As 17 Leis Do Triunfo - Jamil Albuquerque
As 17 Leis Do Triunfo - Jamil Albuquerque
As 17 Leis Do Triunfo - Jamil Albuquerque
2021
Copyright © 2020 Jamil Albuquerque, Márcio Abbud e Walter Kaltenbach
As 17 leis do triunfo
1ª edição: Setembro 2021
Autores:
Jamil Albuquerque, Márcio Abbud e Walter Kaltenbach
Preparação de texto:
João Paulo Putini
Revisão:
Caroline Alves
Produção de eBook:
Loope Editora
Albuquerque, Jamil
ISBN: 978-65-5047-122-4
21-3591 CDD 158.1
[email protected]
www.citadel.com.br
Sumário
Introdução
Capítulo 1: Definição de propósito
Capítulo 2: MasterMind (Mente Maestra)
Capítulo 3: Confiança em si mesmo
Capítulo 4: Saber lidar com dinheiro
Capítulo 5: Iniciativa, liderança e sustentação
Capítulo 6: Uso adequado da mente
Capítulo 7: Entusiasmo
Capítulo 8: Autocontrole
Capítulo 9: O hábito de fazer mais do que o combinado
Capítulo 10: Personalidade agradável
Capítulo 11: Pensar com segurança
Capítulo 12: Concentração e foco na coisa certa
Capítulo 13: Conseguir cooperação
Capítulo 14: Tirar proveito do fracasso
Capítulo 15: Ser tolerante
Capítulo 16: A Regra de Ouro
Capítulo 17: A força do hábito
Conclusão
Introdução
A FILOSOFIA DO SUCESSO
Se você pensa que é um derrotado,
você será derrotado.
Se não pensar “quero com toda a força”,
não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer,
mas pensa que não vai conseguir,
a vitória não sorrirá para você.
Se você zer as coisas pela metade,
você será um fracassado.
Nós descobrimos neste mundo,
que o sucesso começa pela intenção da gente
e tudo se determina pelo nosso espírito.
Se você pensa que é malsucedido,
você se torna como tal.
Se você almeja atingir uma posição mais elevada,
deve, antes de obter a vitória,
dotar-se da convicção de que conseguirá infalivelmente.
A luta pela vida nem sempre é vantajosa
aos fortes, nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde,
quem cativa a vitória é aquele que crê, plenamente:
“Eu conseguirei!”1
PENSAMENTOS SÃO CAUSAS
O mundo deve a origem dessa loso a ao encontro de dois homens notáveis
em um m de semana de 1908; encontro que mudaria a vida não só deles, mas
da humanidade, tamanho o impacto daquele episódio extraordinário. O Sr.
Andrew Carnegie, escocês, paupérrimo, que migrara para os Estados Unidos
com a família quando tinha apenas quatro anos de idade, e Napoleon Hill, um
nativo das montanhas de Wise, na Virgínia, lho de lenhadores, órfão de mãe
antes de completar dez anos de idade e que morava numa cabana de dois
cômodos.
Nesse encontro, o Sr. Andrew relatou a sua história. Quando chegou aos
Estados Unidos vindo da Escócia tinha pouco mais de uns centavos no bolso, e
anos depois acabou se tornando um dos homens mais ricos do mundo de sua
época. Durante o auge de sua carreira, ele conheceu o jovem jornalista e deu a
ele uma missão: documentar e compartilhar as estratégias que o transformaram
em um dos empresários mais bem-sucedidos de todos os tempos. O resultado?
A fórmula para transformar pensamentos em prosperidade!
Sem dinheiro e sem emprego, Napoleon Hill trabalhava como redator na
Bob Taylor’s Magazine. Ele fez uma parceria para escrever sobre casos de
sucesso de homens famosos. Embora o trabalho não pagasse muito, apenas o
su ciente para cobrir as despesas iniciais, ofereceu ao jovem a oportunidade de
conhecer os gigantes da indústria e do comércio e traçar seus per s.
O Sr. Andrew cou tão impressionado com a mente perceptiva de Hill
que, depois de três horas de conversa, convidou-o para passar o m de semana
em sua propriedade de campo. Durante os dois dias seguintes, o Sr. Andrew
revelou a Hill a crença de que qualquer pessoa poderia chegar à riqueza se
entendesse a loso a do êxito e os passos necessários para alcançá-la. “É uma
pena”, disse ele, “que cada nova geração deva encontrar o caminho para o
triunfo por tentativa e erro, quando os princípios são realmente bem
de nidos.”
O Sr. Andrew explicou a teoria de que esse conhecimento poderia ser
adquirido entrevistando aqueles que haviam alcançado a grandeza. As
informações colhidas nessas entrevistas deveriam ser registradas para uma
análise do conjunto de princípios. Ele acreditava que seriam necessários pelo
menos vinte anos e que o resultado seria “A primeira loso a de realização
pessoal do mundo”. Ele se dispôs a fazer as apresentações e pagar as despesas
d ll d O l l
de viagens, caso Hill aceitasse o desa o. O jovem jornalista levou trinta
segundos para aceitar a proposta de Carnegie. Mais tarde, Carnegie disse a ele
que se tivesse demorado mais de sessenta segundos para tomar a decisão, ele
teria retirado a proposta porque: “Se um homem não consegue tomar uma
decisão prontamente, uma vez de posse de todos os fatos necessários, não se
pode esperar que cumpra qualquer decisão que tomar!”.
Hill passou os próximos vinte anos se dedicando à loso a do triunfo.
Nesse tempo, entrevistou dezesseis mil empreendedores, mais de quinhentos
milionários, e os 45 homens mais ricos de sua época foram seus interlocutores
pessoais. Com isso, conheceu o que levou ao topo seu próprio mentor, Andrew
Carnegie, e legou uma grande descoberta à humanidade: a de que é possível
transformar a própria mente numa mina de ouro.
É uma pena”, disse ele, “que cada nova geração deva encontrar o
caminho para o triunfo por tenta va e erro, quando os princípios
são realmente bem de nidos.
Q lh l d d
Queremos compartilhar com você a análise e interpretação de uma das
obras mais fascinantes da literatura de desenvolvimento pessoal: O manuscrito
original – as leis do triunfo e do sucesso de Napoleon Hill. Iniciado em 1908 e
publicado em 1928, esse best-seller in uencia o pensamento empresarial no
mundo inteiro desde seu lançamento. A nal, um clássico só se torna um
clássico quando alcança o futuro e é revisitado de quando em quando.
Este livro não é uma síntese de O manuscrito original, é uma versão
própria, com corpo renovado, mantendo a alma e o espírito do original, el à
intenção de Hill, em fácil assimilação e leitura uida e prazerosa, com
comentários que promovem uma atualização das ideias. Como diz Enoir
Santos, notável instrutor do Grupo MasterMind, esta obra é “uma inspirativa
sobre o original”. Optamos por acrescentar, preferencialmente, biogra as de
nomes brasileiros de sucesso. Como bônus, incluímos a Lei da Força Cósmica
do Hábito (Capítulo 17), que Napoleon Hill abordou em obras posteriores, ao
aprofundar e aprimorar seu método. Por isso, no decorrer do texto falaremos,
por vezes, em dezesseis leis do triunfo (ou seja, uma referência direta ao
Manuscrito original), e em outras serão mencionadas as dezessete, já incluindo
essa que veio posteriormente, conforme citamos.
O leitor há de compreender que muitas propostas apresentadas no original
não são mais aplicáveis. A nal, a grande revolução tecnológica do século 20
estava apenas começando quando Hill apresentou seus insights igualmente
revolucionários. Há algumas décadas a gasolina era barata, viagem de avião era
novidade, escrevia-se à mão ou à máquina de escrever, o telefone era xo e
tinha os, a TV era em preto e branco. “Bons tempos aqueles”, podem dizer
alguns saudosistas. Mas o tempo não para e a evolução é inexorável. A
globalização econômica e política que abarca as principais regiões produtivas
do planeta exige conscientização e reposicionamento de todos, inclusive das
empresas. Renovar é preciso. A excelência costuma decair com o tempo. Uma
novidade medíocre pode vencer o talento mais espetacular quando este
envelhece. É imperativo se renovar e se reinventar na inteligência, nas ideias e
no valor, mas sem perder a essência. Lembre-se de que até os diamantes
precisam ser polidos. É preciso coragem para se aventurar na renovação,
amanhecendo como o sol, cujo brilho se modi ca a cada estação.
T d d b d “ l d l ”
Tem um ditado árabe que diz: “Ninguém segura o sol quando ele quer nascer”.
Existem duas espécies de mudanças: as cíclicas e as estruturais, e nenhuma
delas pode ser controlada por indivíduos. As mudanças cíclicas são variáveis,
relacionam-se à sazonalidade, como as tendências de mercado, e é preciso
aceitá-las como parte normal da vida. Já as estruturais são aquelas que
produzem transformações radicais, como a invenção do computador, que
mudou a forma de se viver, trabalhar, obter conhecimento, fazer compras... ou
seja, tudo. São mudanças que nos impedem de continuar fazendo as coisas
como antes. É impossível impor resistência. Mudanças cíclicas e estruturais vão
continuar acontecendo. Trabalhar a exibilidade, a resiliência e a habilidade de
negociar fará toda a diferença nesses novos tempos.
Alvin Toffler, renomado consultor de governos e empresas, autor de best-
sellers como A terceira onda e O choque do futuro, prevê que em breve não haverá
distinção entre grandes e pequenas empresas, mas sim entre rápidas e lentas.
Por isso, a primeira qualidade do pro ssional moderno, seja um executivo ou
empresário, é reconhecer novas oportunidades na velocidade dos
acontecimentos.
É fundamental desenvolver intimidade com as novas tecnologias,
independentemente da idade, do nível cultural e da condição social. Qualquer
pessoa que esteja no mercado de trabalho deve aceitar e utilizar as ferramentas
disponíveis, em especial a informática e a internet. A tecnologia só substituirá
o homem que não aprender a conviver com ela. Se o convívio for saudável,
funcionará como um agregado importante na construção da competência
pessoal e organizacional.
Os inventos e os inventores estão cada vez mais ousados, criando as bases
de um novo mundo construído sobre as escalas microscópicas da
nanotecnologia e da biotecnologia em um avanço que parece não ter m. As
mudanças futuras podem igualar ou superar as transformações produzidas por
adventos como os da imprensa, das vacinas e dos motores de combustão
interna.
Entre os anos 1950 e 2000, o poder de processamento dos computadores
cresceu inimagináveis dez bilhões de vezes. Todavia, na frente de cada tela
existe um ser humano. Estar preparado para o novo mundo é fundamental.
Você está?
UM LEGADO
Q d C d l d h d d d d
Quando a Citadel Editora nos comunicou que havia adquirido os direitos de
e Law of Success in Sixteen Lessons e que lançaria uma versão inédita no Brasil
com o título O manuscrito original – as leis do triunfo e do sucesso de Napoleon
Hill, camos emocionados. En m, teríamos acesso a esse clássico em nossa
língua e às gemas que Napoleon Hill lapidou com a minúcia e destreza de um
artesão e a inspiração de um artista.
As Leis do Triunfo codi cadas por Hill são a loso a de realização
pessoal que mais in uenciou líderes, estadistas e empreendedores do mundo
inteiro. Por quê? A grande razão é a forma objetiva e pragmática com que o
autor aborda o assunto e os resultados práticos na vida das pessoas. Hill
perseguiu respostas como um cientista que procura trazer à luz um segredo da
natureza. Foi em busca da fórmula para a realização e o sucesso de maneira
infatigável e implacável, até a verdade que estivera ali todo o tempo lhe ser
revelada.
Napoleon Hill não foi o primeiro a se horrorizar com a pobreza e a
desigualdade. Nem o primeiro a escrever sobre como atingir a prosperidade.
Mas fez história como escritor e pesquisador do comportamento humano no
ambiente pro ssional e se tornou o maior nome da motivação mundial porque
reuniu tudo sobre o assunto de forma organizada e cientí ca, criando um
método que permite a qualquer um construir uma vida acima da mediocridade.
Foi o primeiro a descrever a incrível ferramenta que é o MasterMind.
Quando a última página de seu manuscrito foi redigida, Hill legou à
humanidade um novo evangelho: o da realização pessoal. E a pessoa que se
levantou da frente da máquina de escrever e saiu para o mundo era uma pessoa
diferente. As sufocantes e emaranhadas redes de frustrações e enganos
autoimpostas tinham ruído, e o caminho estava claro. O autor era agora
possuidor do talento único e invisível de transformar sonhos em realidade,
pensamentos em realizações.
l “ ” d b d
1946, com o lema “uma nação, um espírito”, tendo também inspirado
Mahatma Gandhi em sua luta pelo m do colonialismo britânico e
pela independência da Índia, em 1947. Seu impacto também foi sentido na
África do Sul, quando Nelson Mandela, na década de 1990, foi eleito o
primeiro presidente negro e quis coordenar a recuperação do país, usando o
conceito do MasterMind em suas rodas de conversas, na construção de uma
cultura de prosperidade e solidariedade.
