Obturação Dos Canais Radiculares
Obturação Dos Canais Radiculares
Obturação Dos Canais Radiculares
Momento da obturação:
• PQM completo: o canal deve estar o mais limpo o possível, com a máxima remoção de
irritantes (ampliação), p/ propiciar o reparo dos tecidos perirradiculares;
• Ausência de Exsudação Persistente: no momento da obturação, necessariamente,
devemos secar o canal. Se após a remoção da MIC, observa-se drenagem de exsudato
pelo canal, este não deve ser obturado. Primeiro, porque sugere que o tratamento não
está sendo eficaz na eliminação de irritantes do canal ou está sendo realizado de
forma inadequada. Segundo, porque a presença de umidade no canal pode interferir
nas propriedades físicas do material obturador, causando deficiências no selamento.
Nesses casos, deve-se refazer o PQM e aplicar medicação intracanal novamente;
• Ausência de Sintomatologia: paciente não deve apresentar sensibilidade à percussão,
sensação de dente “crescido” ou dor espontânea; a permanência de microrganismos
em número considerável no sistema de canais, sobreinstrumentação e o uso abusivo
de substências químicas de elevada citotoxidade são as causas mais comuns de
sintomatologia persistente.
• Ausência de odor: o canal não pode ser obturado na presença de odor fétido – indica
a permanência de infecção endodôntica (MOs anaeróbios)
Obturar um canal radicular significa preenche-lo em toda a sua extensão com um material
inerte ou anti-séptico, que sele permanentemente e de maneira mais hermeticamente
possível, não interferindo e de preferência estimulando o processo de reparo apical e
periapical que deve ocorrer após o tratamento endodôntico radical.
• Preparo do canal radicular com soluções irrigadoras – diminuição das bactérias que
estão na luz do canal principal, porém ainda há bactérias em canais acessórios ou
dentro de túbulos de canais dentinários – MIC (hidróxido de cálcio + PMCC por 14
dias). Alcalinização dos túbulos dentinários e sistema de canais.
• Selamento tridimensional + restauração definitiva = reparo
Proservação:
• Reparo apical
Objetivos:
Selamento tridimensional:
Infiltração coronária:
• Microrganismos da cavidade oral + saliva (dissolve o cimento endodôntico):
✓ Queda ou infiltração da restauração provisória
✓ Fratura coronária
✓ Cárie secundária
A maioria dos cimentos endodônticos são solúveis quando expostos aos fluídos orais.
Dente com endodontia que fraturou: observar na radiografia. Se questionar há quanto tempo
o material obturador está exposto à saliva. Até 30-40 dias a obturação aguenta, mais do que
isso ocorre o risco de insucesso eminente pela reinfecção do canal radicular. Retratar mesmo
sem lesão radiográfica visível.
▪ Adaptação
▪ Adesão
✓ Push out bond streghts of the dentine-sealer interface with and without a main cone.
➢ Não importa a técnica utilizada para preencher o canal. O selamento não será
alcançado se o canal não estiver limpo.
➢ Utilizar mecanismos de agitação: agitação com dispositivos acionados a motor. Easy
clean calibrado no comprimento de trabalho (2 mm aquém do CRT).
Irritação ultrasônica Passiva: lima pequena (10 ou 15) 2 a 3 mm do CRT evitando o toque nas
paredes do canal, ativando a solução irrigadora no interior dos canais radiculares.
Irrisonic E1 Helse: usado p/ ativação ultrassônica da solução irrigadora após o PQM dos canais
radiculares. Diâmetro de uma lima manual 20, conicidade 0,01. Pode ser pré -curvado em sua
extremidade. É recomendado uma potência muito baixa ideal (10%). Alta capacidade de
promover microacoustic streaming
• Simplicidade
• Rapidez
• Cimentos endodônticos pouco solúveis
• Geralmente usadas em conjunto com sistemas rotatórios ou reciprocantes (próprio
cone principal);
• O cone se encaixará perfeitamente ao preparo feito;
• Seleção do cone principal de acordo com o IAF;
• Radiografia de conometria;
• Aplicação do cimento endodôntico com auxílio de limas tipo K e do próprio cone
principal, espiral de lentulo ou da setinga ultradent e agulhas NaviTip;
• Inserção do cone em movimentos de vai e vem para permitir refluxo do cimento, para
não ocorrer extravasamento apical;
• Em canais ovais ou achatados realizar condensação lateral com mais alguns cones
acessórios;
• Raio x da prova da obturação;
• Corte dos cones de guta com calcadores aquecidos e condensação vertical da guta
com calcadores frios.
