03 Minerais Teorica

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MINERAIS

1. Introdução
Para estudar o planeta Terra é necessário conhecer as características dos materiais que o
constituem, especialmente os mais superficiais, acessíveis ao homem. Na superfície terrestre são
observados materiais inconsolidados (solos, areias de rios e praias) e rochas consolidadas,
ambos constituídos por associações mais ou menos características de minerais.
Mineralogia é a parte da Geologia que estuda a classificação e as propriedades dos
minerais. Seu conhecimento tem grande importância não só pela presença dos minerais na
formação das rochas, mas também pelo interesse econômico que certos minerais apresentam:
 ferro na metalurgia, nas indústrias de automóveis, barcos, aviões, na construção civil etc;
 cobre, alumínio, vanádio, níquel, urânio, zinco, chumbo e estanho nos processos de
aperfeiçoamento tecnológico;
 silício metálico (obtido através do quartzo) no revestimento externo dos ônibus espaciais para
evitar o superaquecimento das estruturas durante a reentrada na atmosfera terrestre;
 potássio, fósforo e nitrogênio na agricultura como fertilizantes minerais;
 ácido sulfúrico (pirita e enxofre), mercúrio (cinábrio), cromo (cromita) na indústria química;
 minerais como asbestos, cromita, zircão, magnetita, etc. nas indústrias de refratários e anti-
corrosivos; argilas e feldspatos na indústria cerâmica; diamante, rubi, esmeralda, etc. pedras
preciosas muito valorizadas pela raridade e beleza.
Os minerais de interesse econômico constituem uma pequena parcela dos diferentes tipos
de minerais que ocorrem na crosta terrestre, e a maioria dos minerais comuns não têm nenhum
valor comercial ou uso particular.

2. Definição de mineral
Minerais são elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de
certos limites, cristalizados e formados naturalmente por processos geológicos
usualmente inorgânicos, na Terra ou em corpos extraterrestres. A composição química e as
propriedades cristalográficas bem definidas do mineral fazem com que ele seja único dentro do
reino mineral e, assim, receba um nome característico.
Cada tipo de mineral, tal como o quartzo (SiO2) ou a pirita (FeS2), constitui uma espécie
mineral. Sempre que a sua cristalização se der em condições geológicas adequadas, a sua
organização atômica interna se manifestará em uma forma geométrica externa, com o
aparecimento de faces, arestas e vértices naturais. Nesta situação, a amostra do mineral é
designada também de cristal.
O termo rocha é usado para descrever uma associação de minerais que, por diferentes
motivos geológicos, acabam ficando intimamente agregados. Embora coesa e, muitas vezes dura,
a rocha não é homogênea. Ela não tem a continuidade física de um mineral e, portanto, pode ser
subdividida em todos os seus minerais constituintes. Portanto, o mineral é também a unidade
básica e fundamental de todas as rochas.
Já o termo minério é utilizado apenas quando o mineral ou a rocha pode apresentar uma
importância econômica. Um minério pode fornecer uma ou mais substâncias úteis. Um minério
tem uma composição mineral especial, pois nele estão presentes de forma concentrada minerais
que usualmente ocorrem dispersos na maioria das outras rochas. Por exemplo, a hematita (Fe2O3)
pode ser um mineral acessório em muitos tipos de rochas, mas num minério de ferro este mineral
está altamente concentrado, podendo ser praticamente a única fase mineral presente. No minério
associam-se dois tipos de minerais: o mineral-minério (também designado por mineral de
minério) que é o mineral que lhe confere valor econômico, e o mineral de ganga ou,
simplesmente, ganga, que não apresenta valor econômico. Assim, num minério de estanho em

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granito, a cassiterita (SnO2) é o mineral-minério, enquanto que os demais minerais presentes,
como feldspatos, quartzo e mica, constituem a ganga. Os conceitos de mineral-minério e ganga
não são absolutos, uma vez que um mesmo mineral pode passar de uma a outra categoria
conforme o depósito mineral considerado ou até pertencer a ambas categorias em um mesmo
minério.
Para conhecer mais sobre os minerais é necessário detalhar os principais conceitos
usados na definição apresentada.
Quanto à definição “...elemento ou composto químico com composição definida dentro de
certos limites...”
Poucos minerais têm uma composição química muito simples, dada por átomos de um
mesmo elemento químico, como ouro (átomos de ouro), enxofre (átomos de enxofre), diamante
(átomos de carbono). A grande maioria dos minerais é formada por compostos químicos
resultantes da combinação de diferentes elementos químicos e, sendo os minerais formados na
natureza, sua composição pode ser fixa ou variar dentro de limites bem definidos. No caso do
quartzo (SiO2), um átomo de silício (Si) se une a dois de oxigênio (O), qualquer que seja o
ambiente geológico em que o quartzo tenha sido gerado. Já na composição do mineral olivina
(Mg,Fe)2SiO4, formado geralmente em rochas do interior da terra, as relações que se mantêm
fixas são as proporções entre a soma das quantidades de Fe e Mg, com dois átomos, a
quantidade de Si, com um átomo, e a de O, com quatro átomos. Assim, a composição química
das olivinas pode variar entre dois átomos de Fe e zero de Mg e dois de Mg e zero de Fe, sempre
com um átomo de Si e quatro de O, formando uma série de minerais que constituem o Grupo das
Olivinas.
Quanto à definição “...cristalizado...”
O fato da definição de mineral destacar o termo cristalizado para essas substâncias
significa que eles têm um arranjo interno ordenado e tridimensional. Os átomos, íons ou moléculas
constituintes de um mineral encontram-se distribuídos ordenadamente, formando uma rede
tridimensional (o retículo cristalino), gerada pela repetição periódica de seus constituintes que já
têm as propriedades físico-químicas do mineral completo. Esta unidade que se repete é a cela
unitária, o “tijolo” que vai servir de base para a construção do retículo cristalino onde cada átomo
ocupa uma posição definida na cela unitária.

