Sistema Músculo-Esquelético
Sistema Músculo-Esquelético
Sistema Músculo-Esquelético
Distal Proximal
Anterior Posterior
Dorsal Ventral
Externo Interno
Inferior Superior
Profundo Superficial
Lateral Medial
Planos anatómicos
Plano coronal / frontal (1)
Plano sagital (2)
Plano axial (3)
1
Plano coronal/frontal:
Plano vertical
Divide o corpo em região anterior e posterior
Anterior/ventral e Posterior/Dorsal
Plano sagital:
Plano vertical perpendicular ao coronal
Divide o corpo em esquerdo e direito
Passa na linha média
Plano axial/transverso:
Plano horizontal
Divide o corpo em região superior e inferior
Anatomia regional
O corpo é dividido em regiões - cada área principal é subdividida em
regiões mais pequenas - compartimentalização
Regiões principais:
Axial (azul)
o Cabeça (região cefálica)
o Pescoço (região cervical)
o Tronco
Apendicular (sem cor)
o Membros superiores
o Membros inferiores
Quadrantes
Superior direito
Superior esquerdo
Inferior direito
Inferior esquerdo
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Regiões
Hipocôndrio direito
Epigastro
Hipocôndrio esquerdo
Lombar direita
Umbilical
Lombar esquerda
Fossa ilíaca direita
Hipogastro
Fossa ilíaca esquerda
Descrição de movimentos
Referência – posição anatómica
Movimento– alteração da posição de uma estrutura do ponto A para o
ponto B, sendo realizado ao redor de um eixo fixo ou fulcro
(articulação) e com uma determinada direção.
Flexão e extensão
Movimento no plano sagital
Na flexão reduz-se o ângulo entre as duas entidades que
participam
Na extensão o oposto
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Movimento - alteração da posição de uma estrutura do ponto A para
o ponto B, sendo realizado ao redor de um eixo fixo ou fulcro
(articulação) e com uma determinada direção.
Flexão do joelho
Movimento da tíbia em relação ao fémur
Movimento no plano sagital
Eixo/fulcro é fornecido pela articulação do joelho
Na flexão a perna realiza um movimento para posterior,
diminuindo o ângulo entre tíbia e fémur
Abdução e adução
Movimento no plano coronal
Afastamento / aproximação da linha média
Aplicável a membros superior/inferior e dedos das mãos e dos
pés
Rotação lateral e medial
Movimento no plano axial
Rotação no sentido de aproximar / afastar da linha média
Aplicável a cabeça, membros superior/inferior
Pronação e Supinação
Movimento específico do antebraço
Rotação do rádio sobre o cúbito
Pronação: Rotação interna do rádio – palma fica orientada para
posterior/inferior
Supinação: Rotação lateral do rádio – palma fica orientada para
anterior/superior
Desvio cubital e radial
Movimento no plano coronal
A articulação sobre a qual ocorre o movimento é o punho
Desvio radial: Movimento do punho no sentido do polegar
Desvio cubital: Movimento do punho no sentido do dedo
mínimo
Oposição e Reposição
Movimento restrito aos dedos da mão
Movimento de pinça - tocar com o polegar na ponta dos
restantes dedos
Oposição: Movimento do polegar no sentido dos restantes
dedos
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Reposição: Movimento do polegar afastando-se dos restantes
dedos
Inversão e Eversão
Movimento restrito aos pés que ocorrem no eixo coronal
Inversão: Face plantar movimenta-se no sentido do plano
médio
Eversão: Face plantar movimenta-se no sentido de se afastar
do plano médio
Circundação
Movimento combinado de flexão, extensão, abdução e adução.
