Aidpi Manual de Quadros
Aidpi Manual de Quadros
Aidpi Manual de Quadros
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA
AIDPIcrianÇa Brasília – DF
2017 2 meses a 5 anos
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA
AIDPIcrianÇa Brasília – DF
2017 2 meses a 5 anos
2017 Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Fundo das Nações Unidas para a Infância.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0
Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.
gov.br/bvs>.
Elaboração, distribuição e informações: João Amaral – UFC – CE Maria da Graça Mouchrek Jaldin – Ufma – MA
MINISTÉRIO DA SAÚDE Thereza de Lamare Franco Neto Maria de Lourdes Ribeiro - MS - DF
Secretaria de Atenção a Saúde Vera Lopes dos Santos Raysa Micaelle dos Santos Martins - MS - DF
Departamento de Ações Programáticas Thayna Maria Holanda de Souza - MS - DF
Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Revisão Técnica:
Materno Amanda Souza Moura - MS - DF Projeto gráfico e diagramação:
SAF Sul, trecho 2, lotes 5/6, Edifício Premium, bloco II Bárbara C. M. Souza - MS - DF Compasso Comunicação
CEP: 70070-600 – Brasília/DF Cristiano Francisco da Silva – MS – DF
Tel.: (61) 3315-9041 Estanislene Oliveira Brilhante Silva - MS - DF Capa e revisão da diagramação:
Fernanda Ramos Monteiro - MS - DF Maherle Leite
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE Fernando Pessoa de Albuquerque - MS - DF
SEM, lote 19 Gabriel Côrtes - MS - DF Apoio:
CEP: 70800-400 – Brasília/DF Gisele Menê de Castro - MS - DF Instituto da Primeira Infância – Iprede
Tel.: (61) 3251-9472 Gizeli de Lima - MS - DF
Gizeli de Lima – MS – DF Normalização:
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA Hernane Guimarães dos Santos Junior - MS - DF Delano de Aquino Silva – Editora MS/CGDI
SEPN 510 Bl A - s/n An 1 Isabela Resende Pereira- MS - DF
CEP: 70750-521 - Brasília/DF Jaime Henrique Castro Valencia – MS – DF Revisão:
Tel.: (61) 3340-8293 João Amaral – UFC – CE Tamires Alcântara – Editora MS/CGDI
Juliana Silva Gama - MS - DF Tatiane Souza – Editora MS/CGDI
Supervisão-Geral: Livia Custodio Puntel Campos - MS - DF
Cristiano Francisco da Silva – MS – DF Lúcia Helena Rodrigues – Imip – PE
Gizeli de Lima Marcia Dorcelina Trindade Cardoso - RJ
Ficha Catalográfica
1. Atenção Integrada ás Doenças Prevalentes na Infância (Aidpi). 2. Saúde da Criança. 3. Doenças. I. Título. II. Organização Pan-Americana da Saúde. III. Fundo das Nações
Unidas para a Infância
CDU 616-053.2
Introdução 5
Capítulo 1 Avaliar e Classificar
Avaliar e classificar a criança de 2 meses a menos de 5 anos de idade 6
Avaliar e classificar a tosse ou dificuldade para respirar 7
Avaliar e classificar a sibilância 8
Avaliar e classificar a diarreia 10
Avaliar e classificar a febre 12
Avaliar e classificar o problema de ouvido 14
Avaliar e classificar a dor de garganta 16
Avaliar e classificar desnutriçao, anemia e outros problemas de crescimento 18
Capítulo 2 Tratar
Tratar a criança: Identificar os tratamentos e as condutas identificados na coluna “tratar” 22
Tratamentos prévios à referência urgente 27
Tratar a crise de sibilância 29
Plano a: dar líquidos adicionais para a diarreia e continuar a alimentação 31
Plano b: tratar a desidratação com soro de reidratação oral – SRO 32
Plano c: tratar rapidamente a desidratação grave 34
Ensinar a mãe a utilizar tratamento sintomático 35
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a respeito de sua própria saúde 36
Capítulo 3 Aconselhar mãe/pai ou responsável pelo cuidado
Avaliar a alimentação da criança 36
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado sobre a alimentação durante a doença 38
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado sobre a alimentação da criança com peso muito baixo 39
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado sobre como tratar a diarreia persistente 40
Avaliar e dar recomendações a respeito da prática de atividade física 41
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a respeito das medidas preventivas 42
A estratégia Aidpi é apresentada em uma série de quadros que mostra a sequência e a forma dos procedimentos a
serem adotados pelos profissionais de saúde. Esses quadros descrevem em cores, segundo os riscos (vermelho, amarelo
e verde), os seguintes passos: Avaliar e Classificar, Tratar a Criança, Aconselhar a Mãe, Pai ou Responsável pelo Cuidado e
Consulta de Retorno. Eles foram desenhados para ajudar o profissional de saúde a atender as crianças de forma correta e
eficiente. O profissional de saúde receberá orientação quanto à forma de tratar as crianças doentes seguindo os quadros
de conduta, que incluem informações como:
Avaliar e classificar
a criança de 2 meses a 5 anos de idade
Perguntar à mãe que problemas a criança apresenta
1º) Receba bem a mãe e peça-lhe que se sente. Diga seu nome, sua função e pergunte o seu nome e o da criança.
Obs: uma criança que apresente qualquer sinal geral de perigo necessita ser urgentemente
assistida; completar imediatamente a avaliação, administrar o tratamento indicado prévio à
referência e referir urgentemente ao hospital.
6 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
a tosse ou a dificuldade para respirar
A criança está com tosse ou dificuldade para respirar?
Definição de
Se a resposta for Sim: idade
respiração rápida
PERGUNTAR: OBSERVAR/DETERMINAR*: 2 meses a menor de 12 50 ou mais por minuto.
• Há quanto tempo? • Contar a frequência respiratória em meses.
• A criança tem um minuto.
1 ano a menor de 5 anos. 40 ou mais por minuto.
sibilância? • Se há tiragem subcostal.
• Se há estridor ou sibilância.
* ATENÇÃO! A criança deve estar tranquila!
Avaliar e classificar
a sibilância
A criança tem sibilância?
8 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
AVALiAR CLASSiFiCAR TRATAR
Um dos seguintes sinais: • Oxigênio, se disponível.
• Qualquer sinal geral de perigo • Beta-2 agonista por via inalatória.
SiBiLÂNCiA GRAVE
• Letargia ou sempre agitada. • Primeira dose do corticoide.
• Estridor em repouso. • Primeira dose do antibiótico.
ou
• Fala frases incompletas (palavras • Referir urgentemente ao hospital.
isoladas); no lactente: choro curto ou
DOENÇA mUiTO
não consegue chorar.
GRAVE
• Tiragem universal.
• Sat. O2 ≤ 90% * em ar ambiente.
Um dos seguintes sinais: • Administrar beta-2 por via inalatória (até três vezes, a cada
• Nível de consciência normal com 20 minutos).
períodos de agitação. • Administrar corticoide oral.
• Fala entrecortada ou choro
entrecortado. Se não melhorar: REFERIR, após dar a primeira dose do
• Tiragem subcostal. antibiótico injetável e O2, se possível.
• Respiração rápida. SiBiLÂNCiA
• Sat. O2 de 91 a 95%* em ar ambiente mODERADA Se melhorar:
• Tratamento domiciliar com beta-2 por via inalatória (cinco
dias).
• Corticoide por via oral (três dias).
• Dar orientações a mãe para o controle da asma e quando
retornar imediatamente.
• Marcar o retorno em dois dias.
• Não há sinais suficientes para • Tratamento domiciliar com beta-2 agonista por via
classificar como sibilância grave ou inalatória (cinco dias).
moderada. • Se estiver em uso de beta-2 há 24 horas ou mais:
• Sat. O2 ≥ 95%* em ar ambiente SiBiLÂNCiA prescrever corticoide por via oral (três dias).
LEVE • Dar orientações à mãe para o controle da asma e quando
retornar imediatamente.
• Seguimento em dois dias, se não melhorar ou se estiver
usando corticoide.
Avaliar e classificar
a diarreia
A criança está com diarreia?
Sa
ais
ng
uen
as
f ez
es
10 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
AVALiAR CLASSiFiCAR TRATAR
Dois dos seguintes sinais: • Se a criança não se enquadrar em outra classificação grave:
• Letárgica ou inconsciente. Iniciar terapia endovenosa (Plano C).
• Olhos fundos. • Se a criança também se enquadrar em outra classificação grave:
• Não consegue beber ou bebe DESiDRATAÇÃO Referir URGENTEMENTE ao hospital, com mãe e o profissional de saúde
muito mal. GRAVE administrando-lhe goles frequentes de SRO durante o trajeto, se possível.
• Sinal da prega: a pele volta Recomendar a continuar a amamentação, se possível.
muito lentamente ao estado • Se a criança tiver 2 ou mais anos de idade, e se houver cólera na sua região,
anterior. administrar antibiótico.
Dois dos seguintes sinais: • Administrar SRO na unidade de saúde até hidratar (Plano B).
• Inquieta ou irritada. • Dar zinco oral por dez dias.
• Olhos fundos. • Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente.
• Bebe avidamente, com sede. • Seguimento em cinco dias, se não melhorar.
• Sinal da prega: a pele volta DESiDRATAÇÃO • Se a criança também se enquadrar em uma classificação grave devido a outro
lentamente ao estado anterior. problema:
• Referir URGENTEMENTE ao hospital, com a mãe e profissional de saúde
administrando-lhe goles frequentes de SRO durante o trajeto.