Figura 1 – Arranjo espacial dos íons


de Na+ e Cl- no composto NaCl
(halita) mostrando a cela unitária que
resulta no hábito cristalino em cubos
geralmente apresentado pelo mineral.

O hábito cristalino e a clivagem são duas propriedades físicas conseqüentes desta


organização interna. O hábito cristalino é a forma geométrica externa natural do mineral,
desenvolvida sempre que a cristalização se der sob condições calmas e ideais. A clivagem é a
quebra sistemática da massa mineral em planos preestabelecidos que reúnem as ligações
químicas mais fracas oferecidas pela estrutura do mineral. Na natureza, os cristais perfeitos dos
minerais são raros e geralmente os minerais se apresentam como massas irregulares, mas a
cristalinidade dessas amostras pode ser reconhecida através de suas propriedades ópticas.

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O mercúrio (Hg) – um elemento nativo – é o único líquido considerado espécie mineral. O
gelo formado naturalmente (nas calotas polares, por exemplo) é considerado mineral, mas a água
líquida não. Substâncias sólidas amorfas, tais como géis, vidros e carvões naturais, não são
cristalinas (isto é: não apresentam um arranjo interno ordenado) e, portanto, não satisfazem às
exigências da definição de mineral, e são designadas mineraloides.
Quanto à definição “...formado naturalmente...”
O termo “naturalmente” na definição de mineral implica que as substâncias devem ocorrer
espontaneamente na natureza. Substâncias sintéticas feitas em laboratórios ou os produtos
resultantes de combustão ou aqueles formados a partir de materiais artificiais, mesmo com a ação
do ar ou de água, não são considerados minerais, embora apresentem todas as características de
seus equivalentes naturais, e sua síntese possa ajudar a esclarecer os processos de formação
dos minerais nos diversos ambientes geológicos. Por exemplo, enquanto o rubi natural é mineral,
o rubi sintético não o é. Na prática, os compostos sintéticos recebem os mesmos nomes que os
equivalentes naturais; em alguns textos lê-se o termo “mineral sintético”, para especificar a sua
natureza.
Quanto à definição : “...processos “usualmente” inorgânicos...”
O uso do termo “inorgânico” na definição de mineral impede que as substâncias de origem
orgânica sejam minerais. A pérola, o âmbar, os recifes de corais e o carvão são algumas
substâncias biogênicas que, para muitos mineralogistas, não são consideradas minerais e são
classificadas como mineralóides (Teixeira et. al. 2000). No entanto, outros mineralogistas da
atualidade (Klein & Hurlbut 1993) preferem utilizar os termos “usualmente inorgânicos” e assim
incluir no mundo da mineralogia aquelas substâncias produzidas organicamente e que preencham
todos os outros requisitos de um mineral. O exemplo mais conhecido é o carbonato de cálcio das
conchas dos moluscos: tanto a concha da ostra quanto a pérola são constituídas em grande parte
por aragonita, idêntica ao mineral inorganicamente formado.
Embora várias formas de CaCO3 (calcita, aragonita) e monohidrocalcita (CaCO3.H2O)
sejam os minerais biogênicos (significando “minerais formados por organismos”) mais comuns,
muitas outras espécies biogênicas têm sido reconhecidas: opala (uma forma amorfa de SiO2),
magnetita (FeO.Fe2O3), fluorita (CaF2), vários fosfatos, alguns sulfatos, óxidos de Mn, pirita (FeS2)
e enxofre elementar (S) são exemplos de minerais que podem ser precipitados por organismos. O
corpo humano também produz minerais: apatita [Ca5(PO4)3(OH)] é o principal constituinte dos
ossos e dentes; fosfatos de cálcio (hidroxilapatita, carbonato-apatita), oxalatos de cálcio (que não
são incomuns no mundo mineral) e fosfatos de magnésio podem constituir concreções de matéria
mineral (cálculos) produzidas no sistema urinário.
Já o petróleo, carvão e âmbar, freqüentemente referidos como minerais combustíveis,
estão excluídos da definição de mineral. Apesar de serem formados naturalmente, não
apresentam uma composição definida e nem arranjo atômico ordenado. No entanto, camadas de
carvão, geologicamente submetidas a altas temperaturas, podem perder os seus hidrocarbonetos
voláteis e cristalizar o carbono residual na forma de um mineral, a grafita.

