2010 Silveira
2010 Silveira
2010 Silveira
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO
Orientadora
Porto Alegre
2010
CÍNTIA MURUSSI SILVEIRA
Porto Alegre
2010
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Orientadora: Profª. Drª. Isabel C. M. Carvalho
_________________________________________
Profª. Drª. Maria Emília Engers
_______________________________________
Prof. Dr. Claus Dieter Stobäus
________________________________________
Profª. Drª. Alvina Themis Silveira Lara
Dedico este estudo aos alunos
com Deficiência Visual, aos meus
colegas Especialistas das Salas de
Recursos e ao Professor José Álvares
de Azevedo, Patrono da Educação
dos Cegos no Brasil, representando
todos os ícones da Educação dos
Deficientes Visuais do País.
Meus sinceros agradecimentos...
a Deus;
This dissertation researched the skills, knowledge and the impact of teacher
training Resource Room for students with Visual Impairments. This need arises from
the importance of deepening the knowledge of the field of Visual Impairment, that is,
knowledge and skills necessary for the performance of teachers in accordance to
these students. From the dialogue we have with authors such as Jacques Delors,
Maurice Tardif, Maria Teresa Eglér Mantoan, Perrenoud, Deborah Deutsch Smith
and others, we believe that the teacher, one of the agents of the educational process,
is a key part in driving the process of teaching and learning. We conducted a
qualitative research, using semi-structured interview, and from this instrument we
heard 17 teachers working with visually impaired people in the following cities: Porto
Alegre, Viamão, Canoas, São Leopoldo, Cruz Alta, Santana do Livramento, Santo
Antônio da Patrulha, Santo Ângelo, Gravataí, Alvorada. The interviews were
conducted mostly in schools, with great cooperation from the participating teachers.
The main results emerging from this research were: a) the three disciplines:
Computing, Orientation and Mobility and Soroban that make up the specialized care
of students with visual impairments, are still not seen as priority in the education of
students by the participating teachers; b) in the perception of participating teachers,
the process of teaching and learning of students with visual impairment does not
happen in isolation, but also with the interaction between colleagues seers; c) the
power valued in the interviews was the technical competence/ Get to know / Know,
followed by the Learning to Do/ Know-How / Methodological Skills, Learning to Live/
Learn Be / Participatory Competence and Learning to Be Competence / Know how to
be / Personal Skills; d) most professionals surveyed demonstrated clarity in the
importance of their work for the blind students, while indicating the need for more
training in specific disciplines of specialized educational services for the visually
impaired, particularly in the subjects “orientation and mobility", “computing” and
“soroban "; e) the educational inclusion of students with low vision or blindness is
reported as successful in schools where the Resource Room fulfill their role. By
analyzing these results, we obtained a better understanding of the teacher’s work of
the Resource Room and the operation of this space as a fundamental resource to
support learning for students with Visual Impairment.
Quadro 01 – Competências....................................................................................... 27
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 16
2.1 A EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL............................ 16
2.2 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOCENTE ....................................................... 22
2.2.1 Competências na Docência ........................................................................... 25
2.3 A DIVERSIDADE E O DIREITO À EDUCAÇÃO ................................................. 28
2.4 CONHECENDO A EDUCAÇÃO ESPECIAL ....................................................... 31
2.5 ESCOLA: UM ESPAÇO COMUNITÁRIO PARA PAIS, ALUNOS E
PROFESSORES ....................................................................................................... 33
2.6 ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL ............................................................... 39
2.6.1 Como funciona a visão .................................................................................. 39
2.6.2 Tipos de Deficiência Visual ........................................................................... 41
2.6.2.1 Cegueira e Baixa Visão ................................................................................. 41
2.6.2.2 Patologias do órgão da Visão ........................................................................ 43
2.6.3 Avaliação Funcional da Visão ....................................................................... 44
2.6.4 Recursos Ópticos ........................................................................................... 46
2.7 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO .......................................... 47
2.7.1 Salas de Recursos Multifuncionais .............................................................. 48
2.7.2 Aprendizagem dos Alunos com Deficiência Visual..................................... 49
2.7.3 Sistema Braille ................................................................................................ 53
2.7.4 Soroban ........................................................................................................... 56
2.7.5 Multiplano ....................................................................................................... 57
2.8 PROJETO MUSIBRAILLE ................................................................................... 58
2.9 RECURSOS TECNOLÓGICOS .......................................................................... 60
2.10 ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE E PROGRAMA ESPECIAL DE VIDA
INDEPENDENTE ...................................................................................................... 62
2.11 DESENHO UNIVERSAL ................................................................................... 64
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 67
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 107
1 INTRODUÇÃO
Todavia, para que esta Educação tão almejada seja de fato uma realidade,
temos que potencializar os saberes, as competências e capacitação dos
professores. Indubitavelmente, esta Educação é o grande fator que nos impulsionou
a realizar a pesquisa com dezessete professores da Rede Estadual de Ensino, a fim
de que possamos juntos enfatizar o que é mais importante e prioritário para o
professor da Sala de Recursos que atende alunos com Deficiência Visual e quais
seus apontamentos sobre estas questões.
No decorrer do trabalho o conceito de Inclusão se fará presente
constantemente, pois entendemos que tudo parte dela, no que concerne à educação
das Pessoas com Deficiência Visual. Porque, sem dúvida o que nós, professores,
queremos com a Educação Inclusiva é que sejam removidas as barreiras, externas
ou internas aos alunos, buscando incansavelmente, formas de apoio a
complementar ou a suplementar seu processo de aprender e, paralelamente a isto,
buscar novas metodologias que instigue a criatividade, a pesquisa e o dinamismo do
professor e que ele aprenda também, novas maneiras de ensinar.
As situações de aprendizagem de uma criança deficiente visual (cega ou
com baixa visão) dependem de um acompanhamento sistemático de um professor
especializado, junto ao professor da sala comum, pois há competências que estes
profissionais adquirem em cursos voltados para área que outros não possuem.
Desta forma, o encaminhamento de um trabalho cooperativo entre estes dois
profissionais é eficaz tanto para o aluno, porque possui o apoio complementar, como
para o professor da classe comum, que encontra eco no seu trabalho de Sala de
Aula, como também para o professor especializado da Sala de Recursos ao sentir-
se como parte ativa da performance do aluno com deficiência visual na Escola e em
outros ambientes.
Discutiremos também, o que o professor especializado tem como função na
Sala de Recursos e quais as respectivas valorações que ele dá às diferentes
disciplinas que necessita trabalhar com o aluno. Será que há autonomia em
diferenciar e em estabelecer estima a elas, ou sente-se inseguro, ou na sua escala
de valores existem disciplinas mais importantes que outras?
Em tese, a formação e capacitação dos professores de Sala de Recursos,
supõe que estes profissionais aperfeiçoem a ação-reflexão-ação, continuamente, de
modo que possam aprender com sua própria experiência, compartilhando-a com os
15
Não é nossa pretensão mostrar que o que sabemos por vezes é diferente
daquilo que fazemos. É preciso demonstrar que nosso comprometimento não pode,
somente, estar recheado de boa vontade. É imprescindível, também, ter
conhecimento técnico e um pouquinho de audácia para realizar o que precisa ser
feito, com requintes de inovação. É provocar discussão, é promover o debate, com o
diálogo, é recapitular o que foi esquecido, é fomentar o novo, com vistas a novas
perspectivas de trabalho.
Neste sentido, convido os pesquisadores em Educação à leitura deste
trabalho, que também almejam ver concretizado, de uma vez por todas, o direito à
Educação a todos os seres humanos, pois ele é um direito natural e indisponível,
como também, professores mais capacitados, disponibilizando seus saberes e
competências para um ensino mais dinâmico e qualificado. Boa leitura!
16
2 REFERENCIAL TEÓRICO
1
Marsha Forest (1942-2000) educadora canadense, foi uma grande líder e pioneira da inclusão
internacional.
2
Citado no livro Lê Kaleidoscope: um défi au concept de la classificatio em cascade, que escreveu
com Lusthaus. Está publicado em Educatio-Intégration, Downsview/Ontário, Insttitut Alain Foeher,
v.II, p.1-16,1987.
17
3
O que é deficiência? É possível pensar que para a pergunta “O que é uma deficiência?”haja uma
resposta simples e direta. Mas não há. Nada é absoluto na condição humana, nem mesmo todos
os conceitos são compatíveis através das culturas. Muitas respostas foram sugeridas para
resolver esse impasse. As definições de deficiência divergem em razão das diferenças entre
atitudes, crenças, orientação, áreas de estudo e cultura. Por exemplo, variadas áreas de estudo
oferecem definições diversas de deficiência, e algumas delas incluem análise das características
comuns de um grupo de indivíduos (por exemplo, habilidades cognitivas e comportamentos
estereotipados). Outras definições têm uma visão mais sociológica e divergem em sua construção
social – mais como uma função do sistema social do que individual (DANFORTH e RHODES,
1997; LONGMORE, 2002). SMITH, Deborah Deutsch. Introdução à Educação Especial: ensinar
em tempos de inclusão. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.