• Recomendar à mãe que continue a amamentação, se possível.
• Não há sinais suficientes • Dar alimentos e líquidos para tratar a diarreia em casa (Plano A).
para classificar como SEm • Dar zinco oral por dez dias.
DESIDRATAÇÃO ou DESiDRATAÇÃO • Informar a mãe sobre quando retornar imediatamente.
DESIDRATAÇÃO GRAVE. • Seguimento em cinco dias se não melhorar.
• Com desidratação. DiARREiA • Tratar a desidratação antes de referir a criança, a não ser que esta se
PERSiSTENTE enquadre em outra classificação grave.
GRAVE • Referir URGENTEMENTE ao hospital.
• Sem desidratação. • Informar sobre como alimentar uma criança com DIARREIA PERSISTENTE.
DiARREiA • Dar zinco oral por dez dias dias.
PERSiSTENTE • Informar sobre quando retornar imediatamente.
• Marcar retorno em cinco dias.
• Sangue nas fezes. • Dar um antibiótico recomendado em sua região para Shigella, se houver
comprometimento do estado geral.
DiSENTERiA • Dar zinco oral por dez dias.
• Marcar o retorno em dois dias.
• Informar sobre quando retornar imediatamente.
Avaliar e classificar
a febre
A criança está com febre (determinada pela anamnese/quente ao toque/temperatura ≥ 37,5ºC)?
12 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
AVALiAR CLASSiFiCAR TRATAR
Um dos seguintes sinais: mALÁRiA GRAVE • Se gota espessa/teste rápido for positivo, dar a primeira
• Qualquer sinal geral de perigo. dose de um antimalárico recomendado.
• Rigidez de nuca. OU • Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado.
ÁREA COm RiSCO DE mALÁRiA
Todo paciente com doença falciforme que apresentar febre deve ser referido para o hospital.
* ATENÇÃO! Todo paciente com doença falciforme que apresente febre deve ser referido para a unidade hospitalar o mais breve possível.
Avaliar e classificar
o problema de ouvido
A criança está com problema de ouvido?
14 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
AVALiAR CLASSiFiCAR TRATAR
• Tumefação e/ou vermelhidão dolorosa • Dar a primeira dose de um antibiótico recomendado.
ao toque atrás da orelha. mASTOiDiTE • Dar analgésico em caso de dor.
• Referir URGENTEMENTE ao hospital.
• Não tem dor de ouvido e não foi notada NÃO HÁ iNFECÇÃO • Nenhum tratamento adicional.
alguma secreção purulenta no ouvido. DO OUViDO
Avaliar e classificar
a dor de garganta
A criança está com dor de garganta?
16 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
Avaliar e classificar
desnutrição, anemia e outros
problemas de crescimento
A seguir, verificar se há desnutrição, anemia e outros problemas de crescimento
OBSERVAR E VERIFICAR:
• Emagrecimento acentuado visível.
• Edema em ambos os pés. CLASSiFiCAR
• Palidez palmar: o estado nutricional
Palidez palmar grave? e a palidez palmar
Palidez palmar leve?
• Verificar o crescimento:
Peso para a idade.
18 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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as dietas especiais.
PESO • Dar megadose de vitamina A, se a criança não tiver tomado nos
mUiTO BAiXO últimos 30 dias.
• Uso profilático de ferro em menores de 24 meses.
• Retorno com cinco dias.
• Orientar sinais de retorno imediato.
• Peso para a idade <-2 e ≥-3 PESO BAiXO • Avaliar a alimentação da criança e as possíveis causas do peso baixo.
escores z. ou • Orientar a alimentação adequada.
ou GANHO • Uso profilático de ferro em menores de 24 meses.
• Tendência da curva peso/idade DE PESO • Marcar retorno com duas semanas.
horizontal ou descendente. iNSUFiCiENTE • Orientar sinais de retorno imediato.
• Peso para a idade >+2 • Avaliar a alimentação da criança e as possíveis causas do peso elevado.
escores z. • Orientar a alimentação adequada.
• Verificar e estimular a prática de atividade física.
PESO ELEVADO
• Uso profilático de ferro em menores de 24 meses.
• Marcar o retorno com duas semanas.
• Orientar sinais de retorno realizando o diagnóstico do estado nutricional.
• Peso para a idade ≤+2 e ≥-2 • Elogiar a mãe/pai/acompanhante pelo crescimento de seu filho.
escore z. PESO • Reforçar as recomendações para alimentação saudável, de acordo com o
ADEQUADO Quadro de Recomendações a respeito da alimentação da criança.
• Uso profilático de ferro em menores de 24 meses.
Tratar
Administrar os tratamentos e as condutas
identificados na coluna “tratar”
Ensinar a mãe/responsável a administrar os medicamentos orais em casa
Explicar que todas as medicações devem ser usadas até o tratamento terminar, ainda que a criança melhore.
20 Tr ata r a C r i a n ç a
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Tratar
Dar um antibiótico apropriado
Para pneumonia ou infecção aguda do ouvido
Antibiótico de primeira linha: amoxicilina.
Antibiótico de segunda linha: amoxicilina + clavulanato ou eritromicina.
Peso em kg Amoxicilina 250 mg/5 ml Amoxicilina + Clavulanato Eritromicina 250 mg/5 ml
50 mg/kg/dia, de 8 em 8 horas 250 mg/5 ml* 50 mg/kg/dia*
Dar de 12 em 12 horas na 50mg/kg/dia, de 8 em 8 horas Dar de 6 em 6 horas
formulação BD durante 7 dias Dar de 12 em 12 horas na formulação BD durante 7 dias
durante 7 dias
4a7 2,0 a 3,5 ml 2,0 a 3,5 ml 1,0 a 1,5 ml
8 a 11 4,0 a 5,5 ml 4,0 a 5,5 ml 2,0 a 2,5 ml
12 a 15 6 ,0 a 7,5 ml 6 ,0 a 7,5 ml 3,0 a 3,5 ml
16 a 19 8,0 a 9,5 ml 8,0 a 9,5 ml 4,0 a 4,5 ml
20 a 24 10 a 12,0 ml 10 a 12,0 ml 5,0 a 6,0 ml
* Para Infecção moderada de garganta, usar antibiótico oral por dez dias.
* Para infecção aguda de ouvido, usar antibiótico oral durante oito dias
* ATENÇÃO: nos casos de pneumonia em que a criança não aceitar o antibiótico oral, ou não apresentar melhora do quadro, pode ser
usada a penicilina procaína, na dose de 50.000 UI/kg/dose (ver Quadro de Tratamento Prévio à Referência Urgente).
Tratar
Para disenteria
Antibiótico de primeira linha: ceftriaxone.
Antibiótico de segunda linha: sulfametoxazol + trimetoprim.
Peso em kg Ceftriaxone IM Peso em kg Sulfametoxazol + trimetoprim
Dose: 50 mg por kg/dose (200 mg/5 ml)
1 vez ao dia durante 3 dias 40 mg/kg/dia
Dar de 12 em 12 horas durante 5 dias *
4 a <6 200 a 300 mg 4a7 2,0 a 3,5 ml
6 a <8 300 a 400 mg 8 a 11 4,0 a 5,5 ml
8 a <10 400 a 500 mg 12 a 15 6 ,0 a 7,5 ml
10 a <14 500 a 700 mg 16 a 19 8,0 a 9,5 ml
14 a 20 700 a 1.000 mg 20 a 24 10 a 12,0 ml
*Para cólera, usar SMT + TMP durante três dias.
22 Tr ata r a C r i a n ç a
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Tratar
Para anemia dar:
Dar anti-helmíntico
Dar anti-helmíntico para a criança classificada como ANEMIA, se não tiver recebido alguma dose nos últimos seis meses.
Idade Mebendazol* Albendazol*
Apres. 100 mg/5 ml Apres. 40 mg/ml ou 1 cp = 400mg
Dose: 100mg 2 vezes dia Dose única
durante 3 dias
1 a 2 anos 5 ml 5 ml
> 2 anos 5 ml 10 ml
Tratar
Para diarreia persistente (fase de convalescência)
Dar polivitaminas e sais minerais
Dar duas Ingestões Diárias Recomendadas (IDR) de polivitaminas e sais minerais durante duas semanas.
Ingestão Diária Recomendada (IDR) para crianças conforme a idade
Nutrientes Unid.
Zero a 6 meses 6 meses a 1 ano 1 a 3 anos 4 a 6 anos 7 a 10 anos
Vitamina A mcg 375 375 400 500 700
Ácido fólico mcg 25 35 50 75 100
Zinco mcg 5 5 10 10 10
Cobre mcg 0,4 a 0,6 0,6 a 0,7 0,7 a 1,0 1,0 a 1,5 1,0 a 2,0
Magnésio mcg 40 60 80 120 170
Tratar
Tratamentos prévios à referência urgente
Administrar um antibiótico por via intramuscular
Tratar
Para crianças sendo referidas com malária grave ou doença febril muito grave
Dar a primeira dose de artemether IM, após confirmação, por meio do teste da gota espessa, e referir urgentemente a
criança ao hospital.
Peso em kg Artemether IM
3,2 mg/kg/dose
4 0,1 ml a 0,2 ml
4 a <6 0,2 ml a 0,3 ml
6 a <10 0,3 ml a 0,4 ml
10 a <12 0,4 ml a 0,5 ml
12 a <de 14 0,5 ml a 0,6 ml
14 a 19 0,6 ml a 0,8 ml
ASSEGURE-SE DE qUE a criança com qualquer sinal geral de perigo seja referida a um hospital
depois da primeira dose de um antibiótico apropriado ou outros tratamentos urgentes.