3. Origem dos Minerais


A origem de um mineral depende dos componentes químicos e das condições físicas
(temperatura e pressão) reinantes no seu ambiente geológico de formação. Assim sendo, minerais
originados no interior da Terra geralmente são diferentes dos minerais formados na sua superfície.
Um mineral pode se formar de diferentes maneiras:
 a partir de um material em estado de fusão – o processo de cristalização tem início com a
formação de um núcleo, um diminuto cristal, ao qual se agregam os materiais, com o
conseqüente crescimento do cristal. O estado cristalino pode ser conseguido pela passagem
da matéria do estado físico amorfo para o cristalino, em ambiente geológico quente, como na
cristalização de magma (material rochoso fundido).

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 a partir de material no estado de vapor – ocorre também pela condensação de materiais
rochosos em estado de vapor, quando os cristais se formam diretamente do vapor sem
passar pelo estágio líquido: a condensação de minerais a partir da nebulosa solar deve ter
sido um processo importante durante a formação dos planetas e, atualmente observa-se na
Terra a formação de cristais de enxofre a partir das fumarolas de atividades ígneas
vulcânicas.
 a partir de uma solução – a cristalização de substâncias a partir de soluções aquosas a baixas
temperaturas (inferior a 100°C) é um processo importante na formação dos minerais das
rochas sedimentares químicas.
Na passagem de matéria de um para outro estado cristalino, os materiais rochosos que já
estão cristalizados podem, por modificações nas condições de pressão e/ou temperatura, tornar-
se instáveis e se recristalizar em uma nova estrutura cristalina mais estável para as novas
condições, sem que haja a fusão do mineral inicial. Este processo é importante na formação de
alguns minerais das rochas metamórficas.
Os fenômenos que dão origem aos minerais e que produzem a sua concentração são
diversos e complexos, mas podem ser reunidos em dois conjuntos principais: os processos
primários e os processos secundários.
Os processos primários estão intimamente relacionados às atividades magmáticas: as
rochas e os depósitos de minerais úteis formam-se pela cristalização de magmas, através de
processos que operam em diversas profundidades na crosta terrestre. Magma pode ser definido
como uma massa viscosa constituída por uma fusão silicática complexa, compostos
voláteis (H2O, H2S, CO2, SO2, H3BO3, S2, F, Cl, Br, etc.) e metais como Sn, W, Pb, Ta, Nb, Ni,
Fe, Cr, Co, Cu, Pt, Au, Ag, etc.
Quando o material magmático, assim constituído, gerado no interior da crosta ou no manto
superior migra em direção às porções superiores da crosta, experimenta um resfriamento lento,
cristalizando e formando as diversas rochas magmáticas. Se um determinado magma apresenta
concentração expressiva de quaisquer elementos metálicos poderá ocorrer a formação de
depósitos minerais econômicos.
Os processos secundários são aqueles de alteração química posterior, que ocorrem na
superfície da crosta, por ação de agentes externos, transformando os minerais pela ação do
intemperismo. Os processos de alteração intempérica ou alteração supergênica consistem na
desagregação mecânica das rochas primárias e posterior decomposição e alteração,
através de reações de oxidação, redução, hidratação, hidrólise, carbonatação e dissolução,
que dão origem a novos minerais a partir de outros preexistentes.
Nesses processos é importante a decomposição dos minerais pelo efeito das águas
atmosféricas e superficiais, que contêm dissolvidos O (oxigênio), CO2, e outros gases que
aumentam muito o poder de oxidação e dissolução. A lixiviação dos compostos solúveis dá lugar
ao aparecimento de poros e cavidades que podem ser total ou parcialmente preenchidos por
novos minerais.
Na formação de concentrações minerais a partir de processos secundários tem papel
importante a temperatura média anual, a precipitação pluviométrica anual e o relevo do terreno.
No caso do relevo, as zonas montanhosas não chegam a formar acumulações de produtos
resultantes da destruição das rochas primárias devido à intensa erosão. Essas acumulações são
transportadas pelos rios sob a forma de partículas detríticas ou em soluções, e vão ser
depositadas, muitas vezes, longe do lugar de origem. Como exemplo de concentrações de
minerais formadas por substâncias solúveis transportadas pelas águas fluviais ocorrem jazidas de
minerais de urânio, e como exemplo de acumulação mecânica, isto é, concentrações de minerais
que são transportados como partículas detríticas, são comuns as jazidas aluvionares (aluvião) de
ouro, diamante, ilmenita, monazita, etc.