Já com as luzes acesas da terceira década do século 21, Hill continua com
a mesma força e vigor de quando lançou a sua loso a na primeira metade do
século 20. Ele vivia com a família em uma casa de apenas dois cômodos, nas
montanhas de Pound, a oito quilômetros de Wise, quando perdeu a mãe aos
dez anos e teve de começar a trabalhar. Seu pai casou-se novamente e a
madrasta deu ao enteado a oportunidade de mudar de vida ao lhe presentear
com uma máquina de escrever em troca de um revólver que ele costumava usar
na cintura. Aquela troca mudou sua vida. Ele atravessou a vida atirando, só que
agora, com as teclas de sua máquina de escrever, disparava palavras de
esperança como um evangelista da realização pessoal. Já aos treze anos, Hill
redigia artigos ocasionais para os pequenos jornais da cidade. E, em 1908, sua
carreira sofreu uma guinada ao receber a incumbência de entrevistar o magnata
do aço Andrew Carnegie. Foi o início de uma relação que geraria frutos
valiosos.
Hill lançou-se à tarefa sem receber remuneração, a não ser o reembolso de
algumas despesas iniciais. Dedicou vinte anos a entrevistar empreendedores
donos de grandes fortunas, entre eles os inventores do capitalismo
contemporâneo, como Franklin Delano Roosevelt, John D. Rockefeller, Henry
Ford, Alexander Graham Bell, Clarence Darrow e omas A. Edison. O
escritor publicou suas descobertas em uma série de artigos e, em 1928, lançou o
livro chamado e Law of Success in Sixteen Lessons, compilando os dezesseis
princípios fundamentais de sua loso a.
Os princípios catalogados por Hill são a base da realização e se destacam
no indivíduo que tem uma vida plena, integral e integrada em todos os papéis
que desempenha. A pessoa integral e integrada é a mesma em casa, com os
lhos e o parceiro, no ambiente pro ssional, com os superiores hierárquicos, os
colegas e os subordinados, em uma reunião de negócios ou em um ambiente
descontraído com os amigos. Sua identidade, caráter e personalidade se
manifestam de modo característico em qualquer ambiente ou situação e com
É l d f
quaisquer outros. É autêntica, mesmo que isso custe algum desconforto ou
inadequação, pois o que importa não é atender às expectativas alheias, mas
colocar a essência em tudo aquilo que faz para deixar sua marca.
O legado de Hill não é uma receita mecânica para vencer sem esforço, mas
um mapa do caminho para a vitória. Ou, melhor dizendo, uma escada para o
triunfo. As Leis do Triunfo tomaram forma em um dia chuvoso de inverno,
enquanto o autor observava os de água a escorrer pela vidraça. Os letes
pareciam os degraus de uma escada. A imagem despertou sua imaginação e
veio a inspiração de descrever suas descobertas em formato de lições, cada uma
apresentando um dos princípios. Como os degraus de uma escada, os
princípios deveriam ser galgados em sequência.
SEGUIDORES
Já em 1930, na Alemanha, J. Schultz, criador de um treinamento chamado
Autógeno, em que apresenta os tipos psicológicos humanos como ótico,
acústico e tátil, cita Hill como fonte de pesquisa. Posteriormente, muitos
autores e oradores de sucesso tornaram-se seus seguidores. Grandes ícones do
pensamento positivo – como Norman Vincent Peele, autor do livro O poder do
pensamento positivo; W. Clement Stone; Og Mandino, autor do livro O maior
vendedor do mundo; Earl Nightingale e Mark Victor Hansen – trabalharam
diretamente com Napoleon Hill ou com sua fundação homônima. Sua
in uência pode ser vista nos escritos dos seus antigos parceiros comerciais,
como Dale Carnagey, que mudou seu nome para Dale Carnegie. “Muitos anos
depois, Dale trocou seu nome parcialmente, quando estabeleceu seu escritório
em uma sala do edifício comercial Carnegie Hall, por acreditar que resultava
mais crédito associar seu nome com o do célebre edifício e ligar ao homem que
foi o motivo da mais bem-sucedida pesquisa sobre realização pessoal.”2 Ecos
dos princípios de Hill podem ser vistos em livros escritos por Mary Kay Ash,
Dr. Maxwell Maltz, Shakti Gawain, Wally Amos e Dr. Bernie Siegel. John
Grinder e Richard Bandler, criadores da neurolinguística, também beberam de
sua fonte. Anthony Robbins, um dos oradores de maior sucesso nos tempos
recentes, frequentemente tem citado Napoleon Hill como sua inspiração. O
best-seller Os 7 hábitos das pessoas altamente e cazes, de Stephen Covey, foca os
princípios que Hill escreveu cerca de setenta anos antes. No Brasil, o
MasterMind Treinamentos contextualizou esses conceitos para a realidade
l d d
nacional, e em vários estados existe um grupo de notáveis instrutores que
difundem seu método.
d d ld d
de um grande exército, cujos soldados estariam prontos para agir a um
determinado comando. Lembre-se sempre da máxima: quem tem exército,
negocia, quem não tem, se submete.
“Esses soldados são as forças que entram em todos os esforços organizados
dos quais provêm o maior poder pessoal. Domine essas forças e dominarás o
seu território de atuação.”
Não se pretende induzir uma obediência cega aos dezessete princípios
aqui comentados. A ideia é que sejam cultivados e aplicados mediante uma
avaliação criteriosa de cada situação. Sob muitos aspectos, as Leis do Triunfo
são semelhantes às leis básicas da sociedade e não podem ser violadas
impunemente. Você faz escolhas, age e colhe os respectivos resultados.
Os fundamentos e as estratégias são os mesmos para todos, não importa
qual a meta: ser o melhor vendedor da empresa, perder peso, comprar a casa
dos sonhos, tornar-se um pro ssional bem-sucedido, car milionário ou
famoso. Você vai conhecer as leis, mas terá de aplicar o conhecimento em sua
vida.
Você não pode contratar alguém para se exercitar sicamente por você;
você mesmo tem de fazer os exercícios se quiser tirar proveito deles. É assim
também quando você decide aprender a meditar, a falar uma nova língua, a
visualizar o sucesso, a repetir decretos criadores ou desenvolver um novo
talento. A boa notícia é que, se você assimilar as leis do triunfo e aplicá-las de
forma disciplinada, elas vão alçá-lo a um patamar de resultados extraordinários.
l T l d d d d l G
intelectuais. Têm entusiasmo e paixão pela vida e desejam tudo dela. Gostam
das cidades, dos animais, das montanhas, dos esportes e de se divertir. Quando
se está perto de pessoas assim, nota-se a ausência de queixas, gemidos ou
mesmo de suspiros passivos.
Pessoas resolvidas
Vivem o agora em vez de se perderem em ruminações do passado ou
especulações sobre o futuro. Não são ameaçadas pelo desconhecido. Não se
torturam quanto a acontecimentos passados ou por vir. Os momentos antes e
após os acontecimentos merecem ser vividos tanto quanto o exato instante dos
d d d d
acontecimentos, e essas pessoas têm grande capacidade de viver intensamente o
cotidiano. Não são proteladoras e, embora alguns possam desaprovar seu
comportamento, não são ameaçadas pela autocensura. Sempre desfrutam de
tudo que vivenciam. Estão ocupadas escrevendo a própria história, enquanto a
maioria passa a vida esperando as coisas acontecerem.
Pessoas saudáveis
d bl d f d d d b
Não acreditam em car imobilizadas por resfriados e dores de cabeça e con am
em sua capacidade de se livrar desses males. Não andam por aí alardeando o
quanto se sentem mal ou estão cansadas, tampouco cam enumerando suas
doenças. Cuidam do corpo e da mente e se recusam a experimentar a maior
parte das enfermidades que mantêm muita gente inutilizada durante vários
períodos.
Pessoas magnéticas
A presença dessas pessoas sempre é notada, e elas magnetizam as atenções.
Parecem fortes e serenas ao mesmo tempo; transmitem sua energia no aperto
d lh d f l Q d d l
de mão, no olhar, na maneira de falar. Quando se está na presença de alguém
assim, desfruta-se da autocon ança que ela exala.
CULTIVE-SE
Pela lei das probabilidades, é raríssimo alguém possuir todas as qualidades dos
triunfadores ao natural. Se você não é um desses afortunados, precisa cultivar o
desejo ardente de se aprimorar. O aprimoramento pessoal não é tarefa para
qualquer um, mas você não é qualquer um – você é um candidato sério ao
triunfo.
Encerramos esta introdução com um texto de George Washington.
Eminente pensador e um dos grandes triunfadores do seu tempo, foi o
primeiro presidente dos Estados Unidos, estadista que formatou as bases
daquela que viria a ser a nação mais poderosa do planeta. Diz a lenda que ele
tinha esse poema na parede de seu gabinete e todos os dias o recitava em voz
alta.
Definição de propósito
Tem uma máxima losó ca que diz: A jornada é o mais belo do destino nal. Isso
é uma verdade dependendo da companhia. Não são as pessoas mais competentes
que importam, mas as pessoas certas. Com as pessoas certas pode se chegar muito
longe. “Diga-me com quem fazes aliança e direi a qual tamanho chegarás.”
MasterMind é um conceito que vem sendo estudado pelos estadunidenses há
mais de duzentos anos. Remonta à criação dos Estados Unidos da América,
quando os 56 dirigentes das treze colônias britânicas nas Américas resolveram criar
uma aliança de mentes e construir um país no qual qualquer pessoa pudesse vencer,
desde que vencesse a si mesmo e às adversidades interpostas em seu caminho.
Naquela época, prosperar era somente para quem tinha linhagem sanguínea nobre
ou títulos da nobreza. Caso contrário, nascia-se pobre e morria-se pobre. Não
havia o conceito de mobilidade social, mas aqueles homens não concordavam com
aquele establishment, com aquela situação, e resolveram criar uma nação sobre esses
dois pilares: liberdade e oportunidade. E a esses dois pilares eles chamaram de
MasterMind. Numa interpretação livre signi ca: onde as pessoas e os objetivos se
encontram no mesmo lugar.
SINERGIA
Construir o MasterMind é construir sinergia. Sinergia vem do grego e quer dizer
“funcionar junto”. O termo vem da química. Os cientistas perceberam que dois
elementos com pouco ou nenhum efeito prático quando usados isoladamente
poderiam produzir resultados incríveis misturados. Pode-se dizer que, na sinergia,
um mais um é igual a três.
No século 1, os chineses misturaram enxofre, salitre e carvão e, por acaso,
descobriram a pólvora. Mas a sinergia não parou por aí. No século 10, começaram
a usar a pólvora para ns militares. Tempos depois foi inventado o canhão. A
sinergia da pólvora com o canhão mudou o mundo. Até então os poderosos
construíam castelos no alto de montanhas, o local mais inacessível para invasões.
C l h l l b
Com a sinergia entre pólvora e canhão, os castelos tornaram-se alvos bem mais
fáceis. Era apontar o canhão para o alto e disparar. Essa sinergia derrubou reinos e
fez o poder trocar de mãos.
A criação do MasterMind é possível porque nossos pensamentos são uma
forma de energia que se propaga pelo espaço e pode ser captada pela mente de
outras pessoas. Em todo processo de comunicação existe, além das palavras, a
atuação da energia mental, o que explica a simpatia (ou antipatia) entre pessoas
que mal se conhecem. Pode haver comunicação inclusive sem palavras. É o caso do
amor à primeira vista, uma comunicação transcendental que atinge a essência do
ser humano.
O MasterMind é o espírito de corpo de uma empresa, a sinergia capaz de
criar a aglutinação justa e perfeita entre as partes, como células de um todo. Muitos
de nós já passamos pela experiência de entrar em uma loja e nos sentirmos muito
bem ou muito mal sem qualquer explicação objetiva. Quando existe uma aliança de
MasterMind entre a equipe de um estabelecimento, sentimos um clima agradável,
sentimo-nos bem, e as chances de fazermos negócios ali aumentam.
Mahatma Gandhi conseguiu fundir a mente de milhões de indianos em torno
do objetivo de obter a independência da Índia pela via da não violência. Seres
humanos desarmados zeram a Grã-Bretanha, maior potência da época, dobrar-se
e ceder-lhes a independência. Isso é MasterMind, um espírito de corpo, de
concórdia, em torno de um objetivo.