Exceção: a reidratação da criança de acordo com o Plano C pode resolver os sinais de perigo e
evitar referi-la.
26 Tr ata r a C r i a n ç a
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Tratar
Tratar crise de sibilância
Sibilância
* A via inalatória (VI) é sempre preferível para administração de broncodilatador. Caso não esteja disponível broncodilatador inalatório,
pode ser a administração por via subcutânea de adrenalina 1:1.000, na dose de 0,01 ml/kg/dose, máximo de 0,3 ml por dose, não
excedendo 3 doses a cada 20 minutos CONFORME PRESCRIÇÃO MÉDICA.
** Caso a frequência respiratória se mantenha elevada após o tratamento da crise, classificar também como PNEUMONIA e tratar com
antibiótico, além de beta-2 agonista e corticoide.
*** Avaliar prescrição do corticoide VO, caso esteja em uso correto de beta-2 agonista há pelo menos 24 horas.
Tratar
Uso de broncodilatadores
28 Tr ata r a C r i a n ç a
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Tratar
Plano A: dar líquidos adicionais para a diarreia e continuar a
alimentação
PLANO A: Tratar a diarreia em casa.
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado sobre as três regras do tratamento domiciliar: Dar líquidos
adicionais, continuar a alimentar, avisar quando retornar.
1. Dar líquidos adicionais (tanto quanto a criança aceitar)
Recomendar a mãe a:
Amamentar com frequência e por tempo mais longo a cada vez.
Se a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, pode-se dar SRO além do leite materno.
Se a criança não estiver em regime exclusivo de leite materno, dar um ou mais dos seguintes itens: solução SRO,
líquidos caseiros (tais como caldos, soro caseiro) ou água potável. Em situações nas quais não há acesso à água
própria para o consumo, recomende fervura da água durante 20 minutos ou tratamento com duas gotas de
hipoclorito de sódio para cada litro de água.
É especialmente importante dar SRO em casa quando:
Durante esta visita a criança recebeu o tratamento do Plano B ou do Plano C.
A criança não puder retornar a um serviço de saúde se a diarreia piorar.
Ensinar a mãe a preparar a mistura e a dar SRO. Entregar um pacote de SRO à mãe para utilizar em casa, se necessário.
Mostrar a quantidade de líquidos adicionais a dar em casa além dos líquidos dados habitualmente:
Até 1 ano 50 ml a 100 ml depois de cada evacuação aquosa
1 ano ou mais 100 ml a 200 ml depois de cada evacuação aquosa
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a:
Administrar frequentemente pequenos goles de líquidos de uma xícara ou colher.
Se a criança vomitar, aguardar dez minutos e depois continuar, porém mais lentamente.
Continuar a dar líquidos adicionais até a diarreia parar.
2. Continuar a alimentar
Consultaro oQuadro
Consultar “Quadro Aconselharmãe/pai/acompanhante.”
“Aconselhar mãe/pai/acompanhante.”
3. quando retornar
Tratar
Plano B: tratar a desidratação soro de reidratação oral – SRO
As crianças com desidratação deverão permanecer no serviço de saúde até a reidratação completa. Durante um período
de 4 horas, administrar, no serviço de saúde, a quantidade recomendada de SRO.
30 Tr ata r a C r i a n ç a
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Tratar
Plano C: tratar rapidamente a desidratação grave
Começar a dar líquidos imediatamente por via IV. Se a criança consegue beber, dar SRO
Pode aplicar imediatamente por via oral enquanto o gotejador estiver sendo montado. Fazer expansão com 100 ml/kg
líquidos por via intravenosa de solução de ringer lactato ou soro fisiológico a 0,9%. Em crianças <1 ano, fazer 30 ml/
(IV)? kg na primeira hora e 70 ml/kg em cinco horas. Em crianças >1 ano, fazer 30 ml/kg em 30
minutos e 70 ml/kg em 2 horas e 30 minutos.
Reavaliar a criança de meia em meia hora. Se não houver melhora no estado de
SIM desidratação, aumentar a velocidade do gotejamento.
NÃO Também dar SRO (cerca de 5 mL/kg/hora) tão logo a criança consiga beber: geralmente
em uma a duas horas.
Classificar desidratação.
Escolher a seguir, o Plano apropriado (A, B ou C) para continuar o tratamento.
Pode aplicar tratamento Em seguida fazer a solução de manutenção, com SGF 1:1 no volume de 4mL/kg/hora
por via IV nas proximidades enquanto aguarda transferência.
(há uns 30 minutos?)
Iniciar a reidratação com SRO, por sonda ou pela boca: dar 20 a 30 mL/kg/hora.
Recebeu treinamento
Reavaliar a criança a cada uma a duas horas:
para usar sonda nasogástrica SIM Se houver vômitos repetidos ou aumento da distensão abdominal, dar o líquido mais
(NG) para reidratação?
lentamente.
Se, depois de três horas, a criança não estiver melhorando, encaminhá-la para terapia IV.
NÃO Reavaliar a criança seis horas depois. Classificar a desidratação. A seguir selecionar o Plano
A criança consegue beber? SIM apropriado (A, B ou C) para continuar o tratamento.
NÃO
Referir URGENTEMENTE NOTA: caso não consiga transferência, observar a criança pelo menos seis horas
ao hospital para tratamento após a reidratação a fim de se assegurar que mãe/pai/acompanhante pode manter
IV ou NG. a hidratação dando a solução de SRO à criança por via oral (Plano A).
Tratar
Ensinar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a utilizar
tratamento sintomático
Explicar qual é o tipo de tratamento e por que deve ser dado.
Descrever as etapas do tratamento.
Observar como administra o primeiro tratamento no serviço de saúde (exceto os remédios para tosse).
Informar sobre quantas vezes deve administrar o tratamento em casa.
Antes de deixar a unidade de saúde, assegurar-se de que tenha compreendido os procedimentos anteriores.
Aliviar a tosse com medidas caseiras: Orientações para o controle da asma: Secar o ouvido usando mechas:
Aumentar a oferta de líquidos: Os responsáveis devem ficar atentos caso Secar o ouvido ao menos
Para menores de 6 meses de a criança piore e tenha algum desses três vezes por dia.
idade, em aleitamento materno sinais ou sintomas: Torcer um pano
exclusivo, oferecer o peito mais A criança já não obtém o mesmo absorvente ou um
vezes. efeito do broncodilatador ou passa pedaço de algodão
Mel de abelha* ou outras a usá-lo com maior frequência. formando uma mecha.
medidas culturalmente aceitas. A criança acorda durante a noite por Colocar a mecha no
Remédios nocivos a tosse, chiado ou falta de ar por mais ouvido da criança.
desencorajar: anti- de duas noites seguidas. Retirar a mecha quando
-inflamatórios, sedativos Acorda pela manhã com chiado ou esta estiver molhada.
da tosse, expectorantes, sensação de aperto no peito que Substituir a mecha por
descongestionantes nasais ou não cede com medicamentos. outra limpa e repetir esses
orais e antigripais. Os sintomas da asma começam mesmos passos até que o
a interferir nas suas atividades ouvido esteja seco.
* mel de abelha só pode ser usado diárias.
a partir de 1 ano de idade Nesses casos, deverão procurar a
unidade de saúde responsável pelo
tratamento da criança.
32 Tr ata r a C r i a n ç a
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Tratar
Quando retornar imediatamente
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado para retornar imediatamente se a criança
apresentar qualquer um dos sinais abaixo:
Qualquer criança doente: • Não consegue beber nem mamar no peito.
• Piora do estado geral.
• Aparecimento ou piora da febre.
Se a criança tiver tosse ou dificuldade para respirar e apresentar • Respiração rápida.
ou piorar da: • Dificuldade para respirar.
Se a criança estiver com diarreia e se apresentar: • Sangue nas fezes.
• Dificuldade para beber.
Tratar
Próxima consulta da criança saudável
Recomendar a mãe quando retornar para a próxima vacina segundo o Calendário de Vacinação e do Acompanhamento
do Crescimento e Desenvolvimento Infantil.
34 Tr ata r a C r i a n ç a
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Recomendar
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a respeito da alimentação da criança
ATÉ 6 MESES DE IDADE DE 6 A 7 MESES DE 8 A 11 MESES 1 ANO 2 ANOS OU MAIS
Amamentar ao peito tantas vezes quanto Amamentar sob livre demanda. Manter a amamentação até os 2 anos Dar cinco refeições ao dia, sendo: Dar cinco refeições ao dia, sendo:
a criança quiser, de dia e de noite, pelo ou mais.
Introduzir alimentos complementares: três refeições da mesma comida Três refeições da mesma comida
menos oito vezes em cada 24 horas. cereais, carnes/ovo/vísceras, tubérculos, Amamentar sempre que a criança queira. servida á família e servida á familia e
O leite materno fornece água suficiente leguminosas, legumes e frutas.
Dar da mesma comida servida à família, dois lanches nutritivos entre as dois lanches nutritivos entre as
para o bebê, não sendo necessário Iniciar: uma e duas vezes por dia até porém adaptada para a criança (sem refeições. refeições, como: frutas da estação,
oferecer chás ou outros líquidos. completar três vezes ou cinco vezes, se temperos picantes, picada, amassada, ou tubérculos cozidos, cereais, leite ou
não estiver mamando. desfiada) e pouco sal. Dar, no mínimo, oito colheres de sopa por derivados.
