Ensinamentos Noviço
Ensinamentos Noviço
Ensinamentos Noviço
TEMPLÁRIO
- Grau 1: Noviço
- Grau2:Escudeiro
- Grau3:Sargento
- Grau 4: Oficial
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GRAU UM – TEMPLÁRIO NOVIÇO
Origens dos Cavaleiros Templários
Os peregrinos
Hugo de Payens
Jacques Demolay
Rei Felipe o Belo
Papa Clemente V
Baphome
Janus
Leis e Regulamentos
Ensino Religioso: Pater Noster
Ensino Militar: As Ordens de Cavalaria
A investidura
São Bernardo de Claraval
Ensino Templário: O juramento do Cavaleiro Templário
Ensino Templário: O Noviço
Exercício Espiritual: A semente
Imagens (personagens desta apostila)
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Introdução - *Atenção! Leia, é de grande importância para você.
Preste atenção durante a leitura do texto pois as frases que foram utilizadas
para formar o questionário estão todas ali. Você pode responder as questões
logo após a lição,
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Introdução
Nesta primeira apostila do curso sobre Cavaleiros Templários o Noviço terá contato
com personagens da história da Idade Média que poderiam ser comparados aos maiores
super- heróis das histórias em quadrinhos ou do cinema, também terá contato com os
maiores vilões da época, pessoas que não mediram esforços para saciar a sede pelo
poder e riqueza, acusando falsamente e criando provas nada concretas contra os
Cavaleiros Templários até conseguirem leva-los a morte na fogueira com a acusação de
heresia (adoração ao demônio, sodomia, avareza, luxuria etc), tendo como seu principal
mártir o Mestre Templário Jacques Demolay (Demolé), considerado o último dos
templários.
A importância do Rei Bauduino II, Rei da Cidade Santa de Jerusalém, que admirado
com a bravura daqueles cavaleiros, permitiu que construíssem a sua primeira fortificação
nas terras onde se supunha ter existido o “Templo de Salomão” e onde, talvez, os
templários tivessem feito suas descobertas sagradas que os tornariam temidos por todos
até pela própria Igreja Católica.
Em toda história onde existem heróis e homens corajosos temos também, como
contrapeso, os arqui-inimigos e os covardes que tentam atacar e destruir os heróis
constantemente e, como a história real nem sempre tem um final feliz, muitas das vezes
esses covardes conseguem, através de suas armadilhas e farsas, atingir os heróis e até
mesmo derrota-los, ainda que momentaneamente. Nessa história dos templários
encontramos duas figuras perversas: Felipe, o Belo (Rei da França) e o Papa Clemente V. – O
Generoso. Certo que não foram apenas esses dois que tramaram contra a Ordem dos
Templários, pois centenas de príncipes e padres nutriam o interesse secreto pelo fim da
ordem; dentro do seio da Ordem
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dos Templários também existiam os traidores, como foi o caso de “Ignacio de Loyola” que
era um dos Mestres Templários e traiu a organização em benefício próprio, uma vez
que queria fundar a sua própria ordem, dano origem aos Jesuítas (Ordem da Companhia
de jesus) dentro da Igreja Católica.
Felipe, assim chamado de “o belo”, Rei da França, estava com o seu reino totalmente
endividado, enfrentado várias batalhas internas para as quais não possuía mais
condições financeiras e nem mesmo exército para apoiar seus súditos; por outro lado
encontrava-se endividado com os Templários, com os quais havia obtido empréstimos
de vultosas quantias em ouro e prata e não tinha meios de quitar a dívida; Por outro
lado, a sua amizade com o Papa Clemente V (e os favores que o Papa lhe devia)
permitiam traçar um plano sórdido para quitar sua dívida e pôr fim aos Cavaleiros
Templários e ainda por cima se apoderar da fortuna dos Templários que era estimada
em toneladas de ouro e prata. Toda essa trama será esmiuçada nessas mais de
oitenta páginas desta apostila.
Verá, com destaque, as imagens referentes aos locais e personagens que são
mencionados neste texto e terá uma perfeita noção de como eram aquelas paisagens e o
perfil de cada um desses personagens e sua fisionomia, pelo menos àquelas que
temos conhecimento nos dias de hoje.
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da semente”, uma magnífica experiência personalíssima eu trará para cada um dos
praticantes sensações, emoções e reflexões diversas e profundas. Desejamos a todos
uma boa viagem nessa maravilhosa história sobre a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Origens dos Cavaleiros Templários
O novo Sumo Pontífice a ocupar o Trono de São Pedro, Urbano II, eleito papa
em 1088, revelou-se, muito além daquelas qualidades e funções cabíveis ao suposto
representante de Deus na terra, um notável político e excelente articulador.
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Alguns anos após a queda de Jerusalém, em 1118, nove Cavaleiros então,
liderados por Hughes de Payens, todos veteranos da Primeira Cruzada, se reuniam
para prestar um nobre serviço ao reino cristão e fundaram a Ordem dos Cavaleiros
de Cristo, tomando o tríplice voto de Castidade, Pobreza e Obediência, dedicando
suas vidas, dali até a morte, à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de
Cristo.
O então novo Rei de Jerusalém, Balduíno II, que sucedera seu primo Balduíno
I, logo viu na atitude dos nobres e valorosos cavaleiros algo de grande valor e
importância. A título de reconhecimento e confiança, cedeu-lhes terras e
construções para que lhes servissem de acomodação e base. As terras eram
situadas no local onde supostamente havia sido construído o famoso Templo de
Salomão. Não tardou e os "Pobres Cavaleiros de Jesus Cristo" passaram a se
denominar de "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou simplesmente de "Cavaleiros
Templários" e, assim nasceu a "Ordem do Templo", cuja denominação completa
era: "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão"
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6. Arcimbaldo de Saint-Amand, ou Archambaud de Saint-Aignan; outro
parente da casa reinante na região de Flandres;
7. Hugo Rigaud
Os peregrinos
O Império Romano estava em decadência, e por volta de 813-820 foi
descoberto o túmulo do Apóstolo Santiago, mesmo com os muçulmanos
dominando grande parte da Península Ibérica, as peregrinações foram reiniciadas,
havia uma necessidade premente na quebra daquela monotonia reinante na época.
Nesse artigo abordaremos como se deu origem a uma Tradição.
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foram os bispos da Igreja Cristã. Na Galícia conseguiram dialogar com os invasores e
até conseguiram a prematura conversão ao catolicismo do príncipe suevo Reckiario,
que ao morrer seu pai Reckila no ano de 448, converteu-se no primeiro rei bárbaro
católico.
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Compostela, localizada no extremo Oeste da Espanha, onde se encontra o túmulo
do apóstolo Tiago.
O rei Afonso II ordenou que no local da descoberta fosse erigida uma capela
em honra a São Tiago, proclamando-o guardião e padroeiro de todo o seu reino. Em
pouco tempo, uma cidade foi erguida em torno daquele bosque, e denominada
Compostela. A origem etimológica do nome remete ao latim: Campus Stellae, ou
Campo das Estrelas, e assim a junção final: Compostela.
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No ano de 899, Afonso III construiu uma basílica sobre o rústico templo
erguido por seu antecessor. Porém, oitos anos mais tarde, a basílica foi saqueada
pelo árabe Almanzor, que respeitosamente, preservou as relíquias do apóstolo. Em
1075, iniciou-se a construção da atual catedral, cinco vezes maior que a anterior.