T d d b d b lh d d d
Todo mundo sabe que duas cabeças pensam melhor do que uma quando se trata de
resolver um problema ou conseguir determinado resultado. Imagine, então, que
maravilha seria participar de um grupo permanente de cinco ou seis cabeças
pensantes que se reunisse regularmente a m de trocar ideias e incentivos. Em sua
conversa com Napoleon Hill, o poderoso Sr. Andrew frisou a importância de seu
grupo de MasterMind para o sucesso de seus empreendimentos. Hill escreveu:
ll d l l l d d
Hill deixou claro que a aliança mais e ciente é aquela que agrega indivíduos com
talentos diversos, pois a diversidade proporciona perspectivas distintas e estratégias
para encarar os desa os na busca do objetivo de nido. Ao formar seu grupo de
MasterMind, considere convidar pessoas de diversas áreas pro ssionais. Temos a
tendência de fazer as coisas da maneira que conhecemos e dominamos; quando
pessoas de diferentes origens discutem um assunto, podem surgir novas soluções
para velhos problemas.
• O encontro deve começar com uma prece para que o grupo se sinta preenchid
rodeado por uma poderosa energia que auxilie na satisfação das necessidades
todos. O autor da prece pode ser escolhido por sorteio ou em sistema de rodí
Exemplo de prece: “Pedimos para ser preenchidos e rodeados de luz e que
nossos corações se abram para receber orientação divina”.
• Embora a duração normal de apresentação individual seja de cinco a
minutos, às vezes um participante pode precisar de tempo extra para disc
uma situação particularmente difícil. Cabe ao controlador do tempo negocia
exceções para garantir que todos falem e impedir que membros com tendên
dominadora, loquazes ou muito necessitados monopolizem a reunião.
• “Preciso de contatos”, “Estou perdido com esse novo aspecto do meu negóc
“Estou procurando um perito para me ajudar a desenvolver essa ideia”, “Prec
de US$ 50 mil”, “Preciso de conselhos para melhorar o atendimento
clientes”. As questões levadas para a reunião de MasterMind podem ser pesso
ou pro ssionais, não importa. Desde que todos os membros recebam retorno
envolvimento e o comprometimento com as metas do grupo permanece
rmes e fortes. É normal o grupo passar por fases. No início, os tem
dominantes são de natureza pro ssional. À medida que os membros vão
conhecendo, os assuntos começam a migrar para a área pessoal: “Minha mul
e eu estamos com problemas”, “Meu lho está muito rebelde”, “Acabei
descobrir um câncer”.
• Uma vez que todos os assuntos tenham sido apresentados e discutidos
controlador do tempo pede que cada um se comprometa a agir no sentido
buscar uma solução para o problema apresentado até a reunião seguinte. “Mu
bem, vou fazer três anúncios para contratar um novo vendedor”, ou “Vou ind
seu novo serviço aos meus clientes”. Envolva-se incondicionalmente com
objetivo. O compromisso pessoal fortalece o compromisso do grupo em se aju
mutuamente para que cada um atinja suas metas.
• O primeiro tópico dos encontros deve ser um relatório sobre a meta que c
membro se comprometeu a alcançar na reunião anterior. A responsabilidad
uma característica valorizada; todos veri cam se os objetivos foram atingidos.
d d S b d
pessoas cam mais produtivas quando têm prazos a cumprir. Sabendo que se
cobradas na semana seguinte, é natural que façam tudo para cumprir
compromisso no prazo estipulado.
• Uma boa forma de aprofundar os vínculos entre os membros do grupo e man
os ânimos em alta é fazer com que cada um compartilhe uma história de suce
As pequenas conquistas alcançadas desde a última reunião são preciosas, p
aumentam a sensação de que o processo está funcionando e de que vale a p
continuar envolvido. Nós chamamos essa atividade de “momento das b
notícias”.
• A reunião pode terminar com uma prece coletiva de agradecimento p
benesses conquistadas ou com cada integrante dizendo algumas palavras
apreço aos demais.
• O líder do dia deve sempre fazer um agradecimento nal pela presença de to
e encerrar a reunião.
Caso você pre ra formar aliança com apenas um parceiro, basta que vocês dois
estabeleçam suas metas e combinem de conversar regularmente por telefone. O
objetivo é atualizar um ao outro sobre o andamento dos projetos, se estão dentro
dos prazos, se zeram progresso, se surgiram novas questões etc.
Ter a obrigação de relatar suas ações para alguém é uma motivação e tanto
para o cumprimento de uma meta. Isso é especialmente verdadeiro quando se trata
de um pro ssional liberal que trabalha em casa. Saber que você vai falar com o seu
parceiro na quinta-feira faz com que a quarta-feira seja um dia especialmente
produtivo. Vença a timidez. Peça que seu parceiro de MasterMind compartilhe
ideias, informações, contatos e recursos. “O que você acha disso? Como você agiria
no meu lugar?” O relacionamento ideal é aquele em que seu parceiro o estimula
quando você está por baixo. O segredo é escolher pessoas tão entusiasmadas e
motivadas para conquistar algo quanto você – e comprometidas em ajudá-lo a
alcançar o sucesso. Lembre-se sempre de que MasterMind é a fusão de duas ou
mais mentes em espírito de perfeita harmonia em busca de um objetivo de nido.
Hill faz uma advertência explícita:
Confiança em si mesmo
Você tem dentro de si todo o poder de que precisa para conseguir tudo o que
quiser neste mundo, e a melhor maneira de aproveitar esse poder é acreditar em si
mesmo. Você está constantemente transmitindo o que pensa de si, e, se não tiver
fé, os outros sentirão. As pessoas irão acreditar em você somente quando você
acreditar em si. Entretanto, tenha clara a diferença entre autocon ança, baseada no
sólido conhecimento do que você sabe e do que pode fazer, e egocentrismo,
baseado apenas no que você desejaria saber ou fazer.
ESTOFO DA LIDERANÇA
Con ança em si mesmo é a forma mais genuína de motivação. Uma pessoa que
con a em si tem determinação para atingir seus objetivos e exibilidade para lidar
com situações adversas. Autocon ança é a fé em nosso ser e em nossas sinceras e
íntimas convicções. Por que você não teria grande fé e con ança em suas
convicções mais profundas? A nal, os cientistas declararam que temos inteligência
inata. Cada partícula de nosso ser pulsa com inteligência ininterrupta.
Autocon ança é um dos tesouros mais difíceis de serem conquistados. Para
chegar até ele é preciso passar por campos sombrios. É como se nosso eu interior
dissesse: “Mostro-lhe os meus fantasmas para depois lhe entregar o meu tesouro”.
Pessoas bem-sucedidas tomam decisões. Reúnem todos os fatos disponíveis e
decidem com rmeza. Pessoas malsucedidas demoram para tomar decisões e as
modi cam com frequência, simplesmente não se posicionam.
Pessoas bem-sucedidas tomam decisões. Reúnem todos os fatos
disponíveis e decidem com rmeza. Pessoas malsucedidas demoram
para tomar decisões e as modi cam com frequência, simplesmente
não se posicionam.
Como você pode superar o hábito de evitar decisões? Comece com o próximo
problema que enfrentar e tome uma decisão. Tome qualquer decisão. Qualquer
decisão é melhor do que decisão nenhuma. Se cometer alguns erros no início,
tenha coragem, siga em frente e começará a construir um método de tomada de
decisões. Sua autocon ança aumentará, e logo você estará tomando decisões de
envergadura.
A con ança é contagiante. A falta de con ança também. Ninguém liga muito
para uma pessoa a quem falta autocon ança. Ela não atrai nem convence porque
sua mente é uma força negativa que repele.
Aprenda a se perdoar pelos erros e fracassos momentâneos. A nal, a pessoa
não é mais humana quando ganha do que quando perde, não é mais humana
quando compra um carro novo do que quando compra um velho, não é mais
humana quando se porta bem do que quando se porta mal.
Dedique-se ao profundo e contínuo processo de autoconhecimento. A vida é
uma grande jornada para descobrir quem somos. Quando você descobre quem você
é, encontra a paz.
Lembremo-nos do exemplo de Chiquinha Gonzaga, lha de uma ilustre
família do império. Em 1863, aos dezesseis anos, foi obrigada a se casar com um
o cial da marinha mercante, com quem teve três lhos. Vivia reclusa, con nada ao
navio do marido e impedida de se dedicar à música, sua grande paixão. Seis anos
depois, Chiquinha tomou a corajosa decisão de abandonar o marido e enfrentar o
escândalo. Sua verdadeira personalidade então oresceu, e ela entregou-se de corpo
e alma à música.
Chiquinha Gonzaga foi a primeira compositora popular do Brasil. Compôs
cerca de duas mil músicas, entre elas “Ô abre alas”, tida como a primeira marcha
carnavalesca. Teve uma vida intensa, produtiva, variada, inovadora, plena de
criações. Essa brasileira é um retrato de como a força mental e a autocon ança
superam todos os obstáculos. Quando a pessoa con a no seu taco, tudo ca mais
f l O d d l b O d
fácil. O poder de realização aumenta, os objetivos cam mais próximos. O segredo
está na arte de aprender a gostar de si.
Medo da pobreza
É também o medo de car endividado e falir. Nasce da tendência natural do
homem de dominar seu semelhante. Relaciona-se ao domínio econômico, ao
domínio do mais pobre (fraco) pelo mais rico (forte). Hoje, o indivíduo é medido
pelo poder econômico. A verdade é que a pessoa pobre se sente inferiorizada diante
de alguém com maior poder econômico. “Nada traz tanto sofrimento e humilhação
quanto a pobreza”, a rmou Hill. Há o aspecto da dependência, de precisar do
outro. Uma das situações mais degradantes é o temor que muitos empregados
sentem de seus patrões, gerando um estado de submissão. A desigualdade é uma
realidade que assume proporção calamitosa em muitas sociedades. Para muitos,
dinheiro é sinal de felicidade, e sua falta é motivo de infelicidade.
Medo da velhice
d l d d d d d d f O
Deriva da vinculação de idade avançada com decadência física e econômica. O
declínio das forças e da saúde pode tornar a pessoa dependente, sem autonomia, o
que é degradante. Em muitos lares, o idoso se vê na condição de peso morto. No
mundo contemporâneo, essa situação está fadada a cair por terra, dado que cresce a
consciência de que o idoso não precisa ser velho e inútil, podendo manter-se
produtivo e cooperar com a família. Se os jovens de hoje encamparem essa verdade
como uma realidade concreta, com certeza será eliminada grande parte desse
medo. A velhice também assusta pela possibilidade de desamparo e solidão e pela
aproximação da morte, que traz consigo o fantasma do desconhecido.
Medo da crítica
Aparece com grande frequência no âmbito do trabalho – o medo de ter um projeto
rejeitado, de ser censurado pelo chefe ou até pelos colegas, de ser reprovado em
uma avaliação, de enfrentar uma plateia. Pura manifestação de fraqueza, pode ser
motivo de fracasso, porque tolhe a pessoa, mina a ação e a iniciativa. Faça uma
autoanálise, avalie-se e reverta o quadro procurando valorizar-se, instaurando uma
imagem positiva de si. A pessoa com autoestima e autocon ança em alta,
consciente de suas qualidades e dos pontos a melhorar, de seus aspectos positivos e
negativos, não se impressiona com o que os outros dizem. Sabe que um fracasso
nunca é de nitivo, é apenas um tropeço, um acidente de percurso, e não deve ser
motivo de desânimo e, sim, combustível para continuar lutando. Pare de se deixar
in uenciar pelas críticas. Erre quantas vezes for necessário até acertar. Cultive a
autoestima, conheça-se e deixe de se preocupar com a opinião dos outros.
Medo da doença
T d d b d lh Al d bld d
Tem muito a ver com os medos da pobreza e da velhice. Além da possibilidade
concreta de sofrimento, existe também a dúvida com relação aos desdobramentos
da doença, como a ausência de apoio moral e nanceiro, a falta de carinho, o
isolamento, a solidão. A noção de impotência diante da enfermidade é muito forte
e chega a aterrorizar certas pessoas. Você não é peru que morre na véspera. Con e,
pense apenas na saúde e, acima de tudo, aja, mantendo um estilo de vida saudável.
Medo da morte
É o temor do desconhecido. Para enfrentar esse medo, viva de acordo com sua fé.
O medo é sempre desa ador, mas precisa ser enfrentado para ser superado.
Existem três fases do medo: temor, fobia e pavor. Saber diferenciar uma da outra é
lucidez.
O temor é um medo preservacionista. Se tenho medo de que um carro me
atropele, não ando no meio da rua. O temor nos torna prudentes, desperta o
instinto de sobrevivência.
Fobia é algo doentio, que só existe dentro da pessoa, com origem em
experiências passadas, muitas delas na infância ou traumas da vida adulta. Uma
pessoa pode ter medo de ver cobra até na TV porque na infância teve uma
experiência negativa. Cobra na TV não faz mal a ninguém, mas para essa pessoa
faz, pois sua mente reage à percepção interna.
Pavor é um sentimento paralisante com origem em uma fobia que se
agigantou.
A coragem não é um milagre, é um hábito. O medo não é realidade, é um
hábito. Qual é a sua escolha? O medo ainda tem algum valor, já a covardia,
nenhum.