Não se recomenda a higiene bucal antes refeição ou até a satisfação da criança.
da erupção do primeiro dente decíduo, Oferecer em pequenas quantidades (de Quantidade de refeições: Dar alimentos ricos em vitamina A e ferro:
pois as imunoglobulinas presentes no leite três a cinco colheres de sopa por refeição) Dar alimentos ricos em vitamina A e vísceras, verduras e frutas amarelo-
materno desempenham um papel protetor ou até que a criança fique satisfeita. Quatro vezes ao dia, se estiver sendo ferro: carnes, verduras e frutas amarelo- alaranjadas, folhas verde--escuras,
na mucosa bucal contra infecções. alimentada ao peito; ou cinco vezes ao alaranjadas, folhas verde-escuras, lembrando de oferecer alimentos regionais.
No início, os alimentos devem ser dia, se não estiver sendo alimentada lembrando de oferecer alimentos regionais.
Exceto para crianças desmamadas, iniciar bem amassados (não usar peneira ou ao peito. Evitar oferecer alimentos industrializados
a higienização mesmo não havendo liquidificador) e oferecidos em pequenas Recomendar que receba: cereais, (salgadinhos, biscoitos e bolachas,
erupcionado o primeiro dente decíduo. quantidades na colher. Dar, no mínimo, seis colheres de sopa por leguminosas, carnes, ovos, frango, peixe, refrigerantes, sucos artificiais, enlatados,
refeição ou até a satisfação da criança. miúdos, frutas e verduras. doces, macarrão instantâneo e outros).
Utilizar como técnica de higienização após
Caso sobre alimentos no prato, não
cada mamada: enrolar o dedo em uma Recomendar que receba: cereais, Proporcionar à criança alimentação
oferecer posteriormente, este deve ser Escovar os dentes três vezes ao dia com
fralda limpa, passando delicadamente em descartado. leguminosas, carnes, ovos, frango, peixe, saudável variada e com a mesma creme dental com flúor em pequena
toda a boca do bebê (gengiva, língua e miúdos, frutas e verduras. consistência da família. quantidade. É importante priorizar o
bochechas) Observar cuidados de higiene no preparo e período noturno para escovação dental.
na oferta dos alimentos. Dar alimentos ricos em vitamina A e ferro: Alimentá-la de seu próprio prato. Continuar
vísceras, verduras e frutas amarelo- ajudando ativamente a comer.
Oferecer alimentos de boa qualidade. alaranjadas, folhas verde--escuras,
lembrando de oferecer alimentos regionais. Manter as orientações de higiene bucal
Oferecer água limpa (filtrada e fervida) anterior.
e fervida à criança nos intervalos das As recomendações quanto à higiene
refeições. bucal devem ser mantidas conforme faixa Observar e orientar que, caso a erupção
etária anterior. E, ainda, orientar que evite dentária não tenha ocorrido após 1 ano de
A partir do 6° mês, a criança deve ser o consumo de alimentos cariogênicos, idade, a criança deve ser encaminhada
alimentada em seu próprio prato. Caso principalmente os com açúcar (sacarose). para avaliação do cirurgião-dentista para
isso não ocorra, que ela seja alimentada investigação de anormalidades, como
primeiramente e observada se a ocorrência de anadontia (ausência de
quantidade ingerida foi suficiente. dentes).
- A partir dessa idade, dar preferência
para a fruta in natura ao invés de sucos
ou refrescos.
Substituir a frase riscada por: Quando
erupcionar o primeiro dente decíduo, a
higiene bucal deve ser iniciada com escova
de dente infantil e creme dental (com ou
sem flúor) em pequena quantidade.
Ao realizar a escovação, utilizar pequena
A utilização de fio dental deve ser iniciada quantidade de creme dental com flúor
tão logo dois dentes incisivos tenham (menos que um grão de arroz), essa
erupcionado com a presença de ponto de prática visa garantir os benefícios
contato entre eles. anticárie do flúor e reduzir os riscos de
desenvolvimento de fluorose dentária.
Em caso dE doEnça:
Ofereça mais peito se estiver mamando. Faça as comidas preferidas da criança e dê mais vezes ao dia.
Limpe o nariz, se estiver entupido ou escorrendo, dificultando a alimentação. Aumente pelo menos uma refeição até o final da doença.
36 En si n ar a M ã e
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Recomendar
a mãe, pai ou responsável pelo cuidado
sobre a alimentação durante a doença
Recomendar que aumente a quantidade de líquidos durante a doença
Recomendar
a mãe, pai ou responsável pelo cuidado sobre a alimentação
da criança com peso muito baixo
Essas dietas são para crianças a partir de 6 meses ou para crianças acima de 4 meses que não
estão mais em aleitamento materno exclusivo
1 copo (200 ml) de leite 1 copo (200 ml) de leite 1 colher de sopa de frango, 4 colheres de sopa de arroz, ou
adequado para a idade adequado para a idade ou peixe, ou carne de caça, macaxeira, ou cará, ou
ou ovo, ou outra fonte batata-doce ou outros
de proteína cozida alimentos cozidos
1 colher de sopa de
óleo vegetal VEGETAL
1 colher de sopa 1 colher de sopa
de açúcar de açúcar Acrescentar caldo de feijão
1 copo de água limpa fervida até completar 200 ml (1 copo)
(do cozimento da cenoura)
Se utilizar fubá ou outro farináceo, cozinhe por 5 minutos O feijão deve ser deixado de molho de um dia para o outro
na água do cozimento da cenoura/abóbora/pupunha/ e essa água deve ser descartada. Esse procedimento reduz
Misture bem todos os Misture bem todos os
pequi ou outros. Em seguida, acrescente os outros o fitato, substância encontrada principalmente em
ingredientes em um prato/tigela. ingredientes em um prato/tigela
ingredientes e deixe cozinhar por mais 2 minutos. sementes e grãos, que diminuem a absorção de minerais
Se necessário, complete com água limpa até 200 ml. como ferro, magnésio e zinco no organismo.
obs.: o acréscimo do açúcar é para aumentar o aporte calórico da dieta. Para crianças Ofereça 6 refeições ao dia, garantindo que a criança receba:
que ainda não introduziram o açúcar na dieta, deve-se restringir o uso. PEso dE criança QuantidadE diária QuantidadE Por rEfEição
Se for utilizar leite em pó, primeiro faça a diluição de duas colheres de sopa (30 g) de leite
em pó em um copo de água fervida (200 ml). 3 kg a 5 kg 600 ml 100 ml = 1/2 copo
Para o preparo, misturar bem todos os ingredientes em um recipiente. 6 kg a 10 kg 800 ml 140 ml = 2/3 copo
As dietas devem ser variadas no mesmo dia ou de um dia para o outro, para a criança
não enjoar. Os ingredientes das dietas podem ser substituídos por alimentos regionais, 11 kg a 14 kg 1.200 ml 200 ml = 1 copo
adaptando à realidade local. Nas preparações salgadas, pode-se utilizar ervas e Obs.: quantidade necessária a ser oferecida. Se a criança não deixar sobras no prato,
temperos naturais, como: alho, cebola, cebolinha, coentro, salsa e outros. aumentar a quantidade oferecida de acordo com a sua aceitação. A criança deve ser
alimentada logo após o preparo. Se sobrar (restos), não deve ser oferecido posteriormente.
Se a criança ainda mama, ofereça o peito após
as refeições se a criança quiser. Voltar imediatamente se a criança recusar a comida.
38 En si n ar a M ã e
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Recomendar
a mãe, pai ou responsável pelo cuidado sobre como tratar a
diarreia persistente
“Se seu filho está com diarreia há 14 dias ou mais, ele tem diarreia persistente: Neste caso:”
Se ainda mama no peito, ofereça-o mais vezes.
Se já come outros alimentos, aumente o número de refeições e diminua gradativamente a oferta do leite usado
como complemento e dar mucilagem de arroz.
Prepare a mucilagem de arroz:
Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a respeito da prática de atividade física
pela criança
Estimular a criança a realizar atividades aeróbicas por, no mínimo, 60 minutos, pelo menos quatro vezes por
semana.
Limitar o tempo de atividades sedentárias a duas horas diárias e incentivar as crianças a fazer intervalos de cinco
minutos a cada 30 minutos que passem diante da televisão, jogos eletrônicos ou computador.
40 En si n ar a M ã e
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Recomendar
a mãe, pai ou responsável pelo cuidado a respeito das medidas
preventivas
Devem-se aproveitar todas as oportunidades de contato com a mãe para discutir sobre medidas preventivas sobre:
Meios de transmissão de doenças.
Alimentação adequada.
Água de boa qualidade.
Higiene pessoal e do ambiente.
Imunização.
Cuidados individuais
Manter acompanhamento médico periódico.
Atividades físicas.
Consulta de retorno
Pneumonia
Depois de dois dias: Tratar:
Avaliar a criança quanto aos sinais gerais de perigo e Se houver tiragem subcostal ou estridor em
quanto à tosse ou à dificuldade de respirar, utilizando o repouso ou algum sinal geral de perigo, a criança
formulário de registro. piorou. Referir urgentemente ao hospital após
dar uma dose do antibiótico recomendado e os
Perguntar ainda: tratamentos urgentes.
A criança está respirando mais lentamente? Se a frequência respiratória continua inalterada,
Está apresentando febre? não tem febre e aceita sua alimentação, manter
A criança está se alimentando? ou mudar para outro antibiótico recomendado,
orientando à mãe para retornar em dois dias
ou referir.
