Indicadores Ambientais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 60

DESEMPENHO

AMBIENTAL
TEMAS MATERIAIS | PILAR AMBIENTAL
TEMAS MATERIAIS EMPRESAS TURISMO 360º

Environmental “E”
TEMAS MATERIAIS
Ambiental [ESG]
1. Gestão da Água 1.1 Consumo de água

Gestão de Energia
2. Gestão de Energia
2.1 Fontes de energia e 2.2 Eficiência energética

3.1 Emissões de Gases de Efeito de Estufa

3. Alterações Climáticas 3.2 Pressão sobre a Biodiversidade

3.3. Riscos climáticos por geolocalização

4.1 Gestão de Resíduos


4. Gestão de resíduos e economia circular
4.2 Economia circular
1. GESTÃO DA ÁGUA
1. GESTÃO DA ÁGUA
A Água é essencial à vida na Terra.

Necessidade crescente de
equilibrar a procura dos recursos
hídricos com a necessidade das
comunidades.

Embora seja o composto mais abundante, é um bem escasso.


1. GESTÃO DA ÁGUA
Os principais poluentes da água incluem bactérias, vírus, parasitas, fertilizantes, pesticidas,
medicamentos, nitratos, fosfatos, plásticos, resíduos fecais e até substâncias radioativas.

Causas da Poluição da Água

• Aumento da temperatura terrestre, em função das emissões de CO2,


aumenta a temperatura da água, provocando uma redução de seu
nível de oxigénio;

• Desflorestação gera resíduos orgânicos que formam bactérias


contaminantes;

• Descargas de produtos químicos são uma das principais causas da


eutrofização da água;

• Trafego marítimo, é um dos principais responsáveis pelo plástico nos


oceanos;

• Derramamento de combustível, via marítima


1. GESTÃO DA ÁGUA
Stress Hídrico
O stress hídrico é o indicador que mede o risco que cada população tem de vir a enfrentar uma situação
de falta de água devido à utilização excessiva das reservas.

O Instituto de Recursos Naturais através da


ferramenta Aqueduct, que identifica e avalia riscos
hídricos em todo o mundo, concluiu que um
quarto da população mundial vive em regiões
de stress hídrico elevado.

https://www.wri.org/aqueduct

Portugal enquadra-se num cenário de stress hídrico elevado, consumindo


em média mais de 40% da água disponível.
1.1 CONSUMO DE ÁGUA

Consumo de Água no Turismo


• O turismo de massas aumenta a procura de água em algumas regiões durante períodos de menor
disponibilidade, devido ao calor.
• As operações no turismo são consumidoras de água em grande volume.
• As empresas que atuam em regiões onde existe stress hídrico estão em risco de ter escassez
deste recurso.

Medidas de reforço da eficiência na


utilização da água nas operação
1.1 CONSUMO DE ÁGUA
A organização deve reportar:
• Fontes de água consumida, como água da companhia, água de recursos
hídricos (mar/rio), água do furo/poço;

• Consumo de água do ano base, em Megalitros, o qual consta na fatura do


prestador de serviços;

• Medidas implementadas para a redução do consumo, como temporizadores,


redutores de caudal, alteração de pressão, alteração dos autoclismos; Disponível em:
http://business.turismodeportugal.pt/SiteColle
ctionDocuments/sustentabilidade/turismo-
sustentavel-mai-2021-eficiencia-hidrica-
• Percentagem da redução do consumo de água, relativo ao ano anterior, em campos-golfe-portugal.pdf

Megalitros, após a introdução de mecanismos que permitem a redução do


consumo de água, como torneiras automáticas.
1.1 CONSUMO DE ÁGUA – GRI 303
1. GESTÃO DA ÁGUA - Exemplos
1. GESTÃO DA ÁGUA - Exemplos
2. GESTÃO DE ENERGIA
2. GESTÃO DE ENERGIA
• Os compromissos da Europa e de Portugal com a
neutralidade carbónica tornam a transição energética do
País e das empresas uma prioridade.

