Primeiros Socorros

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C.I.P.A.
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

APOSTILA 6

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SUMÁRIO

23. PRIMEIROS SOCORROS .................................................................................................

23.1. Introdução .....................................................................................................................

23.2. Legislação sobre o Ato de Prestar os Primeiros Socorros .......................................

23.3. Os Dez Mandamentos do Socorrista ...........................................................................

23.4. Definindo os Primeiros Socorros ................................................................................

23.5. Socorrista ......................................................................................................................

23.6. Primeiros Sinais Vitais .................................................................................................


23.6.1. Pulso ...........................................................................................................................
23.6.2. Respiração ..................................................................................................................
23.6.3. Pressão Arterial (PA ....................................................................................................
23.6.4. Temperatura ................................................................................................................
23.6.5. Nível de Consciência ...................................................................................................
23.6.6. Reatividade da Pupila ..................................................................................................
23.6.7. Cor e Umidade da Pele ................................................................................................

23.7. Suporte Básico da Vida ................................................................................................


23.7.1. Procedimentos da RCP Básica (Respiração Cardio Pulmonar) ...................................

23.8. Hemorragia....................................................................................................................

23.9. Ferimentos ....................................................................................................................

23.10. Contusões ...................................................................................................................

23.11. Estado de Choque ......................................................................................................

23.12. Queimadura .................................................................................................................

23.13. Lesão Traumo-Ortopédica .........................................................................................

23.14. Transporte de Vítimas ................................................................................................

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23 PRIMEIROS SOCORROS

23.1 INTRODUÇÃO

Reflexão sobre primeiros socorros, reconhecendo e valorizando o sentido da vida e


a importância do respeito e solidariedade com as pessoas acidentadas. Estudos
comprovam que as duas primeiras horas após um acidente são fundamentais para
garantir a sobrevida ou recuperação das vítimas. É nesse período que um
atendimento adequado pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Apesar das medidas de segurança comumente adotadas no ambiente de trabalho e


dos cuidados que as pessoas têm com suas próprias vidas, nem todos os acidentes
podem ser evitados porque nem todas as causas podem ser controladas. Assim, os
riscos de acidente fazem parte do nosso cotidiano, o que requer a presença de
pessoas treinadas para atuar de forma rápida.

A rapidez na adoção das providências pode salvar uma vida: em cerca de três
minutos o cérebro de uma vítima de parada cardíaca começa a apresentar lesões ou
uma hemorragia não controlada pode causar uma parada cardíaca. Uma vez que a
maioria das pessoas desconhece as técnicas de primeiros socorros, como elas
podem ajudar?

Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o


conhecimento das técnicas adequadas capazes de auxiliar numa emergência. O
socorro imediato evita que um simples ferimento se agrave ou que uma simples
fratura se complique, ou que um simples desmaio resulte na morte do acidentado.

O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo


fundamental salvar vidas. Se você não tiver condições emocionais de prestar
socorro direto à vítima, procure por alguém que o auxilie no atendimento e, em
seguida, acione os serviços especializados: médicos, ambulâncias, polícia e
bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem um
gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.

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23.2 LEGISLAÇÃO SOBRE O ATO DE PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS

Devido à importância do ato de prestar os primeiros socorros, há artigos específicos


na legislação brasileira acerca do assunto. Para o Código Penal Brasileiro, por
exemplo, todo indivíduo tem o dever de ajudar um acidentado ou chamar o serviço
especializado para atendê-lo; a omissão de socorro constitui crime previsto no
Código Penal, Artigo 135.

Na CLT, o artigo 181 prescreve a necessidade dos que trabalham com eletricidade
de conhecerem os métodos de socorro aos acidentados por choque elétrico. Por
isso, a NR-10 ao tratar de situações de emergência, reforça, em seu item 10.12.2,
uma exigência, bem como inclui um conteúdo básico de treinamento para os
trabalhadores que venham a ser autorizados a intervir em instalações elétricas.

Código penal - Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida,
ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública.

Pena – detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.


Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão
corporal ou de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

CLT - Art. 181 – Os que trabalham em serviços de eletricidade ou instalações


elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por
choque elétrico.

23.3 OS DEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTA

1º. Mantenha a calma.

2º. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando
socorro:

PRIMEIRO EU (o socorrista)
· DEPOIS MINHA EQUIPE
· E POR ÚLTIMO A VÍTIMA
Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar
novas vítimas.

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3º. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato


ao chegar ao local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 193.

4º. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.

5º. Mantenha sempre o bom senso.

6º. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

7º. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e
se sentirão mais úteis.

8º. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa)

9º. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de
vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam
sangrando muito.

10º. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º mandamento)

23.4 DEFININDO PRIMEIROS SOCORROS

Pode ser definido como um conjunto de conhecimentos, técnicas e procedimentos,


que ensinados a uma pessoa leiga, a torna apta a intervir em situações de
emergência. Efetuando medidas básicas de auxílio, enquanto a equipe de socorro
especializado não chega cuja finalidade é:

• Evitar o agravamento das lesões e a morte da vítima


• Evitar lesões adicionais
• Oferecer suporte psicológico e conforto à vítima
• Reconhecer as necessidades e providenciar o socorro adequado

23.5 SOCORRISTA

É o cidadão comum, mas que mediante treinamento específico e adequado, se torna


apto a prestar os primeiros socorros.

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Atributos
Um bom socorrista deve ter alguns atributos básicos inerentes à boa prestação de
socorro:
1 - Autocontrole;
2 - Capacidade de raciocinar sob stress;
3 - Liderança;
4 - Responsabilidade;
5 - Conhecimento.

Responsabilidades
Um socorrista presta primeiros socorros visando sempre à segurança e o bem-estar
da vítima, lidando com emergência médica e as necessidades emocionais da vítima.

A capacidade do socorrista de se comunicar com a vítima é tão importante quanto à


capacidade dele se comunicar com parentes e transeuntes (pessoas que transitam).
O socorrista deve estar alerta para a percepção e compreensão pela vítima do seu
estado geral, e deve ser capaz de obter informações de pacientes apavorados,
hostis, deprimidos, etc. A capacidade de reconhecer onde é a emergência, que tipo
de procedimento pode ser iniciado e que tipo de socorro acionar, é a essência do
julgamento profissional requerido por um socorrista.

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Outra responsabilidade do socorrista é estar sempre se atualizando e treinando para


dominar perfeitamente as técnicas de atendimento.

Outra descriminação do socorrista é pesar múltiplos fatores como estado geral da


vítima facilidade de comunicação, tempo provável da chegada do socorro, distancia
do centro médico, recursos disponíveis e decidir em alguns casos pelo transporte da
vítima.

Ética
Conjunto de princípios que identificam uma conduta considerada moralmente
desejável. No caso de um socorrista, a ética seria a sua conduta ideal em relação à
vítima que ele atende.

Podemos enumerar os principais pontos de conduta ética que se espera de um


socorrista:

1 - Sempre estar disposto a prestar socorro;

2 - Ser imparcial, prestar sempre o melhor atendimento que puder, independente de


raça, religião, posição social, ideologia política, nacionalidade, etc.

