então ele é analisado através da Segunda lei de Newton.

II - Se o sistema é composto de mais de um corpo, cada corpo é considerado como um elemento


independente, e deve-se investigar as forças de interação entre eles, o que implica em ser usada a Terceira lei
de Newton.

Obs. Para esse caso deve-se isolar cada corpo e analisar todas as forças que neles atuam.

13 - Força de Contato
Uma maneira de dois ou mais corpos interagirem é por meio do “contato” físico entre eles. Nesse caso, as
forças podem ser denominadas forças de contato.

Observe, na figura a seguir, os corpos A e B, apoiados sobre uma superfície horizontal, sem atrito. Uma força
horizontal, F, atua no corpo A, empurrando o conjunto.

Existem também forças de interação entre os corpos do sistema, internas, que, de acordo com a terceira lei de
Newton, como aparecem sempre aos pares, com módulos iguais e de sentidos contrários, não influenciam na
aceleração desse sistema. A força F, portanto, é a única responsável pelo movimento.
B
A
F
a

A determinação do módulo da aceleração do conjunto, a, é uma aplicação da segunda lei de Newton, pois

Fsist = msist . asist,

onde F é a força externa que empurra o conjunto de corpos, m é a massa de todos os corpos somados, no
caso, mA + mB, e a é a aceleração dos dois corpos, isto é, a aceleração do sistema.

Pode-se concluir, então, que o módulo da aceleração do sistema é definido pela expressão

asist = Fsist / msist.

De acordo com a lei de ação e reação, o corpo B deverá reagir e aplicar uma força no corpo A, de intensidade
igual e sentido contrário, FBA.

Isolando-se cada corpo da figura, tem-se


B Fn B
Fn A
F A FBA FAB
a

PA PB
Nota-se que Fn A e PA se anulam e que Fn B e PB também se anulam.

Da mesma forma, observa-se que FAB e FBA formam um par “ação-reação” (podendo ser chamadas de “f”).

35
Com isso, obtém-se para o corpo A,

F - f = mA . a

e, para o corpo B,

f = mB . a.

Logo, tem-se um sistema com essas equações:

F - f = mA . a e

f = mB . a.

Resolvendo o sistema por método de soma, permite-se encontrar os valores de a e de f.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

45.Dois blocos, A e B, com massas 2kg e 3kg, respectivamente, repousam sobre uma superfície horizontal e
totalmente lisa. Uma força constante de módulo 20N é aplicada em A, conforme a figura a seguir.
B
A
20N

Determine:
a) a aceleração adquirida pelos blocos.

b) a intensidade da força que A exerce em B. c) a intensidade da força que B exerce em A.

46.A figura a seguir mostra um conjunto de três corpos, A, B e C, de massas iguais a 1kg, 2kg e 3kg,
respectivamente, sobre um plano horizontal, sem atrito. No bloco A, é aplicada uma força horizontal, F, de
intensidade 12N, que movimenta o sistema.
C
B
A
F

Determine:
a) a aceleração do sistema.
b) o módulo da força com que A exerce em B.
c) o módulo da força com que B exerce em A.
d) o módulo da força com que B exerce em C.
e) o módulo da força com que C exerce em B.

14 - Tensão em uma corda


Outra maneira de dois ou mais corpos interagirem é por meio da “tensão” ou “tração” entre eles. Nesse caso,
as forças podem ser denominadas forças de tensão.

Dois ou mais corpos podem estar ligados a fios. Nesse caso, se o sistema recebe a ação de uma força
resultante externa, esses corpos interagem com forças de contato.

36
Normalmente, os fios (ou cordas) que unem os corpos são considerados fios “ideais”. Um fio ideal é um fio
inextensível, perfeitamente flexível e de massa desprezível. Os corpos presos às extremidades de um fio ideal
esticado são tracionados com forças que têm a mesma intensidade, T, na direção do fio.

Um fio pode estar conectado a uma ou mais polias (ou roldanas). A polia altera apenas a orientação da tração
no fio que passa por ela, sem modificar a sua intensidade.

A polia ideal é aquela em que são desprezados a massa da polia e o atrito em seu eixo.

Uma polia permanecerá em repouso caso a soma das forças a elas aplicadas forem nulas.

Observe a figura a seguir, que mostra um sistema formado por dois corpos, A e B, unidos por uma corda
rígida e de massa desprezível, apoiados em uma superfície horizontal e sem atrito.

Uma força constante e horizontal, F, atua no corpo A, exercida por outro corpo não pertencente ao sistema.
Com isso, o corpo A puxa a corda e esta puxa o corpo B, que está localizado atrás. Existem também forças de
interação entre os corpos do sistema, internas, que, de acordo com a terceira lei de Newton, como aparecem
sempre aos pares, com módulos iguais e de sentidos contrários, não influenciam na aceleração desse sistema.
A força F, portanto, é a única responsável pelo movimento.

a F A T B

Denomina-se Tensão, ou tração, T, a força que age na corda, quando esta é esticada.

O cálculo do módulo da aceleração do sistema também é uma aplicação da segunda lei de Newton, pois

Fsist. = msist. . asist,

onde Fsist. é a força que move o sistema, ou da força externa, F, m sist. é a massa do sistema, ou seja, as
massas de todos os corpos somados, mA + mB + mC, e asist. é a aceleração do sistema.

Pode-se concluir, então, que

asist. = Fsist. / msist..

De acordo com a lei de ação e reação, o corpo B deverá reagir e aplicar uma força no corpo A, de intensidade
igual e sentido contrário, FBA.

Isolando-se cada corpo da figura, tem-se

FnA FnB

F A FBA FAB B
a

PA PB
Nota-se que FnA e PA se anulam e que FnB e PB também se anulam.

Da mesma forma, verifica-se que FAB e FBA constituem um par “ação-reação” (podendo ser chamadas de “T”, -
Tensão - que atua na corda que une os dois corpos).

Com isso, obtém-se para o corpo A,

F - T = mA . a
37
e, para o corpo B,

T = mB . a.

Logo, tem-se um sistema com essas equações:

F - T = mA . a e
T = mB . a,

o que, resolvendo-se por método de soma, permite encontrar os valores de a e de T.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

47.As figuras a seguir representam corpos que recebem forças e são unidos por fios leves e inextensíveis.
Desconsidere o atrito. Determine, para cada caso, as tensões, T, nos fios.

a)
A
T B F mA =10kg, mB = 5kg, F = 30N.

b)
B C
F A T1 T2 mA = 2kg, mB = 3kg, mC = 5kg, F = 30 N.

c)
A T

B mA = 3kg, mB = 2kg.

d) B
A T1 T2

C mA = 15kg, mB = 25kg, mC = 10kg.

e)
B C
F1 A T1 T2 F2 mA = 2kg, mB = 3kg, mC = 5 kg, F1 = 30N, F2 = 10N.

f)
T1 B T2

38
A C
mA = 2kg, mB = 3kg, mC = 5kg.

48.Na figura abaixo, os corpos A, B e C valem 1kg, 3kg e 1kg, respectivamente. Sabendo-se que A e B
deslizam sem atrito sobre o plano horizontal e que o fio e a polia são ideais, determine:
a) a aceleração do conjunto.
b) a tração no fio.
c) a força que A exerce em B.