Frequentemente associado ao ombro pela sua mobilidade
Tipos de movimento
• Passivo: movimento do corpo ou das extremidade realizado por
outra pessoa sem qualquer ação voluntária por parte da pessoa
avaliada
• Ativo: Movimento produzido pela ação dos músculos da própria
pessoa
Ativo assistido:
o O movimento é produzido pela pessoa, e auxiliado pelo
terapeuta
Ativo livre:
o O movimento é produzido pela pessoa, sem auxílio e
sem resistência
Ativo resistido:
o O movimento é produzido pela pessoa, contra a
resistência produzida pelo terapeuta
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Arco de Mobilidade (ADM)
[ROM – Range of movement]
Sistema Esquelético
Introdução
Seres humanos são vertebrados – possuem coluna vertebral
O sistema esquelético corresponde a 20% da massa corporal
total
o Ossos, cartilagem, ligamentos e tendões
Ossos são tecidos vivos, que utilizam oxigénio e produzem
produtos no seu metabolismo
o Necessidade de irrigação e drenagem
o São capazes de adaptação em resposta ao stress
mecânico a que são sujeitos
• Os ossos funcionam em conjunto com os músculos num sistema de
alavancas mecânicas para produzir movimento.
(Esqueleto adulto – 206 ossos individuais)
Funções
Suporte e proteção de órgãos vitais
Movimentação (em conjunto com sistema muscular)
Armazenamento de minerais (++ Cálcio e Fósforo) e lípidos
Hematopoiese - produção de células sanguíneas (medula óssea)
Suporte e proteção:
Crânio- cérebro
Grelha torácica- coração e pulmões
Coluna vertebral- medula espinhal
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Movimento:
Osso – Fornece a estrutura
Sistema de alavancas
Músculo – aplica a força
Articulação – eixo de rotação
Armazenamento de minerais:
Tecido ósseo
Principal reservatório de minerais (99% cálcio, 85% fosfato,
50% magnésio)
Regulação hormonal pela PTH (hormona paratiroideia)
o Se os níveis de cálcio baixam → libertação de cálcio do
osso
o Se os níveis de cálcio sobem → depósito de cálcio nos
ossos
Também é zona de depósito de tecido adiposo – libertação de
lípidos
Esqueleto apendicular:
Cintura escapular
Ossos do membro superior
Cintura pélvica
Ossos do membro inferior
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Tipos de ossos
Ossos longos
o Úmero, cúbito, rádio, fémur, tíbia, peróneo, metacarpos,
falanges
Ossos curtos
o Ossos do carpo e do tarso
Ossos planos
o Ossos do crânio, costelas, esterno, omoplata
Ossos irregulares
o Vértebras, ilíaco
Ossos sesamóides
o Rótula
Ossos curtos
Fina camada externa de osso compacto cobre o osso trabecular
e a medula, criando uma forma cubóide
Não possuem diáfise
Ossos planos
Duas camadas de osso compacto a envolver osso esponjoso e
medula óssea
Superfícies articulares cobertas por fibrocartilagem
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Ossos irregulares
Uma fina camada de osso compacto envolver uma massa
constituída por osso esponjoso
Ossos sesamóides
Inseridos no interior de tendões, na extremidade distal dos
ossos longos
Reduzem atrito e aumentam o braço de alavanca
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Os ossos são revestidos por:
Periósteo: camada dupla externa de tecido conjuntivo
o Camada fibrosa externa - constituído por fibras de
colagénio e fibroblastos
o Camada interna
Endósteo
o Fina camada de tecido conectivo
o Reveste a cavidade interna do osso
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Estrutura do osso compacto:
Lâminas circunferenciais
Ao longo da superfície externa do osso compacto
Lâminas intersticiais
Remanescentes do processo de remodelação
Canais perforantes (Volkman)
Perpendiculares ao eixo ósseo
Permitem chegada de sangue aos canais centrais (originários
do periósteo ou canal medular)
Nutrição osteócitos
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Tecido ósseo
O osso é um tipo de tecido conectivo calcificado especializado
Caracterizado por ter células vivas separadas por matriz óssea
As células têm capacidade de produção e reabsorção da matriz
óssea
A constituição da matriz óssea é responsável pelas características do
osso.
Matriz óssea ou matriz extracelular
Constituída por uma porção orgânica e por uma porção inorgânica
Porção orgânica (35%):
Fibras colagénio, proteoglicanos e glicoproteínas
Produzida pelos osteoblastos
Confere flexibilidade e resistência à distração
Porção inorgânica (65%):
Hidroxiapatite – cristais de responsáveis pela rigidez dos ossos.