Também foi comunicada a boa nova da descoberta ao Papa Leão III (795-816),
que deu conhecimento ao mundo cristão no escrito “noscat fraternitas vestra” que
“o corpo do bem aventurado Apóstolo Santiago foi transladado inteiro na Espanha,
no território da Galicia”. Segundo consta, o rei Afonso II, comunicaria o fato a Carlos
Magno, imperador, cuja corte estava em Aquisgrán, de onde se origina a lenda do
Imperador e seus heróis Martell e Roldán, que, segundo conta à lenda, foram então
à Espanha para libertar o Caminho que estava em poder dos muçulmanos.
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uma modesta capela de pedras e barro para acolher o mausoléu, coloca um
oratório de tal forma que este acaba convertendo-se no local de celebrações
comunicando-se com a nave por uma pequena porta, ao seu redor se estabeleceu
um cemitério, que esteve em uso até o século XI. A partir desse ponto, o pequeno
local chamado de Tamarisco que contava apenas com trezentos habitantes,
começou a crescer rapidamente, convertendo-se em Compostela nome derivado de
Campus Stellae. Nascia, assim, um dos mais importantes centros de peregrinação
da Cristandade.
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Tais afirmativas nos deixam muito a pensar sobre o referido assunto,
temos conhecimento de que a Ordem possuiu algumas relíquias no caminho francês
das peregrinações a Santiago de Compostela, tais como: a Igreja de Santa Maria de
Eunates; em Ponferrada fica o magnífico castelo que era à base da Ordem na
região. Perto da cidade existe o refúgio de Manjarín, uma casa de pedras vizinha a
Foncebadón, uma vila fantasma que atualmente começa a reviver; em Torres del
Rio a Igreja do Santo Sepulcro e, segundo alguns historiadores a Igreja do
Monastério de Irache.
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vinculadas à Ordem dos Cavaleiros Templários, que importaram do oriente estas
peculiares plantas octogonal na imitação do Templo do Santo Sepulcro de
Jerusalém por eles defendidos dos muçulmanos durante longos anos. Isso explicaria
também a função como local de sepultamento. Seja como for, não há provas
documentais que certifiquem a vinculação desse templo com a misteriosa Ordem
Militar. Sem embargo, é inolvidável o caráter de capela funerária similar a outras
que encontramos, como a de Vera Cruz de Segóvia, e sem irmos muito longe, em
Torres del Rio a Igreja do Santo Sepulcro.
Seja o que for a sua real história penetra na zona cinzenta das
imaginações, dando lugar a um grande número de livros escritos a seu respeito.
Hugo de Payens
Hugo de Payens (1070-1136), um fidalgo francês da região de Champanhe, foi
o primeiro mestre e fundador da Ordem dos Templários.
Ele era de uma família que, segundo cartas que pertenciam à Abadia de
Molesmes, tinha parentesco com os Montbard (família a qual pertencia São
Bernardo de Claraval e André de Montbard) e era originalmente um vassalo do
conde Hugo de Champanhe. Com ele visitou Jerusalém uma vez e ficou por lá
depois de o conde voltar para a Condado de Champanhe. Foi aí que organizou um
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grupo de nove cavaleiros para proteger os peregrinos que se dirigiam para a Terra
Santa no seguimento das iniciativas propostas pelo Papa Urbano II.
De Payens aproximou-se do rei Balduíno II com oito cavaleiros, dos quais dois
eram irmãos e todos eram seus parentes, de Hugo de Payens, alguns de sangue e
outros de casamento, para formar a Ordem do Templo de Jerusalém.
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Jacques Demolay
Historiadores modernos acreditam que Jacques DeMolay nasceu em Vitrey,
na França, no ano de 1244. Pouco se sabe de sua família ou sua primeira infância,
porém, na idade de 21 anos, ele tornou-se membro da Ordem dos Cavaleiros
Templários
Em 1305, Felipe, o Belo, então Rei de França, atento ao imenso poder que
teria se ele pudesse unir as Ordens dos Templários e Hospitalários, conseguindo um
titular controle, procurou agir assim. Sem sucesso em seu arrebatamento de poder,
Felipe reconheceu que deveria destruir as Ordens, a fim de impedir qualquer
aumento de poder do Sumo Pontificado, pois as Ordens eram ligadas apenas à
Igreja.
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Em 14 de setembro de 1307, Felipe agiu. Ele emitiu regulamentos secretos
para aprisionar todos os Templários.
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"Embora o corpo de DeMolay tivesse sucumbido aquela noite, seu espírito e
suas virtudes pairam sobre a Ordem DeMolay, cujo nome em sua homenagem
viverá eternamente."
Jacques DeMolay, com 70 anos, durante sua morte na fogueira intimou aos
seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando os
descendentes do Rei da França, Filipe "O belo":
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clero de pagar impostos sem autorização papal. Depois de 1300, cresceram as
dificuldades entre Bonifácio VIII e Filipe, o Belo; que falsificou bulas e pôs os
franceses contra o Papa. Guilherme de Nogaret, aliado a dois cardeais da família
Collona, recruta na Itália um exército, e assalta o Palácio Anagni. Lá o Papa em seus
86 anos, dentro de seus aposentos sacerdotais, intimado a renunciar o papado teria
dito: ''Aqui está meu pescoço, aqui está minha cabeça: morrerei, mas morrerei
papa!''. Foi esbofeteado por um dos cardeais Collona e excomungou Guilherme de
Envenenado por uma vela, feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de
Beatriz d'Hirson (dama de companhia de Mafalda d'Artois, mãe de Joana e Branca
de Borgonha e tia de Margarida de Borgonha, esposas de Filipe, Carlos e Luís,
respectivamente, filhos de Filipe, o Belo. Era também tia de Roberto d'Artois, um
dos muitos amantes de Isabel, filha de Filipe, o Belo; cuja De Molay era padrinho de
batismo). O veneno contido na vela era composto de dois pós de cores diferentes:
CINZA: Cinzas da língua de um dos irmãos d'Aunay (que foram queimados por
terem corneado Carlos e Luís com suas respectivas esposas). Elas tinham um
suposto efeito sobrenatural para atrair o demônio.
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Filipe IV (o Belo) - (1268 - 1314) Rei da dinastia Capetíngea .Casado com Joana
de Navarra. Foi excomungado por Bonifácio VIII, excomunhão que foi levantada por
Clemente V. Saiu a caçar com seu camareiro, Hugo de Bouville; seu secretário
particular, Maillard e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre
acompanhado de seu cães .Foram em busca de um raro cervo de doze galhos visto
perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que
livra-se de ser servo. Deu-lhe sua trompa como presente por tê-lo ajudado a
localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe, percebeu uma cruz (dois
galhos que se prenderam nos chifres do cervo) que brilhava ( o verniz do galho que
reluzia ao sol). Começou a passar mal, não consegui chamar ninguém, pois estava
desprovido de sua trompa. Sentiu um estalo na cabeça e caiu do cavalo. Foi achado
por seus companheiros e levado de volta ao palácio, repetindo sempre - "A cruz, a
cruz..."e sempre com muita sede. Pediu como o Papa Clemente em seu leito de
morte, que fosse levado a sua cidade natal; no caso do rei, Fontainebleau. O rei
ficou perdido no seu interior, parecendo um louco, durante uns doze dias. Era dito
aos que perguntavam dele, que tinha caído do cavalo e atacado por um cervo. Filipe
foi levado a fazer um novo testamento e foi instigado por seus irmãos: Carlos de
Valois e Luís d'Evreux, a escrever o que eles queriam. Logo após terminado, sempre
com sede, faleceu.