A
B

49.Determine o módulo de F, para que o corpo da figura abaixo permaneça em repouso.

F
120N

50.A figura a seguir mostra um corpo de massa M sendo sustentado por uma força de módulo 20N. Determine
o módulo de M, para que o corpo permaneça em repouso.

20N

51.Considere na figura abaixo um corpo de massa 40kg sendo sustentado por uma força, F. Determine o
módulo de F para que o corpo permaneça em equilíbrio. Desconsidere o atrito.

39
F
52.Considerando as polias e os fios ideais, determine o peso que é possível sustentar quando se aplica uma
força, F, de intensidade 20N, à extremidade livre do fio.

53.Analise cada uma das situações propostas abaixo e represente graficamente as forças que atuam no corpo
de massa m. Desconsidere a resistência do ar.
a)

m O corpo de massa m (pêndulo) está parado.

b)

m O corpo de massa m (pêndulo) está em movimento.

15 - Tensão nos cabos de um elevador


Considere um elevador de massa m, conforme a figura a seguir.

Nele atuam, basicamente, duas forças opostas: o peso desse elevador, P, que age para baixo, e a tensão, T,
para cima, que atua no cabo (ou nos cabos) que o sustenta.

A força resultante que atua no elevador é, então, a soma vetorial dessas duas forças.

40
m Elevador
P
I - Caso o elevador esteja em “repouso”, mas sem contato com o solo, a força resultante é nula, ou seja, a
tensão no cabo que o sustenta é de mesma intensidade que peso dele, o que implica em

T = P = m . g,

onde g é a aceleração da gravidade e m é a massa do elevador.

II - Caso o elevador esteja “subindo” ou “descendo” com movimento retilíneo e uniforme, a situação é
idêntica ao item anterior, porque a tensão no cabo que o sustenta é de mesma intensidade que o peso dele,
visto que não há aceleração e, por conseguinte, também não há força resultante.

Portanto,

T = P = m . g,

onde g é a aceleração da gravidade e m é a massa do elevador.

III - Caso o elevador esteja “subindo” com movimento acelerado ou “descendo” com movimento retardado, a
tensão no cabo possui módulo igual ao seu peso mais a força resultante, desprezando a resistência do ar, isto
é,

T = P + F = m . g + m . a,

onde m é a massa do elevador e a é o módulo da aceleração do elevador.

IV - Caso o elevador esteja “descendo”, com movimento acelerado ou “subindo” com movimento retardado
a tensão no cabo possui módulo igual ao seu peso menos a força resultante, desprezando a resistência do ar,
isto é,

T = P - FR = m . g - m . a,

onde m é a massa do elevador e a é o módulo da aceleração do elevador.

Obs. Um corpo, colocado dentro de um elevador, e em contato com o piso do mesmo, é submetido às
seguintes forças: o peso desse corpo, P, e a força normal (de compressão) entre ele e o piso do elevador, Fn.

A força resultante é, portanto, a soma vetorial dessas duas forças.

Nesse caso,

I - se o elevador estiver em repouso ou com MRU - subindo ou descendo - como a força resultante é nula,
então Fn = P.

II - se o elevador estiver subindo com movimento acelerado, então Fn = P + m.a (a > 0).

III - se o elevador estiver subindo com movimento retardado, então Fn = P - m.a (a < 0).

IV - se o elevador estiver descendo com movimento acelerado, então Fn = P + m.a (a > 0).

V - se o elevador estiver descendo com movimento retardado, então Fn = P - m.a (a < 0).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

41
54.Um elevador de massa 400kg está suspenso e em repouso. Determine o módulo da tensão no cabo que o
sustenta.
2
55.Um elevador de massa 1200kg sobe com aceleração constante e igual a 2m/s . Qual é o módulo da tensão
que atua no cabo que o suspende? E quando ele desce?

56.Uma pessoa de massa 80kg encontra-se dentro de um elevador. Determine a intensidade da força normal
de compressão entre a pessoa e o piso do elevador, quando esse estiver
a) em repouso.
b) subindo com movimento uniforme.
c) descendo com movimento uniforme.
2
d) subindo com movimento acelerado, com aceleração de 2 m/s .
2
e) subindo com movimento retardado, com aceleração de 2 m/s .
2
f) descendo com movimento acelerado, com aceleração de 2 m/s .
2
g) descendo com movimento retardado, com aceleração de 2 m/s .

16 - Força de Atrito
A força de atrito sempre se opõe à tendência de movimento de um corpo sobre uma superfície.

Ela ocorre devido a pequenas irregularidades existentes entre as superfícies de contato.

Quando um corpo é apoiado sobre uma superfície horizontal e permanece em repouso, como é mostrado na
figura a seguir, o peso, P, desse corpo é equilibrado pela força normal, Fn, da superfície.

Se uma força externa, F, é aplicada nesse corpo e, mesmo assim, ele continua em repouso, deve existir uma
força que o mantenha em equilíbrio.

Fn

F
fa

P
Esta força de equilíbrio é denominada força de atrito, fa.

Como o corpo está em repouso, ela é denominada força de atrito estático, fe.

A força de atrito estático é variável, conforme a variação da força externa que atua no corpo e cresce até
atingir um valor máximo, fe max

A força de atrito estático máxima é diretamente proporcional à intensidade da força normal,

fe máx ∝ Fn.

Com isso, a força de atrito estático máxima pode ter o valor determinado pela expressão

fe máx = µe . Fn,

onde µe é o coeficiente de atrito estático existente entre as superfícies de contato.

Se, entretanto, a força externa aplicada ao corpo é aumentada até que este entre em movimento, ainda assim
permanece a força de atrito.

42
Nesse caso, ela é denominada força de atrito cinético, fc, (ou força de atrito dinâmico), podendo ter o valor
determinado pela expressão análoga à força de atrito estático, isto é,

fc = µc . Fn,

onde µc é o coeficiente de atrito cinético (ou coeficiente de atrito dinâmico).

O coeficiente de atrito estático, µe, é sempre maior do que o coeficiente de atrito cinético, µc.

A força de atrito cinético possui valor aproximadamente constante, sendo independente da velocidade do
corpo.

Obs. Quando dois ou mais corpos estão vinculados, eles formam um sistema de corpos.

Nesse caso, deve-se levar em consideração as forças de “interação” entre eles, internas ao sistema, como já
foi visto anteriormente em situações que não envolviam atrito.

Portanto, a interpretação é semelhante a esse estudo, com o acréscimo das forças de atrito.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

57.Analise a afirmação que segue e indique as alternativas abaixo que a completam corretamente:
“Um corpo desloca-se em uma reta, sob a ação de uma força constante, em uma superfície com atrito.”
Quando cessa a atuação da força, o corpo
I - movimenta-se com a mesma velocidade.”
II - diminui a velocidade até parar.”
III - pára instantaneamente.”
IV - recebe força resultante nula.”
V - não está em equilíbrio.”