Confere resistência à compressão
Se toda a componente mineral for retirada do osso este torna-se
flexível.
Se toda a componente de colagénio for retirada o osso torna-se rígido
e frágil.
Componentes celulares
Osteblastos
Responsáveis pela síntese de matriz óssea – sintetizam
colagénio tipoI, glicoproteínas, proteoglicanos e osteocalcina e
osteonectina
Correspondem a 4-6% do total de células ósseas
Osteoblastos produzem vesículas com altas concentrações de
cálcio e fosfato → precipitam como cristais de hidroxiapatite
que formam a base da matriz óssea
Após sintetizar a matriz e ser envolvido por esta – torna-se um
osteócito
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Osteócitos
Quando os osteoblastos ficam rodeados pela matriz óssea que
produzem, tornam-se osteócitos
Os osteócitos correspondem a 90-95% das células ósseas e
podem manter-se vivos durante até 25 anos
Menos activos que os osteoblastos, mas capazes de
produzircomponentes essenciais à manutenção da matriz óssea.
Presentes nas lacunas da matriz óssea.
Apresentam canalículos – projeções celulares pelas quais
comunicam com outros osteócitos.
As células (nas lacunas) e suas projecções celulares
(canalículos) formam o molde à volta do qual a matriz óssea é
formada
Atuam como sensores mecânicos
o A carga mecânica leva a movimentos no fluído nos
canalículos
o Este estímulo é transformado em sinais químicos
o Adaptação na activação celular (formação de osso pelos
osteoblastos ou reabsorção pelos osteoclastos)
Quando sofrem apoptose, são reabsorvidas pela matriz óssea.
Processo de ossificação
1. Os osteoblastos possuem extensões celulares que conectam
múltiplas células
2. Osteoblastos produzem matriz óssea, sendo rodeados por esta
e transformando-se em osteócitos
3. Osteócito numa lacuna com extensões celulares para os
canalículos
Osteclastos
Responsáveis pelo processo de reabsorção óssea – pela
libertação de ácidos e enzimas que digerem a matriz
orgânica e dissolvem os cristais de cálcio.
Linhagem diferente dos osteoblastos /osteócitos.
Células de grande dimensão e móveis, multinucleadas
Processo regulado hormonalmente pela calcitonina e e pela
PTH (paratormona)
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Homeostasia da remodelação óssea
Fase de crescimento
Actividade osteoblastos > osteoclastos
Idade avançada
Actividade osteoclastos > osteoblastos
Osteoperose
Diminuição da densidade óssea
Pico de massa óssea (+/- 25-30anos)
Diferença entre géneros (F>M)
Osteoporose primária vs secundária
Osteogenesis imperfecta
É um tipo de osteodisplasia caracterizada por fragilidade óssea
Carácter genético - alteração da síntese de colagénio
Vários tipos - gravidade muito variável
Desenvolvimento ósseo
Tipos de ossificação
2 padrões de formação de osso no feto:
Ossificação intramembranosa
o Parte de membranas conectivas embrionárias
o Locais onde se inicia a ossificação - centros de ossificação
Ossificação endocondral
o A partir de um modelo de cartilagem formado por
condroblastos
Ossificação Intramembranosa
Ponto de partida: Membrana mesenquimal embrinonária
Formação de periósteo
o Células osteocondrais progenitoras diferenciam-se em
osteoblastos
o Células osteocondrais progenitoras formam o periósteo à
volta do osso
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Centros de ossificação
o Ossificação começa nos centros de ossificação
o Osso esponjoso formado pelos osteoblastos internos
o Osso cortical formado pelos osteoblastos periostais
Remodelação
o Osso sofre remodelação em osso lamelar e torna-se
indistinguível do osso proveniente da ossificação
endocondral
Ossificação Endocondral
Ponto de partida: Modelo de cartilagem hialina rodeada de
pericôndrio
Formação de periósteo
o Hipertrofia condrócitos com calcificação da cartilagem
o Células osteocondrais progenitoras diferenciam-se em
osteoblastos
Centros de ossificação
o Osteoblastos invadem a cartilagem calcificada nos centros de
ossificação