"Fizemos canonizar o Rei Luís por Bonifácio, mas seria ele realmente um
santo?" "Não, meu irmão, não estou contente; cometi um erro: Devia ter mandado
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arrancar-lhe a língua antes de queimá-lo"( A Carlos de Valois, referindo-se a Jacques
de Molay)
CONCLUSÃO
Com a morte de Filipe, o Belo; seu filho Luís sucedeu-o. Luís de Navarra;
chamado Luís X (1289- 1316), reinou de 1314 à 1316 quando morreu. Deixou um
filho, que nasceu logo após de sua morte, chamado João I; que foi assassinado por
Mafalda d'Artois.
Assim o reino passou para seu tio, Filipe de Poitiers. Filipe V, o Alto (1294-
1322), reinou de 1317 à 1322. Morreu sem filhos homens.
O reinado passa ao irmão mais novo, Carlos. Carlos IV, o Justo (1295 - 1328),
reinou de 1323 à 1328. Ajudou sua irmã, Isabel a depor seu marido, Eduardo II, do
seu reinado na Inglaterra. Morreu sem herdeiros. O reino assim caiu sobre a casa
dos Valois. Acabando assim a dinastia dos Capeto (987 d.C. - Hugo Capeto até 1328
d.C. - Carlos IV). A maldição de Jacques de Molay cumpriu-se dentro do tempo
estipulado, os três condenados morreram em menos de um ano. Decorreram-se
nove meses desde a morte de Jacques até a morte de Filipe, o Belo.
Baphome
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representa dentro das Ciências Arcanas? Há algum culto atualmente celebrado
cujos fundamentos estejam calcados neste Mistério?
História
Em 1307 uma série de acusações daria início a cruel perseguição imposta pelo
Papa Clemente V (Arcebispo de Bordéus, Beltrão de Got) e pelo Rei de França Felipe
IV, mais conhecido como Felipe o Belo, contra a Ordem dos Cavaleiros do Templo,
também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, ou, simplesmente,
Templários. O processo inquisitorial movido contra os Templários foi encerrado em
12 de setembro de 1314, quando da execução do Grão-Mestre da Ordem do
Templo, Jacques de Molay, juntamente com outros dois Cavaleiros, todos
queimados pelas chamas da Inquisição.
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acusação, embora seja feita menção a adoração de uma "cabeça", um "crânio", ou
de um "ídolo com três faces", nada é mencionado, especificamente, sobre a
denominação Baphomet.
Origens
De onde, então, teria surgido o termo? Não se sabe com precisão onde surgiu
o termo Baphomet. Uma das possíveis origens, entretanto, é atribuída a pesquisa
do arqueólogo austríaco Barão Joseph Von HammerPürgstall, um não simpatizante
do ideal Templário, que em 1816 escrevera um tratado sobre os alegados mistérios
dos Templários e de Baphomet, sugerindo que a expressão proviria da união de dois
vocábulos gregos, "Baphe" e "Metis", significando "Batismo de Sabedoria". A partir
desta conjectura, Von Hammer especula a respeito da possibilidade da existência
de Rituais de Iniciação, onde haveria a admissão, seja aos mistérios seja aos
segredos cultuados pela Ordem do Templo.
O Simbolismo
Segundo Von Hammer, de acordo com suas descobertas, os ídolos Templários
se tratavam de degenerações de ídolos gnósticos valentinianos, sendo que, de
todos eles, o mais imponente formava uma estranha figura de um homem velho e
barbudo, de solene aspecto faraônico. Um traço bem marcante de todas as figuras
era a forte presença de caracteres de hermafroditismo ou androginia, traços que,
ainda de acordo com a descrição de Von Hammer, endossariam cabalmente as
acusações de perversão movidas pelo clero contra os Templários. Desta descrição
aparece outra referência que muito diz sobre o mistério que cerca o nome
Baphomet: ela aponta para a imagem de um "homem velho", o qual seria adorado
pelos Templários. Este "homem velho" possuía as mesmas características de
Priapus, aquele criado "antes que tudo existisse". Contudo, a mesma imagem, por
vezes aparecendo com armas cruzadas sobre o peito, sugere proximidade com o
Deus egípcio Osíris, havendo até quem afirme ser Osíris o verdadeiro Baphomet dos
Templários.
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Seguindo a mesma lógica e pensamento de que o vocábulo Baphomet teria
vindo da Grécia Antiga, também existe a hipótese de que sua procedência esteja na
conjunção das palavras "Baphe" e "Metros", algo como "Batismo da Mãe". Por sua
vez, a partir deste raciocínio, surge uma outra proposição poucas vezes mencionada
nos estudos sobre Baphomet, a qual aponta ser "Baphe" e "Metros" uma
corruptela de Behemot, um fantástico ser bíblico de origens hebréias. Esta teoria é
importante, visto Behemot ser citado (e por vezes traduzido) como uma grande
fêmea de Hipopótamo que habitava as águas do rio Nilo, sendo uma das
representações da "Grande Mãe", esposa do Deus Seth.
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O livro é extremamente recomendável para aqueles interessados nos
Templários ou em qualquer ordem militar. Agora também em formato econômico.
As notas para a Regra Primitiva, facilitada por Mrs. Upton-Ward na Regra dos
Templários, não se incluem neste texto. São de considerável interesse e deveriam
ser consultadas por aqueles que desejam estudar a Regra com mais detalhe.
A Regra Primitiva
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defendendoos, antes se aparelharam para destruir, despojar e matar. Deus, que
atua conforme para conosco, e nosso salvador Cristo Jesus, enviou seus seguidores,
desde a cidade Santa de Jerusalém aos quartéis da França e Borgonha, para nossa
salvação e exemplo da verdadeira fé, pois não cessam de oferecer suas vidas por
Deus em piedoso sacrifício.
4. E tudo o que aconteceu naquele Conselho não pode ser contado nem
recontado e para que não seja tomado por precipitação nossa, senão considerado
com sábia prudência, desejamos a discrição de ambos, nosso honorável padre o
Senhor Honório e do nobre Patriarca de Jerusalém, Esteban, que conhece os
problemas do Leste e dos Pobres Cavaleiros de Cristo; por conselho do concilio
comum o aprovamos unanimemente. Embora um grande número de padres
religiosos reunidos em capítulo aprovou a veracidade de nossas palavras, não
obstante não devemos silenciar os verdadeiros pronunciamentos e juízos que
emitiram.
5. Portanto, eu, Jean Michel, a quem foi encomendado e confiado tão divino
serviço, pela graça de Deus, servi de humilde escriba do presente documento por
ordem do conselho e do venerável padre Bernardo, abade de Clairvaux.
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6. Primeiro foi Mateo, bispo de Albano, pela graça de Deus, legado da Santa
Igreja de Roma; R[enaud], arcebispo de Reims; H[enri}, arcebispo de Sens; e seus
clérigos: G[ocelin], bispo de Soissons; o bispo de Paris; o bispo de Troyes; o bispo de
Orlèans; o bispo de Auxerre; o bispo de Meaux; o bispo de Chalons; o bispo de
Laon; o bispo de Beauvais; o abade de Vèzelay, que posteriormente foi arcebispo de
Lyon e legado da Igreja de Roma; o abade Citeaux; o abade de Pontigny; o abade de
Trois-Fontaines; o abade de St. Denis de Reims; o abade de StEtienne de Dijon; o
abade de Molesmes; ao anteriormente mencionado B[ernard], abade de Clairvaux:
cujas palavras o anteriormente citado elogiou abertamente. Também estiveram
presentes o mestre Aubri de Reims; mestre Fulcher e vários outros que seria
tedioso mencionar. E dos outros que não se mencionaram, é importante assentar,
neste assunto, de que são amantes da verdade: eles são o conde Theobald; o conde
de Nevers; Andrè de Baudemant. Estiveram no concílio e atuaram com perfeito e
cuidadoso estudo selecionando o correto e descartando o que não lhes parecia
justo.
