Direito Tributário

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Direito Tributário

Finalidade dos Tributos

É possível perceber a utilização dos tributos de mais de uma forma: uma com a
finalidade de arrecadar ou finalidade fiscal; e outra com a finalidade de intervir em situações
sociais e economia, portanto, uma finalidade extrafiscal.

Um dos exemplos de imposto de intervenção em situações socais é o ITR, que tem a


finalidade de combater propriedades improdutivas.

Ressalta-se que não existe um tributo exclusivamente com uma determinada


finalidade como a de intervir, pois mesmo esses tributos impactarão na arrecadação do
Estado, portanto, na consecução do bem comum perseguido por ele. Por outro lado, não
existe tributos apena com a finalidade de arrecadar. Pois mesmo esse tipo de tributo afeta o
funcionamento da economia como um todo.

Além disso, alguns tributos com clara finalidade fiscal, especialmente o Imposto de
Renda. São também utilizados para redistribuição de renda. As alíquotas do imposto de Renda.
Além de respeitarem o aspecto concernente à capacidade contributiva de cada um, uma vez
que são maiores na medida em que a renda é maior, também a finalidade de garantir maior
contribuição aos serviços prestados para aqueles que mais precisam deles, como o Sistema
Único de Saúde (SUS). Embora todos costeiem de alguma forma o SUS, por meio das maiores
alíquotas do Imposto de Renda é que se tem as maiores fontes de custeio, ou seja, aqueles
que menos utilizam o SUS é quem mais contribui para ele, que evidencia uma nítida finalidade
de distribuição de renda.

Além da finalidade arrecadatória


(Fiscal) e a finalidade de intervir (extrafiscal),
uma parte da doutrina defende a existência
de uma terceira finalidade: a parafiscal.
Segundo essa corrente doutrinária, algumas
vezes o Estado arrecada não para si próprio, mas para destinar o produto dessa arrecadação a
uma entidade que atua ao lado do Estado. Frisa-se, no entanto, que a competência para criar
um tributo é sempre do Poder Público (união, Estados e Municípios), por meio de lei. Apesar
disso, é possível que o Estado crie por lei, mas que delegue à outra entidade a cobrança do
tributo e a disponibilidade dos recursos. Essa situação é que foi denominada de
parafiscalidade.

Tempos atrás essa situação era facilmente percebida na cobrança de tributos pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O INSS, embora seja uma autarquia federal, não é
propriedade a União. Dessa maneira a União Institui a contribuição, determinou as alíquotas,
mas a cobrança era feita pelo INSS e o resultado dessa cobrança era destinada a ele a fim de
custear as ações de seguridade social. No entanto, essa configuração foi modificada há
algumas décadas e a cobrança deixou de ser feita pelo INSS e passou a ser feita pela Receita
Federal, que é a própria União. Enquanto o INSS é uma autarquia, portanto, a cobrança era
feita em seu próprio nome, a Receita Federal, como órgão de União, passou a fazer a cobrança
para a União.
Nesse sentido, muitos doutrinadores afirmam que não havia mais parafiscalidade, uma
vez que a própria União passou a cobrar os tributos relacionados à seguridade social. No
entanto, outros doutrinadores continuaram defendendo a tese

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