o CO primária formam osso esponjoso na diáfise / secundários
nas epífises
o Osso cortical formado pelos osteoblastos periostais
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Remodelação
o Osso imaturo sofre remodelação em osso lamelar e torna-se
indistinguível do osso proveniente da ossificação
intramembranosa
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Crescimento ósseo
Crescimento em comprimento
Crescimento ao nível da cartilagem articular
Crescimento em largura
Fatores que afetam o crescimento ósseo
o Nutricionais
o Hormonais
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• O processo de crescimento é por ossificação endocondral
• Placa epifisária tem 5 zonas distintas:
1. Zona de repouso (mais próxima da epifise)
2. Zona proliferativa (produção de cartilagem)
3. Zona hipertrófica (maturação dos condrócitos da zona
proliferativa)
4. Zona de calcificação (fina, condrócitos hipertrofiados e
matriz calcificada)
5. Zona de ossificação (deposição de matriz óssea pelos
osteoblastos)
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Crescimento ao nível da cartilagem articular
• Onde ocorre o crescimento das epífises e dos ossos curtos
• Processo semelhante ao que ocorre na placa de crescimento
• Quando atingem a dimensão definitiva deixa de ocorrer substituição
de cartilagem por osso.
• A cartilagem persiste ao longo da vida sem ficar ossificada (como
ocorre na placa de crescimento).
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Fatores que influenciam o crescimento ósseo
O potencial de crescimento e a altura definitiva de um individuo
são determinadas geneticamente
Fatores nutricionais e hormonais podem ter um impacto muito
significativo na expressão desses fatores genético
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Nutrição
o Disponibilidade de vitaminas e minerais
Vitamina D – associação ao raquitismo
Vitamina C – associação ao escorbuto
o Doenças metabólicas que alterem a taxa de proliferação
celular, a produção de colagénio ou de outros
componentes da matriz
A nível hormonal
o Hormona de crescimento (Secretada pela hipófise)
o Hormona tiroideia
o Estrogénio e testosterona
Picos de crescimento na adolescência
Final do crescimento com encerramento das placas
epifisárias
Remodelação óssea
Processo continuo de renovação óssea
o Remoção de osso antigo pelos osteoclastos;
o Deposição de novo osso pelos osteoblastos.
Adaptação: Osso imaturo → Osso lamelar
Essencial a múltiplos processos
o Crescimento ósseo,
o Ajustes ao stress,
o Reparação óssea,
o Regulação da calcémia.
21
Stress mecânico e força do osso
O stress mecânico é essencial à remodelação óssea
o A carga estimula a atividade osteoblástica
Em situações de diminuição do actividade física (doente
acamado, pós-operatório)
o A diminuição do stress leva a diminuição da act.
osteoblástica
o A atividade osteoclástica mantém-se a níveis normais
o Resultando numa diminuição da densidade óssea
22
o Remodelação óssea - embora o gap esteja preenchido, o
osso imaturo não é tão resistente como o osso lamelar.
Inicia-se o processo de remodelação de acordo com a
carga a que esteja sujeito e que pode demorar mais de
um ano.
Homeostase de cálcio
Objectivos
• Compreender a importância da regulação da calcémia
• Conhecer o papel do osso na homeostase do cálcio
• Descrever a influência do paratormona (PTH), calcitonina e calcitriol
Importância da regulação da calcémia
• Essencial à contração do músculo esquelético
• Estimulação e regulação da contração músculo cardíaco
• Exostose de moléculas de sinalização neurológica.
Papel do osso na manutenção da homeostase do cálcio
• O osso é o principal local de armazenamento de cálcio
• Balanço entre atividade entre osteoblastos e osteoclastos permite
regular a calcémia
• Células que regulam a deposição e reabsorção óssea são alvos das
hormonas que regulam a calcémia;
23
• A homeostase é regulada por 3 hormonas (mensageiros químicos
via corrente sanguínea), que atuam, entre outros, no osso.