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Deus, cuja piedade parece óleo e nos permite ir a Ele a quem desejamos servir 'Per
infinita saecula saeculorum.Amen'.
10. Mas se qualquer irmão for enviado para o trabalho da casa e pela
Cristandade no Leste - algo que cremos ocorrerá frequentemente - e não puder
ouvir o divino ofício, deverá dizer em lugar das matinas treze pai-nossos; sete por
hora e nove às vésperas. E todos juntos ordenamos que assim o faça. Mas aqueles
que foram enviados e não puderem voltar para assistir ao divino ofício, se lhes for
possível às horas estabelecidas, que não deverão ser omitidas, render a Deus sua
homenagem.
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concedida, deixai que a ele seja lida a Regra, e se deseja explicitamente obedecer os
mandamentos da Regra, e compraz tanto ao Mestre quanto aos irmãos o receber-
lhe, deixai-o revelar seu desejo perante todos os irmãos reunidos em capítulo e
fazer sua solicitação com coração digno. Sobre Cavaleiros excomungados
14. Embora a regra dos santos padres permita receber meninos na vida
religiosa, nós o desaconselhamos. Porque aquele que deseje entregar seu filho
eternamente na ordem de cavalaria deverá educá-lo até que seja capaz de usar as
armas com vigor e liberar a terra dos inimigos de Cristo Jesus. Então, que sua mãe e
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pai o levem à casa e que sua petição seja conhecida pelos irmãos; e é muito melhor
que não tome os votos quando menino, senão ao ser maior, pois é conveniente que
não se arrependa disso, do que o faça. E em seguida que seja posto à prova de
acordo com a sabedoria do Mestre e irmãos, conforme a honestidade de sua vida
ao solicitar ser admitido na irmandade.
16. Mas ao final dos salmos, quando se canta o 'Gloria Patri' em reverência à
Santíssima Trindade, vos poreis de pé e vos inclinareis frente ao altar, enquanto os
debilitados ou enfermos só inclinarão a cabeça. Portanto, mandamos que, quando a
explicação dos Evangelhos seja lida, e se cante o 'Te Deum laudamus', e enquanto
se cantem os louvores, e as matinas terminam, vós estejais de pé. Desta mesma
forma determinamos que permaneceis de pé durante as matinas e em todas as
horas de Nossa Senhora.
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17. Dispomos que todos os hábitos dos irmãos sejam de uma só cor, quer seja
branco, negro ou marrom. E sugerimos que tanto no inverno como no verão, se for
possível, usem capas brancas; e a ninguém que não pertença à mencionada
cavalaria de Cristo lhe será permitido ter uma capa branca para que aqueles que
hajam abandonado a vida em obscuridade se reconheçam uns aos outros como
seres reconciliados com seu criador pelo símbolo de seus hábitos brancos: que
significa pureza e completa castidade. A Castidade é certeza no coração e saúde no
corpo. Porque se um irmão não toma votos de castidade não pode aceder ao eterno
descanso nem ver a Deus, pela promessa do apóstolo que disse: 'sectamini cum
omnibus et castimoniam sine qua nemo Deum videbit'. Que significa: "Luta para
levar a paz a todos, mantem-te casto, sem o qual ninguém pode ver a Deus".
18. Mas essas vestimentas deverão se manter sem riquezas e sem nenhum
símbolo de orgulho. E assim, nós exigimos que nenhum irmão use pele em suas
vestimentas, nem qualquer outra coisa que não pertença ao uso do corpo, nem tão
sequer uma manta que não seja de lã or cordeiro. Concordamos em que todos
tenham o mesmo, de tal forma que possam se vestir e se despir, e por e tirar as
botas com facilidade. E o alfaiate, ou quem faça suas funções, deverá se mostrar
minucioso e cuidar que se mantenha a aprovação de Deus em todas as coisas
mencionadas, para que os olhos dos invejosos e mal intencionados não possam
observar que as vestimentas sejam demasiado compridas ou curtas; deverá
distribuí-las de tal maneira que sejam da medida de quem as há de usar, segundo a
corpulência de cada um.
19. E se algum por orgulho ou arrogância deseja ter para ele um melhor e
mais fino hábito, dai-lhe o pior. E aqueles que recebam vestimentas novas deverão
imediatamente devolver as velhas para que sejam entregues a escudeiros e
sargentos, e com frequência aos pobres, segundo o que considere conveniente o
encarregado desse mister.
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22. Porque é manifesto e bem sabido que essas coisas abomináveis
pertencem aos pagãos. Também não deverão usar nem o cabelo nem o hábito
demasiado compridos. Porque aqueles que servem ao soberano Criador devem
surgir da necessidade dentro e fora mediante a promessa do próprio Deus que
disse: 'Estote mundi quia ego mundus sum'. Que quer dizer: "Nasça como eu
nasço".
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nem a abstinência em segredo sejam introduzidas na refeição da comunidade. E nos
parece justo que cada irmão tenha a mesma quantidade de vinho em sua taça.
26. Deverá ser suficiente comer carne três vezes por semana, exceto no Natal,
Todos os Santos, Assunção e na festividade dos doze apóstolos. Porque se entende
que o costume de comer carne corrompe o corpo. Porém, se num jejum em que se
deve suprimir a carne cair numa terça-feira, no dia seguinte será dada uma grande
porção aos irmãos. E nos Domingos todos os irmãos do Templo, os capelães e
clérigos receberão dois ágapes de carne em honra à santa ressurreição de Cristo
Jesus. E os demais da casa, que inclui os escudeiros e sargentos, deverão se
contentar com uma refeição e ser agradecidos ao Senhor por ela.
Sobre as refeições durante a Semana 27. Sobre os outros dias da semana, que
são segunda-feira, quarta-feira e inclusive Sábados, os irmãos tenham duas ou três
refeições de vegetais ou outros pratos comidos com pão; e nós cremos que seja
suficiente e ordenamos que assim seja, de tal maneira que aquele que não comer
em uma refeição o faça na outra.
29. Sempre depois de cada refeição ou ceia todos os irmãos deverão dar
graças a Deus na igreja e em silêncio se essa se encontra no lugar onde fazem a
refeição, e se não estiver no mesmo lugar onde hajam tomado a refeição, com
humildade deverão dar graças a Cristo Jesus, que é o Senhor que Provê. Deixai que
os pedaços de pão rompido sejam dados aos pobres, e os que estejam em rodelas
inteiras sejam guardados.
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Embora a recompensa dos pobres seja o reino dos céus, se oferecerá aos
pobres sem qualquer dúvida, e a fé Cristã os reconhecerá entre os seus; portanto,
concordemos que uma décima parte do pão seja entregue a vosso Esmoleiro.
