Aula 8 - Lei N° 8.112-1990 - Servidores Públicos

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NOÇÕES

DE DIREITO
ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
Diogo Surdi

Apresentação..................................................................................................................4
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos.. .........................................................................5
1. Abrangência e Linha do Tempo.....................................................................................5
1.1. Concurso Público.......................................................................................................6
1.2. Provimento...............................................................................................................8
1.3. Posse...................................................................................................................... 16
1.4. Exercício................................................................................................................. 18
1.5. Estágio Probatório................................................................................................. 20
1.6. Estabilidade............................................................................................................22
1.7. Vacância..................................................................................................................23
2. Remoção, Redistribuição e Substituição....................................................................26
2.1. Remoção.................................................................................................................26
2.2. Redistribuição....................................................................................................... 30
2.3. Substituição...........................................................................................................32
3. Direitos e Vantagens.................................................................................................33
3.1. Vencimento e Remuneração....................................................................................34
3.2. Indenizações. ..........................................................................................................36
3.3. Gratificações e Adicionais....................................................................................... 41
3.4. Férias.....................................................................................................................46
3.5. Licenças................................................................................................................. 47
3.6. Afastamentos........................................................................................................53
3.7. Concessões............................................................................................................54
3.8. Direito de Petição. ..................................................................................................55

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4. Regime Disciplinar.....................................................................................................56
4.1. Deveres.................................................................................................................. 57
4.2. Proibições............................................................................................................. 58
4.3. Acumulação de Cargos...........................................................................................62
4.4. Responsabilidades. .................................................................................................64
4.5. Penalidades. ...........................................................................................................67
5. Processo Administrativo Disciplinar...........................................................................71
6. Seguridade Social do Servidor...................................................................................78
6.1. Beneficiários...........................................................................................................78
6.2. Benefícios..............................................................................................................79
Resumo.........................................................................................................................93
Mapas Mentais............................................................................................................. 101
Questões de Concurso................................................................................................. 104
Gabarito....................................................................................................................... 115
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 116

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Apresentação

Olá, tudo bem? Espero que sim!


Na aula de hoje, estudaremos todos os detalhes sobre a Lei n. 8.112/1990, norma que
estabelece o Estatuto dos Servidores Públicos da União.
Grande abraço e boa aula!
Diogo

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LEI N. 8.112/1990 – SERVIDORES PÚBLICOS

1. Abrangência e Linha do Tempo

A Lei n. 8.112/1990 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias federais (inclusive as em regime especial) e das fundações públicas federais. É por
meio das disposições da mencionada lei, desta forma, que os servidores federais estatutários
encontram todos os direitos e garantias a eles conferidos, bem como os requisitos para o seu
exercício.
No entanto, as disposições da Lei n. 8.112/1990 não se aplicam a todos os agentes pú-
blicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis federais, o que implica em dizer que os
empregados públicos federais, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo
de atuação do estatuto federal.
Da mesma forma, a norma não se aplica aos servidores públicos estatutários dos demais
entes federativos, tal como os Estados e os Municípios. Ainda que estes servidores sejam
regidos por um estatuto, caberá ao respectivo ente federativo, por meio de lei, a sua edição.

A Lei n. 8.112/1990 é aplicada A Lei n. 8.112/1990 não é aplicada


Aos servidores estatutários da administração direta Aos empregados públicos federais, que são regidos
federal. pelas disposições da CLT.
Aos servidores das autarquias (inclusive as em Aos servidores públicos dos Estados, do Distrito
regime especial) federais. Federal e dos Municípios.
Aos servidores das fundações públicas federais. Aos militares.

A linha do tempo do serviço público é uma forma de compreendermos todo o processo de


ingresso, desenvolvimento e saída de um respectivo servidor no serviço público. Por meio de
sua análise, nos permitirá ter uma visão global de todas as etapas e facilitará a compreensão
dos diversos institutos aos quais os servidores federais estão sujeitos.
Desta forma, a linha do tempo do serviço público compreende, basicamente, as seguintes
fases: a) concurso, b) provimento, c) posse, d) exercício, e) estágio probatório, f) estabilidade
e g) vacância.

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1.1. Concurso Público

O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da


impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso assim o
fosse, seria muito fácil para administradores mal intencionados fraudar as regras previstas e
conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando gravemente
a impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei n. 8.112/1990 se preocupou em estabelecer diversas regras
a serem observadas pela administração pública quando da realização de concurso público.
Tais regras, salienta-se, devem observar as disposições constitucionais sobre a forma de
realização dos concursos públicos, disposições estas de observância obrigatória para toda a
administração pública.

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Em seus artigos 11 e 12, a Lei n. 8.112/1990 assim estabelece:

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas,
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscri-
ção do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que
será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com
prazo de validade não expirado.

Percebam que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca,
para os servidores regidos pela Lei n. 8.112/1990, poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorrogação, que
poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo inicialmente previsto para a va-
lidade do certame.

Exemplo: poderá a administração, por exemplo, realizar concurso com prazo de validade de
1 ano, estabelecendo no edital que o prazo ali estabelecido poderá ser prorrogado uma única
vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a administração (trata-se de uma faculdade) pror-
rogar a validade do mesmo por mais 1 ano ou realizar um novo concurso.
E poderá a administração publicar edital de concurso com o prazo de validade de 2 anos,
improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi que a adminis-
tração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilidade de prorrogação.
E se fosse publicado um edital com prazo de 1 ano, estabelecendo a possibilidade de prorro-
gação por 3 vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos, seria válido?
Ainda que o prazo total de 4 anos não tenha sido superado (2 + 2), foi desrespeitada a regra
de uma única prorrogação, devendo o edital ser considerado nulo neste aspecto.
E se tivemos um edital regulamentando um concurso e estabelecendo como prazo de validade
2 anos, com a possibilidade de prorrogação por 1 ano. Estaria a administração, nesta situa-
ção, respeitando a Lei n. 8.112/1990?

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Aqui, temos uma situação interessante: uma única prorrogação e o prazo total respeitado.
No entanto, além destas regras, não podemos nos esquecer que a prorrogação, em todos os
casos, deve ser pelo mesmo período inicialmente previsto no edital: 1 ano + 1 ano, 2 anos + 2
anos, 6 meses + 6 meses.

1.2. Provimento
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados.
Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras devem ser estabelecidas pela
respectiva administração.
Desta forma, o provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade com-
petente de cada Poder, que deverá observar, conforme as regras estabelecidas no edital, um
limite mínimo de provimentos para as pessoas portadoras de deficiência.
Tal limite, atualmente, é de até 20% das vagas oferecidas no concurso.
Situação interessante ocorre com a possibilidade de os estrangeiros ocuparem cargos
públicos. Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, o artigo 37, I, da Constituição
Federal passou a vigorar da seguinte forma:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

Trata-se o inciso em questão de uma norma constitucional de eficácia limitada, carecen-


do de regulamentação para que possa produzir efeitos jurídicos.
No âmbito federal, coube à Lei n. 8.112/1990 estabelecer, em seu artigo 5º, § 3º, as situa-
ções em que os estrangeiros poderão ocupar cargos públicos.

As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus


cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os proce-
dimentos desta Lei.

Claramente se percebe que o objetivo da norma federal foi incentivar a pesquisa e o de-
senvolvimento tecnológico nacional, possibilitando que profissionais qualificados de outros
países venham incrementar o desenvolvimento nacional em determinadas áreas.

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A Lei n. 8.112/1990 estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo


elas a nomeação, a promoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e
a recondução.
Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento, sendo que to-
das as demais são classificadas como formas de provimento derivadas.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello, as formas de provimento derivado
previstas no estatuto federal podem ser classificadas em vertical, horizontal ou por
reingresso.
Nesta classificação, a forma de provimento derivado vertical seria aquela em que o ser-
vidor, já atuando na administração pública, passa para um cargo de nível mais elevado na
carreira. Trata-se, em nosso ordenamento, da promoção.
O provimento derivado horizontal, por sua vez, ocorre quando o servidor não ascende nem
é rebaixado profissionalmente, mas sim posicionado em um cargo com as mesmas atribui-
ções e responsabilidades do anteriormente ocupado. Das hipóteses da Lei n. 8.112/1990,
apenas a readaptação se enquadra em tal classificação.
Por fim, temos as formas de provimento derivado por reingresso, que são aquelas em que
o servidor retorna para o serviço público após ter sido dele desligado. São classificadas nesta
categoria a reversão, a recondução, a reintegração e o aproveitamento.

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Como forma de facilitar a compreensão das formas de provimento previstas na Lei n.


8.112/1990, veremos cada uma delas:

Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo


ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão.
No caso dos cargos efetivos, também chamados de cargo isolado de provimento efetivo
ou cargo de carreira, a nomeação, necessariamente, precisa de aprovação em concurso
público anteriormente realizado.
Nomeação Para os cargos em comissão, uma vez que são considerados como de livre nomeação e
exoneração, tal característica nem sempre está presente.
E isso ocorre porque os cargos em comissão são destinados às funções de direção, chefia
e assessoramento, podendo, por isso mesmo, ser livremente escolhidos pela autoridade
nomeante, que pode optar por provê-los com um servidor de carreira ou com uma pessoa
até então estranha aos quadros funcionais do serviço público.

A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma
carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o pro-
vimento no cargo de classe mais alta.
Como resultado, ocorre simultaneamente uma vacância e um provimento, não gerando
saldo a ser reposto pela administração.
Vejamos o seguinte exemplo: No âmbito do Poder Judiciário, os cargos são estruturados
em três classes, sendo elas denominadas de A, B e C. Cada uma destas classes é subdi-
Promoção vidida em padrões, de forma que o servidor, ao entrar em exercício, ocupa a classe inicial
A e o padrão inicial 1.
Após o período de 1 ano de efeito exercício, o servidor passa para o padrão subsequente,
permanecendo, contudo, na mesma classe.
No nosso caso, o servidor passou de A1 para A2. Ao chegar ao último padrão da classe a
que pertence, no entanto, temos a passagem de uma classe para outra da carreira, opor-
tunidade em que ocorre a promoção.
Com ela, o servidor, que até então ocupava a classe A, passa a ocupar a classe B.

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A readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física ou
mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria.
Como exemplo, podemos citar um acidente no qual o servidor ficou impossibilitado de
digitar. Se anteriormente tal servidor era responsável pela confecção das intimações e
citações no órgão em que atuava, não há, com a limitação ocorrida, a possibilidade de o
servidor continuar exercendo tais atividades.
Mas percebam que o servidor não está impossibilitado para o serviço público, podendo
perfeitamente exercer atividades que não exijam o esforço repetitivo de digitação.
Readaptação Nesta situação, a administração coloca o servidor em um cargo compatível com a limi-
tação sofrida. No entanto, para que isso seja possível, devem ser observadas algumas
características, conforme estabelece o artigo 24, § 2º, da Lei n. 8.112/1990:
“A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação
exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de ine-
xistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a
ocorrência de vaga.”
Caso o servidor seja considerado incapaz para o serviço público, ocorrerá a aposentado-
ria do respectivo agente público.

Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/TJ/STM/APOIO ESPECIALIZADO/PROGRAMAÇÃO DE SIS-


TEMAS/2018) Acerca do acesso à informação, dos servidores públicos e do processo admi-
nistrativo no âmbito federal, julgue o item que se segue.

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Se sofrer um acidente que o leve à incapacidade física, o servidor público federal poderá ser
readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com as suas limita-
ções, ficando em disponibilidade até a vacância do cargo adequado.

Errado.
Inicialmente, vejamos as disposições do artigo 24 da Lei n. 8.112/1990, que apresenta a regra
acerca da readaptação.

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-


patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em ins-
peção médica.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago,
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Logo, em caso de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como exce-
dente, não ficando em disponibilidade, conforme erroneamente afirmado pela questão.

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Reversão é o retorno à atividade do servidor anteriormente aposentado, desde que aten-


didas as regras estabelecidas pelo Poder Executivo e desde que o servidor não tenha
atingido a idade de 70 anos.
Tal forma de provimento pode ocorrer de duas formas:
1) Por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da apo-
sentadoria.
2) No interesse da administração, desde que, neste caso, o servidor obedeça a uma série
de regras:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
Reversão
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago;
Como não poderia deixar de ser, a reversão será feita para o mesmo cargo anteriormente
ocupado pelo servidor, ou então para o cargo resultante de uma possível transformação.
Com a reversão, o servidor volta a receber a remuneração que anteriormente recebia,
com todas as vantagens de caráter pessoal eventualmente existentes.
No caso de reversão por invalidez, tendo a junta médica declarado que os motivos ale-
gados pelo servidor, para aposentar-se, são insubsistentes, deverá ele retornar para o
serviço público ainda que não haja cargo vago, em plena sintonia com o princípio da
indisponibilidade do interesse público.
Nesta situação, deverá o servidor exercer suas atribuições como excedente.

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O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
Tal forma de provimento encontra previsão no artigo 30 da Lei n. 8.112/1990, que assim
dispõe:
Aproveitamento “O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.”
Não entrando em exercício no prazo legal, a disponibilidade será cassada e o respectivo
aproveitamento será tornado sem efeito.

Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor ao cargo ante-


riormente ocupado.
Duas são as situações, de acordo com o artigo 29 da Lei n. 8.112/1990, que ensejam a
recondução do servidor, sendo que ambas decorrem da estabilidade por ele alcançada no
serviço público.
“Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá
de: I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II – reintegração do ante-
rior ocupante.”
Recondução
Em ambas as situações apresentadas, o servidor público federal já é estável no serviço
público, de forma que uma possível inabilitação em estágio probatório relativo a outro
concurso por ele prestado não possui o efeito, por si só, de acarretar a exoneração do
servidor.
Da mesma forma, caso ele passe a exercer as atribuições de um cargo até então ocupado
por um servidor demitido, e este, posteriormente, consiga anular a sua demissão na jus-
tiça, sendo reintegrado ao cargo que ocupava, não poderá o servidor estável ser exone-
rado, devendo ser reconduzido ao cargo onde adquiriu a estabilidade.

Ressalta-se que a possibilidade de recondução não é um direito extensível, por analogia, aos
servidores estatutários das demais esferas federativas. Desta forma, para que a recondução seja
possível, deverão os entes estabelecer tal previsão nos respectivos estatutos funcionais de seus
servidores, conforme entendeu o STJ no julgamento do RMS 46.438, realizado em 2015:

Não é possível a aplicação, por analogia, do instituto da recondução previsto no art. 29,
I, da Lei n. 8.112/1990/1990 a servidor público estadual na hipótese em que o ordena-
mento jurídico do estado for omisso acerca desse direito. Isso porque a analogia das
legislações estaduais e municipais com a Lei n. 8.112/1990/1990 somente é possível
se houver omissão no tocante a direito de cunho constitucional autoaplicável que seria
necessário para suprir a omissão da legislação estadual, bem como que a situação não
dê azo ao aumento de gastos.

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A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo ante-


riormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de
todas as vantagens.
Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou judicial.
Grande controvérsia reside nos efeitos da reintegração para o servidor eventualmente
ocupante da vaga decorrente de demissão.
Isso porque a Lei n. 8.112/1990 determina que “encontrando-se provido o cargo, o seu
eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade”.
Vejamos: Um servidor X é demitido e entra com uma ação judicial de reintegração. A
administração pública nomeia o servidor Y para o cargo vago, que passa a exercer nor-
malmente suas atribuições.
Reintegração
Posteriormente, o servidor X ganha na justiça o direito de ser reintegrado com todas as
vantagens.
E o que acontece com o servidor Y, caso este ainda não seja estável e, por isso mesmo,
não puder ser reconduzido ou posto em disponibilidade?
Durante muito tempo, a doutrina chegou a afirmar que caberia a cada ente federativo
disciplinar os efeitos desta situação, sendo que diversas Constituições Estaduais e Leis
Orgânicas afirmavam que o servidor deveria ser exonerado.
Nos dias atuais, percebe-se que a possibilidade de exoneração não é viável, haja vista que
o novo servidor é um terceiro de boa-fé que não pode ser prejudicado por atos anteriores
da administração.
Desta forma, em caso de reintegração, o eventual servidor não estável deverá ser mantido
como excedente.

Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STM/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2018) Acerca


das regras aplicáveis aos servidores públicos do Poder Judiciário, e considerando o que dis-
põe a Lei n.º 8.112/1990 e a Lei n.º 11.416/2006, julgue o item a seguir.
Provimento é o ato emanado da pessoa física designada para ocupar um cargo público, por
meio do qual ela inicia o exercício da função a que fora nomeada.

Errado.
O provimento não implica o início da função para o qual a pessoa eventualmente foi nomeada.
Isso na medida em que a nomeação se trata de uma mera convocação do particular aprovado
em concurso público.

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Após o provimento, deverá ocorrer a posse (quando o particular passa à condição de agente
público) e o exercício (quando efetivamente tem início o desempenho das atribuições referen-
tes ao cargo público).

1.3. Posse

Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial da União, o nomeado tem
o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação
será declarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor
público, fato que apenas ocorre com a posse.
Constitui a posse, dessa forma, o momento em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato com a administração pública, passando, a partir de
então, a serem servidores públicos e estando legalmente investidos em cargo público.
Neste sentido, merece destaque os conceitos de cargo e de servidor público apresentados
pela Lei n. 8.112/1990, conforme se observa da leitura dos artigos 2º e 3º da norma:

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura orga-
nizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Assim, podemos definir servidor público como a pessoa anteriormente aprovada em con-
curso público, nomeada (ato de provimento) e que dentro do prazo legal (30 dias) tomou pos-
se perante a autoridade competente.
Ao se tornar servidor, o particular passa a ser titular de um cargo público, que é o conjunto
de responsabilidades e atribuições, definidas em lei, que o agora agente público terá na sua
carreira profissional.
Os cargos públicos, ainda que sejam, em sua maioria, providos para efetivo exercício, po-
dem também ser utilizados para provimento em comissão.
O provimento em comissão é utilizado pela administração pública para as funções de
direção, chefia e assessoramento, oportunidades em que as pessoas designadas poderão ou
não já ser integrantes do serviço público.

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
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A Lei n. 8.112/1990 apresenta, ainda, regras procedimentais sobre a forma como ocorrerá
a posse dos servidores públicos. Neste sentido é o teor dos artigos 13 e 14 da norma federal:

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribui-
ções, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para
o exercício do cargo.

A Lei n. 8.112/1990, em seu artigo 5º, relaciona os requisitos que devem obrigato-
riamente ser exigidos para que possa ocorrer a investidura em cargo público. Tais re-
quisitos devem ser comprovados no momento da posse, sendo inconstitucional norma

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que estabeleça outro momento para a sua exigência, tal como a inscrição ou a data da
realização das provas.
Nos termos da lei, são os seguintes os requisitos exigidos na data da posse: I – a naciona-
lidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos; III – a quitação com as obrigações militares
e eleitorais; IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima
de dezoito anos; VI – aptidão física e mental.
Frisa-se que a lista apresentada não é exaustiva, podendo ser exigidos, em virtude das
atribuições do cargo, outros requisitos estabelecidos em lei, tal como a comprovação de ex-
periência mínima no ramo de atividade e a aprovação em curso de formação.

Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/ASS ADM/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
A investidura em cargo público ocorre com a nomeação devidamente publicada em
diário oficial.

Errado.
De acordo com o artigo 7º da Lei n. 8.112/1990, “a investidura em cargo público ocorrerá com
a posse”.

1.4. Exercício
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais
da administração pública federal. E como forma do servidor conhecer o local da repartição
para onde foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e
demais procedimentos, a Lei n. 8.112/1990 faculta ao servidor o prazo de 15 dias, contados
da posse, para a entrada em exercício.
Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal,
teremos, ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma

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vez que, conforme anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular


passa a constar nos assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a
partir de então, servidor público.
Com a nomeação isso não ocorre, tratando-se esta, apenas, de uma forma de “chamar” o
candidato nomeado. Por isso mesmo, caso o particular não atenda ao chamado público, o ato
apenas será tornado sem efeito, acarretando, como consequência, a nomeação do candidato
classificado na posição subsequente.
Tais institutos podem ser mais bem visualizados, com os seus respectivos efeitos, por
meio do gráfico a seguir:

Constitui o exercício o efetivo desempenho do cargo público ou da função de confiança.


Nos termos da Lei n. 8.112/1990, compete à autoridade para onde foi nomeado o servidor
todas as instruções e orientações necessárias para que o servidor preste suas atividades
adequadamente.
É durante o exercício do servidor que todas os demais institutos se fazem presentes, de
forma que passa ele a contar com uma série de direitos e de obrigações, submetendo-se a
um período de estágio probatório e adquirindo, caso cumpra os requisitos previstos em lei, a
estabilidade.

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1.5. Estágio Probatório

A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de cargo
efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em con-
ta para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da eficiência, sendo
um dos momentos em que a administração pode verificar se o servidor atende às condições
por ela exigidas.
Tais condições, de acordo com a Lei n. 8.112/1990, são as seguintes: a) assiduidade; b)
disciplina; c) capacidade de iniciativa; d) produtividade; e) responsabilidade.
Ainda que o texto da Lei n. 8.112/1990 afirme que o período de estágio probatório é de 24
meses, deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional 19, ocorrida
em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos.
Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do período necessário
para a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por toda a doutrina majoritária é
de que o período de estágio probatório deve ser de 3 anos, sendo este o prazo utilizado, atu-
almente, no âmbito do serviço público federal.
Durante o estágio probatório, o servidor faz jus a uma grande quantidade de direitos, tais
como as licenças e os afastamentos. As exceções, como não poderia ser diferente, são muito
exigidas pelas bancas organizadoras. Para facilitar a assimilação, relaciona-se a seguir as
licenças e os afastamentos que podem ou não ser usufruídos pelos servidores públicos fede-
rais que se encontrem em estágio probatório.

Licenças e afastamentos passíveis de utilização no Licenças e afastamentos que não podem ser utiliza-
estágio probatório dos no estágio probatório
Licença por motivo de doença em pessoa da família. Licença para capacitação.
Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou Licença para tratar de interesses particulares.
companheiro.
Licença para o serviço militar. Licença para desempenho de mandato classista.
Licença para atividade política.
Afastamento para exercício de mandato eletivo.
Afastamento para estudo ou missão no exterior.
Afastamento para servir em organismo internacional
de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

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Uma forma bastante conhecida de memorizar as situações apresentadas é por meio das
licenças e afastamentos que não podem ser concedidas ao servidor, que, em conjunto, for-
mam o mnemônico “MA-TRA-CA”, ou seja, mandato classista, tratamento de interesses par-
ticulares e capacitação.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódica e de
acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão. Quatro meses antes
de findo o período do estágio, a avaliação de desempenho do servidor, que será realizada
por comissão constituída para esta finalidade, será submetida à homologação da autoridade
competente.
Tendo o servidor sido aprovado no estágio probatório, passa a adquirir a estabilidade, que,
ressalta-se, vale para todo o serviço público, e não apenas para o cargo público que o servidor
eventualmente ocupa.
Caso não seja aprovado, os efeitos, para o servidor, poderão ser dois:
• caso o servidor já seja estável, terá ele direito de ser reconduzido ao cargo anteriormen-
te ocupado. Nesta hipótese, caso o cargo anteriormente ocupado já esteja preenchido
por outra pessoa, o servidor inabilitado será aproveitado em outro, a critério da admi-
nistração;
• caso o servidor não seja estável, a inabilitação no estágio probatório acarreta a exone-
ração do cargo público, oportunidade em que o vínculo com o Poder Público é rompido.

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1.6. Estabilidade

A estabilidade constitui uma das principais garantias dos servidores públicos esta-
tutários. Por meio dela, objetiva-se proporcionar que o servidor desempenhe suas atri-
buições sem a coação das autoridades superiores, que, não fosse a estabilidade, pode-
riam condicionar determinados comportamentos dos servidores à exoneração do cargo
público.
Como anteriormente mencionado, a estabilidade ocorre no âmbito do serviço público, e
não do cargo em que o servidor se encontra investigo. Neste sentido, merece destaque o en-
tendimento de José dos Santos Carvalho Filho:

A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com o cargo. Emana daí que, se
o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando determinado cargo, não precisará de novo
estágio probatório no caso de permanecer em sua carreira, cujos patamares são alcançados nor-
malmente pelo sistema de promoções.

Não se trata a estabilidade, no entanto, de uma regra absoluta, uma vez que não existem
direitos e garantias com esta qualidade.
Caso assim o fosse, estaríamos diante de um sério risco de engessamento do serviço
público, com a possibilidade surreal de termos servidores praticando faltas graves contra a
administração sem a possibilidade de demissão.
Para que isso não ocorra, a Lei n. 8.112/1990 estabelece, em seu artigo 22, as hipóteses
em que o servidor público federal estável poderá perder o cargo:

O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de


processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Além delas, temos duas outras possibilidades extraídas do texto da Constituição Federal,
sendo elas o procedimento de avaliação periódica e a redução de despesas quando os entes
federativos não observarem o limite máximo de gastos com pessoal.

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1.7. Vacância

As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado. Tais situações podem ser de caráter definitivo, oportunidade
em que o agente estatal rompe o seu vínculo com o Poder Público, ou então tratar-se de hipó-
teses em que ocorre a simples troca dos cargos ocupados pelo servidor.
Vejamos, tal como feito com as situações de provimento, as hipóteses de vacância pre-
vistas no estatuto federal, que podem ser mais bem visualizadas por meio da tabela adiante:

A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas sim do
rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a administração pública federal. Tal
forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se de exo-
neração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exoneração
involuntária.
De acordo com a Lei n. 8.112/1990, apenas em duas situações teremos a exoneração
Exoneração involuntária (de ofício) do servidor público ocupante de cargo efetivo:
a) Quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) Quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabe-
lecido, que é de 15 dias.
Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que estes são de livre nomea-
ção e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a exoneração poderá
ocorrer, a qualquer tempo, à pedido do servidor (voluntária) ou de ofício, no interesse
da administração (involuntária).

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Ao contrário da exoneração, que é a saída não punitiva do servidor, as situações


que acarretam a demissão são hipóteses previstas em lei em que o servidor comete
alguma infração disciplinar ou não observa determinadas normas previstas no esta-
Demissão tuto funcional.
A depender da gravidade da conduta, conforme será visto oportunamente, a demissão
acarretará a impossibilidade de o servidor retornar ao serviço público dentro do prazo
de 5 anos ou até mesmo indefinidamente.

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Trata-se da forma de vacância natural, onde o servidor, após atender as condições


Aposentadoria previstas na Constituição Federal, rompe o seu vínculo com o Poder Público, passando
a receber proventos decorrentes da inatividade.

Com o falecimento, ocorre a vacância no cargo público, que será, após a publicação no
Falecimento
diário oficial, objeto de preenchimento por novo servidor público.

A posse em cargo inacumulável trata-se da hipótese de vacância em que o servidor


público deixa de ocupar um cargo público para ingressar, sem quebra de vínculo com
o Poder Público, em outro órgão ou entidade do mesmo ente federativo.
Como exemplo, podemos apresentar um particular que tenha sido aprovado para o
cargo de Técnico Judiciário de um tribunal do Poder Judiciário federal.
Posteriormente, o servidor é aprovado para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Fede-
ral do Brasil, cargo que, ainda que integrante do Poder Executivo, pertence à mesma
Posse em cargo
esfera federativa.
inacumulável
Nesta situação, como forma de não perder o tempo de serviço público prestado como
Técnico Judiciário, bem como utilizar os dias trabalhados na contagem de férias e
demais verbas acessórias, o servidor solicita vacância no órgão de origem com base
em posse em cargo inacumulável.
Caso, em sentido oposto, ele apenas tivesse solicitado exoneração, haveria a quebra
do vínculo com Poder Público, sujeitando-se o servidor às eventuais regras instituídas
antes da sua investidura no novo cargo.

Como vimos nas hipóteses de provimento, com a promoção o servidor é alçado a uma
nova classe na carreira, de forma que o cargo anteriormente ocupado fica vago.
Promoção
Por isso mesmo, esta é uma das hipóteses em que ocorre, simultaneamente, um pro-
vimento e uma vacância.

Da mesma forma como ocorre com a promoção, a readaptação é uma forma tanto de
provimento quanto de vacância.
Vejamos: Se o servidor sofreu uma limitação (física ou mental) e tem que ser aprovei-
tado em um cargo compatível com a limitação sofrida, é certo que o cargo anterior-
Readaptação
mente ocupado pelo servidor ficará vago.
Dessa forma, a administração coloca o servidor em um cargo compatível com a limita-
ção sofrida (provimento), ao passo que o cargo anteriormente ocupado fica vago para
ser ocupado por outra pessoa (vacância).

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Das hipóteses apresentadas pela Lei n. 8.112/1990 como situações de vacância, duas
delas constituem, da mesma forma, hipóteses de provimento, sendo elas a readaptação
e a promoção.

2. Remoção, Redistribuição e Substituição

2.1. Remoção
A remoção pode ser entendida como o “deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede”, conforme determina o artigo 36
da Lei n. 8.112/1990.
Do conceito legal, nota-se que a remoção (que não é uma forma de provimento em cargo
público), pode ocorrer tanto por iniciativa do servidor quanto por iniciativa do Poder Público.
Neste mesmo sentido, poderá a remoção dar-se com ou sem a mudança da sede onde o ser-
vidor desempenha suas atribuições.
Na remoção de ofício, é o interesse da administração que é levado em conta, sem margem
de opção para a análise da vontade do servidor.
Na remoção a pedido, em sentido oposto, é a vontade do servidor que é levada em conta,
tratando-se de um ato, via de regra, discricionário do Poder Público. Por isso mesmo, a admi-
nistração deve levar em conta a conveniência e a oportunidade para deferir ou não o pedido
de remoção.

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Em determinadas situações, no entanto, teremos a remoção por iniciativa do servidor sem


que possa a administração analisar o mérito da questão, tratando-se, por isso mesmo, de um
ato vinculado e que deve, obrigatoriamente, ser deferido pelo Poder Público.
Três são as situações, de acordo com a Lei n. 8.112/1990 (art. 36, III), que ensejam o de-
ferimento da remoção independente da vontade da administração:
• para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que
foi deslocado no interesse da Administração;
• por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial;
• em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interes-
sados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo
órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

Da análise das hipóteses de remoção, verifica-se que quando a administração, de ofício,


resolve remover o servidor, o que está sendo levado em conta é apenas a vontade do próprio
poder estatal, independentemente do servidor concordar ou não com tal procedimento.
Já na remoção a pedido, temos duas possibilidades: o pedido ter sido formulado pelo
servidor e haver a possibilidade da administração aceitar ou não tal situação, com base no
interesse desta, e a situação em que o pedido de remoção ocorre por parte do servidor, não
restando alternativa para a administração pública que não seja o seu deferimento.
Nesta última hipótese, ou seja, quando a administração se encontra vinculada ao pedido
do servidor público, princípios basilares como a saúde e a manutenção do núcleo familiar são
levados em conta.

Exemplo: na hipótese da remoção para acompanhar cônjuge, também servidor, que tenha
sido removido no interesse da administração, objetiva-se assegurar a manutenção do núcleo
familiar, evitando-se que uma remoção de iniciativa do Poder Público torne inviável a relação
até então existente.

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De acordo com o entendimento do STF, não é necessário, no âmbito da remoção para


acompanhar cônjuge ou companheiro, que ambos sejam regidos pelas disposições da Lei n.
8.112/1990, mas sim apenas um dos cônjuges, conforme se observa, por exemplo, do teor do
Mandado de Segurança 23.058:

Havendo a transferência, de ofício, do cônjuge da impetrante, empregado da Caixa Eco-


nômica Federal, para a cidade de Fortaleza/CE, tem ela, servidora ocupante de cargo no
Tribunal de Contas da União, direito líquido e certo de também ser removida, indepen-
dentemente da existência de vagas.

No caso, estávamos diante de uma funcionária da Caixa Econômica Federal (empresa pú-
blica) que fora removida de ofício. Ainda que tal funcionária não seja regida pelas disposições
da Lei n. 8.112/1990, mas sim pelas regras previstas na CLT, o seu cônjuge, que é servidor do
TCU (regido pelo estatuto federal) tem direito à remoção de ofício.
Tal hipótese de remoção, no entanto, não deve ser confundida com as hipóteses em
que um dos cônjuges ou companheiros é aprovado em concurso público para outro órgão
ou entidade.
Nestes casos, como a quebra do vínculo familiar não se deu em função de uma ação do
Poder Público, mas sim como decorrência da vontade de um dos membros do casal, não há
que se falar em direito à remoção para acompanhar cônjuge, conforme entendimento do STJ
(REsp 616.831):

Hipótese em que não há falar em deslocamento do servidor público no interesse da


Administração, uma vez que se trata de primeiro provimento de cargo e o servidor tinha
conhecimento de que seu exercício seria, necessariamente, no Estado do Rio de Janeiro,
tendo em vista a natureza estadual do órgão para o qual foi nomeado. Inexiste, portanto,
direito líquido e certo da recorrente à remoção.

Por fim, ainda no âmbito da remoção para acompanhar cônjuge, o STJ possui entendi-
mento de que não há direito à remoção quando o casal não morava, inicialmente, na mes-
ma localidade. Neste sentido, destaca-se a pedagógica decisão proferida no âmbito do REsp
1.209.391:

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Servidor público federal lotado no interior do Estado da Paraíba requereu a sua remoção
para a capital do estado ou, alternativamente, a lotação provisória em qualquer outro
órgão da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional para acompanhar
a esposa, servidora pública federal, removida de ofício de Campina Grande para João
Pessoa. Apesar de a esposa do autor ter sido removida de ofício, o apelante não faz jus
à remoção para a sede do TRE/PB, visto que o casal não residia na mesma localidade
antes da remoção da esposa. Portanto, o Estado não se omitiu do seu dever de prote-
ger a unidade familiar, que ocorre quando há o afastamento do convívio familiar direto e
diário de um dos seus integrantes.

Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STM/JUDICIÁRIA/”SEM ESPECIALIDADE”/2018) Acerca


das regras aplicáveis aos servidores públicos do Poder Judiciário, e considerando o que dis-
põe a Lei n.º 8.112/1990 e a Lei n.º 11.416/2006, julgue o item a seguir.
A legislação que dispõe sobre o regime estatutário prevê a possibilidade de o servidor públi-
co, em determinadas hipóteses, pedir remoção para outra localidade, independentemente do
interesse da administração pública.

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Certo.
Assim como informa a questão, o texto da Lei n. 8.112/1990 elenca três situações em que o
servidor público federal poderá pedir remoção para outra localidade independente do interes-
se da Administração Pública.

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro,
com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção
III – a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no in-
teresse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas
e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for
superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em
que aqueles estejam lotados.

2.2. Redistribuição
A redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, esteja ou não ele ocu-
pado, e desde que tal deslocamento ocorra para outro órgão ou entidade, mas sempre no
âmbito do mesmo Poder.

Exemplo: determinado servidor foi aprovado em um concurso público da esfera federal, sendo
lotado em uma repartição onde o número de servidores que ocupavam o mesmo quadro que
ele totalizava 15 pessoas.
Neste órgão, as lotações são definidas com base no total de atendimentos realizados por
semestre. Assim, se a sua repartição não tiver atendido, no semestre atual, um número supe-
rior de pessoas que no semestre anterior, perderá alguns dos cargos da lotação padrão.

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Nesta hipótese, teremos a redistribuição de cargos, fazendo com que certo número de
cargos pertencentes à repartição do servidor seja redistribuído para outra repartição,
integrante do mesmo Poder, que tenha realizado um maior número de atendimentos no
semestre.

Para que a redistribuição seja feita, faz-se necessário, ainda, que alguns requisitos sejam
atendidos, sendo eles:
• interesse da administração;
• equivalência de vencimentos;
• manutenção da essência das atribuições do cargo;
• vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
• mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
• compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão
ou entidade.

A redistribuição também poderá ocorrer com a finalidade de ajuste de lotação ou nos


casos de reorganização e extinção do órgão ou entidade. Tratando-se de cargos efetivos
que se encontrem vagos, a realização da redistribuição deverá ser realizada em conjunto
entre o SIPEC (Sistema de pessoal civil da administração pública) e os órgãos ou entida-
des envolvidas.
Caso, no entanto, ocorra a extinção de um órgão ou entidade e os servidores não sejam
redistribuídos, deverão os mesmos ser mantidos em disponibilidade. Caso não sejam colo-
cados em disponibilidade, deverão ser mantidos sob responsabilidade do SIPEC até o seu
adequado aproveitamento.

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Tanto nas situações de remoção quanto de redistribuição, quando ocorrer a mudança de


Município onde o servidor passe a desempenhar as suas atribuições, deverá ser a ele assegu-
rado um prazo de trânsito para a entrada em exercício, que, nos termos da Lei n. 8.112/1990,
será de no mínimo 10 dias e de no máximo 30 dias.
Os institutos da remoção e da redistribuição podem ser diferenciados por meio da seguin-
te tabela:

Remoção Redistribuição
Não se trata de uma forma de provimento. Não se trata de uma forma de provimento.
Não altera o contingente funcional. Não altera o contingente funcional.
Trata-se do deslocamento de servidor. Trata-se do deslocamento de cargo.
Destina-se a assegurar a preservação de valores Trata-se de uma forma de organização da adminis-
como a saúde do servidor e o núcleo familiar. tração pública.
Quando ocorrer a mudança de Município, deve ser Quando ocorrer a mudança de Município, deve ser
conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada
em exercício. em exercício.

2.3. Substituição

A substituição trata-se de instituto decorrente do princípio da continuidade dos serviços


públicos. Com ela, objetiva-se que o serviço não seja interrompido em razão da ausência do
titular da função. Caso assim não fosse, a coletividade usuária do serviço prestado é que seria
prejudicada pela sua interrupção.
Todos os órgãos ou entidades possuem cargos de chefia e funções de direção, sendo que
os servidores que ocupam tais funções, além de receber um adicional pelo exercício desem-
penhado, exercem atividades que exigem um maior nível de responsabilidade.
Assim, quando os titulares desses cargos se ausentam (como, por exemplo, nas férias,
licenças ou afastamentos admitidos pela Lei n. 8.112/1990), o substituto, que deve ser ante-
riormente designado, assume cumulativamente, ou seja, sem prejuízo do cargo que ocupa, o
exercício temporário das atribuições do titular.
Como contrapartida, recebe um adicional durante o período em que durar a substituição.

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As regras acerca da substituição estão expressas nos §§ 1º e 2º do artigo 38 da Lei n.


8.112/1990, que assim dispõe:

Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de


Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, pre-
viamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.
O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercí-
cio do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedi-
mentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar
pela remuneração de um deles durante o respectivo período.
O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de car-
go de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superio-
res a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem
o referido período.

Da análise dos dispositivos mencionados, percebe-se que o servidor, quando substituir


o titular, pode, quando o período não exceder a 30 dias, optar pela remuneração que deseja
receber, se aquela do cargo em que originalmente atua ou a do servidor substituído.
Após o prazo de 30 dias, e tendo continuado a substituição, o servidor substituto passa a
receber a remuneração do titular da função, sem a possibilidade de optar por uma das duas
remunerações.

3. Direitos e Vantagens
Os servidores regidos pela Lei n. 8.112/1990 possuem uma série de prerrogativas
para as mais diversas situações que podem ocorrem na sua vida profissional. Basicamente,
são as seguintes as classes de direitos e vantagens que o servidor público civil federal
poderá ter direito:
• vencimento e remuneração;
• indenizações;
• gratificações e adicionais;
• férias;
• licenças;
• concessões;
• direito de petição.

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3.1. Vencimento e Remuneração


O vencimento e a remuneração são, sem dúvida alguma, duas das mais importantes van-
tagens concedidas aos servidores.
E como estamos no âmbito da administração pública, em plena consonância com o prin-
cípio da legalidade, é a própria Lei n. 8.112/1990 que estipula as diversas regras referentes ao
assunto, dentre as quais se destaca a que determina que “é proibida a prestação de serviços
gratuitos, salvo nos casos estipulados em lei” (art. 4º).
Devemos guardar a diferenciação existente entre vencimento e remuneração.
Vencimento é um conceito mais restrito, tratando-se da retribuição pecuniária pelo exer-
cício do cargo público.
Remuneração, por outro lato, apresenta um conceito mais amplo, compreendendo os ven-
cimentos e as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

De acordo com o artigo 41, § 5º, da Lei n. 8.112/1990, temos a previsão de que “nenhum
servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo”.
No entanto, a Súmula Vinculante n. 6 do STF criou uma exceção à regra geral ao estabe-
lecer que:

Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as


praças prestadoras de serviço militar inicial.

Os praças militares são os indivíduos recém-incorporados ao serviço militar. Ainda que


não sejam abrangidos pela Lei n. 8.112/1990, trata-se de importante entendimento do STF
que já foi cobrado diversas vezes em provas de concurso.
Frisa-se que o vencimento do servidor público federal pode perfeitamente ser inferior ao
salário mínimo. Como mencionado, o que não pode ser inferior ao salário é a remuneração,
conceito que abrange o vencimento e as vantagens de caráter permanente.

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Outra importante garantia assegurada às verbas recebidas pelos servidores é a que es-
tabelece a impossibilidade de termos, em regra, o arresto, o sequestro e a penhora do ven-
cimento, da remuneração e dos proventos recebidos pelos servidores públicos federais. Tais
institutos, oriundos do Direito Civil, apenas poderão ser utilizados nas hipóteses de prestação
de alimentos, e ainda assim quando decorrerem de decisão judicial.
Neste sentido é o teor do artigo 48 da Lei n. 8.112/1990:

O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, ex-
ceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

Como vimos, as parcelas recebidas pelo servidor, de caráter pecuniário, objetivam conferir
a este uma retribuição pelos serviços prestados ao Estado. Tal remuneração, entretanto, não
poderá exceder aos valores recebidos pelos detentores de Poder, em plena consonância com
a disposição constitucional que estabelece a obrigatoriedade de observância, por toda a ad-
ministração pública, do teto remuneratório.
Assim, estabelece o artigo 42 do estatuto federal a seguinte regra geral:

Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior


à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos
respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros
do Supremo Tribunal Federal.

Inicialmente, deve-se observar que o teto remuneratório estabelecido pela Lei n. 8.112/1990
não é o mesmo daquele estabelecido pela Constituição Federal. Da mesma forma, ainda que
os tetos sejam diferentes, o limite da Lei n. 8.112/1990 não é inconstitucional, haja vista que
apresenta uma regra mais restrita do que a estabelecida pela constituição.
É correto afirmar, com isso, que temos três limites remuneratórios a serem observados
pelos servidores regidos pela Lei n. 8.112/1990, sendo que cada um deles toma como base
um cargo de cada um dos Poderes da República.
O motivo para tal é que as disposições da mencionada norma se aplicam, indistintamen-
te, a todo o funcionalismo público civil federal, independente de estarmos diante de carreiras
pertencentes ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo ou ao Poder Judiciário.

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Desta forma, caso o servidor ocupe um cargo público pertencente à estrutura do Poder
Executivo, não poderá receber, a título de remuneração, importância superior aos subsídios
recebidos pelos respectivos Ministros de Estado. Caso ocupe um cargo do Poder Legislativo,
o limite remuneratório será o subsídio recebido pelos membros do Congresso Nacional (De-
putados e Senadores). Caso pertença à estrutura do Poder Judiciário, o limite utilizado como
teto será o subsídio dos Ministros do STF.

3.2. Indenizações
Duas são as principais peculiaridades das parcelas de caráter indenizatório:
• A não incidência de imposto de renda e de contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos, de forma que o total líquido recebido a título de indenização é idêntico ao
valor estabelecido em lei ou regulamento;
• O fato destas verbas não se incorporarem ao vencimento ou ao provento do servidor,
sendo que o recebimento é cessado tão logo as causas que ensejaram o recebimento
desapareçam.

Tal característica é um diferencial em relação às verbas remuneratórias, tais como os


adicionais e as gratificações, que, nos casos e condições previstos em lei, incorporam-se ao
vencimento e ao provento.
Neste sentido é o teor do artigo 49 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I – indenizações;

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II – gratificações;
III – adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e con-
dições indicados em lei.

Quatro são as indenizações expressamente previstas no estatuto federal, sendo elas a


ajuda de custo, as diárias, o transporte e o auxílio-moradia.

3.2.1. Ajuda de Custo

Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é ressarcir as


despesas de instalação do servidor que, por interesse da administração, passou a ter exercí-
cio em nova sede.
E aqui temos uma grande novidade, incluída pela Lei 12.998, de 2014, que alterou o texto
da Lei 8112. De acordo com a nova redação, mais precisamente no § 3º do artigo 53, temos a
seguinte disposição:

Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos II e III do pa-
rágrafo único do art. 36.

Ambas as possibilidades são casos de remoção a pedido do servidor público federal, con-
solidando o entendimento de que a ajuda de custo, no âmbito da remoção, apenas será devida
quando ocorrer de ofício, no interesse da administração.
A ajuda de custo é calculada com base na remuneração do servidor, não podendo exceder
a importância correspondente a três meses de remuneração.
Caso o servidor tenha sido eleito para um cargo eletivo e, com o término do mandato, re-
torne para o cargo público anteriormente ocupado, não terá direito ao recebimento de ajuda
de custo, uma vez que o retorno decorreu exclusivamente da vontade do agente, e não por
interesse do Poder Público.
Situação oposta ocorre com o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão,
que, ainda que não integre a carreira da administração pública antes da sua nomeação, passa,
com a realização do ato, a exercer uma função pública.

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Em tal situação, não há como negar que houve um “convite” por parte do Poder Público
para que o particular passasse a exercer o cargo em comissão, manifestação esta da vontade
da administração e ensejadora do direito ao recebimento da ajuda de custo.
Caso o servidor receba a ajuda de custo e não se apresente na nova sede no prazo de 30
dias, deverá devolver a quantia anteriormente recebida.
Estabelece a Lei n. 8.112/1990, ainda, que “à família do servidor que falecer na nova sede
são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de
1 (um) ano, contado do óbito”(art. 53,§2º).

3.2.2. Diárias

As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servidor que se


ausentar da sua sede em caráter transitório ou eventual. Nota-se, de imediato, que a principal
distinção entre a ajuda de custo e as diárias trata-se do caráter de eventualidade no exercício
da atividade desta última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de ajuda de custo
são aquelas em que o servidor passa a ter exercício em outra sede, com caráter de
definitividade.
Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da atribuição
ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual ou transitória. Termina-
da a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição pública.

A Lei n. 8.112/1990 estipula as seguintes regras para as diárias (art. 58 e 59):

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro
ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar

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as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme


dispuser em regulamento.
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o desloca-
mento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas
extraordinárias cobertas por diárias
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o ser-
vidor não fará jus a diárias.
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropo-
litana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmen-
te instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição
e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se
houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os
afastamentos dentro do território nacional.
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado
a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para
o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

3.3.3. Transporte

A concessão de transporte tem como objetivo ressarcir as despesas que o servidor teve,
no desempenho de suas atividades, com a utilização de meio próprio de locomoção. Nos
termos do estatuto federal, apenas um artigo faz menção a tal parcela indenizatória (art. 60):

Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de


meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições pró-
prias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

Exemplo: os Oficiais de Justiça possuem, dentre as suas atribuições, a de realizar dili-


gências externas com a finalidade de dar cumprimento aos mandados judiciais, deven-
do, para tal, dirigir-se, com veículo próprio de locomoção, aos diversos Municípios que
compõem a sua jurisdição.
Como utilizam meio próprio de locomoção, recebem, como contrapartida, uma parcela
de caráter indenizatório destinada a custear as despesas incorridas para a prestação da
atividade.

3.2.4. Auxílio-Moradia

O auxílio-moradia possui como objetivo ressarcir as despesas que os servidores tiveram


com o aluguel de moradia ou outro meio de hospedagem, devidamente comprovadas, e desde
que sejam atendidos diversos requisitos estabelecidos em lei.

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De acordo com o artigo 60-B da Lei n. 8.112/1990, temos os seguintes requisitos a serem
atendidos para que o servidor público federal faça jus ao recebimento de auxílio-moradia:

I – não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;


II – o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;
III – o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promiten-
te comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua nomeação;
IV – nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;
V – o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função
de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;
VI – o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre
nas hipóteses do art. 58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor;
VII – o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze me-
ses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo
inferior a sessenta dias dentro desse período; e
VIII – o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo.
IX – o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.

Da análise do dispositivo, consegue-se identificar que o valor do auxílio-moradia jamais


poderá ultrapassar 25% da remuneração do cargo em comissão ou da função de confiança.
Tal valor, da mesma forma, não poderá ultrapassar o percentual de 25% da remuneração re-
cebida pelos Ministros de Estado.
No entanto, independente do cargo em comissão ou função de confiança ocupada pelo
servidor, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos legais o ressarcimento até
o valor de R$ 1.800,00.

Questão 5 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
O auxílio-moradia poderá ser concedido a servidor público que resida com outra pessoa que
receba o mesmo benefício.

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Errado.
Uma das condições para o recebimento do auxílio-moradia é que nenhuma pessoa que resida
com o servidor esteja recebendo a mencionada indenização.

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:


IV – nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;

3.3. Gratificações e Adicionais


Além do vencimento e das vantagens previstas no estatuto federal, poderão ser deferidos
aos servidores regidos por tal norma as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
• retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;
• gratificação natalina;
• adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
• adicional pela prestação de serviço extraordinário;
• adicional noturno;
• adicional de férias;
• outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho;
• gratificação por encargo de curso ou concurso.

3.3.1. Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento

Os servidores que exercem as funções de direção, de chefia ou de assessoramento fazem


jus a um adicional pago com base na complexidade da atribuição desempenhada.

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Salienta-se, contudo, que o servidor que exerce tais funções pode ser livremente dis-
pensado pela autoridade competência, não havendo obrigação de motivação para a prá-
tica do ato.
Nestas hipóteses, caso estejamos diante de um servidor de carreira, este voltará a desem-
penhar as atividades relativas ao seu cargo. Caso o ocupante do cargo em comissão não seja
servidor público, a dispensa da função de confiança fará com que o seu vínculo com o Poder
Público seja cessado.

3.3.2. Gratificação Natalina

Trata-se a gratificação natalina do popularmente conhecido “13º salário”. Desta for-


ma, a cada mês de efetivo exercício o servidor público federal adquire o direito a 1/12 do
respectivo adicional, que deverá ser pago, obrigatoriamente, até o dia 20 de dezembro de
cada ano.
Importante constar que a fração igual ou superior a 15 dias será computada como mês de
efetivo exercício, bem como que, em caso de exoneração do servidor antes da data de paga-
mento da gratificação, terá ele direito ao recebimento proporcional, que será calculada com
base nos meses de efetivo exercício.

Exemplo: Antônio, após aprovação em concurso público, entrou em exercício no dia 12 de


abril de 2014. No dia 14 de novembro do mesmo ano, por motivos particulares, solicitou a
exoneração do cargo público.
Neste caso, além das demais verbas devidas, terá Antônio direito ao recebimento proporcio-
nal da gratificação natalina. Para tal, devemos levar em conta os meses de efetivo exercício
em que Antônio trabalhou.
– O mês de abril é considerado mês integral, uma vez que Antônio trabalhou 19 dias (de 12/04
a 30/04).
– Os meses de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro também são computados como
de efetivo exercício.
– O mês de novembro, no entanto, não será computado, uma vez que Antônio trabalhou
apenas 14 dias do período em questão.

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Logo, o período que deverá ser levado em consideração, para efeitos de pagamento da grati-
ficação natalina, é o de 7 meses.

3.3.3. Adicional pelo Exercício de Atividades Insalubres, Perigosas ou Penosas

A periculosidade está relacionada com atividades que coloquem o servidor em situações


de risco de morte.
A insalubridade está relacionada com condições do ambiente de trabalho, que, ainda que
não causem um risco imediato, vão prejudicando, aos poucos, a saúde do servidor, tal como
a falta de iluminação adequada ou o contato com substâncias tóxicas.
A penosidade se relaciona com os servidores que estejam em exercício em zonas de fron-
teira ou outras localidades com baixa qualidade de vida.
Em todas estas situações, será devido aos servidores um adicional, que será pago con-
forme as disposições estabelecidas em regulamento do órgão público. Caso o servidor se
enquadre em uma das situações que enseje o pagamento, simultaneamente, do adicional de
periculosidade e de insalubridade, deverá optar pelo recebimento de um deles.
As servidoras gestantes ou lactantes deverão, obrigatoriamente, ser afastadas das
atividades exercidas em locais penosos, insalubres ou perigosos durante o período da
respectiva gestação ou lactação. Deve a administração, nestas situações, proporcionar
que o trabalho da servidora seja feito em um ambiente salubre e livre dos riscos de pe-
riculosidade e penosidade.
Importante questão refere-se aos servidores públicos que exercem as atividades de ope-
ração com raio x ou substâncias radioativas. Nestes casos, o Poder Público possui duas
obrigações:
• manter controle permanente dos locais de trabalho, monitorando para que as doses de
radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo legalmente permitido;
• submeter os servidores, a cada período de 6 meses de atividades, a exames médicos.

3.3.4. Adicional pela Prestação de Serviço Extraordinário

São as populares “horas extras”, cuja remuneração, em caso de exercício, é acrescida de


um adicional de 50% sobre o valor da hora normal de serviço.

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Nos termos da Lei 8112, só é admitido o exercício de, no máximo, 2 horas extras por jor-
nada de trabalho.

3.3.5. Adicional Noturno

Os servidores que trabalharem no período compreendido entre as 22 horas de um dia até


as 5 horas do dia seguinte terão direito ao recebimento do adicional noturno, que será calcu-
lado sobre o valor da hora normal de trabalho.
Estabelece a Lei n. 8.112/1990 que o percentual do adicional noturno será de 25% sobre o
valor normal da hora trabalhada.
Além disso, o tempo que será computado como hora de efetivo exercício, quando o ser-
vidor estiver no período noturno, será de 52 minutos e 30 segundos. Neste mesmo sentido,
em caso de recebimento cumulativo dos adicionais noturno e de serviços extraordinários, o
percentual do adicional noturno apenas incidirá após a aplicação do percentual relativo às
horas extras.

Exemplo: Rodrigo trabalha em um órgão público federal, sendo que a sua jornada normal de
trabalho é das 15 às 22 horas, ou seja, sem o direito à adicional noturno.
Por motivos de força maior, Rodrigo teve que trabalhar, durante alguns dias, no período das 15
às 23, dando ensejo ao recebimento tanto de horas extras quanto do adicional noturno.
Neste caso, deve a administração aplicar, inicialmente, o percentual de 50%, a título de horas
extras, sobre o valor da hora trabalhada que exceder à jornada de trabalho.
Após a aplicação do referido percentual, procede-se à aplicação do adicional noturno, que,
desta forma, incide sobre o valor da hora normal de trabalho já acrescida do percentual das
horas extraordinárias.

3.3.6. Adicional de Férias

O adicional de férias decorre de uma previsão constitucional, podendo ser entendido como
um percentual que será aplicado sobre a remuneração do servidor público sempre que este
desejar gozar das suas férias.

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Tal percentual, de acordo com as disposições da Lei n. 8.112/1990, é de 1/3 sobre o total
da remuneração devida ao servidor. Caso o servidor exerça função de confiança ou cargo em
comissão, o valor recebido pelo exercício das funções de direção, chefia ou assessoramento
será levado em conta para efeitos de cálculo do adicional.

3.3.7. Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso

A gratificação por encargo de curso ou concurso trata-se da última das gratificações ins-
tituídas para os servidores públicos federais.
Por meio dela, os servidores que se envolverem com atividades relacionadas com o inte-
resse público farão jus a uma gratificação, que incidirá, a depender da atividade, na proporção
de 1,2% ou 2,2% sobre o maior vencimento básico da administração pública federal.

Os percentuais serão calculados com base nas horas despendidas pelo servidor para o
desempenho das atividades, não podendo, como regra, exceder ao número de 120 horas por
ano. Em casos excepcionais, a autoridade máxima do órgão ou entidade poderá autorizar o
exercício de mais 120 horas.

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3.4. Férias

O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos servidores pú-
blicos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa privada.
Decorre o direito de férias, desta forma, de uma previsão constitucional, conforme estabe-
lece o artigo 7º, XVII, da Constituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

Tratam-se as férias de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os
trabalhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos os
entes federados.
Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do gozo de suas férias, um adicio-
nal de 1/3 sobre o total da remuneração.
As férias dos servidores públicos, no entanto, apresentam algumas peculiaridades
com relação ao direito conferido aos demais trabalhadores. Assim, as férias dos servi-
dores podem ser parceladas em até 3 etapas, desde que requeridas pelo servidor e no
interesse da administração.
Caso ocorra o parcelamento, os valores relativos às férias serão creditados quando da
utilização da primeira etapa, devendo ser observada a antecedência mínima de 2 dias.
Por se tratar de direito social garantido constitucionalmente aos servidores públicos, a
regra é a de que as férias não podem ser interrompidas.
Os poucos casos em que é possível a interrupção são situações de extrema importância para
a continuidade do serviço público, conforme estabelece a Lei n. 8.112/1990 em seu artigo 80.

As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna,
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela
autoridade máxima do órgão ou entidade.

Ocorrendo a interrupção, o restante do período deve ser gozado de uma só vez (parágrafo
único do art. 80).

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
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No âmbito do serviço público, tal como ocorre para as demais classes de trabalhadores,
é exigido um tempo mínimo de 12 meses de exercício para que o servidor adquira o direito ao
primeiro período de férias. Os demais períodos, no entanto, serão contados por exercício, não
havendo a necessidade de ser completado um ano de trabalho para a sua fruição.

Exemplo: Clarissa entrou em exercício no serviço público federal em 29/10/2014. Para


que ela tenha direito ao gozo de férias, deve completar o período de 1 ano de efetivo exer-
cício, período este que termina em 28/10/2015. Nesta data, Clarissa passa a ter direito
de usufruir de suas férias.
Para os demais períodos, no entanto, não há necessidade da observância de 1 ano de efetivo
exercício. Nesta situação, Clarissa poderia, perfeitamente, requerer suas férias para o início
do ano de 2016, uma vez que já estaríamos em um novo exercício.

Outro ponto bastante importante é sobre as férias dos servidores que operam constante-
mente com raio x ou outras substâncias radioativas. Para estes, há a expressa determinação
de que deverão gozar do período de 20 dias de férias a cada semestre de atividade profissio-
nal, sendo vedada a sua acumulação.

3.5. Licenças
Estabelece a Lei n. 8.112/1990 doze diferentes tipos de licenças passíveis de utilização
pelo servidor público federal, sendo elas:
• Licença por motivo de doença em pessoa da família;
• Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
• Licença para o serviço militar;
• Licença para atividade política;
• Licença para capacitação;
• Licença para tratar de interesses particulares;
• Licença para desempenho de mandato classista;
• Licença para tratamento de saúde;
• Licença à gestante, à adotante e paternidade;
• Licença por acidente em serviço.

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Ressalta-se que a licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma es-
pécie será considerada como prorrogação, conforme previsão do artigo 82.

3.5.1. Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Trata-se de licença para aqueles servidores que tiverem que auxiliar algum de seus fami-
liares nos casos de doença, desde que tal atividade não seja possível de ser executada con-
comitantemente com as atividades da repartição.
Estabelece o artigo 83, §2º, do estatuto federal, o prazo máximo que tal licença poderá ser
concedida, com ou sem remuneração:

A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de
doze meses nas seguintes condições:
I – por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;
II – por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

3.5.2. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou Companheiro

Trata-se de licença de caráter discricionário, ou seja, que pode ou não ser concedida pela
administração pública. O fundamento para a sua concessão está no deslocamento de cônju-
ge ou companheiro para outro ponto do território nacional.
Nestas situações, a licença, se concedida, será por prazo indeterminado e sem
remuneração.
No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor públi-
co, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal
direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o
seu cargo (art. 84, §2º).

3.5.3. Licença para o Serviço Militar

A informação imprescindível sobre tal licença é que, uma vez concedida, terá o servidor,
após concluir a obrigação, um prazo de 30 dias, sem remuneração, para reassumir o exercício
do cargo público.

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A licença para o serviço militar terá todas as suas condições estabelecidas em legislação
específica.

3.5.4. Licença para Atividade Política

Com a finalidade de não influenciar no pleito democrático, o servidor que estiver con-
correndo a algum cargo eletivo terá direito a esta licença, sem remuneração, a partir da sua
escolha em convenção partidária e até a véspera do registro da candidatura.
Com o registro, o servidor passa a ter direito, novamente, à licença, que irá durar do regis-
tro da candidatura até 10 dias após as eleições. Nesta hipótese, o servidor receberá a remu-
neração do cargo em que atua pelo prazo de 3 meses.

3.5.5. Licença para Capacitação

A cada 5 anos de efetivo exercício, o servidor poderá, com anuência da administração,


licenciar-se para participar de cursos e outras ações de treinamento, com remuneração, pelo
período de até 3 meses.
Tais períodos não são acumuláveis, sendo impossível, por exemplo, que o servidor, após
10 anos de exercício, queira licenciar-se pelo prazo de 6 meses consecutivos.

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3.5.6. Licença para Tratar de Interesses Particulares

A critério da administração (não é ato administrativo vinculado, mas mera discriciona-


riedade), poderá ser concedida licença ao servidor, desde que este não esteja em estágio
probatório, pelo prazo de até 3 anos consecutivos, sem remuneração, para tratar de assuntos
particulares.
Uma vez concedida, a licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do ser-
vidor ou de ofício, no interesse do Poder Público.

3.5.7. Licença para Desempenho de Mandato Classista

Os servidores públicos, tal como diversas categorias da iniciativa privada, possuem sin-
dicatos que lutam em prol dos interesses de todos os filiados e da categoria como um todo.
Dessa forma, os servidores podem ser eleitos como representantes sindicais, possuindo
mandato por prazo certo, nas seguintes condições:
• Entidades com até 5 mil associados: 2 servidores;
• Entidades com 5001 a 30 mil associados: 4 servidores;
• Entidades com mais de 30 mil servidores: 8 servidores;

Salienta-se que somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de
direção ou de representação nas referidas entidades, bem como que o prazo de duração da
licença será o mesmo de duração do mandato, podendo ser renovado em caso de reeleição.

3.5.8. Licença para Tratamento de Saúde

Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com
base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Como regra, a licença para tratamento de saúde apenas poderá ser concedida mediante
inspeção realizada por perícia médica oficial. Quando a licença exceder o prazo de 120 dias
no período de 12 meses, deverá ser analisada por uma junta médica oficial.
Em caráter de exceção, a licença concedida por prazo inferior a 15 dias, dentro do prazo
de 1 ano, poderá ser dispensada da perícia oficial, desde que haja previsão neste sentido em
regulamento editado pelo Poder Público.

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3.5.9. Licença à Gestante, à Adotante e Paternidade

A licença à gestante e a licença paternidade trata-se de direitos sociais estendidos aos


servidores públicos.
Regulamentando o tema, a Lei n. 8.112/1990 estabelece, em seu artigo 211, que “será
concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem preju-
ízo da remuneração”.
Tal licença poderá ser usufruída a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, po-
dendo ser antecipada por prescrição médica. Caso ocorra o nascimento prematuro, a licença
inicia-se, imediatamente, a partir da data do parto. Por fim, em caso de natimorto, o prazo da
licença será de 30 dias, após o qual a servidora será submetida a exame médico para verificar
a sua condição. Sendo declarada apta, retornará ao serviço público.
No caso de adoção ou de guarda judicial, a servidora terá direito à licença à adotante.
De acordo com o texto da Lei n. 8.112/1990, o prazo de utilização da mencionada licença
tomaria como base a idade da criança adotada, da seguinte forma:
• caso a criança adotada tenha até 1 ano de idade, o prazo da licença será de 90 dias;
• caso a criança tenha mais de 1 ano de idade, o prazo da licença será de 30 dias;

Muito se contestava, contudo, com relação à diferença de prazo entre a licença à servidora
gestante (de 120 dias) e a licença à adotante (de 30 ou 90 dias).