• Hormona paratiroideia (PTH), secretada pela glândula paratiroide
• Efeitos da secreção de PTH (que ocorre em resposta à
HipoCa2+):
• Efeito direto no osso (aumento da actividade
osteoclástica)
• Efeito direto no rim (reabsorção de Ca2+ a nível
tubular)
• Efeito indirecto no intestino delgado (estimula a
absorção intestinal de Ca2+
Calcitriol, hormona esteróide derivada da vitamina D3
o Produção de Vit D3 é iniciada na pele e continuada no fígado
depois no figado onde a activação do calcitriol ocorre.
o Calcitriol tem função sinérgica com PTH
o Aumento da reabsorção intestinal de Ca2+
Hipocalcemia
PTH
24
Calcitriol
Sistema Muscular
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Elasticidade Capacidade de voltar ao comprimento em repouso
após ter sido alongado
Tipos de musculo:
Liso
Cardíaco
Esquelético
Músculo Esquelético
Resultam da fusão de centenas de mioblastos (células
embrionárias) - formando uma célula de grandes dimensões
polinucleada
Fibras musculares variam de 1mm a 4cm (algumas mais
longas)
Em cortes longitudinais apresentam um aspeto estriado.
26
Contração Muscular
Componente elétrica (propriedade excitabilidade)
o Transmissão de potenciais de ação (estímulo elétrico)
o Ocorre ao nível da junção neuromuscular (sinapse)
Componente mecânica
o Resposta ao estímulo elétrico
o Dependente da organização / características anatómicas
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Organização do músculo esquelético
Inserção óssea via tendão
Epimíseo: Envolve músculo (camada exterior junto à fáscia)
Perimíseo: Envolve fascículos
Endomíseo: Envolve fibras musculares
Fibra muscular constituída por numerosas miofibrilas
Miofibrilhas constituídas por 2 tipos de miofilamentos – Actina e
Miosina
Organização em sarcómeros
28
29
Sarcómero:
Unidade mais pequena capaz de contração
Limite – entre 2 discos Z – “âncora” dos
filamentos de Actina
Constituição:
o 2 bandas I – isotrópica (+ claras)
o 1 banda A – anisotrópica (+ escura)
O centro da banda A, onde apenas existem filamentos de
Miosina é denominada zona H
No centro da zona H está a linha M (sustentação da miosina)
30
Anatomia Macroscópica
Conceitos básicos
Quase todos os músculos esqueléticos têm inserção óssea
(exemplo de exceção: músculos faciais) via tendão
Origem (podem ser várias cabeças) → Inserção
Acção muscular (movimento gerado pela contração)
Agonistas vs Antagonistas (biceps vs triceps braquial)
Sinérgicos – função complementar (Deltóide, bíceps braquial e
grande peitoral na flexão do ombro)
31
Organização dos fascículos
Circular
Convergente (triangular)
Paralelo (trapezoide; romboide; quadrado)
Penado (Tendão central com fibras anguladas ao vetor de força
Fusiforme
Nomenclatura
Região anatómica (Peitoral; Glúteo)
Dimensão (Curto vs Longo peroneal)
Forma (Deltóide; Quadrado pronador)
Orientação dos fascículos (Recto femoral)
Origem e inserção (Esternocleidomastoideu; Braquiradialis)
Número de cabeças musculares (Bicípete; Tricípete)
Função (Longo Adutor)
Correlação Clínica
Efeitos do envelhecimento no sistema muscular
Sarcopenia
o Diminuição da massa muscular (25% dos 40 → 70)
o Aumento do tempo de reação ao estímulo nervoso
o Diminuição da capacidade de exercício?
o Aumento do tempo de recuperação
o Perda das fibras rápidas
32
Importância clínica
Coluna Vertebral
33
1 osso coccígeo (resultado da fusão de 4/5 peças)
Curvas fisiológicas
Surgem durante o desenvolvimento embrionário
Importantes para alinhamento do peso corporal com a pélvis e
membros inferiores
Curvas principais:
o Lordose cervical
o Cifose torácica
o Lordose lombar
o Cifose sagrada
34
Variações das curvas fisiológicas
Plano sagital
o Cifose
o Lordose
Plano frontal
Plano coronal
o Escoliose
NOTA:
Movimentos
Coluna cervical e
Flexão / Extensão lombar possuem
Flexão lateral esquerda e direita maior mobilidade que
Rotação (torção) torácica e sagrada
35
Coluna como uma unidade:
Corpos vertebrais adjacentes são unidos por sínfises chamadas
de discos intervertebrais.