32. Porque está escrito: 'In multiloquio non effugies peccatum'. Que quer
dizer: "O falar em demasia não está livre de pecado". E em algum outro lugar: 'Mors
et vita in manibus lingue'. Que significa: "A vida e a morte estão sob o poder da
língua". E dentro desse entendimento nós conjuntamente proibimos palavras vãs e
ataques estrondosos de riso. E se algo se disse durante essa conversa que não
deveria ter sido dito, ordenamos que ao recostar-vos rezeis um pai-nosso com
bastante humildade e sincera devoção.
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reflitam seu coração. Assim o disse David: 'Psallite sapienter'. Que significa: "Canta
com sabedoria". E igualmente disse David: 'In conspectu Angelorum psallam tibi'.
Que significa: "Eu cantarei para ti ante os anjos". E deixai que isso seja sempre
assim e à discrição do Mestre ou daqueles encarregados de tal mister.
34. Lemos nas Sagradas Escrituras: 'Dividebatur singulis prout cuique opus
erat'. Que significa: "A cada um lhe será dado segundo sua necessidade". Por essa
razão nós decidimos que nenhum estará acima de vós, senão que todos cuidareis
dos enfermos; e aquele que está menos enfermo dará graças a Deus e não se
preocupará; e permitireis que aquele que estiver pior se humilhe mediante sua
debilidade e não se orgulhe pela piedade. Desse modo todos os membros viverão
em paz. E proibimos a todos que abracem a excessiva abstinência, antes que
firmemente mantenham a vida em comunidade.
Sobre o Mestre
36. Permitir só àqueles irmãos que o Mestre reconhece que darão sábios e
bons conselhos sejam chamados para a reunião; e assim os ordenamos, e que de
nenhuma outra forma alguém possa ser escolhido. Porque quando ocorrer que se
deseje tratar de matérias serias como a entrega de terra comunal, ou falar dos
35
assuntos da casa, ou receber a um irmão, então, se o Mestre o desejar, ser
apropriado reunir a congregação inteira para escutar o conselho de todo o capítulo;
e o que considere o Mestre melhor e mais benéfico, deixar que assim se faça.
38. Cada irmão deve se assegurar de não incitar outro à ira ou aborrecimento,
porque a soberana piedade de Deus vê o irmão forte de forma igual que a um
debilitado, em nome da Caridade.
39. A fim de levar a cabo seus santos deveres, merecer a Glória do Senhor e
escapar do temível fogo do inferno, é concorde que todos os irmãos professos
obedeçam estritamente a seu Mestre. Porque nada é mais agradável a Cristo Jesus
que a obediência. Por esta razão, tão logo seja ordenado pelo Mestre ou em quem
haja delegado sua autoridade, deverá ser obedecido sem dilação como se o Cristo o
36
tivesse imposto. Por isso Cristo Jesus pela boca de David disse e é certo: 'Ob auditu
auris obdevit mihi'. Que quer dizer: "Me obedeceu tão pronto me escutou".
40. Por esta razão rezamos e firmemente damos como ditame aos irmãos
cavaleiros que abandonaram sua ambição pessoal e a todos aqueles que servem
por um período determinado, a não sair por povoados ou cidades sem a permissão
do Mestre ou de quem o haja delegado, exceto pela noite ao Sepulcro e outros
lugares de oração dentro dos muros da cidade de Jerusalém.
41. Lá, os irmãos irão aos pares, e de outra forma não poderão sair nem de
dia nem de noite; e quando se detiverem em uma pousada, nenhum irmão,
escudeiro ou sargento pode acudir aos aposentos de outro para vê-lo ou falar com
ele sem permissão, tal como foi dito. Ordenamos, por unânime consentimento, que
nesta Ordem regida por Deus, nenhum irmão deverá lutar ou descansar segundo
sua vontade, senão seguindo as ordens do Mestre, a quem todos devem se
submeter, para que sigam as indicações de Cristo Jesus, que disse: 'Non veni facere
voluntatem meam, sed ejus qui meset me Patris'. Que significa: "Eu não vim para
fazer minha própria vontade, senão a vontade de meu pai, quem me enviou".
Sobre Fechos
37
43. Sem permissão do Mestre ou quem o represente, nenhum irmão terá uma
bolsa ou sacola que possa ser fechada; mas os diretores de casas ou províncias e o
Mestre não observarão isso. Sem o consentimento do Mestre ou seu comandante,
que nenhum irmão tenha carta de seus parentes ou outras pessoas; mas se tem
permissão, e assim o quer o Mestre ou comandante, essas cartas podem ser lidas.
44. Se algo que não se pode conservar, como a carne, for presenteado em
agradecimento a um irmão por um leigo, este o apresentará ao Mestre ou ao
Comandante de gêneros alimentícios. Porém se ocorre que algum de seus amigos
ou parentes deseje presentear só a ele, que não se aceite sem a permissão do
Mestre ou seu delegado. E mais, se o irmão recebe qualquer outra coisa de seus
parentes, que não o aceite sem permissão do Mestre ou de quem ostenta o cargo.
Especificamos que os comandantes ou mordomos, que estão a cargo desses ofícios,
que não se atenham à citada regra.
Sobre Faltas
38
46. Acima de tudo, devemos nos assegurar que nenhum irmão, poderoso ou
não, forte ou debilitado, que deseje promover gradualmente reinvindicações
orgulhosas, que defenda seu próprio crime e permaneça sem castigo. Porém, se não
quiser se submeter por isso, que receba um castigo maior. E se misericordiosas
orações do conselho se rezam por ele a Deus, e ele não quiser se emendar, senão
que se orgulha mais e mais disso, que seja erradicado do rebanho piedoso, segundo
o que o apóstolo disse: 'Auferte malum ex vobis'. Que quer dizer: "Aparta os
malvados dentre os teus". É necessário para vós separar as ovelhas perversas da
companhia dos irmãos piedosos.
47. E mais, o Mestre, que deve levar em suas mãos o báculo - e bastão de
mando que sustenta as debilidades e fortaleza dos demais, deverá se ocupar disso.
Mas também, como meu senhor St. Maxime disse:" Que a misericórdia não seja
maior que a falta, nem que o excessivo castigo conduza o pecador a regressar às
suas más ações".
Sobre a Maledicência
39
dos outros; e por isso, serão arremessados para a imemorável perversidade do
demônio.
50. A este costume, entre outros, ordenamos que adotais firmemente: que
nenhum irmão explicitamente peça o cavalo ou a armadura de outro. Será feito da
seguinte maneira: se a enfermidade de um irmão ou a fragilidade de seus animais
ou a armadura for conhecida e portanto não puder fazer o trabalho da casa sem
perigo, que vá ao Mestre e exponha a situação a respeito, solicite fé e fraternidade,
e se atenha à disposição do Mestre ou de quem ostente seu cargo.
40
51. Cada irmão pode ter três cavalos e nenhum mais sem a permissão do
Mestre devido a grande pobreza que existe na atualidade na casa de Deus e no
Templo de Salomão. A cada irmão permitimos três cavalos e um escudeiro; e se
este último serve por caridade, o irmão não deveria castigá-lo pelos pecados que
cometa.
52. Nós proibimos enfaticamente a qualquer irmão que lustre o ouro ou prata
de seus bridões, estribos e esporas. Isso se aplica se forem comprados. Porém, se
forem presenteados por caridade, os arreios de prata e o ouro, que fiquem tão
velhos que não reluzam, que sua beleza não possa ser vista por outros nem ser sinal
de orgulho; então se poderá ficar com eles. Porém, se são presenteados novos, que
seja o Mestre quem disponha deles como creia oportuno.