• Sequência operatória:
1 - Prova de cone;
2 - Aplicação de cimento obturador, no canal radicular, seguida de adaptação do cone
principal, também envolto no cimento obturador;
3 - Compactação lateral do segmento apical + tomada radiográfica para averiguar a
homogeneidade e o limite apical da obturação;
4 - Introdução do espaçador endodôntico digital, seguida de imediata inserção do
compactador no espaço pré-estabelecido. O diâmetro deve ser igual ou superior ao
cone principal, nunca menor. O compactador, acoplado a um contra-ângulo de baixa
rotação, é inserido no canal radicular até o ponto onde encontra resistência e, então,
retrocedido por cerca de 1 mm e acionado no sentido horário. Após 1 segundo o
compactador é conduzido em direção apical por 1 a 2 mm; em seguida, procede-se a
sua lenta remoção do canal radicular, com suave pressão lateral. Todo o procedimento
é realizado em não mais do que 10 segundos;
5 - Compactação da massa obturadora, na embocadura do canal radicular, com
calcadores, procedida de remoção de remanescentes de guta-percha na câmara
pulpar, se houver. Na sequência, faz-se a limpeza da câmara pulpar como descrita
previamente, seguida de selamento coronário
6 - Radiografia final.
Observações:
▪ O compactador de aço inox deve-se ater à porção reta do canal radicular;
▪ Conferir o sentido de rotação;
▪ Utilizar guta percha fase alfa;
▪ Compactador deve ser acionado somente após ser posicionado no canal
radicular e removido com o micromotor em funcionamento;
▪ A termoplastificação deve-se limitar aos segmentos cervical e médio do canal
radicular, ou seja, ficar 4 a 5 mm aquém do CRT;
▪ O profissional não deve impedir, e sim controlar o movimento de retrocesso
do compactador; a resistência imposta pelo operador ao retrocesso pode levar
à fratura do instrumento.
Passos
Seleção do espaçador:
Inspeção Visual:
• Apreende-se o cone com uma pinça clínica, introduzindo-o no canal até o CT; retira-se
o cone, que não deve apresentar distorções (resultantes de pressão apical exercida
durante a introdução de um cone de diâmetro inferior ao do canal);
• Se o cone não alcança o CT, deve-se pegar outro de diâmetro inferior e testá-lo;
Critério Tátil:
• Uma vez que o cone atinja o CT, ele deve oferecer certa resistência ao deslocamento
coronário;
• Travamento do cone tanto no sentido coronário quanto no apical;
Critério Radiográfico:
• Conometria;
• Em dentes com mais de um canal, em cada um deverá ser posicionado o respectivo
cone, antes da tomada radiográfica – fazer uma tomada radiográfica no sentido
ortorradial e outra angulada (mésio ou distorradial);
• Oportunidade final de avaliação de todas as etapas operatórias, mostrando se o limite
apical de trabalho está correto e se ocorreram alterações na forma original do canal
radicular;
• Selecionado o cone principal, marca-lo com uma pinça clínica com uma ligeira pressão
na região coincidente com o ponto de referencia oclusal/incisal, permitindo reinseri-lo
na extensão desejada;
• O procedimento de seleção deve ser realizado com o canal umedecido pela solução
química auxiliar, permitindo assim a lubrificação do canal, à semelhança da que será
proporcionada pelo cimento obturador;
• Após a seleção do cone, ele é mergulhado em um recipiente contendo hipoclorido de
sódio, permanecendo aí até o momento de sua cimentação – o mesmo deve ser feito
com os cones acessórios;
Secagem do Canal: