NR 13

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NR-13: Caldeiras e Vasos de Pressão

NR-13: Caldeiras e Vasos de Pressão


 

São apresentadas a seguir, a definição e aplicações


conceituais acerca do tema de caldeiras, vasos de pressão e
suas tubulações, partindo da matriz normativa NR-13.
 

1. Disposições gerais

A Norma Regulamentadora nº13, que trata sobre Caldeiras e


Vasos de Pressão foi aprovada pela Portaria nº3.214 de 1978,
contudo, sofreu alterações através da publicação da Portaria
MTE nº594 de 28 de abril de 2014.

A presente Norma Regulamentadora tem como objetivo


principal estabelecer os requisitos mínimos para gestão da
integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e
suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à
instalação, inspeção, operação e manutenção, visando a saúde
e segurança dos trabalhadores. Sendo fundamental destacar
que cabe ao empregador adotar as medidas previstas nesta
NR.

Será considerado condição de risco grave e iminente (RGI) o


não cumprimento de qualquer item previsto nesta NR que
possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho, com
lesão grave à integridade física do trabalhador, especialmente
a operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem
dispositivos de segurança ajustados com pressão de abertura
igual ou inferior à pressão máxima de trabalho admissível, o
atraso na inspeção de segurança periódica das caldeiras,
ausência de dispositivo operacional de controle do nível de
água de caldeira, bem como outros estabelecimentos previstos
nesta NR.

No que diz respeito à inspeção de segurança periódica das


caldeiras, esta poderá ser postergada em até 6 meses do prazo
previsto para a sua realização, caso ocorra motivo de força
maior e com justificativa formal do empregador, acompanhada
por análise técnica e respectivas medidas de contingência para
mitigação de riscos, elaborada por Profissional Habilitado ou
por grupo multidisciplinar por ele coordenado. Caso ocorra a
postergação, o empregador deve comunicar ao sindicato de
trabalhadores da categoria predominante no estabelecimento a
sua justificativa formal.

A análise técnica e respectivas medidas de contingência para


mitigação de riscos serão elaboradas por Profissional
Habilitado, que é aquele que tem competência legal para o
exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes
ao projeto de construção, acompanhamento de operação e da
manutenção, inspeção e supervisão de caldeiras, vasos de
pressão e tubulações.

É imprescindível que todos os reparos ou alterações em


equipamentos abrangidos por esta NR estejam compatíveis
com os códigos de projeto e pós-construção e as prescrições
do fabricante no que se refere a: materiais, procedimentos de
execução, procedimentos de controle de qualidade e
qualificação e certificação profissional.

O Profissional Habilitado, de forma substitutiva aos códigos de


projeto, poderá utilizar tecnologias de cálculo ou procedimentos
mais avançados.

Os projetos de alteração ou reparo (PAR) devem ser


concebidos previamente nas seguintes situações: sempre que
as condições de projeto forem modificadas e sempre que forem
realizados reparos que possam comprometer a segurança.
Nesse sentido, o PAR deve ser concebido ou aprovado pelo
Profissional Habilitado, deve determinar materiais,
procedimentos de execução, controle de qualidade e
qualificação de pessoal e, por fim, ser divulgado para os
empregados do estabelecimento que estão envolvidos com o
equipamento.

Todas as intervenções que exijam mandrilhamento ou


soldagem em partes que operem sob pressão, devem ser
objetos de exames ou testes para controle de qualidade,
ademais, os sistemas de controle e segurança das caldeiras e
dos vasos de pressão devem ser submetidos à manutenção
preventiva ou preditiva, assim, o empregador tem a obrigação
de garantir que os exames e testes em caldeiras, vasos de
pressão e tubulações sejam executados em condições de
segurança para seus executantes e demais trabalhadores
envolvidos.

Caso ocorra vazamento, incêndio ou explosão envolvendo


equipamentos abrangidos nesta NR, que tenha como
consequências, a morte de trabalhador(es), acidentes que
implicaram em necessidade de internação hospitalar de
trabalhador(es) e eventos de grande proporção, o empregador
deverá comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho
e Emprego e ao sindicato da categoria profissional
predominante no estabelecimento. Nesse sentido, os
trabalhadores devem interromper suas tarefas, exercendo o
direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos
graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras
pessoas, sendo necessária a comunicação ao superior
hierárquico.

Por fim, é dever dos empregadores a garantia aos


trabalhadores do direito de interromper suas atividades e
diligenciar de imediato as medidas cabíveis para controle dos
riscos.
 