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Quando a questão chegou ao STF, o tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário


(RE) 778889, de 2016, decidiu que “a legislação não pode prever prazos diferenciados para
concessão de licença-maternidade para servidoras públicas gestantes e adotantes”.

DICA!
Assim, o texto da Lei n. 8.112/1990 encontra-se, no que se
refere à licença à adotante, tacitamente revogado, sendo que
dois entendimentos devem ser levados para a prova:
a) O prazo das licenças à gestante e adotante deve ser o mesmo;
b) Como o prazo atual de licença à gestante é de 120 dias, este
é o prazo que as servidoras adotantes têm direito para fins de
licença.

No que se refere à licença paternidade, esta, inicialmente, possuía o prazo de 5 dias con-
secutivos, sendo estes contados a partir da data do nascimento ou da adoção do filho do
servidor.
Em 2016, no entanto, tivemos a edição da Lei 13.257, que estendeu o prazo da licença
paternidade em mais 15 dias para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã.
Com isso, o prazo da licença paternidade, para os trabalhadores da iniciativa privada, passou
a ser, para as empresas que aderiram ao programa, de 20 dias.
Regulamentando a norma, foi editado, em 2016, o Decreto 8.737. Com isso, todos os ser-
vidores públicos federais regidos pelas disposições da Lei n. 8.112/1990 passam a fazer jus
a 20 dias de licença paternidade.

3.5.4. Licença por Acidente em Serviço

O acidente em serviço pode ser conceituado como o dano físico ou mental sofrido pelo
servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.112/1990, duas situações se equiparam ao aci-
dente em serviço, sendo elas os danos (art. 212, parágrafo único, I e II):
• decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;
• sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

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Em todas estas hipóteses, o servidor será licenciado com a remuneração integral, sendo
que a prova da ocorrência do acidente deverá ser feita no prazo de 10 dias, prorrogável quan-
do as circunstâncias assim o exigirem.

3.6. Afastamentos
A doutrina não identifica uma diferença precisa entre os afastamentos e as licenças
passíveis de concessão ao servidor público federal. Em ambos os casos, estamos diante
de um direito, possibilitando que o servidor se ausente sem que, geralmente, ocorra a
perda da respectiva remuneração ou a cessação da contagem do tempo de afastamento
como de efetivo exercício.
De acordo com a Lei n. 8.112/1990, podemos identificar os seguintes afastamentos:

Nesta hipótese, o servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro
órgão ou entidade, desde que para o desempenho de alguma das seguintes
atribuições:
Afastamento para servir em
I – para exercício de cargo em comissão, função de confiança ou, no caso
outro órgão ou entidade
de serviço social autônomo, para o exercício de cargo de direção ou de
gerência;
II – em casos previstos em leis específicas.
Caso o servidor público seja eleito para o desempenho de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado
do cargo;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe
Afastamento para o exercício
facultado optar pela sua remuneração;
de mandato eletivo
III – investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu
cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-
-lhe facultado optar pela sua remuneração.
O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial,
sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do
Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo,
Afastamento para estudo ou
somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
missão no exterior
O servidor que for beneficiado com o afastamento em questão não poderá
ser exonerado a pedido ou ter o deferimento de licença para tratar de inte-
resses particulares antes do prazo de concessão do afastamento, salvo se
ressarcir o Poder Público das despesas incorridas com o seu afastamento.

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Afastamento de servidor para Em tal hipótese de afastamento, o servidor perderá a remuneração total
servir em organismo interna- durante o respectivo período de concessão.
cional de que o Brasil participe
ou com o qual coopere
O servidor poderá afastar-se para participar de programa de pós-gradua-
ção stricto sensu no país sempre que não for possível a concessão com o
desempenho das atividades do cargo ou com a compensação de horários.
Afastamento para participar de Enquadram-se no conceito de pós-graduação stricto sensu os programas
programa de pós-graduação de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
no país Após o término da concessão, o servidor deve permanecer em exercício
por um tempo mínimo igual ao do afastamento concedido. Caso seja exo-
nerado ou aposentado antes deste prazo, deve ressarcir os cofres públicos
das despesas incorridas quando do afastamento.

3.7. Concessões

Nos termos da Lei n. 8.112/1990, o servidor público federal poderá se ausentar do serviço,
sem desconto na sua remuneração, nos seguintes casos (art. 97):

I – por 1 (um) dia, para doação de sangue;


II – pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, li-
mitado, em qualquer caso, a dois dias;
III – por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob
guarda ou tutela e irmãos.

Além disso, temos os casos dos servidores estudantes e deficientes.


Quanto ao servidor estudante, a Lei n. 8.112/1990 confere a ele a possibilidade de ter ho-
rário diferenciado nas situações em que haja incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição. No entanto, o servidor terá que compensar o respectivo horário, em acordo com a
sua chefia imediata.
Já para o servidor deficiente, a Lei n. 8.112/1990 é mais flexível, estabelecendo a possibi-
lidade de horário diferenciado e não exigindo a compensação de horário. Tal regra também é
aplicada para o servidor que tenha dependente deficiente.

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3.8. Direito de Petição


Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hierarquia em
suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios de pleitear os direitos
que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido ou em que houver descaso por
parte dos seus superiores. Tais situações são atendidas por meio do direito de petição.
Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que entende-
rem de direito. Neste sentido, devemos fazer uso do artigo 110 da Lei n. 8.112/1990, que es-
tabelece o prazo prescricional para o direito de petição do servidor público federal:

O direito de requerer prescreve:


I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibi-
lidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
II – em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Para entendermos como funciona a sistemática dos pedidos, reconsideração e recursos,


vamos a um esquema que nos ajudará a visualizar todo o processo:

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Os artigos 111 a 115 da norma federal relacionam características do direito de petição e


conferem uma maior celeridade ao procedimento.

O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.


A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição,
ao servidor ou a procurador por ele constituído.
A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

4. Regime Disciplinar

A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos elementares


do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionados com os poderes hierárquico e
disciplinar.

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De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a administração púbica
pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que estejam ligados a ela
por algum vínculo específico.
Dessa forma, existe poder disciplinar quando a administração pública aplica a penalida-
de de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado. Do mesmo
modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um órgão público, verificando
que um licitante não cumpriu com as obrigações estipuladas em um contrato administrativo,
aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em apenas um
desses casos a pessoa punida estava subordinada à administração.
E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante poder: o hie-
rárquico. Por meio dele, a administração possui as prerrogativas de delegar, avocar, fiscalizar
e aplicar sanções.
Assim, chegamos a uma importante constatação:
• quando a administração pune internamente os seus servidores pelas infrações por eles
cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusivamente interno. Esse poder,
justamente por ser apenas interno, deriva do poder hierárquico;
• quando a administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo específi-
co com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha celebrado um contrato
administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que agora, ao contrário
do exemplo anterior, o mesmo aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não deriva do
poder hierárquico.

Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da administração pública é decor-
rência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
Nos termos da Lei n. 8.112/1990, o regime disciplinar dos servidores está construído em
cinco capítulos: deveres, proibições, acumulação, responsabilidades e penalidades.

4.1. Deveres
De acordo com o estatuto federal, temos uma série de deveres para os servidores públicos
regidos pela norma. Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas sim

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meramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar que deixou de cumprir
com alguma obrigação por ela não estar prevista expressamente no texto da norma que rege
a sua categoria funcional.
De acordo com o artigo 116 da Lei n. 8.112/1990, são os seguintes os deveres do servidor
público federal:

I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;


II – ser leal às instituições a que servir;
III – observar as normas legais e regulamentares;
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V – atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI – levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade
competente para apuração;
VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X – ser assíduo e pontual ao serviço;
XI – tratar com urbanidade as pessoas;
XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

4.2. Proibições
No tocante às proibições, temos que identificar, além da lista de possibilidades estipula-
das pela Lei n. 8.112/1990, qual a penalidade cabível quando do seu descumprimento.
Desta forma, duas informações são essenciais para compreendermos a relação proibição
x penalidade.
A reincidência da conduta anteriormente penalizada com advertência implica na pena de
suspensão.

Exemplo: podemos citar o servidor público que deixou de cumprir algum dever funcional e foi
inicialmente penalizado com advertência. Caso o servidor volte a cometer a mesma infração
(ainda que a penalidade inicial seja advertência), a pena, agora, será a de suspensão.

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Para efeito das proibições que serão elencadas daqui por diante, três penas são possíveis
de serem aplicadas: advertência, suspensão e demissão.
Tais penalidades obedecem a uma gradação estabelecida pelo legislador, de forma que
as infrações mais leves recebem advertência, as de nível intermediário (ou reincidências de
advertência) recebem suspensão e as de maior gravidade são punidas com demissão.

4.2.1. Infrações Puníveis com Advertência

De acordo com o estatuto federal, as seguintes condutas acarretam a aplicação da pena-


lidade de advertência:
• ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
• retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
da repartição;
• recusar fé a documentos públicos;
• opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de
serviço;
• promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
• cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho
de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

 Obs.: destaca-se que um cuidado maior deve ser dado a esta conduta, uma vez que ela
vai contra o nível hierárquico das punições se compararmos com uma das condu-
tas ensejadoras de suspensão, que é o cometimento, a outro servidor, de atribuições
estranhas ao cargo que ocupa. Em um primeiro momento, pode parecer que cometer
uma atividade estranha a um servidor é bem menor grave do que cometer uma atri-
buição a uma pessoa estranha ao serviço público. No entanto, não foi esta a opção
adotada pelo legislador, sendo que devemos considerar, para efeitos de prova, as
seguintes penalidades:

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• Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou


sindical, ou a partido político;
• Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, compa-
nheiro ou parente até o segundo grau civil;
• Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

4.2.2. Infrações Puníveis com Suspensão

Três são as infrações que ensejam a aplicação da penalidade de suspensão.


Tais situações são encontradas de acordo com o critério residual, de forma que as infra-
ções que não forem punidas com demissão ou advertência serão, por exclusão, penalizadas
com suspensão.
• cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situa-
ções de emergência e transitórias;
• exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou
função e com o horário de trabalho;
• será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, recu-
sar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente,
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Importante sabermos que a suspensão não pode ser aplicada por prazo superior a 90 dias,
bem como que, a critério da autoridade competente, dentro das situações em que for conve-
niente para o serviço público, a pena de suspensão poderá ser substituída por multa de 50%
por dia trabalhado.

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Exemplo: imaginemos a situação onde um servidor foi punido com suspensão. No entanto,
como a repartição em questão possui poucos servidores, seria mais danoso para o serviço
público se o servidor penalizado permanecesse sem trabalhar durante o prazo de cumpri-
mento da penalidade.
Ainda que a administração tenha o dever de punir, esta punição não poderá resultar em um
prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público. Assim, como
meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a administração poderá converter
a pena de suspensão em uma multa, situação em que o servidor permanecerá trabalhando e
receberá apenas 50% do que ganharia por dia normal de trabalho.

4.2.3. Infrações Puníveis com Demissão

Vejamos as condutas que são tipificadas com a mais grave das penalidades administra-
tivas: a demissão.
• Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da digni-
dade da função pública;
• Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou
não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário;
• Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e
de cônjuge ou companheiro;
• Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de
suas atribuições;
• Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
• Praticar usura sob qualquer de suas formas. A usura pode ser entendida como a práti-
ca de emprestar dinheiro a alguém e cobrar juros excessivos por tal. É a popularmente
conhecida agiotagem;
• Proceder de forma desidiosa;
• Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
• Crime contra a administração pública;

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• Abandono de cargo. Estará configurado abandono de cargo quando o servidor deixar,


intencionalmente, o cargo e não retornar no prazo consecutivo de 30 dias;
• Inassiduidade habitual. Caracteriza-se a inassiduidade habitual quando o servidor fal-
ta ao serviço, sem justificativa, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12
meses, que são contados da data da ocorrência da primeira falta;

• Improbidade administrativa;
• Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição. A incontinência está re-
lacionada com toda prática sexual no recinto da repartição, tal como o acesso a sites
eróticos e as práticas de assédio;
• Insubordinação grave em serviço;
• Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou
de outrem;
• Aplicação irregular de dinheiros públicos;
• Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
• Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
• Corrupção;
• Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas.

4.3. Acumulação de Cargos

Nos termos da constituição federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação remunera-


da de dois ou mais cargos públicos.

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E tal regra se aplica a todos os cargos, empregos e funções da administração direta ou


indireta de todos os entes federados. Assim, ainda que o texto da Lei n. 8.112/1990 seja dire-
cionado apenas aos servidores públicos federais, por força da norma constitucional, a veda-
ção à acumulação é uma regra mais ampla e que não se restringe ao ente federativo regulado
pelo presente estatuto.
As exceções, nas estritas hipóteses constitucionais, ficam ainda condicionadas à compa-
tibilidade de horário entre os dois cargos públicos ocupados, sendo elas:
• dois cargos de professor;
• um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.
• permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos
legais;
• permissão para os juízes e membros do Ministério Público exercerem o magistério.

Situação interessante ocorre com os ocupantes de cargos em comissão. Tais servidores


são pessoas que, muitas vezes, não integram o quadro funcional da entidade, sendo designa-
dos por indicação do titular da unidade para exercer as funções de direção, chefia ou asses-
soramento.
Estes servidores, como regra, não poderão acumular dois ou mais cargos em comissão,
exceto na situação em que tiverem que exercer, internamente e temporariamente, as atribui-
ções de outro servidor que não se encontra em serviço.
Ainda assim, para esta única hipótese de acumulação de dois cargos em comissão, o
servidor deverá optar, durante o período da interinidade, pela remuneração de um deles, con-
forme dispõe o parágrafo único do artigo 9º da Lei n. 8.112/1990:

O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atual-
mente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da
interinidade.

A proibição de acumular é estendida ao recebimento de proventos decorrentes da apo-


sentadoria com a remuneração de outro cargo da ativa, exceto quando os dois cargos forem

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passíveis de acumulação na atividade. Com isso, evita-se a prática do servidor aposentar-se


em um cargo público e realizar concurso público com a finalidade de acumular as duas remu-
nerações.
Não é considerada acumulação de cargos, empregos ou funções públicas a participação
do servidor público federal nos conselhos de administração e fiscal das empresas públicas
e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer em-
presas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital
social (parágrafo único do art. 119).
Ressalta-se, por fim, que quando o servidor público acumular licitamente dois cargos pú-
blicos e investir-se em cargo de provimento em comissão, deverá afastar-se de ambos os
cargos efetivos, exercendo, como regra, apenas as atribuições do cargo em comissão.
Caso, no entanto, haja compatibilidade de horários para o exercício simultâneo de um
cargo efetivo com o cargo em comissão, poderá ocorrer a acumulação, desde que haja, para
tal, a declaração da compatibilidade de horários declarada pelas autoridades máximas dos
órgãos ou entidades envolvidas.

4.4. Responsabilidades

De acordo com as disposições da Lei n. 8.112/1990, três são as esferas de responsabili-


dade a que os servidores públicos federais estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa
e penal.

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A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que


resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público.
Neste caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a teoria da impu-
tação (por meio do qual todas as ações do servidor, no desempenho de suas atividades, são
atribuídas ao órgão ou à entidade no qual ele desempenha suas atribuições), caberá ao Poder
Público, inicialmente, responder pelos danos causados.
Tendo a administração indenizado o particular, verifica ela se a atuação do agente públi-
co ocorreu com dolo ou culpa. Em caso positivo, pode ajuizar uma ação regressiva contra o
servidor.
Julgada a ação regressiva e sendo o servidor condenado a restituir os cofres públicos,
será este intimado para pagar o valor devido no prazo de 30 dias. Não o fazendo e não pos-
suindo bens que possam garantir a execução, poderá ser deferido parcelamento, desde que
o valor das parcelas não seja inferior a 10% da remuneração, pensão ou proventos recebidos
pelo agente estatal.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nes-
sa qualidade, conforme previsão do artigo 123 da Lei n. 8.112/1990.
A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo pra-
ticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.
As três esferas de responsabilização são independentes, de forma que é perfeitamente
cabível que duas ou mais delas sejam acumuladas e imputadas ao servidor.

Exemplo: podemos citar o servidor público que utiliza materiais da repartição em atividades
particulares e que, para evitar que o fato chegue ao conhecimento de terceiros, faz uso da
extorsão e da chantagem.
Neste caso, além de ser responsabilizado administrativamente pelo ato de improbidade admi-
nistrativa e civilmente caso tenha lesado o erário, responderá o servidor, da mesma forma, na
esfera penal, pois praticou o crime de extorsão em conexão com as demais práticas ilícitas.

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A regra da acumulação de esferas, no entanto, apresenta duas exceções, que são as si-
tuações em que a absolvição na esfera penal acarreta a absolvição na esfera administrativa.
Para que isso ocorra, não basta a simples absolvição penal, mas sim que esta expressa-
mente negue a existência do fato ou de sua autoria. No primeiro caso, prova-se que o fato
imputado ao servidor não ocorreu. No segundo, ainda que o fato tenha ocorrido, a autoria da
infração comprovadamente não é do servidor.

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As três esferas de responsabilização podem ser mais bem visualizadas por meio do grá-
fico a seguir:

4.5. Penalidades
De acordo com as normas da Lei n. 8.112/1990 (art. 127) são as seguintes as penalidades
passíveis de aplicação aos servidores públicos federais:

I – advertência;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V – destituição de cargo em comissão;
VI – destituição de função comissionada.

São apenas estas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se de uma
lista taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar uma modalidade de
penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
No que se refere às sanções de advertência e suspensão, temos que estas, depois de de-
corrido certo lapso de tempo, terão seus registros cancelados dos assentamentos funcionais
do servidor que houver sofrido a penalidade, sem que tal providência gere qualquer espécie de
direito retroativo. Neste sentido, estabelece o artigo 131 da norma federal:

As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso


de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.

Exemplo: caso um servidor tenha sido penalizado com suspensão e esta, por conveniência do
serviço público, tenha sido convertida em multa de 50% por dia de trabalho, deverá o servi-
dor, neste período, continuar no exercício de suas atividades, oportunidade em que receberá,
durante o período da punição, apenas metade da sua remuneração.
Decorrido o prazo de 5 anos, caso o servidor não tenha incorrido em uma nova infração dis-
ciplinar, os registros da penalidade de suspensão serão cancelados dos registros do servidor.

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Neste caso, não poderá ele requerer o recebimento da remuneração que deixou de ganhar
quando da aplicação da penalidade, uma vez que o cancelamento desta não gera direitos
retroativos.

Quanto à demissão, não existe a possibilidade desta ser excluída dos assentamentos fun-
cionais dos servidores. Trata-se a demissão de um ato vinculado, de forma que, quando da
sua ocorrência, não terá a administração a discricionariedade de optar pela aplicação de ou-
tra penalidade, conforme se observa de importante entendimento do STJ (MS 12217):

A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do inves-


tigado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe
de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado.

Nesta linha de raciocínio, a aplicação da penalidade de demissão poderá acarretar a im-


possibilidade de o agente demitido retornar ao serviço público pelo prazo de 5 anos. Em ou-
tras situações mais gravosas, não poderá o agente público retornar ao serviço público, inde-
pendente do lapso temporal. Por fim, certas condutas ensejadoras de demissão acarretam a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
Indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário: nestas hipóteses, o objetivo do le-
gislador foi o de assegurar que o patrimônio do agente causador do dano não seja dilapidado,
possibilitando assim o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário.
Nos termos da Lei n. 8.112/1990, três são as situações que ensejam, cumulativamente, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário:
• improbidade administrativa;
• aplicação irregular de dinheiros públicos;
• lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
• corrupção.

Proibição de retornar ao serviço público federal pelo prazo de 5 anos:


• valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da digni-
dade da função pública;

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• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se


tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e
de cônjuge ou companheiro.

Impossibilidade de retornar ao serviço público federal indefinidamente:


• crime contra a administração pública;
• improbidade administrativa;
• aplicação irregular de dinheiros públicos;
• lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
• corrupção.

4.5.1. Prescrição

Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver co-
nhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso
de tempo a partir da data em que o fato se tornou conhecido. E isso em plena consonância
com o princípio da segurança jurídica, uma vez que não é admitida, em nosso ordenamento, a
possibilidade de haver punições imprescritíveis.
Em outras palavras, isso implica em afirmar que, mesmo que um servidor tenha cometido
uma infração e esta seja do conhecimento da administração, caso a repartição competente
não tome as medidas legais (aplicação da penalidade) dentro de um determinado período,
não mais poderá o fazer, uma vez que a ação disciplinar estará prescrita.
Os prazos prescricionais diferem a depender da penalidade cabível. Neste sentido, o ar-
tigo 142 da Lei n. 8.112/1990 estabelece o prazo de prescrição para cada uma das penas
passíveis de aplicação no estatuto federal:

A ação disciplinar prescreverá:


I – em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II – em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas
também como crime.

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A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a


decisão final proferida por autoridade competente.

4.5.2. Autoridades Competentes para Aplicação das Penalidades

A depender da penalidade que está sendo aplicada, teremos diferentes autoridades com-
petentes para a sua aplicação. Nota-se, da relação apresentada pela Lei n. 8.112/1990, que
as autoridades estão escalonadas de acordo com a gravidade da penalidade que está sendo
aplicada:

Presidente da República, pelos Presidentes das


Demissão ou cassação da aposentadoria
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais
ou disponibilidade
e pelo Procurador-Geral da República.
Autoridades administrativas de hierarquia imediata-
Suspensão superior a 30 dias mente inferior àquelas competentes para aplicação
de demissão ou cassação de aposentadoria.
Chefe da repartição e outras autoridades na forma
Advertência e suspensão até 30 dias
dos respectivos regimentos ou regulamentos.
Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação.