4
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS – deficiência é: “a perda ou anormalidade de
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incluem-se
nessas a ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda de um membro, órgão, tecido ou qualquer
outra estrutura do corpo, inclusive das funções mentais. Representa a exteriorização de um estado
patológico, refletindo um distúrbio orgânico, uma perturbação no órgão”(AMIRALIAN et al, 2000, p.
98).
Além da definição de Deficiência, conceituou-se nesta Classificação os termos de incapacidade
como “[...] restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para desempenhar uma atividade
considerada normal para o ser humano”; e desvantagem como “[...] prejuízo para o indivíduo,
resultante de uma deficiência ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de
papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais”(AMIRALIAN et al., 2000, p. 98).
18
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São
dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras
com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
5
Isaac N. Kerlin, Manual of Elwyn, 1891, citado em Nazarro, 1977, p.11 apud SMITH, Deborah
Deutsc. Introdução à Educação Especial: ensinar em tempos de inclusão. 5. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2008, p. 40.
20
Sem dúvida, esta nova concepção não nega que os alunos tenham
problemas em seu desenvolvimento. No entanto, a ênfase consiste em
oferecer ao aluno uma mediação. A finalidade primordial é analisar o
potencial de aprendizagem, como sujeito integrado em um sistema de
ensino regular, avaliando ao mesmo tempo quais os recursos que necessita
para sua evolução seja satisfatório.
anseiam para que seus direitos sejam ouvidos e atendidos, por meio de ações que
favoreçam o movimento inclusivo social, citamos Freitas e Padilha (FREITAS,
KREBS e RODRIGUES, 2005, p.14):
Em relação às pessoas cegas, no século XVIII, Valentin Haüy, foi uma das
primeiras pessoas a usar letras em relevo para ensinar aos cegos. Porém este
sistema era muito difícil de ser aprendido e de ser manuseado.
Um esclarecimento se faz importante ao Sistema Moon6 que é composto por
14 caracteres, criado por William Moon, previsto também como um sistema tátil, no
qual manteve o contorno da letra e era bem memorizado pelas pessoas que ficavam
cegas adultas.
Explica-se que os livros produzidos eram feitos com a letra que utilizamos
em relevo. Imaginamos como os alunos faziam para poder escrever o seu nome ou
uma frase. Somente no ano de 1784 foi inaugurada na França a primeira escola de
cegos, que ainda utilizava o mesmo sistema para a aprendizagem dos seus alunos.
6
Disponível em: <http://www.ahimsa.org.br/centro_de_recursos/projeto_horizonte/ALFABETO_
MOON.pdf>. Acesso em: 12 set. 2009.
22
7
Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros
de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos,
provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta
pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho
direito, provocando a cegueira. Disponível em:
<http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Educacao/Louis%20Braille.htm>. Acesso em: 09 set.
2009.
8
Charles Barbier de la Sierra (1767-1841) foi um capitão no Exército Francês durante o início do
século XIX. Barber era era um oficial de artilharia e passava muito tempo na linha da frente, pelo
que não podia usar uma lamparina para ler as mensagens que recebia, sob risco de se expor ao
fogo inimigo. Por esse motivo criou um código que consistia numa série de pontos salientes numa
folha de papel, que podia ser utilizado durante a noite para comunicar silenciosamente e sem luz,
conhecido como escrita noturna. No entanto, o sistema foi rejeitado pelos militares, que o
consideraram demasiado complicado. Disponível em:
<http://www.virginiavendramini.com.br/braille.html>. Acesso em: 12 set. 2009.
23
Esta terceira opção reflete uma ação em prática do exterior para dar
condições de aprendizagem educacional dos indivíduos.
Já, García (1999, p. 19), contemplando Berbaum (1982), cita:
9
Pessoa que utiliza serviços públicos. Disponível em: <http://pt.thefreedictionary.com/utente>.
Acesso em: 07 ago. 2009
24
10
Delors (2006, p. 159), explica: “Melhorar a qualidade e a motivação dos professores deve, pois,
ser uma prioridade em todos os países. Indicam-se, a seguir, algumas medidas para consegui-lo,
que serão descritas de maneira mais pormenorizada nos parágrafos seguintes: Recrutamento:
melhorar a seleção, ampliando a base de recrutamento através de uma busca mais ativa de
candidatos. Pode se pensar em medidas especiais que facilitem o recrutamento de candidatos de
origens lingüísticas e culturais diversas. Formação Inicial: estabelecer laços mais estreitos entre as
universidades e os institutos de formação de futuros professores do primário e do secundário.
Formação Contínua: desenvolver os programas de formação contínua, de modo a que cada
professor possa recorrer a eles, frequentemente, especialmente através das tecnologias de
comunicação adequadas. Devem ser desencadeados programas que levem os professores a
familiarizar-se com os últimos progressos da tecnologia da informação e comunicação.
Professores de formação pedagógica: deve ser dada atenção especial ao recrutamento e
aperfeiçoamento dos professores de formação pedagógica a fim de que, com o tempo, possam
contribuir para a renovação das práticas educativas. Controle: a inspeção deve não só controlar o
desempenho dos professores, mas também manter com eles um diálogo sobre a evolução dos
saberes, métodos e fontes de informação. Convém refletir nos meios de identificar e recompensar
os bons professores. É indispensável avaliar de forma concreta, coerente e regular, as aquisições
dos alunos. Há que dar mais importância aos resultados da aprendizagem e ao papel
desempenhado pelos professores na obtenção dos mesmos. Gestão: reformas dos sistemas de
gestão que procurem melhorar a direção dos estabelecimentos de ensino, podem libertar os
professores os professores de tarefas administrativas que os ocupam diariamente e levar a uma
concentração sobre os fins e métodos do ensino em determinados contextos. Participação de
agentes exteriores à escola: os pais podem ser associados de diversas maneiras ao processo
pedagógico; o mesmo se pode dizer das pessoas que têm experiência prática de diversos
assuntos ensinados nas escolas profissionais. Condições de trabalho: é preciso mais empenho em
manter a motivação dos professores em situações difíceis e, para conservar no ensino os bons
professores, oferecer-lhes condições de trabalho satisfatórias e remuneração compatível a das
outras categorias de emprego que exigem nível de formação equivalente. Meios de ensino: a
qualidade da formação pedagógica e do ensino depende em larga medida da qualidade dos meios
de ensino e, em especial, dos manuais.
11
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva -
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=288&Itemid=824 Acesso
em: 07 de jan. 2010.
25
12
PERRENOUD, Ph. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artmed. 2002, p. 22.
As dez competências básicas do professor conforme Perrenoud:
1- organizar e dirigir situações de aprendizagem; 2 - administrar a progressão das aprendizagens;
3- conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 4- envolver os alunos em sua
aprendizagem e em seu trabalho; 5 - trabalhar em equipe; 6 - participar da administração da
escola; 7- informar e envolver os pais; 8- utilizar novas tecnologias; 9- enfrentar os deveres e os
dilemas éticos da profissão; 10- administrar sua própria formação continuada.
27
Quadro 01 – Competências
Pilares da Educação Saber e Sabor Profissional Competências da Ação
Profissional
Aprender a conhecer Saber Competências Técnicas
Combinar o conhecimento Domínio integrado de Domínio extremo das tarefas
da cultura geral com a conhecimentos teóricos e e conteúdos, assim como os
possibilidade de práticos, incluindo o conjunto conhecimentos e as
aprofundar em níveis mais de saberes específicos e a destrezas.
específicos. gestão desses conhecimentos.
Aprender a Fazer Saber Fazer Competências
Capacitação para fazer Habilidades, destrezas e Metodológicas
frente às diversas hábitos fruto da aprendizagem Raciocinar aplicando os
situações e experiências e da experiência que garantem procedimentos adequados,
vitais e profissionais. a qualidade produtiva. encontrar soluções e
transferir experiências.
Aprender a Conviver Saber Estar Competências Participativas
Dirigido à compreensão, Domínio da cultura do trabalho, Capacidade de organizar e
interdependência e do âmbito social e da decidir, assim como aceitar
resolução de conflitos. participação em seu em torno. responsabilidades.
Aprender a Ser Saber Ser Competências Pessoais
Desenvolvimento da Valores, comportamentos e Colaborar com outras
autonomia, juízo e atitudes, possuir uma imagem pessoas de forma
responsabilidade e realista de si mesmo e atuar comunicativa e construtiva,
desenvolvimento de suas conforme esta. mostrar um comportamento
possibilidades. orientado ao grupo e um
entendimento interpessoal.