3 - Ser neutro e abster-se de prejulgar as pessoas, e não permitir que isso influencie
na qualidade do socorro;

4 - Manter segredo de toda a informação de natureza confidencial que lhe seja


fornecida pela vítima, a menos que seja requerido por lei a divulgação de tais
informações;

5 - Jamais utilizar os conhecimentos e técnicas aprendidas em detrimento da saúde


e bem estar público;

6 - Recusar-se a participar de procedimentos considerados pelo senso comum como


antiético, e denunciá-los às autoridades competentes;

5 - Respeitar os limites da prática de primeiros socorros, não só excedendo a


efetuar procedimentos próprios da medicina, enfermagem, demais corpos de saúde,
como diagnosticar, medicar e prescrever tratamento, ou não requisitar ajuda
especializada.

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Aspectos Médicos Legais

Durante uma emergência, o socorrista pode se deparar com questões jurídicas, por
tanto comentaremos os principais tópicos penais que podem ser de interesse.
Dos crimes contra a pessoa
Dos crimes contra a vida
Homicídio simples

Nulidade do crime

Art. 121 - Matar alguém.


Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.

Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.


I - Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
Estado de necessidade

Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de


perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstancias, não era razoável exigir-
se.

Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.

Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o sacrifício do direito


ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois terços.

23.6 PRINCIPAIS SINAIS VITAIS

23.6.1. Pulso

Pulso é a contração e expansão alternadas de uma artéria, correspondendo aos


batimentos do coração. As pulsações indicam o ritmo e força com que o coração
está enviando sangue para o corpo. Em situações normais elas são sempre iguais,
mantendo sempre o mesmo ritmo. Quando isso não acontece pode estar havendo
algum problema na circulação sanguínea.
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Freqüência média
Recém-nascido de 130 a 140 BPM (Batidas Por Minuto)
Lactente de 115 a 130 BPM
Criança de 100 a 115 BPM
Adulto de 70 a 80 BPM
Idoso de 60 a 70 BPM

Verificação do Pulso

1º - Acomodar o braço da vítima confortavelmente.


2º - colocar os dedos indicador, médio e anular sobre a artéria da vítima (nunca
colocar o polegar, pois, este apresenta pulsação própria) fazendo ligeira pressão e
contar o número de batidas em 60 segundos. Recomenda-se não fazer pressão forte
sobre a artéria, pois isso pode impedir que se percebam os batimentos do pulso.

Os pulsos mais importantes para uma verificação são: carótida interna e radial.
Se a vítima estiver com alguma alteração circulatória recomenda-se que seja
verificado o pulso carotídeo, pois em alguns casos o pulso poderá estar tão fraco
que seria impossível de se perceber o pulso radial.

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23.6.2. Respiração

Nosso organismo não tem condições de acumular oxigênio, dessa forma


apresentará a necessidade constante, de recebê-lo através do processo respiratório,
que envolve:
A – Cavidade Nasal
B – Faringe
C – Laringe
D – Traquéia
E – Alvéolos
F – Árvore Bronquial
G – Diafragma

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Processo Respiratório
1º - Processo físico - Consta dos movimentos de expiração e inspiração, com a
participação dos músculos respiratórios. A expiração corresponde ao relaxamento
espontâneo destes músculos.
2º - Processo químico - Troca gasosa (hematose)

Tipos de Respiração
Eupnéia movimentos respiratórios normais
Apnéia ausência de movimentos respiratórios
Dispnéia dificuldade ao realizar os movimentos respiratórios
Bradpnéia Freqüência dos movimentos respiratórios reduzida
Taquipnéia Freqüência dos movimentos respiratórios acelerada

Freqüência média
Lactente de 40 a 60 MRPM (Movimentos Respiratórios Por Minuto)
Criança de 20 a 26 MRPM
Adulto de 16 a 20 MRPM
Idoso de 14 a 18 MRPM

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Verificação da Freqüência Respiratória


Conta-se o número de vezes que a vítima executa um movimento de inspiração e
um de expiração, em um minuto. A contagem é feita notando-se a elevação do tórax
sendo a vítima mulher, ou do abdômen, no caso de ser homem ou criança.
É importante não permitir que a vítima perceba a realização da contagem, pois pode
alterar os valores encontrados. Costuma-se fazer a contagem da respiração e em
seguida a verificação do pulso, conservando-se a mesma posição.

23.6.3 Pressão Arterial (PA)

É a pressão do sangue no sistema arterial (estado de tensão das artérias) que


depende da força contráctil do coração e freqüência de contração (influi na
quantidade de sangue inicialmente lançado), da quantidade de sangue circulante no
sistema arterial, da resistência periférica das artérias e grau de destensividade do
sistema arterial.

Pressão arterial máxima ou sistólica - tensão máxima oferecida pelo sangue quando
o coração está em sístole.

Pressão arterial mínima ou diastólica - tensão mínima oferecida pelo sangue quando
o coração está em diástole, promovido pela resistência periférica das artérias

Variação da PA
Existe uma faixa de normalidade para se medir a pressão arterial, aqueles que estão
abaixo desse faixa podem estar em um quadro hipotensivo, e aqueles que estão
acima dessa faixa podem estar em um quadro hipertensivo.

A pessoa hipotensa ou hipertensa é a que mantém valores anormais da PA, por


mais de três dias, verificados por medições regulares. Em primeiros socorros é
importante informar-se sobre a pressão arterial que a vítima normalmente apresenta,
já que o organismo, por necessidade de adaptação, mantém valores anormais de
PA, sem maiores alterações.

Fatores que podem alterar a PA

Diminuição de PA: Mestruação, Hipotiroidismo, Gestação, Banho quente,


Hemorragias, Repouso, Anemia, Hipoglicemia.
Aumento de PA: Hipertiroidismo, Digestão, Convulsões aumenta, Ingestão de sal.

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Verificação da Pressão Arterial

Se tiver um medidor de pressão digital ou eletrônico, de leitura direta utilize-o, caso


contrário deixe a verificação para o atendimento Médico.

Primeiros socorros com pressão alterada


- Manter a Vítima deitada;
- Acalmar a vítima;
- Observar a vítima constantemente;
- PROCURAR UM MÉDICO

23.6.4 Temperatura

Definição
Temperatura pode ser definida como a diferença entre o calor produzido e o calor
perdido.

Ela é medida por meio de termômetro clínico. O termômetro é calibrado de acordo


com as escalas

Fahrenheit e Centígrados. No Brasil é usada a escala Centígrados.

A temperatura corporal do adulto, a não ser que haja contra-indicação, é tomada na


axila uma vez que é o método mais conveniente e confortável. As leituras de
temperatura precisam ser acuradas e podem sempre ser revistas.

Existem três maneiras de se tomar a temperatura: axilar, oral e retal. No Brasil


comumente usa-se a temperatura axilar.