Se a respiração estiver diminuída, não tem febre
e aceita sua alimentação, completar os sete dias
de antibiótico.
Perguntar também:
A criança está respirando melhor? Parou a sibilância (chiado)? Melhorou da tosse?
42 Con su lta d e Re to r n o
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Consulta de retorno
Tratar:
Se houver sinais de crise grave ou sinais gerais de Se o quadro se mantém inalterado, referir ao hospital
perigo, a criança piorou. Referir urgentemente ao para investigação de causa da perpetuação do quadro
hospital após dar uma dose do antibiótico recomendado Se a crise melhorou, a respiração está mais lenta, melhorou
e os tratamentos urgentes. da sibilância: completar os cinco dias de beta-2 adrenérgico
inalatório e, se for o caso, também o corticoide via oral.
Diarreia persistente
Depois de cinco dias:
Avaliar a criança quanto aos sinais gerais de perigo e quanto à diarreia, utilizando o formulário de registro.
Perguntar também:
A criança melhorou?
Quantas vezes por dia está evacuando?
Determinar o peso.
Tratar:
Se a diarreia não tiver terminado (a criança continua cuidado que continue a seguir as orientações
com três ou mais evacuações amolecidas por dia), para alimentação habitual para a idade da criança.
fazer nova avaliação completa da criança. Dar o As crianças em convalescência devem receber
tratamento necessário e, se apresentar perda de peso, suplementação de polivitaminas (ácido fólico, e
referir ao hospital. Caso a criança não tenha perdido vitamina A caso não tenha tomado nos últimos
peso, marcar retorno em cinco dias. quatro meses) e sais minerais (zinco, cobre e
Se a diarreia tiver melhorado (a criança com magnésio). Completar os dez dias de tratamento
evacuação amolecida menos de três vezes ao com zinco oral.
dia), Recomendar a mãe, pai ou responsável pelo
Consulta de retorno
Disenteria Doença febril em área sem
Depois de dois dias: risco de malária
Avaliar a criança quanto aos sinais Consultar o Depois de dois dias, se a febre persistir, fazer uma
gerais de perigo e quanto à diarreia, Quadro “Avaliar reavaliação completa da criança, utilizando formulário de
utilizando formulário de registro. e Classificar”. registro, e determinar se há outra causa para a febre.
Perguntar:
As evacuações Está apresentando Se houver sinais gerais de perigo, fontanela
diminuíram? febre? abaulada, presença de petéquias ou rigidez de
Há menos sangue nas A criança está se nuca, a criança piorou. Referir urgentemente
fezes? alimentando melhor? ao hospital após dar uma dose do antibiótico
recomendado e os tratamentos urgentes.
Tratar: Se a criança apresentar qualquer outra causa para
Se a criança estiver desidratada, tratar a a febre, tratar.
desidratação. Se a febre persiste há mais de cinco dias, referir
Se o número de evacuações, a quantidade de para avaliação.
sangue nas fezes continuarem iguais ou estiverem
piores, surgir febre e/ou não estiver se alimentando:
iniciar a antibioticoterapia recomendada contra
Shigella.
Se a criança estiver pior e já em uso de antibiótico:
1) Em menores de 1 ano de idade, referir a criança;
2) Em maiores de 1 ano, em uso de sulfametoxazol +
trimetoprim, mudar para ceftriaxone; 3) Em maiores
de 1 ano, em uso de ceftriaxone, referir a criança.
Se estiver evacuando menos, menos sangue nas
fezes, sem febre, se estiver se alimentando e
em uso de antibiótico, continuar a dar o mesmo
antibiótico até terminar o tratamento.
44 Con su lta d e Re to r n o
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Consulta de retorno
Malária Possível infecção aguda do ouvido
Depois de dois dias:
Depois de três dias:
A febre desapareceu: completar tratamento. Avaliar sinais gerais de perigo.
A febre persiste ou se a febre retornar dentro de Reavaliar o problema de ouvido, utilizando formulário
14 dias: fazer uma reavaliação completa da criança. de registro.
Consultar o Quadro “Avaliar e Classificar”.
Se houver sinais gerais de perigo, fontanela abau- Tratar:
lada, presença de petéquias ou rigidez de nuca: Se sinais gerais de perigo, tumefação e/ou
referir urgentemente ao hospital. vermelhidão dolorosa ao toque atrás da orelha,
a criança piorou. Referir urgentemente ao hospital
Repetir exame da gota espessa ou teste rápido: após dar uma dose do antibiótico recomendado e
Se o exame for negativo, investigar e tratar outras os tratamentos urgentes.
causas para a febre. Caso não possa resolver na Se a dor de ouvido persiste e não for possível
unidade de saúde, referir a criança ao hospital. realizar a otoscopia: caso o quadro tenha ficado
Se o exame for positivo para o mesmo tipo de Plas- inalterado ou apresentado piora, encaminhar para
modium, verificar se tomou corretamente a me- avaliação e realização de otoscopia.
dicação ou se apresentou diarreia ou vômitos. Se Caso tenha apresentado melhora da dor, manter
ocorreram essas situações, reiniciar tratamento. Se a conduta.
feito corretamente, pode significar que a criança
tenha uma malária resistente, devendo ser encami-
nhada para um Centro de Referência para Trata-
mento de Malária.
Se o exame der positivo para outra espécie de
Plasmodium, iniciar esquema recomendado para
malária mista (P. falciparum e P. vivax).
Consulta de retorno
Infecção aguda do ouvido
Depois de dois dias:
Avaliar quanto aos sinais gerais de perigo e reavaliar o problema de ouvido, utilizando o formulário de registro.
Tratar:
Se houver sinais gerais de perigo, tumefacção e/ou vermelhidão dolorosa ao toque atrás da orelha, ou febre
alta (38,5ºC ou mais), a criança piorou. Referir urgentemente ao hospital após dar uma dose do antibiótico
recomendado e os tratamentos urgentes.
Se a dor de ouvido e febre persistem, em uso a Amoxicilina: aumentar a dose de Amoxicilina para 80 mg/kg/
dia de 12/12 horas na formulação BD ou iniciar amoxicilina com ácido clavulânico, e retornar em 48 horas para
controle. Continuar secando o ouvido com mechas, se for o caso. No segundo retorno, se persistir sem melhora,
referir a criança.
Se não houver dor de ouvido nem secreção, elogiar a mãe pelo tratamento cuidadoso dispensado e terminar o tratamento.
Tratar:
Se sinais gerais de perigo, tumefacção e/ou vermelhidão dolorosa ao toque atrás da orelha, ou febre alta (38,5ºC
ou mais), a criança piorou. Referir urgentemente ao hospital após dar uma dose do antibiótico recomendado
e os tratamentos urgentes.
Se houver secreção, assegurar que a mãe esteja secando corretamente o ouvido com mechas. Em caso positivo,
referir então, para avaliação especializada.
Se não houver secreção, elogiar a mãe pelo tratamento cuidadoso dispensado.
46 Con su lta d e Re to r n o
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Consulta de retorno
Infecção moderada de garganta
Depois de dois dias:
Avaliar a criança quanto aos sinais gerais de perigo e determinar se tem dor de garganta, utilizando o formulário de
registro.
Perguntar também:
A dor de garganta desapareceu?
Tratar:
Se houver algum sinal geral de perigo, abaulamento de palato ou presença de membranas branco-acinzentadas,
a criança piorou. Referir urgentemente ao hospital após dar uma dose do antibiótico recomendado e os tratamen-
tos urgentes.
Se no exame da garganta, os gânglios cervicais continuam inalterados, mudar para outro antibiótico recomen-
dado e orientar a mãe/pai/acompanhante para retornar em dois dias ou referir. Caso não tenha usado penicilina
benzatina na primeira consulta, fazer agora.
Se a dor de garganta desapareceu, a criança está melhor. Se está usando amoxicilina, completar os dez dias de
antibiótico.
Problemas de alimentação
Depois de cinco dias:
Avaliar sinais gerais de perigo. Orientar mãe/pai/acompanhante com respeito a
Reavaliar a alimentação. Consultar as perguntas da parte quaisquer problemas de alimentação novos ou
superior do Quadro “Aconselhar a mãe/acompanhante”. persistentes. Se foi aconselhado fazer mudanças
Perguntar sobre quaisquer problemas de alimentação de alimentação importantes, recomendar para
constatados na primeira consulta. voltar para nova consulta em cinco dias.
Consulta de retorno
Peso baixo ou ganho de peso insuficiente
Depois de 14 dias:
Avaliar sinais gerais de perigo.
Pesar a criança e determinar se está ganhando peso ou não.
Tratar:
Se a criança está ganhando peso, elogiar a mãe e incentivá-la a continuar.
Se mantiver o peso, indagar se as orientações do Quadro “Aconselhar a mãe/acompanhante: recomendações para
a alimentação da criança (saudável ou doente)” estão sendo seguidas. Reforçar a orientação. Retornar em 14 dias.
Se estiver perdendo peso, apesar de estar seguindo todas as orientações quanto à alimentação, referir ou
acompanhar a criança mais frequentemente.
48 Con su lta d e Re to r n o
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Consulta de retorno
Anemia
Depois de 14 dias:
Avaliar sinais gerais de perigo.
Perguntar se a criança está tomando o sulfato ferroso como foi indicado.
Se estiver tomando:
Dar mais sulfato ferroso e orientar a mãe a retornar em 14 dias para receber mais ferro.