Entretanto, pode o Presidente da República delegar, aos respectivos Ministros de Estado,


a competência para a aplicação da penalidade de demissão, conforme se observado do jul-
gamento do Mandado de Segurança 7.024, da lavra do STJ:

Possibilidade de o Presidente da República delegar aos Ministros de Estado a compe-


tência para demitir servidores de seus respectivos quadros – parágrafo único do art. 84,
CF.

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5. Processo Administrativo Disciplinar


Além das normas materiais, a Lei n. 8.112/1990 estabelece uma série de procedimentos
que devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
O processo administrativo disciplinar, dessa forma, pode ser conceituado, de acordo com
a definição de Ladisael Bernardo e Sérgio Viana, da seguinte forma:

Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi do
Estado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existência de infra-
ções de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório resulte pela autoria
da prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instrumento legal pertinente.

No mesmo sentido, a Lei n. 8.112/1990 estabelece, em seu artigo 148, que “o processo
disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração pra-
ticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em
que se encontre investido”.
Importante frisar que a autoridade competente, tendo conhecimento de alguma irregulari-
dade cometida no âmbito do serviço público, tem o dever de apurar as faltas cometidas.
Caso o conhecimento da autoridade tenha ocorrido por meio de denúncia, esta deverá
conter a identificação e o endereço do denunciante, além de ser formulada por escrito e
confirmada a autenticidade. Quando a denúncia não configurar infração administrativa
ou ilícito penal, será arquivada pela autoridade competente, uma vez que, neste caso,
haverá falta de objeto.

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Trata-se a apuração das irregularidades, dessa forma, de uma medida vinculada do Po-
der Público, podendo desenvolver-se por meio de sindicância ou de processo administrativo
disciplinar.
Salienta-se que a apuração não precisa, necessariamente, ser feita pela autoridade que
estiver sendo lesada com a irregularidade cometida pelo servidor. Neste sentido, a Lei n.
8.112/1990 estabelece a possibilidade de delegação, para órgãos ou entidades diversos da-
queles em que a infração tenha ocorrido, das atividades de apuração.
Para que isso seja possível, a delegação deve ser feita pelas autoridades máximas dos
respectivos Poderes da República. No âmbito do Poder Executivo, caberá ao Presidente da
República; no Legislativo, aos Presidentes das respectivas Casas (Senado Federal e Câmara
de Deputados); no Judiciário, aos Presidentes dos Tribunais Federais; no âmbito do Ministério
Público da União, ao Procurador-Geral da República.
A possibilidade de delegação, contudo, não alcança todas as fases do processo admi-
nistrativo ou da sindicância, mas sim apenas as etapas destinadas à apuração das irregu-
laridades. O julgamento do processo, que é a etapa posterior à apuração, continua sendo de
competência da autoridade legalmente prevista, sem possibilidade de delegação.

Dessa forma, ainda que estejamos estudando o PAD, temos que conhecer as disposições
acerca da sindicância, que pode ser entendida como uma investigação preliminar e mais cé-
lere com o objetivo de averiguar a ocorrência dos fatos.

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A sindicância pode ser dividida em duas modalidades, sendo elas a preparatória e a punitiva.
Teremos a sindicância preparatória quando a estrita finalidade da sua instauração for a de
servir como base para o processo administrativo disciplinar. A sindicância punitiva, por sua
vez, ocorre quando o procedimento, por si só, enseja a aplicação de alguma das penalidades
previstas em lei.
Nota-se, assim, que o fato que distingue as duas modalidades é um só: a punição que será
aplicada.

Exemplo: a sindicância representa o início das investigações. Por meio dela, a autoridade
administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de coletar provas que compro-
vem se realmente houve uma infração funcional disciplinar.
Caso a sindicância, por si só, verificar que houve uma infração punível com a penalidade de
advertência ou de suspensão até 30 dias, será ela classificada como punitiva, uma vez que
não haverá necessidade de instauração de procedimento administrativo disciplinar.
Caso, em sentido oposto, a sindicância constate que houve o cometimento de uma penalida-
de mais grave que a de suspensão por 30 dias, deverá ser instaurado o PAD, classificando-se
a sindicância como preparatória.

Como resultado da sindicância, poderemos ter o arquivamento do processo, a aplicação


das penalidades de advertência ou de suspensão até 30 dias ou, no caso de constatação de
infração com maior gravidade, a instauração de processo administrativo disciplinar.

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Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de


suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou dis-
ponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de
processo administrativo disciplinar.
Assim, o PAD será desenvolvido nas seguintes fases.
1º – Instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por
3 servidores estáveis designados pela autoridade competente. Um desses membros será o
presidente da comissão, que deverá ser ocupante de cargo de mesmo nível ou de nível su-
perior que o indiciado, ou então possuir escolaridade de mesmo nível ou de nível superior ao
investigado.
Tendo em vista que a constituição da comissão de apuração do PAD é feita por meio de
portaria, o STJ tem entendimento de que, no ato de publicação desta, não há a necessidade
expressa da descrição detalhada dos fatos, conforme verifica-se do julgado do MS 16.815:

Na linha da jurisprudência desta Corte, a portaria inaugural do processo disciplinar está


livre de descrever detalhes sobre os fatos da causa, tendo em vista que somente ao
longo das investigações é que os atos ilícitos, a exata tipificação e os seus verdadeiros
responsáveis serão revelados (...).

2º – Inquérito administrativo, compreendendo as fases de instrução, defesa e de relatório.


Estando a comissão do PAD constituída, iniciam-se os trabalhos de instrução. É nesta fase
que a comissão realiza todas as acareações, depoimentos, investigações e diligências. Sendo
necessário, ela nomeará peritos especializados em assuntos de maior complexidade. Após a
inquirição de todas as testemunhas, promoverá a comissão o interrogatório do acusado.
Feito isso, a comissão chega ao indiciamento, que nada mais é do que a acusação ao
servidor do cometimento de determinada infração. É apenas neste momento, após realizar
todas as possíveis diligências e coletar todas as provas necessárias, que a comissão chega à
verificação da infração que eventualmente foi cometida. Com isso, ela já pode formular uma
acusação e solicitar que o agora acusado se defenda.
A defesa do acusado deverá obrigatoriamente ser escrita e ser apresentada no prazo
de 10 dias. Caso haja mais de um acusado, teremos o prazo comum de 20 dias. Após a

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defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo e minucioso, onde irá resumir todas as
peças produzidas nos autos e apresentar todas as provas por meio das quais fundamen-
tou sua conclusão.
3º – Julgamento: o relatório da comissão, obrigatoriamente, será conclusivo quanto à
inocência ou responsabilidade do servidor. Os autos do processo, juntamente com o relatório,
serão remetidos para a autoridade competente, que terá o prazo de 20 dias para julgar.
As fases do processo administrativo disciplinar podem ser visualizadas por meio do qua-
dro adiante:

Tendo em vista que a constituição da comissão de apuração do PAD é feita por meio de
Portaria, o STJ tem entendimento de que, no ato de publicação da mesma, não há a necessi-
dade expressa da descrição detalhada dos fatos:

Na linha da jurisprudência desta Corte, a portaria inaugural do processo disciplinar está


livre de descrever detalhes sobre os fatos da causa, tendo em vista que somente ao
longo das investigações é que os atos ilícitos, a exata tipificação e os seus verdadeiros
responsáveis serão revelados. (...) A absolvição na seara criminal interfere no resultado
do processo administrativo disciplinar apenas quando for reconhecida a efetiva inexis-
tência do fato ou da autoria (art. 126 da Lei n. 8.112/1990), o que não aconteceu no caso
em debate, em que a absolvição decorreu da ausência de provas. (MS 16.815/DF).

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O prazo para conclusão do PAD é de 60 dias, podendo ser prorrogado, no caso de neces-
sidade, por mais 60 dias.
O relatório da comissão, obrigatoriamente, será conclusivo quanto à inocência ou respon-
sabilidade do servidor.
Outros entendimentos importantes acerca do PAD:
• caso entenda ser necessário, a autoridade instauradora do processo poderá solicitar o
afastamento preventivo do servidor, cujo prazo será de 60 dias, prorrogados por mais
60 em caso de necessidade. Considerando que o afastamento é medida cautelar, tem-
-se que o servidor continua recebendo sua remuneração normalmente durante o perí-
odo de afastamento;
• caso a autoridade competente não consiga julgar o PAD dentro do prazo previsto (20
dias), não significa que todo o processo esteja anulado.
• da mesma forma, o STJ já reconheceu que o excesso de prazo para concluir o PAD, por si
só, não acarreta a nulidade do processo, desde que não tenha havido prejuízo ao acusado.

Como vimos, temos três importantes institutos com prazos previstos diretamente na Lei
n. 8.112/1990. Vamos esquematizar os mesmos para não confundirmos na hora da prova:

Um último ponto que merece destaque refere-se à revisão do processo. Assim, o processo
disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fa-
tos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação
da penalidade aplicada.

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No caso da revisão, as mesmas regras concernentes ao PAD serão obedecidas, com for-
mação de comissão, coleta de provas e conclusão quanto à inocência ou não do servidor.
Uma vez que o PAD inicial já está julgado, a simples alegação de injustiça, por parte dos
interessados, não é motivo suficiente para instaurar um procedimento de revisão. Para que
isso ocorra, é necessário que fatos novos tenham surgido, fatos estes que, se fossem do
conhecimento da comissão, à época do julgamento do PAD, implicariam em outro resultado.
E justamente para impedir que qualquer motivo gere a possibilidade de revisar, a Lei n.
8.112/1990 afirma que o pedido será dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalen-
te, que, se autorizar a revisão do processo, encaminhará o mesmo ao dirigente do órgão ou
entidade onde o processo originalmente tramitou.
O prazo para a conclusão da revisão é de 60 dias (a Lei n. 8.112/1990 NÃO menciona a
possibilidade de prorrogação). Concluído o relatório, a Comissão encaminhará o mesmo à
autoridade competente para julgar, que terá o prazo de 20 dias para tal.
Agora, a informação mais importante no que se refere à revisão: A impossibilidade da re-
formatio in pejus, que é estabelecida no parágrafo único do artigo 182 da Lei n. 8.112/1990:

Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

Trata-se de característica bastante importante, uma vez que apenas a revisão (e não os
recursos) é que gozam da prerrogativa de não serem reformados para pior.

Exemplo: Paulo foi sancionado com a pena de advertência, pela autoridade administrativa,
sob o fundamento de ter cometido a pessoa estranha à repartição o desempenho de atribui-
ções que era de sua responsabilidade.
Inconformado, Paulo apresentou recurso no prazo da lei. Uma vez apreciados, a autoridade
responsável verificou que Paulo, na verdade, cometeu as suas atribuições a outro servidor, e
não a um terceiro alheio ao serviço público.
Nesta situação, a penalidade de Paulo será agravada, passando de advertência para
suspensão.
Caso, no entanto, Paulo conseguir provar, por intermédio de fatos novos não conhecidos no
momento da aplicação da penalidade, que o motivo de ter cometido a outro servidor as atri-
buições de seu cargo estava relacionado com uma situação de urgência, poderá ele solicitar
a revisão do processo.
E desta revisão não poderá a autoridade agravar a penalidade do servidor.

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6. Seguridade Social do Servidor

6.1. Beneficiários
Como regra, todos os servidores públicos federais abrangidos pela Lei n. 8.112/1990 fa-
zem jus a todos os benefícios disciplinados pela norma.
O servidor que apenas ocupe Cargo em Comissão (e que não seja originário de cargo
efetivo da Administração Pública Federal) NÃO fará jus aos benefícios concedidos pela Lei n.
8.112/1990, mas sim apenas à assistência à saúde, que compreende, para o servidor e sua
família:

Assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica
o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Siste-
ma Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor,
ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do
valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos
ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento.

Vamos entender melhor essa situação...


Os servidores ocupantes de cargos em comissão podem ser originários de duas fontes:
• do próprio serviço público federal, para as situações em que forem aprovados em con-
curso público para cargo de provimento efetivo e posteriormente designados para ocu-
par o cargo em comissão.
• de outros cargos alheios ao serviço público federal, ou até mesmo nas situações em
que o servidor não era servidor público. Nestas hipóteses, ocorre a mera designação da
autoridade competente, passando o detentor do cargo em comissão a ser submetido,
apenas em parte, pelas disposições da Lei n. 8.112/1990.

No primeiro caso, o servidor público (justamente por ser regido por todas as disposições
da Lei n. 8.112/1990) possui direito a todos os benefícios da seguridade social contemplados
pela norma.
No segundo caso, considerando que o servidor apenas possui cargo em comissão, não
terá ele direito aos benefícios a seguir elencados, com exceção da assistência à saúde (que
ele tem direito).

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E o que acontece com o servidor público que, estando regido pela Lei 8112, licencia-se do
cargo sem remuneração, professor?

Nesta hipótese, temos que o servidor, mesmo contribuindo com outro regime de previdên-
cia, terá suspenso o seu vínculo com o regime da Lei n. 8.112/1990. Esta é a regra!
No entanto, caso seja interesse do servidor licenciado continuar fazendo jus aos benefí-
cios do estatuto federal, deverá ele contribuir, da mesma forma que os servidores em exercí-
cio, e com as mesmas alíquotas que incidiam quando estava em exercício.
Assim dispõe a Lei 8112:

Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vincula-


ção ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal
da contribuição própria, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, acrescida do
valor equivalente à contribuição da União, suas autarquias ou fundações, incidente sobre a remu-
neração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse
efeito, inclusive, as vantagens pessoais.
O recolhimento deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunera-
ções dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tributos
federais quando não recolhidas na data de vencimento.

6.2. Benefícios
Os benefícios da Lei n. 8.112/1990 podem ser divididos entre aqueles que são compreen-
didos ao servidor e aqueles que são compreendidos aos respectivos dependentes:

I – quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;
II – quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde

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6.2.1. Aposentadoria

Com relação à aposentadoria dos servidores federais, as regras que devem ser observa-
das em provas de concurso público são as que constam no texto da Constituição Federal.
E de acordo com a Constituição, já de acordo com as alterações promovidas pela Reforma
da Previdência (EC 103/2019) três são as formas distintas com que o servidor público esta-
tutário poderá se aposentar:
• por incapacidade permanente para o trabalho;
• compulsoriamente;
• voluntariamente.

Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio finan-
ceiro e atuarial.
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:
I – por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insus-
cetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma
de lei do respectivo ente federativo;
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;
III – no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo.

Aposentadoria por Incapacidade Permanente para o Trabalho

A aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho veio para substituir a an-
tiga aposentadoria por invalidez. Agora, de acordo com as novas regras, observa-se que a
ideia do legislador foi a de aproximar o máximo possível o procedimento adotado na iniciativa
privada para os servidores públicos.
Desta forma, o servidor apenas será aposentado por incapacidade permanente para o
trabalho quando a limitação ocorrida não puder dar ensejo a qualquer tipo de readaptação.

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Em outros termos, uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor,


em um primeiro momento, ser readaptado. Neste mesmo sentido, inclusive, é a previsão do
§13 do artigo 37 da Constituição Federal:

Art. 37, § 13 O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de
cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a
habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do
cargo de origem.

Caso a readaptação não seja possível, teremos a aposentadoria na presente modalidade.


Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocorria até então, na aposentadoria
por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente, participar de avaliações periódicas para
verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria.

Aposentadoria Compulsória

A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público.
Antes da entrada da Emenda Constitucional n. 88, ocorrida em 2015, a idade em que a
aposentadoria compulsória ocorria era aos 70 anos de idade. Com a mencionada emenda,
passamos a contar com a possibilidade de lei complementar estabelecer o prazo de 75 anos
para a aposentadoria compulsória.

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Vejamos o mencionado texto constitucional, já com as alterações promovidas pela EC


88/2015 (art. 40, § 1, II):

II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)


anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

Trata-se o artigo exposto de uma norma constitucional de eficácia limitada, carecendo de


lei complementar para a sua regulamentação. Neste sentido, importante frisar que a competên-
cia para a edição da mencionada lei é do Congresso Nacional, uma vez que o STF possui enten-
dimento consolidado no sentido de que cabe à União legislar sobre a previdência dos servidores
públicos, conforme se observa, por exemplo, da leitura do Mandado de Injunção 1898:

A Corte firmou entendimento no sentido de que a competência concorrente para legislar


sobre previdência dos servidores públicos não afasta a necessidade da edição de norma
regulamentadora de caráter nacional, cuja competência é da União.

Regulamentando a emenda constitucional, foi editada a Lei Complementar 152, que, por
trata-se de uma norma nacional, é de observância obrigatória por todos os entes federativos.
Por intermédio de tal lei, os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios serão aposentados compulsoriamente aos 75 anos de idade.

Aposentadoria Voluntária

A aposentadoria voluntária é a que mais sofreu alterações em razão da edição da Reforma


da Previdência. Antes de conhecermos as previsões, devemos compreender que as regras
estabelecidas no texto da Constituição Federal são aplicadas, em relação à idade mínima,
apenas aos servidores públicos da União.
Para os servidores dos demais entes federativos (Estado, Distrito Federal e Municípios), a
idade mínima para a aposentadoria dos servidores será definida mediante emenda às respecti-
vas Constituições e Leis Orgânicas. Com relação ao tempo de contribuição e aos demais requi-
sitos, deverão estes ser estabelecidos em lei complementar de cada um dos entes federados.
No âmbito da União, a idade mínima para se aposentar é aos 62 anos de idade, para as
mulheres, e aos 65 anos de idade, para os homens.

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Além disso, devem os servidores reunir, cumulativamente, os seguintes requisitos para a


aposentadoria voluntária:
• 25 anos de contribuição;
• tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria.

Os proventos decorrentes da aposentadoria dos servidores públicos não poderão ser in-
feriores ao valor do salário mínimo, nem superiores ao limite máximo estabelecido para o
Regime Geral de Previdência Social. Esta, inclusive, foi uma das mudanças mais substanciais
da reforma, haja vista que, até então, os servidores públicos que estavam no regime próprio
podiam se aposentar com valores superiores máximo estabelecido para a iniciativa privada
(RGPS).
Os proventos de aposentadoria dos servidores não podem ser inferiores a 1 salário míni-
mo ou superiores ao teto do Regime Geral da Previdência Social.
Como regra geral, é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para conces-
são de benefícios em regime próprio de previdência social. No entanto, a Constituição Federal
estabelece situações excepcionais, hipóteses em que os servidores poderão ser aposentados

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de acordo com critérios diferenciados de concessão. Basicamente, podemos dividir estas si-
tuações excepcionais em três diferentes hipóteses.
Servidores professores: os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima para a
aposentadoria reduzida em 5 anos, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei
complementar do respectivo ente federativo.
Tomando como base a regra geral da idade mínima, é correto afirmar que o servidor que
desempenhe as atividades de professor irá se aposentar, sendo homem, com a idade mínima
de 60 anos. No caso de servidoras professoras, a idade mínima é de 57 anos.
Além da idade, como não poderia ser diferente, os demais requisitos devem ser observa-
dos, sendo eles:
• vinte e cinco anos de contribuição;
• tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público;
• tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria;

Servidores da segurança pública: inicialmente, vejamos a previsão do artigo 40, §4º-B, da


Constituição Federal:

Art. 40, § 4º-B Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade
e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente peni-
tenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do
art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

Logo, devemos identificar as classes de agentes que estão contempladas com esta pos-
sibilidade, sendo elas:
• agentes penitenciários;
• agentes socioeducativos;
• policial legislativo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
• policiais federais;
• policiais rodoviários federais;
• policiais ferroviários federais;
• policiais civis do Distrito Federal.

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Os servidores destas categorias, para poderem se aposentar, deverão atender aos seguin-
tes requisitos: 55 anos de idade, com 30 anos de contribuição e 25 anos de efetivo exercício
em cargo dessas carreiras, regras estas que são aplicadas para os servidores de ambos os
sexos.
Servidores que desempenham atividades especiais: Poderão ser estabelecidos, desde que
por meio de lei complementar do respectivo ente federativo, idade e tempo de contribuição
diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação des-
ses agentes, sendo vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.
Sendo servidor público federal, deverá o agente atender aos seguintes requisitos para
concessão da aposentadoria:
• idade mínima de 60 anos;
• vinte e cinco anos de efetiva exposição e contribuição;
• dez anos de efetivo exercício de serviço público;
• cinco anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria.

Aqui, é importante destacar que as regras diferenciadas não serão aplicadas por catego-
ria profissional ou ocupação, mas sim por servidor. Assim, por exemplo, se estivermos diante
de um servidor cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos
prejudiciais à saúde, isso, por si só, não implica em afirmar que todos os demais servidores da
categoria terão direito às regras diferenciadas. Em outros termos, apenas os servidores que
efetivamente tenham contato, em suas atividades, com as mencionadas substâncias quími-
cas é que terão direito a tal diferenciação.
Servidores portadores de deficiência: de acordo com o texto da Constituição Federal, po-
derão ser estabelecidos, desde que por meio de lei complementar do respectivo ente fede-
rativo, idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com
deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multi-
profissional e interdisciplinar.
Até que a lei discipline a forma como ocorrerá a aposentadoria da pessoa com deficiência,
deverão ser observados os critérios utilizados na Lei Complementar 142/2013.