Tipos de Termômetros
Há dois tipos de termômetros, o oral e o retal.
Uma maneira fácil de distinguir entre os dois é
notar que o termômetro oral, usualmente, tem
um bulbo longo e estreito, enquanto que o
retal tem curto e grosso. (alguns fabricantes
usam código colorido).

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Variações de Temperatura em graus


Estado Temperatura em Graus
Subnormal ........................................................... 34-36
Normal ................................................................. 36-37
Estado Febril........................................................ 37-38
Febre ................................................................... 38-39
Pirexia .................................................................. 39-40
Hiperpirexia .......................................................... 40-41

A hiperpirexia é marcada pelo delírio, quando se estabelece um estado de


hiperpirexia prolongado pode-se verificar lesão cerebral irreversível.

O socorrista não deve preocupar-se muito com a temperatura a menos que esteja
fora desses índices.

Todavia precisa ser anotado o horário em que foi tomada a temperatura.

Temperatura Axilar
Este método é o que deve ser usado pelo socorrista. A seguir os procedimentos a
serem seguidos quando tomando a temperatura axilar:
• Desnude o braço deixando exposta a axilar.
• Coloque o bulbo do termômetro diretamente no oco da axila.
• Segure o termômetro pelo topo e mantenha-o no lugar por três minutos, no
mínimo.
• Remova o termômetro segurando-o sempre pelo topo.
• Rode o termômetro até que a coluna de mercúrio possa ser vista claramente. Leia
com cuidado. Se a leitura for questionável cheque a temperatura e/ou o
termômetro novamente.
• Anote a temperatura. Esteja seguro de colocar "(A)" para a temperatura axilar e à
hora da tomada. Ex: 36,6 G (A) 10h45min.
• Limpe o termômetro ou coloque-o em uma caixa para ser limpo mais tarde.

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Demonstrando

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Os precedentes são métodos adequados usados para tomar a temperatura da


vítima. É necessário ser compreendido que a tomada da temperatura da vítima na
cena de um acidente ou mesmo doença súbita às vezes pode não ser possível.
Portanto, o socorrista precisa lembrar que a pele é largamente responsável pela
regulagem da temperatura do corpo e, mudanças na temperatura da pele podem
indicar ao socorrista que mudanças estão ocorrendo dentro do corpo da vítima. O
socorrista pode sentir a superfície da pele da vítima em diversos locais, com as
costas da mão para ter uma grosseira mais rápida avaliação da temperatura.

Primeiros Socorros em Caso de Alteração de Temperatura

A relação superfície corporal volume sanguíneo (espaço intra-- vascular) numa


criança, é maior que num adulto. Isso se traduz numa tendência maior ao choque
térmico (variação brusca da temperatura), ao choque numa queimadura extensa e à
desidratação, agravada pelo não amadurecimento do aparelho termo regulador.

Baseando-se no que foi acima comentado o primeiro socorro recomendado em caso


de febre, sendo a vítima adulto, é a utilização de banho ou coberta fria. Compressas
frias podem ser usadas em grandes estruturas vasculares (as mais superficiais)
quando a temperatura corporal está muito elevada deve-se colocar panos úmidos na
fronte sobre o couro cabeludo, axilas virilhas etc.

O primeiro socorro para febre em criança deve constar de um banho na temperatura


corporal da vítima, pois à medida que o banho se torna mais frio há troca de calor
entre o corpo da criança e a água (evitando o choque térmico). Precauções: não
manter a vítima agasalhada em ambiente fechado nem fazer uso de banho muito
quente ou muito frio.

23.6.5 Nível De Consciência

A Primeira medida que devemos tomar diante de uma vítima que não se comunica é
verificar o grau de consciência.

Para isto devemos saber se ela:

− Se comunica; responde ao toque; responde à dor.


− Se a vítima está inconsciente, não responde nem ao toque nem à dor, devemos
perceber se ela respira.

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− Se a vítima está inconsciente e respirando, a musculatura fica relaxada e a


língua pode "escorregar" para trás e impedir a passagem do ar; podem ocorrer
vômitos ou eliminação de mucosas.
− Para evitar que isto aconteça, devemos deixar a vítima na posição "de bruços".
− Se a vítima está inconsciente e sem respiração, devemos estendera cabeça dela
para trás; se não voltarem os movimentos respitatórios, inicie a Respiração
Artificial.

23.6.6 Reatividade da pupila

A pupila é uma abertura no centro da íris e sua função primordial corresponde a


transmissão da luz.

A íris e a pupila formam um complexo funcional, que age eliminando parte da luz e
originando um preciso feixe incidente sobre retina.

A íris tem dois músculos que tem funções de constrição e dilatação. O tamanho da
pupila varia continuamente sob uma série de estímulos que repercutem sobre o
sistema nervoso simpático (dilatação) e sobre o para simpático (contração). A pupila
exposta a luz se contrai, e quando no escuro se dilata.

O diâmetro normal da pupila é de 3 a 4 mm, sendo freqüentemente maior nas


mulheres, nos míopes e nos portadores de olhos claros.

Processos inflamatórios oculares normalmente modificam a forma e o tamanho da


pupila, algumas drogas também alteram a pupila podemos citar como exemplo o uso
de tópico de atropina que contrai a pupila.

Estados das Pupilas


Isocoria: pupilas de tamanhos iguais
Anisocoria: pupilas de tamanhos diferentes (normalmente as vitimas que sofreram
fratura de base de crânio apresentam anisocoria).
Midriase: pupilas dilatadas (as vítimas que apresentam midriase podem estar em
estado de choque ou no estado que denominamos morte súbita, entre outros).

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Verificação da Pupila
1º prepare a lanterna
2º coloque o dedo sobre a pálpebra da vítima e delicadamente levante-a até que
você visualize o globo ocular
3º usando a lanterna coloque um feixe de luz sobre a pupila e veja qual será a
reação.

23.6.7 Cor e umidade da pele

A cor e umidade da pele deve ser observadas na face e nas extremidades dos
membros, pois será nesses locais que essas alterações se manifestam primeiro.

É dito que a vítima apresenta cianose, quando esta apresenta as pontas dos dedos
e os lábios azulados, isso é devido ao acumulo de sangue venoso nessas regiões.

A vítima pode apresentar palidez cutânea, isso é ocasionado por uma


vasoconstricção periférica ela é causada porque o nosso organismo sacrifica as
extremidades para proteger os órgãos vitais.

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23.7 Suporte básico de vida

Conjunto de medidas não invasivas que são adotadas para retardar a morte cerebral
até que possa instituir as medidas de suporte avançado.

(A) Abertura de vias aéreas.

(B) Ventilação artificial.

(C) Suporte circulatório.

