Manual de Arborização Urbana de Itapuí
Manual de Arborização Urbana de Itapuí
Manual de Arborização Urbana de Itapuí
Adubação:
É a reposição dos nutrientes retirados do solo pelas plantas para o
crescimento, floração, frutificação e a multiplicação. Num jardim cultivamos
plantas com diferentes necessidades de nutrientes, e a água das chuvas
favorece uma rápida lixiviação dos nutrientes e a adubação em jardinagem
acaba se tornando necessária.
A reposição da fertilidade deve ser cíclica para não haver prejuízos dos solos
ajardinados, quer pela perda da porosidade natural, pelo ressecamento do
substrato e sua esterilização pelos raios solares.
A manutenção da fertilidade do solo em níveis ideais proporciona as condições
satisfatórias ao desenvolvimento das plantas. A melhor forma de adubação é
a mista, organo química, composta de matéria orgânica e adubos sintéticos.
Pragas e Doenças
A má condução das árvores em ambiente público, com estrangulamentos das
bases de troncos devido ao calçamento muito próximo e inadequado, corte
de raízes superficiais de sustentação ou mesmo neutralização, podas
incorretas, árvores com “ocos” e troncos e raízes “cimentados”, facilitam
sobremaneira futuras infestações termíticas, mesmo em espécies botânicas
possivelmente menos sensíveis ao ataque de insetos xilófagos (que se
alimentam de madeira). O estresse leva a um estado de baixa resistência
geral, comprometendo seriamente o vigor do vegetal acometido.
Apenas visualizações externas (túneis, danos, etc.) não correspondem à
realidade de infestações termíticas em árvores urbanas, sendo que inúmeras
delas, aparentemente saudáveis, apresentam-se com sérios
comprometimentos internos, tão somente observados após a sua prospecção
(perfuração) interna.
Apesar da aparência saudável de algumas árvores urbanas infestadas por
cupins subterrâneos, a fragilidade delas é evidente e de tombamento
iminente, devido ao preferencial consumo do cerne em determinadas espécies
botânicas. Muitas vezes os caminhamentos típicos da infestação termítica
podem ser visualizados externamente em troncos e galhos, sob cascas ou por
entre rachaduras presentes nas árvores. Os cupins penetram pelas raízes,
infestando tanto árvores jovens quanto adultas, levando a queda de ramos,
morte e tombamento da árvore infestada. Visualizações externas de troncos
e estipes, com presença de caminhamentos (túneis) ou danos diretos, visam
à determinação da infestação termítica. Mesmo sendo feitas as observações
externas, há a necessidade de prospecção do caule com brocas apropriadas
para um diagnóstico pormenorizado. O estado geral de árvores inclui a
visualização de declínio, amarelecimento, seca e queda prematura de folhas
(fora de época), podas inadequadas, lesões, rachaduras ou lacerações
superficiais ou profundas em troncos, galhos e raízes, florescimento tardio ou
precoce (fora de época) ou não florescimento, brotamento tardio, plantio em
local inadequado (sem espaço, em solos exauridos ou pobres) e estresse
generalizado, aventando a probabilidade da existência de infestação termítica
nas plantas.
O tratamento em árvores urbanas deve ser realizado por técnicos
especializados, com experiência na identificação das espécies xilófagas e
conhecimento em biologia e comportamento. O uso dos inseticidas
domissanitários deve ser criterioso, respeitando as normas de segurança para
que não haja contaminação ambiental e intoxicação de pessoas e animais,
bem como a morte de árvores devido à fitotoxicidade do produto utilizado.
Os ingredientes ativos fipronil, etofenproxi, imidaclopride e thiametoxan são
alguns dos principais inseticidas domissanitários registrados para o controle
de cupins em área urbana. O tratamento de árvores urbanas com inseticidas
domissanitários líquidos, sempre diluídos em água, procede infiltrando-os
através de perfurações em troncos de árvores comprometidas. Após a
aplicação, os orifícios deverão ser obliterados com borracha de silicone ou
espuma poliuretânica, evitando-se o apodrecimento precoce, catalisado pela
penetração de chuvas. Em mudas e arbustos, a calda inseticida deverá ser
infiltrada com haste injetora ou disposta em coroamento no solo, junto ao
colo da planta, sendo que, para a prevenção de mudas, anterior ao plantio,
os mesmos procedimentos e recomendações deverão ser seguidos.