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Não há necessidade de adentrarmos no estudo desta lei. Para fins de prova, devemos
memorizar que os servidores com deficiência poderão ser aposentados, desde que atendidos
os demais requisitos legais, caso tenha sido atendido o tempo mínimo de 10 anos de efetivo
exercício no serviço público e de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposenta-
doria.
Para termos uma visão geral das novas regras de aposentadoria dos servidores públicos,
iremos fazer uso do seguinte quadro:

Categoria Requisitos
Idade mínima de 65 anos, se homem, e de 62 anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
Regra Geral (Servidores Públicos Federais)
público;
Tempo mínimo de 5 anos de efetivo exercício no cargo em que
for concedida a aposentadoria.
Idade mínima de 60 anos, se homem, e de 57 anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
Professores
público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for conce-
dida a aposentadoria.
Idade mínima de 55 anos;
Tempo mínimo de 30 anos de contribuição;
Servidores da segurança pública
Tempo mínimo de 25 anos de efetivo exercício em cargo dessas
carreiras.
Idade mínima de 60 anos;
Tempo mínimo de 25 anos de efetiva exposição e contribuição;
Servidores que desempenham atividades Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício de serviço
especiais público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for conce-
dida a aposentadoria.
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
público;
Servidores portadores de deficiência Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for conce-
dida a aposentadoria.
Demais regras serão estabelecidas em lei.

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6.2.2. Auxílio Natalidade

O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia


equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.
Na hipótese de nascer mais de um filho (parto múltiplo), o valor será acrescido de 50%
(cinquenta por cento) por nascituro.
Quando a parturiente não for servidora, mas sim cônjuge de servidor público federal, te-
mos que o auxílio será pago ao respectivo servidor.

6.2.3. Salário-Família

O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.


Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-família:

I – o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade
ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
II – o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às
expensas do servidor, ou do inativo;
III – a mãe e o pai sem economia própria.

Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário-família per-


ceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da
aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.
Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família
será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribui-
ção dos dependentes.
Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes
legais dos incapazes.
O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do paga-
mento do salário-família.

6.2.4. Pensão

Ocorrendo a morte do servidor público, os dependentes elencados pelo estatuto federal


passam a fazer jus ao recebimento de pensões. Em todas as hipóteses de concessão, deverá
ser observado, por parte dos beneficiários, o teto remuneratório constitucional.

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Em seu artigo 217, a norma elenca as pessoas que podem ser beneficiários das pensões:

Art. 217. São beneficiários das pensões:


I – o cônjuge;
II – o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimen-
tícia estabelecida judicialmente;
III – o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;
IV – o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos
b) seja inválido;
d) tenha deficiência intelectual ou mental;
V – a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;
VI – o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e atenda a
um dos requisitos previstos no inciso IV;

Tais beneficiários podem ser mais bem visualizados por meio do gráfico a seguir:

Caso seja concedida pensão ao cônjuge, ao companheiro ou aos filhos que atendam aos
requisitos legais, a concessão não poderá ocorrer para os pais ou para os irmãos do servidor.
Da mesma forma, a concessão da pensão aos pais do servidor exclui a possibilidade de
concessão simultânea aos irmãos do agente público.
Para efeitos de pensão, o enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho do servidor,
desde que comprovada a dependência econômica e que tenha ocorrido a declaração do ser-
vidor público.

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
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Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão, o seu valor será distribuído em partes
iguais entre os beneficiários habilitados.
Ressalta-se que a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado
que falecer, aposentado ou não, a contar de diversas datas, conforme previsão do artigo 219:

Art. 219. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, a contar da data:
I – do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta dias) após o óbito, para os filhos meno-
res de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes;
II – do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I do caput deste artigo; ou
III – da decisão judicial, na hipótese de morte presumida.
§ 1º A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro pos-
sível dependente e a habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só
produzirá efeito a partir da data da publicação da portaria de concessão da pensão ao dependente
habilitado.
§ 2º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá re-
querer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de
rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito
em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de decisão judicial em contrário.
§ 3º Nas ações em que for parte o ente público responsável pela concessão da pensão por morte,
este poderá proceder de ofício à habilitação excepcional da referida pensão, apenas para efeitos de
rateio, descontando-se os valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o paga-
mento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de
decisão judicial em contrário.
§ 4º Julgada improcedente a ação prevista no § 2º ou § 3º deste artigo, o valor retido será corrigido
pelos índices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais dependentes,
de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios.
§ 5º Em qualquer hipótese, fica assegurada ao órgão concessor da pensão por morte a cobrança
dos valores indevidamente pagos em função de nova habilitação.

No pagamento das pensões, será levado em conta o número de beneficiários habilitados.


Caso ocorra a habilitação de apenas um beneficiário, o valor total da pensão será a ele credi-
tado. Ocorrendo mais de uma habilitação, o valor será dividido, em partes iguais, entre todos
os beneficiários habilitados.
Em determinadas situações, é muito provável que o servidor público tenha falecido, ainda
que o seu corpo não tenha sido encontrado.
Nestes casos, será concedida uma pensão por morte presumida, que terá a vigência de 5
anos. Se o servidor não for encontrado no mencionado prazo, a pensão será convertida em
efetiva.

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Contudo, caso o servidor reapareça no curso dos 5 anos, o benefício deverá ser imedia-
tamente cancelado. Ressalvada a comprovação de má fé, os valores recebidos por meio da
pensão por morte presumida não precisarão ser devolvidos quando do aparecimento do ser-
vidor público.
Vejamos quais as possibilidades que acarretam a concessão da pensão por morte presumida:
• declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
• desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado
como em serviço;
• desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de segurança.

Diversas são as situações que podem acarretar a perda da qualidade de beneficiário. De


acordo com o estatuto federal, temos, inicialmente, as seguintes hipóteses:

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Com a entrada em vigor da Lei 13.135/2015, tivemos inúmeras modificações no texto da


Lei n. 8.112/1990. Como consequência da alteração legislativa, novas hipóteses de perda da
condição de beneficiário passaram a constar no estatuto federal.
Desta forma, o cônjuge, o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato (com
percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente) e o companheiro ou compa-
nheira que comprove união estável como entidade familiar, poderão perder a condição de
beneficiários da seguinte forma:
• caso o servidor não tenha vertido, pelo menos 18 contribuições mensais, bem com o
casamento não tenha um tempo mínimo de 2 anos, a pensão será cancelada após o
decurso de 4 meses;
• após comprovar o atendimento das regras acima descritas (18 contribuições vertidas e
duração do casamento de, pelo menos, 2 anos), o prazo de concessão da pensão será
calculado em razão da idade do beneficiário, de acordo com a seguinte tabela:

Idade do beneficiário Tempo de concessão da pensão


Menos de 21 anos de idade 3 anos
Idade entre 21 e 26 anos 6 anos
Idade entre 27 e 29 anos 10 anos
Idade entre 30 e 40 anos 15 nos
Idade entre 41 e 43 anos 20 anos
Idade de 44 anos ou mais Vitalícia

Na hipótese de o servidor falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por deter-
minação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-compa-
nheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não
incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.
Por fim, ressalta-se que o exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da cota da pensão
de dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave.

6.2.5. Auxílio-Funeral

O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em


valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

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No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo
de maior remuneração.
O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento
sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral. Caso o funeral tenha sido
custeado por terceiro, este será indenizado no prazo em questão.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no ex-
terior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia
ou fundação pública.

6.2.6. Auxílio-Reclusão

À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores:

I – dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou preventiva,
determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;

Nesta hipótese, caso o servidor venha a ser absolvido, terá direito a integralização da re-
muneração que deixou de ser paga.

II – metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença defi-


nitiva, a pena que não determine a perda de cargo.

O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o servi-


dor for posto em liberdade, ainda que condicional.

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RESUMO
A Lei n. 8.112/1990 institui o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias federais (inclusive as em regime especial) e das fundações públicas federais.
Trata-se a Lei n. 8.112/1990, por isso mesmo, de uma lei federal, e não nacional, uma vez
que destinada, apenas, aos servidores públicos federais.
No entanto, as disposições da Lei n. 8.112/1990 não se aplicam a todos os agentes pú-
blicos, mas sim apenas aos servidores públicos civis federais, o que implica em dizer que os
empregados públicos federais, regidos pela CLT, não estão compreendidos dentro do campo
de atuação do estatuto federal.

A Lei n. 8.112/1990 é aplicada A Lei n. 8.112/1990 não é aplicada


Aos servidores estatutários da administração direta Aos empregados públicos federais, que são regidos
federal. pelas disposições da CLT.
Aos servidores das autarquias (inclusive as em Aos servidores públicos dos estados, do Distrito
regime especial) federais. Federal e dos municípios.
Aos servidores das fundações públicas federais. Aos militares.

Para se tornar servidor público, o particular deve prestar concurso público.


O concurso público é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo princípio da
impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas,
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu
custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.
Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os candidatos aprovados,
oportunidade em que fará uso da nomeação.
A Lei n. 8.112/1990 estabelece diversas formas de provimento de cargo público, sendo
elas a nomeação, a promoção, a readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração
e a recondução. Destas, apenas a nomeação é considerada forma originária de provimento,
sendo que todas as demais são classificadas como forma de provimento derivadas.
Trata-se a nomeação do modo clássico de prover o servidor no cargo público, podendo
ocorrer tanto para os cargos efetivos quanto para os cargos em comissão.

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A promoção ocorre quando o servidor é elevado para outra classe no âmbito da mesma
carreira, ocorrendo, com o provimento, a vacância no cargo de classe mais baixa e o provi-
mento no cargo de classe mais alta.
A readaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua capacidade física ou
mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposentadoria. Caso o servidor seja
considerado incapaz para o serviço público, ocorrerá a aposentadoria do respectivo agente
público.
Reversão é o retorno à atividade do servidor anteriormente aposentado, desde que aten-
didas as regras estabelecidas pelo Poder Executivo e desde que o servidor não tenha atingido
a idade de 70 anos.
A reversão poderá ocorrer de duas formas: a) Por invalidez, quando junta médica oficial
declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; b) No interesse da administração, des-
de que, neste caso, o servidor obedeça a uma série de regras.
O aproveitamento pode ser entendido como o chamado, feito pela administração pública,
para que o servidor público em disponibilidade volte a exercer suas atividades.
Recondução é a forma de provimento em que ocorre o retorno do servidor ao cargo ante-
riormente ocupado. Duas são as hipóteses de recondução previstas para os servidores públi-
cos federais: a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; b) reintegração do
anterior ocupante.
A reintegração consiste no retorno do servidor anteriormente demitido ao cargo anterior-
mente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas
as vantagens. Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão administrativa ou
judicial.
Ocorrendo a nomeação, que deve ser publicada no Diário Oficial da União, o nomeado tem
o prazo de 30 dias para tomar posse. Caso não tome posse no prazo legal, o ato de nomeação
será declarado sem efeito, uma vez que a pessoa nomeada ainda não é considerada servidor
público, fato que apenas ocorre com a posse.
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros funcionais
da administração pública federal. E como forma do servidor conhecer o local da repartição
para onde foi nomeado e se organizar-se melhor com relação a mudanças, hospedagem e
demais procedimentos, a Lei n. 8.112/1990 faculta ao servidor o prazo de 15 dias, contados
da posse, para a entrada em exercício.

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Caso o servidor anteriormente empossado não entre em exercício no prazo legal, teremos,
ao contrário do que ocorre com a nomeação, a exoneração do servidor, uma vez que, confor-
me anteriormente mencionado, a posse é o momento em que o particular passa a constar nos
assentamentos funcionais da administração, sendo considerado, a partir de então, servidor
público.
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de car-
go efetivo, o estágio probatório, período de avaliação onde diversos fatores são levados em
conta para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público. O prazo do estágio
probatório é de 36 meses.
Após três anos de serviço público, o servidor adquire a estabilidade. Sendo estável, ape-
nas poderá perder o cargo em quatro situações: a) em virtude de sentença judicial transita-
da em julgado; b) mediante processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada
ampla defesa; c) o procedimento de avaliação periódica; d) redução de despesas quando os
entes federativos não observarem o limite máximo de gastos com pessoal.
As diversas hipóteses de vacância são situações em que o servidor público deixa o cargo
público anteriormente ocupado.
De acordo com a Lei n. 8.112/1990, temos as seguintes hipóteses de vacância: exonera-
ção, demissão, aposentadoria, posse em cargo inacumulável, promoção e readaptação.
A remoção pode ser entendida como o “deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede”.
A redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, esteja ou não ele ocu-
pado, e desde que tal deslocamento ocorra para outro órgão ou entidade, mas sempre no
âmbito do mesmo Poder.

Remoção Redistribuição
Não se trata de uma forma de provimento. Não se trata de uma forma de provimento.
Não altera o contingente funcional. Não altera o contingente funcional.
Trata-se do deslocamento de servidor. Trata-se do deslocamento de cargo.
Destina-se a assegurar a preservação de valores Trata-se de uma forma de organização da adminis-
como a saúde do servidor e o núcleo familiar. tração pública.
Quando ocorrer a mudança de Município, deve ser Quando ocorrer a mudança de Município, deve ser
conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada em conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada em
exercício. exercício

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Basicamente, são as seguintes as classes de direitos e vantagens que o servidor público


civil federal poderá ter direito: a) vencimento e remuneração; b) indenizações; c) gratificações
e adicionais; d) férias; e) licenças; f) concessões; g) direito de petição.
Vencimento é um conceito mais restrito, tratando-se da retribuição pecuniária pelo exer-
cício do cargo público. Remuneração, por outro lato, apresenta um conceito mais amplo, com-
preendendo os vencimentos e as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. Qua-
tro são as indenizações expressamente previstas no estatuto federal, sendo elas a ajuda de
custo, as diárias, o transporte e o auxílio-moradia.
Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é ressarcir as
despesas de instalação do servidor que, por interesse da administração, passou a ter exercí-
cio em nova sede.
As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servidor que se
ausentar da sua sede em caráter transitório ou eventual.
A concessão de transporte tem como objetivo ressarcir as despesas que o servidor teve,
no desempenho de suas atividades, com a utilização de meio próprio de locomoção.
O auxílio-moradia possui como objetivo ressarcir as despesas que os servidores tiveram
com o aluguel de moradia ou outro meio de hospedagem, devidamente comprovadas, e desde
que sejam atendidos diversos requisitos estabelecidos em lei.
Além do vencimento e das vantagens previstas no estatuto federal, poderão ser deferidos
aos servidores regidos por tal norma as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: a)
retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; b) gratificação na-
talina; c) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; d) adicional
pela prestação de serviço extraordinário; e) adicional noturno; f) adicional de férias; g) outros,
relativos ao local ou à natureza do trabalho; h) gratificação por encargo de curso ou concurso.
Nos termos da Lei n. 8.112/1990, o servidor público federal poderá se ausentar do servi-
ço, sem desconto na sua remuneração, nos seguintes casos: um dia, para doação de sangue;
pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, li-
mitado, em qualquer caso, a dois dias; por oito dias consecutivos em razão de: a) casamento;

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b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor


sob guarda ou tutela e irmãos.
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e estará obrigado
a um rol não menos importante de obrigações. Como estamos no meio de órgãos ou entida-
des que possuem alto grau de hierarquia em suas estruturas, é de extrema importância que
o servidor tenha meios de pleitear os direitos que lhe são próprios nas situações em que se
sentir coagido ou em que houver descaso por parte dos seus superiores. Tais situações são
atendidas por meio do direito de petição.
O direito de requerer prescreve: a) em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cas-
sação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos
resultantes das relações de trabalho; b) em 120 dias, nos demais casos, salvo quando outro
prazo for fixado em lei.
A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos elementares
do Direito Administrativo, mais precisamente os relacionados com os poderes hierárquico e
disciplinar.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.112/1990, três são as esferas de responsabili-
dade a que os servidores públicos federais estão submetidos, sendo elas: civil, administrativa
e penal.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Enquadram-se no conceito de responsabilidade
civil todas as ações ou omissões do servidor público que, agindo em nome da administração,
cause algum dano ao particular ou ao próprio Poder Público.
A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor.
A responsabilidade administrativa, por sua vez, resulta de ato omissivo ou comissivo pra-
ticado pelo servidor no desempenho do cargo ou função.
De acordo com as normas da Lei n. 8.112/1990, são as seguintes as penalidades passíveis
de aplicação aos servidores públicos federais: I – advertência; II – suspensão; III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V – destituição de cargo em comissão;
VI – destituição de função comissionada.

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Antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser garantido o contraditório e a


ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o processo de aplicação.
Ainda que a administração possua o dever de punir todas as infrações de que tiver co-
nhecimento, cumpre informar que as penalidades devem ser aplicadas dentro de um lapso
de tempo a partir da data em que o fato se tornou conhecido, após o qual estarão prescritas.
A ação disciplinar prescreverá: I – em cinco anos, quanto às infrações puníveis com de-
missão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;
II – em dois anos, quanto à suspensão; III – em 180 dias, quanto à advertência.
A depender da penalidade a ser aplicada, diferentes são as autoridades com competência
para a sua aplicação:

Presidente da República, pelos Presidentes das Casas


Demissão ou cassação da aposentadoria
do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
ou disponibilidade
procurador-geral da República.
Autoridades administrativas de hierarquia imediata-
Suspensão superior a 30 dias mente inferior àquelas competentes para aplicação de
demissão ou cassação de aposentadoria.
Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos
Advertência e suspensão até 30 dias
respectivos regimentos ou regulamentos.
Destituição de cargo em comissão Autoridade que houver feito a nomeação.

Nos termos da Constituição Federal de 1988, a regra é a vedação à acumulação de dois


ou mais cargos públicos, sendo exceções (desde que haja compatibilidade de horários): a)
dois cargos de professor; b)um cargo de professor com outro, técnico ou científico; c) dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; d)
permissão de acumulação para os vereadores, desde que atendidos os requisitos legais; e)
permissão para os juízes e membros do ministério público exercerem o magistério.
O prazo para encerramento da sindicância é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais
30, e o seu resultado será: a) Arquivamento do Processo (quando não houver provas ou os fatos
forem infundados); b) Aplicação da penalidade de Advertência ou Suspensão até 30 dias; c)
Instauração do PAD (quando a infração se sujeitar a uma pena mais grave que a Suspensão
por 30 dias).
Como regra, todos os servidores públicos federais abrangidos pela Lei n. 8.112/1990 fa-
zem jus a todos os benefícios disciplinados pela norma.

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O servidor que apenas ocupe cargo em comissão (e que não seja originário de cargo efe-
tivo da Administração Pública Federal) não fará jus aos benefícios concedidos pela Lei 8112,
mas sim apenas a assistência à saúde.
Três são as formas distintas com que o servidor público estatutário poderá se aposentar:
a) por incapacidade permanente para o trabalho; b) compulsoriamente; c) voluntariamente;
Uma vez diagnosticada a incapacidade permanente, deverá o servidor, em um primeiro
momento, ser readaptado. Caso a readaptação não seja possível, teremos a aposentadoria na
presente modalidade. Neste caso, e de forma completamente diferente ao que ocorria até en-
tão, na aposentadoria por invalidez, deverá o servidor, obrigatoriamente, participar de avalia-
ções periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão
da aposentadoria.
A aposentadoria compulsória ocorre quando o servidor público atinge a idade limite para
permanecer em exercício no serviço público. Atualmente, a idade limite é aos 75 anos.
Com relação à aposentadoria voluntária, as regras gerais de concessão, bem como as
respectivas exceções, podem ser mais bem visualizadas da seguinte forma:

Categoria Requisitos
Idade mínima de 65 anos, se homem, e de 62 anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
Regra Geral (Servidores Públicos Federais)
público;
Tempo mínimo de 5 anos de efetivo exercício no cargo em que
for concedida a aposentadoria.
Idade mínima de 60 anos, se homem, e de 57 anos, se mulher;
Tempo mínimo de 25 anos de contribuição;
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
Professores
público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for conce-
dida a aposentadoria.
Idade mínima de 55 anos;
Tempo mínimo de 30 anos de contribuição;
Servidores da segurança pública
Tempo mínimo de 25 anos de efetivo exercício em cargo dessas
carreiras.

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Idade mínima de 60 anos;


Tempo mínimo de 25 anos de efetiva exposição e contribuição;
Servidores que desempenham atividades Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício de serviço
especiais público;
Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for conce-
dida a aposentadoria.
Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço
público;
Servidores portadores de deficiência Tempo mínimo de 5 anos no cargo efetivo em que for conce-
dida a aposentadoria.
Demais regras serão estabelecidas em lei.

O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia


equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.
O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.
Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-família: I –
o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade
ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade; II – o menor
de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na companhia e às expensas
do servidor, ou do inativo; III – a mãe e o pai sem economia própria.