A autocon ança produz os frutos da persistência e da perseverança e
pressupõe estar disponível para a ação. O mundo não lhe paga pelo que sabe, mas
pelo que você faz. O universo recompensa a ação. Aja!
Napoleon Hill fez observações sagazes sobre a maneira certa de exibir a
autocon ança:
Você está preparado para assumir o comando da sua vida e ser totalmente
responsável por ela?
Capítulo 4
“A maioria das pessoas pensa mais em como gastar o que tem do que em
maneiras de poupar. A ideia de poupar e o autocontrole e autossacrifício
que a acompanham estão sempre ligados a pensamentos de natureza
desagradável, mas pensar em gastar é eletrizante. Na verdade, poupar
pode se tornar tão fascinante quando gastar, mas não até se tornar um
hábito regular, bem fundamentado e sistemático.”
– Napoleon Hill
d l d f d
contatos e dali expandiu seus negócios, transformando-se em comerciante
in uente na região, ao mesmo tempo que começou a participar da vida política. No
início da década de 1940, assumiu a direção de um frigorí co à beira da falência,
em Concórdia, Santa Catarina, a pedido do prefeito da cidade.
Em 1944, nascia a Sadia, transformada pelo tino de Fontana em uma
potência econômica, com faturamento acima de US$ 2 bilhões em 2006 e cerca de
25 mil funcionários. Em 2009, com a fusão com a Perdigão, foi criada uma das
maiores empresas de alimentos do mundo, a BRF (Brasil Foods). Na política,
Fontana foi prefeito de Concórdia em 1950 e chegou a vice-governador de Santa
Catarina em 1970.
Napoleon Hill descobriu que é impossível ser bem-sucedido nos negócios sem
saber lidar com o dinheiro. Tudo se resume ao seguinte: ou você controla o
dinheiro ou o dinheiro controlará você. Para controlar o dinheiro, você tem de
administrá-lo. E administrar o dinheiro inclui o hábito de poupar.
O hábito, uma vez incorporado à mente, é facilmente transformado em ação.
Quando falamos no hábito de economizar, não queremos que você se torne sovina.
Longe disso. O conceito aqui refere-se à capacidade de armazenar recursos para
transformá-los em riqueza.
Foi assim que Atílio Fontana conseguiu subir na vida de maneira estupenda.
Aproveitou cada centavo dos lucros obtidos, aplicando em novos negócios e
criando condições para estar sempre pronto para as oportunidades. Tirava de um
lado e em seguida aplicava em outro. Não é preciso ser mesquinho ou avarento, é
preciso ser organizado. Sua vida é do tamanho da sua organização.
“Você deve cultivar o hábito de poupar a m de se colocar na rota de grandes
oportunidades e desenvolver sua capacidade de visão, autocon ança, imaginação,
entusiasmo, iniciativa e liderança”, a rmou Hill, advertindo sobre o perigo de
ignorar a importância de gerir o orçamento e ter fundos de reserva:
O ld d S l
• O primeiro é segurança, que traz consigo a tranquilidade. Se alguém t
dinheiro guardado e perde o emprego, naturalmente sente-se mais tranquilo p
procurar uma nova colocação, o que aumenta as chances de encontrar u
posição adequada.
• O segundo é a possibilidade de investimento. Boas oportunidades surgem
tempo todo, é preciso estar preparado. Como diz o ditado, dinheiro cha
dinheiro.
S ld
Se você apenas gasta, não só jamais enriquecerá, como a parte responsável do
seu ser também acabará fazendo com que você não curta as coisas com as quais
despende dinheiro por causa da culpa. Culpado, você se sente infeliz, aí gasta ainda
mais para se sentir melhor, e a gastança gera mais culpa. Você precisa romper esse
círculo vicioso aprendendo a administrar suas nanças de um modo que dê certo.
A conta da diversão ajuda na gestão nanceira, permitindo-lhe gastar sem culpa.
A regra da conta da diversão existe para ser zerada. Você deve investir todo o
dinheiro da diversão em algo que o faça sentir-se rico. Vá a um bom restaurante e
peça uma garrafa do melhor vinho. Alugue um carro caro para passear no m de
semana. Reserve acomodações em um hotel de luxo. Essa conta é para
extravagâncias.
Para a maioria de nós, a única forma de respeitar o plano de poupança é
contrabalançar com um prêmio pelo nosso esforço. Outras nalidades da conta da
diversão são fortalecer o “músculo recebedor” e tornar mais divertida a
administração do dinheiro. Além da conta da liberdade nanceira e da conta da
diversão, é importante criar outras quatro contas para dividir o seu dinheiro:
• conta das despesas de longo prazo;
• conta da educação continuada;
• conta das necessidades básicas;
• conta das doações.
d d d b ld
maioria dos teóricos aceita a opinião de Bernard M. Boss sobre o que um líder que
triunfa faz.
Um líder transformacional geralmente inspira os seus seguidores a sentir
con ança, lealdade e respeito por ele. Seguidores são motivados a fazer mais do
que foi originalmente designado. Continuam e perseveram em sacri car os seus
confortos pessoais em prol da meta em comum, a despeito de suas di culdades
pessoais. Os norte-americanos encararam enormes di culdades e sofrimentos
durante a guerra revolucionária. Fossem eles os soldados que estavam congelando e
morrendo de fome ou as incontáveis jovens mães tentando cuidar de suas famílias
enquanto os seus maridos estavam longe. Ou os milhares de fazendeiros que
perderam tudo na passagem de exércitos vorazes, ou a miríade de pequenos
empreendedores que tornaram-se nanceiramente indigentes por causa da
hiperin ação e o dinheiro desvalorizado... todos eles, de alguma forma,
contribuíram para a vitória sobre o exército do rei inglês.
Eles não apenas venceram a guerra da independência americana, mas também
estabeleceram para eles e para as futuras gerações o primeiro e bem-sucedido
governo democrático no mundo. O líder moderno talvez não tenha mais que
enfrentar tarefas tão monumentais como enfrentaram os Pais da Pátria. Porém, os
princípios que os fundadores seguiram ainda são essencialmente úteis para vencer
vários desa os da liderança moderna, como o estabelecimento de uma nova
empresa, a recuperação de um negócio que está falindo ou a motivação de forças de
trabalhadores desmotivados.
Napoleon Hill listou algumas características dos líderes transformadores:
1. Preparam-se a si mesmos;
2. São exemplo de integridade moral;
3. Vão além do interesse próprio;
4. Estabelecem metas claras;
5. Respeitam sua equipe;
6. Transmitem uma visão inspiradora.
O GRANDE DESCOBRIDOR
Pedro Álvares Cabral sem dúvida era um homem de tremenda autocon ança. O
nobre português nunca havia navegado por mares desconhecidos antes de assumir
o comando militar da maior frota dos descobrimentos até então. Mesmo assim,
zarpou intrépido de Portugal como comandante supremo de treze embarcações e
1.500 homens. Seu objetivo: chegar às Índias, uma jornada perigosa por mares
h d C b l h d b
pouco conhecidos. No trajeto, Cabral tinha de cumprir uma incumbência extra
determinada por Vasco da Gama, o maior navegador da história portuguesa: abrir
o curso de sua frota a oeste. Assessorado por navegadores altamente quali cados,
Cabral executou o plano à risca. Encontrou o Brasil e chegou às Índias. Gravou
seu nome com total sucesso na galeria dos grandes navegadores e descobridores
europeus. Também chamado de o português mais brasileiro que já existiu.
PESOS E MEDIDAS
O estudo da liderança é polêmico, apaixonante e paradoxal. Polêmico porque
di cilmente se consegue analisar o assunto sem deixar de manifestar, ainda que
implicitamente, os valores, crenças, preferências e motivações pessoais.
Apaixonante porque o desa o nos estudos sobre liderança não está apenas em
encontrar novos conhecimentos, mas em analisar coisas conhecidas com um novo
olhar. Paradoxal porque não existe uma resposta certa para todas as situações.
Liderar em muitas ocasiões exige dez pesos e dez medidas. Decisões com base em
princípios éticos e decisões com base em resultados podem ser completamente
diferentes.
Jesus, Gandhi, Hitler, comandante Rolim, Bernardinho, George W. Bush,
Osama Bin Laden, Papa João Paulo II, Felipão, ACM (Antônio Carlos Peixoto de
Magalhães) e Vanderlei Luxemburgo são alguns exemplos que comprovam a
natureza múltipla e paradoxal da liderança. Que todos conseguiram ou conseguem
in uenciar muita gente não se discute. Também é indiscutível a marcante diferença
de estilos e objetivos.
Hill fez uma primorosa diferenciação básica entre líderes, estilos de liderança
e motivações para liderar:
lh d f d
olha e depois faz o mesmo. Usar somente a memória é como dirigir em uma
autoestrada olhando pelo retrovisor.
A grandiosidade da mente não está na repetição e imitação. Está na
projeção. Essa qualidade os animais não têm. O homem que projeta seu futuro
de forma inteligente pode se tornar grande. Quem usa apenas a memória só vai
aonde vão os outros. Quem vai atrás é sempre o segundo.
Foi sempre meu desejo diversi car os empreendimentos do nosso grupo industrial.
Durante longos anos, veri quei que quem tem tudo num só ramo de negócio tem
alguns anos bons e muitos anos maus. Sempre baseei os nossos ramos industriais
dentro do consumo de matérias-primas nacionais, não somente por serem necessárias
ao desenvolvimento do país, como também para evitar pedir favores para o exterior
na obtenção de matérias-primas básicas necessárias ao funcionamento das indústrias.
Tais favores, em muitos casos, poderiam comprometer nossa maneira de agir em
detrimento dos sadios interesses nacionais.
Tendo em vista os principais setores da produção nacional, procurei colocar nosso
grupo dentro do que havia de melhor para a organização, cando assim traçado o
nosso destino. Por isso, temos condições, sem medo da concorrência, nos seguintes
ramos: 1) alumínio, zinco e níquel; 2) cimento; 3) papel e celulose.
Com relação às outras empresas, como siderurgia, refratários, produtos químicos,
tecidos, açúcar, são empresas que devem ser conservadas, pois as iniciamos com
grandes sacrifícios, e, ainda que não proporcionem grandes lucros, precisamos manter
aquilo que começamos.
Perdemos um campo de ação dos mais importantes, que é a petroquímica, por
não termos tido recursos nanceiros para iniciar na hora certa. É bem provável que
no futuro algum ramo especializado desse setor possa ser iniciado, porquanto são os
que dão melhores lucros. Mesmo assim, dependerá de contrato de fornecimento com a
Petrobrás.
Desejo chamar a atenção de vocês, neste mais solene momento dos meus setenta
anos de vida, que nenhum negócio deve abranger mais de 50% dos nossos recursos.
Quem não diversi car a sua produção mais cedo ou mais tarde terá anos difíceis e de
sacrifícios inúteis. Vejam o que está se passando agora com as grandes empresas
americanas, inclusive os produtores de petróleo, que, possuindo o maior e melhor
negócio do mundo, já estão entrando no campo dos fertilizantes, da metalurgia e dos
produtos químicos, principalmente da petroquímica.
Outra coisa que recomendo a vocês é que sempre contribuam para as instituições
úteis ao país ou para os menos favorecidos na vida. O Rotary tem um grande
princípio: “Dar de si antes de pensar em si”.
Nada mais tenho a dizer-lhes da longa experiência que tenho tido com vocês,
pois tenho a certeza de que existe entusiasmo e lealdade para a empresa e um grande
esforço de vocês para torná-la sempre objetiva e independente.
A continuação de tudo isso depende de vocês na harmonia, na lealdade de uns
para com os outros e no interesse primordial de criarem seus lhos dentro de um
regime de humildade, de ensinamentos adequados, pois sempre preguei em todas as
universidades onde z conferências, no Senado da República e nas associações de
classe que nenhum de nós tem o direito de ser arrogante e considerar-se superior aos
demais, uma vez que com isso só demonstra fraqueza de conhecimentos, para que eles
possam, no futuro, ser os contribuidores dessa obra, em prol de cujo crescimento temos
trabalhado arduamente há 45 anos. Devem esses meninos ter contato com as fábricas
desde moços, cada um frequentando o ramo que mais apreciar, visto que nem todos
têm a mesma inclinação.
Recebam um paternal abraço de seu pai, José Ermírio de Moraes
Entusiasmo
Entusiasmo é um estado mental que inspira e incita a dar conta da tarefa em mãos. O entusiasmo é
contagioso e afeta vitalmente não só o entusiasta, mas também todos que entram em contato com
ele. O entusiasmo é a força motriz vital que impele à ação. Os grandes líderes são aqueles que
sabem como inspirar entusiasmo nos seguidores.
S f d A h f d d d
Seja entusiasta e será um triunfador. A maior herança que um triunfador pode deixar para
seus lhos é o entusiasmo pela vida.
O que mais o entusiasma na vida?
