Celina Transgenicos e Fortif Corrig

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS
PROFESSORAS: Dra Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo
Dra Theides Batista Carneiro

NOTA: 1,75

ROTULAGEM DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E


FORTIFICADOS/ENRIQUECIDOS
CELINA NUNES CRUZ

TERESINA
JULHO/2022 0,05
CELINA NUNES CRUZ

ROTULAGEM DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E


FORTIFICADOS/ENRIQUECIDOS
Estagiárias Docentes: Anne Rafaele da Silva Marinho
Carulina Cardoso Batista
Dayane Dayse de Melo Costa
Francisca Rayane Oliveira de Sousa

0,05
TERESINA
JULHO/2022
0,4

1. INTRODUÇÃO
Os transgênicos são organismos geneticamente modificados (OGM) de
origem vegetal, animal ou microbiana, nos quais o material genético sofreu
alterações por meio da engenharia genética pela inserção de sequências exógenas
de ácido desoxirribonucleico (ADN). A legislação brasileira define os alimentos
transgênicos como sendo todo produto final que contenha 1% ou mais de
ingredientes em sua composição advindos de seres vivos manipulados em
laboratório, que tiveram características suprimidas ou super-expressadas com o
intuito de obter, por exemplo, maior rendimento, resistência ou valor nutricional,
independentemente de sua cadeia produtiva (CONDESSA et al, 2020).
Esse processo, permite o enriquecimento vitamínico da composição da planta,
o que lhe fornece maior resistência e tempo de duração para o consumo. No
entanto, não se tem certeza dos efeitos desses procedimentos em relação à saúde
do homem. Existem relatos que relacionam o consumo dos alimentos transgênicos
com o surgimento de alergias e outros problemas de saúde. Portanto, há muita
discussão e polêmicas no meio acadêmico, envolvendo o uso e manuseio dos
OGMs. (PEREIRA, MARTINS 214).
O Decreto n° 4.680/2003 regulamenta a rotulagem dos alimentos transgênicos
no Brasil. No decreto, o consumidor deve ser informado sobre a presença de
transgênicos sempre que o produto apresentar concentração superior a 1% de
OGM, devendo constar no rótulo o símbolo definido pelo Ministério da Justiça,
juntamente com as informações: produto transgênico ou contém (nome do
ingrediente) transgênico. Em 2016, o Supremo Tribunal Federal estabeleceu que,
independentemente do teor, os alimentos que contêm transgênicos devem ser
identificados no rótulo. (CONDESSA et al, 2020).
Com base no art. 5º, inciso XIV da Constituição Federal e no Código de Defesa
do Consumidor, o direito da população ao acesso a informações sobre os
consumidores está plenamente garantido; assim é essencial atender também a uma
identificação de transgênicos em rótulos de alimentos, por sua vez se constitui na
medida adequada para Princípio da Precaução. Tal direito deve ser garantido
independente da segurança quanto aos riscos oferecidos pelo produto. A inclusão
de um consumidor com composição, permite o direito de consumo de informação, de
maneira adequada, de material que está disposto a consumir, o que escolher
escolhas e decisões de instrução) atende a necessidade do consumidor que
pertence a um grupo de risco de consumir produtos que não deveriam por
prescrição médica, e pesquisas sobre os impactos na saúde. (CORTESE et
al,2021).
Os alimentos fortificados são aqueles que recebem adição de algum nutriente
como vitaminas e/ou minerais, ressaltando que para esses alimentos possam assim
ser designados devem fornecer no mínimo 60% na dose média diária ingerida, da
dose diária recomendada para adultos. Dessa forma, a fortificação de alimentos
com micronutrientes é uma tecnologia válida para diminuir a desnutrição como parte
de uma abordagem baseada em alimentos quando e onde os suprimentos
alimentares existentes e o acesso limitado não conseguem fornecer níveis
adequados na dieta (MATOS, 2017).
No Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (A NVISA),
alimentos enriquecidos ou fortificados são aqueles onde um ou mais nutrientes são
adicionados, contendo no máximo 15% e 30% da RDA em 100g ou 100ml em
sólidos e líquidos, respectivamente. Alimentos adicionados de nutrientes essenciais
fornecem de 7,5 a 15% da RDA sendo adicionado em 100g ou 100ml de alimentos
sólidos ou líquidos podendo estar presente no rótulo, neste caso, a alegação de
“Fonte” ressaltando que os alimentos “fonte” não atingem os percentuais de adição
dos alimentos enriquecidos. (SARTOR, 2017)
O objetivo da prática foi comparar os rótulos de alimentos que contenham
ingredientes transgênico e alimentos fortificados/enriquecidos com legislação
vigente.
0,3

