Feridas
Feridas
Feridas
1
SUMÁRIO
A HISTÓRIA.................................................................................................................. 7
A EVOLUÇÃO .............................................................................................................. 9
ENFERMEIRO............................................................................................................. 11
PARECERES ............................................................................................................... 12
EPIDERME .................................................................................................................. 13
DERME ........................................................................................................................ 14
TECIDO NECRÓTICO................................................................................................ 22
EPITELIZAÇÃO .......................................................................................................... 23
A FISIOLOGIA ............................................................................................................ 27
FISIOPATOLOGIA ..................................................................................................... 39
CONDUTAS ................................................................................................................ 46
TERAPIA ..................................................................................................................... 47
DOR .............................................................................................................................. 47
ÚLCERA DIABÉTICA................................................................................................ 49
PÉ DE CHARCOT ....................................................................................................... 54
DEFINIÇÃO................................................................................................................. 57
PATOGÊNESE ............................................................................................................ 58
DEFINIÇÕES ............................................................................................................... 66
A AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 76
CICATRIZES ............................................................................................................... 84
CELULITE/INFLAMAÇÃO ....................................................................................... 85
DOCUMENTAR .......................................................................................................... 85
A HISTÓRIA
7
No período medieval, Galeno (século II d.C), que era médico do grande
imperador Marco Aurélio, instaurou a teoria da secreção purulenta. Nessa teoria
acreditava-se que a formação da secreção era fundamental para a cicatrização.
Usava na sua terapêutica:
• Água do mar, do mel, tinta de caneta e barro.
• As lesões ulceradas eram ligadas com figos (que contêm Papaína).
• Teia de aranha.
8
lesada (amputação) e para cauterizar o coto era utilizado óleo fervente.
Entretanto nessa época houve uma grande escassez de óleo, o que possibilitou a
substituição por gema de ovo e óleo de rosa, o que aumentou a taxa de sobrevida da
população.
A EVOLUÇÃO
9
• A partir de 1980 estudos em larga escala começaram a ser realizados nos
Estados Unidos e em vários países da Europa, visando o aperfeiçoamento dos das
técnicas para realização dos curativos.
• Em 1982 as coberturas à base de Hidrocoloides são lançadas nos EUA e
Europa, porém somente em 1990 chegaram ao Brasil com elevado custos dificultando o
seu uso pela população brasileira.
Apesar de todos esses avanços de tecnologias, produtos e técnicas para o
desenvolvimento do tratamento de feridas, a incidência das úlceras crônicas em nosso
meio ainda é bastante elevada. E embora várias descobertas já tenham sido feitas ainda
existe muito a ser pesquisados e muitos mitos a serem quebrados para aperfeiçoar estes
recursos.
10
Capítulo I: Dos princípios fundamentais
Art. 1°: A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser
humano e da coletividade. Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e
reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos legais.
Art. 4°: O profissional da enfermagem exerce suas atividades com justiça,
competência, responsabilidade e honestidade.
Art. 5°: O profissional de enfermagem presta assistência à saúde visando a
promoção do ser humano como um todo.
ENFERMEIRO
Lei nº 7.498/86 em seu Artigo 11, Alínea j:
É privativo do enfermeiro: A prescrição da assistência de enfermagem.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Lei 1498/1986, Artigo 10, Parágrafo II:
Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do
enfermeiro e as referidas no artigo 9° deste decreto.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Lei 7.498/1986, Artigo 11, Parágrafo III:
Executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras
atividades de enfermagem, tais como: Alínea c, fazer curativos.
11
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
O artigo 159 do Código Civil enuncia que "aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano".
PARECERES
COREN-SP: Parecer (1998) sobre a prescrição de curativo e criação da comissão
de curativos. Parecer (1999) sobre o desbridamento de feridas.
COREN-MS: Parecer 001/2005, sobre o desbridamento de feridas.
“O desbridamento cirúrgico pode ser realizado pelo enfermeiro, desde que não
atinja tecido muscular e que não necessite de narcose ou anestesia. ”
12
• Auxiliar na manutenção da temperatura
(termorregulação);
• Percepção;
• Metabolismo.
EPIDERME
13
FONTE: Disponível em: <www.theses.ulaval.ca>.
DERME
TECIDO SUBCUTÂNEO
CLASSIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES
14
FERIDA: É caracterizada pela perda da continuidade dos tecidos, podendo ser
superficial ou profunda, que deve se fechar em até seis semanas.
ÚLCERA: A FERIDA se torna uma úlcera após seis semanas de evolução sem
intenção de cicatrizar.
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
Comprometimento Tecidual
15
das partes moles, hemorragia.
16
PERFURANTES: pequenas aberturas na pele.
GRAU DE CONTAMINAÇÃO
1. LIMPAS
2. CONTAMINADAS
17
3. INFECTADAS
Presença e a multiplicação de bactéria e outros microorganismos associado a um
quadro infeccioso já instalado, há presença dos sinais flogísticos.
18
18
FONTE: Disponível em: <www.iqb.es>.
19
FONTE: Disponível em: <www.iqb.es>.
20
FONTE: Disponível em: <www.iqb.es>.
9. CROSTAS: Lesão formada por uma coleção de soro, sangue ou pus, que
junto aos restos epiteliais, desidrata a superfície da pele.
10. FISSURAS: São fendas cutâneas, formato linear que podem acometer a
epiderme e derme.
21
FONTE: Disponível em: <www.iqb.es>.
22
TECIDO NECRÓTICO
Restrito a uma área – isquemia, redução da circulação, tecido não viável.
Pode ser caracterizada por liquefação e ou coagulação produzido por enzimas
que acarretam a degradação dos tecidos isquêmicos, se diferenciam pela coloração e
consistência.
• ESCARA: de coloração marrom ou preta, é descrita como uma capa de
consistência dura e seca
• ESFACELO: de cor amarelada ou cinza; descrita de consistência
mucoide e macia; pode ser frouxo ou firme a sua aderência no leito da ferida; formado
por fibrina (concentração de proteína). E fragmentos celulares
22
ESCARA ESFACELO
TECIDO DE GRANULAÇÃO
Aumento da vascularização é um tecido de cor vermelho vivo.
23
EPITELIZAÇÃO
Tecido róseo.
23
Classificação Quanto ao Exsudato
SECA: Fundo pálido, gaze seca gruda na ferida com pequena hemorragia, para a
repitelização.
24
ÚMIDA: Fundo brilhante de cor vermelho vivo, a gaze fica por 24 horas úmida.
Tem borda ativa
24
25
• Úlceras tropicais:
Ex.: Leishmaniose: mucosa e cartilagem.
Incubação: 1 a 3 meses
• Úlceras arteriais:
Característica: Edema, ausência de pulso arterial, não possui pelos devido a
danos causados em órgãos anexos da pele, apresenta alteração de temperatura do órgão
lesado.
25
• Úlceras neuropáticas: Presença de lesão em terminações nervosas
periféricas, principalmente em membros inferiores.
• Úlceras diabéticas:
Característica: Ferida contaminada apresenta desidrose – estase com hipóxia,
ressecamento dá área circunjacente.
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
26
A FISIOLOGIA
FASE INFLAMATÓRIA
27
• Neutrófilos;
• Mastócitos;
• Plaquetas, dentre outras.
29
FASE PROLIFERATIVA
28
3ª - Angiogênese: como todo processo de reparação exige um gasto grande de
energia existe a necessidade de um aumento no aporte sanguíneo para o local da lesão.
Esse aumento circulatório se dá pela formação de novos vasos sanguíneos, ou seja, a
neo angiogênese.
Em resumo:
FASE DE MATURAÇÃO
29
FONTE: Disponível em: <www.eerp.usp.br>. Acesso em: 05 jul. 2010.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
30
• É aquela que permanece aberta;
• Onde existe uma perda significante de tecido e onde as fases de
cicatrização são bastante marcadas;
• Resposta inflamatória bastante evidente, com necessidade maior de
tecido de granulação, com epitelização visível;
• Há necessidade de um grande fortalecimento e um grande processo de
contração.
31
COMPLICAÇÕES DA CICATRIZAÇÃO
PSICOSSOCIAL
Sendo a nossa pele o maior órgão do corpo humano podemos considerá-la, além
de barreira protetora o nosso “cartão-postal”, sendo a primeira coisa observada e vista
em todos os indivíduos.
Atualmente, com a evolução da medicina estão se aperfeiçoando meios cada vez
mais avançados de tratamentos estéticos, comprovando, mais uma vez, a importância
estética da pele.
Se olharmos a pele também pelo ângulo da estética, qualquer tipo de lesão nela
encontrada é causa de intenso desconforto para quem a possui. E esse desconforto é
evidenciado pela baixa autoestima que em muitas vezes possam levar o indivíduo à
depressão.
A baixa autoestima, a depressão, dentre outros problemas pode levar a pessoa a
diminuir a produção de inúmeras substâncias endógenas, que auxiliam ou são
responsáveis pelo processo de cicatrização.
32
PERFUSÃO E OXIGENAÇÃO
NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
A NUTRIÇÃO
33
epitelial, auxilia na diferenciação celular na epitelização. E a vitamina E estimula a
fibroplasia e age como cofator da síntese do colágeno.
O complexo B é importante para a junção das fibras de colágeno durante a fase
de maturação. O ferro e o zinco são cofatores na formação de colágeno e na síntese de
proteínas;
A HIDRATAÇÃO
INFECÇÃO
MEDICAMENTOS
34
Algumas terapêuticas medicamentosas interferem diretamente no processo
cicatricial, devendo ser levadas em consideração no momento em que for instituído o
plano de cuidados de cada paciente.