Abertura das vias aéreas Abertura das vias aéreas

Verificado presença de corpo estranho Retirando corpo estranho

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23.7.1. Procedimentos da R.C.P. Básica - (Respiração Cardio Pulmonar)

1) Examine o local, procurando fatores que ameacem o socorrista e a vítima (risco


de eletrocução, desabamento etc ...). Movimentar a vítima para local seguro caso
necessário, se não iniciar ali mesmo os procedimentos básicos.
2) Solicitar auxílio.
3) Posicionar a vítima em decúbito dorsal sobra superfície plana e rígida.
4) Abrir via aérea (manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo ou de
mandíbula). Utilizar cânula de Guedel caso disponível para manter a abertura das
vias aéreas.
5) Verificar presença de respiração espontânea.
6) Caso ausente ventilar a vítima por duas vezes (método boca-máscara ou ambú-
máscara). Utilizando oxigênio suplementar, na mais alta concentração possível.
8) verificar presença de pulso carotídeo no adulto, ou braquial no recém nato.
9) Em ausência iniciar compressões torácicas.

R.C.P. DE ADULTO COM 1(UM) SOCORRISTA

1) Socorrista se ajoelha próximo aos ombros da vítima.


2) Descobre o tórax da vítima.
3) Localiza o ponto de compressão, com a seguinte técnica: Procurar o apêndice
xifóide e coloca o calcanhar de uma das mãos dois dedos acima da junção xifo-
esternal.

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A B

C D

4) Posicionar as mãos sobre o tórax da vítima.


5) Fazer duas ventilações cada uma com duração de 1 a 1,5 segundo sendo o
volume corrente ideal de aproximadamente 800 ml. Seguindo-se de 15 (quinze)
compressões torácicas, com a frequência aproximada de 80 por minuto. Esta
relação de 15 por 2 é mantida.
6) Checar o pulso carotídeo após um minuto de R.C.P. e depois a cada 3 (três)
minutos.

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R.C.P. de adulto com dois ou mais socorristas

1) Estabelecimento de liderança e divisão de tarefas: ventilação, compressões


torácicas, punção venosa, administração de medicamentos etc ...
2) Após um dos socorristas se responsabilizar pela ventilação e outro pelas
compressões torácicas, repetir as manobras 2, 3 e 4 descritas anteriores.
3) Iniciar com duas ventilações, fazendo em seguida 5 compressões torácicas para
cada ventilação. O socorrista faz a contagem das compressões em voz alta. Se a
vítima estiver sendo ventilada sob máscara, deve ser feita uma pausa entre as
compressões para permitir a ventilação.
4) O socorrista responsável pela ventilação verifica a eficácia das compressões
torácicas através da palpação do pulso carotídeo.
5) Caso haja resposta positiva parar imediatamente com as compressões.

R.C.P. em crianças (< 1 ano)

1) Chamar e abanar
Chame e abane delicadamente o ombro da
criança. Se não houver resposta posicione
a criança em decúbito dorsal sobre uma
superfície dura.

2) Abrir a via aérea


Abra a via aérea, visualize a boca da criança
procurando por objetos estranhos. Libere as
vias aéreas, inclinando principalmente o
queixo, não inclinar a cabeça demasiado para
trás.

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3) Verifique se respira / Dê 2 Insuflações

Se a criança não respira dê 2 insuflações


delicadamente. Tape a boca e nariz da
criança com a sua boca e ventile. Cada
insuflação deve durar 1segundo. Deve
verificar se o peito da criança se expande.

4) Dê 30 compressões

Execute delicadamente 30 compressões a um


ritmo de 100 por minuto. Coloque dois dedos
centro do peito da criança logo abaixo dos
mamilos. Pressione fazendo baixar o tórax
somente 1 a 2 centímetros. Quando executada
por dois reanimadores, esta manobra pode ser executada com os polegares ficando
os restantes dedos a envolver o tórax da criança.

5) Continuar

Continue com 2 insuflação para 30


compressões. Após dois minutos de repetir este
ciclo ligue 192. Volte para junto da criança e
continue até chegar ajuda. Se observar sinais
de circulação, mantenha ventilação, uma de 3
em 3 segundos e pare.

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23.8 Hemorragia

O sistema circulatório é fechado e constituído por vasos sanguíneos (artérias, veias


e capilares) e coração. Os primeiros fazem a distribuição e o recolhimento do
sangue, enquanto o coração tem por função bombear continuamente o sangue, sob
certa pressão, para que este atinja todas as partes do corpo.

O volume de sangue de um adulto corresponde a aproximadamente 7% de seu peso


corporal.

Assim, uma pessoa com 70 kg tem por volta de 5 litros de sangue. Na criança, o
volume é calculado em 8% a 9% do peso, cerca de 80 a 90 ml/kg.

O sangue é composto por uma parte líquida chamada plasma ou soro, e outra
sólida, formada pelos glóbulos vermelhos, brancos e as plaquetas. Os glóbulos
vermelhos dão cor ao sangue e têm por função o transporte do oxigênio. Os
glóbulos brancos respondem pela defesa do organismo e as plaquetas são parte
fundamental no processo de coagulação sanguínea.

A vida depende do contínuo e adequado suprimento sanguíneo.

Definição
Hemorragia é um termo usado para expressar a saída do sangue de
compartimentos – geralmente artérias, capilares ou veias – nos quais normalmente
ele deveria estar contido. A perda de sangue leva à diminuição da oxigenação dos
tecidos podendo levar à morte se não for controlada.

Hemorragia externa e interna


Quando o sangue sai para fora do corpo através de um ferimento, estamos diante de
uma hemorragia externa. Se, no entanto, ele sai dos vasos e permanece dentro do
corpo, designa-se por hemorragia interna.

Gravidade da hemorragia
Em muitos casos, a hemorragia externa cessa entre 1 e 3 minutos em virtude dos
mecanismos normais de coagulação sanguínea. Mas em outras situações, quer pelo
diâmetro dos vasos lesados, quer pela extensão dos ferimentos, a hemorragia
prossegue ou por vezes é rápida e muito volumosa, levando a uma sequência de
alterações que podem culminar na morte.
Importante: a hemorragia é severa quando a frequência respiratória aumenta, o
pulso torna-se rápido, a pressão arterial desce e o nível de consciência fica
acentuadamente deprimido.
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A sua gravidade depende de alguns fatores:


• O volume e velocidade com que o sangue sai dos vasos;
• Se a hemorragia é arterial ou venosa;
• Se a hemorragia é interna ou externa;
• A origem do sangue;
• Quantidade de sangue perdida;
• Idade, peso e condição física geral da pessoa;
• Se a hemorragia afeta a respiração (via aérea).

Efeitos da hemorragia

Os efeitos da hemorragia sobre o organismo dependem dos fatores enumerados


anteriormente e da quantidade de sangue perdido. A primeira resposta do organismo
frente à perda de sangue é a contração dos vasos (vasoconstrição) da pele
(periféricos), músculos e vísceras, na tentativa de preservar a circulação nos rins,
coração e cérebro. A taquicardia é o primeiro sinal mensurável a surgir.

De acordo com o volume de sangue perdido, pode-se classificar as hemorragias em


4 classes:

Hemorragia Classe I: perda de até 15% do volume sanguíneo. Neste caso os sinais
e sintomas são mínimos. Nas situações menos complicadas, pode ocorrer discreta
taquicardia, ligeira hipotensão arterial, pulso filiforme.