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4. Classificação sistemática dos minerais
Qualquer classificação tem por objetivo agrupar coisas semelhantes e colocar coisas
diferentes em grupos distintos. Assim são também as classificações mineralógicas, as quais têm
evoluído em seus fundamentos de acordo com a evolução científica, mas que também têm
conservado certos aspectos que não mudam através dos tempos.
O sistema de classificação dos minerais ainda conserva um caráter das primeiras
classificações em bases científicas. Trata-se do caráter químico, que reúne os minerais em
classes de acordo com o grupo aniônico (elemento ou radical de carga negativa) presente em
sua composição. Por exemplo, no mineral barita (BaSO4) o radical aniônico é o SO4-2 e, portanto,
a barita é classificada como sulfato.
Esta classificação se assemelha à de compostos químicos utilizada pela Química
Inorgânica e apresenta as seguintes vantagens:
 minerais com o mesmo radical aniônico possuem propriedades físicas e morfológicas muito
mais semelhantes entre si do que minerais com o mesmo cátion. Por exemplo, a siderita
(FeCO3) tem mais afinidades com a calcita (CaCO3) ou com a magnesita (MgCO3) do que
com a pirita (FeS2) ou com a hematita (Fe2O3);
 minerais com o mesmo radical aniônico tendem a se formar por processos físico-químicos
semelhantes e a ocorrer associados uns aos outros na natureza.
James D. Dana (1813-1895) em seu livro DANA’S System of Mineralogy (1892) teve papel
fundamental na elaboração da classificação dos minerais que, de maneira simplificada inclui as
seguintes classes, com alguns exemplos e suas fórmulas químicas:
 Classe I: Elementos Nativos: ouro (Au), enxofre (S) [não há ânion].
 Classe II: Sulfetos e Sulfossais: galena (PbS), esfalerita (ZnS), pirita (FeS2) [sulfetos; ânion
S2-]; sulfo-antimonetos (tetraedrita–Cu12Sb4S13), sulfo-arsenetos (enargita–Cu3AsS4) [sulfossal
é quando se tem a combinação metal+semimetal+enxofre].
 Classe III: Halogenetos (ou Halóides): cloretos (halita – NaCl), fluoretos (fluorita – CaF2)
[ânion é um halogênio].
 Classe IV: Óxidos e Hidróxidos: gelo (H2O), hematita (Fe2O3), cassiterita (SnO2) [óxidos:
ânion é o O2-]; gibbsita [Al(OH)3; ânion é o (OH)-].
 Classe V: Carbonatos, Nitratos e Boratos: calcita (CaCO3); dolomita [CaMg(CO3)2]
[carbonatos; ânion é o (CO3)2-]; salitre (KNO3); salitre-do-Chile (NaNO3) [nitratos; ânion é o
(NO3)-]; bórax (Na2B4O7.10 H2O) [borato; ânion é o (BO3)-]. Fórmula genérica: XO3.
 Classe VI: Sulfatos, Cromatos, Tungstatos e Molibdatos: barita (BaSO4); gipsita
(CaSO4.2H2O) [sulfatos; ânion é o (SO4)2-]; scheelita (CaWO4) [tungstato; ânion é o (WO4)2-].
Ânion cromato: (CrO4)2-; Ânion Molidbato: (MoO4)2-. Fórmula Genérica: (XO4)2-.
 Classe VII: Fosfatos, Arsenatos e Vanadatos: apatita [(Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3] (fosfato: ânion
(PO4)3-]; Ânion Arsenato: (AsO4)3-; Ânion Vanadato: (VO4)3-. Fórmula Genérica: (XO4)3-.
 Classe VIII: Silicatos (ânion (SiO4)4-): A mais importante classe mineral; devido à sua grande
importância, os silicatos são divididos em subclasses, de acordo com o grau de
polimerização dos tetraedros SiO4-4, e conseqüentemente com a razão Si:O dos
ânions:
 Nesossilicatos: tetraedros isolados (Si:O=1:4) – olivina [(Mg,Fe)2SiO4], granada, zircão
topázio, etc.
 Sorossilicatos: duplas de tetraedros (Si:O=2:7) – hemimorfita [Zn4(Si2O7)(OH).H2O],
epidoto, etc.
 Ciclossilicatos: anéis de tetraedros (Si:O=1:3) – berilo [Be3Al2(Si6O18)], turmalina, etc.

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 Inossilicatos: (a) cadeias simples de tetraedros (Si:O=1:3) – piroxênios: enstatita
[Mg2(Si2O6)]; (b) cadeias duplas de tetraedros (Si:O=4:11) – anfibólios:
tremolita [Ca2Mg5(Si8O22)(OH)2].
 Filossilicatos: folhas de tetraedros (estrutura em camadas) (Si:O=2:5) – argilominerais:
caulinita, esmectita; micas: muscovita, biotita.
 Tectossilicatos: estruturas tridimensionais (Si:O=1:2) – quartzo SiO2, feldspatos
potássicos KAlSi3O8 (microclínio, ortoclásio); plagioclásios NaAlSi3O8
(albita) e CaAl2Si2O6 (anortita).
Das várias classes de minerais existentes, apenas uma, a dos silicatos, é responsável pela
constituição de cerca de 97% em volume da crosta continental. Minerais das demais classes,
embora menos abundantes também são importantes pelo seu interesse econômico e científico.