O corticosteroide inibe a proliferação epitelial e migração de neutrófilos e
macrófagos. Já os anti-inflamatórios reduzem a síntese do colágeno e inibem a
contração da ferida diminuindo a velocidade de epitelização. Os imunossupressores
aumentam a suscetibilidade à infecção e diminui a produção de neutrófilos.
IDADE
MOBILIDADE DO PACIENTE
35
movimentar no leito possuem maior probabilidade de desenvolver lesão de pele devido
à pressão e compressão da microcirculação dificultando a nutrição e oxigenação celular
e dificultando o fluxo arteriovenoso e linfático de um ou mais membros.
FORMAÇÃO DA ÚLCERA
• Isquemia tecidual;
• Espessamento das fibras musculares;
• Comprometimento arterial;
• Necrose do tecido gorduroso;
• Formação de fibrina nos vasos capilares.
ÚLCERA VENOSA
A função da veia é levar o sangue de retorno ao coração, após ter cumprido a
função de trocas metabólicas e térmicas ao nível dos tecidos. No sistema venoso
36
existem três sistemas de veias diferentes em posições anatômicas e funções, sendo esses
sistemas denominados: superficial, profundo e perfurante.
As veias desses sistemas possuem inúmeras válvulas, que servem para direcionar
a corrente sanguínea impedindo seu refluxo. Este fluxo tem que vencer, além da pressão
positiva abdominal, a ação da gravidade que se exerce, intensamente sobre os membros
inferiores.
Quando essas válvulas estão comprometidas, vários sinais começam a ser
observados decorrentes de um fenômeno chamado ESTASE VENOSA.
37
42
FATORES PREDISPONENTES
• Hereditariedade;
• Idade;
• Sexo;
• Obesidade;
• Postura predominante de trabalho;
• Varizes.
38
FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
VARIZES:
É a dilatação de uma veia transportadora do retorno venoso.
FISIOPATOLOGIA
O processo de retorno venoso ao coração é feito pelas válvulas, que impedem
que o refluxo sanguíneo de volta à periferia. Quando elas apresentam problema no seu
funcionamento o sangue reverte seu curso, voltando para baixo, enfraquecendo a veia.
O sangue venoso, pobre em oxigênio e nutrientes, permanece nos tecidos
causando dilatações, edema e impedindo que o sangue arterial nutra os tecidos. Esses
necrosam, dando origem a eczemas e úlceras.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
• Geralmente localizada na região maleolar medial, por ser a área de maior
hipertensão venosa e além de haver perfurantes insuficientes ao nível de tornozelo.
• Abaulamento do tornozelo quando as pernas estão ligeiramente
pendentes;
• Descoloração no tornozelo;
• Edema de tornozelo e pé, não depressível;
• Pulsos presentes;
• Pode estar presente uma lipodermatoesclerose (regiões esbranquiçadas,
próximas à lesão);
▪ Dermatite venosa (hiperpigmentação);
▪ Exsudato purulento em 80% das úlceras;
39
▪ Incidência elevada de erisipela, devido ao comprometimento, da rede
linfática;
▪ Não há claudicação;
▪ Desconforto moderado devido à úlcera aliviado por elevação.
▪ Úlceras superficiais com bordas irregulares em fase de evolução.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
45
40
EDEMA: primeiro sinal de insuficiência vascular circulatória (IVC);
inicialmente a parede dos vasos sofre alterações em sua estrutura por alteração do
oxigênio; em sua fisiologia ocorre um desequilíbrio entre filtração e absorção.
O edema se reduz com a elevação do membro completamente, erroneamente se
faz a elevação apenas dos pés apoiados em travesseiros que mascarram a terapêutica
empregada dificultando o retorno venoso e ainda o mais grave, o fluxo arterial.
ATROFIA BRANCA/ LIPODERMATOESCLEROSE: em consequência à
dificuldade do retorno venoso temos a hipertensão venosa crônica, que na veia sadia há
referências literárias que em repouso a pressão vascular é de 0 mmHg esta que se altera
com o deambular ou o indivíduo em pé. Essa hipertensão causa um dano venoso e
intersticial, não ocorrendo formação de novos capilares intralesional e
consequentemente a atrofia, derrmo epidérmica, caracterizando a borda com
manchas angiomatosas ou de pigmentação.
HIPERPIGMENTAÇÃO: Ocorre a perda de caráter laminar do fluxo e a
diminuição da permeabilidade capilar, consequentemente temos a aglutinação das
hemácias e diapedese das hemácias no interstício (tecidos), com a deposição da
hemosiderina (resultado final do metabolismo do ferro) e o aumento dos melanócitos
aparecem alguns micros trombos, caracterizando as manchas escuras e pontos de
pigmentação em meio à atrofia branca.
Anamnese e Histórico
• Patologia familiar de caráter hereditário;
• Estilo de vida e condição particular;
• Doença, intervenções, trauma pregresso;
• História da formação da úlcera;
• Diabetes;
• Varizes em membros inferiores;
• Dislipidemias;
• Doenças cardiovascolares.
CONDUTAS:
41
1- Avaliação da lesão quanto ao seu aspecto físico: localização,
profundidade, bordas, leito, exsudato e mensuração e dor.
2- DOR: de característica peculiar às lesões isquêmicas em sua menor
intensidade, considerando todo o histórico do cliente e da lesão quanto à umidade da
lesão e da cobertura utilizada, da presença de infecção e estase venosa. O tratamento
farmacológico antes da realização do curativo auxilia a adesão ao tratamento e reduz o
fator stress do cliente, tornando o procedimento menos traumático e humano.
3- Aplicação da compressão do membro inferior pode ser de três tipos:
bandagem de curto estiramento ou inelástico indicado apenas para as pessoas que
deambulam, pode ser obtida pela Bota de Unna.
4- Bandagens de longo estiramento ou elásticas, não são as mais utilizadas
no Brasil devido ao seu custo e ao clima em que vivemos, são de compressão contínua
mesmo com o membro elevado e durante vários dias.
5- Meias-calças elásticas são poucas usadas pela não praticidade aos idosos
e necessitam de uma cobertura primária e devem ser substituídas por no máximo seis
meses.
47
ÚLCERA ARTERIAL
42
A lesão do sistema vascular periférico inclui também a lesão de artérias em suas
diferentes estruturas anatômicas, sejam elas as pequenas, médias e as grandes,
superficiais ou profundas, e ainda estão relacionadas com as condições biológicas do ser
humano e das condições culturais quanto aos hábitos alimentares e sociais, quanto ao
sedentarismo na população adulto e jovem.
CARACTERÍSTICA:
A lesão arterial periférica é descrita em várias referências literárias como um
acúmulo de gordura na parede das artérias (aterosclerose) e pelo endurecimento desta
por processos degenerativos (arteriosclerose) acometidos por doenças crônicas
degenerativas (Diabetes e Hipertensão Arterial sistêmica).
Essa lesão é progressiva, inicialmente ocorre uma redução de fluxo ocorrendo a
isquemia, e consequentemente se não corrigido a causa, ocorre a obstrução do vaso de
pequeno a grosso calibre com a perda total de tecidos por necrose e ou gangrena. Com
característica de ser uma lesão de membros inferiores que denominamos como Úlcera
de Perna, com sinais clínicos iniciais que vai de uma simples arterite de pequenos vasos
a uma obstrução parcial ou total de um grande vaso comprometendo todo um membro e
até a vida deste indivíduo.
PATOGÊNESE:
• Embolia cardíaca;
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• Vasculopatia periferica obstrutiva;
• Inativação do mecanismo arteriolar e capilar de compensação;
• Aumento da resistência periférica;
• Redução do fluxo hemático > 50%;
• Vasculopatia inflamatória.
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Características clínicas
• Claudicação intermitente aliviada pelo repouso;
• Dor noturna, aliviada por uma posição pendente;
• Dor em repouso, no ponto da úlcera;
• Pés frios e unhas dos pés espessadas;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação;
• Possível gangrena.
Fatores predisponentes
• Tabagismo;
• Hiperlipidemia;
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• Diabetes Mellitus;
• Hipertensão.
50
Localização da úlcera
• Cabeças das falanges;
• Calcanhar;
• Maléolo lateral;
• Pré-tibial;
• Extremidades dos dedos do pé ou entre os dedos do pé.
45
CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA:
O QUE INVESTIGAR?
• Pés frios;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação; Unha dos pés espessa;
• Possível gangrena.
CONDUTAS
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• Tratar causa subjacente (cirurgia ou farmacoterapia); melhorar perfusão
tecidual;
• Decidir cuidadosamente quanto ao método de desbridamento, a
GANGRENA seca atua como uma capa protetora. Devido à redução do fluxo
sanguíneo;
• Prevenção do trauma e infecção.
TERAPIA
• Terapia farmacológica;
• Terapia angioradiológica;
• Terapia cirúrgica;
• Terapia contra a dor.
DOR
Sinais físicos
• Modificação da pressão arterial;
• Mudança na frequência cardíaca e respiratória;
• Modificações tróficas;
• Sintomas neurológicos.
Sinais visíveis
• Modificação na posição corporal;
• Expressão do rosto e da voz;
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• Mudança no estado emocional;
• Anorexia, insônia e etc.
ÚLCERA NEUROPÁTICA
48
ÚLCERA DIABÉTICA
O Diabetes Mellitus é uma doença que acomete grande parte da população idosa
no Brasil, sendo considerada, juntamente com a hipertensão arterial, a doença crônica
de maior repercussão socioeconômica no nosso meio.
Além de todos os sintomas já conhecidos, causados pelo Diabetes
descompensado, outro agravante que, atualmente preocupa as autoridades em saúde são
as úlceras de pé, que acometem alguns portadores dessa patologia. Essas úlceras são
decorrentes de alterações neurológicas associadas, geralmente a um quadro infeccioso.