58.Um corpo de massa 2kg está em repouso sobre a superfície horizontal de uma mesa. Os coeficientes de
atrito estático e cinético entre o corpo e a mesa são, respectivamente, iguais a 0,40 e 0,30. Uma força
horizontal de intensidade 12N é aplicada ao corpo. Determine:
a) a força de atrito estático máxima que age no corpo.
b) se a força externa é capaz de mover o corpo.
c) a força de atrito cinético que age no corpo.
d) a aceleração imprimida ao corpo.

59.Uma força horizontal de intensidade 30N é aplicada a um corpo de massa 5kg, vencendo a força de atrito e
2
fazendo-o deslizar com aceleração de 4m/s . Determine o módulo da força de atrito.

60.A figura abaixo mostra um sistema em repouso formado por corpos G e H, de massas iguais a 4kg e 6kg,
respectivamente, unidos por cordas de massas desprezíveis.

43
G

Determine:
a) o módulo da força de atrito existente entre a superfície horizontal e o corpo H, para que o sistema
permaneça em repouso.
b) o valor do coeficiente de atrito, supondo que a força de atrito seja máxima.

61.Um bloco de peso 40N é comprimido contra uma parede por uma força de módulo 120N, conforme a figura,
e permanece em repouso.

120N

a) Qual é o valor da reação normal da parede no bloco?


b) Qual é a força que impede o bloco de cair? Determine o módulo, a direção e sentido dessa força.
c) Supondo que o coeficiente de atrito estático entre a parede e o bloco seja igual a 0,5, qual será o maior
valor possível do peso do bloco para que ele não escorregue na parede?

17 - Força Centrípeta
Outra conseqüência da segunda lei do movimento ocorre quando um corpo descreve trajetória circular. No
MCU, por exemplo, existe a “aceleração centrípeta”, ac, cujo módulo é medido pela relação
2
ac = v / R,

onde v é o módulo da velocidade do corpo e R é o raio da trajetória.

A aceleração centrípeta ocorre, pois o corpo recebe a ação de uma força que o obriga a mudar de direção,
ocorrendo variação na direção da velocidade.

Essa força é denominada centrípeta, Fc, e cujo módulo é obtido pela expressão
2
Fc = m . v / R.

Obs. A expressão acima é conseqüência de “F = m . a”.

Portanto, quando um corpo efetua uma curva, a força centrípeta é, a cada instante, a força resultante que atua
nesse corpo, na mesma direção do raio da trajetória.

Como exemplos, podem ser citados:

I - Se um corpo desloca-se com MCU sobre uma superfície horizontal, age nele apenas a força de atrito
entre o corpo e essa superfície. A força de atrito é, portanto, responsável pelo movimento curvilíneo, ou seja, a
força centrípeta.

44
II - Se um corpo desloca-se com MCU, preso a uma haste, sobre uma superfície horizontal, sem atrito,
agem nele as forças peso, normal e a tensão da haste, sendo essa última a responsável pelo movimento
curvilíneo, ou seja, a força centrípeta.

III - Se um corpo desloca-se com MCU, em um plano vertical, e em contato com essa superfície, sem atrito,
agem nele as forças peso e normal. A resultante da soma vetorial dessas duas forças – quando elas estiverem
na direção do raio da trajetória - é a responsável pelo movimento curvilíneo, ou seja, a força centrípeta.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

62.Analise a afirmação que segue e indique as alternativas abaixo que a completam corretamente:
“Uma partícula, cujo movimento é uma circunferência, recebe força centrípeta que
I - aponta para o centro da trajetória.”
II - aumenta com o aumento do raio da circunferência.”
III - modifica a direção da velocidade.”
IV - é nula.”
V - depende do peso dessa partícula.”

63.Um corpo de massa 1,5kg descreve uma trajetória circular de raio 2,0 metros, com movimento uniforme de
velocidade 4,0m/s.
a) Para o corpo descrever esse movimento, é necessário que haja uma força atuando nele?
b) Calcule o módulo da força centrípeta que atua no corpo. Para onde atua essa força?
c) Se a força centrípeta deixasse de atuar sobre o corpo, que tipo de movimento ele passaria a ter?

64.O eixo de um trecho de rodovia está contido em um plano vertical e apresenta-se em perfil. Os raios de
curvatura nos pontos A e B são iguais a 40m e o trecho que contém C é horizontal.
Um carro com massa igual a 800kg percorre a estrada com velocidade de módulo 15m/s (o correspondente a
54km/h). Determine o módulo da força de reação normal da rodovia no carro nos pontos A, B e C.

01.A soma tem mínimo 3 unidades e máximo 13 unidades.


02.2,8
03.6,32 unidades, aproximadamente.
04.Aproximadamente 113 quilômetros.
05.F1-vertical, para cima,10N. F2-horizontal, para a esquerda,1,5kgf. F3-diagonal, NE/SO,200000dyn. O módulo
de F2 é maior.
06.A resultante de um sistema de forças é a soma vetorial dessas forças. A soma vetorial de forças pode ser
nula.
07.40N
45
08.192N
09.A inércia.
10.Devido à propriedade denominada inércia.
11.A inércia é válida sempre. O carrinho pára porque recebeu força de atrito suficiente para interromper o
movimento.
12.A lei da massa.
13.Falsa, pois podem agir forças no corpo, mas a resultante deve ser nula.
14.Movimento acelerado.
15.O corpo de massa m sofrerá maior aceleração, pois, de acordo com a lei da massa, como F = m . a, sendo
F a mesma, quanto menor a massa, maior será a aceleração imprimida ao corpo.
16.Verdadeira, pois quanto maior a massa do corpo, maior será a sua inércia.
17.12N
18.24kg
2
19.8m/s
2
20.0,5m/s
2
21.1 m/s
2
22.Diagonal, de NO para SE, aproximadamente 1,0m/s .
23.a)10kgf b) Cada força é aplicada em um corpo.
24.Não, porque agem em corpos diferentes.
25.Isso é possível, pois a ação e a reação atuam em corpos diferentes.
26.O objeto recebe uma força, para baixo, e a Terra recebe a reação, para cima.
27.a) 20N b) Deverá mover-se se força de atrito entre o corpo A e o solo possuir módulo menor do que 20N.
28.Ela passa a se movimentar com a mesma velocidade que possuía, ao ser desligada a força.
29.Ela pode estar em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.
30.Ela move-se aceleradamente.
31.II e VI.
32.A força resultante e a aceleração são nulas e a velocidade é constante.