Exceções: C1-C2 e após S2 – disco inexistente
Disco intervertebral:
Estruturas fibrocartilagíneas localizadas entre vertebras
adjacentes
Função de suporte e amortecimento
Permitem pequeno grau de flexibilidade
Correspondem a 25-33% do comprimento da coluna
Existem 23 discos (6C, 12T, 5L)
36
Disco intervertebral – estrutura
Anel fibroso
o Constituído por 15-25 lamelas concêntricas com fibras de
colagénio paralelas
o Fibras de elastina entre lamelas, auxiliando o disco a volta
a sua conformação inicial
o O anel é relativamente rígido, fornecendo resistência ao
disco face a forças compressivas
Núcleo Pulposo
o Fibras de colagénio organizadas de forma aleatória e
fibras de elastina organizadas radialmente
o Fibras estão embebidas numa matriz extracelular de àgua
e proteoglicanos
o O núcleo é relativamente elástico, permitindo absorção de
choques
Região Cervical
Coluna Cervical:
Região com maior mobilidade
Suporte do peso da cabeça
Apófises espinhosas bífidas
Apófise transversas com forâmen (artérias e veias vertebrais)
Corpos vertebrais conectados pelas art. uncovertebrais (fendas
de Luschka)
37
Coluna Cervical:
Articulação atlanto-occipital (Occipital - C1)
Articulação atlanto-axial (C1-C2)
Articulação atlanto-occipital:
Função: ++ flexão-extensão (também flexão lateral e rotação)
38
C2 (Axis) – Vértebra com processo superior altamente modificado –
chamado processo odontóide.
Forma com C1 a articulação atlantoaxial (Usada ao responder
NÃO com a cabeça)
Coluna cervical – C3 a C7
39
Específicos da coluna
cervical
Permitem a passagem da
artéria vertebral
40
Restantes vértebras cervicais sem características específicas
Apófise espinhosa mais proeminente tipicamente é a de C7.
Região torácica
Coluna torácica:
Localizada entre região cervical e lombar
Dimensão do corpo vertebral aumenta no sentido cefálico-
caudal
Presença de facetas para articulação com os arcos costais
(exceto T11 e T12)
Processos espinhosos mais proeminentes e mais angulados
inferiormente
41
Articulações Costovertebrais:
Entre as extremidades proximais das costelas (cabeça) e suas
respetivas vértebras
Permitem um certo grau de rotação
Constituída por 2 grupos de articulações sinoviais planas:
42
Articulações Costotransversárias
União entre as facetas articulares dos tubérculos das costelas e
as facetas costais dos processos transversos vertebrais
correspondentes.
Presentes da 1ª à 10ª costelas.
Possuem uma pequena cavidade sinovial envolvida por uma
fraca cápsula articular, reforçada por ligamentos
Permitem um grau limitado de deslizamento
43
Costelas:
44
Região Lombar
Coluna lombar
Localizada entre região dorsal e sacro-coccígea
Corpos vertebrais de maiores dimensões – suporte do peso do
tronco e cabeça
Mais móvel que a coluna dorsal
Processo espinhoso de grandes dimensões – zona de inserção
muscular
Maior suscetibilidade a hérnias devido ao maior suporte de peso
Vértebras específicas
L1
o Alinhada com a extremidade anterior da 9ª costela e ao
nível do plano transpilórico (o piloro do estômago é
encontrado neste nível)
L5
o Corpo mais profundo anteriormente que posteriormente
o Articula com as proeminências sacrovertebrais
o Processo espinhoso menor
Cauda Equina
• A medula óssea estende-se até ao nível de L1/L2
• Abaixo deste nível, o canal espinhal envolve uma feixe nervoso
conhecido como cauda equina, que inerva a região pélvica e
membros inferiores
45
Região Sacro-Coccígea
Coluna sagrada
Sacro consiste em 5 vértebras sagradas fundidas
Localizada entre a região lombar e o coccix.