Capítulo 8
Autocontrole
FALTA DE AUTOCONTROLE
Basta um instante de descontrole para acabar com uma vida. Os noticiários
estão repletos desses exemplos. “É fato que a maioria das tristezas do homem
decorre da falta de autocontrole”, observou Napoleon Hill. Quem tem o
domínio de si, tem o governo de suas ações, não desperdiça energia, tempo e
recursos; assim, conduz sua vida e seus negócios com mais e ciência e
tranquilidade.
Você não pode controlar os acontecimentos, mas pode controlar suas
reações. Cabe a você escolher suas respostas ao que acontece. Para se
aperfeiçoar nessa arte há que se desenvolver a capacidade de pensar. Pensar
antes de falar, pensar antes de agir. Educar o pensamento e exercer o
autocontrole é perfeitamente possível. Como tudo que mencionamos até aqui,
é questão de prática.
A b l b h d b l l
A biopsicologia, também conhecida como psicobiologia, psicologia
biológica ou neurociência comportamental, ensina como transformar a
consciência e harmonizar as emoções por meio de exercícios que atuam nas
glândulas endócrinas. As práticas – exercícios físicos, relaxamento, controle da
respiração e visualização – são uma poderosa ferramenta para introduzir
profundas mudanças positivas no sistema humano.
Pela prática diária de técnicas que atuam diretamente em nossos sistemas
endócrinos e neurológicos, não precisamos de substâncias externas – álcool,
cigarros ou drogas – para transformar nossa bioquímica interna e melhorar
nosso humor. Podemos nos tornar mestres de nós mesmos, aumentando a
exibilidade emocional (permanecendo abertos e não defensivos em situações
difíceis), a força emocional positiva sob pressão e a receptividade emocional
(mantendo-nos sensíveis e conectados com cada pessoa à nossa volta).
Existem, portanto, duas maneiras de abordar a transformação da
consciência: estudo e prática. O estudioso tende à abstração intelectual,
discutindo com intermináveis palavras a importância da cooperação, do
trabalho em equipe e da harmonia planetária. O praticante dedica-se à
disciplina, de fato, e experimenta em cada célula do corpo a agradável sensação
das moléculas da emoção de harmonia. São os praticantes que se mantêm mais
facilmente em estado de equilíbrio mental. Eles se tornam capazes não
somente de harmonizar a própria vida, mas também integrar as energias e
potencializar as habilidades de todos ao seu redor. São eles os geradores de
sinergia na família, nas organizações e na sociedade.
O VERDADEIRO PROBLEMA
A regra da vida é ser maior que o problema. O problema não é ter problemas, o
problema é não saber resolver problemas.
Uma pessoa com autocontrole é uma solucionadora de problemas. No
mundo dos negócios, a habilidade de resolver problemas é uma das chaves do
sucesso. A falta de autocontrole atrapalha a habilidade de resolução. Pense no
tempo que um indivíduo descontrolado perde com explosões de raiva e
acusações, além do drama de tratar cada di culdade como se fosse o m do
mundo. Pense quantas vezes você já ouviu alguém dizer que tinha um
problema grave e, quando você averiguou, constatou que não era.
l d l bl d d d d
Pessoas controladas resolvem os problemas com maturidade e serenidade.
Quanto maiores os problemas com os quais você lidar, maior o negócio que
será capaz de conduzir; quanto maior o número de funcionários que
administrar, maior o universo de clientes que poderá atender, maior o
montante de dinheiro que conseguirá controlar e maior a fortuna que terá
condições de acumular.
Um triunfador é sereno como um lago e rme como uma montanha. Um
dos motivos pelos quais as pessoas ricas são maiores que seus problemas é
estarem concentradas nas metas e não nos obstáculos. Em geral, a mente
consegue focar uma coisa de cada vez. Portanto, ou a pessoa está se lamuriando
por causa das di culdades ou está trabalhando para saná-las. Os bem-
sucedidos são orientados para soluções, empregam seu tempo e sua energia em
estratégias e respostas para os desa os que surgem.
Um dia perguntaram a Bill Gates, fundador da Microsoft, qual a diferença
entre ser bilionário e milionário. A resposta foi que, quando era milionário,
tinha problemas de milionário, hoje tem problemas de bilionário. É um grave
equívoco pensar que para ter qualidade de vida é preciso evitar adversidades: o
que importa é saber lidar com as contrariedades.
Veja o exemplo do empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de
administração da Península Participações e membro dos conselhos de
administração do Carrefour Global e do Carrefour Brasil. Formado em
Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo,
começou a trabalhar muito jovem na doçaria do pai. Em 1959, o pai, Valentim
Diniz, inaugurou o primeiro supermercado Pão de Açúcar, com Abilio ao seu
lado. Teve início uma escalada de sucesso.
Na virada da década de 1980 para 1990, Abilio enfrentou três graves
situações. Em 11 de dezembro de 1989, foi sequestrado, passando sete dias em
cativeiro. Em 1990, o Grupo Pão de Açúcar esteve à beira da falência. Houve
ainda uma briga entre os irmãos Diniz pelo controle da empresa, resolvida
somente em janeiro de 1994. Em 1995, Abilio abriu o capital do Pão de
Açúcar. Em 1999, rmou sociedade com o grupo francês Casino. Em 2006,
fundou a Península Participações para gerir os ativos da família Diniz.
Em 2009, o Grupo Pão de Açúcar adquiriu a rede Ponto Frio e se juntou
às Casas Bahia. Dobrou de tamanho e de valor de mercado. Em 2010, Abilio
criou o curso Liderança 360° na FGV, no qual leciona. O empresário tentou
fundir o Pão de Açúcar com o Carrefour. Não conseguiu, enfrentando rme
d C A d l l
oposição da sócia Casino. As divergências levaram o empresário a optar pela
saída do grupo Pão de Açúcar em setembro de 2013. Em 2014, a Península
adquiriu expressiva participação acionária no Carrefour Brasil e, em 2015, no
Carrefour Global.
Um dos mo vos pelos quais as pessoas ricas são maiores que seus
problemas é estarem concentradas nas metas e não nos obstáculos.
O simples fato de que a maioria das pessoas presta tão pouco serviço
quanto possa cria uma vantagem para todos que prestam mais
serviço do que são pagos para fazer, pois permite que lucrem com a
comparação. É importante entender que o princípio de prestar mais
e melhor serviço do que se é pago para fazer se aplica a
empregadores e pro ssionais liberais e autônomos da mesma forma
que a empregados.
Q d f f h d d d
Quando você faz apenas o que é pago para fazer, não há nada de extraordinário; porém,
quando você faz mais do que é pago para fazer, sua ação atrai atenção favorável e
propicia o estabelecimento de uma reputação que acabará fazendo a lei dos retornos
crescentes trabalhar em seu favor, gerando ampla demanda por seus serviços.
Prestar mais e melhor serviço sempre foi o mote de vida de Itamar Serpa,
fundador da Embelleze, empresa de produtos de beleza. Serpa atribui seu sucesso e a
posição da sua companhia no mercado ao compromisso com a ética e a qualidade e,
também, ao empenho de superar as expectativas das consumidoras.
Quando você não aguentar mais correr, você ainda aguenta correr cinco
quilômetros extras.
Nascido em uma família pobre do Espírito Santo, aos quinze anos Serpa foi morar
em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Foi office boy e cobrador de ônibus antes de começar
a trabalhar no setor químico. Ingressou na faculdade de Química e deu aulas para se
manter enquanto estudava. Formado, comprou a empresa onde trabalhava e decolou ao
desenvolver um creme alisador de cabelo que conquistou as brasileiras.
Hoje, a Embelleze tem um catálogo com mais de quinhentos produtos, entre
tratamentos e tintas para cabelo, xampus e pós-xampus. A empresa tem liais nos
Estados Unidos e em Portugal; seus produtos estão presentes em mais de trinta países,
como Inglaterra, Espanha, Holanda, Venezuela e Angola.
A Embelleze tem um manifesto que sem dúvida seria aprovado por Napoleon
Hill. Con ra:
1. DECLARAÇÃO: Todas as mulheres têm o direito de realizar seus sonhos, e
são fundamentais para o desenvolvimento da humanidade.
2. COMPROMISSO: Estamos totalmente comprometidos com a realização da no
declaração e faremos tudo que estiver ao nosso alcance para transformar a vida
mulheres por meio da beleza.
3. PROPÓSITO MAIOR: O desenvolvimento da humanidade pela beleza da mul
4. VISÃO: Temos o sonho de que todos enxerguem o mundo com um olhar femini
5. MISSÃO: Em cinco anos, queremos ajudar a transformar a vida de um milhão
mulheres no Brasil.
A O S
6. VALORES:
• Beleza é paixão pela vida;
• conhecimento da diversidade da beleza da mulher brasileira;
• transformação;
• crescimento;
• transparência;
• movimento passo a passo;
• espiral de transformação, você aprende com os seus erros e di culdades;
• inclusão;
• assumir riscos e inovar;
• orgulho de ser Embelleze;
• lealdade;
• generosidade.
7. CAUSA: Participar da realização do sonho das mulheres.
8. ATITUDE:
• Otimista-realista;
• audaciosa;
• apaixonados pela vida;
• nunca desistir, como a mulher guerreira;
• sempre tentar de novo.
9. O CHAMADO: Conclamar todas as pessoas que se identi cam com a nossa ca
a se unir a nós e assinar o Manifesto da Embelleze.
l d l d l d f d d
tornaram lenda. Pelé é um modelo de que quem sempre faz mais do que o esperado
sempre faz o máximo e o melhor.
Tome a iniciativa de fazer mais do que aquilo que esperam de você. Quantos
funcionários com atribuições sem visibilidade acabam se destacando porque zeram
mais do que o exigido? Isso ocorre tanto na execução do trabalho quanto na dedicação
ao aprimoramento pro ssional e pessoal. É uma questão de estar preparado para as
oportunidades e para os desa os. Estar apto para assumir novas responsabilidades. É
comum as pessoas se queixarem de que estão ganhando pouco. Pode ser verdade, mas
também é verdade que muitas fazem pouco, fazem o mínimo ou até menos.
Nenhuma atividade vale a pena se for encarada apenas como uma obrigação para
receber o salário no m do mês. E a repercussão de trabalho feito de má vontade
obviamente não impulsiona a carreira de ninguém.
Toda pessoa que faz algo além do esperado cativa os outros. Se você vende carros,
antes de entregar o automóvel pode fazer uma revisão geral e encher o tanque; se é
corretor de imóveis, pode entregar o imóvel limpo e deixar uma garrafa de champanhe
para o cliente celebrar a compra.
Kaizen é uma palavra japonesa que signi ca melhoria contínua, mudança para
melhor na vida pessoal, familiar, social e pro ssional. O conceito de kaizen foi
incorporado pelas empresas do Japão após a Segunda Guerra Mundial e se tornou uma
metodologia para redução de custos e aumento da produtividade adotada por grandes
corporações e pequenos negócios no mundo inteiro. Você pode praticar a loso a do
kaizen na sua vida.
Pare e re ita:
• Quais as áreas em que você pode se aprimorar, fazer mais e melhor?
• O que você pode fazer além do esperado nas relações com a família, os amigo
contatos pro ssionais?
• Em que setores de sua vida você tem feito mais que o esperado?
Capítulo 10
Personalidade agradável
Sl S l d f d ld d T d
Silvio Santos é um exemplo da força da personalidade. Tornou-se um dos
apresentadores mais famosos da TV brasileira e acumulou enorme fortuna
graças ao carisma, charme, convicção e entusiasmo. Silvio é um líder
incontestável, magnético, tem extrema facilidade para falar em público – e com
o público –, além de ser um grande negociador. Isso tudo torna a sua
personalidade atraente e o credencia como um dos mais completos em seu
ramo.
Uma personalidade agradável pode ser cultivada. Qualquer pessoa
devidamente preparada pode adquirir um temperamento atraente, capaz de
cativar e agregar. Para isso, Napoleon Hill dá algumas indicações úteis.
Primeiro, preste atenção em alguns detalhes, como o aperto de mão. Um
aperto de mão rme, entusiasmado, porém sem ser rude, é cativante. A
expressão do olhar também é importante. Esforce-se para que seus olhos
transpareçam sinceridade, interesse. Forme o hábito de falar olhando nos olhos
da outra pessoa. Esse é um fator importantíssimo para uma boa impressão. Um
sorriso nos lábios ilumina qualquer semblante, tornando-o mais agradável.
O tom de voz é outro elemento ao qual devemos nos atentar. Preste
atenção se a sua voz não soa muito estridente. Isso irrita. Voz muito baixa
também acaba gerando certa indisposição no interlocutor, pois di culta o
entendimento do que se fala e dá a impressão de que a outra pessoa não ouve
bem. A conversa ca desagradável. Se for o caso, procure a orientação de um
pro ssional da área.
A vitalidade e a vivacidade causam impressão extremamente positiva. Um
aspecto desanimado é péssimo. Fale com convicção, com rmeza.