33.Não, porque o módulo da velocidade aumenta. O gráfico correto deve ter o módulo da velocidade constante
(reta paralela ao eixo do tempo).
34.Não, porque há variação da direção e do sentido da velocidade.
35.É possível, desde que esteja com movimento retilíneo uniforme.
36.O peso na Terra é maior do que na Lua, pois gT é maior do que gL.
37.600N
38.12800kg
39.O peso em Júpiter é aproximadamente três vezes maior do que na Terra, mas a massa é constante.
40.A massa é a mesma, mas o peso no Pólo Sul da Terra é maior do que na linha do Equador.
41.II e IV.
42.Apenas o Peso, porque o corpo está solto no ar, para todos os casos.
43.A e III. B e I. C e IV. D e II.
44.Maior, porque a força Normal é maior do que o Peso.
2
45.a) 4m/s b) 12N c) 12N
2
46.a) 2m/s b) 10N c) 10N d) 6N e) 6N
47.a) 20N; b) T 1=24N e T2=15N c) 12N; d) T1=30N e T 2=80N; e) T1=26N e T 2=20N; f) T1=26N e T2=35N.
2
48.a) 2m/s b) 8N c) 6N
49.120N
50.2kg
51.200N
52.80N
53.O Peso e a Tensão na haste para ambos os casos.
54.4000N
55.14400N e 9600N, respectivamente.
56.a) 800N b) 800N c) 800N d) 960N e) 640N f) 640N g) 960N
57.II e V.
58.a) 8N b) Sim, pois o módulo de F é maior do que o da força de atrito estático máxima, femáx.
2
c) 6N d) 3m/s
59.10N
60.a) 40N b) 0,6
61.a) 120N b) A força de atrito estático, com módulo igual a 40N, vertical, para cima. c) 60N
62.I e III.
63.a) Sim, a força centrípeta. b) 12N, apontando para o centro da trajetória. c) M.R.U.

46
64.3500N,12500N e 8000N, respectivamente.

³+D\
³+D\TX
TXHH
HHQQGXU
XUHHF HUVH3
VH3HHU RVL
RVLQS
QSHU
HUGGHU
UODWH
ODWHU
UQXU
XUDMDP iV³
DMDPi

Ernesto “Che” Guevara

A ENERGIA
1 - Trabalho Mecânico

F F
m θ m θ

A B
d
* F - força constante que atua no corpo de massa m.
* d - vetor deslocamento do corpo do ponto A até o ponto B, sob a ação da força F.
* θ - ângulo formado pela força F e o vetor deslocamento d.

O Trabalho Mecânico, T, realizado pela força, F, para deslocar o corpo de massa m desde A até B é definido
pela expressão

T = F . d . cos θ,

sendo d o deslocamento efetuado por esse corpo e θ o ângulo entre F e d.

Obs. Essa expressão apenas é adotada para o caso de uma força constante.
47
A seguir, é apresentado o cálculo do trabalho para alguns ângulos, θ, especiais:

* Para θ = 0°; T = F . d . cos 0° = F . d . 1 = F . d (valor máximo).


* Para θ = 90°; T = F . d . cos 90° = F . d . 0 = 0 (resultado nulo).
* Para θ = 180°; T = F . d . cos 180° = F . d . (-1) = - F . d (valor mínimo).
* Para θ = 270°; T = F . d . cos 270° = F . d . 0 = 0 (resultado nulo).

Em um gráfico do módulo da força, F, aplicada a um corpo em função do deslocamento, d, resultante dessa


força, o trabalho, T, é determinado pelo cálculo da área formada por esse gráfico, mesmo que a força não seja
constante.

Na determinação do trabalho, deve-se considerar dois tipos de forças:

I - Força Conservativa: realiza trabalho que não depende da trajetória, mas somente das posições “inicial e
final” ocupadas por um corpo.
Ex. Força Peso.

II - Força Dissipativa: realiza trabalho que depende da trajetória de um corpo.


Ex. Força de Atrito.

O trabalho mecânico, T, é uma grandeza física escalar.

No S.I. de Unidades, o trabalho é medido em joules (J).

Um (1) joule é o trabalho realizado por uma força de 1N para deslocar um corpo 1m.

Obs. I - Para um sistema de “n forças“ atuando em um corpo, o trabalho é a soma algébrica do trabalho
realizado por todas as forças, separadamente.

II - Em um gráfico da força aplicada em função do deslocamento, o trabalho é a área da figura


formada.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

01.Uma partícula desloca-se 12m sob a ação de uma força de intensidade 60N, aplicada no mesmo sentido do
deslocamento. Calcule o trabalho realizado.

02.Uma partícula desloca-se 5m sob a ação de uma força constante F, que forma 60° com o sentido do
deslocamento. O trabalho realizado é igual a 32J . Determine o módulo de F. Considere o cos 60° = 0,5.

03.Uma partícula de massa 6kg tem velocidade 8m/s, quando recebe a ação de uma força constante de
módulo 30N, na direção do movimento, durante 4s. Determine:
a) o deslocamento da partícula, durante os 4s. b) o trabalho realizado nesse deslocamento.

04.Uma pedra de 0,4kg é abandonada do alto de uma torre de 25m de altura. Calcule o trabalho realizado pela
força peso até a pedra atingir o solo.

05.O gráfico abaixo representa a variação da força aplicada em uma partícula em função da posição ocupada
por ela. Determine o trabalho realizado.

F (N)
12
48
4

0 10 18 d (m)

2 - Potência Mecânica
Se uma força constante, F, realiza um trabalho, T, durante um intervalo de tempo, t, define-se a potência
mecânica média, P, dessa força como

P = T / t.

De acordo com a expressão acima, a potência é diretamente proporcional ao trabalho realizado pela força e
inversamente proporcional ao intervalo de tempo em que atua essa força.

A Potência Mecânica, P, é uma grandeza escalar.

No S.I. de Unidades, a potência é medida em watts (W).

Um (1) watt é a potência desenvolvida por uma máquina que realiza um trabalho de 1J, durante 1s.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

06.Uma máquina consegue elevar a 20m de altura um corpo de 5kg, em 10s. Calcule a potência desenvolvida.

07.Uma partícula de massa 4kg tem velocidade inicial igual a 12m/s. Sabendo-se que ela passa a receber uma
força de 20N, durante 9s, calcule:
a) o trabalho realizado pela força. b) a potência desenvolvida.

3 - Energia Cinética
A Energia Cinética, Ec, é expressa como
2
EC = m . v / 2,

onde m é a massa do corpo deslocado e v é a velocidade imprimida por esse corpo.

A energia cinética, Ec, é a energia de movimento.

m m
F

v1 v2
A B
d

*F - força constante que atua no corpo de massa m.


*d - vetor deslocamento do corpo do ponto A até o ponto B, sob a ação da força F.

49
De acordo com a figura acima, o trabalho realizado pela força F para deslocar o corpo de massa m é expressa
como

T = F . d.

Com isso, de acordo com a segunda lei de Newton, F = m . a, tem-se

T = m . a . d,

onde m é a massa do corpo e a é o módulo da aceleração sofrida por ele.

Conforme a equação de Torricelli, referente ao MRUV, tem-se


2 2 2 2
v2 = v1 + 2 . a . d, ou ainda, a . d = (v2 - v1 ) / 2.

onde v1 e v2 são os módulos das velocidades atingidas pelo corpo antes e depois da ação da força.