Tabela 1 – Constituição mineralógica da crosta continental


Classe mineral Espécie ou grupo mineral % em volume
Feldspatos 58
piroxênios e anfibólios 13
Quartzo 11
Silicatos
micas, cloritas, argilominerais 10
Olivina 3
epidoto, cianita, andaluzita, sillimanita, 2
granadas, zeólitas, etc.
Carbonatos, Óxidos,
Sulfetos, Halogenetos, 3
etc.
Total 100

5. Nomenclatura dos minerais


A nomenclatura dos minerais é hoje controlada pela Comissão de Novos Minerais e Novos
Nomes de Minerais (CNMNM) da Associação Mineralógica Internacional (IMA), criada em 1959.
Os nomes de novos minerais devem ter, no caso brasileiro, a terminação “ita”. Em contraposição,
a terminação “ito” é usada para nomes de rochas. Os minerais conhecidos desde épocas
remotas e cujos nomes já têm uso consagrado podem não respeitar esta regra.
Outras recomendações para a criação de um nome para um novo mineral são:
 que o nome indique a localização geográfica de sua descoberta. Exemplo: brasilianita.
 que o nome indique uma de suas propriedades físicas. Exemplos: magnetita (devido a sua
propriedade magnética); cianita (devido a sua cor mais comum, o azul); tetraedrita (devido ao
seu hábito tetraédrico).
 que o nome indique a presença de um elemento químico predominante. Exemplos: cuprita,
molibdenita, lantanita.
 que o nome homenageie uma pessoa proeminente. Exemplos: djalmaita (em homenagem ao
Prof. Djalma Guimarães, eminente geólogo brasileiro); andradita (em homenagem a José
Bonifácio de Andrada e Silva, 1763-1838, geólogo e patriarca da independência brasileira);
arrojadita (em homenagem a Miguel Arrojado Ribeiro Lisboa, 1872-1932, geólogo brasileiro).
Quando ocorrem apenas pequenas variações químicas na composição de um mineral,
utiliza-se o termo variedade em preferência a “espécie mineral”. Por exemplo, quando parte do

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zinco da espécie mineral esfalerita (ZnS) é substituído por ferro, gerando a fórmula (Zn,Fe)S,
origina-se uma variedade de esfalerita enriquecida em Fe, e não uma outra espécie e, portanto,
não recebe um nome novo.

6. Propriedades físicas e morfológicas dos minerais


Os minerais mais comuns podem, muitas vezes, ser identificados simplesmente com a
observação de suas propriedades físicas e morfológicas, que são decorrentes de suas
composições químicas e de suas estruturas cristalinas. Para a identificação rápida dos minerais
são utilizadas as seguintes propriedades: hábito cristalino, transparência, brilho, cor, traço, dureza,
fratura, clivagem e densidade relativa.

6.1. Hábito cristalino


É a forma geométrica externa natural do mineral, isto é, a forma que ele adquire no
seu ambiente geológico de formação, que reflete a sua estrutura cristalina. É designado
simplesmente hábito do mineral e pode ser observado quando o mineral cresce em condições
geológicas ideais. Os minerais podem apresentar hábitos diversos, dependendo do meio natural
em que se formam, e os mais comuns são: laminar, prismático, fibroso, acicular, tabular e
equidimensional.
 Laminar – quando os minerais apresentam aspectos de lâminas superpostas, muito comum
em minerais com um plano de clivagem bem acentuado, podendo-se destacar as lâminas com
relativa facilidade. Exs.: micas, talco.
 Placoso – com espessura reduzida, semelhante a placas; às vezes são placas superpostas
que denotam clivagem. Exemplos: talco, molibdenita, topázio.
 Prismático – alguns minerais apresentam formas em que uma direção é mais desenvolvida
que as demais, formando prismas alongados. Ex.: quartzo, turmalina, berilo (esmeralda).
 Fibroso – em forma de fibras. Exs.: crisotila (amianto), gipsita, sillimanita.
 Acicular – em forma de agulhas. Exs.: rutilo, turmalina, apatita, actinolita.
 Tabular – minerais em que duas dimensões são bem desenvolvidas e a terceira reduzida,
semelhante a tábuas ou tijolos. Exs.: feldspatos, cianita.
 Equidimensional – hábitos com dimensões aproximadamente iguais, que podem receber
denominações específicas em função de sua forma geométrica (cubo, romboedro, octaedro).
Exs: pirita, galena, calcita, magnetita, fluorita.
Outras denominações de hábito para os minerais comuns são:
 Fragmento de cristal – quando só aparecem algumas faces do cristal na amostra.
 Maciço – quando o mineral se apresenta como uma massa sem forma definida. Qualquer
mineral pode ocorrer com este hábito.