Manter o sulfato ferroso por mais dois meses, com reavaliação mensal, até completar três a quatro meses de
tratamento.
Se não estiver tomando sulfato ferroso (geralmente porque a criança apresenta desconforto abdominal ou
diarreia):
Reduzir a dose do sulfato ferroso pela metade. Recomendar para retornar em 14 dias para receber mais ferro.
Manter o ferro durante quatro meses, com reavaliações a cada 30 dias.
Reforçar a orientação sobre alimentos ricos em ferro.
Se a criança ainda tem palidez palmar depois de dois meses, referir a criança.
Peso elevado
Depois de 14 dias:
Avaliar sinais gerais de perigo.
Pesar e medir a criança e determinar se está perdendo peso ou não.
Avaliar a alimentação.
Avaliar a prática de atividade física pela criança.
Tratar:
Se estiver perdendo ou mantendo peso, elogiar a mãe e a criança e incentivá-las a continuar. Retornar em 14 dias.
Se estiver ganhando peso, indagar se as orientações a cerca da alimentação e da atividade física estão sendo
seguidas. Reforçar a orientação. Retornar em 14 dias.
Exceção:
Caso o peso/idade esteja acima de escore z +3, referir para atenção especializada em obesidade infantil.
Avaliar o desenvolvimento
Observar e verificar 2 A 4 MESES: 4 A 6 MESES: 6 A 9 MESES: 9 A 12 MESES:
Verifique o perímetro cefálico.
Observe o desenvolvimento da criança Resposta ativa ao Busca ativa de Brinca de esconde Imita gestos.
conforme a faixa idade. contato social objetos. –achou. Faz pinça.
Segura objetos. Leva objetos a boca. Transfere objetos de Produz jargão.
Determine se há fatores de risco ou alterações Ri alto (gargalhada). Localiza o som. uma mão para outra. Anda com apoio.
no exame físico. De bruço levanta a Muda de posição Duplica sílabas.
cabeça, apoiando-se ativamente (rola). Senta sem apoio.
Fatores de risco Alterações no exame nos antebraços.
Ausência ou pré- físico 12 A 15 MESES: 15 A 18 MESES: 18 A 24 MESES: 2 ANOS A 2 ANOS
E 6 MESES:
-natal incompleto. Perímetro cefálico Mostra o que quer. Usa colher ou garfo Tira roupa.
Problemas na <-2 ZS e/ou >+2 ZS Coloca blocos na para alimentar-se. Constrói torre de três Veste-se com
gestação, no parto Presença de caneca. Constrói torres de cubos. supervisão
ou no nascimento da alterações Diz uma palavra. dois cubos. Aponta duas figuras. Constrói torres com
criança. fenotípicas. Anda sem apoio. Fala três palavras. Chuta a bola. seis cubos
Anda para trás. Forma frases com
Prematuridade. Fenda palpebral duas palavras
Peso abaixo de oblíqua. Pula com ambos os
2.500g. Olhos afastados. pés.
Icterícia grave. Implantação baixa de
Hospitalização no orelhas. 2 ANOS E 6 MESES 3 ANOS A 3 ANOS E 3 ANOS E 6 MESES 4 ANOS A 4 ANOS E
período neonatal. Fenda labial. A 3 ANOS: 6 MESES: A 4 ANOS: 6 MESES:
Doenças graves Fenda palatina.
Brinca com outras Veste uma camiseta Emparelha cores Veste-se sem ajuda
como meningite, Pescoço curto e/ou crianças Move o polegar com Copia círculos Copia cruz
traumatismo craniano largo. Imita uma linha a mão fechada Fala inteligível Compreende quatro
ou convulsões. Prega palmar única. vertical Compreende dois Pula em um pé só. preposições
Parentesco entre os Quinto dedo da mão Reconhece duas adjetivos Equilibra-se em cada
pais. curto e recurvado. ações Equilibra-se em cada pé por 3 segundos.
Arremessa bola. pé por 1 segundo.
Casos de deficiência
4 ANOS E 6 MESES
ou doença mental na A 5 ANOS:
família.
Fatores de risco Escova dentes sem
ambientais como ajuda
violência doméstica, Aponta a linha mais
comprida
depressão materna, Define cinco palavras
drogas ou alcoolismo Equilibra-se em um
entre os moradores pé por 5 segundos.
da casa, suspeita de
abuso sexual etc.
50 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Orientar
para promoção do desenvolvimento infantil
Características individuais
Fatores protetores (o que fazer) Fatores de risco (o que evitar)
Apoiar e amar a criança sempre (incondicionalmente).
Falta de atenção, carinho, amor e cuidados com a criança.
Elogiar a criança sempre que ela fizer algo corretamente ou estiver se
Autoritarismo demasiado com a criança.
esforçando.
Deixar a criança expressar suas vontades e desejos e respeitá-la. Superproteção da criança.
Dar oportunidade à criança para fazer coisas sozinha. Proibição excessiva (não deixar a criança experimentar coisas novas).
Realizar atividades com prazer e alegria. Falta de espaço para brincadeiras.
Criar ambientes, seguro, alegre e festivo. Valorizar situações negativas e trágicas.
Deixar a criança criar e brincar livremente. Limitação de estímulos no desenvolvimento da criança
Oferecer materiais (seguros) para a criança brincar. (crianças muitas horas pressa no berço ou no cercadinho).
Dar limites mediante o diálogo (para que a criança aprenda Regras rígidas ou severas (com uso de violência como justificativa
o que pode e não fazer). pedagógica).
Características familiares
O que fazer O que evitar
Conflitos familiares constantes.
Valorizar um ambiente familiar harmonioso e de confiança.
Violência intrafamiliar contra a criança
Saber escutar a criança e observar seu bem-estar.
(de natureza física, sexual, psicológica, negligência e/ou abandono).
Permitir espaço de convivência familiar intergerações
Exposição à violência parental.
(contar histórias da família).
Abandonar a criança no caso de morte ou separação de entes queridos.
Características comunitárias
O que fazer O que evitar
Resgatar e valorizar a importância da cultura local. Criança brincando em espaços lúdicos e lazer sozinha
Rede de cuidados e de proteção da criança atuante no território ou com pessoas desconhecidas
Gestores e comunidade com interesse pela criança. Falta de coesão e solidariedade na comunidade.
52 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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Avaliar e classificar
a possibilidade de violência
Observar se: Havendo qualquer lesão física ou fratura:
A criança expressa espontaneamente que sofre violência.
O(a) acompanhante expressa espontaneamente que a criança é Perguntar:
vítima de violência. Como se produziram os machucados/as feridas/os
Há evidência de alteração no comportamento da criança: ferimentos?
agressiva, muito assustada, retraída, apática, evita o contato visual Quando se produziram os machucados/as feridas/os
e/ou físico, apresenta condutas destrutivas ou autodestrutivas. ferimentos?
Há evidência de alteração no comportamento dos pais ou Há acidentes/ traumatismos frequentes?
cuidadores: indiferentes, descuidados, intolerantes, demonstram
atitudes violentas, tem atitudes depreciativas, agressivas ou na Determinar se:
defensiva. Há discrepância entre as lesões e a história/estágio de
desenvolvimento.
Verificar se há:
Lesões físicas sugestivas de violência física: Para todos os responsáveis:
Lesões bilaterais, simétricas, em diferentes estágios de
cicatrização, em áreas cobertas do corpo ou em regiões Perguntar:
posteriores, dorso das mãos, costas e glúteos, áreas internas dos Como ensinam/educam /dão limites para este filho(a)?
ombros, mamas e genitais. Como ensinam /educam/ disciplinam/dão limites aos
outros filhos?
Lesões físicas sugestivas de violência sexual: Como resolvem os problemas/conflitos familiares?
Na área genital e perianal: corrimento, secreção, sangramento,
lesões (lacerações, úlceras, verrugas, hematomas, equimoses, etc.) Se houver relato de agressões físicas ou psicológicas,
ou cicatrizes.
Determinar se:
Lesões físicas inespecíficas: Há ameaça à vida da criança.
Lesões localizadas em áreas expostas; em geral, são poucas e não
têm forma limitada, nem um padrão definido. Na área genital a Perguntar:
presença de hiperemia por monilíase ou dermatite das fraldas; Como o responsável justifica a agressão?
arranhaduras por prurido devido à infestação por oxiurus e
escabiose; e fissura anal devido à constipação.
• Qualquer relato de agressão física ou • Realizar o acolhimento/ a escuta da criança e/ou da família.
psicológica sem ameaça à vida, mas • Discutir em equipe multidisciplinar, se disponível no serviço ou na
responsável não reconhece a agressão. rede, e contatar a rede de proteção, se for necessário.
OU • Reforçar comportamentos positivos.
Dois ou mais itens: • Promover medidas preventivas.
• Comportamento alterado da criança SUSPEiTA DE • Reforçar o respeito e a garantia dos direitos da criança.
• Comportamento alterado dos ViOLÊNCiA • Realizar a notificação, mediante o preenchimento da ficha do MS.
responsáveis. • Comunicar ao Conselho Tutelar independentemente da
• Criança mal cuidada em sua higiene. confirmação fundamentada.
• Criança mal cuidada em sua saúde. • Reavaliar em sete dias.
• Lesões com história de traumas/acidentes • Encaminhar para UBS de residência, ambulatório ou Caps para
frequentes acompanhamento do caso.