• Objetivo: produzir e utilizar energia a partir de fontes


renováveis

• A produção e a utilização de energia são responsáveis


por mais de 75 % das emissões de gases com efeito de
estufa na UE.
2.1 FONTES DE ENERGIA
As fontes de energia podem ser divididas em renováveis e não renováveis.

FONTES RENOVÁVEIS FONTES NÃO RENOVÁVEIS

Energia Solar (sol) Petróleo

Energia Eólica (vento) Carvão


Gás Natural
Energia Hídrica (mar, barragens, rios)

Biomassa (Materiais orgânicos)

Geotermia

ENERGIA SOLAR ENERGIA EÓLICA ENERGIA HÍDRICA ENERGIA DA BIOMASSA ENERGIA GEOTÉRMICA

Tem origem no interior da terra,


porque a temperatura aumenta com
Atua por meio da captação da Utiliza aerogeradores para a Produzida, principalmente, por A geração de energia é feita a profundidade.
luz do sol pelos painéis solares geração de energia através da meio de centrais hidroelétricas através da queima de materiais
fotovoltaicos e transforma-a em força dos ventos. associadas a barragens de orgânicos, utilizando elementos O aproveitamento da energia
energia elétrica através do elevada ou média capacidade. como o bagaço da cana-de- geotérmica implica a existência de
inversor solar. açúcar, madeira e óleos um fluido, normalmente a água, que
vegetais. transporte o calor do interior da terra
para a superfície.
2.1 FONTES DE ENERGIA
Consumo específico de energia
A organização deve reportar: Calcula-se pela razão do consumo total de energia e
volume de produção*
*volume de produção = nº de hóspedes, nº de clientes, nº de refeições, carros
• Origem das fontes de energia alugados

• Consumo total oriundo de fontes não


renováveis Intensidade Energética
A intensidade energética representa a razão entre o
• Consumo total oriundo de fontes consumo de energia da atividade e o seu Valor
renováveis Acrescentado Bruto (VAB).
• Consumo específico de energia
Intensidade Carbónica
• Intensidade Energética
A intensidade carbónica representa a razão entre as
• Intensidade Carbónica emissões de CO2 e o Valor Acrescentado Bruto
(VAB).
2.2 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A eficiência energética é uma atividade que procura melhorar o uso das fontes de
energia.

A organização deve reportar:

Exemplos de medidas de eficiência energética:


• Energia consumida ano
• Isolamento térmico na cobertura e/ou paredes exteriores;
• Alterar o sistema de aquecimento para um sistema a gás;
• Medidas de eficiência energética • Substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED;
(descritivo) • Colocar sensores de ocupação nos espaços comuns do
edifício e no exterior;
• Instalar painéis solares térmicos para aquecimento de
águas sanitárias.

A percentagem da redução do consumo de energia


• Percentagem da redução do representa a razão entre energia consumida com melhorias
consumo de energia e o total energia consumida
Consumo de Energia, GRI 302
3. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
IMPACTES DO TURISMO NO AMBIENTE

De acordo com as pesquisas mais recente da Organização Mundial do Turismo as emissões de


CO2 do turismo:

60% de 2005 a 2016


CO2 relativos aos transportes são responsáveis por 5% das emissões globais em 2016.

A menos que aceleremos a descarbonização, as emissões de CO2 do setor podem aumentar 25% ou mais até
2030, em comparação com 2016.

Oportunidade de
One Planet Vision for a Responsible Recovery of Tourism transformar o setor de
from COVID-19 acordo com os objetivos do
Acordo de Paris.
3. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Uma questão climática
Destrói e danifica os ecossistemas e os solos e acelera o aquecimento global.

Uma questão empresarial


O capital natural proporciona recursos essenciais para a indústria, a agricultura e os serviços.