Fonte: Hué (2009, p. 62)
A principal preocupação dos participantes de todo este processo era não sair
do foco fundamental das diretrizes que norteiam os sistemas educacionais
inclusivos, que são: “a garantia do direito de todos à educação, o acesso e as
condições de permanência e continuidade dos estudos no ensino regular.”Dutra
(2008, p. 01)
O acesso dos alunos com deficiência atualmente, nas escolas do Brasil,
trava um embate com as maneiras tradicionais de ensinar. Antes, como vimos, o
ensino da pessoa com deficiência era baseado na dificuldade e não nas
possibilidades do aluno. A participação do aluno com deficiência junto com seus
colegas, está modificando este conceito, no qual o aluno com deficiência, em
especial o aluno com deficiência visual, vem conquistando seu espaço e solicitando
uma melhor atenção por parte de seu professor e, por conseguinte, eliminando
barreiras nas formas de organização, planejamento e execução da atual política.
Salienta Dutra (2008, p. 01):
13
Cláudia Pereira Dutra – Secretária de Educação Especial/MEC – Inclusão: Educação Especial,
Brasília, v.4, n.1, jan./jun. 2008.
30
14
Resolução número 4 de 02 de outubro de 2009, institui diretrizes operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado, na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Acesso em 07
de jan. de 2010 - http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf
32
15
A Declaração de Salamanca reafirma o direito à educação de todos os indivíduos, tal como está
inscrito na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, e renovando a garantia dada
pela comunidade mundial na Conferência Mundial sobre a Educação para Todos de 1990 de
assegurar esse direito, independentemente das diferenças individuais. Disponível em:
<http://www.educacaoparatodos.org/documents/declaracao_salamanca.doc>. Acesso em: 07 ago.
2009.
33
16
O Brasil é um país signatário e também assumiu essas responsabilidades, a qual citamos:
prioridade política e financeira ao aprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido de
se tornarem aptos a incluírem todas as crianças independentemente de suas diferenças e
dificuldades individuais; adotam o princípio de educação inclusiva em forma de lei ou de política,
matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes razões para
agir de outra forma; desenvolvam projetos de demonstração e encorajem intercâmbios em
países que possuam experiências de escolarização inclusiva; estabeleçam mecanismos de
participações e que sejam descentralizados para planejamento, revisão e avaliação de provisão
educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais; encorajem e
facilitem a participação de pais, comunidades e organizações de pessoas portadoras de
deficiências nos processos de planejamento e tomada de decisão concernentes à provisão de
serviços para necessidades educacionais especiais; invistam maiores esforços em estratégias
de identificação e intervenção precoce, bem como nos aspectos vocacionais da educação
inclusiva; garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica, programas de treinamento de
professores, tanto em serviço como durante a formação, incluam a provisão de educação
especial dentro das escolas inclusivas.
34
17
Experiências Educacionais Inclusivas II – Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. – A
música e a inclusão Mossoró/RN p. 31 –Práticas educacionais inclusivas na escola e na sala de
aula: a experiência do município de Bagé/RS P.69.
37
18
Disponível em: <http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.opticasaojose.com.br/
img/olho454.jpg&imgrefurl=http://www.opticasaojose.com.br/index.php%3Fpagina%3Dolho&usg=_
_5RjzLyq-ICdmTlXLBO_zvQO4vfc=&h=199&w=454&sz=28&hl=pt-PT&start=54&tbnid=Vh7tLT0XO
cW-4M:&tbnh=56&tbnw=128&prev=/images%3Fq%3Dpartes%2Bdo%2Bolho%26gbv%3D2%26n
dsp%3D20%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN%26start%3D40>. Acesso em: 01 set. 2009.
40
A deficiência visual ainda pode ser congênita (do nascimento até os dois
anos de idade) ou adquirida (após os dois anos de idade). É importante atentar para
esta situação, já que as pessoas que perdem a visão após os dois anos de idade
conseguem lembrar-se da aparência de alguns objetos, a memória visual manteve-
se.
19
Por todas essas razões, não há um consenso sobre como definir acuidade visual, tanto que sua
expressão, embora bem entendida e operada por oftalmologistas, costuma trazer embaraços a
outros cientistas(1). Geralmente, refere-se acuidade visual como a função (visual) que exprime a
capacidade discriminativa de formas; ou como o método com que se mede o reconhecimento da
separação angular entre dois pontos no espaço (isto é, distância entre eles, relacionada ao
primeiro ponto nodal do olho); ou da resolução (visual) de suas respectivas imagens sobre a
retina, relacionadas ao segundo ponto nodal do olho. Nessas “definições”, a primeira com
ordenação psicobiológica, as outras duas operacionais, não fica claro o que seja “forma” ou
“reconhecimento”ou “resolução de imagens”. De fato, os próprios conceitos a que tais termos
ficam subordinados não são facilmente delimitados. Assim, a resolução visual depende dos níveis
diferenciais de iluminação (contrastes) entre as partes do estímulo (por exemplo, entre as
tonalidades dos traços de uma figura e as de seu fundo). Harley E. A. Bicas. Acuidade visual.
Medidas e notações
43
Condições do Olho:
Miopia – visão curta, condição que permite ver os objetos próximos e não
distantes.
Hipermetropia – visão distante, condição que permite ver os objetos a
distância, mas não os objetos próximos.
Astigmatismo – uma patologia ocular que produz imagens na retina com
diferentes focos.
Condições da Retina:
Retinopatia diabética – alterações nos vasos sangüíneos do olho causado
pela diabete.
Degeneração macular – danos em uma pequena área próxima ao centro da
retina que resulta na restrição da visão central fina e dificuldades na aescrita
e na leitura.
Retinite pigmentosa – doença genética dos olhos que conduz à cegueira; a
cegueira noturna é o primeiro sintoma.
Retinoblastoma – tumor.
20
Segundo Smith (2008, p. 335), possíveis sinais de deficiência visual: - olhos excessivamente
lacrimejantes; - olhos vermelhos ou continuamente inflamados; - olhos com crostas; - olhos
pesados, enrugados, pesados; - olhos com aparência de inchados; - uma ou duas pupilas (centro
preto do olho) acinzentada ou branca; -um ou ambos os olhos cruzam, voltam-se para dentro ou
para fora ou movem-se diferentemente do outro; - bebê com 3 meses de idade ou mais não olha
diretamente para os objetos; - a criança se choca com os objetos ou passa diretamente por cima
deles; - a criança tem dificuldade de ver depois que o sol se põe (cegueira noturna); - a criança
tem dificuldade de ler letras pequenas; - a criança tem dificuldade de identificar detalhes nas
figuras; - a criança tem dificuldade de subir e descer escadas, jogar ou pegar a bola, abotoar as
roupas ou amarrar os sapatos; - a criança é excessivamente desajeitada; - a criança é incapaz de
discriminar letras; - a criança esfrega os olhos com freqüência; - a criança pisca; - a criança
reclama de tontura ou dor de cabeça depois da leitura de um trabalho; - a criança frequentemente
inclina a cabeça; - a criança usa um olho, possivelmente fechando ou tampando o outro olho
enquanto está lendo; - a criança não gosta ou evita atividades detalhadas; - a criança segura os
objetos de maneira anormal, perto dos olhos.
44
21
adj (lat functione+al3) 1 Relativo às funções vitais. 2 Em cuja execução ou fabricação se procura
atender, antes de tudo, à função, ao fim prático: Móveis de estilo funcional. 3 Diz-se da
nacionalidade aderente às funções exercidas e que se adquire ou perde com elas, como, p ex, os
funcionários ou dignitários do Estado do Vaticano. 4 Relativo a funcionários públicos. 5 Med Que
altera a função, mas não a estrutura. 6 Biol Que exerce ou é capaz de exercer sua função regular.
Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-
portugues&palavra=funcional>. Acesso em: 01 set. 2009.
22
Snellen nació el 19 de febrero de 1834 en Zeist (Utrech). Estudió medicina en esta ciudad con
Gerard Johann Mulder (1802-1880), Jacobus Ludovicus Conradus Schroeder van der Kolk (1797-
1862) y Franz Cornelis Donders (1818-1889).Obtuvo el doctorado con el trabajo: Diss. de invloed
der zenuwen op de ontsteking proefonderwindelyk getoetst.
45
para atingir seus objetivos instrucionais na educação do aluno com baixa visão é
necessário: identificar as competências visuais com e sem auxílios ópticos;
identificar tarefas visuais que devem ser apreendidas; obter informações do aluno e
de outros profissionais da equipe sobre o uso da visão; identificar as preferências
ambientais do aluno; ajudar o aluno a encontrar meios de aliviar a fadiga ou o
desconforto visual.
O professor deve observar o aluno em diferentes ambientes como sala de
aula; ginásios, ambientes externos, em atividades extra curriculares, em atividades
sociais. O professor deve perguntar-se como o funcionamento visual do aluno varia
de acordo com a iluminação, familiaridade, contraste, tempo e outros fatores? Quais
as atividades que tem dificuldade em usar a visão e as que realizam com facilidade?
O professor antes de iniciar sua avaliação deve obter o máximo possível de
informações sobre as avaliações médicas do aluno, sobre o desenvolvimento geral
da criança e outros comprometimentos associados, além da etiologia do
comprometimento visual, seu início e prognóstico. Estas informações são cruciais
para planejar a avaliação funcional. Assim, se o aluno tem uma restrição de campo
visual o professor deve observar a capacidade do aluno escanear o meio. Se o
aluno tem uma perda visual que é progressiva é importante observar se durante o
processo educativo há modificações nas habilidades visuais em relação á primeira
avaliação.