54 Ava l i a r e C l a ssi f i c ar
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• Acompanhar a criança ou
• Receber crianças,
Realizar consulta clínica: • Preencher a ficha de adolescente e familia até
adolescentes e famílias anamnese, exame físico notificação. a alta, com planejamento
de forma empática e planejamento da conduta para • Encaminhar a ficha ao individualizado.
e respeitosa, por Sistema de Vigilância • Acionar a rede de cuidados
qualquer membro da de Violências e e proteção social existente
equipe. Violência física, sexual Violência psicológica Acidentes (Viva), da no território, de acordo
• Acompanhar o caso ou negligência/ • Avaliação psicológica. Secretaria Municipal com a necessidade de
e proceder aos abandono • Acompanhamento de Saúde (SMS). cuidados e de proteção,
encaminhamentos • Tratamento e profilaxia. terapêutico, de acordo • Comunicar o caso ao tanto na própria rede de
necessários, desde • Avaliação psicológica. com cada caso. Conselho Tutelar (CT), saúde (Atenção Primária/
a sua entrada no • Acompanhamento • Acompanhamento da forma mais ágil Equipes de Saúde da
setor Saúde até o terapêutico, de acordo pela Atenção Primária/ possível (telefone ou Família, hospitais, clínicas,
seguimento para a com cada caso. equipes Saúde da pessoalmente ou com ambulatórios, e Caps1
rede de cuidados e • Acompanhamento Família (eSF). uma via da ficha de ou Capsi2, UPA3 CTA4,
proteção social. pela Atenção Primária/ • Caps1; ou na rede de notificação). SAE5) quanto na rede de
• Adotar atitudes equipes de Saúde da proteção Cras3; Creas4/ • Anexar cópia da ficha proteção social e defesa
positivas e de proteção Família (eSF). escolas etc. ao pontuário/boletim (Cras6, Creas7, Escolas,
à criança ou ao • Caps1 ou Capsi2; SAE3 do paciente. Ministério Público,
adolescente. CTA4, ou pela rede de • Acionar o Ministério Conselho Tutelar e as Varas
• Atuar de forma conjunta proteção Cras5; Creas6/ Público quando da Infância e Adolescência,
com toda a equipe. escolas, ou outros necessário. entre outros).
complementares.
1
Centro de Atenção Psicosocial (Caps); 2 Centro de Atenção Psicosocial Infantil (Capsi); 3 Unidades de Pronto Atendimento (UPA); 4 Centro de Testagem e
Aconselhamento (CTA); 5 Serviço de Atenção Especializada (SAE); 6 Centro de Referência de Assistência Social (Cras); 7 Centro de Referência Especializado de
Assistência Social (Creas).
*A linha de cuidado tem início a partir do primeiro contato, independentemente do nível de atenção à saúde. Os serviços da rede de saúde devem esgotar
todos os recursos para oferecer os cuidados e a proteção de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências em todas as dimensões do
cuidado apresentadas neste diagrama.
Fonte: Brasil, 2010.
Anexo 1
Os dez sinais de alerta para suspeitar
de imunodeficiências primárias*:
1. Duas ou mais pneumonias no último ano.
56 Pr e v e n ç ão d e A c i d e nt es Domés t i cos
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Anexo 2
Prevenção de acidentes domésticos com criança
faixas Etárias
tiPos PrEvEnindo acidEntEs domésticos E cuidando da sEgurança da criança ZEro a 6 mEsEs 1a2 2a4 4a6 6 a 10
6 mEsEs a 1 ano anos anos anos anos
Nunca use talco; ajuste o lençol do colchão, cuidando para que o rosto do bebê não seja encoberto por lençóis,
sufocação
Mantenha produtos de limpeza (água sanitária, detergente) e/ou medicamentos fora do alcance da criança,
colocando-os em locais altos e trancados. Evite o acesso a produtos como venenos (para ratos, formigas,
mosquitos, moscas), e produtos inflamáveis (álcool e removedor de esmalte).
No banho, verifique a temperatura da água (ideal 37ºC); não tome líquidos quentes nem fume enquanto estiver
com a criança no colo.
cHoQuE ELétrico
Cerque o fogão com uma grade; use as bocas de trás; deixe os cabos das panelas voltados para o centro do fogão;
QuEimaduras/
Anexo 3
Prevenção de acidentes de transporte
faixas Etárias
(CTB).
trÂnsito
A criança nesta fase deve ser transportada em cadeira especial no banco de trás, voltada para a frente,
corretamente instalada, conforme orientação do fabricante (CTB)*.
A criança deve usar os assentos de elevação (boosters), com cinto de segurança de três pontos, e ser conduzido
sempre no banco traseiro (CTB).
A criança, após os 7 anos e meio, pode usar apenas o cinto de segurança de três pontos, no banco de trás do
carro. Só é permitido, por lei, sentar no banco da frente a partir dos 10 anos e com cinto de segurança (CTB).
Segure a criança pelo pulso, em locais com trânsito de veículos, evitando, assim, que ela se solte e corra em
atroPELamEnto
58 Pr e v e n ç ão d e A c i d e nt es d e Tra n s port e
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Anexo 4
Material de apoio “investigando as causas de desnutrição”
PASSO 1: Determine se a criança está doente ou se tem alguma doença crônica que pode ser a causa da magreza.
PASSO 2: Explique à mãe, pai ou responsável pelo cuidado que há muitas possíveis causas de desnutrição. Você vai fazer algumas perguntas
para entender melhor a situação da sua criança e com a sua ajuda determinar as possíveis causas do problema.
PASSO 3: Pergunte: “Está aceitando menos leite materno ou está comendo menos do que de costume?”.
Se a criança estiver passando por algum trauma (por exemplo, a morte de um familiar), entenda que
este pode ser o motivo para a falta de apetite. Avalie a situação e veja se é necessário, investigar as
causas da desnutrição ou se deve esperar uma próxima visita.
Se NÃO está comendo menos que o normal, não está enferma ou não apresentou algum trauma, passe para o PASSO 4.
PASSO 4: Faça perguntas sobre a alimentação da criança, segundo o seu grupo de idade, de acordo com os quadros abaixo.
Escute cuidadosamente as respostas da mãe e identifique as causas da desnutrição, tais como alimentação ou quantidade inadequada de alimento,
práticas inadequadas etc.
Após avaliar a alimentação recomendada para a idade da criança, avance para os passos 5 a 8.
Não aconselhe, aguarde até o final do Passo 8.
PASSO 8: Faça pergunta a respeito da saúde da criança. A criança adoece com frequência?
Costuma ter problemas respiratórios? Diarreia? Febre? Ficar internada em hospitais?
Se SIM, faça perguntas para conhecer melhor a situação. Aconselhe a mãe:
Faça perguntas sobre as condições sanitárias da família. A cerca de doenças recorrentes e como preveni-las. Especialmente as
Qual é fonte de água da família? É tratada ou fervida? diarreias, doenças respiratórias, parasitoses intestinais.
Como armazena a água em casa? Práticas seguras de manipulação dos alimentos (armazenamento,
Como mantém a comida? Como os alimentos são armazenados? lavagem das mãos e dos alimentos).
A criança recebeu tratamento para parasitose recentemente? Tratamento e armazenamento da água.
Higiene corporal. Forma e frequência da lavagem das mãos da mãe e da
Se NÃO, continue com o Passo 6 a seguir. criança.
Cuidados com a casa na prevenção de doenças respiratórias alérgicas.
PASSO 9: Avalie possíveis fatores sociais que possam afetar a saúde, a alimentação e os cuidados da criança.
Quem cuida da criança? O pai e a mãe moram com a criança? Discuta com o cuidador as possíveis formas para assegurar que a criança
Quantas crianças menores de 5 anos moram em casa? esteja recebendo alimentos adequados. Discuta sobre as formas de ajuda
Os pais são saudáveis? que podem estar disponíveis. Possíveis opções para melhorar os cuidados
Os pais dedicam tempo para a criança? Participam do cuidado da com a criança.
criança?
Há comida suficiente para alimentar a família? Se não, qual é o
principal problema?
PASSO 10
Identifique com a mãe as causas mais prováveis de desnutrição da criança.
Converse com a mãe sobre as causas da desnutrição da criança. Escute cuidadosamente de maneira que você identifique as causas que ela
reconhece.
“De acordo com as informações que você está me dando, parece que a magreza da criança está sendo causada por vários fatores, mas o emagrecimento
provavelmente está sendo causado por...”
PASSO 11
Aconselhe a mãe sobre como abordar as causas da desnutrição. Aconselhe sobre os problemas de alimentação verificados, segundo as recomendações
de alimentação descritas no Quadro Aconselhar a Mãe/Pai/Acompanhante a respeito da alimentação, de acordo com a faixa etária. Se a criança passar
para o próximo grupo de idade, dê as orientações do próximo grupo.
Discuta com a mãe sobre o que fazer para ajudar. Reconheça a situação e motive-a a tentar melhorar o crescimento da criança. Estabeleça metas com
a mãe que ela possa atingir. Faça perguntas para avaliar se ela entendeu o que deve fazer.
Defina com a mãe a próxima avaliação do crescimento.
Anexo 5
Material de apoio “investigando as causas de sobrepeso”
PASSO 1
Explique a mãe/pai/acompanhante que há muitas possíveis causas de sobrepeso. Você fará algumas perguntas a fim de entender melhor a situação
do seu filho e com a ajuda dela determinar as possíveis causas do problema.
PASSO 2
Faça as perguntas sobre a alimentação da criança de acordo com o seu grupo de idade, todavia não dê conselhos.