Um problema de segurança
A perda de recursos naturais pode conduzir a conflitos e aumenta a vulnerabilidade face às catástrofes naturais.

Uma questão de segurança alimentar


As plantas e os animais, nomeadamente os polinizadores e os organismos do solo, desempenham um papel vital no nosso
sistema alimentar.

Uma questão de saúde


A destruição da natureza aumenta o risco de doenças e reduz a nossa resistência às mesmas. A natureza tem um efeito benéfico
no bem-estar e na saúde e mental das pessoas.

Uma questão de igualdade


A perda de biodiversidade afeta sobretudo os mais pobres, aumentando as desigualdades.

Uma questão intergeracional


Estamos a privar os nossos descendentes do essencial para uma vida realizada.
3. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

CONSEQUÊNCIAS DAS ALTERAÇÕES CAUSAS: EXTINÇÃO DA BIODIVERSIDADE


CLIMÁTICAS

• Alterações no uso da terra/mar


• Fusão do gelo e subida das águas do mar • Exploração direta dos recursos naturais
• Poluição da biosfera
• Fenómenos meteorológicos extremos
• Desastres provocados pelas alterações no
• Alterações nos padrões de pluviosidade clima
• Proliferação de espécies exóticas e
invasoras.
3. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
IMPACTO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA EUROPA

FONTE: Agência Europeia do Ambiente


3. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
IMPACTO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS NA EUROPA

FONTE: Agência Europeia do Ambiente


3.1 GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
Causas Antrópicas dos GEE
• Queima de combustíveis fosséis
• Fugas de gases (ex.: equipamentos de refrigeração e ar condicionado,
extintores de incêndio ou fugas de hexafluoreto de enxofre e trifluoreto
de azoto)
• Emissões de certos processos industriais (ex.: calcinação no fabrico de
cimento, quebra catalítica no processamento petroquímico, fundição do
alumínio)
• Emissões de processos agrícolas (ex.: utilização de fertilizantes azotados,
calagem de solos, inundação de terrenos, gradagem de solos, produção
de ruminantes, gestão de estrumes)
• Alterações do uso do solos (ex.: conversão de solos agrícolas ou florestais
em urbanos, drenagem de solos orgânicos)
• Tratamento de resíduos (ex.: compostagem, deposição em aterro).

Alguns gases estão naturalmente presentes na atmosfera, mas a atividade humana


está a aumentar o nível de concentrações de alguns deles:
Dióxido de carbono
Metano
Óxido nitroso
3.1 Emissões de GEE

Os gases de efeito de estufa (GEE) retêm o calor do sol e


aquecem a superfície do planeta.

As fontes primárias de GEE resultam da queima de


combustíveis fósseis para:

• Eletricidade
• Aquecimento/ Arrefecimento
• Transporte
3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS NO TURISMO


• Transporte dos turistas até aos locais, seja carro, avião, comboio, barco ou autocarro, movidos a
combustíveis fósseis;
• Sistemas de aquecimento e arrefecimento constantes;
• Sistemas de iluminação;
• Utilização de produtos de limpeza geral ou higiene pessoal que são sintéticos, não biodegradáveis
e com embalagens de plástico;
• Transporte de alimentos e outros produtos (de diversas origens do mundo);
• Produção de resíduos acentuada resultante da atividade: plástico e outras embalagens,
desperdício alimentar.
3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
ÂMBITO 1: Emissões diretas de GEE provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela organização.

Nos empreendimentos turísticos provêm de atividades como:


i) a produção de eletricidade ou calor (resultando da combustão de combustíveis em fontes como, por exemplo,
caldeiras);
ii) o transporte de consumíveis, produtos, resíduos e funcionários, em veículos controlados pelo empreendimento
turístico; e
iii) de emissões fugitivas, que resultam de libertação não intencional (por ex., fugas de hidrofluorocarbonetos (HFC)
durante o uso de sistemas de refrigeração ou ar condicionado).