O surgimento dessa úlcera acontece de duas maneiras:
1. PERDA DA SENSIBILIDADE:
2. DOENÇA VASCULAR:
49
No caso dos pacientes diabéticos, podem aparecer lesões nos nervos por
comprometimento arterial, o que acarreta diminuição do aporte sanguíneo àquele nervo
levando- o à isquemia e consequentemente à diminuição da sensibilidade, já citada
anteriormente.
Características da úlcera:
• Profundas, podendo apresentas túneis;
• Pálidas, com bordas uniformes;
• Pode estar presente tecido de granulação;
• Pode existir calosidade ao redor;
• Localizada geralmente nos pés (área plantar), sendo as áreas mais
comuns as cabeças dos metatarsos e os pontos de pressão.
56
50
ESCALA DE RISCO: Sistema de Classificação de Meggitt – Wagner
GRAU/DEFINIÇÃO INTERVENÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DA
PROFUNDIDADE
0 – Neuropatia Ausente Orientação do paciente, exames
Pé “sob risco”: úlcera pregressa ou periódicos, calçados e solas internas
neuropatia com deformidade, que podem apropriados.
causar uma nova úlcera. Avaliação anual.
1 – Neuropatia presente Úlcera Redução da pressão externa: fôrma
superficial sem infecção. moldada de contato total, imobilização
para caminhar, calçados especiais, etc.
Avaliação semestral.
2- Neuropatia presente e/ou Desbridamento cirúrgico, cuidados
deformidades, proeminências e/ou com a ferida, redução da pressão se a lesão
isquemia: fechar e passar ao grau 1 (antibióticos se
Úlcera profunda com exposição de necessário).
um tendão ou articulação (com ou sem Avaliação trimestral por equipe
infecção superficial). especializada.
3- Úlcera e/ou amputação Desbridamentos cirúrgicos,
Úlcera extensa com exposição de amputação dos dedos ou de parte do pé,
osso e/ou infecção profunda, ou seja, antibióticos, redução da pressão se a ferida
osteomielite ou abcesso. passar para o grau 1.
Avaliação 1 a 3
meses por equipe
especializada.
4- Gangrena da parte externa do Avaliação e reconstrução
pé vasculares, amputação parcial do pé.
5- Gangrena total do pé Avaliação vascular, amputação
ampla da extremidade com possível
reconstrução vascular proximal.
51
ESCALA DE RISCO:
• Grau 0: pé em risco;
• Grau 01: úlcera superficial não infectada clinicamente;
• Grau 02: úlcera mais profunda, frequentemente infectada, sem
osteomielite;
• Grau 03: úlcera mais profunda, formação de abscesso,
osteomielite;
• Grau 04: gangrena localizada (dedo, parte dianteira do pé ou
calcanhar);
• Grau 05: gangrena de todo o pé.
52
53
CLASSIFICAÇÕES DA PROFUNDIDADE E ISQUEMIA DA LESÃO
DO PÉ DIABÉTICO
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PÉ DE CHARCOT
Orientações ao paciente:
• Verificar os pés diariamente;
• Lavar e secar os pés, hidratar até a perna;
• Verificar a temperatura da água antes do banho;
• Cuidado com as unhas, corte em quadrado;
• Verifique os calçados quanto à presença de corpos estranhos;
• Nunca ande descalço, não corte calosidades ou calos.
CALÇADOS ADEQUADOS:
O sapato não deve ser muito apertado nem muito folgado; a sua parte interna
deve ser de 1 a 2 cm maior do que o próprio pé; a largura interna do sapato deve ser
igual à do pé tomando como referência a face lateral das articulações dos metatarsos, e a
altura com espaço suficiente para os dedos. Os calçados devem ser experimentados com
o paciente em pé, de preferência no final do dia. Se ficarem muito apertados devido às
deformidades ou se há sinais de pressão anormal do pé, como hiperemia, calos,
ulceração, a prescrição e confecção de palminhas ou órteses, sapatos especiais devem
ser efetuados.
55
GUIA DE DIFERENCIAÇÃO
ARTERIAL VENOSA LINFÁTICA NEUROPÁTICA
56
GUIA DE DIFERENCIAÇÃO DAS ÚLCERAS
ÚLCERA DE PRESSÃO
DEFINIÇÃO
2. EXTERNOS
• Pressão;
• Fricção;
• Cisalhamento.
Sendo assim, os indivíduos mais propensos à formação desse tipo de lesão de
pele são aqueles com alterações na mobilidade, alterações sensoriais e da circulação
periférica, alteração do nível de consciência, disfunção de esfíncteres, desnutridos e
imunodeprimidos.
PATOGÊNESE
O nosso organismo precisa de energia e nutrientes para manter a vida, da
mesma forma o nosso tecido precisa de nutrientes e oxigênio para se manter vivo.
Qualquer injúria ou alteração que acarrete interrupção desse suprimento de energia pode
58
levar ao sofrimento tecidual e consequentemente morte das células.
No caso da úlcera de pressão, a isquemia é causada pela pressão das partes duras
do corpo, as proeminências ósseas, no tecido muscular. Essa pressão leva a uma
diminuição ou um bloqueio da circulação arterial, que é responsável pelo fornecimento
de nutrientes e oxigênio, com isso existe a formação de uma área isquêmica e por
consequência, a morte das células e o aparecimento da úlcera de pressão.
Causas da hipóxia
• Compressão;
• Obstrução Redução fluxo arterial; sanguíneo
59
• Estase venosa e linfática;
• Déficit da Isquemia;
• Microcirculação;
• Congestão venosa;
• Trombose venosa;
• Necrose.
B) POSICIONAMENTO
• Pressão;
• Atrito;
• Cisalhamento;
• Umidade.
60
CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
67
61
ESTÁGIO 3: temos a perda de todas as camadas da pele, sendo a epiderme,
derme e tecido subcutâneo, podendo ter ou não tecido necrótico.
68
62
FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
TRATAMENTO
63
CUIDADOS COM A PELE DO PACIENTE
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
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FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
PROIBIDO
Luvas de procedimentos com ar ou água e rodilhas (almofadas com orifício) de
ar ou de ataduras. Essas são falsas medidas de diminuição de pressão que se utilizadas
constantemente, acabam por aumentar ainda mais a área de isquemia piorando o quadro
do paciente.
EXISTEM DIVERSOS MÉTODOS PARA REDUZIR A PRESSÃO DE
APOIO E QUE SE ADAPTAM AOS DIVERSOS MOMENTOS DO PACIENTE.
MAS NINGUÉM PODE SUBSTITUIR A INTERVENÇÃO HUMANA E A
MUDANÇA HABITUAL DE DECÚBITO.
FERIDA INFECTADA
A infecção é a complicação mais comum das lesões de pele crônicas e, pode ser
considerada a mais grave e importante complicação, uma vez que pode deixar de ser
local para se tornar sistêmica o que implica em uso de antibioticoterapia sistêmica,
muitas vezes endovenosa, o que requer internação em ambiente hospitalar causando
estresse ao paciente e familiares, e aumentando, consequentemente, o tempo de
tratamento desta lesão além dos custos com medicamentos e curativos.
Dessa forma é importante lembrar que toda lesão de pele pode torna-se infectada
se não houver a atenção e um cuidado terapêutico adequado, o qual deve partir de
avaliações criteriosas e diárias das condições de pele de cada paciente, evitando
complicações sistêmicas que podem evoluir desde uma simples perda de tecido até o
65
óbito do paciente. Salientando e afirmando que o exame físico realizado em equipe
pelos profissionais da enfermagem e a sistematização da assistência pelo Enfermeiro é
de suma importância e primordial na prevenção e tratamento de lesão de pele.
DEFINIÇÕES
66
74
73
A BACTÉRIA E A LESÃO
Não existe uma úlcera crônica estéril. Em uma única ferida podemos encontrar
diversas bactérias, entretanto, isto não significa que a úlcera esteja infectada.
A infecção causa várias reações de estruturas anatômicas e funcionais do
indivíduo, alterações estas localizadas e sistêmicas que clinicamente identificam o início
do processo infeccioso.
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75
Sistêmico
• Mudança de temperatura: Hipertermia (sinal precoce) e Hipotermia (sinal
tardio de infecção severa).
• Taquicardia.
• Hiperventilação.
• Dor (dependente sensibilidade do local afetado).
• Desorientação e obnubilação.
• Intolerância à glicose.
• Maior consumo metabólico e um aumento da necessidade hídrica.
• Anemia mais frequente.
68
76
69
Fatores sistêmicos que facilitam a infecção:
• Doença vascular.
• Edema.
• Cirurgia / Radiação.
• Incompetência imunitária.
• Alcoolismo.
• Deficiência nutricional.
• Doença crônica.
• Uso de corticoides, quimioterápicos.
• Isquemia ou hipóxia.
• Hipotermia.
• Tabagismo.
• Corpos estranhos na ferida (suturas, sujidades p. ex.).
70
PRESENÇA E TIPOS DE DRENAGEM
Exsudatos:
São fluidos extravasados dos vasos sanguíneos, material proveniente de células
mortas de dentro ou redor da ferida, fatores de crescimento e da divisão da matriz
extracelular. E ainda quando o microrganismo presente na lesão é degradado e seu
derivado compõe esta exsudação, são esses que definem a coloração desta secreção.
Seus aspectos podem ser:
• Seroso.
• Sanguinolento.
• Purulento.
• Fibrinoso.
• Reação mista.
71
1- Seroso: é caracterizado por uma intensa liberação de quantidade de
líquido com baixo conteúdo proteico e origina-se do soro sanguíneo. Presente na fase
inflamatória aguda, tem aspecto fino, aguado e claro. É encontrado no estágio inicial da
infecção bacteriana.