2. METODOLOGIA
A aula prática foi realizada no Laboratório de Bromatologia e Bioquímica dos
Alimentos, localizado no departamento de Nutrição, da Universidade Federal do
Piauí – UFPI. Os materiais utilizados foram: 2 marcas de Milho em conserva, 2
marcas de salgadinho de milho, amido de milho, farinha de trigo, 2 marcas de flocão
de milho, del Valle Kapo sabor morango, pão de forma artesano, mini biscoito
integral de maizena, sabor cacau.
Primeiramente realizou-se a leitura dos rótulos dos alimentos expostos por
cada grupo, analisando cada informação contida no rótulo, em seguida analisou-se
os ingredientes e as informações nutricionais dos alimentos transgênicos e
fortificados/enriquecidos, bem como verificando se os mesmos estão com a
rotulagem em conformidade com a legislação vigente ou não.
0,7

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES DISCUSSÃO

A seguir, imagens de alguns alimentos transgênicos analisados de acordo


com as especificações no rótulo de cada um e a legislação vigente.
Imagem 1.
OCULTAR NOME DA MARCA

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 2.

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 3.

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 4.

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 5.

Fonte: Dados da pesquisa.


De acordo com a legislação Brasileira específica para a rotulagem de
transgênico, o Decreto n° 4.680 de 24/04/2003 todo alimento ou ingrediente
alimentício que contenham, ou sejam produzidos a partir de organismos
geneticamente modificados, com presença acima do limite de 1% do produto,
devem informar a natureza transgênica desse produto ao consumidor. (NUTRI
MI, 2020).
Essa informação deve estar no painel principal do rótulo através de uma
das seguintes expressões: “Contém (nome do ingrediente ou ingredientes)
transgênico(s)” “Produto produzido a partir de (nome do produto) transgênico”.
Além disso, a espécie doadora do gene deve estar junto à lista de ingredientes
do produto. A Portaria n°. 2658 de 22/12/2003 do Ministério da Justiça define o
símbolo que deve estar no Painel Principal do rótulo. A área ocupada pelo
símbolo transgênico deve representar no mínimo 0,4% da área do painel
principal. (NUTRI MI,2020).
Mediante ao exposto, quanto as informações contidas nos rótulos dos
alimentos transgênicos e a legislação vigente, nas imagens 1, 2 e 3, pudemos
observar que a rotulagem se encontra de acordo com a legislação vigente, pois
o símbolo transgênico se encontra no painel principal do rótulo e a espécie
doadora do gene está especificada junto à lista de ingredientes. Já os alimentos
apresentados nas imagens 4 e 5, estão em desacordo com a legislação. O
alimento da imagem 4 apresenta o símbolo transgênico fora do painel principal
do rótulo, bem pequeno, além de não apresentar a espécie doadora do gene
junto a lista de ingredientes, já o alimento da imagem 5, apesar de apresentar o
símbolo transgênico de forma correta, não informa a espécie doadora do gene
junto a lista de ingredientes. DIVIDIR MAIS OS PARÁGRAFOS, MUITO GRANDE

A fortificação, enriquecimento ou simplesmente adição é um processo no qual


é acrescido ao alimento, dentro dos parâmetros legais, de um ou mais
nutrientes, contidos ou não naturalmente neste, com o objetivo de reforçar seu
valor nutritivo e prevenir ou corrigir eventuais deficiências nutricionais
apresentadas pela população em geral ou de grupos de indivíduos. (MARQUES
et al, 2012).
A seguir, imagens de alguns alimentos fortificados/enriquecidos analisados
de acordo com as especificações no rótulo de cada um e a legislação vigente.
Imagem 1

Fonte: Dados da pesquisa


Imagem 2

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 3.