Cultive o hábito de se interessar sinceramente pelas pessoas. Ouça de
verdade o que elas têm a dizer. Os dois assuntos que as pessoas mais gostam de
falar são de si mesmas e da vida alheia. Seja sensato, fale apenas de si. Falar da
vida alheia é desperdício de energia mental. Chame as pessoas sempre pelo
nome. Lembre-se, o homem morre, mas o nome ca.
Desenvolva uma atitude positiva, sem negativismos. É deprimente
conversar com gente que vive se queixando, contando histórias tristes ou de
fracassos. Dê ênfase ao lado bom das coisas, exalte o aspecto positivo da vida, e
sua personalidade sem dúvida vai adquirir uma aura agradável.
A ARTE DA PERSUASÃO
l h d d Sh k
Encerraremos este capítulo com um trecho da peça Júlio César, de Shakespeare,
que Napoleon Hill reproduziu e comentou para ilustrar a forma de agir de uma
pessoa carismática. Trata-se do célebre discurso de Marco Antônio após o
assassinato de César. A técnica de Marco Antônio para in uenciar aqueles que
o escutam muitas vezes é usada por pessoas inescrupulosas; contudo, não é a
ferramenta que é má, o problema é o mau uso e o abuso. Uma faca serve para
cortar pão e também para matar.
Aqui está o fragmento; como os demais, é retirado de O manuscrito
original:
Com esse discurso, Marco Antônio conseguiu fazer com que a população
acreditasse ser dela a ideia de vingar o assassinato de César.
Preparado para ser uma pessoa interessante e atraente?
Capítulo 11
S l d f f f
Selecionados os fatos, é preciso fazer uma triagem, pinçar a informação
útil e descartar o que não terá aplicação. A humanidade hoje tem acesso a um
volume de dados gigantesco; é fundamental realizar uma seleção para não
acabar soterrado e paralisado. Ou perdido. Napoleon Hill já advertia no século
passado, bem antes da TV e da internet: “É importante selecionar os fatos
importantes porque você pode trabalhar tão arduamente para organizar,
classi car e utilizar fatos irrelevantes quanto para lidar com fatos relevantes; a
diferença é que não realizará muito”.
Para resumir: você tem que pensar com a própria cabeça. Hill ressalta:
b lh l d b
cabeça; às vezes é como um malho golpeando uma bigorna, e aí parece que sua
cabeça vai explodir.
Sem controle, a voz interior pode arrasar com você. “Você é um estúpido”,
diz ela. “Estúpido desse jeito e conseguiu um emprego? Você não merece.
Bom, de qualquer modo você sempre acha um jeito de estragar tudo. Vamos só
esperar para ver.”
Em outros momentos, a voz é mais sutil nos comentários, mas igualmente
perniciosa. Quando faz comparações negativas, por exemplo: “Olha só o
fulano”, murmura. “Isso sim é saber falar. Que uência! E sempre tem uma
palavra gentil, um elogio gracioso ou algo inteligente a dizer. Nunca perde a
fala nas reuniões. Você tinha que ser assim, em vez de se atrapalhar na leitura
de Power Point.”
A voz julgadora não deixa passar nada. Julga os outros também: “Olha que
jeito esquisito de andar. Já deve ter tomado uns dois drinques”, ou: “Que casal
encantador. Devem ter um ótimo casamento”. Embora a voz julgadora possa
eventualmente ser agradável e tecer comentários positivos, o mais comum é que
critique tudo e todos. A começar por você. A voz julgadora tem a capacidade
infalível de se insinuar no uxo da tagarelice mental de forma insidiosa.
Quando você acorda e começa a pensar em tudo o que tem para fazer no
dia, antes de qualquer ação a voz julgadora relembra todas as suas fraquezas e
todos os seus fracassos. Quando a lista de afazeres começa a crescer mais
rápido que saco de pipocas no micro-ondas, a voz julgadora intervém: “Não vai
conseguir dar conta de nem metade disso. Você é um irresponsável. Por que
cou vendo TV até de madrugada? Não tem autocontrole. Por isso nunca vai
chegar a lugar nenhum, nunca vai conseguir realizar nada”.
Seu chefe é insuportável, e você pensa em dizer que não vai mais tolerar as
grosserias dele; vem a voz e apita: “Isso é burrice. Fique grato por ter um
emprego. Um monte de gente daria o braço direito para estar onde você está.
Vai deixá-lo irritado, vai ser demitido, e aí? Irá para onde?”. A voz interior o
mantém preso em situações doentias, alardeando tragédias e pintando cenários
catastró cos.
Com o tempo, os julgamentos negativos se acumulam e viram uma
gigantesca barreira à sua frente, obstruindo o caminho que leva à vida desejada.
É como um recife de coral, capaz de rasgar o fundo da mais robusta
embarcação. O pólipo de coral é um organismo minúsculo, mas ao morrer
deixa um esqueleto ósseo. Isolado, um pólipo é insigni cante e não causa dano
l d d lh d l l
algum. Mas dezenas de milhares de pólipos morrem e seus esqueletos se
juntam, formando um impressionante recife. A tagarelice mental e a voz
julgadora são como pólipos de coral. Cada julgamento, cada comentário
negativo pode desaparecer como um pólipo. Porém, cada um deixa a sua
marca.
Você tem dado atenção ao uxo ininterrupto de tagarelice mental durante
todos os momentos de vigília há décadas. Esse uxo deixa resíduos. O acúmulo
torna-se um entulho robusto. Tão robusto quanto um recife de coral. Esse
recife é a sua realidade. Ela o aprisiona. E foi você que a construiu. Você jamais
se deu conta do que estava erigindo. Ainda que às vezes tivesse consciência de
seu negativismo, provavelmente descartou tal percepção, rotulando-a como
desimportante ou considerando merecidas as críticas.
Você já visitou algum site da internet que travou seu navegador e aí o
inundou com anúncios em janelas pop-ups? Você clica no “x” para fechar a
janela ou o programa e nada acontece. Ou a tela fecha, mas é imediatamente
substituída por outra e mais outra. É como espantar um enxame de insetos. Às
vezes, a única saída é formatar o computador. Nossa tagarelice mental funciona
nesse padrão de pop-ups. O que são os pop-ups da voz interior? São todas as
ideias, crenças, hábitos e atitudes que você acumulou. Provêm de seus pais,
parentes, professores e amigos, da sociedade e da mídia. Você pega informações
aqui e ali e absorve tudo sem submeter a exame. E esse material invade e
controla sua mente e sua vida, intrometendo-se constantemente sem sua
permissão. Você tem sua mente e sua vida sequestradas como o navegador.
De onde vêm os pop-ups mentais? Tanto de sua mente como do mundo
que o cerca. Você passou décadas acumulando um gigantesco banco de dados.
O material armazenado é ativado automaticamente centenas de vezes por dia a
partir de seus pensamentos e estímulos do ambiente.
Napoleon Hill a rmou: “Pensamentos são coisas. Você tem absoluto
controle sobre seu pensamento. Se você tem o poder de controlar seus
pensamentos, recai sobre você a responsabilidade de seus pensamentos serem
positivos”. Uma pessoa não pode ter uma vida realizada e plena se não descobre
o valor do pensamento positivo.
Em um treinamento de MasterMind em Sertãozinho, São Paulo, o
empresário Toninho Savegnago disse em uma palestra: “Nunca conheci um
pessimista rico”. Ele e sua família começaram com um pequeno armazém; hoje
d d d S f d
a rede de supermercados Savegnago tem o maior faturamento do setor no
interior de São Paulo.
Pessimistas são derrotados por si mesmos. Para eliminar a voz negativa
interior, você precisa acreditar que merece receber o que deseja com toda sua
força, deve estar integrado por inteiro ao seu objetivo. “Pensamento criativo
pressupõe manter a mente em um estado de expectativa de realização do
objetivo principal de nido, ter plena fé e con ança em sua realização”, frisou
Napoleon Hill.
Preparado para eliminar as tagarelices mentais?
Capítulo 12
C l d d l l
Controlar uma máquina signi ca ter condições de colocá-la em ação,
modi car sua velocidade e fazê-la parar quando necessário. É exatamente isso
que se faz com a mente disciplinada. O verdadeiro poder de concentração não é
apenas a habilidade de dirigir e manter por alguns minutos a atenção focada
exclusivamente, por exemplo, na cabeça de um al nete, e sim a capacidade de
fazer parar a máquina pensante e observá-la parada.
O artista que pinta um quadro sente-se seguro de que suas mãos lhe
obedecem e executam o movimento exigido. Por isso, nem pensa no assunto e
trabalha sem se preocupar, sabendo que as mãos farão o que ele deseja. Poderia
você a rmar com plena certeza que pensa sempre só o que quer e, portanto,
sabe de onde os pensamentos surgem? Você consegue impedir a ocorrência de
pensamentos indesejados ou limitar sua permanência na mente consciente pelo
tempo que desejar?
A capacidade de concentração é proporcional à força de vontade. Como
desenvolver essa força essencial? Depende da rmeza para dominar impulsos,
sentimentos e palavras na vida diária. Em outras palavras: sua força de vontade
aumenta à medida que você controla seus impulsos e palavras.
Coloque suas palavras sob controle. Suprima toda fala desnecessária ou
sem signi cado. Você vai economizar milhares de sílabas, e isso lhe
proporcionará energia extra para o que interessa. É um método simples, cuja
prática regular fortalecerá sua força de vontade cada vez mais.
Todavia, seja prudente e suprima apenas o desnecessário. Se um parente,
amigo, colega de trabalho ou superior hierárquico abordar um assunto
relevante, será insensatez permanecer calado. Reduza as palavras pronunciadas
por iniciativa própria, algo inteiramente dentro de suas possibilidades. Com a
prática dessa pequena restrição, começamos a sentir nossa bateria interna
d C f df f df
carregada. Como isso se manifesta? De diferentes formas em diferentes
pessoas, mas em geral é semelhante a uma leve tensão (não desagradável) na
cabeça ou nas células nervosas. Nos sentimos mais tranquilos, mais
autocon antes; o nervosismo e a ansiedade diminuem.
Devemos praticar esse exercício até estarmos em condições de tentar
renúncias um pouco maiores. Notaremos então que, quanto maior o desejo
dominado, maior será nossa força interior. Por m, quando se quiser executar
algo que exija grande força de vontade, será mais fácil do que antes, pois a
mente estará treinada e se concentrará no objetivo, sem escorregar para os
antigos hábitos e sem ceder a impulsos.
Pode se comparar o treinamento da força de vontade com o treinamento
físico. Para obter o máximo rendimento de seus músculos, você tem que
começar de leve e ir aumentando a intensidade. A nal, quem nunca passou
pela experiência de se matricular em uma academia, treinar feito louco no
primeiro dia e passar os próximos três dias todo dolorido?
Será que vale a pena fazer o esforço de dominar o pensamento e exercitar
a concentração no objetivo principal? O que você conseguiria se mantivesse a
disciplina diária e jamais desistisse?
Iolando Araújo, empresário de revenda de veículos no oeste da Bahia,
contou que, quando tinha uma concessionária de automóveis em Barreiras,
vendia de dois a três caminhões por mês. Quando resolveu concentrar-se na
venda de caminhões, passou a comercializar de 25 a 30 unidades por mês.
“Aprenda a xar a atenção em um assunto por vontade própria, por
qualquer espaço de tempo que queira, e você terá aprendido a passagem secreta
para o poder e a abundância”, disse Napoleon Hill. Você precisa concentrar sua
mente no que quer e não a deixar divagar e se extraviar em pensamentos
aleatórios, ou – pior ainda – pensamentos sobre o que você não quer e cenários
de fracasso, doença ou pobreza. Hill escreveu muito sobre o poder da mente
para atrair aquilo que ocupa os pensamentos de um indivíduo, e daí a
necessidade imperativa de se concentrar no objetivo principal e barrar todo tipo
de ideia negativa. Ele inclusive sugere um exercício:
Conseguir cooperação
d d l lG l
Instituto Hay, nos Estados Unidos, o psicólogo Daniel Goleman veri cou que
pessoas que alcançavam pontuação mais alta nos testes psicológicos de empatia
e capacidade de compreender os sentimentos dos outros ganhavam em média
cinquenta mil dólares a mais por ano. Outro estudo do Centro para Liderança
Criativa, também nos Estados Unidos, mostrou que 82% dos pro ssionais que
fracassam na carreira não afundam por não falar outro idioma ou estar
desatualizado em informática, mas por falta de habilidade para se relacionar
com os outros – por falta de controle emocional.
Tudo isso soa muito bem na teoria, mas, na prática, com frequência a
realidade é outra. Uma anedota ilustra isso com perfeição:
Uma vez um pregador em visita a um vilarejo fez um sermão sobre
generosidade a um grupo de camponeses. Depois perguntou:
– Se vocês tivessem dois carros, o que fariam?