Sanguinolento: é decorrente de lesões com ruptura de vasos. Aspecto fino,
vermelho e brilhante. E ainda temos o ser sanguinolento que apresenta os seguintes
aspectos: uma cor pálida avermelhada, aguada. Mistura de seroso com sanguinolento.
Pode ser descrito como padrões mistos que ocorrem em muitas inflamações.
2- Purulento: é um líquido composto por células e proteínas produzidas
por um processo inflamatório asséptico ou séptico. Aspecto fino ou espesso, com
coloração variando de marrom opaco para amarelo.
72
81
Coloração do exsudato:
Odor do exsudato:
É proveniente de produtos aromáticos produzidos por bactérias e tecidos em
73
decomposição. Devemos observar se, o exsudato é inodoro ou fétido.
82
O QUE OBSERVAR?
74
IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO
Coleta de material:
IMPORTANTE!!
O Swab identifica somente a bactéria responsável, mas não indica a presença
de infecção!
75
A AVALIAÇÃO
Antibiótico
Porque utilizar?
Porque o propósito da medicação é, neste caso, a redução da função bacteriana e,
por consequência, acelerar o processo de cura, o qual tende a desacelerar e finalizar a
cronicização, na presença de infecção local.
TRATAMENTO GERAL
77
TRATAMENTO LOCAL
AVALIAÇÃO DA FERIDA
COMEÇANDO A CUIDAR
IMPLICAÇÃO PSICOSSOCIAL
O QUE AVALIAR?
O Paciente
O paciente crônico, inicialmente, não confia no terapeuta, uma vez que já
convive há muito tempo com aquele problema e conhece melhor do que ninguém a
forma como deve se cuidado.
O chamado drop-out (saltar fora) é causado por essa perda de confiança, onde o
problema mais comum é a dor. Dessa forma é importante que o cuidador dê atenção não
apenas ao paciente, portador da lesão, e sim ao seu ambiente familiar, pois esta é uma
das formas de se ganhar a confiança e a adesão do paciente ao tratamento.
Mobilidade
Toda e qualquer lesão precisa de energia para se fechar, e os nutrientes com o
oxigênio necessários, são conduzidos até o local da lesão pela corrente sanguínea, sendo
que o aporte sanguíneo diminuído às áreas de compressão, as quais são causadas pela
79
imobilidade, dificulta e retarda o processo de cicatrização. Além de retardar a cura, a
imobilização e compressão constantes aumentam o risco para a formação de novas
lesões.
Portanto é importante identificar possíveis fatores que poderão interferir no
processo de cicatrização:
• Alimentação;
• Doença de base;
• Imobilização no leito;
• Medicamentos que utiliza.
Inspeção geral:
Aspecto da lesão;
Cor;
Temperatura local;
Umidade;
Ressecamento;
Localização anatômica;
Exsudato.
Inspeção especial
2. Palpação:
80
• Avaliar a profundidade da lesão;
3. Localização anatômica:
• Feridas em cabeça e pescoço possuem maior irrigação sanguínea;
• Abdominais: Drenagem elevada;
• Região sacral: risco de infecção.
91
5. Anamnese:
• Doença de base;
• Tipo de ferida;
• Evidência clínica de infecção sistêmica;
• Tempo de antibiótico.
6. Inspeção clínica:
• FC;
81
• Temperatura;
• Pressão arterial;
• Presença e tipo de exsudato;
• Extensão;
• Bordas:
• Bordas difusas;
• Bordas aderidas;
• Não aderida;
• Enrolada para baixo, espessada;
• Hiperqueratosa;
• Fibrótica, com cicatriz.
ALGUMAS DEFINIÇÕES
PELE ÍNTEGRA
Tecido sem a presença de solução de continuidade.
82
93
PELE LESADA
PELE DESIDRATADA
94
83
PELE MACERADA
CICATRIZES
84
FONTE: E. RICCI, et al. Atualização do tratamento local das úlceras, 1999.
CELULITE/INFLAMAÇÃO
96
DOCUMENTAR
• Os dados levantados sobre o paciente (doença de base, patologia
associada, medicação.)
• Dados levantados sobre a ferida após uma primeira avaliação e após as
avaliações subsequentes.
• Controle da evolução da lesão.
Documentar é preciso.
85
TÉCNICA DE CURATIVO
Como discutido anteriormente, tratar uma lesão não significa apenas aplicar um
produto ou substância, significa cuidar de um ser único, que possui suas peculiaridades
e que devem ser respeitadas na hora de escolher a forma de tratamento.
O tratamento da uma lesão com a utilização de um curativo tem várias
finalidades como limpar a ferida, proteger de traumas mecânicos e imobilizar, além de
prevenir contra infecções exógenas.
Definição
10 TIPOS DE CURATIVOS
86
98
87
99
O meio úmido tem algumas vantagens em relação aos curativos secos. Estimula
a epitelização, a formação do tecido de granulação e maior vascularização. Facilita a
remoção do tecido necrótico e impede a formação de espessamento de fibrina. Promove
a diminuição da dor, evitando traumas na troca do curativo, além de manter a
temperatura corpórea.
NORMAS DE ASSEPSIA:
88
• Lavar as mãos antes e após a realização dos curativos;
• Obedecer aos princípios de assepsia;
• Remover assepticamente tecidos necrosados;
• Obedecer aos princípios de realização do procedimento: do menos para o
mais contaminado;
• Utilizar luvas estéreis em substituição ao material de curativo ou em
procedimento que possam entrar em contato com a ferida/úlcera;
• Curativos removidos para inspeção da lesão devem ser trocados
imediatamente.
89
LAVAGEM DAS MÃOS
Observações importantes:
• Retirar anéis, relógios e pulseiras;
• Não encostar na pia;
• Utilizar sabão líquido;
• Não é indicado uso de toalhas de pano e coletivas;
• Utilizar creme hidratante de uso único e de pote individual para as mãos.
• Pacote de curativo
• O pacote de curativo deve obedecer a princípios de assepsia e
esterilização, podendo ser descartável ou não. É importante lembrar que o pacote
nunca deve ser utilizado caso haja suspeita que ele não tenha sido esterilizado.
• Soro fisiológico 0,9% ou água destilada
• Deve ser aquecido próximo a temperatura de 37º C quando
utilizado em tecido de granulação e epitelização, em temperatura inferior a essa
ocorrerá um choque térmico, e a pele levará de 03 a 04 horas para voltar a
temperatura normal.
• Técnica do jato de soro
• Técnica utilizada para higienização do tecido de granulação.
Nesta técnica pode-se utilizar o próprio frasco de soro ou uma seringa de 20 ml,
e agulha 40X12 mm, para exercer a devida pressão (04 a 15 pps).
90
Além do tecido de granulação essa técnica é utilizada para limpeza de cavidades
e pontos subtotais, áreas de difícil acesso apenas com gaze úmida.
Os pontos subtotais são pontos que abrangem todas as camadas da parede
abdominal, da pele até o peritônio. Eles são confeccionados com equipo de soro e fio
tipo cordonê. Para proceder a limpeza desses pontos, deve-se lavar todos os pontos
introduzindo soro fisiológico 0,9% com auxílio de uma seringa com agulha 40X12 mm
no interior de cada ponto, colocando uma gaze no lado oposto para reter a solução.
Continuar a limpeza de todo o restante da lesão, com o auxílio de uma pinça,
utilizando a técnica asséptica. Realizar a limpeza de dentro para fora e de cima para
baixo, utilizando as duas faces da gaze sem voltar ao início da incisão.
Pontos subtotais.
Fita adesiva
A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para evitar a
lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível priorizar a utilização das fitas
indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve ser utilizada fita crepe
91
adesiva direto à pele do paciente.
92
• Deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro da lesão, ou seja, das
bordas para o centro, para não espalhar infecção nos tecidos ao redor da ferida.
PRECAUÇÕES PADRÃO
93
São precauções universais, indicadas durante o atendimento a qualquer paciente
(USP, 1997).
• Lavagem das mãos com água e sabão, antes, durante (entre os diferentes
procedimentos) e depois do atendimento ao paciente. Depois de tocar superfícies
contaminadas, após o contato com fluidos corporais do paciente e após a retirada das
luvas.
• Luvas (de procedimento), uso indicado quando executar procedimentos
que envolvam sangue e outros fluidos corporais, mucosas, pele não íntegra, e quaisquer
itens que estão ou possam estar contaminados.
• Máscaras, respiradores (máscaras) e protetor ocular, uso indicado quando
houver possibilidade de respingos de material suspeito de estar contaminado, ou
aerossolização do agente infeccioso.
• Recipiente de paredes rígidas, para descartar agulhas e materiais
cortantes.
• Equipamentos, limpeza e desinfecção.
• Alojamento do paciente, privativo ou comum se for uma mesma
patologia.
• Avental de contágio, indicação quando há possibilidade das vestes se
contaminarem.
ANTISSÉPTICOS
94
• Bacteriostática: Permite que os microorganismos permaneçam viáveis,
porém impedem que se reproduzam (inibidor do crescimento).
Todos os antissépticos têm uma ação histolítica e, portanto, diminuem os
processos cicatriciais, se usados inconvenientemente.
Mecanismo de ação:
• Reduz a carga bacteriana por destruição das proteínas;
• Estudos “in vivo” indicam que ele reduz a carga bacteriana da pele de
68% a 84% em uma única aplicação, e de 92% a 96% em seis aplicações sucessivas.