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 4.

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 5.

Fonte: Dados da pesquisa.


Imagem 6.

Fonte: Dados da pesquisa.


Os alimentos enriquecidos de vitaminas e/ou sais minerais, deverão
trazer no rótulo a expressão “Enriquecido de vitaminas" ou vitaminado" e,
"Enriquecido de sais minerais “ou “Enriquecido de minerais". Os alimentos
enriquecidos de aminoácidos específicos, deverão trazer no rótulo a expressão
"Enriquecido de ... (nome dos aminoácidos adicionados) (MARQUES et al,
2012).
No alimento da imagem 1, farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido
fólico, apresenta rótulo que indica 2,1 mg de Ferro em 50 g do produto, que se
encontra em acordo com as resoluções da legislação vigente, cumpre os
requisitos obrigatórios descrevendo: denominação do produto, lista de
ingredientes, conteúdo líquido, identificação da origem, instruções de preparo
(quando necessário), prazo de validade e lote.
O produto contido na imagem 2, salgadinho de milho fortificado, também se
encontra de acordo com a legislação, já o salgadinho de milho apresentado na
imagem 3, apesar de ser um produto feito a base de um alimento enriquecido,
não consta essa informação no rótulo principal, apenas na lista de ingredientes,
o produto apresenta um alto teor de sódio. O mesmo ocorre com os alimentos
contidos nas imagens 4 e 6, são produtos feitos a partir de um alimento
enriquecido, onde não consta essa informação no rótulo principal, apenas na
lista de ingredientes, ambos possuem um alto teor de sódio. O produto contido
na imagem 5, é um produto enriquecido com vitaminas, informação não contida
no rótulo principal e não contém a quantidade de açúcar na tabela nutricional,
presente na lista de ingredientes, estando em desacordo com a legislação
vigente.
CONCLUSÃO 0,2

Com base nos resultados obtidos, pode -se perceber a importância da clareza
da rotulagem dos produtos transgênicos, para atender plenamente a um direito do
consumidor de saber o que está comprando, bem como foi possível compreender
que a fortificação/enriquecimento de alimentos industrializados tem sido um dos
melhores processos para a correção das deficiências nutricionais, quando estas
estão de acordo com a legislação vigente.
0,05
REFERÊNCIAS FAZER DE ACORDO COM ABNT

RAYZA, CORTESE et al, Reflexões sobre a proposta de modificação da


rotulagem de alimentos transgênicos no Brasil, TEMAS LIVRES, Ciência &
Saúde Coletiva, 26(12): p. 6235-6246, dezembro de 2021.
NEGRITO
BÁRBARA, CONDESSA et al. ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: PERCEPÇÃO E
ACEITABILIDADE DA POPULAÇÃO TOCANTINENSE, Revista Desafios – v. 7, n.
3, p. 304-314, 31 de outubro de 2020.

PEREIRA, Celina de Souza. MARTINS, Wagner José Paiva, ALIMENTOS


TRANSGÊNICOS: um mal necessário? OS DESAFIOSDA ESCOLAPÚBLICA
PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE, v. 1, Versão online,
2014.

MATOS, Catarina da Silva. Segurança alimentar: fortificação alimentar e


aditivos. Tese de Doutorado. Brasil. 2017.

SARTOR, P. Análise de rótulos de alimentos comumente consumidos por pré-


escolares com ênfase na fortificação de micronutrientes. Dissertação. Brasil.
2018.

ROTULAGEM DE TRANSGÊNICOS: O QUE VOCÊ PRECISA SABER, NUTRI MI, a


qualidade do seu produto em 1º lugar, 24 de março de 2020. Disponível em:
https://nutrimialimentos.com.br/rotulagem-de-transgenicos-o-que-voce-precisa-saber/
Acesso em: 21 de julho de 2022.

MARINA, MARQUES et al, Fortificação de alimentos: uma alternativa para suprir


as necessidades de micronutrientes no mundo contemporâneo, HU Revista,
Juiz de Fora, v. 38, n. 1 e 2, p. 29-36, jan./jun. 2012.

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