ÂMBITO 2: Emissões indiretas de GEE provenientes da energia elétrica adquirida pela organização. Estas emissões
resultam da produção da energia elétrica comprada pela organização a um comercializador externo, e ocorrem nas
instalações da empresa produtora de eletricidade).

Fonte dos exemplos: Guia Neutralidade Carbónica nos Empreendimentos Turísticos


3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
ÂMBITO 3: Outras emissões indiretas, consideram-se todas as outras emissões indiretas, provenientes das
atividades da organização e que ocorrem em fontes que não pertencem ou não são controladas por esta, de
que são exemplo as originárias na cadeia de fornecimento.

São consequência da atividade do empreendimento turístico, mas que ocorrem a partir de fontes de emissão
não controladas pelo mesmo. Por exemplo:

• as deslocações dos hóspedes e outros clientes até ao empreendimento turístico;


• as deslocações pendulares dos colaboradores, quando não realizadas em viaturas do empreendimento
turístico;
• os produtos, consumíveis e serviços adquiridos pelo empreendimento turístico;
• o tratamento e eliminação dos resíduos produzidos no empreendimento turístico.

Emissões de transporte do turismo devem representar 5,3% de todas


emissões provocadas pelo homem até 2030.

Fonte dos exemplos: Guia Neutralidade Carbónica nos Empreendimentos Turísticos


3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
RECURSOS PARA CÁLCULO DE EMISSÕES GEE
O GreenHouse Gas Protocol é o instrumento mundialmente aceite para realizar o inventário de GEE.

Disponíveis em: http://www.ghgprotocol.org/


3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
CÁLCULO DAS EMISSÕES DE GEE

A realização do inventário de emissões da empresa não dispensa a consulta dos seguintes recursos: Guia
Neutralidade Carbónica nos Empreendimentos Turísticos, ou o GreenHouse Gas Protocol.

•Definição do limite organizacional


•Definição do limite operacional
•Definição do ano base (deve ser o ano mais recente para o qual existam dados)
•Recolha de dados

RECOLHA DE DADOS ÂMBITO 1 E ÂMBITO 2

Recolha de dados medida diretamente:


•Faturas de eletricidade
•Faturas de combustível e produtos químicos (registos de manutenção de máquinas,
equipamentos, e veículos que revelam os óleos utilizados, refrigerantes incluídos nos ares
condicionados, extintores, etc)
•Relatórios de Km (registos de viagem)
•Faturas e relatórios de fornecedores (volume de resíduos, óleo, gás)
3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
GEET| Emissões de Gases com Efeito de Estufa de um
Empreendimento

http://business.turismodeportugal.pt/SiteCollectionDocuments/sustentabilidade/turismo-sustentavel-mai-2021-ferramenta-geet.xlsx
3.1 EMISSÕES DE GASES DE EFEITO DE ESTUFA (GEE)
CÁLCULO DAS EMISSÕES DE GEE
Recolha de dados genérica:
⎯ Dados de gastos com bens e serviços adquiridos (registos de compras e contabilidade);
⎯ Distância e meios de transporte utilizados pelos trabalhadores, se o meio de transporte não for da empresa (implica saber
onde residem e como se deslocam);
⎯ Distâncias percorridas e meios de transporte utilizados em viagens de negócios (registos de despesas)
⎯ Toneladas de resíduos por tipo e método de descarte (auditoria de resíduos e faturas de fornecedores)

Recursos Adicionais:
EMISSÕES DE GEE, GRI 305
3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE
Biodiversidade ou Diversidade Biológica
Variedade de Seres Vivos

Diversidade Genética

Diversidade de Espécies
Ecossistema
Conjunto de comunidades
que vivem num determinado
local e interagem entre si e
com o ambiente, constituindo
um sistema
Diversidade de Ecossistemas
3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE
CONCEITO DE SERVIÇOS DE ECOSSISTEMAS
Benefícios gerados pelos ecossistemas para o bem-estar e qualidade de vida do ser humano.
3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE
BENEFÍCIOS DA BIODIVERSIDADE
• A biodiversidade e os ecossistemas desempenham um papel essencial na regulação do clima

• Redução das emissões de gases do efeito estufa;


• Capacidade de adaptação aos eventos climáticos ou naturais que se intensificam;
• Potenciar a inovação de novos produtos industriais como os cosméticos, medicamentos ou
alimentares, como as algas.