Comparando com a expressão do trabalho, tem-se


2 2 2 2
T = F . d = m . a . d = m . (v2 - v1 / 2) = m . v2 / 2 - m . v1 / 2,

T = Ec2 - Ec1 = ∆Ec.

Pode-se concluir, então, que o trabalho realizado em um corpo para movimentá-lo, de um ponto em que a
velocidade é v1 a outro ponto em que a velocidade é v2, é igual à variação da energia cinética, ∆Ec,
experimentada pelo corpo entre os dois pontos.

A energia cinética, Ec, é uma grandeza escalar .

No S.I. de Unidades, a medida da energia cinética é a mesma de trabalho, isto é, o joule (J).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
08.Um automóvel de massa 1000kg viaja com velocidade constante de 80km/h. Calcule a energia cinética.
(Observe as unidades de medida).

09.O gráfico a seguir mostra a variação da velocidade de um corpo de massa 4kg, quando submetido a uma
força na direção do movimento. Determine o trabalho realizado por essa força, durante os 5 segundos do
movimento.
v (m/s)

20

10

0 5 t (s)
10.Um corpo de 20kg desloca-se em uma trajetória retilínea e lisa, sob a ação de uma força constante, paralela
à trajetória. Ao passar pelo marco A, a velocidade é vA = 20m/s, e atinge o marco B, a 50m de A, com
velocidade vB = 30m/s. Determine:
a) o trabalho da força que atua no corpo, entre A e B. b) o módulo da força.

4 - Energia Potencial Gravitacional


A Energia Potencial Gravitacional, EP, é expressa como

EP = m . g . h,

50
onde m é a massa do corpo deslocado, g é a aceleração da gravidade local e h é a altura do corpo, de acordo
com um referencial.

A energia potencial gravitacional, EP, é a energia de posição do corpo e a expressão acima é utilizada
tomando-se o marco zero do referencial como altura igualmente zero e, com isso, h é a altura do corpo, desde
esse marco zero.

m A
h1

P ∆h

m B
h2
Caso o corpo seja deslocado por ação de seu peso, P, desde a posição h1 até a posição h2, de acordo com um
referencial, conforme a figura acima, a variação da energia potencial, ∆EP, é dada pela expressão

∆EP = m . g . ∆h, onde ∆h = h2 - h1.

O trabalho, T, realizado pela força peso para deslocar um corpo de massa m da posição h1 até a posição h2
pode ser expresso como

T = F . d = P . ∆h = m . g . (h2 - h1) = m . g . h2 - m . g . h1 =
= EP2 - EP1 = ∆EP.

Portanto, o trabalho realizado pela força peso para deslocar um corpo de um ponto a outro é igual à variação
da energia potencial gravitacional entre esses pontos.

Da mesma forma que a energia cinética, a energia potencial gravitacional é uma grandeza escalar e, no S.I.
de Unidades, é medida em joule (J).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

11.Analise a afirmação que segue e indique as alternativas abaixo relacionadas a ela:


“Um corpo, que cai livremente no campo gravitacional terrestre”.
Pode-se afirmar que esse corpo,
I - diminui o módulo da velocidade.
II - aumenta o módulo da aceleração.
III - diminui a energia potencial.
IV - aumenta a energia cinética.
V - mantém a energia mecânica constante.

12.Calcule o trabalho realizado para elevar um corpo de 50kg desde a superfície terrestre até uma altura de
100m.

13.Uma pedra de 6kg é colocada em um ponto A, a 9 metros acima do solo. A pedra desce verticalmente até
um ponto B, a 4 metros de altura. Determine a energia potencial gravitacional nos pontos A e B e o trabalho
realizado pela força peso.

5 - Energia Potencial Elástica


A Energia Potencial Elástica, EP, é expressa como

51
2
EP = k . x / 2,

onde x é a elongação da mola e k é a constante de elongação (ou de elasticidade) da mola.

A energia potencial elástica é também energia de posição e depende do referencial.

Mola

m x1
A

F ∆x

m B x2

O corpo de massa m, posicionado em x1, recebe a ação de uma força constante, F, sendo deslocado até a
posição x2.

O termo ∆x representa a diferença entre as posições, x2 - x1.

Na figura anterior, o corpo está preso a uma mola e, em geral, usa-se x = 0 quando ele está na posição de
equilíbrio e, com isso, o termo ∆x resume-se a “x - 0 = x”.

Portanto, se o corpo é tirado de sua posição de equilíbrio até uma posição x, sob a ação de uma força F,
observa-se que essa força é diretamente proporcional ao deslocamento do corpo, ou seja,

F ∝ x.

O termo x é denominado elongação sofrida pela mola e depende do material dessa mola.

Com isso, obtém-se a expressão

F = k . x , sendo k a constante de elasticidade da mola.

Em um gráfico da força aplicada a uma mola, F, em função da elongação, x, sofrida por essa mola, o trabalho
realizado na mola por essa força pode ser calculado através da área formada por ele.

Para deslocar um corpo preso, a uma mola, da posição x1 até a posição x2, o trabalho realizado pela força é
dado por
2 2
T = k . x2 / 2 - k . x1 / 2 = EP2 - EP1 = ∆EP.

Portanto, o trabalho realizado sobre um corpo que está preso a uma mola, é igual à variação da energia
potencial elástica entre esses pontos, isto é,

T = EP2 - EP1 = ∆EP.

Da mesma forma que a energia potencial gravitacional, a energia potencial elástica é uma grandeza escalar e,
no S.I. de Unidades, é medida em joule (J).

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
14.Um corpo é preso à extremidade livre de uma mola de constante elástica 800N/m, conforme a figura abaixo.

52
Parede

x=0 x = 10cm

Determine a energia potencial armazenada pelo sistema ao se distender a mola o correspondente a 10cm.

15.Considere o exercício anterior e determine o valor que deveria ser distendida esta mola para que a energia
potencial elástica fosse igual a 16J.

6 - Energia Mecânica
A Energia Mecânica total, EM, de um corpo em um determinado instante é a soma da sua energia potencial
(gravitacional ou elástica), EP, e da sua energia cinética, EC, no instante considerado, ou seja,

EM = EP + EC.

Com isso, a expressão acima pode ser traduzida por


2
EM = m . v / 2 + m . g . h, ou ainda,
2 2
EM = m . v / 2 + k . x / 2.

7 - Conservação da Energia Mecânica


Em um sistema composto por forças mecânicas conservativas, tais como o peso e a força elástica, a energia
mecânica, EM, é mantida constante, o que implica em energia mecânica inicial ser igual à energia mecânica
final.

Nesse caso, a energia mecânica total somente pode ser transformada em suas formas potencial e cinética.

Com isso, pode-se afirmar que

EP1 + EC1 = EP2 + EC2 + . . . + EPn + ECn = Constante.

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
2
Obs. Para resolver as questões abaixo, use a aceleração da gravidade como 10m/s , exceto quando for dado
outro valor.