6.2. Transparência
Os minerais que não absorvem ou absorvem pouco a luz são ditos transparentes. Os que
absorvem a luz consideravelmente são translúcidos e dificultam que imagens sejam reconhecidas
através deles. Estas características dependem da espessura do mineral: a maioria dos minerais
translúcidos torna-se transparente quando em lâminas muito finas. Por outro lado, existem os
elementos nativos metálicos, os óxidos e os sulfetos que absorvem totalmente a luz,
independentemente da espessura: são os minerais opacos. Portanto:
 minerais transparentes – observam-se com nitidez objetos através deles. Ex.: quartzo;
 minerais translúcidos – os objetos não são observados com nitidez através deles. Ex.: opala;

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 minerais opacos – os objetos não são observados através deles. Ex.: metais.

6.3. Brilho
É a quantidade de luz refletida pela superfície de um mineral. Os minerais que refletem
mais de 75% da luz incidente exibem brilho metálico, ou seja, o brilho dos metais polidos: é o
caso da maioria dos minerais opacos.
Os minerais que não atingem esta reflexão têm brilho não-metálico: é o caso da maioria
dos minerais transparentes e translúcidos, que apresentam alguns tipos característicos:
 Vítreo – aspecto de vidro, conforme se observa nas faces de cristais de quartzo, topázio,
berilo, etc.;
 Graxoso ou gorduroso – com aspecto que lembra uma superfície recoberta com fina
camada de óleo (brilho do azeite). Ex.: superfície de fratura de quartzo, turmalina, etc.;
 Perláceo (ou nacarado) – brilho semelhante ao da pérola, observado, na maioria das vezes,
em superfícies de clivagem de feldspatos, micas, calcita, etc.;
 Sedoso – semelhante à seda, ocorrendo comumente em agregados fibrosos. Ex.: gipsita,
talco, crisotila ou outras serpentinas.
 Fosco – quando a superfície do mineral não tem brilho especial, sendo fosca. Pode ocorrer
em qualquer mineral. Às vezes, pode ser devido a alterações.

6.4. Cor
A cor de um mineral resulta da absorção seletiva da luz. O simples fato de o mineral
absorver mais um determinado comprimento de onda faz com que os outros comprimentos de
onda restantes se componham numa cor diferente da luz branca que chegou ao mineral. Os
principais fatores que colaboram para a absorção seletiva da luz são a presença de elementos
químicos de transição (Fe, Cu, Ni, Cr, V, etc.) na composição química do mineral, os defeitos na
sua estrutura atômica, e a presença de pequenas inclusões de minerais dispersas através dos
cristais. Quanto à cor os minerais podem ser:
 Minerais idiocromáticos – têm uma cor constante e característica. Ex.: malaquita (verde) e
azurita (azul), que são cores dadas pelo elemento cobre; enxofre (amarelo), etc.
 Minerais alocromáticos – sua cor varia amplamente. Inclui a maioria dos minerais, que se
apresentam com várias cores e, portanto, a cor do mineral nem sempre é propriedade
confiável para sua identificação. Ex.: o quartzo é normalmente incolor, mas pode ser branco
(quartzo leitoso), amarelado (quartzo citrino), róseo (quartzo róseo), lilás (ametista), cinza
(quartzo fumée ou esfumaçado), verde (quartzo prase), vermelho (jaspe), etc.

6.5. Traço
O traço é a cor do pó do mineral. É obtida riscando o mineral contra uma placa de
porcelana de cor branca. Esta propriedade só é útil como elemento identificador dos minerais
opacos ou minerais ferrosos, que apresentam freqüentemente traços coloridos (vermelho,
marrom, amarelo, etc.). A maioria dos minerais translúcidos e transparentes exibe traço branco.
Quando são testados minerais mais duros que a porcelana (dureza aproximada igual a 7),
o traço resultante não é do mineral, mas sim da porcelana. A cor do pó destes minerais somente
pode ser observada pela moagem do mineral.

6.6. Dureza
A dureza é a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado. O método de
determinação da dureza consiste em riscar os minerais por outros minerais de dureza conhecida,

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que foram reunidos na Escala de Dureza de Mohs, que apresenta 10 graus de dureza, comparada
a seguir com uma escala simples:

Escala de Mohs Escala Simples Dureza Relativa


1 – Talco
2 – Gipsita
2,5 – unha Baixa (menor que 3)
3 – Calcita
3,5 – alfinete
4 – Fluorita
5 – Apatita Média (de 3 a 5,5)
5,5 – lâmina de aço
6 – Ortoclásio
7 – Quartzo 7 – porcelana
8 – Topázio Alta (maior que 5,5)
9 – Coríndon
10 – Diamante
Cada mineral da escala de dureza risca o que o precede, e na escala de Mohs as durezas
são dadas em números inteiros ou meios: se um mineral X risca a fluorita, não é riscado por ela,
mas é riscado pela apatita e não risca a apatita, a sua dureza será 4,5. As durezas mais comuns
entre os minerais variam até 7.