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MAPAS MENTAIS
Para cargo isolado de provimento
Em caráter efetivo
Única forma de provimento efetivo ou de carreira
originário, podendo ocorrer
Inclusive na condição de interino,
Em comissão
Nomeação para cargos de confiança vagos

Após a nomeação, o aprovado tem o prazo de 30 dias Após a posse, deve o servidor entrar em exercício no
para tomar posse prazo de 15 dias

Promoção Elevação para outra classe no âmbito da mesma carreira

Investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


Se julgado incapaz para o serviço público,
Readaptação compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
o readaptando será aposentado
física ou mental verificada em inspeção médica

Formas de Quando junta médica oficial declarar


Por invalidez insubsistentes os motivos da aposentadoria
provimento Retorno à atividade de servidor
Reversão
aposentado No interesse da
Desde que atenda aos requisitos legais
Administração

Reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente


Depende da invalidação da demissão por
Reintegração ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, com
decisão administrativa ou judicial
ressarcimento de todas as vantagens

Decorrente da inabilitação em estágio probatório rela-


Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo tivo a outro cargo
Recondução
anteriormente ocupado
Decorrente da reintegração do anterior ocupante
Retorno à atividade do servidor
Aproveitamento
em disponibilidade

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É o deslocamento do servidor

Pode ocorrer com ou sem mudança de sede

Remoção Quando ocorrer a pedido,


a administração pode ou não deferir

Pode ocorrer a Quando ocorrer de ofício, o servidor Por motivo de saúde do


pedido ou deve aceitar a remoção servidor, de cônjuge ou de pessoa
de ofício que viva às suas expensas
Em determinadas situações, a remoção
a pedido do servidor deve, Para acompanhar cônjuge
obrigatoriamente, ser deferida removido pela administração
Em virtude de processo seletivo, desde
Remoção e que o número de inscritos seja superior
É o deslocamento de cargo de provimento efetivo,
redistribuição ao de vagas oferecidas
ocupado ou não

Ocorre no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do


mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC

Redistribuição Interesse da administração

Equivalência de vencimentos

Manutenção da essência das atribuições do cargo


Deve atender aos
seguintes requisitos: Vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades

Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional

Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do


órgão ou entidade

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Serve como base para o processo
Preparatória
administrativo disciplinar

Utilizada para a aplicação das penalidades de


Sindicância Punitiva
advertência e de suspensão até 30 dias

Deve ser concluída no prazo de 30 dias, havendo possibilidade de prorrogação


por igual período

Instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração


praticada no exercício de suas atribuições ou que tenha relação com as
atribuições do cargo em que se encontre investido

Processo Deve ser utilizado quando a infração ensejar a aplicação das sanções de sus-
disciplinar pensão por mais de 30 dias, demissão, cassação de aposentadoria ou de dispo-
nibilidade e destituição de cargo em comissão

Processo Prazo para conclusão de 60 dias, Após o relatório elaborado pela


Administrativo podendo ser prorrogado por igual comissão, a autoridade competente tem
Disciplinar (PAD) período o prazo de 20 dias para julgar

O afastamento terá a duração de 60


Em caso de
dias, podendo ser prorrogado por igual
necessidade, poderá
prazo
ser determinado o
afastamento
Durante o período de afastamento, o
preventivo do
servidor recebe normalmente sua
servidor acusado
remuneração

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
Diogo Surdi

QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) Com base nas disposi-
ções constitucionais relativas a cargos, empregos e funções públicas e nas disposições do
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Pernambuco, julgue o item seguinte.
Reintegração corresponde ao reingresso de servidor aposentado no serviço público, se insub-
sistentes os motivos da aposentadoria ou se houver interesse e requisição da administração,
respeitada a opção do servidor.

Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPC/TCE-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) Se um


servidor em disponibilidade reingressa no serviço público, em cargo de natureza e padrão de
vencimento correspondentes ao que ocupava, então, nesse caso, ocorre o que se denomina
a) redistribuição.
b) aproveitamento.
c) readaptação.
d) recondução.
e) remoção.

Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Julgue o seguinte item de


acordo com as disposições constitucionais e legais acerca dos agentes públicos.
A reversão constitui a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, e
ocorre quando é invalidada a demissão do servidor por decisão judicial ou administrativa.
Nesse caso, o servidor deve ser ressarcido de todas as vantagens que deixou de perceber
durante o período demissório.

Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/ASS ADM/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
A promoção não constitui forma de provimento em cargo público.

Questão 5 (CEBRASPE/CESPE/ADM/IFF/2018) João, servidor público civil federal, ainda


em período de estágio probatório, sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou com

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
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sequelas que o levaram à aposentadoria por invalidez. Três anos depois, a administração
pública, por meio da junta médica oficial, constatou que João teria se reabilitado e que suas
sequelas haviam sido extintas, fatos que ocasionaram a declaração de insubsistência dos
motivos da sua aposentadoria.
Nessa situação hipotética, a determinação do retorno ao cargo anteriormente ocupado por
João configura o(a)
a) reintegração.
b) recondução.
c) reversão.
d) reaproveitamento.
e) readaptação.

Questão 6 (CEBRASPE/CESPE/ASS ALUN/IFF/2018) A investidura em cargo público ocor-


rerá com o(a)
a) nomeação.
b) posse.
c) exercício.
d) provimento.
e) classificação em todas as etapas do concurso público.

Questão 7 (CEBRASPE/CESPE/AUX ADM/IFF/2018) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990,


em caso de servidor público estável cuja demissão tenha sido invalidada por decisão admi-
nistrativa ou judicial, deverá ocorrer a
a) recondução.
b) reintegração.
c) redistribuição.
d) readaptação.
e) reversão.

Questão 8 (CEBRASPE/CESPE/ASS ADM/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.

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Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: indenizações,


gratificações e adicionais, incorporando-se as duas últimas ao vencimento ou provento, nas
condições indicadas em lei.

Questão 9 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
O auxílio-moradia poderá ser concedido a servidor público que resida com outra pessoa que
receba o mesmo benefício.

Questão 10 (CEBRASPE/CESPE/AUX INST/IPHAN/ÁREA 1/2018) Com base nas disposições


da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item a seguir.
Nos casos de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servi-
dor ou aquisição de imóvel pelo servidor, o auxílio-moradia será pago por ainda um mês.

Questão 11 (CEBRASPE/CESPE/AJ/TRT-7ª/APOIO ESPECIALIZADO/TECNOLOGIA DA IN-


FORMAÇÃO/2017) Matilde, servidora pública federal do TRT 7.ª Região, será removida, por
interesse do serviço, da 1.ª Vara do Trabalho da Região do Cariri para a 1.ª Vara do Trabalho
de Sobral. Sendo a mudança de caráter permanente, caberá ao tribunal compensar as despe-
sas de instalação da servidora na nova sede.
Nessa situação, de acordo com a Lei n.º 8.112/1990, Matilde terá o direito à percepção da
indenização denominada
a) diárias.
b) transporte.
c) auxílio-moradia.
d) ajuda de custo.

Questão 12 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
O servidor em estágio probatório não poderá afastar-se para servir em organismo inter-
nacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, ainda que com a perda total da
remuneração.

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Questão 13 (CEBRASPE/CESPE/OTI/ABIN/ÁREA 1/2018) Considerando o disposto no De-


creto n.º 7.133/2010 e na Lei n.º 8.112/1990, além da avaliação de desempenho, julgue o item
a seguir.
De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, é dever do servidor atender o público em geral com pres-
teza, fornecendo as informações requeridas, salvo aquelas protegidas por sigilo.

Questão 14 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
Apesar de as instâncias administrativa e penal serem independentes entre si, a eventual res-
ponsabilidade administrativa do servidor será afastada se, na esfera criminal, ele for benefi-
ciado por absolvição que negue a existência do fato ou a sua autoria.

Questão 15 (CEBRASPE/CESPE/ANA ADM/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item


seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.
A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a ser subme-
tido a inspeção médica determinada pela autoridade competente.

Questão 16 (CEBRASPE/CESPE/ANA ADM/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Assunto: Do


regime disciplinar (Lei n. 8.112/1990 – arts. 116 a 142)
Julgue o item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço
público.
É dever do servidor público respeitar a hierarquia, respeito esse que veda a ele representar
contra comprometimentos da estrutura do poder estatal.

Questão 17 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipotética, se-
guida de uma assertiva a ser julgada.
Ana, que está em licença por afastamento de seu marido, e Júlio, que está de férias, são ser-
vidores do TRE/GO e foram nomeados para ocupar cargos na administração pública federal.
Nessa situação, as posses dos dois servidores em seus novos cargos devem ocorrer no prazo
de trinta dias contados da publicação dos respectivos atos de provimento nos cargos.

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
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Questão 18 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) A respeito da Lei n.º 8.112/1990,


o item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Em razão de uma reforma administrativa realizada no âmbito do Poder Judiciário, os cargos
ocupados por alguns servidores estáveis de determinado TRE foram extintos, e esses servi-
dores foram colocados em disponibilidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à ativi-
dade pública poderá dar-se por recondução, caso em que eles passarão a ocupar cargos de
atribuições e vencimentos compatíveis com os anteriormente ocupados.

Questão 19 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca de ato administrativo e


agentes públicos, julgue o item subsecutivo.
Promoção e readaptação são formas de provimento em cargo público.

Questão 20 (CESPE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/FUB/2015) Com referência às disposi-


ções do regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei n.º 8.112/1990), julgue o
item que se segue.
Considere que determinado servidor público tenha sido investido em novo cargo, compatível
com as suas limitações decorrentes de acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar
que o referido servidor está em provimento originário.

Questão 21 (CESPE/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/FUB/2015) Com base no que dispõem as


Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o item que se segue.
Considere que João, de setenta anos de idade, servidor público federal aposentado por inva-
lidez, tenha solicitado a reversão de sua aposentadoria. Nessa situação, mesmo que a junta
médica oficial tenha concluído que o referido servidor não apresenta qualquer condição inca-
pacitante para o exercício profissional, a administração deverá indeferir a solicitação de João.

Questão 22 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipotética, se-
guida de uma assertiva a ser julgada.
Pedro, analista judiciário, tomou posse no TRE/GO em 10/10/2011; Gilson, outro analista do
tribunal, que havia sido demitido do serviço público, foi reintegrado ao cargo, já ocupado por

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Pedro, em dezembro de 2014. Nessa situação, o cargo deve passar a ser novamente ocupado
por Gilson, e Pedro deve ser redistribuído.

Questão 23 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Remoção é o deslocamento do


servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Questão 24 (CESPE/2016/DPU/TÉCNICO) Ainda com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990


e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.
O servidor que for nomeado para cargo de provimento efetivo será submetido, após entrar em
exercício, a estágio probatório de três anos, no qual será avaliado com base na assiduidade,
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

Questão 25 (CESPE/MDIC/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos agentes


públicos e aos poderes administrativos, julgue o item que se segue. Nesse sentido, considere
que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988.
Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em comissão
cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 preveja a sanção de suspensão. Nesse
caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a pe-
nalidade de destituição do cargo em comissão.

Questão 26 (CESPE/CADE/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere que, após regular


processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unicamente por
cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servidor cometeu infração
punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a penalidade a ser aplicada será a exo-
neração de ofício do servidor faltoso.

Questão 27 (CESPE/MDIC/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos agentes


públicos e aos poderes administrativos, julgue o item que se segue. Nesse sentido, considere
que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988.
Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em comissão
cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 preveja a sanção de suspensão. Nesse

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caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a pe-


nalidade de destituição do cargo em comissão.

Questão 28 (CESPE/CADE/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere que, após regular


processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unicamente por
cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servidor cometeu infração
punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a penalidade a ser aplicada será a exo-
neração de ofício do servidor faltoso.

Questão 29 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipotética, se-
guida de uma assertiva a ser julgada.
O TRE/GO recebeu denúncias sobre supostas irregularidades praticadas por José, um de seus
analistas judiciários. Nessa situação, ainda que os atos atribuídos a José não configurem
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a autoridade responsável do tribunal deve deter-
minar a instauração de processo administrativo disciplinar.

Questão 30 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) A respeito da Lei n.º 8.112/1990,


o item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Um processo administrativo disciplinar instaurado para apurar possíveis irregularidades co-
metidas por um servidor público federal revelou o desvio de verbas públicas. Nessa situação,
o eventual ajuizamento da ação penal não extinguirá o procedimento administrativo contra o
servidor.

Questão 31 (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO/DEPEN/2015) O prazo para a conclusão de


um processo disciplinar é de cento e vinte dias, contados a partir da constituição da comis-
são julgadora, admitida a prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Questão 32 (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO/DEPEN/2015) Qualquer cidadão pode denun-


ciar uma irregularidade cometida por servidor público, desde que a denúncia contenha iden-
tificação e endereço do denunciante e seja formulada por escrito.

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Questão 33 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
O cargo público, definido como o conjunto de atribuições e responsabilidades incumbidas ao
servidor, é criado por lei para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Questão 34 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
Situação hipotética: Cláudio, servidor público federal, foi demitido após ter respondido a pro-
cesso administrativo pela suposta prática de ato de improbidade administrativa. Inconforma-
do, Cláudio ingressou com ação judicial e conseguiu anular a demissão, tendo sido reinves-
tido no cargo.
Assertiva: Nesse caso, a reinvestidura de Cláudio no cargo público se dará por meio da reversão.

Questão 35 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
Situação hipotética: Giorgio, de quarenta anos de idade, é cidadão italiano e não tem naciona-
lidade brasileira. Foi aprovado, dentro do número de vagas, em concurso público para prover
cargo do professor de ensino superior de determinada universidade federal, tem o nível de
escolaridade exigido para o cargo e aptidão física e mental.
Assertiva: Nessa situação, por não ter a nacionalidade brasileira, Giorgio não poderá tomar
posse no referido cargo.

Questão 36 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
Ascensão e reintegração são formas de provimento de cargo público.

Questão 37 (CESPE/ATA/DPU/2016) Ainda com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990 e na


Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.
O servidor que for nomeado para cargo de provimento efetivo será submetido, após entrar em
exercício, a estágio probatório de três anos, no qual será avaliado com base na assiduidade,
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

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Questão 38 (CESPE/ATA/DPU/2016) Ainda com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990 e na


Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.
É permitido o exercício de mais de um cargo em comissão, desde que seja na condição de
interino.

Questão 39 (CESPE/TEC AE/DPU/2016) Em relação ao regime jurídico dos cargos, empre-


gos e funções públicas e às disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se segue.
Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-
patíveis com a limitação em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica,
advinda após sua posse em cargo público.

Questão 40 (CESPE/TJ/TRE-PI/ADMINISTRATIVA/2016) Teobaldo, servidor público do es-


tado do Piauí, adquiriu sua estabilidade em 27/1/2012. Em novembro de 2012, ele foi nomea-
do para o cargo de técnico judiciário no TRE/PI. Dentro do prazo legal, Teobaldo tomou posse
e entrou em exercício em seu novo cargo, após solicitar vacância por posse em outro cargo
inacumulável. Na avaliação de seu estágio probatório, no tribunal, Teobaldo foi reprovado, ou
seja, foi considerado inapto para o exercício do cargo ocupado no TRE/PI.
Nessa situação hipotética, a administração deve aplicar, em relação a Teobaldo, o instituto
denominado
a) recondução.
b) aproveitamento.
c) exoneração.
d) demissão.
e) readaptação.

Questão 41 (CESPE/ESP/FUNPRESP/JURÍDICA/2016) Com relação aos convênios adminis-


trativos, aos agentes públicos e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, tendo sofrido limitação em sua capacidade física ou
mental, verificada em inspeção médica, o servidor público estará sujeito a readaptação, que
consiste na investidura em outro cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com
as do cargo por ele anteriormente ocupado.

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Questão 42 (CESPE/AJ/TRT-8ª/ADMINISTRATIVA/ 2016) Conforme a Lei n.º 8.112/1990, o


deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral
de pessoal para outro órgão ou entidade do mesmo poder denomina-se
a) transferência.
b) substituição.
c) redistribuição.
d) remoção.
e) reintegração.

Questão 43 (CESPE/AG ADM/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990,
que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Carlos trabalha em atividade considerada insalubre e perigosa e faz jus
ao recebimento dos adicionais de insalubridade e de periculosidade.
Assertiva: Nesse caso, Carlos deverá optar por um deles, sendo-lhe vedado acumular os dois
adicionais.

Questão 44 (CESPE/TEC/INSS/2016) Julgue o item conforme o disposto na Lei n.º


8.112/1990.
Em conformidade com a Lei n.º 8.112/1990, o servidor público poderá ser afastado do Brasil
para missão oficial por tempo indeterminado.

Questão 45 (CESPE/CONTADOR/FUB/2015) Maria, servidora pública federal estável, inte-


grante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder Executivo federal,
recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida para que favore-
cesse determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o curso regular do proces-
so administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi
aplicada a pena de demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legislação aplicá-
vel ao caso.
Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio de sentença judicial,
Maria deverá ser reintegrada ao cargo anteriormente ocupado.

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Questão 46 (CESPE/TEC/INSS/2016) Considerando que determinado servidor público fede-


ral tenha sido removido para outra sede, situada em outro município, para acompanhar sua
esposa, que também é servidora pública federal e foi removida no interesse da administração,
julgue o item seguinte à luz do disposto na Lei n.º 8.112/1990.
Ainda que o servidor e sua esposa sejam integrantes de órgãos pertencentes a poderes dis-
tintos da União, a remoção do servidor poderia ser concedida.

Questão 47 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Alice, aprovada em concurso pú-


blico para o cargo de técnico administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente
familiar que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa situação, Alice
poderá nomear, por procuração específica, alguém que a represente no ato da posse.

Questão 48 (CESPE/TEC AE/DPU/2016) Em relação ao regime jurídico dos cargos, empre-


gos e funções públicas e às disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se segue.
A investidura em cargo público ocorre com a posse.

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GABARITO
1. E 29. E
2. b 30. C
3. E 31. E
4. E 32. C
5. c 33. C
6. b 34. E
7. b 35. E
8. C 36. E
9. E 37. C
10. C 38. C
11. d 39. C
12. E 40. a
13. C 41. C
14. C 42. c
15. E 43. C
16. E 44. E
17. E 45. C
18. E 46. C
19. C 47. C
20. E 48. C
21. C
22. E
23. E
24. C
25. C
26. E
27. C
28. E

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
Diogo Surdi

GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CEBRASPE/CESPE/AAP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) Com base nas dispo-
sições constitucionais relativas a cargos, empregos e funções públicas e nas disposi-
ções do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Pernambuco, julgue o
item seguinte.
Reintegração corresponde ao reingresso de servidor aposentado no serviço público, se insub-
sistentes os motivos da aposentadoria ou se houver interesse e requisição da administração,
respeitada a opção do servidor.

Errado.
Ao contrário do que informa a questão, a reintegração, de acordo com o artigo 28 da Lei n.
8.112/1990, é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no car-
go resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão adminis-
trativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Questão 2 (CEBRASPE/CESPE/ANA MIN/MPC/TCE-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) Se um


servidor em disponibilidade reingressa no serviço público, em cargo de natureza e padrão de
vencimento correspondentes ao que ocupava, então, nesse caso, ocorre o que se denomina
a) redistribuição.
b) aproveitamento.
c) readaptação.
d) recondução.
e) remoção.

Letra b.
Neste caso, estaremos diante do aproveitamento, cuja previsão é o artigo 30 do estatuto federal:

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento


obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

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Questão 3 (CEBRASPE/CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Julgue o seguinte item de


acordo com as disposições constitucionais e legais acerca dos agentes públicos.
A reversão constitui a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, e
ocorre quando é invalidada a demissão do servidor por decisão judicial ou administrativa.
Nesse caso, o servidor deve ser ressarcido de todas as vantagens que deixou de perceber
durante o período demissório.

Errado.
A definição apresentada é a de reintegração, e não de reversão, conforme afirmado pela ques-
tão. Além disso, após a reintegração, o servidor terá direito ao recebimento e todas as vanta-
gens que deixou de receber.

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no


cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administra-
tiva ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Questão 4 (CEBRASPE/CESPE/ASS ADM/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
A promoção não constitui forma de provimento em cargo público.

Errado.
Ao contrário do que afirmado pela questão, a promoção é sim uma forma de provimento em
cargo público.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:


II – promoção;

Questão 5 (CEBRASPE/CESPE/ADM/IFF/2018) João, servidor público civil federal, ainda


em período de estágio probatório, sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou com
sequelas que o levaram à aposentadoria por invalidez. Três anos depois, a administração
pública, por meio da junta médica oficial, constatou que João teria se reabilitado e que suas
sequelas haviam sido extintas, fatos que ocasionaram a declaração de insubsistência dos
motivos da sua aposentadoria.

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Nessa situação hipotética, a determinação do retorno ao cargo anteriormente ocupado por


João configura o(a)
a) reintegração.
b) recondução.
c) reversão.
d) reaproveitamento.
e) readaptação.

Letra c.
Neste caso, estamos diante de uma das situações ensejadoras da reversão do servidor públi-
co, conforme previsão do artigo 25:

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:


I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria;
ou
II – no interesse da administração, desde que (...)

Questão 6 (CEBRASPE/CESPE/ASS ALUN/IFF/2018) A investidura em cargo público ocor-


rerá com o(a)
a) nomeação.
b) posse.
c) exercício.
d) provimento.
e) classificação em todas as etapas do concurso público.

Letra b.
Em conformidade com o que afirmado no artigo 7º, “a investidura em cargo público ocorrerá
com a posse”.

Questão 7 (CEBRASPE/CESPE/AUX ADM/IFF/2018) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990,


em caso de servidor público estável cuja demissão tenha sido invalidada por decisão admi-
nistrativa ou judicial, deverá ocorrer a

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a) recondução.
b) reintegração.
c) redistribuição.
d) readaptação.
e) reversão.

Letra b.
Neste caso, teremos a reintegração do servidor público estável, cuja previsão consta no artigo
28 da norma federal.

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no


cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administra-
tiva ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Questão 8 (CEBRASPE/CESPE/ASS ADM/EBSERH/2018) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: indenizações,
gratificações e adicionais, incorporando-se as duas últimas ao vencimento ou provento, nas
condições indicadas em lei.

Certo.
Conforme afirma, poderão ser pagas aos servidores públicos federais, além do vencimento,
indenizações, gratificações e adicionais.
Ao passo que as indenizações não se incorporam ao vencimento, as gratificações e os adicio-
nais se incorporam, nos casos e condições previstos em lei, ao vencimento do servidor.