Hemorragia Classe II: perda de 15% a 30% do volume sanguíneo. Num adulto de 70
Kg uma Hemorragia Classe II corresponde à perda de 750 a 1500 ml de sangue.
Ocorre taquicardia (FC > 100 P/min. no adulto), aumento da frequência respiratória.
Há também alterações do Sistema Nervoso Central como ansiedade.

Hemorragia Classe III: perda de 30% a 40% do volume sanguíneo. Corresponde a


perda de aproximadamente 2 litros de sangue em adultos. Nesses casos, existem
sinais e sintomas de uma insuficiente perfusão tecidual. Assim, verifica-se um
acentuado aumento da frequência cardíaca e respiratória, descida acentuada da
tensão arterial e intensificação das alterações mentais.

Hemorragia Classe IV: perda de mais de 40% do volume sanguíneo. Requer


imediata reposição sanguínea e pode causar a morte. Há acentuado aumento da
frequência cardíaca e respiratória, queda intensa da pressão arterial sistólica e muita
dificuldade na detecção da diastólica.

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O que fazer para controlar a hemorragia externa

Várias são as formas, simples ou complexas. Algumas requerem muito pouco treino
ou equipamento e outras necessitam de material muitas vezes dificilmente
disponível. Algumas com poucos riscos, outras com sérios riscos e contra-
indicações. São elas:

1. Compressão direta sobre a lesão


2. Elevação do membro lesado
3. Compressão dos pontos arteriais
4. Torniquete
5. Imobilização (método coadjuvante)
6. Arrefecimento (método coadjuvante)

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1 - Compressão direta sobre a lesão é a forma mais simples, a mais eficiente e a


que sempre deve ser tentada em primeiro lugar. Consiste na compressão do
ferimento, podendo ser realizada com as próprias mãos (se o ferimento for no
próprio socorrista), gaze, ou outro tecido limpo qualquer. Se for utilizada gaze ou
tecido, pode ser aplicada, sobre a primeira, ligaduras para fixar o tecido no local. Se
pelo tecido ainda surgir sangue, não remova a ligadura, mas aplique outra sobre a
primeira, com um pouco mais de pressão.
Várias são as formas de se fixar uma gaze num ferimento. Uma das mais eficientes
é a utilização de ligaduras triangulares para ferimentos na cabeça, membros ou
tronco. Nas extremidades como mãos e pés, gaze com ligadura simples ou adesivo
serão suficientes.

2) A elevação do membro lesado, desde que não haja nenhum impedimento para
movimentar a região (fatura, por exemplo), deve sempre ser aplicada juntamente
com a primeira técnica (compressão direta). A lesão deve ficar acima do nível
cardíaco. Quanto mais elevado acima do coração, menor será a pressão sanguínea,
melhor será o retorno venoso com conseqüente diminuição da estagnação do
sangue e menor hemorragia. Assim, elevação e compressão constituem juntas, os
modos mais eficientes para se estagnar uma hemorragia. Naturalmente, para
ferimentos nos membros inferiores, o paciente deve ser colocado deitado para que
se possa elevar o membro.
Demonstração: uma pessoa permanece sentada ou em pé, eleva ao máximo uma
das mãos e simultaneamente abaixa ao máximo a outra. Após 15 segundos
compare-as. Verá que a mão mais baixa está muito mais avermelhada, mais cheia
de sangue que a outra, por sua vez mais pálida. Fica evidente que um ferimento
numa mão sangrará muito mais se ela ficar abaixo do nível do coração e muito
menos se ficar acima deste nível.

3) Compressão dos pontos arteriais: muitas artérias podem ser palpadas através da
pele. São os pulsos arteriais. A compressão dos pontos arteriais determinará a
interrupção do fluxo sanguíneo para a área irrigada por aquela artéria.
Os pontos arteriais frequentemente utilizados para interromper uma hemorragia são
os correspondentes aos pulsos braquial, femural, carotídeo, temporal e radial. Mas
qualquer pulso palpável pode ser utilizado para reduzir a hemorragia.

Por vezes, em ferimentos múltiplos num membro, o socorrista pode comprimir uma
artéria, enquanto outro com mais liberdade pode realizar as compressões em cada
um dos ferimentos.

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4) Torniquete é uma técnica cada vez mais abandonada. Só deve ser tentada
quando todas as técnicas anteriores já foram tentadas e falharam.

Técnica de risco pode causar lesões mesmo quando aplicada corretamente.


Torniquetes aplicados de modo impróprio podem esmagar o tecido e causar lesões
permanentes nos nervos, músculos e vasos. Podem ainda provocar gangrena pela
isquemia e morte tecidual se aplicados por tempo prolongado.

No ponto da aplicação podem ocorrer lesões vasculares arteriais que culminam,


posteriormente, no estímulo à formação de coágulos obstruindo todo o vaso.
Podendo vir a ser necessária até mesmo a amputação do membro.

Outras vezes, a falta de oxigenação dos tecidos, principalmente em músculos de


grande porte (membros inferiores, por exemplo), leva à formação de substâncias
tóxicas. Quando o torniquete é desfeito, estas substâncias são liberadas para a
circulação, interferindo nos mecanismos circulatórios, causando choque e até
paragem cardíaca.

Quanto mais se exercitam e se praticam as técnicas anteriores, mais o torniquete


deve ser abandonado. Mesmo nas amputações, a compressão direta sobre o coto é
preferível. Para membros lacerados, a compressão dos pontos arteriais deve ser a
preferida.

5) Imobilização (método coadjuvante): em fraturas, extremidades ósseas muitas


vezes pontiagudas e cortantes podem causar laceração do músculo, tecidos ou pele,
provocando hemorragia. A movimentação contínua desse ponto pode mesmo
agravar a hemorragia. A imobilização reduz o risco de hemorragia, oferecendo
condições aos mecanismos normais de coagulação de melhor realizarem sua tarefa.
Mesmo sem lesão óssea, a imobilização da área lesada e dos músculos
correspondentes é um importante coadjuvante na redução da hemorragia.

6) Arrefecimento (método coadjuvante): o arrefecimento da área lesada não é eficaz


por si só. É um método auxiliar e pode ser usado em combinação com uma das
técnicas anteriores. Reduz a dor e auxilia na redução de edemas quando a lesão for
acompanhada de contusão. Podem ser utilizados produtos previamente gelados,
gelo em saco plástico ou ainda produtos especiais embalados em plástico que,
quando esmagados, produzem reação química com intenso arrefecimento da própria
embalagem que é colocada sobre a região.

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Hemorragias extensas ou profundas

Caso haja hemorragia proceder com as informações dadas para tal. São os
seguintes os casos de ferimentos extensos ou profundos que requerem pronta
atenção médica:

1. Quando as bordas do ferimento não se juntam corretamente.

2. Quando há presença de corpos estranhos.

3. Quando a pele, os músculos, nervos ou tendões estão dilacerados.

4. Quando há suspeita de penetração profunda do objeto causador do ferimento


(P.A.F., faca, prego etc.).