Após a avaliação funcional da visão é imprescindível que a criança faça o
treinamento para melhor utilizar a visão residual que possui.
Segundo Veitzman (2000, p. 147-148), “O treinamento em baixa visão deve
ajudar a criança a aprender certos conceitos básicos de formas a construir “cadeias
de associações” e ser treinada a associá-las à experiência visual prévia”.
Desta forma, Barraga (1985, p. 165) propõe que:
46
todo indivíduo que mostre uma resposta à luz pode ser um candidato ao
desenvolvimento visual no futuro; o funcionamento e a eficiência visual (em
casos de deficiência) não são automáticos e espontâneos. Envolvem um
processo de aprendizagem e experiência no ambiente da vida real; o
desenvolvimento da eficiência visual é pouco relacionado à acuidade visual
obtida ou à natureza do defeito ou doença; a eficiência no uso funcional da
visão está intimamente relacionado ao desenvolvimento motor, mental e
emocional; a aprendizagem por um sistema visual deficiente ocorre
lentamente, mas segue o mesmo padrão seqüencial do desenvolvimento
visual num sistema normal; a estimulação precoce e contínua, a exposição
à experiência visual e o ensino intensivo são muito importantes para
desenvolver a eficiência máxima; o treinamento para crianças que
nasceram com baixa visão deve estimulá-las a armazenar as impressões
visuais no cérebro para construir e associá-las quando aprendem novas
coisas; sem motivação, apoio e paciência não há resultados.
Os recursos ópticos são aliados muito importantes aos alunos com baixa
visão e são lentes de uso especial ou dispositivo formado por um conjunto de lentes,
geralmente de alto poder. A indicação do recurso óptico depende de cada pessoa e
de cada patologia. A escolha do nível de adaptação dos recursos, em cada caso,
precisam ser definidos a partir da conciliação de inúmeros fatores, entre os quais:
necessidades específicas, diferenças individuais, faixa etária, preferências,
interesses e habilidades. Exemplos de recursos ópticos: telescópio (para longe),
óculos visuais com lentes de aumento para perto, lupas manuais ou lupas de mesa e
de apoio. Exemplos de recursos não ópticos: tipos ampliados, acetato amarelo,
plano inclinado, CCTV.
O professor da sala comum e o professor da sala de recursos devem ter
uma ligação muito íntima no que se refere ao rendimento e a qualidade de ensino do
aluno com baixa visão e, sobretudo, que tenham uma observância das situações
que os rodeiam. É imperativa esta atitude para que o professor, da sala comum e da
sala de recursos, tenha um papel atuante na aprendizagem destes alunos (SÁ e
CAMPOS, 2007, p. 19).
Os recursos ópticos são instrumentos e aparelhos que ajudam a melhorar o
desempenho visual através da maximização da imagem. Os recursos ópticos mais
utilizados pelas crianças com baixa visão em idade escolar são: óculos com lentes
para perto e para longe, lupas de apoio, lupas de mesa, barras de leitura, óculos de
lentes escurecidas nos casos de alunos que apresentam fotofobia e sistema
47
23
A expressão atendimento educacional especializado, entendida, equivocadamente, como sinônimo
da escolarização realizada pela escola/classe especial, alimentou por longo período as práticas
educacionais direcionadas a alunos com deficiência, bem como a formação de professores de
educação especial especificamente para atuarem nessas escolas e classes especiais. Tal
concepção, decorrente de um pensamento hegemônico de que pessoas com deficiência não eram
capazes de aprender, ou, na melhor das hipóteses, poderiam aprender em espaços segregados,
provocou a existência de um sistema paralelo, que segregava e impedia a inclusão escolar dos
alunos nas escolas da rede regular de ensino (ALVES e GOTTI, 2006, p. 267).
24
Salas de recursos: serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, que
suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento
educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino. Esse serviço realiza-se em
escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades
educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais
ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos,
para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em horário
diferente daquele em que freqüentam a classe comum. Parecer nº 56/2006 Processo CEED nº
40/27.00/05.8.
48
25
Para Alves e Gotti (2006, p. 270) o aluno com deficiência visual necessita que o professor possa:
promover e apoiar a alfabetização e o aprendizado pelo Sistema Braille, realizar a transcrição de
materiais, braille/tinta; produzir gravação sonora de textos, realizar a adaptação de gráficos,
mapas, tabelas e outros materiais didáticos para uso de alunos cegos, promover a utilização de
recursos ópticos (lupas manuais e eletrônicas) e não ópticos (cadernos de pauta ampliada,
iluminação, lápis e canetas adequadas); adaptar material em caracteres ampliados para uso de
alunos com baixa visão; desenvolver técnicas e vivências de orientação e mobilidade e atividades
de vida diária para autonomia, independência, desenvolver o ensino e o uso do soroban, promover
adequações necessárias para o uso de tecnologias de informação e comunicação.
26
Richard Bach nasceu em 23 de junho de 1936 no estado de Illinois, E.U.A. Escritor, piloto aviões,
autor de vários livros que rapidamente se tornam bestsellers. A principal ocupação de Bach foi
como piloto reserva da Força Aérea e praticamente todos os seus livros envolvem o vôo de certa
maneira, desde suas primeiras histórias sobre voar em aeronaves até suas últimas onde o vôo é
uma complexa metáfora filosófica. Bach alcançou enorme sucesso com Fernão Capelo Gaivota.
Disponível em: <http://www.pensador.info/autor/Richard_Bach/biografia/>. Acesso em: 02 set.
2009.
50
27
Alguns dados que são de assustar e revelam a realidade da maioria dos países, incluindo o Brasil:
125 milhões de crianças em todo o mundo não freqüentam a escola, dois terços são meninas: 150
milhões de crianças abandonam a escola antes de aprender a ler ou escrever; 12 milhões de
crianças morrem por doenças ligadas à pobreza todos os anos; 2 milhões de vidas poderiam ser
salvas se todas as meninas freqüentassem a escola; um em cada quatro adultos nos países em
desenvolvimento não sabe ler ou escrever, dois terços são mulheres; cada ano adicional gasto
pelas mães na escola primária reduz a mortalidade infantil em 8%; apenas cerca de 1% dos
deficientes físicos (aqui incluiu-se os sensoriais também) frequenta algum tipo de escola na
maioria dos países em desenvolvimento. (MITTLER, 2002, p. 11).
51
Y llega a una conclusión que tiene una enorme importancia de principio para
toda la psicología y la pedagogía de los ciegos: la capacidad del ciego para
el conocimiento es una capacidad para conocerlo todo (ídem). Esto significa
que se abre ante los ciegos la posibilidad de lograr un valor social pleno.
28
Sounderson, N. (1682-1739). Matemático cego, inventou um dispositivo para fazer cálculos com
números de várias cifras sem enxergar. Criou um manual de geometria. Vygotsky (1996, p. 113).
53
29
A Portaria nº 319, de 26 de fevereiro de 1999 institui a Comissão Brasileira de Braille. O
MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições e considerando o interesse
do Governo Federal em adotar para todo o País, uma política de diretrizes e normas para o uso, o
ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em todas as modalidades de aplicação,
compreendendo especialmente a Língua Portuguesa, a
Matemática e outras Ciências, a Música e a Informática; considerando a permanente evolução
técnico-científica que passa a exigir sistemática avaliação, alteração e modificação dos códigos e
simbologia Braille, adotados nos Países de língua portuguesa e espanhola; e, finalmente,
considerando a necessidade do estabelecimento de permanente intercâmbio com comissões de
Braille de outros Países, de acordo com a política de unificação do Sistema Braille.
54
com deficiência visual e seus colegas não terá uma boa assimilação e compreensão
dos conteúdos trabalhados.
O contato do professor da disciplina e o professor especializado necessita
ser sistemático a fim de que o aluno possa ter sempre em mãos o material em Braille
ou ampliado do conteúdo a ser trabalhado na aula, ter os materiais necessários, no
caso o Soroban, e, o professor especializado precisará ter uma atenção maior para
ver se sua utilização está correta e se o aluno está realmente fazendo uso deste
recurso que é o Soroban.
2.7.4 Soroban
31
Com a Portaria Ministerial nº 657 de 07/03/2002, a Comissão Brasileira de Estudo e Pesquisa do
Soroban – CBS, foi instituída. A CBS tem os seguintes objetivos: - publicar materiais teóricos e
práticos sobre o soroban na educação de pessoas com deficiência visual: - sistematiza o pré-
soroban; - organizar e sistematizar as duas metodologias de uso e ensino do soroban vigentes no
Brasil; - implementar cursos de capacitação dessas metodologias; - contribuir com a melhoria da
qualidade da educação das pessoas cegas no Brasil, tornando o soroban mais acessível para
alunos e professores; - maximizar o aproveitamento deste recurso pedagógico que integra o kit de
materiais didáticos, distribuído pelo MEC/SEESP para alunos cegos. Educação Inclusiva – A
Construção do Conceito de Número e o Pré-soroban, MEC/SEESP – Brasília, 2006.
