Atividade de Revisão Oncologia

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Atividade de revisão – oncologia

Disciplina: Assistência de Enfermagem em Oncologia

Professora: Silmara Nunes Andrade

Discente: Lucimar Borges de Oliveira

Data: 30/09/2020

1) O enfermeiro deve auxiliar o paciente para que entenda e minimize os efeitos


secundários dos tratamentos radioterápicos, as condutas são:

- Promover atividades para modificar os fatores de risco identificados;

- Monitorar para efeitos adversos e efeitos tóxicos do tratamento;

- Fornecer informação ao paciente e à família sobre o efeito da radiação sobre as


células malignas;

- Monitorar quanto a alterações na integridade da pele e tratá-las apropriadamente;

- Discutir sobre a necessidade de cuidados à pele, como a manutenção de


marcações de contraste, evitar o uso de sabões e outras pomadas, e sobre a
proteção durante banhos de sol ou aplicação de calor;

- Monitorar quanto a indicações de infecção das membranas mucosas orais;

- Encorajar uma boa higiene oral com o uso de equipamentos de limpeza oral, como
fio dental que não se desfaça, escovas de dente sônicas, escovas de dente ou
limpadores elétricos, conforme apropriado;

- Iniciar atividades para restauração da saúde oral, como o uso de saliva artificial,
estimuladores de salivação, enxaguantes bucais sem álcool, pastilhas sem açúcar e
tratamentos com flúor, conforme apropriado;
- Orientar o paciente sobre a autoavaliação da cavidade oral, incluindo sinais e
sintomas a serem relatados para serem encaminhados para avaliação (p. ex.,
queimação, dor e sensibilidade);

- Orientar o paciente sobre a necessidade de acompanhamento dentário, pois cáries


podem surgir rapidamente;

- Monitorar o paciente quanto à anorexia, náusea, vômitos, mudanças no paladar,


esofagite, diarreia, conforme apropriado;

- Promover ingestão de líquidos e alimentos adequada;

- Promover uma dieta terapêutica para prevenir contra complicações;

- Administrar medicamentos conforme a necessidade para controlar os efeitos


adversos;

- Auxiliar o paciente a obter níveis adequados de conforto por meio do uso de


técnicas de manejo da dor que sejam efetivas e aceitáveis para o paciente;

- Orientar o paciente e a família sobre formas de prevenção da infecção, como evitar


aglomerações, utilizar boa higiene, técnicas para lavagem das mãos, conforme
apropriado;

- Monitorar quanto a sinais e sintomas de infecção sistêmica, anemia e


sangramentos;

- Orientar sobre precauções sobre neutropenias ou sangramentos, quando indicado;

- Facilitar a discussão com o paciente sobre receios sobre os prognósticos ou


sucesso dos tratamentos;

- Iniciar e manter o isolamento de acordo com o protocolo da instituição para o


paciente que recebe tratamento de radiação interna;

- Explicar o protocolo de isolamento para o a paciente, família e visitantes;

- Oferecer atividades que passam distrair o paciente que estiver em isolamento por
radiação;

- Limitar o tempo de visita ao paciente, conforme apropriado.


O enfermeiro deve também realizar a promoção da cura da lesão na mucosa oral,
com as seguintes condutas:

- Monitorar a condição bucal do paciente, incluindo características de


anormalidades;

- Monitorar alterações no paladar, na deglutição, na qualidade de voz e no conforto;

- Obter autorização de um profissional da saúde para realizar higiene oral, se


aplicável;

- Determinar a frequência necessária de cuidado oral, estimulando o paciente ou a


família do paciente a aderir a uma programação ou auxílio com os cuidados orais,
conforme necessário;

- Orientar o paciente a usar escova de cerdas macias ou esponja bucal descartável;

- Orientar o paciente no uso e tipo de fio dental;

- Administrar enxaguatório bucal para o paciente;

- Administrar medicação;

- Remover as próteses, incentivando o paciente a usá-las apenas para as refeições;

- Aplicar lubrificante para umedecer os lábios e mucosa oral, conforme necessário;

- Desencorajar o fumo e o hábito de mascar fumo;

- Desencorajar o consumo de álcool;

- Orientar o paciente ou a família do paciente sobre a frequência e qualidade de


cuidados adequados de saúde bucal;

- Orientar o paciente a evitar produtos de higiene bucal contendo glicerina álcool, ou


outros agentes desidratantes;

- Orientar o paciente a manter limpos as escovas de dente e outros produtos de


higiene bucal;

- Discutir a importância da ingestão nutricional adequada;


- Desestimular a ingestão de alimentos apimentados, salgados, secos, ásperos, ou
duros;

- Orientar o paciente a evitar alimentos que causem reação alérgica;

- Incentivar o paciente a aumentar a ingestão de água;

- Orientar o paciente a evitar alimentos e líquidos quentes, impedindo queimaduras e


irritação adicional;

- Orientar o paciente sobre os sinais e sintomas da estomatite, incluindo quando


relatar ao profissional da saúde;

- Providenciar encaminhamentos.