5. Se o ferimento é no crânio ou na face.

6. Se a região próxima ao ferimento não tem aparência ou funcionamento normais.

Obs.: Em todos os casos citados, nunca utilize pó de café, pano queimado, teia de
aranha, papel etc. para promover parada do sangramento.

Hemorragias abdominais

1. Mantenha no lugar, com o maior cuidado, os órgãos expostos (intestinos,


estômago etc.), evite ao máximo move-los.

2. Caso tenha saído da cavidade e estejam expostos, não procure recolocar os


órgãos na cavidade.

3. Cubra-os com uma compressa úmida.

4. Prenda a compressa com firmeza no lugar com uma atadura.

5. O objetivo e proteger os órgãos expostos por meio de um curativo compressivo.

6. A atadura deverá ser firme, mas não apertada.

Hemorragia profunda do tórax

1. Coloque sobre o ferimento uma gaze ou chumaço de pano limpo ou a própria


mão, para impedir a penetração de ar através do ferimento.

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2. Segure o chumaço no lugar, pressione com firmeza.

3. Um cinto ou faixa de pano, passado com firmeza em volta do tórax, sobre o


curativo, será capaz de manter fechado o ferimento.

4. Não aperte muito o cinto ou a faixa em torno do tórax, para não prejudicar os
movimentos respiratórios da vítima.

23.9 Ferimentos

• Limpe o ferimento com água limpa e sabão de cujo (mais importante)

• Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo, fixando sem apertar.

• A menos que saiam facilmente, durante a limpeza, não tente retirar farpas, vidros
ou partículas de metal do ferimento.

• Não toque no ferimento com os dedos ou qualquer material possivelmente


contaminado.

Primeiros socorros em ferimentos

1. Em caso de inconsciência ou inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas


roupas, principalmente em volta do pescoço, agasalhe a vítima.

2. Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa


ou um pano limpo sobre o ferimento. Não pressione, prenda com atadura ou
esparadrapo. Encaminhe imediatamente para atendimento Médico.

3. Se o sangramento for do nariz, na boca ou no ouvido, volte à cabeça da vítima


para o lado de onde provém a hemorragia.

4. Não dê bebidas alcoólicas para a vítima.

23.10 Contusões

Quando o local da contusão fica arroxeado, é sinal de que houve hemorragia ou


derrame por baixo da pele. O acidentado sente dor e o local fica inchado.

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Primeiros socorros em contusões

• Repouso da parte contundida.

• Aplique compressas frias ou saco de gelo que a dor e a inchação tenha diminuído.

• Posteriormente podem ser usadas compressas de água quente para apressar a


cura e a diluição do edema.

23.11. Estado de choque

Ocorre em todos os caso de lesões graves, hemorragias ou fortes emoções.

Causas

São condições para o surgimento do estado de choque; queimaduras graves,


ferimentos graves e extensos, esmagamentos, perda de sangue, acidentes por
choque elétrico, envenenamento por produtos químicos, ataque cardíaco (Infarto
agudo do miocárdio), exposição a extremos de calor ou frio, dor aguda, infecção,
intoxicação por alimento, fraturas.

Sintomas

• Pele fria e pegajosa;

• Sudorese na testa e na palma da mão;

• Palidez com expressão de ansiedade;

• Frio, a vítima se queixa de sensação de frio;

• Náuseas e vômitos;

• Respiração curta rápida e irregular;

• Visão turva ou nublada;

• Pulso fraco e rápido;

• Podendo estar total ou parcialmente inconsciente.

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Primeiros socorros em estado de choque

• Realize a inspeção rápida na vítima.

• Combata, evite ou contorne a causa do estado de choque, se possível (Ex:


hemorragia)

• Conserve a vítima deitada.

• Afrouxe a roupa apertada no pescoço, peito e na cintura.

• Retire da boca, caso exista, próteses, dentadura, goma de mascar etc.

• Mantenha a respiração.

• Caso a vítima vomite, lateralize a cabeça (caso não haja lesão de coluna).

• Caso não haja fratura, levante as pernas da vítima em torno de 30 cm.

• Se for possível, mantenha sua cabeça mais baixa que o tronco.

• Mantenha a vítima agasalhada utilizando cobertores, mantas etc.

• Não dê líquidos de forma nenhuma (alcoólicos ou não).

23.12. Queimaduras

Toda e qualquer lesão decorrente de ação do calor sobre o organismo, á uma


queimadura.

São exemplos de queimaduras: contato direto com chama, brasa ou fogo; vapores
quentes; líquidos quentes; sólidos superaquecidos ou incandescentes; substâncias
químicas; biológicas (água-vivas, caravelas etc.); emanações radiativas; radiações
infravermelhas e ultravioletas (em aparelhos, laboratórios ou desvios ao excesso de
raios solares); eletricidade. Queimaduras externas classificam-se em:

A. Superficiais - Quando atingem algumas camadas da pele.

B. Profundas - Quando destruição total da pele.

CLASSIFICAÇÃO EM GRAUS

As queimaduras, principalmente as térmicas, podem ser classificadas de acordo


com a profundidade da lesão em queimaduras de primeiro, segundo e terceiro
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graus. Esta classificação é importante porque direciona desde o atendimento pré-


hospitalar até o atendimento definitivo no centro de queimados.

PRIMEIRO GRAU

Superficiais: são as queimaduras que atingem apenas a epiderme. A pele fica


avermelhada (eritema) e quente, ocasionalmente há edema (inchaço). Causam dor
de leve a moderada. O exemplo clássico são as queimaduras solares.

SEGUNDO GRAU

Espessura parcial: são queimaduras que atingem a epiderme e a derme e produzem


dor severa. A pele se apresenta avermelhada e com bolhas, as lesões que atingem
a derme mais profunda são úmidas. São queimaduras que mais se beneficiam de
um curativo efetuado corretamente.

TERCEIRO GRAU

Espessura total: atingem toda espessura da pele e chegam ao tecido subcutâneo.


As lesões são secas e com uma cor esbranquiçada com aspecto de couro ou então
pretas com aspecto carbonizado. Geralmente não são dolorosas porque as
terminações nervosas são destruídas; as áreas nas bordas das lesões de terceiro
grau podem apresentar queimaduras menos profundas, de segundo grau e serem
dolorosas.

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Por radiação

As queimaduras são lesões freqüentes; mesmo quando não levam a óbito, as


queimaduras severas produzem grande sofrimento físico e requerem tratamento que
dura meses ou mesmo anos. Pessoas de todas as faixas etárias estão sujeitas às
queimaduras, sendo as crianças vítimas freqüentes e muitas vezes por descuido dos
pais ou responsáveis.

Podem ser causadas por raios ultravioletas (UV), por raio-x ou por radiações
ionizantes. As lesões por raios UV são bem conhecidas, queimaduras solares, e
geralmente superficiais e de pouca gravidade.