16.Um corpo está parado no alto de um plano inclinado, a uma altura de 10 metros. Calcule a velocidade
imprimida, quando o corpo alcançar a base desse plano. Despreze o atrito.

17.Uma “montanha russa“ apresenta um carrinho de 300kg sendo abandonado desde o ponto A, de acordo
com a figura abaixo.

53
A
C

5m 4m

Supondo o atrito desprezível, calcule:


a) o módulo da velocidade em B. b) a energia cinética em C.

18.Um corpo de massa 1kg cai de uma altura de 4m sobre uma mola. Supondo-se que a constante da mola é
igual a 80N/m, determine a deformação máxima da mola.

01.720J
02.12,8N
03.a) 72 metros b) 2160 joules
04.100J
05.184J
06.100W
07.a) 6210J b) 690W
08.Aproximadamente 247kJ.
09.600J
10.a) 5000J b) 100N
11.III, IV e V.
12.50kJ
13.540J, 240J e – 300J, respectivamente.
14.4J
15.20cm
16.Aproximadamente 14m/s.
17.a) 10m/s b) 3000J
18.1 metro.



 
 
 
 
 
 
  
 
 

³7KH
³7KHGGUHDPLVR
UHDPLVRYYHU ´

John Lennon

54


5RWHLUR RGGHH$$WLYLGDGH H(([SHULPHQWDO
















 Velocidade Média

Objetivo: Esta atividade experimental consiste em determinar a “velocidade média” experimentada por um
móvel.

Material necessário: Um relógio que indique os segundos e uma trena, ou um instrumento para determinar a
medida de comprimento.

*Obs.: Se você não dispuser de uma trena, sugere-se a medida de comprimento por meio de passos.
Nesse caso, meça com o auxílio de uma régua o correspondente a um (1) passo, e determine o comprimento
que deve ser medido por “número de passos“, desde que eles sejam regulares.

Procedimentos:

1. Escolha uma trajetória, não inferior a 100 metros e a percorra de três maneiras diferentes, como as
sugeridas a seguir:
a
1 . - Caminhe “devagar”.
a
2 . - Caminhe “apressadamente”.
a
3 . - Corra.

*Procure manter o mesmo ritmo enquanto estiver percorrendo essa trajetória, para cada uma das maneiras
sugeridas.

2. Meça o tempo gasto para percorrer as trajetórias e anote os dados obtidos e preencha a tabela abaixo.

Maneira Distância Percorrida (m) Tempo Gasto (s)


a
1. _______ _______
a
2. _______ _______
a
3. _______ _______

55
3. Para cada maneira que você utilizou para percorrer essa trajetória, calcule o valor da velocidade
desenvolvida, e anote na tabela abaixo.

*Lembre-se de que 1m/s corresponde a 3,6km/h.

Maneira Velocidade (m/s) Velocidade (km/h)


1a. _______ _______
2a. _______ _______
3a. _______ _______

4. Calcule a velocidade média imprimida por você, em km/h, e registre-a no espaço a seguir.

*Lembre-se de que a velocidade média é obtida através do quociente (razão) entre a distância total
percorrida por você o tempo total gasto para percorrer esta distância, isto é,

vm = d total / t total.

*Recordando o que você já aprendeu:

1m/s corresponde a 3,6km/h.

vm = ______ km/h.

5. Calcule a média aritmética das velocidades, em km/h.

*Lembre-se de que essa média é obtida pela expressão

(v1 + v2 + v3) / 3.

Média aritmética das velocidades = ______ km/h.

6. Compare a velocidade média encontrada no item 4 com a média aritmética das velocidades
encontrada no item 5. Os valores encontrados são iguais?

7. Compare o resultado (a “velocidade média” que você obteve em km/h) com a velocidade média
desenvolvida por um automóvel em uma estrada, por exemplo.

*O resultado é aceitável? (Se um automóvel desenvolve, por exemplo, uma velocidade média de 80km/h,
está correto você percorrer um determinado trajeto com essa mesma velocidade média?)

56


5RWHLUR RGGHH$$WLYLGDGH H(([SHULPHQWDO








Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado
Objetivo: Esta experiência visa a observação de um movimento retilíneo uniformemente acelerado e a coleta de
dados que permitam interpretar a variação da posição , da velocidade e da aceleração do móvel em função do
tempo gasto no movimento.
* *
Material necessário: Um trilho de alumínio , um volante , uma régua e um relógio que indique os segundos.

Procedimentos:

*Você receberá um trilho de alumínio cujo perfil possui forma de “U”, sobre o qual se desloca um volante
com um eixo cônico de raio pequeno.

*Coloque o trilho de alumínio “inclinado” sobre a mesa.

*Acerte a inclinação do trilho até que o volante percorra, “com boa aproximação“, 160 centímetros em 20
segundos.

*Marque com “giz” no trilho as posições d = 0 cm, d = 10 cm, d = 40 cm, d = 90 cm e d = 160 cm.

*Determine, sempre a contar de d = 0 cm, o tempo que o volante leva para atingir cada uma dessas
posições.

*Faça três (3) medidas para cada posição e calcule a média dos tempos anotados, isto é, o tempo médio
gasto em cada percurso, T.

1. Complete a tabela abaixo com os dados que você obteve, inclusive determinando os valores do
2
quadrado do tempo médio, T .
57
2
Posição (cm) 1O. Tempo (s) 2O. Tempo (s) 3O. Tempo (s) T (s) T2 (s )

zero zero zero zero zero zero


10 _____ _____ _____ _____ _____
40 _____ _____ _____ _____ _____
90 _____ _____ _____ _____ _____
160 _____ _____ _____ _____ _____

2. Use os dados acima e determine a velocidade final – v1, v2, v3 e v4 – desenvolvida pelo volante em cada
trecho, isto é, de zero a 10 cm, de zero a 40 cm, de zero a 90 cm e de zero a 160 cm.

*Lembre-se de que a velocidade média é definida pela expressão

vm = d total / t total.

*Lembre-se também de que nesse movimento a velocidade média é igual à média das velocidades, isto é,
deve ser determinada pela expressão

vm = (vF + vI) / 2,

ou, como vI = 0, obtém-se

vm = vF / 2,

onde vF e vI são, respectivamente, as velocidades inicial e final do volante, sendo que vI é igual a zero.

Em resumo: A velocidade final imprimida ao volante é o dobro da velocidade média no deslocamento, sendo
essa obtida através da equação

vm = dtotal / ttotal.

v1 = _________ cm/s.

v2 = _________ cm/s.

v3 = _________ cm/s.

v4 = _________ cm/s.

3. Com esses dados, construa o gráfico, no espaço abaixo, que represente a distância, d, atingida por
esse volante em função do tempo médio gasto no trajeto, T.

*Lembre-se de que os valores encontrados na tabela devem ser colocados na escala adequada nos eixos
correspondentes do gráfico.

d ( cm )

58
T(s)

4. Use a expressão a = ( vF - vi ) / t e calcule a aceleração do movimento desse móvel.

2
Aceleração = _________ cm/s .

5. Com os dados da tabela, construa o gráfico, no espaço a seguir, que represente a distância, d, atingida
2
pelo móvel em função do quadrado do tempo médio gasto no trajeto, T .