6.7. Fratura
Fratura é a superfície irregular e curva resultante da quebra de um mineral. A
superfície de fratura é controlada pela estrutura atômica interna do mineral e pode ser:
 Conchoidal – semelhante à concha de moluscos – quartzo. É a fratura característica de
algumas substâncias não cristalinas (amorfas) e que não possuem clivagem, como opala,
obsidiana, etc.
 Irregular – superfícies irregulares: é comum na maioria dos minerais.

6.8. Clivagem
Muitos minerais mostram superfícies de quebra que constituem planos de notável
regularidade e esta quebra é denominada clivagem. Portanto, a clivagem é a quebra sistemática
da massa mineral em planos preestabelecidos formando superfícies planas ou lisas, como
se fossem superfícies polidas. Estas superfícies planas são chamadas de planos de clivagem
e correspondem a planos reticulares na estrutura cristalina e, portanto, são paralelos a faces reais
ou possíveis do cristal.
As ligações químicas nas direções perpendiculares aos planos reticulares (e portanto,
perpendiculares aos planos de clivagem) são ligações fracas, o que permite esta quebra
sistemática. Se uma face de determinada forma cristalina é um plano de clivagem, então todas as
faces daquela forma também o são, de modo a apresentar uma forma geométrica resultante da
clivagem. É o caso dos romboedros de calcita, dos cubos de galena, dos prismas de barita, dos
octaedros de fluorita.
Esta característica depende do grau de facilidade com que o mineral se cliva, é variável de
mineral para mineral e constitui a qualidade da clivagem, que pode ser:
 Perfeita ou proeminente – quando o mineral dificilmente se quebra segundo planos que não
sejam o de clivagem. Ex.: minerais do grupo das micas, nos quais as lâminas de clivagem

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podem ser facilmente destacadas com as mãos; calcita, galena e minerais que com uma leve
pancada quebram-se segundo planos nítidos da forma cristalina.
 Boa ou distinta – quando o mineral se quebra com uma certa facilidade ao longo do ou dos
planos de clivagem, mas igualmente se quebra em outras direções segundo superfícies
irregulares ou fraturas. Ex.: minerais do grupo dos feldspatos, hornblenda, piroxênios, etc.
 Fraca, imperfeita ou indistinta – quando a facilidade do mineral se quebrar ao longo da
clivagem é apenas um pouco mais pronunciada que em outras direções; as superfícies de
clivagem tendem a ser pequenas e interrompidas. Ex.: olivinas, feldspatos, etc.
Quanto mais fácil a clivagem segundo determinado plano, tanto mais intenso o brilho nesta
superfície. Assim, o brilho na face ou plano de clivagem é um índice da qualidade da clivagem.

6.9. Densidade relativa


É o número que indica quantas vezes certo volume do mineral é mais pesado que o
mesmo volume de água (a 4oC). A densidade relativa da maioria dos minerais formadores de
rocha oscila entre 2,5 e 3,3. Alguns minerais que contêm elementos de alto peso atômico (Ba, Pb,
Sr) apresentam densidade superior a quatro.
Nos trabalhos práticos para a determinação rápida de minerais, uma estimativa qualitativa
da densidade é feita sustentando a amostra na mão, obtendo-se assim um certo valor
comparativo quando são manuseados diversos minerais com diversos tamanhos e densidades,
atribuindo-se as seguintes estimativas de densidade:
 densidade baixa (menor que 3) – quartzo, calcita e silicatos em geral;
 densidade média (entre 3 e 6) – fluorita, barita;
 densidade alta (entre 6 e 10) – galena, scheelita, tantalita, cobre;
 densidade muito alta (acima de 10) – ouro, prata, platina.

6.10. Outras Propriedades


Magnetismo – propriedade de certos minerais se deixarem atrair pelo imã: magnetita, pirrotita.
Fluorescência – propriedade que têm certos minerais de emitir luz quando submetidos à radiação
ultravioleta. Cessada a fonte de luz ultravioleta desaparece também a emissão de luz pelo
mineral. Exemplos:
 scheelita – fluorescência branca a branca azulada;
 calcita – fluorescência vermelho tijolo;
 fluorita – fluorescência azul forte;
 zircão – fluorescência alaranjada.
Reação a ácidos – propriedade de certos minerais reagirem a ácidos diluídos, principalmente
HCL, produzindo efervescência ou não. Exemplos e reações:
Com efervescência (Calcita): CaCO3 + 2HCl  CaCl2 + H2CO3  H2O + CO2 (gás efervescente)
Sem efervescência (Galena): PbS + 2HCl  PbCl2 + H2S (gás com odor)