Classificação das queimaduras

As queimaduras podem ser classificadas de acordo com a sua causa, profundidade,


extensão, localização e gravidade

Quanto à Causa

Térmicas

São as queimaduras mais comuns. Podem ser causados por gases, líquidos ou
sólidos quentes.

Queimaduras Térmicas (líquidos quentes, fogos, vapor, raios solares etc.):

• Coloque a cabeça e o tórax da vítima em plano inferior ao do resto do corpo,


levante as pernas se possível;

• Se a vítima estiver consciente dê-lhe bastante líquido para beber: água e suco de
frutas.

• Coloque gaze ou pano limpo e úmido sobre a superfície queimada;

• Coloque papel alumínio sobre a área queimada, para manter a temperatura e evitar
a contaminação com o meio externo;

• Procure recursos médicos urgente, removendo para um hospital.

Químicas

São causadas por ácidos ou álcalis e podem ser graves; necessitam de um correto
atendimento pré-hospitalar pois o manejo inadequado pode agravar as lesões.

• Lave a área atingida com bastante água;


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• Aplique água, enquanto retira a roupa da vítima;

• Proceda com nas demais queimaduras prevenindo o choque e a dor.

Por eletricidades

São muitas vezes queimaduras graves. Geralmente as lesões internas, no trajeto da


corrente elétrica através do organismo, são extensas enquanto as lesões das áreas
de entrada e saída da corrente elétrica na superfície cutânea são pequenas. Esta
particularidade pode levar a erros na avaliação da severidade da lesão.

Atendimento ao queimado

O atendimento inicial da vítima de queimaduras segue a mesma seqüência do


atendimento de uma vítima de outras formas de trauma.

Deve-se considerar o grande queimado como um poli-traumatizado, inclusive porque


freqüentemente existem lesões outras associadas. Existem particularidades no
atendimento que serão abordadas a seguir:

A primeira preocupação da equipe deve ser com a sua própria segurança, isto se
aplica a qualquer situação mas deve ser reforçado ao se atender vítimas de
queimaduras que estejam em ambientes hostis. Deve-se ter cuidado com as
chamas, gases tóxicos e fumaça, risco de explosões e desabamentos.

O segundo passo no atendimento à vítima é a interrupção do processo de


queimadura, feito na seguinte seqüência:

Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas;

Remover a vítima do ambiente hostil;

Remover as roupas que não estejam aderidas ao corpo da vítima;

Promover o resfriamento da lesão e de fragmentos de roupas ou de substâncias


como asfalto que estejam aderidas ao corpo do queimado.

Após se interromper o processo de queimadura se procede ao atendimento segundo


o A,B,C,D.

Queimaduras superficiais e de pequena extensão (cerca de 10% de área corporal


queimada) podem ser tratadas por resfriamento, colocando-se compressas frias

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sobre a região lesada. As bolhas formadas não devem ser perfuradas.


As vítimas com queimaduras de face, pescoço e tórax devem se
permanentemente vigiadas no que diz respeito à permeabilidade de suas vias
aéreas.

O Serviço de Atendimento Pré-hospitalar, se existente, deve ser acionado, ou a


vítima deve ser removida a um hospital.

Obs.: Queimaduras de 1º, 2º, 3º, graus podem se apresentar no mesmo paciente.

O risco de vida (gravidade do caso) não está no grau da queimadura - reside na


extensão da superfície atingida, devido ao estado de choque e a maior possibilidade
de contaminação (infecção).

Quanto maior a área queimada, mais grave é o caso!

Tem-se uma idéia aproximada da superfície da queimadura usando a “regra dos


nove” em adultos:

Cabeça e pescoço 9 %

Membro superior esquerdo 9 %

Membro superior direito 9 %

Tórax e abdômen (frente) 18 %

Tórax e região lombar (costas) 18 %

Membro inferior esquerdo 18 %

Membro inferior direito 18 %

23.13. Lesão traumato-ortopédica

Vamos identificar os diversos tipos de lesão traumato-ortopédica que afetam o


aparelho locomotor e comprometem as articulações, ossos e músculos e os
procedimentos de primeiros socorros a serem adotados para aliviar o sofrimento da
vítima.

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Entorse

Na entorse há distensão dos ligamentos articulares, ocasionando a separação


momentânea das superfícies ósseas da articulação e provocando inflamação,
edema e dor local, que se acentua com a movimentação.

• Evite movimentar a articulação afetada.

• Aplique bolsa de gelo sobre o local a fim de reduzir a inflamação e a dor.

Fraturas e lesões de articulação

É o rompimento total ou parcial de um osso ou cartilagem. As fraturas podem ser


fechadas, quando a pele não é rompida pelo osso quebrado, e expostas ou abertas,
quando o osso atravessa a pele e fica exposto. Todas supostas fraturas e lesões de
articulação devem ser imobilizadas.

Nas indústrias, a fratura pode ocorrer em razão de quedas e movimentos bruscos do


empregado, batidas contra objetos, ferramentas, maquinário, assim como quedas
destes sobre o empregado. Suspeita-se de uma fratura ou lesão articular quando
houver sido constatado pelo menos dois itens abaixo mencionados:

• dor intensa, que aumente ao menor movimento ou toque na região; edema local
(inchaço);

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• crepitação ao movimento (som parecido com o amassar de papel);

• hematoma (rompimento de vaso com acúmulo de sangue no local) ou equimose


(mancha de coloração azulada na pele), que aparece horas após a fratura;

• paralisia (lesão dos nervos).

Nunca se deve tentar colocar o osso no lugar. Isso deverá ser feito em local e por
pessoal qualificado!

O que Fazer:

• estancar eventual hemorragia em casos de fraturas expostas ou abertas;

• imobilizar as articulações mais próximas do local com suspeita de fratura, a fim de


impedir a movimentação, utilizando jornais, revistas, tábuas, papelão etc.; convém
acolchoar com algodão, lã ou trapos os pontos em que os ossos ficarão em contato
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com a tala;

• não deslocar ou arrastar a vítima antes de imobilizar a fratura.

• encaminhar a vítima ao serviço médico.

Em caso de lesão articular (entorses, luxações e contusões):

• colocar a vítima deitada ou sentada em posição confortável;

• nas primeiras 24 horas, aplicar frio intenso no local com bolsa de gelo ou
compressas frias úmidas; posteriormente, aplicar calor local.;

• imobilizar a região afetada com faixas ou panos para impedir os movimentos,


diminuindo assim a dor;

• após decorridas as primeiras 24 horas, pode-se aplicar calor no local e imobilizá-lo,


mantendo a região aquecida;

• encaminhar a vítima ao serviço médico para diagnóstico e tratamento preciosos.

23.14. Transporte de vítimas

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate


(Corpo de Bombeiros, outros).

O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando


seqüelas irreversíveis ao acidentado.

A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos,
onde não é possível contar com equipes especializadas em resgate.

OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte


seguro (número de pessoas para realizar o transporte).

A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há


suspeita de lesões na coluna vertebral.