A biodiversidade tem um importante valor social, cultural e económico.


3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE

REGIME JURÍDICO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DA BIODIVERSIDADE


Decreto-Lei n.º 142/2008

Rede Fundamental de Conservação da Natureza:

• Rede Nacional de Áreas Protegidas;


• Rede Natura 2000;
• Reserva Ecológica Nacional (REN);
• Reserva Agrícola Nacional (RAN);
• Domínio público hídrico (DPH)

Fonte: ICNF, 2021


3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE

O reporte deve ser feito pelas entidades cujas instalações se situem num raio de 25km de uma área protegida.
Rede Nacional de Áreas Áreas Classificadas ao abrigo de
Rede Natura
Protegidas Compromissos Internacionais
• Âmbito Nacional • SIC + Sítios da Lista Nacional de • Sítos RAMSAR (Convenção
• Âmbito Regional Sítios ou Limite das Áreas sobre as zonas húmidas) 18
• Âmbito Local Classificadas no âmbito da locais em Portugal. Ex: Estuário
Diretiva Habitats da Rede do Mondego, Ria Formosa e Ria
Natura 2000 de Alvor.
• Zona de Proteção Especial • Reservas da Biosfera (UNESCO).
(ZPE) é uma determinada área Existem 12 reservas em
de importância comunitária Portugal. Ex: Parque Nacional
no território nacional, e em que Peneda Gerês e Arquipélago das
se aplicam medidas necessárias Berlengas.
para a manutenção ou • Geoparques (UNESCO) 5
restabelecimento do estado de Geoparques. Ex: Geoparque
conservação das populações Estrela e Geoparque Açores
das espécies de aves selvagens
inscritas no anexo A-I do
Decreto Lei nº 140/99, 24 de
Abril e dos seus habitats
3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE
ESTRATÉGIA DE BIODIVERSIDADE DA EU PARA 2030

Em 2011, a UE comprometeu-se a
travar a perda de biodiversidade e
a degradação dos serviços
ecossistémicos até 2020.

• Transformar pelo menos 30% das terras e dos mares da


Europa em áreas protegidas geridas de forma eficaz
• Restaurar, em toda a UE, ecossistemas degradados que se
encontrem em mau estado, e reduzir as pressões
exercidas sobre a biodiversidade.
• Melhorar a governação da biodiversidade.
3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE
O que relatar?
Para cada unidade operacional própria, arrendada ou gerida dentro ou nas
adjacências de áreas de proteção ambiental e áreas de alto valor de biodiversidade
situadas fora de áreas de proteção ambiental, deve relatar a seguinte informação:

1. Localização geográfica da unidade;


2. Posição em relação à área de proteção ambiental (dentro da área, nas suas
adjacências ou abrangendo partes da área de proteção ambiental) ou à área de
alto valor de biodiversidade situada fora de áreas de proteção ambiental;
3. Dimensão da unidade operacional em km2;
3.2 PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE
AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL
Instrumento preventivo da política de ambiente que garante o estudo e avaliação dos potenciais efeitos no ambiente.

Objetivos da avaliação:

• Avaliar possíveis impactes ambientais significativos, diretos e indiretos, da execução dos


projetos, tendo em vista suportar a decisão sobre a sua viabilidade ambiental
• Definir medidas para evitar, minimizar ou compensar esses impactes;
• Instituir um processo de verificação, a posteriori, da eficácia das medidas adotadas;
• Garantir a participação pública e a consulta dos interessados na formação de decisões que lhes
digam respeito.