32
Foi o primeiro brasileiro a se preocupar com as ferramentas de que os cegos dispunham para
efetuar cálculos em nosso país. Uma miopia progressiva fez com ele interrompesse seu curso
ginasial e após 25anos em 1947, matriculou-se na Associação Pró-Biblioteca e Alfabetização para
aprender o Sistema Braille. Por ser a Matemática uma de suas matérias prediletas, após aprender
o Sistema Braille, voltou sua atenção para o modo de calcular dos cegos. Educação Inclusiva – A
Construção do Conceito de Número e o Pré-soroban, MEC/SEESP – Brasília, 2006.
57
2.7.5 Multiplano
33
A música:I FÓRUM CATARINENSE DE MUSICOTERAPIA Florianópolis, 31/08 e 01/09 de 2001
O QUE É A MÚSICA (HOJE) Fernando Iazzetta -Departamento de Música - ECA-USPPEPG
Comunicação e Semiótica – PUCSP Falar sobre a natureza daquilo que se constitui como música,
ou mais especificamente, do que é a música é uma atividade extremamente sedutora. Essa
sedução tem um duplo sentido: por um lado, a música se constitui numa das mais ricas e
difundidas atividades culturais da sociedade atual, enquanto que, por outro, ela conserva um
caráter de abstração que resiste a qualquer definição fechada ou precisa. Quer dizer, embora
estejamos o tempo todo imersos num mundo povoado por músicas de todas as espécies, a nossa
relação com a música é algo extremamente difícil de ser formalizado e cuja compreensão se dá na
esfera do sensível e do intuitivo. Desvendar de modo formal a natureza da música se constitui,
portanto, como um desafio e uma necessidade dada a presença marcante que ela ocupa em todos
os âmbitos da vida moderna, incluíndo aí as situações de lazer, de pesquisa, de criação, de
relacionamento social e até mesmo em contextos aparentemente mais desligados de sua natureza
artística, como na medicina e nas práticas terapêuticas. Nos parece entretanto que tentar decifrar
o que é a música nada mais resultaria do que no exercício de criar uma armadilha na qual
aprenderíamos apenas uma parte de nossa questão. Qualquer definição de música representaria,
quando muito, a definição de uma música em particular, ou ainda, apenas o ponto de visita restrito
e particular sobre o assunto. A validade dessa busca por algo que não cabe dentro de definições
estanques é questionável na medida em que a música se apresenta como estrutura dinâmica e
viva que se reconfigura dentro de suas práticas, dentro da criação e da escuta e como tal deve ser
percebida como algo vivo, em constate mutação e que se atualiza a cada momento de sua
realização: “ninguém pode dizer o que é música, a não ser por proposições normativas, porque
“música em si”é de fato algo não demonstrável e sua prática não é nem arbitrária nem baseada
em fundações físicas ou metafísicas”(Vaggione, 2001: 55). Ao contrário, embora possamos falar
de música com muita propriedade, esse discurso não se baseia necessariamente em dados
precisos ou formalizáveis, embora possam ser objetivos e não-arbitrários. Disponível em:
<http://www.eca.usp.br/prof/iazzetta/papers/forum2001.pdf>. Acesso em: 09 set. 2009.
34
Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille/oquee.htm>. Acesso em: 09 set. 2009.
35
«Dolores Tomé é filha de João Tomé». Quem conhece a história desta família logo reconhece o
significado da frase escrita pelo jornalista Márcio Cotrim no prefácio intitulado «Olhos cegos fazem
música» do livro Introdução à Musicografia Braille, 2003. A autora é Dolores, que deixou Uberaba
(MG) na década de 60 e, desde que pisou na capital, tem feito a diferença na vida de centenas de
alunos portadores de deficiência visual (DVs) que passam pela Escola de Música de Brasília
(EMB). Este ano, ela deixa a Secretaria de Educação e passa à cena cultural. A convite do
secretário Silvestre Gorgulho desenvolverá o projeto «Arte para Todos», trabalho cujo ponto chave
será oferecer oportunidades a grupos culturais excluídos. E para começar 2007 de fato, ela será
uma das componentes que entoarão o enredo «Ser diferente é normal», da escola carioca Império
Serrano. Disponível em: <http://www.sitecurupira.com.br/braille/musica_braille/ dolore_tome.htm>.
Acesso em: 09 set. 2009.
36
José Antonio dos Santos Borges, é Informático pela UFRJ, com mestrado e doutorado em
Engenharia de Sistemas e Computação pela COPPE-UFRJ.
59
Sua experiência profissional inclui projeto de sistemas operacionais, projeto de sistemas CAD para
eletrônica, microeletrônica, computação gráfica tridimensional, multimídia, CD-ROMs educativos e
síntese de voz. Trabalha desde 1974 no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, onde coordena os seguintes projetos: Dosvox, Sistema Operacional
para Deficientes Visuais, o primeiro sistema comercial que sintetizou vocalmente textos genéricos
na língua portuguesa. Motrix, destinado a que pessoas sem o controle dos braços (tetraplegia)
possam comandar o computador com a voz. Microfênix, para pessoas com deficiências motoras
graves, que permite que o computador seja controlado apenas através de murmúrios ou de leves
movimento de alguma parte do corpo. MecDaisy, para geração e reprodução de livros digitais para
deficientes visuais, projeto do SEESP/MEC e Corde/MJ. Foi o desenvolvedor do sistema
Musibraille, para suporte à produção de músicas em Braille, em parceria a Profa. Dolores Tomé,
da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, e com patrocínio da Petrobrás. Foi também o
desenvolvedor, junto com Geraldo José Chagas Júnior, do sistema Braille Fácil, o sistema mais
usado para impressão Braille no Brasil, produzido para o Instituto Benjamin Constant com apoio
do FNDE.É professor da Universidade Estácio de Sá, onde leciona as cadeiras de Arquitetura de
Computadores e Sistemas Operacionais, e onde orientou estudantes em projetos para
computação em Linux voltada para uso por deficientes visuais.Atuou como instrutor das pós-
graduações Latu-sensu do NCE/UFRJ, em especial os cursos MOT/CN, IS-EXPERT e PGTIAE,
lecionando disciplinas relacionadas a técnicas de Multimídia e de Acessibilidade para
Deficientes.Atuou como professor convidado dos Cursos de Engenharia Eletrônica e de
Informática da UFRJ, de 1980 a 1997 onde lecionou as disciplinas de Software Básico, Periféricos
e Interfaces, Computação Gráfica e Multimídia, a nível de graduação, tendo sido professor
homenageado e paraninfo dos formandos por diversas vezes. Foi laureado com a Medalha de
Excelência Acadêmica do Instituto de Matemática da UFRJ em 2004.Atuou como instrutor em
diversos seminários de alto nível no Brasil, México, Argentina e República Dominicana, nas áreas
de microeletrônica e de computação gráfica. É professor Honorário da Universidad de
Guadalajara, México, por seu trabalho na área de CAD para Microeletrônica.É autor dos livros
“BASIC - Aplicações Comerciais”e “Projeto de Circuitos Integrados”. Possui diversos trabalhos
publicados em congressos e revistas técnicas.Teve premiado seu projeto de multimídia para
crianças “Conhecendo as Letrinhas com o Menino Curioso”como a melhor multimidia educacional
no Festival Internacional de Multimidia, em Paris, 1995.
60
estão fora da realidade, pois além de caros são incompletos. Mais importante: não
existe conhecimento disseminado nem para sua utilização direta nem para o ensino
qualificado. A situação hoje é que, como os professores de música não têm
conhecimento da musicografia Braille, acabam por recusar-se a lecionar para
estudantes cegos por julgarem impossível passar para eles o conteúdo das
partituras com efetividade. Desta forma, torna-se muito difícil a inclusão de músicos
cegos nas escolas de música regular.
37
Pode ser obtido gratuitamente por meio de download a partir do site do projeto DOSVOX:
Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox>. Acesso em: 09 set. 2009.
38
É distribuído gratuitamente pela Fundação Bradesco e Banco Real para usuários cegos.
Disponível em: <http://www.micropower.com.br>. Acesso em: 09 set. 2009.
39
Este software é encontrado nos seguintes sites: <http://www.lerparaver.com.br> e
<http://www.laramara.org.br>.
40
Disponível em: <http://projetos.unioeste.br/campi/xlupa/>. Acesso em: 03 set. 2009.
61
41
Este software é encontrado no site: <http://ubuntubrasil.org>. Acesso em: 03 set. 2009.
42
Este Projeto está disponível no Portal: <http://www.faders.rs.gov.br/portal/index.
php?id=servico&cat=21&cod=178>. Acesso em: 03 set. 2009.
62
Orientação – processo que uma pessoa com deficiência visual usa para
mobilizar os sentidos para o estabelecimento de sua posição e relação com
todos os objetos significativos no meio envolvente. Implica por isso que a
audição e o tato e os resíduos visuais, quando existam, sejam treinados de
forma a fornecerem a informação necessária e possível sobre o local onde
nos encontramos e o que temos que fazer para alcançar o local pretendido.