Vantagens e indicações:
• Antisséptico de amplo espectro;
Desvantagens e contraindicação
• Seu emprego deve ser LIMITADO à resolução dos fenômenos
infecciosos;
• É citotóxico para os fibroblastos;
• Retarda o processo de cura (epitelização);
• Seu uso deve ser restrito no caso de insuficiência renal (nefrotóxico);
• É contraindicado em mulheres que amamentam;
• NÃO previne infecção;
95
• Podem ocorrer fenômenos alérgicos. Quando o paciente apresenta
hipersensibilidade ao iodo, os sintomas podem ocorrer sob a forma de febre e erupções
cutâneas generalizadas.
Apresentação
• É encontrado na forma de solução;
• PVPI degermante: É o PVPI diluído em uma solução de detergente
neutro. Pode ser usado para a antissepsia das mãos, tricotomias ou para antissepsia de
feridas sujas.
• PVPI tópico: É o PVPI diluído em solução aquosa. Pode ser utilizado
para antissepsia de feridas e mucosas.
• PVPI tintura: É o PVPI diluído em solução alcoólica a 70%, deve ser
utilizado somente em assepsia de pele íntegra.
Cuidados na aplicação
• Por ser uma solução aquosa é passível de contaminação por gram
positivos.
• Podendo estar colonizado em 12 horas e infectado em até 48
horas.
• Manter a rotina de troca do frasco a cada 07 dias;
• Não deve ser removido da ferida.
O que é?
• É um antisséptico brando;
• É particularmente adequado para lavagem de feridas e mucosas onde
haja tecido morto, pois, a produção de gás, em virtude da ação de uma enzima (catalase)
facilita a limpeza da área ou da cavidade fechada.
Vantagens e indicação:
• Como antissépticos em úlceras com sinais de infecção;
96
• Sua efervescência tem uma potente ação nos materiais liberados pela
úlcera;
• Favorece a hemostasia após procedimento cirúrgico;
• Antissépticos de primeira escolha em escoriações e outras lesões
perfurocortantes, que podem facilitar a contaminação por bactérias anaeróbias
(Clostridium tetani).
Desvantagens e contraindicação:
• Quando aplicado em lesões onde há presença de tecido de granulação, os
tecidos são destruídos por destruição das células.
Cuidados na aplicação:
• Uma vez empregado deve ser removido por uma lavagem com soro
fisiológico 0,9%.
• Abrigar a solução longe do calor e da luz, acondicionada em recipiente
opaco ou revestido com papel laminado.
SULFADIAZINA PRATA 1%
Vantagens e indicações:
• Baixa toxicidade;
• É de fácil remoção da lesão, não causa dor;
Desvantagens e contraindicações:
• Hipersensibilidade ao produto;
• Não pode ser utilizado concomitante a outros antissépticos derivados de
iodo, sódio e potássio.
97
Cuidados na aplicação:
• Deve ser aplicado com luvas estéreis ou com o auxílio de uma espátula;
• Aplicar o creme e manter 03 mm de espessura;
• Lavar a lesão com água corrente e/ou água destilada;
• Deve ser trocada a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária
estiver saturada.
• Retirar o excesso de pomada a cada troca de curativo.
ANTISSÉPTICOS INDUSTRIALIZADOS
Descrição:
• É composto por uma almofada a base de nylon com relativa não
aderência, em seu interior tem um tecido de carvão ativado com pasta de nitrato de prata
a 1%.
• É selado nos quatro lados, esterilizado e embalado individualmente.
• O tecido de carvão ativado é um material que possui poros em sua
superfície, que são capazes de capturar moléculas que ficam presas por atração elétrica
do carvão.
98
Ação/Características:
• Adsorção dos microorganismos e secreção purulenta no tecido de carvão,
por meio de ação magnética. Com isso as bactérias ficam presas no carvão, longe do
tecido danificado.
• O exsudato da lesão é absorvido pelo curativo secundário.
• A prata age impedindo a proliferação bacteriana.
Vantagens e indicações:
• Antisséptico e absorvente;
• Indicado em feridas exsudantes e/ou malcheirosas;
• Ação anti-inflamatória;
• É bactericida;
• Estimula o tecido de granulação;
• Preserva tecido epitelial;
• Reduz significativamente o tempo de troca de curativo;
• Reduz o traumatismo no ato da remoção;
• Método moderno que diminui o desconforto do paciente;
• Diminui odor.
Desvantagens e contraindicação:
• Pode causar sangramento controlável por ser aderente quando utilizados
em lesão com pouca exsudação.
Cuidados na aplicação:
• Não utilizar em áreas de granulação, doadoras de enxerto ou em
queimaduras;
• Fazer a limpeza da ferida e aplicar o produto diretamente sobre a ferida
com técnica asséptica;
• Não pode ser cortado;
• Pode ser dobrado, amassado, para ter contato direto com a ferida;
• Deve ser coberto com curativo secundário e este deve ser substituído
sempre que estiver úmido;
99
• Utilizar óleo de girassol para retirar o carvão ativado da ferida, evitando
sangramento e para impedir que a secreção contida no carvão retorne para o leito da
ferida.
• Na fase inicial do tratamento, deve ser trocado em intervalos de 48 a 72
horas. À medida que a secreção do curativo, pela exsudação, for diminuindo, a troca
poderá ser prolongada por até 07 dias, no máximo.
113
ALGINATO DE CÁLCIO
Mecanismo de ação:
100
O sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio presente no
curativo de alginato. A troca iônica:
• Resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a
cicatrização, além de auxiliar no desbridamento autolítico.
• Aumenta capacidade de absorção e induz hemostasia.
Vantagens e indicações:
• Úlceras limpas e com exsudato, dá origem a um gel e impede a adesão à
ferida e mantém um microambiente úmido.
• É indolor nas trocas.
• Pode ser usado em feridas com cavidade de difícil acesso.
• Acelera o processo de cicatrização.
• Alcança a hemostasia entre 03 e 05 minutos.
• Super absorvente, com redução das trocas e dos vazamentos.
Desvantagens e contraindicação:
• No caso de pouca secreção, pode secar dando origem a uma crosta muito
aderente e de difícil remoção;
• Contraindicado em queimaduras.
Cuidados na aplicação:
• Umedecer a fibra com SF 0,9%;
• Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, com risco
de prejudicar a epitelização;
• Ocluir com curativo secundário.
Troca do curativo:
• Feridas infectadas: no máximo em 24 horas.
• Feridas limpas com sangramentos: a cada 48 horas.
• Feridas limpas exsudativas: quando saturar.
• Quando o exsudato reduzir, e a frequência das trocas estiver sendo feita a
cada 03 ou 04 dias, significa que é hora de utilizar outro curativo;
101
ÁLCOOL
• Ação: antisséptico.
• Vantagens e indicações: NENHUMA.
Desvantagens e contraindicações:
• Aumenta por 06 vezes a incidência de escaras;
• Seu uso frequente causa ressecamento e liquidificação da pele por
remoção dos lipídios cutâneos.
• Modalidade de emprego
• Seu uso tem apenas valor histórico.
DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO
Desbridamento = debridamento
Definição: É a remoção do tecido necrosado de uma lesão.
A AHCPR (Agency for Health Care Policy and Research) recomenda que
qualquer tecido necrótico observado durante a avaliação inicial ou subsequente deverá
ser desbridada, desde que a intervenção seja consistente com os objetivos globais do
tratamento e condições clínicas do paciente.
Entretanto existem algumas situações em que não é recomendado o
desbridamento de tecido desvitalizado, como em feridas isquêmicas com necrose seca.
102
Essas necessitam que sua condição vascular seja melhorada antes de ser desbridada.
Neste caso, a escara promove uma barreira contra infecção
Outra exceção se faz em pacientes fora de possibilidades terapêuticas que
possuem úlceras com presença de escaras, que ao desbridar pode promover desconforto,
dor, e devido às condições clínicas, não disporá de tempo e condições para a
cicatrização.
TECIDO NECROSADO
POR ISSO
É importante que o tecido desvitalizado/necrosado seja removido das feridas,
pois o processo de cicatrização e a regeneração epitelial não são possíveis sem o
desbridamento regular e cuidadoso.
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO
MÉTODO CIRÚRGICO
103
Cuidados de enfermagem:
• Compressão no local (curativo compressivo);
• Observar sinais de choque (hipotensão, sudorese, palidez, taquicardia e
alteração do nível de consciência);
• Se a hemostasia não acontecer, será necessária a assistência médica para
avaliação e provável sutura do (s) vasos lesionados.
MÉTODO MECÂNICO
119
MÉTODOS QUÍMICOS
COLAGENASE
Mecanismo de ação:
104
• Desbridante, fibrinolítica.
• É uma enzima proteolítica que consome as pontes do colágeno natural,
favorecendo a remoção da necrose.
Vantagens e indicações:
• É indicado nas úlceras com presença de áreas necróticas com acúmulo de
fibrina no fundo da lesão;
• É indicado em feridas isquêmicas.
Desvantagens e contraindicação:
• Alta concentração de colagenase pode causar eritema e descamação nos
bordos da lesão.
• Quando em excesso e com sobras nas bordas causa endurecimento do
tecido.
• Não age na presença de tecido necrótico seco (escara).
Cuidados na aplicação:
• O curativo e a troca deverão ser realizados a cada 08 ou 12 horas;
• Deve ser aplicada uma fina camada;
• Deve ser mantido um ambiente úmido para melhor efeito do produto;
• É inativada na presença de água oxigenada, algodão e ressecamento da
lesão.
• Requer um curativo secundário oclusivo.
PAPAÍNA
Descrição:
• Enzima proteolítica, bactericida e bacteriostática e de ação anti-
inflamatória.
• De origem vegetal extraída da Carica papaya. Após o seu preparo,
obtém-se um pó de cor leitosa, com odor forte e característico.