53. Que nenhum irmão traga uma aljava nem para sua lança nem para seu
escudo, pois não traz nenhum benefício, ao contrário, pode ser muito prejudicial.
54. Este mandato que estabelecemos é conveniente para todos e por esta
razão exigimos seja observado de agora em diante, e que nenhum irmão possa
41
portar uma bolsa para comida de linho ou lã, ou de qualquer outro material que
não seja de "profinel".
Sobre a Caça
55. Proibimos coletivamente. Que nenhum irmão cace uma ave com outra.
Não é adequado para um religioso sucumbir aos prazeres, senão escutar
voluntariamente os mandamentos de Deus, estar frequentemente orando e
confessar diariamente implorando a Deus em suas orações o perdão dos pecados
que haja cometido. Nenhum irmão pode ter a presunção de ser um homem que
caça uma ave com outra. Ao contrário, é apropriado para um religioso agir de modo
simples e humildemente, sem rir e falar em demasia, com ponderação e sem
levantar a voz. E por esta razão dispomos especialmente a todos os irmãos que não
adentrem os bosques com lanças nem arcos para caçar animais, nem que o façam
em companhia de caçadores, exceto movidos pelo amor de preservá-los dos pagãos
infiéis. Nem devereis ir com cachorros, nem gritar, nem conversar, nem esporear
vosso cavalo só pelo desejo de capturar um animal selvagem.
Sobre o Leão
56. É verdade que haveis entregue vossas almas por vossos irmãos, tal como
o fez Cristo Jesus, e defender a terra dos incrédulos pagãos, inimigos do filho da
Virgem Maria. Esta célebre proibição de caça não inclui de forma alguma o leão.
Dado que vem sorrateiro e envolvente para capturar sua presa com suas garras
contra o homem, ide com vossas mãos contra ele.
42
57. Esta bondosa nova ordem a cremos emanar das Sagradas Escrituras e da
divina providência na Sagrada Terra do Leste. O que significa que esta companhia
armada de cavaleiros pode matar os inimigos da cruz sem pecar. Por esta razão
julgamos que deveis ser chamados Cavaleiros do Templo, com o duplo mérito e o
garbo da honestidade; que podeis possuir terras e mantê-las, vilarejos e campos e
os governais com justiça, e imponhais vosso direito tal e como está especificamente
estabelecido.
Sobre os Dízimos
58. Vós haveis abandonado as sedutoras riquezas deste mundo e vos haveis
submetido voluntariamente à pobreza; e por isso resolvemos que vós que viveis em
comunidade possais receber dízimos. Se o bispo da localidade, a quem o dízimo
deveria ser entregue por direito, deseja dá-lo por caridade com o consentimento do
capítulo, pode doar esses dízimos que possui sua igreja. E mais, se um plebeu
guarda os dízimos de seu patrimônio para si, em desfavor da igreja, e deseja cede-
los a vós, o podeis aceitar com a permissão do prelado e seu capítulo.
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60. Dispomos, por se tratar de um conselho compassivo, que os irmãos idosos
e debilitados sejam honrados com diligência e recebam a atenção de acordo com
sua fragilidade, e cuidados pela autoridade naqueles ofícios necessários para seu
bem-estar físico, e que de forma alguma se sintam aflitos.
62. Quando um irmão passar da vida à morte, algo de que ninguém está
excluído, digais missa por sua alma com misericordioso coração, e que o divino
ofício seja executado pelos curas que servem ao rei. Vós que servis a caridade por
um tempo determinado e todos os irmãos que estiverem presentes frente ao
cadáver rezareis cem pai-nossos durante os sete dias seguintes. E todos os irmãos
que estão sob a ordem da casa do irmão falecido, depois de tomarem
conhecimento da morte, rezarão os cem pai-nossos, como se falou anteriormente,
pela misericórdia de Deus. Também pedimos e rogamos, por nossa autoridade
pastoral, que um mendigo seja alimentado com carne e vinho durante quarenta
44
dias em memória do finado irmão, tal como o fizesse se estivesse vivo. Nós
explicitamente proibimos todos os anteriores oferecimentos que costumavam fazer
por vontade própria e sem sensatez os Pobres Cavaleiros do Templo frente a morte
de irmãos na celebração da Páscoa ou outras festas.
63. E mais, deveis professar vossa fé com pureza de coração de dia e de noite
para que possam se comparar, nesse aspecto, com o mais sábio dos profetas, que
disse: 'Calicem salutaris accipiam'. Que quer dizer: "Eu beberei do cálice da
salvação". O que significa: "Vingarei a morte de Cristo com minha morte. Porquê da
mesma maneira que Cristo Jesus deu seu corpo por mim, da mesma forma estou
preparado para da minha alma por meus irmãos". Esta é uma oferenda apropriada,
um sacrifício vivente e do agrado de Deus.
65. Aqueles que por piedade servem e permanecem convosco por um tempo
determinado são cavaleiros da casa de Deus e do Templo de Salomão. Portanto,
com piedade rezamos e assim dispomos finalmente que se durante sua
permanência o poder de Deus se manifesta a algum deles, por amor a Deus e
45
próprio da fraternal misericórdia, um mendigo seja alimentado durante sete dias
para a salvação de sua alma, e cada irmão nessa casa deverá rezar trinta pai-nossos.
66. Ordenamos que todos os cavaleiros seculares que desejem com pureza de
coração servir a Cristo Jesus e à casa do Templo de Salomão por um período
determinado, que adquiram, cumprindo a norma, um cavalo e armas adequadas e
tudo o necessário para a tarefa. E mais, que ambas as partes deem um preço ao
cavalo e que esse preço fique por escrito para não ser esquecido, e deixai que tudo
o que o cavaleiro, seu escudeiro e seu cavalo necessitem provenha da caridade
fraterna segundo os meios da casa. Se durante esse tempo determinado ocorrer
que o cavalo morra a serviço da casa, se a casa o puder custear, o Mestre o
responderá. Se ao final de sua permanência o cavaleiro deseja regressar a seu país,
deverá deixar na casa, por caridade, a metade do preço do cavalo e a outra metade
pode, se o desejar, recebe-la das esmolas da casa.
46
Sobre as Capas Brancas
Sobre Irmãs
70. A companhia das mulheres é assunto perigoso porque por sua culpa o
experimentado diabo desencaminhou a muitos do reto caminho do Paraíso.
Portanto, que as mulheres não sejam admitidas como irmãs na casa do Templo. Por
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isso, queridos irmãos, que não consideramos apropriado seguir esse costume para
que a flor da castidade permaneça sempre impoluta entre vós.
71. Cremos imprudente para um religioso olhar muito o rosto de uma mulher.
Por esta razão ninguém deve se atrever a beijar uma mulher, seja viúva, menina,
mãe, irmã, tia ou outro qualquer parentesco, e recomendamos que a cavalaria de
Cristo Jesus evite a todo custo os abraços de mulheres, pelos quais muitos homens
pereceram, para que se mantenham eternamente perante Deus com a consciência
pura e a vida inviolável.