Identificar e avaliar os impactes na fauna, flora e habitats que


resultam das ações planeadas para a implementação do
Biodiversidade
projeto nas fases de construção e exploração
BIODIVERSIDADE, GRI 304
3.3 RISCO CLIMÁTICO POR GEOLOCALIZAÇÃO
Os riscos climáticos e ambientais compreendem dois fatores de risco fundamentais:
RISCO FÍSICO
RISCO DE TRANSIÇÃO
• Impacto financeiro das alterações climáticas, como a ocorrência mais
frequente de fenómenos meteorológicos extremos e de alterações climáticas Perdas financeiras de uma instituição, que podem
graduais resultar, direta ou indiretamente, do processo de
• degradação ambiental (poluição do ar, da água e dos solos) ajustamento no sentido de uma economia
• pressão sobre os recursos hídricos, hipocarbónica e mais sustentável em termos
• perda de biodiversidade e ambientais.
• desflorestação.
Este risco pode ser desencadeado, por exemplo,
por uma adoção abrupta de políticas climáticas e
ambientais, pelo progresso tecnológico ou por
mudanças do sentimento e das preferências do
mercado.
Fonte: Guia sobre riscos climáticos e ambientais, BCE

O turismo integra os setores


com maior probabilidade de
serem fisicamente afetados
3.3 RISCO CLIMÁTICO POR GEOLOCALIZAÇÃO
Os riscos climáticos podem ser distinguidos em físicos e de transição

Riscos Físicos Riscos de Transição


• Risco do País • Emissão de Co2
• Risco Regional equivalente
• Risco de Empresa • Variação da Intensidade
Carbónica
• Gastos de energia
• Investimento em R&D

Avaliação de Risco
• Cenários • Controlo de
Climáticos Risco
• Estimativa de
• Identificação de Risco a partir de • Medidas de
Vulnerabilidades critérios Adaptação e
Monitorização
Identificação de
Risco
Gestão de Risco
3.3 RISCO CLIMÁTICO POR GEOLOCALIZAÇÃO

• https://thinkhazard.org/en/report/199-portugal
3.3 RISCO CLIMÁTICO POR GEOLOCALIZAÇÃO

MECANISMOS DE RESPOSTA A FENÓMENOS NATURAIS

IDENTIFICAÇÃO PLANO DE PLANO DE


DOS RISCOS CONTINGÊNCIA CONTINUIDADE
• Riscos físicos: • Plano de ação a executar • Plano de ação de retoma da
• Degradação ambiental durante um desastre operação da forma
(poluição do ar, da água e natural. eficiente após um evento
dos solos) • Envolve as etapas a incomum.
• Pressão sobre os recursos implementar caso o evento
hídricos, ocorra, e prevê a alocação
• Perda de biodiversidade e de recursos para essa
possibilidade.
• Desflorestação.
3.3 RISCO CLIMÁTICO POR GEOLOCALIZAÇÃO

A organização deve reportar:


• O país e o distrito onde opera;
• Mecanismos de resposta a fenómenos naturais:
• Identificação dos riscos;
• Plano de contingência;
• Plano de continuidade.
4. GESTÃO DE RESÍDUOS E ECONOMIA CIRCULAR
4.1 Gestão de Resíduos
Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) resultam da
atividade doméstica e comercial das cidades. A
sua composição varia com as condições
socioeconómicas e hábitos de vida da população.
Esses resíduos podem ser subdivididos em seis
categorias:
• Matéria orgânica: restos de alimentos;
• Papel e papelão: caixas, embalagens, jornais e
revistas;
• Plástico: garrafas, embalagens;
• Vidro: garrafas, copos, frascos;
• Metais: latas;
• Óleos: óleos de cozinha;
• Outros: roupas, eletrodomésticos, madeira,
materiais compostos.
4.1 GESTÃO DE RESÍDUOS

TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Aterro Incineração Indústria da Reciclagem

Apesar de a reciclagem estar a aumentar continuadamente, situa-se nos 100 kg/hab/ano,


por oposição aos resíduos urbanos indiferenciados, os quais rondam os 500 kg/hab/ano.
INE, 2019
4.1 GESTÃO DE RESÍDUOS

A organização deve relatar a seguinte informação:

• Peso total dos resíduos gerados em toneladas e uma discriminação desse total

por composição dos resíduos.