7. Minerais formadores das rochas


Cerca de aproximadamente 20 tipos de minerais são tão comuns que eles constituem mais
de 95% de todos os minerais na crosta terrestre (continental e oceânica). Estes minerais são
chamados minerais formadores de rochas porque todas as rochas comuns são compostas
essencialmente por um ou mais tipos desses minerais (minerais essenciais).
Os silicatos são os minerais mais comuns da crosta da terra e, dentre eles, seis grupos de
minerais perfazem a quase totalidade dos minerais constituintes das rochas: feldspatos, quartzo,

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olivinas, piroxênios, anfibólios e micas. Outros minerais também ocorrem nas rochas em geral,
mas sempre em quantidades muito pequenas (<5%) e são chamados minerais acessórios.
FELDSPATOS – são silicatos de K, Na, Ca e Al, e constituem os minerais mais abundantes das
rochas ígneas e das rochas metamórficas de alto grau, e constituem dois grupos:
 Feldspatos alcalinos ou potássicos (KAlSi 3O8) – cristais tabulares (retangulares ou
quadrados), com faces parcialmente definidas (contornos retos), geralmente de cor rosada,
avermelhada ou branca e, mais raramente esverdeada (variedade amazonita);
 Plagioclásios (NaAlSi3O8 – CaAl2Si2O8) – cristais tabulares ou prismáticos alongados, com
faces parcial ou totalmente definidas (retas), geralmente de coloração branca ou incolor a
levemente acinzentada nas rochas ricas em minerais ferromagnesianos (escuros).
QUARTZO (SiO2) – forma pura de sílica, que ocorre em grãos com formas e contornos
irregulares, incolores a levemente esfumaçados, transparentes, com brilho gorduroso (lembram
um caco de vidro), que geralmente preenchem os interstícios entre os cristais de feldspato numa
rocha granítica.
OLIVINA (Mg,Fe)2SiO4 – silicato de Mg e Fe, anidro, de coloração escura (preto a preto
esverdeado), que ocorre como pequenos grãos geralmente irregulares em rochas ricas em
minerais ferromagnesianos (escuros) e isentas de quartzo.
PIROXÊNIOS (Mg,Fe)2Si2O6 – silicato de Mg e Fe, anidro, de coloração escura (preto), que ocorre
como pequenos grãos geralmente com faces definidas em rochas ricas em plagioclásio cálcico e
minerais ferromagnesianos e pobres em quartzo.
ANFIBÓLIOS X2-3 Y5 (Si,Al)8 O22 (OH)2 – silicato hidratado de X (Ca, Na, K) e Y (Mg, Fe, Ti, Al),
que tem coloração escura (preto) a esverdeada e ocorre em cristais alongados aciculares (forma
de agulha) em praticamente todos os tipos de rochas ígneas e metamórficas de alto grau.
MICAS X2 Y4-6 (Si,Al)8 O20 (OH,F)4 – silicato hidratado de X (K, Na, Ca) e Y (Al, Mg, Fe), que tem
como principal característica diagnóstica o hábito laminar ou micáceo, formando placas que se
desfolham, e ocorrem em todos os tipos de rochas, dependendo das composições específicas, e
as mais comuns são:
 Muscovita – mica incolor a levemente prateada, rica em K.
 Biotita – mica escura, geralmente preta, rica em Fe e Mg.
TALCO [Mg3 (Si4O10) (OH)2] – silicato hidratado de magnésio, de coloração verde clara a
esbranquiçada, com hábito laminar, como as micas, ou placoso, muito mole e de aparência e
toque sedoso.
CALCITA (CaCO3) – carbonato de cálcio, geralmente branco, incolor ou levemente amarelado,
que têm como característica a facilidade com que reage sob a ação de ácidos (especialmente HCl
diluído), com liberação de CO2 produzindo efervescência típica. Mineral característico de rochas
sedimentares (calcários) e suas correspondentes metamórficas (mármores).
Entre os minerais opacos, os acessórios mais comuns são os óxidos e sulfetos de ferro:
MAGNETITA (FeO.Fe2O3) e HEMATITA (Fe2O3) – óxidos de ferro, de coloração cinza escura a
preta e brilho metálico. A magnetita têm como propriedade característica o magnetismo, o que a
distingue da hematita. Ocorrem em praticamente todas as rochas comuns em pequena proporção
e quando formam grandes acumulações (jazidas) constituem os principais minérios de ferro, como
no caso do Quadrilátero Ferrífero.
PIRITA (FeS2) – sulfeto de ferro, de cor dourada e brilho metálico, conhecido vulgarmente como
“ouro de tolo”, devido à cor semelhante a do ouro. Pode ocorrer em muitas rochas em
proporções muito pequenas.

Bibliografia

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Milliotti, C.A. 2000. Mineralogia. Departamento de Geociências – Universidade do Amazonas,
Apostila Inédita.
Teixeira, W.; Toledo, M.C.M.; Fairchild, T.R. & Taioli, F. 2000. Decifrando a Terra. Ed. Oficina de
Textos, São Paulo.

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