2. Caldeiras
 

Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e


acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando
qualquer fonte de energia, projetando conforme códigos
pertinentes, executando-se refervedores e similares. Nesse
sentido, é possível encontrar três tipos de categorias de
caldeiras, sendo: categoria A, que são aquelas cuja pressão de
operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2);
categoria C, que são aquelas cuja pressão de operação é igual
ou inferior a 588 kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume interno é igual
ou inferior a 100 l (cem litros) e, por fim, categoria B, que são
todas aquelas que não se encaixam na categoria A ou C.

Para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, é


imprescindível que as caldeiras possuam os seguintes itens:
válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em
valor igual ou inferior a Pressão Máxima de Trabalho Admitida
(PMTA), considerados os requisitos do código de projeto
relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração;
instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; injetor
ou sistema de alimentação de água independente do principal
que evite o superaquecimento por alimentação deficiente,
acima das temperaturas de projeto, de caldeiras de
combustível sólido não atomizado ou com queima em
suspensão; sistema dedicado de drenagem rápida de água em
caldeiras de recuperação de álcalis, com ações automáticas
após acionamento pelo operador e, por fim, sistema automático
de controle do nível de água com intertravamento que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente.

Ademais, todas as caldeiras devem possuir afixada em seu


corpo, de forma visível, placa de identificação indelével com as
seguintes informações: nome do fabricante; número de ordem
dado pelo fabricante da caldeira; ano de fabricação; pressão
máxima de trabalho admissível; pressão de teste hidrostático
de fabricação; capacidade de produção de vapor; área de
superfície de aquecimento; código de projeto e ano de edição,
bem como deverá possuir, além da placa de identificação, a
categoria da caldeira.

Além disso, para que a instalação seja efetuada com sucesso,


toda caldeira deve possuir no estabelecimento em que for
instalada o prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante,
contendo as seguintes informações:

- Código de projeto e ano de edição;

- Especificação dos materiais;


- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e
inspeção final;

- Metodologia para estabelecimento da PMTA;

- Registros da execução do teste hidrostático de fabricação;

- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o


monitoramento da vida útil da caldeira;

- Características funcionais;

- Dados dos dispositivos de segurança;

- Ano de fabricação;

- Categoria da caldeira;

- Registro de Segurança

- Projeto de Instalação

- PAR

- Relatórios de inspeção

- Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.

Em relação ao Registro de Segurança, destaca-se que este


deverá ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas
ou sistema informatizado com confiabilidade equivalente a
onde serão registradas: todas as ocorrências importantes
capazes de influir nas condições de segurança da caldeira e as
ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e
extraordinária, devendo constar a condição operacional da
caldeira, o nome legível e assinatura de Profissional Habilitado
(PH) e do operador de caldeira presente na ocasião da
inspeção. Nesse sentido, caso a caldeira venha a ser
inadequada para uso, o Registro de Segurança deverá conter
as informações necessárias a respeito de sua inadequação,
bem como receber encerramento formal.
O Profissional Habilitado terá responsabilidade sobre o projeto
de instalação de caldeiras a vapor, sendo fundamental que a
instalação garanta a saúde, segurança e integridade física dos
trabalhadores. Nesse sentido, a instalação de caldeiras deve
ser realizada em casa de caldeiras ou em local específico para
tal fim, denominado área de caldeiras.

Caso a instalação ocorra em área aberta, é fundamental que a


área de caldeiras preencha os seguintes requisitos: estar
afastada de, no mínimo, 3 m (três metros) de:

- Outras instalações do estabelecimento;

- De depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios


para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade;

- Do limite de propriedade de terceiros;

- Do limite com as vias públicas;

- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em
direções distintas;

- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à


manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos
vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda
de pessoas;

- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material


particulado, provenientes da combustão, para fora da área de
operação atendendo às normas ambientais vigentes;

- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;

- Ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite.

Por outro lado, caso a instalação da caldeira ocorra em


ambiente fechado, a casa de caldeiras deve preencher os
seguintes requisitos:
- Constituir prédio separado, construído de material resistente
ao fogo, podendo ter apenas uma parede adjacente a outras
instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo, 3 m (três metros) de outras
instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com
as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-
se reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil litros) de
capacidade;

- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em
direções distintas;

- Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não


possam ser bloqueadas;

- Dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando


se tratar de caldeira a combustível gasoso;

- Não ser utilizada para qualquer outra finalidade;

- Dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à


manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos
vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda
de pessoas;

- Ter sistema de captação e lançamento dos gases e material


particulado, provenientes da combustão, para fora da área de
operação, atendendo às normas ambientais vigentes;

- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter


sistema de iluminação de emergência.