• É inativada ao reagir com agentes oxidantes como o ferro, oxigênio,
derivados do iodo, água oxigenada e nitrato de prata.
105
Ação:
• A papaína é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e
peroxidases, ou seja, capaz de decompor substâncias proteicas.
• Como desbridante, liquefaz o tecido necrótico.
• Atua como anti-inflamatório, agindo ao nível das prostraglandinas.
• Fibrinolítica, provoca uma diluição na rede de fibrina dos coágulos,
podendo provocar sangramento por essa razão, não interferindo nos fatores de
coagulação;
• Efeito bactericida e bacteriostático. Rompe a parede celular de bactérias
especialmente aquelas de parede predominantemente proteica.
• Estimula o desenvolvimento de tecido de granulação e auxilia no
processo cicatricial por meio do alinhamento dos fibroblastos, reduzindo a possibilidade
de formação de queloides.
Apresentação:
• É comercializada purificada na forma de pó, em diferentes
concentrações, que variam de 02% a 10%, podendo ser manipulada/preparada na forma
de pomada ou gel.
Vantagens e indicações:
• Indicadas em feridas necróticas e fibrinas;
• Preserva capilares e tecido de granulação;
• A solução de papaína pode ser utilizada em lesões muito profundas com
exposição de estrutura óssea, em deiscência cirúrgica com evisceração em fístula
pleural, em grandes queimados, entre outros.
% INDICAÇÃO
106
1 FERIDAS NECRÓTICAS
0%
Desvantagens e contraindicação:
Cuidados na aplicação:
• Proteger a pele perilesional com alguma substância que forme uma
película protetora;
• Manter o produto em refrigeração;
• A limpeza da lesão deve ser feita com água destilada, para evitar a
inativação da radical sulfidrila;
• Ao utilizar o lavado de papaína, diluir a papaína pó em água destilada e
em recipiente plástico.
HIDROGEL
Composição:
Gel transparente, incolor, composto por:
▪ Água (77,7%): mantém o meio úmido;
▪ carboximetilcelulose – CMC (2,3%): facilita a rehidratação celular e o
desbridamento;
▪ Propilenoglicol – PPG (20%): estimula a liberação de exsudato.
107
Mecanismo de ação:
• Amolece e remove tecido desvitalizado por meio de desbridamento
autolítico.
• Provoca uma hidratação compacta do tecido necrótico, favorecendo uma
rápida autólise com ativação simultânea dos processos de granulação.
• Protege as terminações nervosas expostas e diminui a dor.
Vantagens e indicações:
• Indicado na detersão de necroses e escaras;
• Indicado, também, em úlceras secas, lesões não cavitárias;
• Não adere ao fundo da ferida tornando fácil a sua remoção;
• Apresenta-se em placas transparentes que permitem frequentes controles
da úlcera sem retirar o produto.
Desvantagens e contraindicações:
• São de alto custo;
• Produzem um intenso e desagradável odor;
• Contraindicado em úlceras infectadas e hiperexsudantes;
• Pode acarretar um agravamento no caso de maceração em lesões da pele
perilesional.
Cuidados na aplicação:
• Espalhar o gel sob a ferida assepticamente;
• Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril;
• Não usar produtos iodados;
• É aconselhável a cobertura com uma película semipermeável para
prevenir o ressecamento.
Periodicidade de troca:
• Feridas infectadas: no máximo em 24 horas;
• Necrose: no máximo em 72 horas;
• Na forma de placa: troca de 01 a 07 dias.
108
CURATIVO COM GAZE
GAZE SIMPLES
Vantagens:
• Baixo custo;
• Facilidade do seu uso;
• Estão disponíveis na maioria das instituições.
Desvantagens:
• Não se deve utilizar gaze seca diretamente na lesão, exceto quando se
deseja o desbridamento;
• Tem pouca capacidade de absorção do exsudato;
• Exigem trocas frequentes, precisam de cobertura secundária e fixação e
pode provocar maceração das áreas adjacentes;
• Permeáveis a bactérias, podem soltar fios e fibras, que atuam como corpo
estranho, podendo provocar inflamação e infecção.
TRIGLICÉRIDEOS:
Composição:
• Vitamina A: Favorece a integridade da pele e sua cicatrização.
• Vitamina E: Função antioxidante e protege a membrana celular do ataque
dos radicais livres (substâncias que destroem a célula e suas estruturas internas).
• Ácido Linoleico: Importante no transporte de gorduras, na manutenção
da função e integridade das membranas celulares, imunógeno local que auxilia na
proliferação do tecido de granulação.
• Lecitina de soja: protege e hidrata a pele.
• Ácido caprílico, cáprico e caproico:
AGE Composição
TCM 67g
Lecitina 01g
Vitamina A 2500 UI
Vitamina E 100 UI
110
Ação:
• São incorporadas à membrana celulares e importantes para manterem a
integridade da pele;
• Acelera o processo de cicatrização pelo estímulo a formação do tecido de
granulação, por meio de sua ação quimiotáxica e promovem diferenciação epidérmica;
• Atua ao nível das prostraglandinas.
Mecanismo de ação:
• Promove quimiotaxia (atração dos leucócitos) e angiogênese, mantém o
meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual.
Vantagens e indicação:
• Forma uma película protetora na pele íntegra (previne lesões); por
aumento indireto da resistência tecidual;
• Reversão dos processos de hiperemia já instalados tem grande absorção,
forma uma película protetora na pele;
• Aumenta capacidade de hidratação;
• Proporciona hidratação local alta capacidade de nutrição celular;
• Indicada na prevenção de úlcera de pressão;
Contraindicação:
Cuidados na aplicação:
• Espalhar AGE no leito da ferida ou embeber gazes estéreis de contato
com a ferida o suficiente o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a próxima
troca;
• Em feridas extensas pode-se espalhar AGE sobre o leito da ferida e
utilizar cobertura primária gazes embebidas em SF 0,9%;
• Ocluir com cobertura secundária estéril;
111
• Trocar o curativo sempre que a cobertura secundária estiver saturada ou
no máximo a cada 12 horas;
HIDROCOLOIDE
Descrição:
São constituídos por duas camadas:
• Externa: de espuma de poliuretano, flexível, impermeável à água e outros
agentes externos.
• Interna: adesiva com partículas hidroativas,
gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica.
CAMADA EXTERNA
CAMADA INTERNA
Cama externa
Cama da Interna
132
112
Mecanismo de Ação:
Em contato com o exsudato o hidrocoloide forma um gel hidrofílico que mantém
a umidade do leito da lesão proporcionando o meio para:
• Estimular a angiogênese e o desbridamento autolítico;
• Acelerar o processo de granulação tecidual;
• O gel protege o leito da ferida, promovendo um meio úmido que facilita
a migração das células epiteliais, acelerando a cicatrização.
Vantagens e indicações:
• Formam uma barreira contra a contaminação bacteriana (oclusivo);
• Previne o ressecamento da ferida;
A camada externa atua como uma barreira térmica e promove barreira mecânica;
• Permite remoção sem trauma aos novos tecidos;
• Acelera a granulação e um aumento da vascularização nesse tecido;
• Reduz a dor por proteger as terminações nervosas;
• Indicada em feridas não infectadas e pouco exsudante;
• Economiza o tempo da enfermagem no curativo, pois aumenta o tempo
entre a troca das placas de hidrocoloide;
• Pode ser adaptado em diferentes áreas anatômicas e manter a mobilidade
do membro.
113
INDICAÇÕES:
Desvantagens e contraindicações:
• Não usar em feridas infectadas ou colonizadas e fúngicas, em feridas
necróticas e em queimaduras de 3º grau;
• Possível deslocamento no caso de feridas exsudantes, nesses casos pode
ocorrer maceração de bordas e tecido perilesional;
• Odor característico, podendo ser confundido com ferida infectada.
Cuidados na aplicação:
• Realizar limpeza do leito da ferida e secar bem a pele perilesional;
• Escolher o hidrocoloide com diâmetro que ultrapasse 3 cm a borda da
ferida;
• Aplicar o hidrocoloide segurando-o pela borda;
• Pressionar a borda na pele para perfeita aderência; se necessário, fixar
com fita microporosa.
• Trocar o hidrocoloide sempre que o gel extravasar ou o curativo
deslocar.
• Anotar a data e a hora da colocação da placa,
• Deve permanecer no máximo 7 dias na lesão;
114
FONTE: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores.
HIDROCOLOIDE EM PASTA:
• Não é necessária a remoção total do gel presente;
• Devem ser aplicados até preencherem toda a cavidade da lesão;
• A troca se dá por saturação, podendo permanecer em média de 1 a 4 dias;
O curativo secundário deve ser feito com hidrocoloide em placa.
Custo benefício:
• Não necessita de trocas diárias e não requer medicamentos adicionais;
• Reduz infecção e, com isso, o tempo de cicatrização;
• Redução do tempo de enfermagem dispensada na troca de curativos.
115
135
Hidrocoloide em Grânulos
PRÓPOLIS
Descrição:
É uma resina extraída pelas abelhas dos botões de certas flores, folhas e casca de
árvores. Após a coleta desta resina as abelhas mastigam enriquecendo com os
116
componentes enzimáticos existentes em sua saliva. Coloração esverdeada a marrom,
amarga, fluída e pegajosa e insolubilidade em água.
Contraindicações:
HIDROPOLÍMERO
117
Composição:
Mecanismo de ação:
• É uma cobertura altamente absorvente para feridas com baixa a
moderada exsudação e que proporciona um ambiente úmido facilitando o processo de
granulação e ainda estimula o desbridamento autolítico, mas não é um desbridante
químico.