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Técnica de transporte de vítimas

Atenção

Movimente o acidentado o menos possível.

Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte.


O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro
e mais cômodo para a vítima.

Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem


cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte.

Logo que a vítima estiver em cima da prancha, cada socorrista deve se posicionar
em uma das extremidades da prancha (o socorrista A deve colocar-se de costas
para o paciente, e o B, aos seus pés);

Para aumentar as chances de recuperação, o ideal é que a vítima seja atendida no


local do acidente. Caso isto não seja possível por falta de segurança, tanto para ela
como para o socorrista, deve-se transportá-la para um local seguro, porém
respeitando certos cuidados específicos.

Veja como: Transporte de vítimas, antes de retirar a vítima do local do acidente:

* preste atenção ao movimentá-la para não agravar as lesões já existentes;


* examine o estado geral da vítima;
* tente calcular o peso da pessoa;
* considere o número de socorristas para ajudar;
* retenha a hemorragia;
* mantenha a vítima respirando;
* evite ou controle o estado de choque
* imobilize as áreas com suspeita de fraturas

O transporte da vítima pode ser feito por maca, que é a melhor forma. Se por acaso
não houver uma disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou
um paletó e dois bastões resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor
várias vezes em uma tábua larga.

Com apenas um socorrista:

Apoio lateral simples:

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• o braço da vítima é passado sobre os ombros do socorrista, por trás do


pescoço;
• o socorrista segura firmemente o braço da vítima;
• com o outro braço, o socorrista envolve o acidentado por trás da cintura.

Arrastamento de roupa — a vítima é arrastada no sentido do eixo cranial pelo


socorrista, que utiliza a camisa ou casaco como ponto de apoio;
Arrastamento tipo cobertor — posicione a vítima estendida de lado. Coloque o
cobertor por debaixo do corpo do paciente, desvire-o, colocando-o de barriga para
cima, e puxe o cobertor do outro lado.
Inicie o transporte puxando o cobertor próximo à cabeça da vítima.

Com dois socorristas:

Para o atendimento eficiente de politramautizados, é importante ter em mente que,


em muitos casos, a vítima não pode e não deve se movimentar espontaneamente,
devido às lesões já existentes ou a lesões que possam ocorrer por uma locomoção
indevida. Portanto, a melhor maneira de mover uma vítima deitada é o uso da
prancha longa, quando o acesso ao paciente é viável.

Veja os métodos disponíveis para transporte com maca ou prancha longa. Esta
técnica deve ser realizada da forma apropriada, tanto para evitar complicações para
as vítimas como danos lombares para os socorristas.

* Depois, os socorristas devem posicionar os pés ligeiramente afastados, e não


paralelos ou alinhados;

* Ao se abaixar para elevar a maca, os socorristas devem ficar de joelhos na posição


tripé, ou seja, um joelho no chão e outro afastado, fora da posição do antebraço;

* O socorrista A deve comandar as manobras, indicando quando é a hora de elevar


a vítima. Eles então se posicionam de cócoras, levantando o joelho que estava
apoiado no chão;

* Após a ordem do socorrista A, ambos devem elevar a vítima utilizando os


músculos da coxa. Desta forma, evita-se o uso incorreto da musculatura da coluna,
o que pode causar sérios danos;

* Para iniciar a caminhada, o socorrista A deve sempre dar o comando, dirigindo-se


com a vítima para a ambulância ou para outro lugar seguro.

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Durante a caminhada, podem aparecer obstáculos no caminho, tais como


árvores caídas, por exemplo. O procedimento adequado nestes casos é:

− Quando se aproximar do obstáculo, o socorrista A deve avisar ao outro socorrista do


problema;
− Os socorristas devem colocar o paciente no solo delicadamente, sempre com a
orientação do socorrista ;
− Com a prancha ao chão, os socorristas devem se posicionar nas laterais, um com a
mão na altura do ombro da vítima e o outro com a mão um pouco abaixo dos
joelhos, e manter os pés ligeiramente afastados;
− Para elevar a prancha, o socorrista A dirige a operação: ambos se colocam de
cócoras, erguendo os joelhos que estavam de apoio no chão;
Em seguida, os socorristas se levantam, usando os músculos das coxas para erguer
a vítima;
− Depois, sempre sob o comando do socorrista A, posicionam a prancha com a
cabeceira sobre o obstáculo;
− Os socorristas se colocam face a face, caminhando em direção ao paciente,
movimentando a maca na lateral e deslizando as mãos ao longo da prancha.
− O socorrista B se posiciona na extremidade da prancha;
− Enquanto o socorrista B segura a prancha , o socorrista A pula o obstáculo e pega a
extremidade da prancha perto da cabeceira da vítima;
− Depois, sob a ordem do socorrista A, os dois seguem de forma que apóiem a
extremidade dos pés do paciente sobre o obstáculo. O socorrista B salta o obstáculo
e vem se posicionar próximo à cabeceira do paciente;
− Os socorristas ficam frente a frente e andam em direção ao meio da prancha. Em
seguida, a prancha é colocada no solo e o processo recomeça.

LEMBRETE IMPORTANTES:

− Evite transportar a vítima ou mesmo movimentá-la sem necessidade.


− Chame uma ambulância e fique prestando o atendimento de acordo com a avaliação
primária e secundária e as orientações recebidas.
− Avalie a situação, só em casos onde não há como chegar socorro (local de difícil
acesso e/ou sem telefone) e desde que tomadas as devidas providências em relação
a segurança da vítima e imobilização adequada é que devemos transportá-la, ou em
casos em que não haja necessidade de uma ambulância (pequenas lesões) desde
que avaliadas e que o transporte por carro comum não interfira para agravar a
situação.
− Comprovada a não contra-indicação e conforme a situação, (desmaio, inalação de
gases, entorses, etc.), transporte a vítima de acordo com o que melhor se adequar a
cada caso.

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Uma Pessoa

a. Nos braços: Passe um dos braços da vítima ao redor


do seu pescoço.

b. De apoio: Passe o seu braço em torno da cintura da


vítima e o braço da vítima ao redor de seu pescoço.

c. Nas costas: Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu
pescoço, incline-a para frente e levante-a.

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Duas Pessoas

a. Cadeirinha: Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima o


redor do seu pescoço e levante a vítima.

b. Segurando pelas extremidades: uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a


outra, segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.

Três Pessoas

Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas. A
terceira segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas
devem ser simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e
pernas.

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Quatro Pessoas

Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima


impedindo qualquer tipo de deslocamento.

A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de


cuidado, a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima,
devem-se tomar as seguintes providências:

* Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa.


Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento
com o auxílio de um casaco ou cobertor.

* Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la
numa tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma
vítima. Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando
cobertores ou paletós.

* Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.

* Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima podem levar


rapidamente ao estado de choque.

* Se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e


faça massagem cardíaca.

* Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura.

* Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição


horizontal,como um só bloco, levando até a sua maca.No caso de uma pessoa
inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o
levantamento e o transporte.Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.

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