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I – indenizações;
II – gratificações;
III – adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e con-
dições indicados em lei.

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Questão 9 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
O auxílio-moradia poderá ser concedido a servidor público que resida com outra pessoa que
receba o mesmo benefício.

Errado.
Uma das condições para o recebimento do auxílio-moradia é que nenhuma pessoa que resida
com o servidor esteja recebendo a mencionada indenização.

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:


IV – nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;

Questão 10 (CEBRASPE/CESPE/AUX INST/IPHAN/ÁREA 1/2018) Com base nas disposições


da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item a seguir.
Nos casos de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servi-
dor ou aquisição de imóvel pelo servidor, o auxílio-moradia será pago por ainda um mês.

Certo.
A questão está correta, nos termos do artigo 60-E da Lei n. 8.112/1990:

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do ser-
vidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.

Questão 11 (CEBRASPE/CESPE/AJ/TRT-7ª/APOIO ESPECIALIZADO/TECNOLOGIA DA IN-


FORMAÇÃO/2017) Matilde, servidora pública federal do TRT 7.ª Região, será removida, por
interesse do serviço, da 1.ª Vara do Trabalho da Região do Cariri para a 1.ª Vara do Trabalho
de Sobral. Sendo a mudança de caráter permanente, caberá ao tribunal compensar as despe-
sas de instalação da servidora na nova sede.
Nessa situação, de acordo com a Lei n.º 8.112/1990, Matilde terá o direito à percepção da
indenização denominada
a) diárias.
b) transporte.

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c) auxílio-moradia.
d) ajuda de custo.

Letra d.
Considerando que a remoção ocorreu por interesse do serviço, possuindo, de igual forma, ca-
ráter de definitividade, deverá a servidora receber a indenização denominada ajuda de custo.

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no
interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter
permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge
ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede.

Questão 12 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
O servidor em estágio probatório não poderá afastar-se para servir em organismo internacio-
nal de que o Brasil participe ou com o qual coopere, ainda que com a perda total da remune-
ração.

Errado.
O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou
com o qual coopere está previsto no artigo 96 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe
ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

De acordo com a norma, tal afastamento consta dentre aqueles que podem ser concedidos ao
servidor que se encontra em estágio probatório.

Art. 20, § 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os
afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para par-
ticipar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Adminis-
tração Pública Federal.

Questão 13 (CEBRASPE/CESPE/OTI/ABIN/ÁREA 1/2018) Considerando o disposto no De-


creto n.º 7.133/2010 e na Lei n.º 8.112/1990, além da avaliação de desempenho, julgue o item
a seguir.

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De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, é dever do servidor atender o público em geral com pres-
teza, fornecendo as informações requeridas, salvo aquelas protegidas por sigilo.

Certo.
Temos aqui um dos deveres elencados para os servidores públicos federais.

Art. 116. São deveres do servidor:


V – atender com presteza:
ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

Questão 14 (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Com base no disposto na


Lei n.º 8.112/1990, julgue o item seguinte.
Apesar de as instâncias administrativa e penal serem independentes entre si, a eventual res-
ponsabilidade administrativa do servidor será afastada se, na esfera criminal, ele for benefi-
ciado por absolvição que negue a existência do fato ou a sua autoria.

Certo.
Como regra geral, as três esferas de responsabilização são independentes entre si. No en-
tanto, em duas situações, a absolvição no âmbito penal repercute na esfera administrativa,
sendo elas:
• absolvição negando a existência do fato;
• absolvição negando a autoria.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição crimi-
nal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Questão 15 (CEBRASPE/CESPE/ANA ADM/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Julgue o item


seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço público.
A demissão será a penalidade disciplinar cabível para o servidor que se recusar a ser subme-
tido a inspeção médica determinada pela autoridade competente.

Errado.
De acordo com o §1º do artigo 130, “será punido com suspensão de até 15 (quinze)
dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica

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determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez


cumprida a determinação”.

Questão 16 (CEBRASPE/CESPE/ANA ADM/EBSERH/ADMINISTRAÇÃO/2018) Assunto: Do


regime disciplinar (Lei n. 8.112/1990 – arts. 116 a 142)
Julgue o item seguinte, relativo ao regime dos servidores públicos federais e à ética no serviço
público.
É dever do servidor público respeitar a hierarquia, respeito esse que veda a ele representar
contra comprometimentos da estrutura do poder estatal.

Errado.
Ainda que o servidor deva respeitar a hierarquia, é um dever de ele representar contra a ilega-
lidade, omissão ou abuso de poder.

Art. 116. São deveres do servidor:


XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Questão 17 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipotética, se-
guida de uma assertiva a ser julgada.
Ana, que está em licença por afastamento de seu marido, e Júlio, que está de férias, são ser-
vidores do TRE/GO e foram nomeados para ocupar cargos na administração pública federal.
Nessa situação, as posses dos dois servidores em seus novos cargos devem ocorrer no prazo
de trinta dias contados da publicação dos respectivos atos de provimento nos cargos.

Errado.
Nestas situações, o início do prazo para a posse, que é de 30 dias, será contado da data do
término do impedimento, conforme previsão no artigo 13, §2º:

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribui-
ções, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão
ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

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§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.


§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença
prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas
“a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.

Questão 18 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) A respeito da Lei n.º 8.112/1990,


o item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Em razão de uma reforma administrativa realizada no âmbito do Poder Judiciário, os cargos
ocupados por alguns servidores estáveis de determinado TRE foram extintos, e esses servi-
dores foram colocados em disponibilidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à ativi-
dade pública poderá dar-se por recondução, caso em que eles passarão a ocupar cargos de
atribuições e vencimentos compatíveis com os anteriormente ocupados.

Errado.
Neste caso, deverá ser utilizada a forma de provimento chamada aproveitamento, conforme
previsão do artigo 30:

O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório


em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Questão 19 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca de ato administrativo e


agentes públicos, julgue o item subsecutivo.
Promoção e readaptação são formas de provimento em cargo público.

Certo.
A promoção e a readaptação são duas das formas de provimento em cargo público, conforme
previsão do artigo 8º da Lei n. 8.112/1990:

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:


II – promoção;
V – readaptação;

Questão 20 (CESPE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/FUB/2015) Com referência às disposi-


ções do regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei n.º 8.112/1990), julgue o
item que se segue.

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Considere que determinado servidor público tenha sido investido em novo cargo, compatível
com as suas limitações decorrentes de acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar
que o referido servidor está em provimento originário.

Errado.
A única forma de provimento originário é a nomeação. Todas as demais são consideradas
formas derivadas, uma vez que decorrem da investidura anterior em cargo público. No caso
da questão, estamos diante da readaptação.

Questão 21 (CESPE/TÉCNICO DE LABORATÓRIO/FUB/2015) Com base no que dispõem as


Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o item que se segue.
Considere que João, de setenta anos de idade, servidor público federal aposentado por
invalidez, tenha solicitado a reversão de sua aposentadoria. Nessa situação, mesmo que
a junta médica oficial tenha concluído que o referido servidor não apresenta qualquer
condição incapacitante para o exercício profissional, a administração deverá indeferir a
solicitação de João.

Certo.
De acordo com o artigo 27 da Lei n. 8.112/1990, “não poderá reverter o aposentado que já
tiver completado 70 (setenta) anos de idade”.

Questão 22 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipotética, se-
guida de uma assertiva a ser julgada.
Pedro, analista judiciário, tomou posse no TRE/GO em 10/10/2011; Gilson, outro analista do
tribunal, que havia sido demitido do serviço público, foi reintegrado ao cargo, já ocupado por
Pedro, em dezembro de 2014. Nessa situação, o cargo deve passar a ser novamente ocupado
por Gilson, e Pedro deve ser redistribuído.

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Errado.
No caso, Gilson foi reintegrado ao cargo anteriormente ocupado. Com isso, Pedro, que estava ocu-
pando o seu cargo, deve ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou apro-
veitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade, conforme previsão do artigo 28, §2º.

Questão 23 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Remoção é o deslocamento do


servidor, a pedido, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Errado.
De acordo com o artigo 36, a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Nota-se, assim, que a questão está
incompleta, uma vez que a remoção também poderá dar-se de ofício.

Questão 24 (CESPE/2016/DPU/TÉCNICO) Ainda com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990


e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.
O servidor que for nomeado para cargo de provimento efetivo será submetido, após entrar em
exercício, a estágio probatório de três anos, no qual será avaliado com base na assiduidade,
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

Certo.
O estágio probatório de todos os servidores regidos pelas disposições da Lei n. 8.112/1990
é de 3 anos. Neste período, serão avaliados diversos fatores, após o qual o servidor aprovado
adquirirá a estabilidade no serviço público.
De acordo com a Lei n. 8.112/1990, são fatores que serão avaliados no período do estágio
probatório (art. 20): I – assiduidade; II – disciplina; III – capacidade de iniciativa; IV – produ-
tividade; V– responsabilidade.

Questão 25 (CESPE/MDIC/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos agentes


públicos e aos poderes administrativos, julgue o item que se segue. Nesse sentido, considere
que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988.

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Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em comissão


cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 preveja a sanção de suspensão. Nesse
caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a pe-
nalidade de destituição do cargo em comissão.

Certo.
Trata-se de questão que exige a literalidade do artigo 135 da Lei n. 8.112/1990:

A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Questão 26 (CESPE/CADE/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere que, após regular


processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unicamente por
cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servidor cometeu infração
punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a penalidade a ser aplicada será a exo-
neração de ofício do servidor faltoso.

Errado.
Nos termos do artigo 135 da Lei n. 8.112/1990, temos que a situação narrada pela questão
enseja a aplicação da penalidade de destituição de cargo em comissão, e não de exoneração,
conforme expresso na questão.

A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Questão 27 (CESPE/MDIC/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) No que se refere aos agentes


públicos e aos poderes administrativos, julgue o item que se segue. Nesse sentido, considere
que a sigla CF, sempre que empregada, refere-se à Constituição Federal de 1988.
Considere que um servidor vinculado à administração unicamente por cargo em comissão
cometa uma infração para a qual a Lei n.º 8.112/1990 preveja a sanção de suspensão. Nesse
caso, se comprovadas a autoria e a materialidade da irregularidade, o servidor sofrerá a pe-
nalidade de destituição do cargo em comissão.

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Certo.
Trata-se de questão que exige a literalidade do artigo 135 da Lei n. 8.112/1990:

A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Questão 28 (CESPE/CADE/2014/AGENTE ADMINISTRATIVO) Considere que, após regular


processo administrativo contra servidor vinculado à administração pública unicamente por
cargo em comissão, a autoridade julgadora tenha concluído que o servidor cometeu infração
punível com a penalidade de suspensão. Nesse caso, a penalidade a ser aplicada será a exo-
neração de ofício do servidor faltoso.

Errado.
Nos termos do artigo 135 da Lei n. 8.112/1990, temos que a situação narrada pela questão
enseja a aplicação da penalidade de destituição de cargo em comissão, e não de exoneração,
conforme expresso na questão.

A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Questão 29 (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Acerca do regime jurídico dos


servidores públicos civis da União, no próximo item apresenta uma situação hipotética, se-
guida de uma assertiva a ser julgada.
O TRE/GO recebeu denúncias sobre supostas irregularidades praticadas por José, um de seus
analistas judiciários. Nessa situação, ainda que os atos atribuídos a José não configurem
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a autoridade responsável do tribunal deve deter-
minar a instauração de processo administrativo disciplinar.

Errado.
O processo administrativo disciplinar apenas será instaurado se as denúncias contiverem
atos ou fatos considerados ilícitos, em plena sintonia com o artigo 144 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a iden-
tificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

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Lei n. 8.112/1990 – Servidores Públicos
Diogo Surdi

Questão 30 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) A respeito da Lei n.º 8.112/1990,


o item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Um processo administrativo disciplinar instaurado para apurar possíveis irregularidades co-
metidas por um servidor público federal revelou o desvio de verbas públicas. Nessa situação,
o eventual ajuizamento da ação penal não extinguirá o procedimento administrativo contra o
servidor.

Certo.
Ainda que o PAD tenha sido instaurado, nada impede que as irregularidades cometidas sejam
objeto de investigação, também, na esfera penal, uma vez que a responsabilidade do servidor
público pode dar-se em três diferentes esferas: administrativa, civil e penal.

Questão 31 (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO/DEPEN/2015) O prazo para a conclusão de


um processo disciplinar é de cento e vinte dias, contados a partir da constituição da comis-
são julgadora, admitida a prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

Errado.
De acordo com o artigo 152, “O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá
60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admiti-
da a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem”.

Questão 32 (CESPE/AGENTE PENITENCIÁRIO/DEPEN/2015) Qualquer cidadão pode denun-


ciar uma irregularidade cometida por servidor público, desde que a denúncia contenha iden-
tificação e endereço do denunciante e seja formulada por escrito.

Certo.
Trata-se de regra prevista no artigo 144 da Lei n. 8.112/1990:

Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a iden-
tificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

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Questão 33 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
O cargo público, definido como o conjunto de atribuições e responsabilidades incumbidas ao
servidor, é criado por lei para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Certo.
Trata-se de previsão do artigo 3º da Lei n. 8.112/1990, de seguinte teor:

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura orga-


nizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo
ou em comissão.

Questão 34 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
Situação hipotética: Cláudio, servidor público federal, foi demitido após ter respondido a pro-
cesso administrativo pela suposta prática de ato de improbidade administrativa. Inconforma-
do, Cláudio ingressou com ação judicial e conseguiu anular a demissão, tendo sido reinves-
tido no cargo.
Assertiva: Nesse caso, a reinvestidura de Cláudio no cargo público se dará por meio da reversão.

Errado.
Na situação narrada, Cláudio deverá fazer uso do instituto da reintegração, e não da reversão.

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no


cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administra-
tiva ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Questão 35 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
Situação hipotética: Giorgio, de quarenta anos de idade, é cidadão italiano e não tem naciona-
lidade brasileira. Foi aprovado, dentro do número de vagas, em concurso público para prover

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cargo do professor de ensino superior de determinada universidade federal, tem o nível de


escolaridade exigido para o cargo e aptidão física e mental.
Assertiva: Nessa situação, por não ter a nacionalidade brasileira, Giorgio não poderá tomar
posse no referido cargo.

Errado.
Ainda que a regra geral seja a de que os cargos públicos apenas possam ser providos por
brasileiros, a Lei n. 8.112/1990 apresenta, como exceção, as hipóteses das universidades e
institutos de pesquisa. Nestes casos, poderão ser nomeados professores, técnicos e cientis-
tas estrangeiros.

Art. 5º, § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão


prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas
e os procedimentos desta Lei.

Questão 36 (CESPE/ATA/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, jul-
gue o seguinte item.
Ascensão e reintegração são formas de provimento de cargo público.

Errado.
A ascensão não é mais considerada uma forma de provimento de cargos públicos.

Questão 37 (CESPE/ATA/DPU/2016) Ainda com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990 e na


Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.
O servidor que for nomeado para cargo de provimento efetivo será submetido, após entrar em
exercício, a estágio probatório de três anos, no qual será avaliado com base na assiduidade,
disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

Certo.
A questão elenca os fatores que serão objeto de avaliação do servidor público durante o pe-
ríodo do estágio probatório.

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Importante salientar que o prazo de duração do estágio probatório é de 3 anos, ainda que o
texto da Lei n. 8.112/1990 faça menção ao período de 24 meses.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito
a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e ca-
pacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.

Questão 38 (CESPE/ATA/DPU/2016) Ainda com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990 e na


Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item.
É permitido o exercício de mais de um cargo em comissão, desde que seja na condição de
interino.

Certo.
Trata-se de regra prevista no parágrafo único do artigo 9º da norma federal, de seguinte teor:

Art. 9º, Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial po-
derá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles
durante o período da interinidade.

Questão 39 (CESPE/TEC AE/DPU/2016) Em relação ao regime jurídico dos cargos, empre-


gos e funções públicas e às disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se segue.
Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-
patíveis com a limitação em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica,
advinda após sua posse em cargo público.

Certo.
A readaptação deve ser utilizada nas situações em que o servidor sofreu uma limitação em
sua capacidade física ou mental. No caso, o agente passa a desempenhar suas atribuições
em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido.

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Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-


patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em ins-
peção médica.

Questão 40 (CESPE/TJ/TRE-PI/ADMINISTRATIVA/2016) Teobaldo, servidor público do es-


tado do Piauí, adquiriu sua estabilidade em 27/1/2012. Em novembro de 2012, ele foi nomea-
do para o cargo de técnico judiciário no TRE/PI. Dentro do prazo legal, Teobaldo tomou posse
e entrou em exercício em seu novo cargo, após solicitar vacância por posse em outro cargo
inacumulável. Na avaliação de seu estágio probatório, no tribunal, Teobaldo foi reprovado, ou
seja, foi considerado inapto para o exercício do cargo ocupado no TRE/PI.
Nessa situação hipotética, a administração deve aplicar, em relação a Teobaldo, o instituto
denominado
a) recondução.
b) aproveitamento.
c) exoneração.
d) demissão.
e) readaptação.

Letra a.
Caso o servidor já seja estável em um cargo público federal e, em momento posterior, seja
aprovado em novo concurso público para outro cargo efetivo, terá ele direito, em caso de não
aprovação no estágio probatório relativo ao segundo cargo, de ser reconduzido ao cargo onde
adquiriu a estabilidade.

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

Questão 41 (CESPE/ESP/FUNPRESP/JURÍDICA/2016) Com relação aos convênios adminis-


trativos, aos agentes públicos e à responsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.
De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, tendo sofrido limitação em sua capacidade física ou
mental, verificada em inspeção médica, o servidor público estará sujeito a readaptação, que
consiste na investidura em outro cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com
as do cargo por ele anteriormente ocupado.

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Certo.
A questão apresenta corretamente o conceito de readaptação, que pode ser entendida como
a investidura do agente público em cargo compatível com as limitações (físicas ou mentais)
que tenha sofrido.

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-


patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em ins-
peção médica.

Questão 42 (CESPE/AJ/TRT-8ª/ADMINISTRATIVA/ 2016) Conforme a Lei n.º 8.112/1990, o


deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral
de pessoal para outro órgão ou entidade do mesmo poder denomina-se
a) transferência.
b) substituição.
c) redistribuição.
d) remoção.
e) reintegração.

Letra c.
A questão apresenta o conceito de redistribuição, conforme análise do artigo 37 da Lei n.
8.112/1990:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no


âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos [...].

Questão 43 (CESPE/AG ADM/DPU/2016) Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990,
que trata do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Carlos trabalha em atividade considerada insalubre e perigosa e faz jus
ao recebimento dos adicionais de insalubridade e de periculosidade.
Assertiva: Nesse caso, Carlos deverá optar por um deles, sendo-lhe vedado acumular os dois
adicionais.

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Certo.
No caso, Carlos deverá optar pelo recebimento do adicional de insalubridade ou de periculo-
sidade, sendo vedado o recebimento acumulado dos dois adicionais.

Art. 68, § 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá
optar por um deles.

Questão 44 (CESPE/TEC/INSS/2016) Julgue o item conforme o disposto na Lei n.º


8.112/1990.
Em conformidade com a Lei n.º 8.112/1990, o servidor público poderá ser afastado do Brasil
para missão oficial por tempo indeterminado.

Errado.
Para estudo ou missão oficial, o servidor poderá ausentar-se do país pelo prazo máximo de
4 anos.

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização
do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo
Tribunal Federal.
§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido
igual período, será permitida nova ausência.

Questão 45 (CESPE/CONTADOR/FUB/2015) Maria, servidora pública federal estável, inte-


grante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder Executivo federal,
recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida para que favore-
cesse determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o curso regular do proces-
so administrativo disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi
aplicada a pena de demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legislação aplicá-
vel ao caso.
Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio de sentença judicial,
Maria deverá ser reintegrada ao cargo anteriormente ocupado.

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Certo.
A reintegração trata-se da reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado,
ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Questão 46 (CESPE/TEC/INSS/2016) Considerando que determinado servidor público fede-


ral tenha sido removido para outra sede, situada em outro município, para acompanhar sua
esposa, que também é servidora pública federal e foi removida no interesse da administração,
julgue o item seguinte à luz do disposto na Lei n.º 8.112/1990.
Ainda que o servidor e sua esposa sejam integrantes de órgãos pertencentes a poderes dis-
tintos da União, a remoção do servidor poderia ser concedida.

Certo.
O enunciado apresenta uma das situações em que a remoção poderá ser concedida. No caso,
independente dos cônjuges pertencerem a diferentes Poderes da União, a remoção poderia
perfeitamente ser realizada.

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro,
com ou sem mudança de sede.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:
III – aa pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no in-
teresse da Administração;

Questão 47 (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-GO/2015) Alice, aprovada em concurso pú-


blico para o cargo de técnico administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente
familiar que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa situação, Alice
poderá nomear, por procuração específica, alguém que a represente no ato da posse.

Certo.
De acordo com o artigo 13, §3º, da norma federal, “a posse poderá dar-se mediante procura-
ção específica”. Logo, poderá Alice constituir procurador para o ato da posse.

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Questão 48 (CESPE/TEC AE/DPU/2016) Em relação ao regime jurídico dos cargos, empre-


gos e funções públicas e às disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se segue.
A investidura em cargo público ocorre com a posse.

Certo.
Com a posse, o particular passa a ter vínculo com o Poder Público, passando a ser conside-
rado, para o cargo em que foi empossado, servidor público.

Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e
MPU.

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