• A camada de hidropolímero expande-se delicadamente à medida que
absorve o exsudato mantendo a adesão da cobertura na ferida;
118
Vantagens e indicações:
• Tratamento de feridas abertas não infectadas;
• Feridas exsudativas, limpas, em fase de granulação;
• Feridas superficiais e/ou feridas com cavidades;
• Promove a granulação tecidual;
• Remove o excesso de exsudato;
• Diminuindo o odor da ferida.
Contraindicações:
Cuidados na aplicação:
• Não requer troca diária, podendo permanecer por 7 dias na lesão;
• Anotar a hora e a data da aplicação da cobertura;
• Secar a área próximo da lesão para a melhor aderência da placa;
• Posicionar o curativo sobre o local da ferida; de forma que a almofada de
espuma fique sobre a área central da lesão;
• Remover o curativo em peles frágeis levantando um dos cantos, puxando
para trás utilizando água ou soro fisiológico para romper a vedação do adesivo;
• Não requer cobertura secundária;
• Secar cuidadosamente a pele circunjacente.
119
141
Composição:
• Película de poliuretano, transparente, elástica, semipermeável, aderente a
superfícies secas.
142
120
Mecanismo de ação:
• Proporciona um ambiente úmido favorável a cicatrização.
Permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e a evaporação de água.
Impermeável a fluidos e microorganismos. Forma uma camada protetora da pele.
Mantêm a umidade e o pH da pele.
Vantagens e indicação:
• Mantém um microambiente úmido em temperatura constante;
• Fácil aplicação devido à elasticidade e extensibilidade;
• Indicada para lesões superficiais;
• Podem ser empregadas como medicação secundária na fixação de outros
produtos para aumentar a eficácia;
• Empregadas também na prevenção como proteção das áreas de risco
(fixação de cateteres vasculares, proteção de pele íntegra e ferida secas);
• Agem como barreira à contaminação da ferida;
• Adapta-se aos contornos do corpo, podendo ser cortados em diversos
tamanhos;
• Permitem visualização direta da ferida e vascularização;
• Permitem banhos;
• Não requer cobertura secundária e nem troca diária;
• Proteção contra agressões externas.
Desvantagens e contraindicações:
• Contraindicada em úlceras infectadas ou hiperexsudantes;
• Não utilizar em feridas com a pele adjacente macerada;
• São permeáveis a alguns agentes tópicos aquosos;
• Descolam gradativamente nas áreas já epitelizadas;
• Não devem ser usados nas primeiras 24 horas de pós-operatório, devido
à liberação de exsudato.
Cuidados na aplicação:
• Notar a hora e a data da aplicação da cobertura;
• Pode permanecer na ferida por sete dias;
121
• Substituir o curativo caso se solte, forme bolhas de exsudato.
COLÁGENO BIOLÓGICO
Composição:
É uma cobertura composta de colágeno e alginato que fornece apoio estrutural
para o crescimento celular e favorece a condição ideal para a proliferação celular. O
colágeno simples pode ser usado em todo tipo de ferida em fase sua fase de granulação.
122
• Partículas hidrofílicas de colágeno de origem bovina, composto de:
colágeno 90% e alginato 10%. Estes podem ser utilizadas em feridas exsudativas,
infectadas ou colonizadas.
145
Mecanismo de ação:
Vantagens e indicações:
• Indicado em lesões fluidas, superficiais e limpas;
• Remove o excesso de exsudato;
• Diminui a inflamação local e edema;
• Acelera o processo cicatricial.
123
FONTE: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores.
Desvantagens e contraindicação:
• Contraindicado para pessoas com hipersensibilidade a derivados
bovinos;
• Apresenta limitação de atividade;
• Sobre lesões secas resulta pouca eficácia;
• E nas lesões hiperexsudantes ocorre consumo rápido demais;
• Apresenta custo elevado.
Cuidados na aplicação:
• Requer medicações secundárias;
• É inativada pela água oxigenada e pelo algodão hidrófilo;
• Em feridas secas devem ser irrigadas previamente com soro fisiológico;
124
• Remover o exsudato e tecido desvitalizado;
147
125
Impregnadas:
• Acetato de celulose impregnada com petrolato;
• Com PVPI a 10%;
• Gaze de fibras de poliéster hidrófobo impregnada com AGE;
• Impregnada com Aloe Vera.
Não impregnadas:
Vantagens e indicação:
• Queimaduras superficiais;
• Feridas com formação de tecido de granulação e áreas doadoras ou
receptoras de enxerto;
• Indicada como curativo primário de lesões planas com função de manter
a ferida úmida e proteger de traumas por aderência;
• Permite o livre fluxo de exsudatos;
• Não interfere no tecido de regeneração e evita a dor durante a troca;
• Não provoca trauma na retirada, preservando o tecido de granulação;
• Permite adaptações aos locais.
Composição:
• Tela de acetato de celulose impregnada com emulsão de petrolato solúvel
em água, não aderente e transparente, estéril.
Desvantagens e contraindicação:
• Alguns tipos de gaze não aderente são impregnados com
antimicrobianos, que podem ser tóxicos ao fibroblasto;
• Se existe pouco exsudato, não criam um microambiente apropriado a
reeptelização. Por vezes, requerem medicações frequentes;
• Feridas com cicatrização por primeira intenção;
• Produtos de hidrocarbonetos saturados derivados do petróleo podem
causar irritação e reação granulomatosas;
126
Cuidados na aplicação:
• Cobrir com curativo secundário;
• Requer trocas diárias.
CURATIVOS NATURAIS
FITOTERAPIA
127
comprovada cientificamente como uma opção disponível para tratamentos diversos,
entre eles, os curativos.
É uma opção terapêutica de origem no saber popular, e que exige um trabalho
multiprofissional. A qualidade, a segurança e a eficácia iniciam-se desde a identificação
botânica, cultivo, coleta e secagem, conhecer qual parte da planta usar, quando obter o
maior teor de princípio ativo, e como prepará-lo.
Vantagens:
•Produtos naturais sem efeitos colaterais;
• Facilidade no cultivo e manipulação; Participação do paciente no
tratamento;
• Baixo custo.
Formas de uso:
• Chás, pós, pomadas;
• Há melhor extração do princípio ativo quando a planta é batida
manualmente;
• As folhas e flores devem passar por um processo de infusão.
FITOTERÁPICOS TÓPICOS
ÓLEO DE GIRASSOL
Descrição:
• É uma herbácea cujas sementes, frutos aquênios,
• Produzido no miolo das flores, são a parte mais utilizada.
128
Vantagens e indicações:
• Fácil acessibilidade e baixo custo;
• Auxilia na manutenção da função e integridade das membranas celulares;
• Lubrificam e agem como emoliente;
• Ácidos graxos essenciais: Linoleico e linolênico
• Auxiliam na manutenção da função e integridade das membranas
celulares;
• Facilita entrada de várias substâncias importantes no metabolismo
celular e imunológico.
Desvantagens e contraindicação:
• Não é um produto estéril;
ARNICA
BABOSA
• Nome científico: Aloe vera.
• Aspecto: de 60 cm a 01 metro de altura, folhas grandes e carnudas
marginadas por espinhos.
• Parte usada: Parênquima (folhas frescas).
129
• Indicações: lesões de pele não infectadas, queimaduras, erisipela e
celulite.
• Ação: auxilia no processo de cicatrização, anti-inflamatória e bactericida.
• Contraindicações: uso interno.
• Apresentação: creme ou gel 25%.
• Aplicação: aplicar topicamente sobre o ferimento três vezes ao dia.
CALÊNDULA
• Nome científico: Calendula officinalis.
• Parte usada: flores secas.
• Apresentação: creme ou gel a 5%.
• Aspecto: planta anual, as flores ocorrem na extremidade e tem cerca de
04 cm de diâmetro.
• Indicações: ferimentos abertos não infectados; úlcera de estase, dermatite
de contato, frieiras e herpes labial.
Ação: auxilia no processo de cicatrização, anti-inflamatória e antisséptico
tópico.
• Contraindicação: lesão profunda e/ou extensa, lesões disseminadas e sem
diagnóstico.
• Aplicação: aplicar topicamente três vezes ao dia.
MAMÃO PAPAIA
130
• Indicações: tratamento de feridas abertas, infectadas e para
desbridamento de tecidos desvitalizados.
• Ação: é bactericida e bacteriostático, reorganiza as tramas de colágeno
na formação da cicatriz e desbrida por dissociar as moléculas de proteínas do tecido.
• Contraindicação: oxidação em contato com metais; minimizar o tempo
de preparo do produto in natura, devido à fácil deterioração, à enzima ser altamente
instável na presença de oxigênio.
• Apresentação: pó, pomada, gel e o fruto ralado.
Modo de usar: Pó
1g 100ml 1%
1g 50ml 2%
2g 50ml 4%
3g 50ml 6%
4g 50ml 8%
5g 50ml 10%
Material:
• Mamão verde;
• Recipiente plástico para ralar o mamão;
• Água bidestilada ou água fervida para limpeza da ferida.
Procedimentos:
131
• Lavar o mamão com água e sabão;
• Ralar a polpa do mamão no ralo plástico;
• Limpar a ferida com água bidestilada ou água limpa (fervida);
• Cobrir a ferida com a polpa ralada e cobrir a lesão com gaze ou com um
pano limpo;
AÇÚCAR – SACAROSE
Material: Açúcar cristal.