2) A enfermagem presta sempre aos pacientes uma assistência holística. As


consultas de enfermagem para pacientes oncológicos juntamente com os cuidados
de enfermagem, introduzidos com a sistematização dos atendimentos, trouxe muitos
benefícios aos pacientes, uma vez que direcionam o atendimento, estabelece
prioridades e condutas quem tem com finalidade a prevenção e também o controle
de possíveis sintomas inerentes ao tratamento em que o paciente é submetido.
Os cuidados de enfermagem podem acontecer através de orientações ao paciente e
seus familiares sobre determinados acontecimentos que podem estar associados ao
tratamento ou realização de procedimentos, ambos têm como finalidade uma
melhora no quadro geral do paciente, para que o mesmo possa seguir seu
tratamento da melhor forma possível, minimizando sofrimentos. O profissional de
enfermagem tenta se antecipar a possíveis problemas e estabelecer o diagnóstico
de enfermagem para traçar a melhor estratégia para minimizar ou mesmo anular
estes efeitos associados ao tratamento, com estes diagnósticos podem traçar
medidas que tenham uma melhor efetividade e que trazem uma melhora no quadro
geral do paciente.

3)

Característic Benignos Malignos


a
Diferenciação Assemelham-se ao tecido de São pouco diferenciados ou
origem e são bem completamente indiferenciados
diferenciados. (anaplasia)
Crescimento Crescem lentamente Crescem rapidamente
Invasão local São bem circunscritos e podem São poucos circunscritos e
possuir uma cápsula invadem o tecido normal
circundante
Metástase Permanecem localizados no São invasivos localmente e se
seu sítio de origem metastatizam para locais
distantes

4) Os indivíduos com câncer podem apresentar desconfortos resultantes da


presença, progressão ou evolução da neoplasia, das idiossincrasias ou iatrogenias
dos numerosos procedimentos diagnósticos invasivos ou não, das intervenções
terapêuticas e ou analgésicas e, também de morbidades concomitantes não
relacionadas ao câncer. A dor pode ocorrer nas fases aguda ou crônica da doença
(cicatrização, reabilitação, reintegração). A dor aguda apresenta duração equivalente
ao período esperado para a resolução de sua condição causal e a crônica, perdura
além do período esperado da resolução de sua causa ou ocorre em doentes com
doenças naturalmente crônicas como as oncológicas. A dor pode ser nociceptiva e
decorrer da ativação e sensibilização dos nociceptores tegumentares,
subtegumentares, músculo-esqueléticos ou viscerais ou da lesão das estruturas
nervosas do Sistema Nervoso Central (SNC) ou sistema nervoso periférico (SNP). A
dor psicogênica, atualmente considerada um dos muitos tipos de dores
neuropáticas, é de ocorrência rara. Em algumas situações há participação de
mecanismos neuropáticos e nociceptivos (síndrome complexa de dor regional,
síndrome fibromiálgica). Pode ser localizada ou generalizada, superficial ou
profunda, regional ou referida. Pode ser intensa, moderada ou fraca. A dor pode ser
constante, espontânea ou intermitente ou cursar com episódicos de dor aguda em
repouso ou apenas quando o doente é mobilizado ou manipulado (procedimentos
diagnósticos, cirurgias, fraturas, obstruções viscerais ou arteriais, acutizações da
doença). Em casos de lesão neuropática, podem ocorrer paroxismos de sensações
de choque, pontadas ou queimação nas regiões desaferentadas. Sua acutização
pode significar instalação de lesões novas ou tratamento inapropriado da dor pré-
instalada. Muitos doentes podem sofrer piora semanas, meses ou anos após a
completa recuperação das lesões, especialmente quando há lesão dos nervos
sensitivos ou do SNC. Cabe a equipe de enfermagem nos cuidados paliativos
realizar a redução do desconforto do paciente e de seus familiares visto que todos
os obstáculos que os mesmos poderão encontrar em aceitar a impossibilidade de
cura para a doença. Assim, os cuidados paliativos devem ser prestados para
proporcionar melhor qualidade de vida independente do avanço da doença. A
conservação do bom humor no ambiente onde pacientes sem alternativas
terapêuticas são assistidos, demonstra o conceito de bem-estar, além do bom
relacionamento interpessoal. O bom diálogo entre enfermeiro e paciente,
proporciona um bem estar para o paciente em meio a esse processo de finitude. Os
profissionais de enfermagem devem gerar cuidados que controlem a dor e demais
sinais e sintomas da patologia, visando oferecer uma assistência humanizada de
forma holística, além de propiciar conforto e aceitação tanto para o paciente quanto
seus familiares.