Mobilidade – capacidade para deslocar-se no meio ambiente, mantendo a
direção pretendida. Torna-se, assim necessário, manter a marcha sem
desvios de modo poder manter a direção desejada.
43
No Brasil estas atividades são conhecidas, atualmente, como PEVI, ou seja, Programa Especial
de Vida Independente.
44
Disponível em: <http://www.maragabrilli.com.br/desenho-universal.html>. Acesso em: 28 set.
2009.
65
3 METODOLOGIA
dados não ficasse restrita a Porto Alegre. A escolha das cidades que possuem a
Sala de Recursos deu-se devido à localização geográfica em várias regiões do
Estado do Rio Grande do Sul. A negociação com os sujeitos de pesquisa se deu da
seguinte forma: através de contato telefônico foi marcado o dia e o horário para o
encontro. Nesse mesmo dia, expliquei o objetivo da pesquisa e já propus fazer a
entrevista, já que dependia dos horários disponíveis dos entrevistados e de outras
situações, como de viagem a Santo Ângelo e Cruz Alta, para entrevistar os
participantes desses municípios. A entrevista ao professor de Santana do
Livramento foi feita através de contato telefônico e respaldada pelo envio de
respostas escritas. Sempre ao chegar na Escola identifiquei-me à Diretora da Escola
e esclareci o porquê da minha visita e da entrevista. Acrescento ao relato, que em
todas as Escolas fui muito bem recebida, o que realmente contribuiu para a
realização das entrevistas. É o que nos indica Lüdke e André (1986, p. 34): “Na
medida em que houver um clima de estímulo e de aceitação mútua, as informações
fluirão de maneira notável e autêntica”.
Após feitas as entrevistas, passamos à leitura e análise das mesmas com
objetivo de entender e interpretar as falas de cada entrevistado em seu contexto.
Nesta análise tivemos como referência o método de análise de conteúdo. (BARDIN,
2009)
Procuramos estabelecer as relações entre todas as entrevistas, surgindo a
partir daí as diferenças e semelhanças entre os relatos dos professores.
Por fim procuramos as idéias comuns principais que serviram de orientação
para o desenvolvimento do trabalho e por vezes foram aproveitadas para nomear
alguns títulos ou subtítulos.
Como diz Engers (1986, p. 60): “o modo de análise de dados proposto pelo
paradigma construtivista é a análise indutiva de dados, que pode ser concebida
como o processo de dar significado aos dados coletados em campo”.
Partiremos do foco central da pesquisa, que são os saberes, práticas e
competências dos professores de alunos com deficiência visual, para que se
visualize os elementos relevantes à pesquisa proposta. Numa pesquisa qualitativa, o
entrevistador se apropria de uma visão de dentro do processo, o que podemos
referir ao conceito de uma visão “êmica” (ENGERS, 1986, p. 61), o que é uma
vantagem pois, a relação que obteve com os entrevistados, a compreensão teórico-
prática sobre o assunto proposto e as interlocuções durante as entrevistas, oferecem
70
45
Cinestesia Descritor Inglês: Kinesthesis Descritor Espanhol: Cinestesia Descritor Português:
Cinestesia Categoria: F02.830.816.541.504G11.561.600.810.541.587 Definição Português: O
sentido do movimento de uma parte do corpo, como movimento dos dedos, ombros, joelhos,
membros, ou de pesos. Nota de Indexação Português: não confunda com PERCEPÇÃO DE
MOVIMENTO. Disponível em: <http://decs.bvs.br/cgi-bin/wxis1660.exe/decsserver/?IsisScript=
../cgi-bin/decsserver/decsserver.xis&task=exact_term&previous_page=homepage&interface_
language=p&search_language=p&search_exp=Cinestesia>. Acesso em: 09 set. 2009.
73
4.2 INFORMÁTICA
47
Disponível em: <http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ferramentas.htm>. Acesso em: 13 out. 2009.
80
com o usuário; sistema de síntese de fala para língua portuguesa; editor, leitor e
impressor/formatador de textos; aplicações de uso geral: caderno de telefornes,
agenda, calculadora, preenchimento de cheques, etc; utilitários de internet, acesso a
www, um ambiente de “chat”, etc.; programas multimídia, gravador de som,
controlador de volumes, etc; programas dirigidos à educação de crianças com
deficiência visual; um sistema genérico de telemarketing, dirigido a profissionais
desta área; ampliador de tela para pessoas com visão reduzida; leitores de janelas
para windows.
Quando tratamos da baixa visão, são utilizados os recursos de
acessibilidade do Windows48 e o Dosvox, também, através do LentroPro49. Para
ajudar este usuário Windows que tem dificuldades de visão foi criado o programa
LentePro. Através desse programa, o que aparece na tela é ampliado numa janela,
permitindo assim que todos os detalhes sejam percebidos mesmo por aqueles com
grau muito baixo de acuidade visual. O programa tem as seguintes características
principais: - mostra uma área da tela ampliada numa janela, como se fosse uma
lente de aumento;- o índice de ampliação da imagem dessa janela podem variar de
1 a 9 vezes;- esta janela permanece visível mesmo quando uma outra janela é
puxada para cima de outras;- o trecho mostrado pode acompanhar dinamicamente a
posição do mouse ou ser fixada pelo usuário.
Quanto a outros softwares, encontramos disponível o Virtual Vision50 em 01
Sala de Recursos e o Jaws em nenhuma. No entanto, o Virtual é um software
48
Disponível em: <http://windows.microsoft.com/pt-BR/windows-vista/What-accessibility-features-
does-Windows-offer>. Acesso em: 13 out. 2009.
Tornar o computador mais fácil de ver. Há várias configurações disponíveis para tornar as
informações na tela mais fáceis de entender. Por exemplo, a tela pode ser ampliada, as cores da
tela podem ser ajustadas para torná-la mais fácil de ver e de ler e animações e imagens de plano
de fundo desnecessárias podem ser removidas. Para obter mais informações, consulte Tornar o
computador mais fácil de ver.
49
Disponível em: <http://www.redespecial.org.br/_doc/lentepro.txt>. Acesso em: 25 out. 2009.
50
Disponível em: <http://www.senai.br/psai/vision_18.asp>. Acesso em: 13 out. 2009.
Dicas de Acessibilidade - Regras para Criação de Páginas Acessíveis pelo Virtual Vision - Dicas
de Acessibilidade O Virtual Vision pode ser utilizado para ler informações presentes na Internet,
mas algumas regras devem ser consideradas para que os sites fiquem completamente acessíveis
e nos padrões mais utilizados na Web. Confira abaixo:Regras para criação de páginas acessíveis
pelo Virtual Vision:1. Evitar a utilização de frames nas páginas: os frames não são proibidos,
porém dificultam demais a navegação dos deficientes visuais na Internet porque quando a página
é carregada, o primeiro frame é focado e, ao navegar com a tecla Tab o foco nos links permanece
circulando dentro do mesmo frame. Pressionando Ctrl + Tab o usuário consegue passar para o
próximo frame e continuar a navegação, contudo ele não tem como saber se há outros frames na
página, a não ser que você coloque um aviso no primeiro frame indicando que há outros frames na
página e que pressionando Ctrl + Tab o usuário pode navegar por eles.2. Colocar uma descrição
para cada imagem no “ALT”das mesmas:o leitor de tela lê essa descrição. Isso ajuda a
81
transmitir uma boa noção do conteúdo gráfico nas paginas.3. Colocar um “link”em todas as
imagens da página:o Windows só dá foco através do TAB, em imagens que possuam
“hyperlinks”. Esse link pode apontar para a própria página. Ele só tem que estar presente na
imagem para que o usuário consiga focá-la e, através da descrição colocada no “ALT”, saber do
quese trata.4. Não utilizar o recurso “IMAGE MAP”, ou seja, uma única imagem com um
mapeamento para diversos links: o leitor de tela não consegue ler o ALT dos links de um “IMAGE
MAP”.5. Evitar o uso de “applets java”:os applets java não são proibidos, porém, para serem
acessíveis, precisam ser construídos de uma forma especial. 5.1.Precisam conter no canto
superior esquerdo da janela do applet um aviso (este aviso pode ser invisível ao usuário comum)
indicando que o usuário está dentro do applet e dizendo o que este applet faz e como operá-
lo.5.2.Ao lado de cada campo do applet, colocar um label invisível com a descrição do campo.
82
51
Hoffmann (1998) também refere que o processo de desenvolvimento da motricidade, da
elaboração de conceitos e valores, assim como das interações com o ambiente retroalimenta-se e
se fortalece na relação interativa Orientação e Mobilidade-habiliddes motoras, intelectuais e
pessoas com deficiência visual. A partir deste entrosamento, modificações, facilitações e novas
necessidades adaptativas podem ocorrer na evolução desta criança, favorecendo sua integração
com seu ambiente imediato ou distante. Esta autora apresenta possíveis facilitações ou melhorias
que o ensino das técnicas de Orientação e Mobilidade durante a etapa infantil, possa causar no
desenvolvimento da criança. 1. Desenvolvimento dos Movimentos Corporais; 2. Desenvolvimento
da Noção Espacial;. 3. Postura; 4. Relações Sociais; 5. Conhecimento real dos Objetos; 6.