– Eu manteria um para mim e daria o outro para uma pessoa necessitada –
respondeu um camponês.
– Sim, esse é o espírito do compartilhar – encorajou o pregador. – E se
você tivesse duas casas?
– Eu caria com uma e daria a outra para um sem-teto – respondeu o
camponês.
– Isso é que é ser generoso – aprovou o pregador. – E se você tivesse duas
galinhas?
O camponês, nervoso, disse:
– Eu caria com as duas.
– Mas por quê? Por que você caria com as duas galinhas, quando agora
mesmo demonstrou ter um coração tão generoso?
O camponês semicerrou os olhos e respondeu:
– Porque eu já tenho duas galinhas.
O fato é que pregamos colaboração e parceria, mas não raro cometemos
deslizes e agimos de modo ganancioso e dominador. Napoleon Hill foi
eloquente ao abordar a importância e os benefícios da cooperação:
A vitória começa dentro de você, na sua forma de jogar. Tem gente que
joga para ganhar e gente que joga para não perder. Quem joga para
não perder se contenta com o empate porque tem medo da derrota,
da dor da perda. Quem joga para ganhar sabe que a derrota faz parte e
não afunda quando ela acontece. Todo ganhador de dinheiro é
também um perdedor de dinheiro porque investe e arrisca.
Sou feliz por ter experimentado tantas derrotas. Elas veram o efeito de me preparar
com coragem para realizar tarefas que eu sequer teria começado se es vesse cercado
de in uências protetoras. A derrota é uma força destru va apenas quando aceita como
fracasso. Quando aceita como ensinamento de alguma lição necessária, é sempre uma
bênção.
Ser tolerante
Como você lida com as coisas quando elas não são como você quer que sejam?
Capítulo 16
A Regra de Ouro
l b l “ b ” d
longo prazo, o bem sempre vence o mal. “Mas isso eu já sabia!”, você pode
neste momento exclamar. Sim, todos nós sabemos, só que agora foi provado de
forma rigorosa, usando métodos cientí cos de investigação. Em mais de 85%
dos casos, as pessoas que agem dentro dos padrões éticos de virtude, no nal,
têm maior probabilidade de serem recompensadas. Segundo os pesquisadores,
a verdadeira chave para o assunto está em que o castigo e a recompensa são
principalmente intrapsíquicos, isto é, relacionados com a sensação pessoal de
felicidade, paz e serenidade, e com a ausência de culpa.
Assim, no que diz respeito às recompensas externas, elas costumam vir em
termos de grati cação das necessidades básicas de pertença, de se sentir amado
e respeitado e, em geral, de habitar um mundo bom, com verdades e virtudes
puras. Ou seja, nossa recompensa na vida não necessariamente ocorre em
termos de dinheiro, poder ou nível social.
É também a humanização dos negócios. A moral como paradigma de
conduta empresarial. Já falamos, na introdução deste livro, sobre a diversidade
do que se imagina como triunfo. O triunfo é algo particular, muito íntimo de
cada indivíduo. Enquanto alguns só se consideram triunfadores quando se
tornam milionários, donos de grandes empresas, outros podem se contentar
com objetivos de vida mais modestos. O importante é identi car o que o faz
feliz. Lembremo-nos de que nem sempre o triunfo é associado ao dinheiro,
embora reconhecendo que, sem dinheiro, a tarefa de se chegar ao m almejado
é bem mais árdua. Por outro lado, o sucesso medido apenas pelo dinheiro
acumulado é uma espécie de castelo de areia. Carece de alicerce, de fundações
sólidas. Quem assim pensa até pode conseguir o que pretende, mas manter-se
nessa situação por muito tempo depende estreitamente do uso que for feito
desse dinheiro.
Na elaboração do seu trabalho, Hill concluiu ser praticamente impossível
alguém se manter no topo sem repartir com os outros aquilo que conseguiu.
Faz parte do currículo dos grandes homens, vistos como triunfadores em suas
respectivas áreas de atuação, a prática da lantropia ou simplesmente o seu
empenho em fazer chegar aos seus semelhantes parte dos benefícios que eles
próprios granjearam. Aí reside o intuito do Criador, quando nos exorta à
prática da Regra de Ouro, que encontra ressonância na pregação de que
devemos amar ao próximo como a nós mesmos.
É essa maneira de pensar que alenta a maioria das pessoas acima da
média, que conseguiram o que queriam, e principalmente se sentem satisfeitas,
b b f d d
sentem-se bem não só com o que têm, como também com o fato de poderem
fazer com que outras pessoas se sintam da mesma forma. Os triunfadores são
pessoas que trazem dentro de si uma satisfação íntima só conseguida graças ao
retorno que recebem pelas boas ações que praticam, pelo bem que espalham ao
seu redor. Isso é válido tanto para aqueles que são donos de grandes
empreendimentos, ou dirigem grandes organizações, quanto para aqueles que
exercem atividades autônomas, os pro ssionais liberais.
A Regra de Ouro se refere, pois, à conduta ética e moral que devemos
ostentar durante a nossa jornada, trilhando o caminho pro ssional ou pisando
no terreno dos relacionamentos, vivenciados no círculo familiar ou no âmbito
social. O triunfador é com certeza um ser humano que acredita em Deus, é
livre, tem bons costumes, clara noção de moral e normas do bem-viver.
É o princípio do amor se sobrepondo aos sentimentos mesquinhos, como
a ganância sem medida, o individualismo sem par, o egoísmo, a intolerância, a
inveja e tantos outros negativismos que insistem em se in ltrar no coração do
ser humano. É a Regra de Ouro que faz com que o capitalismo não seja
selvagem.
O QUE É DIALÉTICA?
A dialética, numa explicação livre, é “o movimento vivo das coisas”. Para cada
tese existe uma hipótese e uma antítese. Essa regra, que começou com Moisés,
o grande legislador da humanidade, se cristalizou com Jesus Cristo e foi
percebida como ferramenta empresarial por Napoleon Hill. Ao longo das
décadas, foi ganhando vida própria, foi se movimentando. Passou a ser uma
espécie de bordão pessoal ou empresarial; por exemplo:
“Minha Regra de Ouro nos negócios é _____________________”.
“Minha Regra de Ouro no amor é _________________________”.
“Minha Regra de Ouro nos esportes é ______________________”.
Essas frases funcionam como uma espécie de norte para suas ações
naquela área de sua trajetória. Mais que uma força de expressão, ela representa
todo um modo de vida. Pois aquilo em que a pessoa acredita é o que forma
suas crenças, o seu senso de realidade, o que sustenta os seus valores. São os
valores que moldam o caráter. E o caráter é o que escreve o destino do ser
humano. Se minha Regra de Ouro é ser correto, eu ajo dessa forma e atraio
pessoas corretas fazendo do meu destino um destino correto.
SUA MISSÃO
Se a visão é o destino aonde você quer chegar, a missão é a estrada para chegar
lá. As metas são as paradas para recomposição. Como as paradas para banheiro,
lanche e alongamentos na beira da estrada de uma grande viagem. Sua missão
é sua Regra de Ouro. Em cada área chave da sua vida você deve construir uma
sólida Regra de Ouro, e uma para sua vida global.
Qual a sua missão? A palavra missão quer dizer enviar. A palavra ganhou
signi cado próprio ao longo do tempo e hoje tem como sentido razão de ser.
Por que você foi enviado? Um percentual muito signi cativo da população
passa pela vida sem saber sua missão. Como descobrir a sua?
Existe um exercício muito interessante que o ajudará a encontrar a sua
missão. Sente-se em um lugar tranquilo, relaxe, feche os olhos e visualize a sua
lápide. Seu epitá o. Qual frase você vê escrita abaixo do seu nome? Se
conseguir ver claramente a frase do seu epitá o, você terá encontrado sua
missão na vida. Pois viverá sua vida de acordo com essa frase. É um exercício
profundo! Estará construindo sua Regra de Ouro. Se este exercício o assusta,
trabalhe o seu medo da morte.
A doutora Elisabeth Kübler-Ross, autora de obras como A roda da vida, A
morte – um amanhecer e Sobre a morte e o morrer, fala algo muito bonito em seus
livros: “Uma vida com signi cado é uma vida com propósito. Quem sabe a sua
missão tira mais da vida”.
Uma vida sem uma Regra de Ouro é presa fácil dos desvios que surgem no
caminho. A missão faz com que o universo conspire a seu favor, pois sua vida
se organiza para isso.
“Minha missão é ser entusiasta em tudo aquilo que realizo em minha vida; com isso,
sou uma pessoa de resultados; e sempre que houver outras partes envolvidas, aplicar o
método ganha-ganha.”
– Walter Kaltenbach
“Minha missão é despertar a consciência, o eu interior das pessoas para uma vida
mais intencional. Conquistar o sim das pessoas para um novo olhar sobre o mundo,
apoiando na construção da sua visão em torno de um objetivo principal mais bem
de nido e harmonioso.”
– Márcio Abbud
Alb G
– Luiz Alberto Garcia
Presidente do Conselho da Algar
Qual frase você quer escrita na sua lápide? Qual o seu legado? O que você está
fazendo na vida que é maior que você?
Capítulo 17
A força do hábito
h d d d d f
compunha a introdução da primeira edição – era de fato um princípio
separado, mas integrante do todo.
Após a bem-sucedida publicação de O manuscrito original, Hill proferiu
muitas conferências e escreveu numerosos livros sobre o tema, incluindo seu
clássico best-seller Quem pensa enriquece – Edição o cial e original de 1937, e,
junto com seu sócio, Clement Stone, A fórmula de sucesso que nunca falha. Mais
tarde, Hill imaginou que haveria outro princípio que, com efeito, uniu-se aos
outros. Ele chamou esse princípio de A Força do Hábito, que foi também
referido como A Lei Universal. Clement Stone a chamava de O Segredo!
Recorremos aos escritos posteriores de Napoleon Hill, A chave para a
prosperidade e Como aumentar seu próprio salário, para dar forma à evolução nal
da loso a de Hill. A inclusão dessa 17ª lei torna essa interpretação mais
completa.
A Força do Hábito é a maior das leis da natureza. É o controle natural por
meio do qual todas as outras leis da natureza são coordenadas, organizadas e
operadas de forma metódica e sistemática. É a aplicação particular da energia
com a qual a Natureza mantém o relacionamento entre os átomos da matéria,
as estrelas e os planetas em seu contínuo movimento, as estações do ano, dia e
noite, saúde e doença, vida e morte.
Nós vemos as estrelas e os planetas se movendo com tal precisão que os
astrônomos podem predeterminar sua localização exata e seu inter-
relacionamento por um grande número de anos futuros.
Nós vemos as estações do ano indo e vindo com uma regularidade
cronométrica. Sabemos que uma árvore de carvalho brota de uma semente de
carvalho, e um pinheiro nasce da semente de seus ancestrais; que uma semente
de carvalho nunca comete um erro e produz um pinheiro, nem uma semente
de pinheiro produz um carvalho. Nós sabemos que nada é criado sem que
tenha seus antecedentes similares que o precederam. O fruto doce vem da raiz
doce, e o fruto amargo, da raiz amarga.
A Força do Hábito também é um meio por via do qual todos os hábitos e
todos os relacionamentos humanos são mantidos em vários graus de
permanência. E é também o meio pelo qual o pensamento é transformado no
seu equivalente físico, em resposta aos desejos e propósitos dos indivíduos.
Esta loso a inteira é projetada para guiá-lo nessa importante descoberta
e para capacitá-lo a fazer uso do conhecimento que ela revela, colocando-o em
harmonia com as forças invisíveis do universo, de maneira que elas possam
d l f d h b l l d
ajudá-lo a formar os tipos de hábitos que vão levá-lo do que você é para o que
você deseja ser na vida. Primeiro nós formamos nossos hábitos, depois os
nossos hábitos nos formam.
A DEFINIÇÃO DE HÁBITO
Agora vamos examinar o hábito. O dicionário dá à palavra várias de nições,
entre elas: disposição ou tendência, xada devido à repetição; roupagem de
frade ou de freira. Hábito, portanto, nos transmite a ideia de algo que nos é
familiar. Isso, externamente. Internamente, hábito é uma disposição duradoura,
adquirida pela repetição. Em latim, repetição é bis.
d d l d l h d
de pessoas. Por que você pensa que 3% da população mundial ganha cerca de
90% do dinheiro que é gerado em todo o planeta? Você pensa que isso é um
acidente? Isso não é um acidente.
Se você enxergar na mente, você irá segurar na mão.
Esse princípio foi dito há mais de um século pelo lósofo e alquimista
Prentice Mulford e pode ser resumido em quatro palavras simples: os
pensamentos são coisas. Nossos pensamentos intangíveis estão, de alguma
forma, transmutando-se em suas contrapartidas físicas.
MENTE MAIOR
Quando duas mentes estabelecem contato, uma terceira mente é criada. Os
maiores triunfadores reconhecem essa verdade e francamente admitem que esse
êxito começou com uma associação com alguém de atitude mental positiva, da
qual eles consciente ou inconscientemente se apropriaram.
