Antero - Soneto Palácio Da Ventura
Antero - Soneto Palácio Da Ventura
Antero - Soneto Palácio Da Ventura
__________________Antero de Quental_____________________
O sujeito poético sonha ser um cavaleiro andante que procura ansiosamente o palácio
da ventura, ou seja, a felicidade (vv. 1-4), quando está prestes a desistir (vv. 5-6),
encontra-o, fica cheio de esperança, “Mas” o interior do palácio está vazio (ou seja,
não encontra o que procura), então vem a angústia, o sofrimento.
No final, o sujeito poético constata que a sua demanda (procura) se revela vã, levando-
o à deceção, o desvanecer do seu sonho (“e nada mais!”)
2. a) vv. 7-12
b) vv. 1-4
c) vv. 13-14
d) vv. 5-6
3.2. As reticências surgem nos momentos em que o cavaleiro está prestes a desistir, por
cansaço e desilusão, e indicam o fim iminente das suas forças e o seu apelo
desesperado. Marcam ainda o suspense perante uma situação desejada.
4. O palácio começa por ser “encantado” (misterioso e inatingível); depois surge
“fulgurante” e belo, com “portas d’ouro”, (correspondendo a uma imagem/ideal de
beleza e felicidade) e no fim aparece mergulhado em “silêncio e escuridão”,
correspondendo à desilusão do cavaleiro e ao fim do sonho.
6. O uso da maiúscula confere mais ênfase a essas palavras, destacando os conceitos que
elas veiculam.
8. Apesar de ter encontrado o palácio da Ventura, onde pensava encontrar o seu ideal de
felicidade, este não tem nada para lhe oferecer, dado que no seu interior apenas existe
“Silêncio e escuridão”. No final, o sujeito poético constata que a sua demanda se
revela vã, experienciando a deceção, o desvanecer total do seu sonho (“e nada mais!”).
Simbolicamente podemos considerar que, mesmo quando se configuram ao nosso
alcance, os ideais (justiça, felicidade, liberdade, …) escapam-nos sempre.