Desenvolvimento da Afetividade; 7. Desenvolvimento das Relações de Tempo.
83
52
Atividades que favorecem o treino dos sentidos: descobrir diferentes expressões faciais, ou várias
entonações de voz da mãe ajuda o bebê utilizar o corpo como forma de expressão; colocar
pulseiras nas mãos e nos pés fazem a acriança ser o produtor do som; explorar objetos com as
mãos e com os pés, descobrindo as várias texturas e consistências; brinquedos com padrões
visuais brilhantes, textura e som, estimulam a coordenação e a integração dos sentidos. Numa
fase posterior a associação da informação verbal e a função do objeto desenvolve o sistema de
significação da criança; para adquirir autonomia na manipulação dos objetos a criança tem que
assimilar que tudo pode ser ouvido, tocado e agarrado. Para isso necessita de estímulos para
localizar objetos em diferentes localizações; deslocar-se em direção ao som: em linha reta,
variando as distâncias, fazendo o trajeto de ida e volta.
Alunos cegos e com baixa visão – Orientações curriculares – Alberto Mendonça e Cristina Miguel
– Portugal
84
Assim a criança cega ou com visão reduzida poderá lidar muito mais com
as dificuldades próprias e peculiares da infância do que com uma
sobrecarga de problemas e tabus, adicionada pelos receios, incertezas e
preconceitos dos adultos.
53
Sala de Recursos Multifuncionais – Espaço para o Atendimento Educacional Especializado
(2006:17).
85
4.4 SOROBAN
55
Disponível em: <http://madeinjapan.uol.com.br/2006/07/21/desvendando-o-soroban/>. Acesso em:
13 out. 2009.
Desvendando o Soroban Mais rápido que uma calculadora, o instrumento japonês que resolve
cálculos matemáticos nasceu há mais de 2.500 anos. Ainda hoje, o soroban ajuda a melhorar a
concentração e faz sucesso no arquipélago e entre os brasileiros de todas as idades. À primeira
vista, o objeto retangular, cheio de contas coloridas que correm nas hastes, mais parece um
brinquedo. Na verdade, trata-se do soroban, um tradicional instrumento de cálculos matemáticos
desenvolvido no Japão, mas que conquistou adeptos no mundo todo, incluindo o Brasil.A história
da utilização de instrumentos para calcular (chamados ábacos) começou há mais de 2.500 anos.
Os primeiros ábacos eram constituídos de fios paralelos e contas deslizantes. De acordo com sua
posição, representavam a quantidade a ser trabalhada. Há indícios de que o homem já utilizava o
ábaco antes mesmo da escrita. O sistema de contas e fios recebeu dos romanos o nome de
calculi, o que deu origem à palavra cálculo.Entre os diversos tipos de ábaco existentes, está o
soroban (o ábaco japonês), originário do chinês suan-pan. O professor japonês Kambei Moori
trouxe o aparelho da China no século 17 e desenvolveu o soroban em sua cidade natal, Kyoto. Em
1662, publicou o livro Embrião do Soroban. Apesar de Moori ser considerado o pai do soroban,
manuscritos japoneses datados de 1503 já descreviam o ábaco de calcular suan-pan, levantando
a hipótese de que o aparelho já era conhecido no Japão. Trazido ao Brasil pelos imigrantes
japoneses, o soroban era usado em cálculos cotidianos. O método foi desenvolvido mais tarde por
Fukutaro Kato, que chegou ao País em 1956, ensinou o shuzan (arte de manejar o soroban) e
fundou a Associação Cultural de Shuzan do Brasil. Entre os diversos tipos de ábaco existentes,
está o soroban (o ábaco japonês), originário do chinês suan-pan. O professor japonês Kambei
Moori trouxe o aparelho da China no século 17 e desenvolveu o soroban em sua cidade natal,
Kyoto. Em 1662, publicou o livro Embrião do Soroban. Apesar de Moori ser considerado o pai do
soroban, manuscritos japoneses datados de 1503 já descreviam o ábaco de calcular suan-pan,
levantando a hipótese de que o aparelho já era conhecido no Japão. Trazido ao Brasil pelos
imigrantes japoneses, o soroban era usado em cálculos cotidianos. Capaz de efetuar operações
matemáticas com números negativos, decimais, raiz quadrada e cúbica, o soroban ainda é muito
utilizado. Existem campeonatos mundiais no Japão e torneios nacionais em diversos países. A
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graduação do soroban começa no 15º grau e vai diminuindo até que o praticante alcance o dan. A
partir daí, o grau passa a ser contado como 1º dan, 2º dan e assim sucessivamente. É possível
continuar aumentando o número do dan infinitamente. Apesar de parecer estressante, o soroban é
utilizado para relaxamento. Além disso, desenvolve o cálculo mental. Nele, os sorobanistas devem
imaginar o soroban e seus movimentos de modo a solucionar os exercícios. Com o
desenvolvimento do cálculo mental, contas envolvendo mais de seis dígitos podem ser feitas sem
o auxílio de qualquer aparelho de calcular. Quem é o mais rápido? Para testar a velocidade do
soroban, Made in Japan promoveu um desafio entre o aparelho e uma calculadora. A analista
financeira com pós-graduação em Finanças Corporativas Fátima Miazato usou a calculadora. O
atual campeão brasileiro de soroban na categoria Ditado, Mario Yokota, utilizou o ábaco
japonês.Os participantes deveriam executar uma operação de soma com os seguintes números:
725.194.083 + 947.381.562 + 592.743.610 + 134.206.958 + 680.537.241 + 398.670.154 +
810.725.936 + 549.036.278 + 281.547.609 + 402.368.917 = 5.522.412.348.Uso calculadora no
dia-a-dia, mas é impossível fazer essas contas com tanta velocidade. Só usando o soroban No
soroban essa conta foi resolvida em 32 segundos.Já na calculadora… “Não dá para acompanhar
uma conta com essa quantidade de dígitos na calculadora. São muitos números”, disse Fátima. A
segunda etapa do desafio consistia na leitura e execução da seguinte operação: 380.629.574 +
751.402.698 + 179.354.086 + 937.268.150 + 642.381.709 + 105.429.837 + 476.215.903 +
813.594.672 + 296.031.458 + 562.470.381= 5.144.778.468. Dessa vez, a calculadora conseguiu
executar a operação com o resultado correto em 31 segundos. Pode parecer rápido, mas o
soroban conseguiu efetuar a mesma operação também com o resultado correto em apenas 26
segundos. Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão foi invadido por calculadoras norte-
americanas. Em 12 de novembro de 1946, para provar a supremacia das máquinas dos Estados
Unidos, foi marcado um duelo entre elas e o soroban. O japonês Kiyoshi Matsuzaki e seu soroban
venceram.
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A fim de que possamos ter uma análise das entrevistas que fizemos, é
interessante priorizar que a competência profissional é um conceito que vai muito
além do discurso do professor sobre técnicas e didática. A competência de que
vamos tratar é complexa, pois ao mesmo tempo, engloba habilidades, atitudes,
valores e princípios que, por certo, vieram também da prática pedagógica dos
professores entrevistados.
Assim, nos propomos realizar uma análise dos dados colhidos na pesquisa
realizada e desta forma, estabelecer relações com os conceitos diferenciados dos
tipos de competências.
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Na educação das pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão)
os recursos didáticos assumem um lugar de grande destaque, pois se levarmos em
consideração, um dos problemas básicos do deficiente visual, em especial a pessoa
cega, é a dificuldade de contato com o ambiente que o cerca. Desta forma, a
carência de material adequado pode conduzir a aprendizagem da criança com
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A minha preocupação era ter uma vivência concreta e não chegar na frente
dos alunos e despejar conteúdos. Eles precisavam ver com as mãos para
aprender. Como ensinar a geografia? Rios e depressões? Eu pensava em
casa como eles iriam aprender. Então resolvi levar o material para a sala
com a preocupação de mostrar para eles tudo o que os alunos de visão tem.
Se trabalhamos em uma Escola Inclusiva, não podemos excluir. Os alunos
que enxergam tem material cheio de cores, atraentes, então, acho que os
deficientes visuais também devem ter um material colorido e de fácil
manuseio para manipular e aprender. Eu faço o melhor possível.
chegaram até aqui, com todas estas conquistas educacionais e sociais. Na medida
em que a separação da sala de aula e o mundo torna-se menos rígida, mais
compreensível, cabe aos professores prolongar o processo de ensino-aprendizagem
para fora da Escola, organizando atividades que sejam experiências significativas,
na quais os conteúdos desenvolvidos estabeleçam conexões com a realidade de
vida dos alunos.