Perguntas para criança de até 2 anos de Aconselhe a mãe:
idade: Motive a mãe a manter exclusivamente o leite materno até os 6 meses e para continuar até os 2 ou
O seu bebê está mamando? Se SIM: mais.
Quais os alimentos complementares Dê alimentos complementares nutritivos, evite alimentos gordurosos, doces e cereais refinados.
que consome? Quantas vezes? Que Oriente de acordo com as recomendações para alimentação do seu grupo de idade. Fique atento
quantidade? Como prepara? para o tamanho das porções e o número de refeições.
A criança recebe algum tipo de fórmula Não obrigue a criança a comer.
ou leite? Os substitutos do leite materno devem ser preparados com a quantidade correta de água e não
Que tipo de leite está tomando? agregar açúcar, cereal ou outros ingredientes para engrossá-lo.
Quantas vezes ao dia? Ensine a mãe a preparar o leite artificial de forma correta.
Qual a quantidade? Como prepara? 500 ml de fórmula ou leite é suficiente quando a criança recebe também alimentos
Adiciona algo para engrossá-lo? complementares.
Perguntas para criança acima de 2 anos: Aconselhe a mãe acerca de uma alimentação saudável de acordo com o seu grupo de idade e também
O que come a criança normalmente para toda a família.
durante o dia? Quantas vezes? Que Dê três refeições e dois lanches nutritivos.
quantidade? Como prepara? Sirva porções pequenas, dependendo da idade, tamanho e nível de atividade física. Espere a
Que tipo de alimento básico a criança criança terminar sua porção antes de oferecer mais. Não obrigue a criança a comer. Crie ambientes
come? agradáveis durante a refeição.
A criança come? E com que frequência? Ofereça à família uma variedade de alimentos nutritivos. Modifique a preparação, se necessário,
Pastéis? Salgadinhos? Doces? afim de usar menos gordura e açúcar.
Refrigerantes? Manteiga, geleias, mel Sugira fonte não refinada de carboidratos. Ex: pão integral.
em grandes quantidades e com muita Limite o consumo de bebidas doces.
frequência? Limite o consumo de pastéis e doces.
Lanches com alto conteúdo energético? Evite lanches calóricos. Estimule frutas frescas e sucos naturais.
Como chips, salgadinhos, batata frita? Diminua a ingestão de alimentos fritos.
Carne gordurosa? Retire a gordura das carnes.
A criança come entre as refeições Limite o consumo de alimentos entre as refeições e os lanches programados.
frequentemente? Motive a criança a comer à mesa e a não comer vendo TV.
Senta-se à mesa para comer? Evite usar a comida como recompensa ou forma de acalmá-lo.
PASSO 3
Pergunte acerca de atividade física a toda criança a partir de 6 meses.
Perguntas: Aconselhe a mãe:
Quanto tempo o seu bebê passa no berço? Permita que o seu bebê engatinhe de forma segura.
Quantas horas o seu filho fica sem atividade física por dia? Dê oportunidades e o motive para jogos e movimentos ativos como
Quantas horas dedica vendo TV, ou jogando com computadores ou saltar, correr, marchar, andar de bicicleta etc.
vídeogame? Limite o tempo que passa vendo TV ou com jogos de videogames.
Que oportunidade o seu filho tem para brincar ao ar livre e a práticas Busque atividades físicas que a criança goste.
de atividades físicas? Envolva-a em tarefas caseiras como varrer, lavar, arrumar.
Motive o envolvimento familiar em atividades físicas regulares, por
exemplo: andar de bicicleta, caminhadas, jogos de futebol etc.
PASSO 4
Identifique com a mãe/pai/acompanhante as causas mais prováveis de sobrepeso do seu filho.
Peça a sua opinião acerca das causas de sobrepeso do seu filho. Escute cuidadosamente, de maneira que você conheça as causas que ela
reconhece.
PASSO 5
Aconselhe a mãe/pai/acompanhante acerca dos problemas identificados. Considere o que você aprendeu sobre a alimentação saudável para cada
grupo de idade, opções de comida e atividades físicas. Refira os conselhos previstos nas orientações para problemas de alimentação identificados
no Passo 2.
Pergunte: “O que você pensa que pode ser feito para ajudar o seu filho?”
Discuta com a mãe o que é possível fazer e quem pode dar ajuda e apoio. Reconheça sua situação e motive-a a tomar ações para melhorar o
crescimento do seu filho. Estabeleça metas com a mãe para poucas ações (duas a três) que ela possa por em prática.
Faça perguntas de confirmação para assegurar-se de que ela sabe o que fazer.
Defina com a mãe a data da próxima consulta.
64 I n v e st i g an d o C au sas de S ob repes o
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O Brasil está em consonância com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e com as conclusões das sociedades
médicas e científicas de todo o mundo, para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia.
Para menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 cm e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm.
Disponível em:
http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/pt,
http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/Preterm/Very_preterm_size_at_birth/
72 Ta be l a I n t e rg row t h – pa ra M ENI NA S
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74 Ta be l a I n t e rg row t h – pa ra M ENI NA S
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Disponível em:
http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/pt
http://intergrowth21.ndog.ox.ac.uk/Preterm/Very_preterm_size_at_birth/
76 Ta be l a I n t e rg row t h – pa ra M ENI NA S
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78 Pes o p o r I da d e M E N I NAS
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Há quanto tempo? ____dias Está: letárgica ou sempre agitada / normal com períodos de agitação
FR: _____rpm. Tem respiração rápida?
Primeira crise? Sim Não Verificar se há dificuldade respiratória: fala uma ou outra palavra;
Não consegue chorar/choro curto; fala/choro entrecortado
Em uso de broncodilatador adequadamente há 24h. Verificar se há tiragem: universal / subcostal
Verificar se há estridor /sibilância Sat O2: (≤ 90%) (91% – 95%)
Classificar a sibilância antes de tratar
A CRIANÇA ESTá COM DIARREIA? Sim Não
Há quanto tempo? _____dias Letárgica ou inconsciente? Inquieta ou irritada?
Há sangue nas fezes? Observar se os olhos estão fundos Sinal da prega: a pele volta ao estado
Oferecer líquidos à criança. A criança: anterior
• Não consegue beber ou bebe muito mal? • Muito lentamente (mais de 2 seg.)?
• Bebe avidamente, com sede? • Lentamente?
A CRIANÇA ESTÁ COM FEBRE? (dETERMINAdA pELA ANAMNESE/quENTE AO TOquE/ TEMpERATuRA ≥ 37,5ºC) Sim Não
Determinar o risco de malária: àrea sem risco Observar/palpar:
Área com risco: gota espessa/teste rápido, se positivo especifique:___________________________________________ Rigidez de nuca
Há quanto tempo? ______dias Petéquias
Se há mais de cinco dias: houve febre todos os dias? Sim Não Abaulamento de fontanela
A CRIANÇA ESTá COM ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? Sim Não
Está com dor de ouvido? Observar se há secreção purulenta no ouvido
Há secreção no ouvido? Palpe para determinar se há tumefação dolorosa atrás do ouvido
Se houver: há quanto tempo? ______ dias *use otoscópio sempre que possível
A CRIANÇA ESTá COM DOR DE GARGANTA? Sim Não
Verificar presença de gânglios cervicais aumentados e dolorosos
Observar a garganta: Presença de abaulamento de palato
Amígdalas com membrana branco-acinzentada
Amígdalas hiperemiadas com pontos purulentos ou petéquias em palato.
Presença de vesículas e/ou hiperemia de garganta
BCG HEP B PENTA1 VIP1 VORH1 PNM101 MNGC1 PENTA2 VIP2 VORH 2 PNM10² MNGC² PENTA3 VOP3 PNM10³
GRIPE FA HEP A TETRA V SRC MNG C(R) PNM10(R) VOP(R) DTP VARICELA
AVALIAR A ALIMENTAÇÃO dA CRIANÇA (se anemia, peso muito baixo, peso baixo, ganho de peso insuficiente, peso elevado, diarreia persistente ou menores de 2 PROBLEMAS DE
anos de idade) # Avalie a pega/posição na amamentação ALIMENTAÇÃO:
Está amamentando o seu bebê? Sim Não Se sim, quantas vezes em 24 horas? ________vezes Amamenta à noite? Sim Não
A criança recebe algum outro tipo de alimento ou líquidos? Sim Não
Se sim: Qual? _________________________________________________________________
Como prepara?________________________________________________________________
Que quantidade? ________________________ Quantas vezes/dia? _____vezes. Como oferece? Mamadeira Copo Colher
Recebe sua própria porção? Sim Não Quem alimenta a criança?___________________________________________
Durante a doença, houve mudança na alimentação? Sim Não Se houve, quais?__________________________________________________
AVALIAR A PRáTICA DE ATIVIDADE FíSICA PELA CRIANÇA (SE PESO ELEVADO PARA A IDADE/ RISCO DE SOBREPESO)
Quantas vezes por semana pratica atividade física? ____vezes. Por quanto tempo? ________
Permanece quanto tempo por dia assistindo televisão ou utilizando videogame, computador ou telefone? _________
Avaliar o desenvolvimento (ver Caderneta da Criança / Manual de Quadros)
Avaliar possibilidade de violência (ver Manual de Quadros)
Avaliar outros problemas e as doenças de notificação compulsória:
TRATAR:
Equipe Técnica
Manual Aidpi Criança
82 Eq u i p e Téc n i c a
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ISBN 978-85-334-2502-6
9 788533 425026
MINISTÉRIO DA
SAÚDE