• Percentagem dos resíduos reciclados, por tipologia (plástico, vidro e papel)


RESÍDUOS, GRI 306
4.2 ECONOMIA CIRCULAR

Na natureza,
nada se cria,
nada se perde,
tudo se transforma.

Lei da Conservação das


Massas ou Lei de Lavoisier
4.2 ECONOMIA CIRCULAR

A economia circular é regenerativa


por natureza e tem como objetivo
reter o máximo valor possível dos
produtos e materiais, prolongando o
seu tempo de vida útil, através de
ações de reutilização, renovação,
remanufactura, partilha e reciclagem
de produtos e materiais.
4.2 ECONOMIA CIRCULAR
PRINCÍPIOS DA ECONOMIA CIRCULAR
Conceber produtos, serviços e
modelos de negócio que previnam a
produção de resíduos e poluição do
sistema natural;

Manter produtos e materiais em


utilização, no seu valor económico e
utilidade mais elevados, pelo
máximo tempo possível;

Fomentar a regeneração dos recursos


materiais utilizados e dos sistemas
naturais subjacentes;
4.2 ECONOMIA CIRCULAR
A organização deve reportar:
• Quantidade de materiais reutilizados em toneladas
• Quantidade de alimentos e refeições desperdiçadas
• Número total de alimentos e refeições confecionadas
• Quantidade de óleos alimentares colocados na reciclagem
• Listar os projetos ou medidas de economia circular, e, sempre que possível, quantificar, como por exemplo:
MATRIZ DE MATERIALIDADE
EMPRESAS TURISMO 360º
TEMAS E INDICADORES AMBIENTAIS

Fontes de água consumida


Medidas implementadas para a redução do consumo
Consumo de água
Consumo de água do ano
Água consumida com as melhorias
Origem das fontes de energia

FATOR Consumo total oriundo de fontes não renováveis


Consumo total oriundo de fontes renováveis;

AMBIENTAL Consumo específico de energia


Gestão de energia Intensidade Energética
Intensidade Carbónica
Medidas de eficiência energética
Energia consumida ano
Energia consumida com as melhorias
Emissões de Gases com Efeito de Estufa de Âmbito 1
Emissões de GEE Emissões de Gases com Efeito de Estufa de Âmbito 2
Emissões de Gases com Efeito de Estufa de Âmbito 3
TEMAS E INDICADORES AMBIENTAIS
Localização geográfica da área operacional
Área protegida num raio de 25 Km (se aplicável)
Pressão sobre a
Estudo de impacte ambiental (se aplicável)
biodiversidade
Medidas de monitorização e mitigação (se aplicável)
Medidas de promoção da biodiversidade (se aplicável)
Identificação dos riscos físicos (país, região e empresa)

FATOR Existência de plano de contingência e plano de continuidade

Riscos climáticos por Emissões de CO2


AMBIENTAL geolocalização Gastos de energia (combustível e eletricidade)
Variação da Intensidade Carbónica
Investimento em I&D: Despesas de Inovação (se aplicável)
Total dos resíduos produzidos
Gestão de resíduos
Total dos resíduos reciclados
Quantidade de materiais reutilizados
Quantidade de alimentos e refeições desperdiçadas
Economia circular Número total de alimentos e refeições confecionadas
Quantidade de óleos alimentares que são colocados na reciclagem

Projetos ou medidas de economia circular

Você também pode gostar