Enquanto nos colocarmos em situação defensiva, os saberes que podíamos
obter também ficarão estagnados, porque ninguém cresce sem ajuda do outro e
aqui, nós temos uma variedade de saberes que emergem, oportunizando uma nova
relação com quem está aprendendo, passar de um papel solitário para um papel que
tenha acompanhantes, saindo de uma esfera que é o grande transmissor de
conhecimento e passando a ser aquele que ajuda a seu aluno a se encontrar,
organizar e gerir o saber, guiando-o, demonstrando firmeza quanto aos valores de
colaboração e valorização às diferenças, que são valores que irão fundamentar e
orientar a vida de alunos e colegas.
pode ter. Há troca de experiências em todos os eventos que o Centro Louis Braille
realiza”; Professor 2 (faixa etária entre 50 a 60 anos e 25 anos de trabalho na Sala
de Recursos): “contribuíram na troca de experiências e na confecção de materiais”;
Professor 3 (faixa etária entre 60 a 70 anos e 36 anos de trabalho na Sala de
Recursos): “na troca de experiências enriqueci muito meu trabalho”; Professor 4
(faixa etária entre 50 a 60 anos e 28 anos de trabalho na Sala de Recursos):
“oportunizava o convívio com os colegas e o aperfeiçoamento constante, um preparo
para o trabalho”; Professor 5 (faixa etária entre 50 a 60 anos e 22 anos de trabalho
na Sala de Recursos): “enriqueceu trazendo novas orientações e conhecimentos na
troca de experiências, saliento o Curso de surdocegueira e de tecnologias
assistivas”; Professor 6 (faixa etária entre 40 a 50 anos e 16 anos de trabalho na
Sala de Recursos): “Como sou nova na escola não participei, mas a assistente social
participa”: Professor 7 (faixa etária entre 40 a 50 anos e 4 anos de trabalho na Sala
de Recursos): “como eu trabalhava no Centro Louis Braille, na época, me motivei
para o trabalho com os deficientes visuais e comecei com crianças de 4 anos”;
Professor 8 (faixa etária entre 50 a 60 anos e 6 anos de trabalho na Sala de
Recursos): “me ajudaram muito a vencer as dúvidas e inseguranças, ofereciam
formação complementar e palestras sobre inclusão”; Professor 9 (faixa etária entre
40 a 50 anos e 9 anos de trabalho na Sala de Recursos): “contribuíram de uma
forma muito efetiva, informando, esclarecendo e fornecendo subsídios para a
melhoria da nossa prática”; Professor 10 (faixa etária entre 40 a 50 anos e 5 anos de
trabalho na Sala de Recursos): “através da FADERS (Fundação de Articulação de
Políticas Públicas para pessoas com Deficiência e Altas Habilidades do RS) tive
acesso às Associações e as lutas que o deficiente visual trava, ajudou muito a nos
organizar”; Professor 11 (faixa etária entre 40 a 50 anos e 5 anos de trabalho na
Sala de Recursos): “encontro sobre informática adaptada a deficientes visuais, até
hoje utilizo os ensinamentos”; Professor 12 (faixa etária entre 40 a 50 anos e 11
anos de trabalho na Sala de Recursos): “fiz um curso sobre Orientação e Mobilidade
e também fiz estágio no Centro Louis Braille, que foi uma Escola de vida para mim”;
Professor 13 (faixa etária entre 30 a 40 anos e 3 anos de trabalho na Sala de
Recursos): “houve um seminário que reuniu professores da área da Deficiência
Visual e palestrantes capacitados, importantíssima a apresentação do Multiplano”;
Professor 14 (faixa etária entre 50 a 60 anos e 10 anos de trabalho na Sala de
Recursos): “foi fundamental toda a vivência no Centro Louis Braille, fiz Curso de
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sabem alguma coisa. É admirável que o professor sinta que seus alunos são
capazes de realizar muitas coisas. O sucesso da aprendizagem está em observar os
talentos, atualizar as possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada
aluno, seja ele deficiente visual ou não. As dificuldades, deficiências, limitações
(transitórias ou permanentes) precisam ser conhecidas e entendidas, mas não
devem conduzir ou restringir o processo de ensino, como muitas vezes ocorrem nas
nossas Escolas.
Quando temos verdadeiros trabalhos em conjunto, notamos que a
criatividade aflora, que o bem-estar melhora e a aprendizagem ganha tons de
melhores rendimentos e há a partilha com os alunos, a construção dos
conhecimentos produzidos em sala de aula, obviamente, restringindo o uso do
ensino expositivo, dando força ao interagir e a construir dinamicamente conceitos,
atitudes e vivenciar valores que favoreçam o relacionamento coletivo.
Os professores que trabalham juntos, neste contexto solidário, estarão
atentos à singularidade de todos os alunos que compõem a turma, propiciando a
exposição de idéias e fazendo uma contraposição que implique em um debate, com
diálogos, provocando posições e criticando quando for preciso.
Valorizando as diferenças, enriquecendo o ambiente com significado próprio
da cada turma, o professor garante a liberdade e a diversidade de opiniões dos
alunos. E, assim todo o esforço dos professores da Sala de Aula Comum e da Sala
de Recursos será recompensado porque as barreiras atitudinais desaparecerão e
surtirá efeito no relacionamento, na interação, no desenvolvimento individual e no
rendimento escolar, orientando o aluno da (re) contrução de saberes.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os processos interativos dos professores e dos alunos entre si, destes com
os seus professores e com os objetos de conhecimento e da cultura são
constitutivos da vida na instituição que a escola é. Mais que espaço físico-
cenário- a escola tem, como uma de suas funções, estimular e desenvolver
o indivíduo na integralidade de seu ser.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. 6. ed. Porto
Alegre: Mediação, 2009.
______. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como fazer? 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2007.
______. (org.). O Desfio das Diferenças nas Escolas. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.
MEDEIROS, Isabel Letícia; MORAES, Salete Campos; SOUZA Magali Dias (orgs.)
Inclusão Escolar: Práticas & Teorias. Porto Alegre: Redes Editora, 2008.
MITTLER, Peter. Um Desafio Mortal. Pátio, Porto Alegre, Artmed, ano V, n. 20, p.
11-14, fev./abr. 2002.
111
SÁ, Elisabet Dias de; CAMPOS Izilda Maria de; SILVA Myriam Beatriz Campolina.
Atendimento Educacional Especializado – Deficiência Visual. Brasília: Ministério
da Educação e Cultura/MEC – Secretaria de Educação Especial/SEESP, 2007.
SEEWALD, Ricardo e HOFFMANN Sonia B.. Caminhando sem Medo e sem Mito-
Conversando sobre Orientação e Mobilidade. Novo Hamburgo: ADEVIS, 2001.
ANEXOS
ANEXO H – Soroban
ANEXO I – Multiplano
ANEXO A
Prof. 2) Quando começou a trabalhar com alunos DV, a convivência com os colegas
te ajudou?
01 Não tinha ajuda nenhuma. Era única. Tinha que agüentar comentários a
respeito do meu salário, ganhava mais para não fazer nada.
02 O trabalho é bem individualizado. Encontro com os colegas da área da
Deficiência Visual somente nos Cursos.
03 Conversava com os colegas para termos uma unidade de ação.
04 A convivência com os colegas era boa, mas não havia trocas, era um
trabalho isolado e difícil.
05 Os colegas não tomavam conhecimento desse tipo de atendimento, não
entendiam ou não viam necessidade de um professor para atender poucos
alunos.
06 Pouco ajudou e foi complicado. Foi um desafio. Me socorri com o material
concreto igual dos videntes. Deu certo.
Prof. 3) Qual foi a sua graduação? Buscou algum tipo de formação esp. p/ trabalhar
com DV’s.?
01 São muito ricos e o melhor suporte que se pode ter. Troca de experiência.
02 Contribuíram na troca de experiências e quanto aos materiais. A realidade
da escola é diferente.
03 Troca de experiências e idéias que nos enriquecem – “ninguém sabe tudo e
ninguém não sabe nada.”
04 Convivência com os colegas, aperfeiçoamento constante e preparo para o
trabalho.
05 Enriquecem, trazendo novas orientações e conhecimentos. Troca de
experiências, assim como foi o Curso de Surdocegueira e de Tecnologias
Assistivas.
06 Ainda não participei, só tenho dois anos de Escola, mas a nossa Assistente
Social participa e nos transmite.
Prof. 5) Que competências considera importante para trabalhar com alunos DV’s?
Prof. 6) De que forma utiliza o material que o aluno possui? E o que está disponível
na sala de recursos?
ANEXO B
ANEXO C
ANEXO D
ANEXO E
RECURSOS ÓPTICOS
TELESCÓPIO
ANEXO F
SISTEMA BRAILLE
LOUIS BRAILLE
ALFABETO EM BRAILLE
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ANEXO G
ANEXO H
SOROBAN
130
ANEXO I
MULTIPLANO
131
ANEXO J
RECURSOS TECNOLÓGICOS
BRAILLE FALADO
XLUPA
LIVRO ACESSÍVEL
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ANEXO K
ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE
CÃO – GUIA
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