Procedimentos:
• Limpeza da ferida com água limpa;
• Cobrir a superfície com o açúcar e cobrir a ferida com gaze;
• Resultados: Observa-se presença de tecido de granulação e diminuição
da secreção;
Tempo de permanência:
132
OSTOMAS
Por vários motivos, como lesão por ferimento por arma de fogo e ou arma
branca, em situações clínicas agudas e ou em situações clínicas crônicas como no caso
de neoplasia do sistema digestório, são situações em que um indivíduo necessita ser
operado para construir um caminho para saída das fezes ou da urina. Essa intervenção
cria um ostoma ou estoma (abertura), na região abdominal, por onde irão sair fezes em
quantidade e consistência diferente assim como será eliminada a urina em forma de
gotas.
O ostoma, por suas características anatômicas, que abre parte do órgão expondo
a mucosa, livre de controle do sistema nervoso central e muscular, sendo desta forma
impossível controlar voluntariamente a saída de resíduos, assim será necessário a
utilização de bolsa para coletar fezes ou urina.
O aspecto de um ostoma normal é de uma coloração vermelha ou rosa, vivo
brilhante e úmido. A pele ao seu redor deve estar lisa, sem vermelhidão, coceiras,
feridas ou dor. Logo após a cirurgia o ostoma estará inchado, mas gradualmente
reduzirá seu tamanho. Apresenta um tamanho em torno de 2 a 5 cm de diâmetro e 3 a 4
cm de saliência.
Na mucosa do ostoma não existem nervos, assim podem ser tocadas, pois o
paciente não sente dor, porém é uma mucosa que pode ser facilmente ferida. Ao realizar
os cuidados com o ostoma, pode ocorrer um pequeno sangramento, mas isso é normal,
porém se o sangramento persistir deve-se comunicar ao médico.
TIPOS DE OSTOMA
133
eliminada e muito parecida com a anterior, pastosa. Os gases produzidos pelo intestino
são eliminados também pela colostomia.
• Ileostomia: É um ostoma realizado na porção do íleo (intestino delgado)
assim no processo de eliminação dos restos alimentares não digeridos, as fezes são
eliminadas nessa porção do intestino, não passando pelo cólon (intestino grosso), reto e
ânus. As fezes apresentam uma consistência líquida ou semilíquida, devendo o paciente
ingerir uma quantidade maior de líquidos. Podem também ser mais irritante a pele
periestoma, por serem mais alcalinas, assim deve-se aumentar os cuidados de proteção
da pele, evitando possíveis irritações.
• Urostomia: É um ostoma realizado após a retirada da bexiga, utilizando
uma parte do intestino delgado para conectar o ureter a uma abertura no abdômen. O
efluente que sairá é a urina, em forma de gotejamento, podendo também causar
irritações na pele, assim deve-se proteger a pele.
Os cuidados com as ostomias devem ser realizados pela enfermagem devendo
também fazer a orientação ao paciente para que ele cuide quando for para casa.
Utilizamos para a coleta dos efluentes, dispositivos que podem ser peça única ou
duas peças, conforme adaptação do paciente.
Material:
Procedimento:
• Reunir o material;
• Lavar as mãos;
• Orientar o paciente sobre o que será realizado;
134
• Expor o local a ser manipulado;
• Calçar luvas de procedimento;
• Retirar a bolsa e placa usadas e desprezar em saco plástico;
• Utilizando, gaze, soro fisiológico e sabão realizar a limpeza da
pele periestoma e desprezá-la em saco plástico;
• Realizar a limpeza do ostoma;
• Recortar o orifício central da placa no tamanho certo do ostoma
sem deixar pele exposta, para evitar que caia efluente na região causando
irritação;
• Retirar o papel protetor da placa e aplicar sobre o ostoma,
fazendo uma leve
• Pressão, para bem aderir;
• Fechar a bolsa com clipe e colocar a bolsa à placa encaixando os
flanges;
• Deixar o paciente confortável;
• Desprezar o material no expurgo;
• Lavar as mãos;
• Fazer anotação de enfermagem, referindo aspecto do ostoma, da
pele
periestoma e qualquer anormalidade.
135
• Complicação da OSTOMIA: Uma das complicações da intervenção
cirúrgica é a lesão periestoma por dermatite de contato.
• Tratamento: aplicação de protetores cutâneos. São comercializados em
forma de pó, placa, pastas ou placas, com o objetivo de regenerar e proteger a pele
periestoma, de difícil aquisição pelo valor de mercado.
• Composição: gelatina, pectina, carboximetilcelulose sódica e poli-
isobutileno.
• Indicação: protetores cutâneos para prevenção e tratamento das lesões
provocadas pelo esparadrapo, cola das fixações da bolsa coletoras, extravasamento da
bolsa de estomas e drenos, e o pó tem sua ação é secativa e forma uma película
protetora para a fixação da placa.
Modo de aplicação:
• Secar ao redor dos drenos e ostomia;
• Aplicar a pasta na área de imperfeições e o pó nas áreas
escoriadas;
• Aplica-se a placa da mesma forma que a bolsa coletora, faz
se um recorte ao centro para encaixar o estoma;
• Mantém os cuidados de enfermagem com aplicação da bolsa de
colostomia, e periodicidade de trocas e manutenção de higiene e conforto ao
paciente.
QUEIMADOS
136
Muito se tem estudado sobre o atendimento aos queimados, mas a queimadura
ainda apresenta condições que favorecem o desenvolvimento das infecções, como
imunodepressão e o seu foco principal, as condições da ferida, como fator predisponente
ao crescimento bacteriano.
A ferida do paciente queimado deve, portanto, ser tratada como um abscesso
plano, em decorrência da grande quantidade de material necrótico e avascular e o
exsudato que o constitui é um excelente meio para a proliferação bacteriana. Por este
motivo, saber da importância do tratamento tópico aplicado ao queimado contribui com
a sua recuperação determinando o período de internação e o prognóstico desse.
137
• Alterações de coloração rósea para azul esverdeado, entremeada de áreas
escurecidas de necrose, com aumento significativo das secreções ou queimaduras secas
e de odor fétido.
A - QUANTO A PROFUNDIDADE:
1° grau
Perda da epiderme; Eritema. Ex.: queimadura solar.
2° grau
- Comprometimento parcial;
- Perda da derme e epiderme;
- Rubor, edema, bolhas, transudação e muito dolorosa;
- PROFUNDA – semelhante ao
3° grau
- Pele totalmente comprometida;
– Indolor;
- Esbranquiçada, dura (aspecto “couro”);
- Não cura espontaneamente.
138
B - QUANTO A EXTENSÃO
Grande queimado
- 3° grau maior que 10%;
- 2° grau maior que 25%.
Moderado
3° grau maior 3% menor 10%;
2° grau maior 15% menor 25%.
Leve
3° grau menor 3%;
2° grau menor 15%.
139
FONTE: Disponível em:
<http://farm4.static.flickr.com/3095/2769070028_8f9fd50449_m.jpg>. Acesso em: 03
fev. 2012.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
HIDROTERAPIA DIÁRIA
140
É importante esclarecer que durante o banho removemos também grande
quantidade de bactérias, e se utilizarmos jatos de água ainda facilitará a retirada de
crosta auxiliando no desbridamento como no controle da infecção do queimado.
PREPARO DO MATERIAL:
• Banho no leito ou banho de aspersão;
• Água de torneira temperatura adequada e antisséptico;
• Roupa do paciente/balde estéril;
• Paramentação estéril para o profissional.
MÉTODO DO CURATIVO
141
TÉCNICA DO CURATIVO
142
• Utilizar luvas estéreis para realizar o curativo.
170
TIPOS DE CÂMARAS
• Câmara monoplace ou individual;
• Câmara multiplace ou estacionárias.
CAMARA MONOPLACE
Vantagens:
• É utilizada somente por um paciente;
• Fácil controle da pressurização e despressurizarão;
144
• Fácil operacionalização.
Desvantagens:
• Isolamento do paciente;
• Aumenta a ansiedade, principalmente nas primeiras sessões.
Desvantagens:
• Unidades bastante complexas;
• Difícil operacionalização, exigindo pessoal qualificado;
• Exposição da equipe ao ambiente hiperbárico.
O TRATAMENTO
O tratamento é realizado por meio de sessões que, de acordo com as condições
clínicas apresentadas, e com os protocolos utilizados, variam os níveis de pressão,
duração, intervalos e o número total de sessões.
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
Indicação médica, geralmente nas:
• Doenças que podem ser tratadas de forma exclusiva ou combinadas;
• Síndrome de Fournier;
• Pés e pernas de diabéticos;
• Úlceras crônicas venosas e/ou arteriais;
• Síndromes compartimentais;
• Isquemias agudas traumáticas;
• Osteomielite;
• Processos isquêmicos, necróticos e infectados de partes moles.
145
CONTRAINDICAÇÕES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
147
• Ter extintores de incêndio por perto e saber como usá-los;
• Respeitar o tempo preestabelecido da sessão, evitando atrasos e o perigo
da intoxicação;
• Estar habilitado a operar a máquina corretamente;
• Realizar o relatório de enfermagem.
EVOLUÇÃO
A cicatrização é um processo dinâmico e, por isso, requer um enfoque
multiprofissional e constantes atualizações técnicas e científicas.
A ciência não para!
Atualmente existem inúmeros estudos e vários produtos em fase de experiência e
que mais cedo ou mais tarde serão postos em uso.
Dessa forma, o processo de aprendizado torna-se contínuo e nos obriga a estar
constantemente atualizando os nossos conhecimentos.
A todos, o mesmo ponto de partida.
O ponto de chegada.
Depende de cada um.
148
REFERÊNCIAS
149
básicas para a equipe de enfermagem. Rev. Paul. Enfermagem, v. 21, n. 2, p. 168-74,
2002.
150
OBRIGADO POR ESTUDAR CONOSCO!
REALIZE A AVALIAÇÃO NO SITE PARA OBTER O SEU CERTIFICADO.
WWW.VENES.COM.BR