A Força do Hábito é silenciosa, invisível e imperceptível através de
qualquer um dos cinco sentidos físicos. É por isso que ela não é tão
amplamente reconhecida, pois a maioria das pessoas não é sensível às forças
intangíveis da Natureza, nem está interessada em princípios abstratos. No
entanto, essas coisas intangíveis e abstratas representam o real poder do
universo. Elas são o princípio fundamental de tudo que é palpável e concreto.
Compreenda o funcionamento do princípio da Força Cósmica do Hábito
e você não terá di culdade de interpretar todas as coisas e todos os pensadores
de todos os tempos.
Isaac Newton chegou perto do completo reconhecimento dessa lei
universal quando fez sua descoberta da lei da gravidade. Ele tinha descoberto
que a lei que mantém a Terra no espaço e a relaciona com todos os outros
planetas é a mesma lei que relaciona os seres humanos entre si em exata
conformidade com a natureza dos seus próprios pensamentos.
A FORÇA DO HÁBITO
É a força que trabalha através dos hábitos estabelecidos. Ao homem sozinho é
dado o privilégio da escolha em conexão com seus hábitos de vida, os quais
pode xar pelo modelo dos seus pensamentos — o único privilégio, como se
disse anteriormente, sobre o qual qualquer indivíduo tem o direito de controle.
Al d d l d d
Alguém pode pensar em termos de limitações autoimpostas de medo,
dúvida, inveja, cobiça e pobreza, e a Força do Hábito vai transformar esses
pensamentos no seu equivalente material. Dessa maneira, alguém pode
controlar seu destino — simplesmente exercitando o privilégio de moldar seus
próprios pensamentos.
Uma vez que esses pensamentos tenham sido moldados em sua forma
de nitiva, eles são guiados pela Força do Hábito e tornam-se hábitos
permanentes, e continuam assim até que sejam suplantados por padrões de
pensamento diferentes e mais fortes.
Agora nós chegamos à consideração de uma das mais profundas de todas
as verdades — a maioria dos que conseguem alcançar os maiores triunfos
raramente conseguiram isso antes de terem passado por algumas situações que
tocaram fundo em suas almas e os reduziram àquela circunstância da vida que a
maioria chama de fracasso.
A razão para esse estranho fenômeno é facilmente reconhecida por aqueles
que conhecem a Lei da Força do Hábito, pois isso reside no fato de que esses
desastres e tragédias da vida servem para quebrar os hábitos enraizados que
levam a pessoa ao fracasso — e então rompem o controle da Força do Hábito,
permitindo à pessoa formular novos e melhores hábitos.
As guerras surgem por causa dos desajustes nos relacionamentos entre os
povos, como o resultado de pensamentos negativos que cresceram até assumir
proporções de massa. O espírito de qualquer nação é a soma total dos
pensamentos habituais dominantes do seu povo.
O mesmo é verdade com os indivíduos, pois o espírito do indivíduo
também é determinado pelos seus pensamentos habituais predominantes. A
maioria das pessoas vive em con ito. De uma maneira ou de outra, ao longo de
suas vidas, elas estão em guerra com seu próprio íntimo, combatendo
pensamentos e emoções. Elas estão em con ito em suas relações familiares e
em suas relações pro ssionais e sociais.
Reconheça essa verdade e você entenderá o real poder e os benefícios que
estão disponíveis para aqueles que vivem de acordo com a Regra de Ouro, que
vai livrá-lo dos con itos pessoais. Reconheça isso e você entenderá também o
real propósito e benefícios de um objetivo principal de nido, pois, uma vez que
ele esteja xado em sua consciência mediante seus hábitos, será assimilado pela
Força do Hábito e conduzido à sua conclusão lógica por qualquer maneira
prática que possa estar disponível.
A d b d d
A Força do Hábito não sugere o que você poderia desejar, nem mesmo se
seus pensamentos habituais serão positivos ou negativos, mas atua sobre todos
os seus pensamentos habituais, cristalizando-os em vários graus de
permanência e transformando-os em seus equivalentes físicos, pela inspiradora
motivação para agir.
Ele não apenas xa os pensamentos habituais individuais, mas também os
de grupos e coletividades, de acordo com o padrão estabelecido pela
preponderância dos seus pensamentos dominantes. Qualquer pensamento
retido na mente por meio da repetição começa imediatamente a se transformar
em seu equivalente material.
Diz o escritor, lósofo e poeta James Allen: “Você está hoje onde seus
pensamentos o trouxeram. Você estará amanhã onde seus pensamentos o
levarem”.
É triste observar quantos atravessam a vida na pobreza e escassez, embora
a razão para isso não seja difícil de entender para quem reconhece o trabalho
principal da Força do Hábito.
A pobreza é o resultado direto da “consciência da pobreza”, a qual resulta
do pensar em termos de pobreza, temer a pobreza e falar em pobreza. Mas, se
você deseja saúde, dê ordens ao seu subconsciente para produzir saúde,
desenvolva uma “consciência de prosperidade”, e verá como rapidamente sua
condição econômica vai prosperar.
Primeiro vem a “consciência” daquilo que você deseja. A seguir vem a
manifestação física ou mental dos seus desejos. A conscientização é
responsabilidade sua. É algo que você pode criar por meio dos seus
pensamentos diários ou da meditação, se preferir.
A Lei da Força do Hábito ou Lei Universal é um poder igualmente
disponível para o fraco e para o forte, para o rico e para o pobre, para o doente
e para o saudável. Ela fornece a solução para todos os problemas humanos.
Cada uma das dezesseis lições anteriores pretendeu apresentar um modelo
de desenvolvimento padrão particular e especializado de hábito que é
necessário como um meio de se apoderar inteiramente da sua própria mente. O
domínio e a assimilação da loso a, como qualquer coisa desejável, têm um
preço de nido que precisa ser pago antes que esses benefícios possam ser
usufruídos. Esse preço, entre outras coisas, é a eterna vigilância, determinação,
persistência e a vontade de fazer o ajuste de contas da sua vida nos seus
próprios termos.
b f d h b
Nossas certezas sobre o futuro devem-se à nossa crença no hábito.
Acostumamo-nos a ver que o sol nasce todos os dias. Logo, concluímos que ele
nascerá também amanhã e no futuro, ou seja, esse conhecimento é
fundamentado numa crença que obtemos pela regularidade com que as nossas
experiências se repetem, produzindo o hábito. Desse modo, podemos concluir
que a nossa mente é um feixe de percepções, pois todas as nossas ideias têm
origem na impressão sensível; e que não estamos diante de uma conexão
necessária na relação entre causa e efeito, mas diante de uma associação
baseada na regularidade de eventos que ocorrem na experiência. Estamos
diante de uma explicação bastante plausível do funcionamento da mente
humana que nos faz pensar sobre os motivos ou razões pelas quais adotamos
determinadas crenças ou opiniões sobre nós mesmos e sobre o mundo. Nossa
recomendação para que você tenha uma vida rica e acima da média é a de que
deve compreender a Força do Hábito de seus pensamentos positivos, que se
transformarão em resultados.
Tarefa para a vida: desenvolva um novo bom hábito por mês.
Conclusão
Você que leu este livro com atenção percebeu que triunfo é início e sustentação
de uma ideia, seja ela a construção de uma empresa, um casamento, um sonho
ou um projeto de qualidade de vida. Se você já ocupa um cargo de liderança,
percebeu que O manuscrito original não é um conjunto desconexo de fórmulas
milagrosas destinadas apenas a estimular as pessoas, mas sim uma abordagem
progressiva e integrada para o desenvolvimento da e cácia pessoal e
interpessoal.
Se está em ascensão na carreira, descobriu que o empreendedorismo
começa de dentro para fora, que fazer uma ideia se tornar um empreendimento
e um empreendimento se tornar uma empresa feita para durar requer
princípios e fundamentos, que nosso maior poder é a capacidade de escolha.
Agora é hora de fazer uma autoanálise. Volte lá no início deste livro e
atribua uma nota de zero a dez em cada lei do êxito. Depois, ligue os pontos e
veja o desenho de sua roda do êxito.
De na claramente aonde você quer chegar e, se você se mantiver elmente
ocupado com seus objetivos, a cada hora do seu dia, pode, com segurança,
deixar o resultado nal a si mesmo; uma bela manhã de sua vida, você acordará
e estará entre os bem-sucedidos de sua geração.
Já existem muitas mentes brilhantes que desejam e trabalham para um
mundo mais próspero e mais justo. Seja você uma dessas mentes também; una-
se a nós, nossa força e nossa voz, nessa causa de transformar as pessoas em
líderes empreendedores socialmente responsáveis.
E agora nos permita atravessar todo o espaço de tempo que nos separa e
lhes oferecer um aperto de mão amigo, parabenizando-o pela educação
informal adquirida por meio deste livro para a vida e os negócios.
Esperamos que um dia, ao olhar para trás, veja o tempo que parou para ler
esta obra como um marco em sua vida. Então, com gratidão, agradeça a Deus
por ter investido em si mesmo. Que Deus te ilumine pela vida afora.
São os votos dos amigos: Jamil Albuquerque, Márcio Abbud e Walter
Kaltenbach.
Até a vitória, sempre!
Escrito com um estilo apurado, harmonioso e sobretudo simples – mas
não simplista – A arte de lidar com pessoas é um livro charmoso, que une a
habilidade com a loso a nos relacionamentos. Simples porque todas as
verdades o são. Ser simples é o caminho mais curto para ser fundamental. Um
material formidável, mas não fácil, porém exequível com toda a certeza. São
coisas óbvias que ignoramos. Ao colocá-las em prática, encontramos grandes
resultados e o óbvio torna-se extraordinário. O paradoxo é que coisas comuns e
práticas raramente se transformam em práticas comuns. Embora o leitor possa
pensar “isso eu já sabia”, ao re etir na sua capacidade de transformar
informação em conhecimento, conhecimento em inteligência e inteligência em
sabedoria, perceberá que saber “o quê” é bem diferente de saber “como”. As
ideias são enganosamente simples, mas, na verdade, escondidos neste texto
estão princípios e loso as transformadoras para o aprimoramento individual e
cultural. É imprescindível que nos coloquemos como eternos aprendizes diante
da vida, repensando nossos paradigmas, renovando os nossos valores e
conceitos. Deixe-se conduzir através das páginas desse livro e embarque na
viagem proposta por ele para aprimorar a sua inteligência interpessoal.
Este livro é menos sobre a banda de rock e mais sobre a diferença de um
líder e caz em um empreendimento. Os autores examinam a liderança de
Mick Jagger usando como ltro um estudo feito por Napoleon Hill entre 1908
e 1928, o qual o tornou um dos dez autores mais lidos de todos os tempos. Na
obra você encontrará pistas no comportamento do vocalista da banda para
entender como os Rolling Stones foram liderados do ponto de vista dos
negócios. A conclusão é que Jagger pode ser de nido como um catálogo
ambulante das habilidades listadas na pesquisa de Hill. Em “Como um Rolling
Stone” você irá descobrir como melhorar sua performance pessoal em uma
leitura agradável e instigante. E não se esqueça: você nunca estará velho demais
para o rock ‘n’ roll, nem velho demais para se tornar uma estrela em sua
carreira!
Neste livro, inédito no Brasil, você vai descobrir, após 75 anos de segredo,
por meio dessa entrevista exclusiva que Napoleon Hill fez, quebrando o código
secreto da mente do Diabo: Quem é o Diabo? Onde ele habita? Quais suas
principais armas mentais? Quem são os alienados e de que forma eles ou elas se
alienam? De que forma o Diabo in uencia a nossa vida do dia a dia? Como a
sua dominação in uencia nossas atitudes? O que é o medo? Como nossos
líderes religiosos e nossos professores são afetados pelo Diabo? Quais as armas
que nós, seres humanos, possuímos para combater a dominação do Diabo?
Qual a visão do Diabo sobre a energia sexual? Como buscar uma vida cheia de
realizações, valorizando a felicidade e a liberdade? Essas perguntas e muitas
outras são respondidas pelo próprio Diabo, que se autodenomina “Sua
Majestade”, de acordo com Napoleon Hill. O seu propósito, escrito com suas
próprias palavras, é ajudar o ser humano a descobrir o seu real potencial,
desvendando as armadilhas mentais que os homens e as mulheres deste mundo
criam para si mesmos, sabotando a sua própria liberdade e o seu próprio direito
de viver uma vida cheia de desa os, alegria e liberdade.
Quem Pensa Enriquece é baseado no resultado de mais de 20 anos de
estudo e análise de indivíduos que acumularam fortunas pessoais.
Para mais informações ou dúvidas sobre a obra, entre em contato conosco pelo
e-mail:
A arte de lidar com pessoas
Albuquerque, Jamil
9786587885377
144 páginas