Sobre os Mandatos
74. Que saibam todos os presentes e futuros irmãos que devem jejuar nas
vigílias dos doze apóstolos, que são: São Pedro, São Paulo, Santo André, São Thiago,
São Felipe, São Tomé, São Bartolomeu, São Simão, São Judas Tadeu, São Mateus. A
vigília de São João Batista, a vigília da Ascenção e os dois dias anteriores, os dias de
rogativas, a vigília de Pentecostes, as quatro Têmporas, a vigília de São Lourenço, a
vigília de Nossa Senhora da Ascenção, a vigília de Todos os Santos, a Vigília da
Epifania. E deverão jejuar em tosos os dias citados segundo disposição do Papa
Inocêncio no Concílio da cidade de Pisa. E se alguns dos dias de jejum cai numa
48
Segunda-feira, deverão jejuar no Sábado anterior. Se o Natal de Nosso Senhor cai
numa Sexta-feira, os irmãos comerão carne em honra da festa, mas deverão jejuar
no dia de São Marcos devido às Litanias, porque assim foi estabelecido por Roma
para os homens mortais. Não obstante, se cai durante a oitava da Páscoa, não
deverão jejuar.
75. Natal de Nosso Senhor; a festa de Santo Estevão; São João Evangelista; os
Santos Inocentes; o oitavo dia depois do Natal, que é o dia de Ano Novo; a Epifania;
Santa Maria Candelária; São Matias Apóstolo; a Anunciação de Nossa Senhora em
Março; Páscoa e os três dias seguintes ao dia de São Jorge; os Santos Felipe e
Thiago, dois apóstolos; o encontro da Vera Cruz; a Ascenção do Senhor; Pentecostes
e os seguintes: São João Batista; São Pedro e São Paulo, dois apóstolos; Sant Maria
Madalena; São Thiago Apóstolo; São Lourenço; a Ascenção de Nossa Senhora; a
natividade de Nossa Senhora; a Exaltação da Cruz; São Mateus Apóstolo, São
Miguel; Os Santos Simão e Judas; a festa de Todos os Santos; São Martinho no
inverno; Santa Catarina no inverno; Santo André; São Nicolau no inverno; São Tomé
Apóstolo.
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PATER NOSTER ou Pai Nosso é a Oração máxima dos Cavaleiros
Templários, utilizada antes e durante as batalhas, dava aos Cavaleiros a coragem
necessária para irem à carga contra o inimigo, que na maioria das vezes, eram
muitos. Esta oração é proferida várias vezes durante o período da investidura dos
noviços. No ensino religioso é a primeira oração feita pelo monge antes do
enfrentamento contra os principados e as potestades. Muito utilizada nas práticas
de exorcismos que eram ensinadas aos Templários e são até os dias de hoje.
50
Ensino Militar: As Ordens de Cavalaria
A cavalaria medieval foi uma instituição feudal formada por cavaleiros
nobres, sendo reconhecidos por todos os ideais de coragem e imponência
associados a eles, principalmente pela literatura. Dentro da cavalaria haviam os
cavaleiros de fato (os miles), homens que eram obrigados a se recrutarem (os
lanças), os escudeiros, selecionados por ordens religiosas e os cavaleiros da espora
dourada (homens ricos, porém sem títulos de nobreza). Tais cavaleiros eram
regidos pelo Código da Cavalaria, que foi um sistema de moral, onde explicitava que
os cavaleiros deveriam defender aqueles que não tinham capacidade de se
proteger, como viúvas, crianças e idosos. Além disso, todos os cavaleiros deveriam
ser homens aptos a lutarem em guerras, da Idade Média, quando fossem
convocados. Não era necessário apenas serem fortes, mas também, os cavaleiros
deveriam ser extremamente disciplinados, além de lhes ser permitido dizer apenas
a verdade em todas as ocasiões. Além disso, eram jurados de proteger a honra de
todos da Cavalaria e da Igreja, sempre obedecendo a hierarquia de comando, e
jamais podendo recusar o desafio de um semelhante. Essencialmente, um cavaleiro
da Cavalaria era um militar cristão. Especificamente, as regras do Código da
Cavalaria podiam ser resumidas em alguns "mandamentos":
As Regras da Cavalaria
1. Acreditar nos ensinamentos da Igreja e observar todas as direções que a
Igreja mostrar;
2. Defender a Igreja;
51
7. Não mostrar misericórdia para com os infiéis, e não hesitar em participar
dos conflitos contra eles.
52
Simultaneamente, a Igreja tornou-se mais tolerante com a guerra em defesa da fé,
defendendo a ideia da "guerra justa". Também foram criadas liturgias que serviam
para abençoar os armamentos de guerra dos cavaleiros, como a espada e
armadura.
Bernardo de Claraval teve anos iniciais difíceis com regras religiosas severas.
Porém era um religioso dedicado e interessado. Sua abadia cresceu
satisfatoriamente, a ponte de, em 1118, outras serem fundadas para não superlotar
Claraval. No ano seguinte, Bernardo de Claraval escreveu suas primeiras obras que
aumentariam sua popularidade. Destacou-se também como defensor do
reformismo do clero.
53
No final da década de 1110, foi fundada no Oriente a Ordem dos Cavaleiros
do Templo de Salomão, ou simplesmente Templários. Alguns anos depois, Bernardo
de Claraval tomou conhecimento do objetivo dos monges guerreiros e tornou-se
um defensor do ideal. Bernardo de Claraval foi responsável por fazer chegar ao
papa Honório II a informação sobre o objetivo dos Templários e, com isso, buscar o
reconhecimento e o apoio da Igreja Católica. O encontro com o papa ocorreu no
Concílio de Troyes, em 1128, o qual foi muito influenciado por Bernardo. Este
conseguiu o reconhecimento da Igreja Católica sobre os Templários e ainda ficou
encarregado de escrever o estatuto da Ordem.
54
É um ato solene, praticado com o auxílio de outros Cavaleiros Templários,
dirigida por um Sacerdote Templário investido com os poderes de Grão Prior do
Templo, preferivelmente realizada em dois dias, sendo o primeiro dedicado a
“peregrinação em Santiago de Compostela” e o segundo dedicado a uma missa em
homenagem aos Cavaleiros Templários e a benção das medalhas. A investidura
divide-se em: a) Peregrinação com a comprovação de ter o candidato atingido
“finins terra”; b) retorno a Igreja do Grão-Priorado onde será paramentado,
juramentado e consagrado e receberá as primeiras instruções reservadas
aprendendo a se identificar como verdadeiros Cavaleiros Templários
Utensílios necessários: Um altar (pode ser uma mesa) com uma toalha
branca; um castiçal ou suporta para vela; uma vela branca; fósforos; um abafador
de velas; um crucifixo; um cálice de vinho tinto ou suco de uva; Um pedaço de pão
de milho ou broa de milho; uma pequena quantidade de azeite extra virgem; uma
espada templária (espada reta, com empunhadura em cruz). Papel com o
juramento escrito. Um crânio imitando o humano, tanto de gesso ou de resina ou
de outro material sólido e com peso. Uma camisa ou camiseta branca.
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bronze ou ainda de cobre, mas nunca em plástico, assim também fará com o vinho
ou suco de uvas.
“Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga
sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto.
Assim, você estará em paz com Deus e contigo. Seja Leal a Deus, a esta Igreja e ao
seu Grão-mestre. Se está igreja cair e se o seu Grão Mestre Morrer então Seja Leal ao
Povo e a sua consciência
Agora levante-se, recoloque a sua espada na cintura para que tenha as mãos
livres.
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pedação de pão, apresente-o aos céus e diga: “Eis a minha carne que é apresentada
a vos, quem dela se alimentar jamais terá fome”. Coma do pão até o final.