*Lembre-se de que os valores encontrados na tabela devem ser colocados na escala adequada nos eixos
correspondentes do gráfico.

d ( cm )

2 2
T (s )

6. Construa o gráfico, no espaço abaixo, a velocidade imprimida a esse móvel, v, em função do tempo
médio gasto no trajeto, T.

*Lembre-se de que os valores encontrados na tabela devem ser colocados na escala adequada nos eixos
correspondentes do gráfico.

v ( cm / s )

59
T(s)

7. Com os dados da tabela, construa o gráfico, no espaço abaixo, que represente a aceleração, a, desse móvel
em função do tempo médio gasto no trajeto, T.

*Lembre-se de que os valores encontrados na tabela devem ser colocados na escala adequada nos eixos
correspondentes do gráfico.

2
a ( cm / s )

T(s)

8. Calcule:

a) a distância que deveria atingir esse volante, caso percorresse o tempo de 2 minutos e trinta segundos.

d = _________ m.

b) o tempo gasto, caso esse volante percorresse a distância de 4 metros e 50 centímetros.

t = _________ s.






60
5RWHLUR
RGGH
H$$WLYLGDGH
H(([SHULPHQWDO
Deslocamento

Objetivo: Esta atividade consiste em determinar o módulo do vetor deslocamento relativo ao movimento de
diversos trajetos consecutivos, tendo como local de execução o Pátio da Escola.
*
Material necessário: Um transferidor e uma trena, ou um instrumento para determinar a medida de
comprimento.

Procedimentos:

*No sistema de coordenadas abaixo, estão representados os oito vetores, A, B, C, D, E, F, G e H, cujos


módulos são medidos em números de passos.

46°° Norte

53°°

D 82°° A
17°°
Oeste 24°° O Leste
31°°
G 73°°

75°°
C
E

B Sul

61
*Cada um desses vetores indica o deslocamento, cujos módulos são medidos em número de passos, e
estão indicados a seguir:

A = 10. B = 46. C = 50. D = 17. E = 21. F = 26. G = 36. H = 38.

1. Você deve realizar o movimento no Pátio da Escola, percorrendo consecutivamente, a partir de um ponto
qualquer (correspondendo ao ponto O), até que sejam percorridos todos os trajetos (vetores) propostos, de A
até H.

*Percorra o trajeto proposto usando uma ordem qualquer dos vetores (ordem aleatória).

*Escreva a ordem aleatória que você escolheu: ________________________________________ .

*Cada segmento deve ser efetuado com passos regulares e em linha reta.

*Os ângulos entre os diversos vetores e os eixos do Sistema de Coordenadas devem ser medidos com o
“auxílio do transferidor”.

*Se você achar conveniente, use cada passo com dimensões reduzidas, desde que regulares, ou “reduza
proporcionalmente” o número de passos em cada deslocamento efetuado.

2. Ao atingir o último ponto, meça o módulo do vetor deslocamento, em número de passos, e registre-o no
espaço abaixo.

*Lembre-se de que o vetor deslocamento é o “segmento de reta orientado” que liga os pontos inicial e final
de um movimento (desde o ponto inicial até o ponto final).

*Se você realizou essa tarefa com o “número de passos reduzidos”, conforme a sugestão acima, não
esqueça de “compensar” esta redução ao determinar o vetor deslocamento.

Deslocamento = ______ passos.

3. Compare o resultado que você obteve com alguns dos resultados de outros colegas.

* Qual a conclusão extraída?

62
5RWHLUR
RGGH
H$$WLYLGDGH
H(([SHULPHQWDO
Pêndulo Simples

Objetivo: Esta atividade experimental consiste em verificar a relação obedecida entre o período de oscilação e
as características de um pêndulo simples, tais como a amplitude, a massa e o comprimento.

Material necessário: Barbante, quatro corpos pequenos e de massas diferentes, uma régua, um relógio que
* *
indique os segundos, um suporte e um prendedor para fixar o pêndulo .

Procedimentos:

*Um pêndulo simples consiste em um pequeno corpo de massa m suspenso por um fio fino e de massa
desprezível. Afastando-se o pêndulo de sua posição de equilíbrio (com o uso de uma força externa), e
abandonando-o em seguida, ele passa a oscilar em torno dessa posição. Cessando a força, o pêndulo entra em
movimento de “vaivém” que se repete no tempo (denominado movimento periódico).

L (Comprimento)

m (massa) m

Posição de Equilíbrio do Pêndulo

A (amplitude)

Movimento de “vaivém”

Elementos de um Pêndulo:

* L – comprimento do pêndulo – é o segmento que une o ponto de apoio do fio ao centro de massa do
corpo.

* A – amplitude – é a distância entre a posição de equilíbrio do corpo e a posição extrema que ele alcança
ao oscilar.

* m – massa – é a massa do corpo preso ao fio.

* T – é o período de oscilação (tempo gasto pelo corpo para completar “um” vaivém).

I - Relação entre período e amplitude do pêndulo.

63
*Prenda apenas um corpo em repouso na extremidade do barbante. Coloque a régua abaixo do corpo e
ponha o pêndulo, com um comprimento de 50cm, a oscilar. Com o relógio, meça o intervalo de tempo, ∆t,
necessário para que o corpo execute seis (6) oscilações para cada amplitude.

*Você deve variar apenas a amplitude. Mantenha a massa e o comprimento constantes.

*Na determinação do período, use apenas uma (1) casa decimal.

1. Complete a tabela abaixo:

A (amplitude) ∆t (duração de 6 oscilações) ∆t T(período)

Medida 1 Medida 2 Medida 3 soma média

5cm

10cm

15cm

30cm

2. O período do pêndulo varia com a amplitude? (Se você permanecer com dúvidas, repita a
experiência).

*Lembre-se de que para haver variação do período com a amplitude, os valores encontrados devem
“crescer” ou “decrescer” de maneira significativa, não deixando dúvidas para quem interpreta os dados.

*Se os números que expressam o período “ora crescem, ora decrescem”, existe um indício de que não há
variação. Nesse caso, é provável que tenha havido erro na experiência e você deve repetir todo o
procedimento.

II - Relação entre período e massa do pêndulo.

*Mantenha corpos suspensos no fio, alternadamente. Ponha o pêndulo a oscilar, com uma amplitude de
25cm e com um comprimento de 50cm. Com o relógio, meça o intervalo de tempo, ∆t, de seis (6) oscilações.

*Você deve variar apenas a massa. Use os objetos na ordem crescente de massas. Mantenha a amplitude
e o comprimento constantes.

*Na determinação do período, use apenas uma (1) casa decimal.

64
3. Complete a tabela abaixo:

m (massa) ∆t (duração de 6 oscilações) ∆t T(período)

Medida 1 Medida 2 Medida 3 soma média

Corpo A

Corpo B

Corpo C

Corpo D

4. O período do pêndulo varia com a massa? (Se você permanecer com dúvidas, repita a experiência).

*Lembre-se de que para haver variação do período com a massa, os valores encontrados devem “crescer”
ou “decrescer” de maneira significativa, não deixando dúvidas para quem interpreta os dados.