Alinhamento:
- deverão ser plantadas no alinhamento das demais árvores do passeio, ou:
- 5,00m da confluência do alinhamento predial da esquina, ficando desde já
a Diretoria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente autorizada a retirar as
árvores que não se encontrem nesse padrão;
- 2,00m das bocas de lobo e caixas de inspeção;
- 1,5m do acesso de veículos;
- 4,00m de postes com ou sem transformadores e de placas de trânsito;
- o espaçamento entre as mudas deverá observar o porte da espécie,
sendo:
a) espécie de pequeno porte: 4,00m entre árvores;
b) espécie de médio porte: 6,00m entre árvores;
c) espécie de grande porte: 10,00m entre árvores;
- 1,00m do meio-fio viário, exceto em canteiros centrais;
- nos locais onde os rebaixamentos de meios-fios forem contínuos, deverá
ser plantada uma árvore a cada 7,00m, atendendo às distâncias e aos
padrões estabelecidos;
- 3,00m de hidrantes, pontos de ônibus e mobiliários urbanos (bancas,
cabines de ônibus, guaritas, telefones públicos).
Espaço Ávore:
- O espaço árvore deve ter como medidas mínimas, largura de 40% da
largura da calçada e para o comprimento, o dobro da metragem da largura,
respeitando sempre as medidas que concerne à acessibilidade.
- a área interna do espaço árvore, após realizado o plantio da muda de
árvore, poderá ser vegetado plantio de grama ou flores conforme o caso.
- ao redor do espeço arvore não deverá ser construída mureta.
- Nos canteiros em que as raízes das árvores estiverem aflorando além de
seus limites, o proprietário deverá, mediante orientação técnica da Diretoria
Municipal de Meio Ambiente:
- ampliar a área ao redor da árvore;
- adequar o espaço à forma de exposição das raízes;
- proceder à supressão nos casos em que ofereçam risco à segurança e de
desmoronamento, hipótese em que se faz obrigatório o replantio de outra
espécie a ser indicada pela Diretoria Municipal de Meio Ambiente, no prazo
de 30 (trinta) dias.
- Nas áreas privadas deverão ser atendidas as condições especificadas nos
artigos acima, permitindo-se, no entanto, canteiros com dimensões
compatíveis com o espaço, adequados ao porte do vegetal.
Das Penalidades:
- Além das penalidades previstas na Lei Federal nº. 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998, sem prejuízo das demais responsabilidades penal e civil, as pessoas
físicas ou jurídicas que infringirem as disposições desta Lei e de seu
regulamento, no tocante ao manejo da vegetação, serão penalizadas pela
fiscalização municipal, sendo:
- corte não autorizado previamente, derrubada ou morte provocada: R$
500,00 (100 UFIRM) por árvore;
- poda drástica: R$ 350,00 (70 UFIRM) por árvore;
- o não cumprimento do prazo de 30 dias para plantio/replantio, após
emissão da notificação: R$ 200,00 (40 UFIRM) por árvore, reincidindo a cada
período de 30 (trinta) dias se novamente notificado;
- demais infrações: R$ 200,00 (40 UFIRM).
- Respondem solidariamente pela infração às normas desta Lei.
- seu autor material;
– o mandante, o possuidor do imóvel ou o proprietário;
- quem, de qualquer modo, concorra para a prática da infração.
- As multas poderão ser reduzidas em até 50% (cinqüenta por cento) quando
comprovadamente o agente infrator tiver baixo grau de instrução ou
escolaridade, mediante laudo emitido pela Diretoria Municipal de Ação
Social.
- As multas definidas no artigo 51 da lei de arborização urbana serão
aplicadas em dobro:
- no caso de reincidência das infrações;
- no caso de poda realizada na época de floração da espécie em questão;
- no caso do não atendimento às medidas expostas na notificação;
- no caso de o agente ser prestador de serviços relacionados à jardinagem,
poda e/ou corte de árvores.
- As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo
próprio, com análise do Conselho Municipal de Meio Ambiente quando for
necessário, e serão revertidas para o Fundo Municipal de Meio Ambiente.
Quaresmeira Ipê-Mirim
Tibouchina granulosa Stenolobium stans
Oiti Escova-de-garrafa
Licania tomentosa Callistemon ssp
Jasmim-manga Cerejeira-do-japão
Plumeria rubra Prunus serrulata
Aroeira Pau-fava
Schinus molle Senna macranthera
Canafístula-de-besouro Amoreira-preta
Senna spectabilis Morus nigra