CONSAGRAÇÃO
A consagração de um Cavaleiro Templário somente poderá ser feita por outro
Cavaleiro Templário que tenha o Grau de Grão-Prior, é uma cerimônia revestida de
toda a formalidade e que não poderá ser realizada em si mesmo, portanto, fica
claro que existe o juramento praticado por si mesmo, mas não exista a
“autoconsagração”.
2. Seja tolerante com as demais pessoas, escute o que elas têm a dizer,
compreenda os pontos de vistas diferentes dos seus sobre vários assuntos e,
principalmente, não deixe que os outros te irritem, não dê a eles esse poder.
4. Antes das refeições faça uma breve oração, agradeça a Deus ter Ele
permitido que mais uma vez você se alimentasse.
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5. Procure corrigir antigos vícios;
7. Aja de modo que as pessoas ao seu redor percebam que houve uma
mudança no seu comportamento.
O Noviço
Passaremos agora a dar detalhes sobre a vida do Noviço, antes e depois que
ingressava para a Ordem dos Templários.
Mais dramática ainda era a situação das crianças, muitas vezes abandonadas
em estradas, bosques ou mosteiros pelos pais, que não tinham como sustentá-las.
Além disso, havia também grande número de órfãos, devido ao elevado índice de
mortalidade no parto: a falta de higiene provocava a chamada febre puerperal, que
causava a morte da mãe, e a incidência de blenorragia (doença sexualmente
transmissível) muitas vezes contaminava o filho, causando cegueira
58
pecados. Para se livrar desses pecados, as pessoas faziam então penitências,
compravam indulgências e procuravam viver de acordo com os mandamentos da
Igreja. Mas, como nem sempre conseguiam manter uma vida regrada, casta e
desapegada das coisas e prazeres materiais, homens e mulheres viviam em
constante preocupação com a morte e com o julgamento de Deus.
Também não existia casamento o casamento civil, como hoje, mas apenas um
contrato entre as famílias dos noivos. Em geral, e principalmente entre nobres, o
casamento era negociado pelas famílias de acordo com o seu interesse em
aumentar a posse de terras, a riqueza e o poder, ou para fortalecer alianças
militares. Os noivos não participavam desses acertos e, em muitos casos, só se
conheciam no dia da cerimônia (a mulher, com cerca de 12 anos, e o homem com
mais do dobro da idade dela). O casamento por amor, de verdade, só passou a
existir na Europa por volta do século XVII.
59
O que era a infância?
O mundo medieval certamente teve uma concepção de infância, porém esta
muitas vezes foi definida de forma imprecisa. O estudo da criança medieval tem
sido assim, afastado dos objetivos dos historiadores, repetindo-se que sobre esse
tema as fontes são silenciosas ou escassas, que dão da criança unicamente
representações deformadas, ou ainda que ela fosse considerada um adulto em
miniatura, um ser sem interesse com o qual a civilização medieval pouco ou nada se
preocupara. A ideia de que o "sentimento da infância" e as preocupações
educativas são um fenômeno recente, nascido no decorrer do século XVIII, é outro
princípio vulgarmente aceite.
O fato dos trajes infantis serem iguais aos dos adultos, reforçava essa ideia.
Importante destacar que a criança era considerada um ser ativo na sociedade, já
que era regida por uma legislação própria.
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ciência (astrologia e química) religião, culinária e medicina (principalmente sob a
influência dos árabes que estavam em constante contato com os templários.)
Com o passar dos anos, noviços tornavam-se escudeiros, daí por diante já
recebiam outras instruções dentro das artes (praticamente as mesmas artes porem
de forma mais aprofundada). A carreira do noviço passava, de grau em grau, além
do escudeiro até o sargento das armas e ao final o grau de Oficial, onde se sagrava
realmente Cavaleiro Templário e era reconhecido como tal pelos seus pares, pela
igreja e pela corte.
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Vejamos a “antiga regra” que passou a proibir a aceitação de meninos dentro
do Priorado:
“14. Embora a regra dos santos padres permita receber meninos na vida
religiosa, nós o desaconselhamos. Porque aquele que deseje entregar seu filho
eternamente na ordem de cavalaria deverá educá-lo até que seja capaz de usar as
armas com vigor e liberar a terra dos inimigos de Cristo Jesus. Então, que sua mãe e
pai o levem à casa e que sua petição seja conhecida pelos irmãos; e é muito melhor
que não tome os votos quando menino, senão ao ser maior, pois é conveniente que
não se arrependa disso, do que o faça. E em seguida que seja posto à prova de
acordo com a sabedoria do Mestre e irmãos, conforme a honestidade de sua vida
ao solicitar ser admitido na irmandade.”
“Aqueles que desejam entrar para a Ordem dos Cavaleiros de Cristo tomando o
tríplice voto de (1) Castidade, (2) Pobreza e (3) Obediência, dedicando suas vidas,
dali até a morte, à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de Cristo
A noção de que o noviço era um cargo apenas para crianças não é correto.
Alguns jovens se apresentavam ao Priorado com a intenção de servir ao
Cristianismo na Guerra Santa (Cruzadas) e para isso eram encaminhados aos
Cavaleiros Templários para que se alistasse.
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Jovens com idade variando entre 14 e 18 anos de idade eram aceitos, mesmo
sem conhecimento algum da arte da guerra, porem a primeira instrução que
recebiam era a mesma praticada pelos noviços.
A meditação ensinada aos noviços era o início das práticas esotéricas tão
comuns entre os Cavaleiros Templários. Era conhecida como “a semente”. Abaixo
transcrevemos o ensinamento que deverá ser praticado pelo noviço todos os dias
enquanto se mantiver nesse grau. Procure um local calmo e garanta que não será
interrompido durante a prática deste exercício, você precisa de pelo menos uns 15
minutos.
63
dedo se move. O broto não quer mais ser semente, ele quer nascer. Lentamente
você começa a mover os braços e depois seu corpo irá se erguendo, se erguendo,
até que você estará sentado nos seus calcanhares. Agora você começa a levantar-
se. e lentamente, lentamente, estará ereto e de joelhos no chão. Durante todo este
tempo você imaginou que é uma semente se transformando em broto e rompendo
pouco a pouco a terra. Chegou o momento de romper a terra por completo. Você
vai se levantando lentamente, colocando um pé no chão, depois o outro, lutando
contra o desequilíbrio como um broto luta para encontrar seu espaço. Até que você
fica em pé imagina o campo ao seu redor, o sol, a agua, o vento e os pássaros. É um
broto que começa a crescer. Levanta, devagar, os braços, em direção ao céu. Depois
vai se esticando cada vez mais, cada vez mais, como se quisesse agarrar o sol
imenso que brilha sobre você e lhe dá forças, e lhe atrai. Seu corpo começa a ficar
cada vez mais rígido, seus músculos retesam-se todos, enquanto você se sente
crescer, crescer, crescer e se tornar imenso. A tensão vai aumentando cada vez
mais, até tornar-se dolorosa, insuportável. Quando você não aguentar mais, de um
grito e abra os olhos. Repita este exercício no grau de noviço todos os dias.”
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Afonso II “o Casto” conforme o Pergaminho A
existente na Catedral de Compostela
65
IMAGEM DE JACQUES DEMOLAY (DEMOLÉ) EM
VESTES TEMPLÁRIAS E NA FOGUEIRA
66
IMAGEM DA ESPADA TEMPLÁRIA COM O PUNHO EM
CRUZ
Em Oração
67
a) Castiçal de 7 velas (menorah)
b) Castiçal solitário de 1 vela
c) Crânio para utilização no altar.
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