*Se os números que expressam o período “ora crescem, ora decrescem”, existe um indício de que não há
variação. Nesse caso, é provável que tenha havido erro na experiência e você deve repetir todo o
procedimento.

III - Relação entre período e comprimento do pêndulo.

*Agora, repita o procedimento da experiência anterior, mantendo invariáveis a massa e a amplitude do


pêndulo.

*Varie o comprimento do pêndulo, usando apenas um corpo e uma amplitude de 15cm, de acordo com os
valores indicados na tabela a seguir.

*Você deve variar apenas o comprimento. Mantenha a amplitude e a massa constantes.

*Na determinação do período, use apenas uma (1) casa decimal.

65
5. Complete a tabela abaixo:

L(comprimento) ∆t (duração de 6 oscilações) ∆t T(período)

Medida 1 Medida 2 Medida 3 soma média

20cm

30cm

40cm

50cm

6. O período do pêndulo varia com o comprimento? (Se você permanecer com dúvidas, repita a
experiência).

*Lembre-se de que para haver variação do período com o comprimento, os valores encontrados devem
“crescer” ou “decrescer” de maneira significativa, não deixando dúvidas para quem interpreta os dados.

*Se os números que expressam o período “ora crescem, ora decrescem”, existe um indício de que não há
variação. Nesse caso, é provável que tenha havido erro na experiência e você deve repetir todo o
procedimento.

66
5RWHLUR
RGGH
H$$WLYLGDGH
H(([SHULPHQWDO
Força de Atrito

Objetivo: Esta atividade experimental consiste em determinar a força de atrito estático máxima e força de atrito
cinético que pode sofrer um corpo qualquer que tende a se movimentar em uma superfície corpo de apoio.

Material necessário: Um bloco de madeira (com formato aproximado de paralelepípedo), outro corpo (de
*
qualquer material ou formato), barbante e um dinamômetro .

Procedimentos:

*Prenda o bloco de madeira ao barbante, de tal forma que este possa também ser preso ao dinamômetro.

*Coloque o bloco sobre a mesa e, pelo barbante, engate o dinamômetro nele.

*Mantenha o dinamômetro paralelamente à superfície da mesa.

*Puxe o bloco suavemente e leia o valor da força aplicada através do dinamômetro.

1. Você pode aplicar uma força ao bloco sem que ele se movimente? Por que isso ocorre?

2. Você pode aumentar um pouco a força de modo que o bloco ainda fique parado? Por que isso ocorre?

3. Aumente, gradativamente, a força aplicada. Explique o que você observa.

4. A força de atrito é constante ou variável?

5. Puxe o bloco lentamente e leia, na escala do dinamômetro, o valor máximo que se pode aplicar ao bloco
sem movê-lo (força de atrito estático máximo, fEmáx).

*Meça, cinco (5) vezes, o valor dessa força e anote os resultados na tabela abaixo.

Medida feMÄX (N)


a
1.
a
2.
a
3.
a
4.
a
5.

Média

67
6. Qual é o valor mais provável da força de atrito estático máxima?

7. A seguir, puxe esse bloco de madeira, mantendo-o com velocidade constante, e leia, na escala do
dinamômetro, o valor da força aplicada ao bloco (força de atrito cinético, fc)?

8. Coloque o outro corpo sobre o bloco de madeira e repita o procedimento solicitado no item 5.

Medida feMÄX (N)


a
1.
a
2.
a
3.
a
4.
a
5.

Média

9. Qual é o valor mais provável da força de atrito estático máxima?

10. Compare os resultados dos itens 6 e 9. Qual é a conclusão?

11. A seguir, puxe o conjunto de corpos do item 7, mantendo-o com velocidade constante, e leia, na escala
do dinamômetro, o valor da força aplicada ao conjunto (força de atrito cinético, fc)?

12. Compare os resultados dos itens 7 e 11. Qual é a conclusão?

68
5RWHLUR RGGHH$$WLYLGDGH H(([SHULPHQWDO











Constante Elástica de uma Mola
Objetivo: Esta atividade experimental consiste em determinar a constante de elasticidade (K) de uma mola.

Material necessário: Um dinamômetro*, uma mola (de preferência metálica e comprimento aproximadamente
de 10 cm), uma régua, cinco corpos pequenos e de massas diferentes e barbante.

Procedimentos:

*Com o uso do barbante, prenda um corpo ao dinamômetro e verifique o peso dele.

*A seguir, repita o procedimento para os demais corpos.

*Não esqueça de “zerar” o dinamômetro adequadamente antes de usá-lo.

*Na determinação do peso, use apenas uma (1) casa decimal.

1. Registre o peso de cada corpo no espaço abaixo.

Corpo A - __________ N

Corpo B - __________ N

Corpo C - __________ N

Corpo D - __________ N

Corpo E - __________ N

2. Suspenda cada um desses corpos na mola, que deve ser colocada na posição vertical.

*Pendure esses corpos separadamente com o auxílio do barbante.

*Coloque a régua também na posição vertical, ao lado da mola, e verifique a elongação (acréscimo do
comprimento) sofrida por essa mola devido à força que lhe é aplicada (peso de cada corpo).

*Lembre-se de que a elongação da mola é a diferença entre o comprimento atingido pela mola e o seu
comprimento natural.

Elongação A - __________ cm

Elongação B - __________ cm

Elongação C - __________ cm

Elongação D - __________ cm

Elongação E - __________ cm

69
3. Construa um gráfico do peso, P, de cada um dos corpos suspensos em função da deformação da mola,
x, verificada com o auxílio da régua.

*Lembre-se de que os valores encontrados na tabela devem ser colocados na escala adequada nos eixos
correspondentes do gráfico.

P (N)

x ( cm )

4. Verifique que a força aplicada à mola (peso) e a deformação da mola (elongação) são grandezas
diretamente proporcionais.

*Lembre-se de que essa relação deve estar de acordo com a forma ( aproximada ) do gráfico acima, isto é,
se o gráfico for representado por uma reta, cujos valores crescem nos dois eixos, então significa serem as duas
grandezas diretamente proporcionais.

*Nesse caso, o quociente (razão) entre o peso de cada corpo e a elongação correspondente da mola é um
valor constante.

*Essa constante é denominada constante de elasticidade, K, da mola.

5. Calcule a constante de proporcionalidade, K, encontrada no gráfico, através da razão entre a força, F,


e a elongação, x.

Constante - K - __________ N / cm

*Converta esse valor em N / m - __________ N / m

*A relação de
 proporcionalidade entre a força aplicada à mola e a elongação sofrida por ela é denominada
“Lei

de Hooke”.
³2MRY
³2MRYHHP
PQQmRp
mRpR
RF
FDPL
DPLQ
QKR HOHpRDJR
KRH pRDJRU D³
UD³

Betinho

70

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