Papel principal é a transmissão da carga da região superior do
corpo à pélvis
O sacro tem um base, um apex e 3 superfícies (pélvica, posterior e
lateral)
Canal sagrado da continuidade ao canal medular, contendo a
cauda equina
A saída de ramos nervosos ocorre nos foramens sagrados
46
Coccix
Cóccix articula com o sacro
Consiste em 4 a 5 vértebras fundidas
Tem 2 superfícies (pélvica e posterior)
É um ponto de inserção do grande glúteo e músculos coccígeos
O filum terminale para ao nível de Co1
Músculos
Ligamentos:
Ligamento longitudinal anterior
Ao longo da face anterolateral externa dos corpos vertebrais
desde a base do crânio até ao sacro
Função: Estabiliza e evita hiperextensão da coluna
47
Os arcos vertebrais são reforçados por vários ligamentos
acessórios:
Ligamento amarelo (flavum)
o Conecta lâminas adjacentes.
o Evitam a avulsão da lâmina durante uma flexão súbita da
coluna vertebral.
Ligamentos interespinhosos
o Conectam os processos espinhosos de vértebras
próximas.
Ligamento nucal
o Estende-se do crânio (protuberância occipital) aos
processos espinhosos de C7, onde se funde com o
ligamento supraespinhoso.
Ligamento supraespinhoso
o Longa faixa que liga as extremidades dos processos
espinhosos.
48
Articulações
Articulações Zigoapofisárias
Suporte muscular:
Músculo Longissimus
49
Vascularização
Fornecido pelas artérias segmentares
Coluna torácica e lombosagrada
o Artérias intercostais posteriores e subcostais
o Artérias Lombares e Iliolombares (ramo ilíaca interna)
o Artérias sagradas
Coluna cervical
o Artérias vertebrais e cervicais ascendentes
50
Drenagem sangue venoso
Veias vertebrais → plexos venosos vertebrais interno e externo
Veias basivertebrais → plexo venoso vertebral interno
2 plexos venosos drenam para a veias intervertebrais → veias
vertebrais e segmentares do pescoço e tronco
51
Medula espinhal
1. Desenvolvimento Intra-uterino
o Até ao 3º mês é do mesmo tamanho que a coluna
2. No momento do nascimento
o Habitualmente ao nível de L3
3. Idade adulta
o Termina ao nível de L1-L2
52
53
Há 31 pares de nervos espinhais
o 8 Cervicais
o 12 Torácicos
o 5 lombares
o 5 Sagrados
o 1 Coccígeo
Região Cervical
8 pares de nervos
Nervos de C1 a C7 saem acima do nível vertebral
correspondente
o Por exemplo: a raiz do nervo C3 sai acima da vértebra C3
Na região cervical existe 8 pares de nervos (e 7 vértebras)
o A raiz do nervo de C8 sai abaixo de C7
Região Torácica
12 pares de nervos
Nervos de T1 a T12 saem abaixo do nível vertebral
correspondente, na zona do foramen intervertebral
o Por exemplo: a raiz do nervo T12 sai abaixo da vértebra
T12
Região Lombar
5 pares de nervos
Nervos de L1 a L5 saem abaixo do nível vertebral
correspondente, na zona do foramen intervertebral
o Por exemplo: a raiz do nervo L4 sai abaixo da vértebra L4
54
Região Sagrada
5 pares de nervos
Nervos de S1 a S5 saem abaixo do nível vertebral
correspondente, na zona do foramen intervertebral
o Por exemplo: a raiz do nervo S4 sai abaixo da vértebra
S4
Vértebras fundidas nesta zona – saída ocorre pelo foramens
sagrados
o Ramos anteriores dos nervos S1-S4 saem pelos foramens
sagrados anteriores
o Ramos posteriores dos nervos S1-S4 saem pelos
foramens sagrados posteriores
o Nervos de S5 saem através do hiato sagrado
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