Entretanto, caso o estabelecimento não atender aos requisitos


trabalhados, deverá ser elaborado um projeto alternativo de
instalação, com medidas complementares de segurança, que
permitam a atenuação dos riscos, sendo necessária a
comunicação prévia à representação sindical dos trabalhadores
predominantes do estabelecimento.

Para viabilizar a compreensão dos trabalhadores, toda caldeira


deve possuir manual de operação atualizado, em língua
portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo
no mínimo:

- Procedimentos de partidas e paradas;

- Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;

- Procedimentos para situações de emergência;

- Procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação


do meio ambiente.

Nesse sentido, para garantir a segurança dos trabalhadores, os


instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos
calibrados e em boas condições operacionais. Destaca-se
também que toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente
sob operação e controle de operador de caldeira, que será a
pessoa que satisfizer o disposto no item A do Anexo I desta
NR.

As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança


inicial, periódica e extraordinária, a inspeção de segurança
inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em
funcionamento, no local de operação, devendo compreender
exame interno, seguido de teste de estanqueidade e exame
externo.

As caldeiras devem obrigatoriamente ser submetidas a Teste


Hidrostático (TH) em sua fase de fabricação, com comprovação
por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão de
teste afixado em sua placa de identificação.

A inspeção de segurança periódica, constituída por exames


interno e externo, deve ser executada nos seguintes prazos
máximos:

- 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;

- 15 (quinze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis


de qualquer categoria;
- 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A,
desde que aos 12 (doze) meses sejam testadas as pressões de
abertura das válvulas de segurança.

Entretanto, estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de


Inspeção de Equipamentos - SPIE, conforme estabelecido no
Anexo II, podem estender seus períodos entre inspeções de
segurança, respeitando os seguintes prazos máximos:

- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recuperação


de álcalis;

- 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras das categorias B


e C;

- 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A;

- 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme,


definição no item 13.4.4.6.

Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção


subsequente, as caldeiras devem ser submetidas a uma
avaliação de integridade com maior abrangência para
determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos
para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
Ademais, as válvulas de segurança instaladas em caldeiras
devem ser inspecionadas periodicamente conforme segue:

- pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento


manual da alavanca, em operação, para caldeiras das
categorias B e C, excluídas as caldeiras que vaporizem fluido
térmico e as que trabalhem com água tratada;

- as válvulas flangeadas ou roscadas devem ser desmontadas,


inspecionadas e testadas em bancada, e, no caso de válvulas
soldadas, feito o mesmo no campo, com uma frequência
compatível com o histórico operacional das mesmas, sendo
estabelecidos como limites máximos para essas atividades os
períodos de inspeção estabelecidos para caldeiras de
categorias A e B.
É fundamental estabelecer que a inspeção de segurança deve
ser realizada sob a responsabilidade técnica de PH, ademais,
imediatamente após a inspeção da caldeira, deve ser anotada
no seu Registro de Segurança a sua condição operacional, e,
em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que
passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo
ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral
de manutenção.

Por fim, em todos os presentes temas que serão abordados


neste estudo, as recomendações decorrentes da inspeção
devem ser registradas e implementadas pelo empregador, com
a determinação de prazos e responsáveis pela execução.
 

3. Vasos de pressão

Considera-se vasos de pressão os equipamentos que contêm


fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da
atmosférica. Nesse sentido, os vasos de pressão são
classificados em categorias segundo a classe de fluido e o
potencial de risco.

a) Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados


conforme descrito a seguir:

Classe A:

- Fluidos inflamáveis;

- Fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200


ºc (duzentos graus celsius);

- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20


(vinte) partes por milhão (ppm);

- Hidrogênio;

- Acetileno.

Classe B:
- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC
(duzentos graus Celsius);

- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte)


partes por milhão (ppm).

Classe C:

- Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.

Classe D:

- Outro fluido não enquadrado acima.

b) Quando se tratar de mistura deverá ser considerado para


fins de classificação o fluido que apresentar maior risco aos
trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade,
inflamabilidade e concentração.

c) Os vasos de pressão são classificados em grupos de


potencial de risco em função do produto P.V, onde P é a
pressão máxima de operação em MPa e, V o seu volume em
m3, conforme segue:

Grupo 1 - P.V = 100

Grupo 2 - P.V < 100 e P.V = 30

Grupo 3 - P.V < 30 e P.V = 2,5

Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V = 1

Grupo 5 - P.V < 1

d) Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo


devem se enquadrar nas seguintes categorias:

- Categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis;

- Categoria V: para outros fluidos.

A fim de garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, os


vasos de pressão devem ser dotados dos seguintes itens:
- Válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de
abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA, instalado
diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados
os requisitos do código de projeto relativos a aberturas
escalonadas e tolerâncias de calibração;

- Meios utilizados contra o bloqueio inadvertido de dispositivo


de segurança quando este não estiver instalado diretamente no
vaso;

- Instrumento que indique a pressão de operação, instalado


diretamente no vaso ou no sistema que o contenha.

Assim como as caldeiras trabalhadas acima, todo vaso de


pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil
acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no
mínimo, as seguintes informações:

- Fabricante;

- Número de identificação;

- Ano de fabricação;

- Pressão máxima de trabalho admissível;

- Pressão de teste hidrostático de fabricação;

- Código de projeto e ano de edição.

Também é fundamental constar a categoria do vaso, sendo


imprescindível o estabelecimento onde estiver instalado o vaso,
possuir a seguinte documentação atualizada: Prontuário do
vaso de pressão a ser fornecido pelo fabricante, contendo as
seguintes informações:

- Código de projeto e ano de edição;

- Especificação dos materiais;

- Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e


inspeção final;
- Metodologia para estabelecimento da PMTA;

- Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o


monitoramento da sua vida útil;

- Pressão máxima de operação;

- Registros documentais do teste hidrostático;

- Características funcionais, atualizadas pelo empregador


sempre que alteradas as originais;

- Dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo


empregador sempre que alterados os originais;

- Ano de fabricação;

- Categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que


alterada a original;

- Registro de Segurança

- Projeto de Instalação

- Projeto de alteração ou reparo

- Relatórios de inspeção

- Certificados de calibração dos dispositivos de segurança,


onde aplicável.

Para garantir o manuseio e a segurança dos trabalhadores,


todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os
drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível,
pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente
acessíveis.

Nesse sentido, quando os vasos de pressão forem instalados


em ambientes fechados, a instalação deve satisfazer os
seguintes requisitos:
- Dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,
permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em
direções distintas;

- Dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de


manutenção, operação e inspeção, sendo que, para guarda-
corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a
queda de pessoas;

- Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não


possam ser bloqueadas;

- Dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;

- Possuir sistema de iluminação de emergência.

Caso o estabelecimento não puder atender aos requisitos


anteriores, deve ser elaborado um projeto alternativo de
instalação com medidas complementares de segurança que
permitam a atenuação dos riscos.

É imprescindível que todo vaso de pressão enquadrado nas


categorias I ou II deve possuir manual de operação próprio ou
instruções de operação contidas no manual de operação de
unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa, em local
de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:

- Procedimentos de partidas e paradas;

- Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;

- Procedimentos para situações de emergência;

- Procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação


do meio ambiente.

Ademais, para garantir a segurança dos trabalhadores, os


instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser
mantidos calibrados e em boas condições operacionais. Nesse
sentido, os vasos de pressão devem ser submetidos a
inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária. A
inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos de
pressão novos, antes de sua entrada em funcionamento, no
local definitivo de instalação, devendo compreender exames
externos e internos.

Para garantir a validade dos vasos, estes devem


obrigatoriamente ser submetidos a Teste Hidrostático em sua
fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo
assinado por Profissional Habilitado, e ter o valor da pressão
de teste afixado em sua placa de identificação. Na falta de
comprovação documental de que o Teste Hidrostático tenha
sido realizado na fase de fabricação, se aplicará o disposto a
seguir:

- Para equipamentos fabricados ou importados a partir da


vigência desta NR, o TH deve ser feito durante a inspeção de
segurança inicial;

- Para equipamentos em operação antes da vigência desta NR,


a critério do PH, o TH deve ser realizado na próxima inspeção
de segurança periódica. 

O Registro de Segurança deve conter a data da instalação do


vaso de pressão a partir da qual se inicia a contagem do prazo
para a inspeção de segurança periódica. Sendo fundamental
que a inspeção de segurança periódica constituída por exames
externos e internos, obedeça aos seguintes prazos máximos
estabelecidos a seguir:

- Para estabelecimentos que não possuam SPIE, conforme


citado no Anexo II:

Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno


I 1 ano 3 anos
II 2 anos 4 anos
III 3 anos 6 anos
IV 4 anos 8 anos
V 5 anos 10 anos
 

- Para estabelecimentos que possuam SPIE, conforme citado


no Anexo II, consideradas as tolerâncias nele previstas:

Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno


I 3 anos 6 anos
II 4 anos 8 anos
III 5 anos 10 anos
IV 6 anos 12 anos
V 7 anos a critério

É fundamental que os vasos de pressão que não permitam


acesso visual para o exame interno ou externo por
impossibilidade física devem ser submetidos alternativamente a
outros exames não destrutivos e metodologias de avaliação da
integridade, a critério do PH, baseados em normas e códigos
aplicáveis à identificação de mecanismos de deterioração.
Ademais, os vasos de pressão com temperatura de operação
inferior a 0 ºC (zero grau Celsius) e que operem em condições
nas quais a experiência mostre que não ocorre deterioração,
devem ser submetidos ao exame interno a cada 20 (vinte) anos
e exame externo a cada 2 (dois) anos.

Além disso, destaca-se que a inspeção de segurança deve ser


realizada sob a responsabilidade técnica de PH. Nesse sentido,
imediatamente após a inspeção do vaso de pressão, deve ser
anotada no Registro de Segurança a sua condição operacional,
e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que
passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo
ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral
de manutenção.
 

4. Tubulações

As empresas que possuem tubulações e sistemas de


tubulações enquadradas nesta NR, devem possuir um
programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo,
as variáveis, condições e premissas descritas abaixo:

a) os fluidos transportados;

b) a pressão de trabalho;

c) a temperatura de trabalho;

d) os mecanismos de danos previsíveis;

e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio


ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações.

É imprescindível que as tubulações ou sistemas de tubulação


devem possuir dispositivos de segurança conforme os critérios
do código de projeto utilizado, ou em atendimento às
recomendações de estudo de análises de cenários de falhas.
Nesse sentido, destaca-se que as tubulações ou sistemas de
tubulação devem possuir indicador de pressão de operação,
conforme definido no projeto de processo e instrumentação.

Para que seja válida a utilização, todo estabelecimento que


possua tubulações, sistemas de tubulação ou linhas deve ter a
seguinte documentação devidamente atualizada:

- Especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas,


necessárias ao planejamento e execução da sua inspeção;

- Fluxograma de engenharia com a identificação da linha e


seus acessórios;

- PAR
- Relatórios de inspeção

Para garantir a segurança no trabalho, bem como viabilizar a


saúde dos trabalhadores, os dispositivos de indicação de
pressão da tubulação devem ser mantidos em boas condições
operacionais. Ademais, é fundamental que as tubulações de
vapor e seus acessórios sejam mantidas em boas condições
operacionais, de acordo com um plano de manutenção
elaborado pelo estabelecimento.

Sempre viabilizando a segurança e a saúde dos trabalhadores,


é fundamental que seja realizada inspeção de segurança inicial
nas tubulações, bem como as tubulações devem ser
submetidas à inspeção de segurança periódica.

O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação,


linha ou por sistema, a critério de Profissional Habilitado, e, no
caso de programação por sistema, o intervalo a ser adotado
deve ser correspondente ao da sua linha mais crítica, sendo
responsabilidade do Profissional Habilitado as inspeções
periódicas das tubulações, devem ser constituídas de exames
e análises que permitam uma avaliação da sua integridade
estrutural de acordo com normas e códigos aplicáveis.

No caso de risco à saúde e à integridade física dos


trabalhadores envolvidos na execução da inspeção, a linha
deve ser retirada de operação. Sendo necessária a realização
de inspeção extraordinária nas seguintes situações:

- Sempre que a tubulação for danificada por acidente ou outra


ocorrência que comprometa a segurança dos trabalhadores;

- Quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou


alterações significativas, capazes de alterar sua capacidade de
contenção de fluído;

- Antes da tubulação ser recolocada em funcionamento,


quando permanecer inativa por mais de 24 (vinte e quatro)
meses.

Por fim, a inspeção periódica de tubulações deve ser


executada sob a responsabilidade técnica de PH. Sendo válido
destacar que após a inspeção será necessário a emissão de
um relatório de inspeção. O prazo para emissão desse relatório
é de até 30 dias para linhas individuais e de até 90 dias para
sistemas de tubulação.
 

Atividade extra
 

Ler o texto: “ ANEXO I – CAPACITAÇÃO DE PESSOAL

Link para a atividade:


http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr13.htm
 

Referências Bibliográficas

CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no


Trabalho – NRs 1 a 37. São Paulo: Método, 2019.

PEREIRA, Alexandre Demetrius. Tratado de Segurança e


Saúde Ocupacional – Aspectos técnicos e jurídicos. Volume III.
São Paulo: Saraiva, 2017.

RODRIGUES, Marcos. L. M. NR-13 Comentada: Atualizada


Pela Portaria 594 e Com os Comentários do Autor e do Grupo
Tripartite. [S.I]: Simplíssimo, 2016.

VERÍSSIMO. Cabral. NR-13: Caldeiras, Vasos de Pressão e


Tubulações. São Paulo: Clube de Autores, 2018.
 

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