5) As possíveis intervenções de enfermagem para este caso são:

- Pesar diariamente e monitorar as tendências;

- Contar ou pesar fraldas, conforme apropriado;

- Manter um registro preciso de ingestão e eliminação;

- Monitorar resultados laboratoriais relativos à retenção de líquidos;

- Monitorar sinais vitais, conforme apropriado;

- Monitorar alimentos/líquidos ingeridos e calcular a ingestão calórica diária,


conforme apropriado;

- Administrar terapia endovenosa, conforme apropriado;

- Monitorar o estado nutricional;

- Oferecer líquidos, conforme apropriado;

- Promover a ingestão oral;

- Orientar o paciente quanto ao jejum, conforme adequado;


- Distribuir a ingestão de líquidos durante as 24 horas, conforme apropriado;

- Encorajar a pessoa significativa a auxiliar o paciente na alimentação, conforme


apropriado;

- Oferecer lanches, se adequado;

Pelo fato do paciente está em tratamento quimioterápico, são validas também as


seguintes ações:

- Determinar quais fármacos são necessários e administrar de acordo com a


autoridade e/ou protocolo prescrito;

- Monitorar a eficácia da modalidade de administração de medicamentos;

- Monitorar o paciente para o efeito terapêutico do medicamento;

- Monitorar os sinais e sintomas de toxicidade de fármacos;

- Monitorar o efeito adverso do fármaco;

- Monitorar para interações medicamentosas não terapêuticas;

- Ensinar o paciente e/ou familiares sobre a ação esperada e os efeitos colaterais


esperados do medicamento;

- Desenvolver estratégias para lidar com efeitos colaterais dos fármacos;

- Determinar o impacto do uso dos medicamentos no estilo de vida do paciente;

- Orientar o paciente quando procurar atendimento médico;

- Entrar em contato com o paciente e a família após a alta, conforme apropriado,


para responder perguntas e discutir as preocupações associadas ao esquema de
medicação;

- Incentivar o paciente a fazer exames de triagem para determinar os efeitos de


medicamentos.
 6) Flebite: geralmente ocorre quando há administração rápida de quimioterápicos
antineoplásicos ou administração em vias de pequeno calibre.

Extravassamento: é a infiltração de quimioterápicos antineoplásicos intravenosos


para os tecidos locais.

Anafilaxia: é decorrente da sensibilidade, ou seja, de uma reação alérgica imediata


ao início da administração da droga.

7) Precoces (0 a 3 dias):

Náuseas e vômitos: as náuseas e vômitos podem ocorrer tanto por irritação da


superfície do estômago, como pela ação dos quimioterápicos sobre o sistema
nervoso central. O controle da náusea é obtido pelo uso de medicamentos
específicos, os antieméticos, aplicados durante a quimioterapia e nos dias que se
seguem ao tratamento.

Flebite: Geralmente ocorre quando há administração rápida de quimioterápicos


antineoplásicos ou administração em vias de pequeno calibre.

Imediato (de 7 a 21 dias):

Anemia: Consiste na diminuição da concentração de hemoglobina e das células


vermelhas ou eritrócitos circulantes. A anemia grave a ponto de exigir transfusão
sanguínea raramente é causada apenas pelos antineoplásicos, estando em geral
associadas a outros fatores de risco, como deficiências nutricionais, invasão tumoral
da medula, radioterapia, cirurgia, idade, tratamentos anteriores, entre outros.

Mucosites: É a resposta inflamatória das mucosas oral e gastrointestinal à ação dos


fármacos antiblásticos. Caracteriza-se por hiperemia, edema, ulceração, dor,
sialorréia e, algumas vezes, hemorragias e infecção secundária.

Tardios (meses):

Imunossupressão: O risco de infecção relacionado ao tratamento pode levar ao


paciente a desenvolver um quadro de imunossupressão.

Nefrotoxidade: Interfere na depuração dos fármacos administrados ao paciente,


obrigando a um ajuste da dosagem administrada.

Ultra-tárdios (meses ou anos):

Infertilidade: Os antineoplásicos podem ocasionar disfunção reprodutiva, mas em


graus variáveis, dependendo do fármaco aplicado, da dose, da duração do
tratamento, do sexo, da idade e do tempo fora do tratamento. Alguns danos
reprodutivos podem durar enquanto perdurar o tratamento, enquanto outros podem
ser permanentes.
Sequelas no Sistema Nervoso Central: As complicações neurológicas relacionadas
com o tratamento quimioterápico ocorrem com maior frequência após o uso de
asparaginase e fármacos pertencentes ao grupo dos alcaloides de vinca, vincristina
e vimblastina, embora também possam ser observadas em pacientes tratados com
outros antineoplásicos.

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