Mod.4 - Orientações e Instruções
Mod.4 - Orientações e Instruções
Mod.4 - Orientações e Instruções
I. advertência confidencial, em aviso reservado; Art 43. A alegação de ignorância ou má compreensão dos
II. censura confidencial, em aviso reservado; preceitos deste Código não exime de penalidade o infrator.
III. censura publica, em publicação oficial;
IV. suspensão do exercício profissional até 30(trinta) dias; Art 44. São circunstâncias que podem atenuar a pena:
V. cassação do exercício profissional ad referendum do
Conselho Federal; I. não ter sido antes condenado por infração ética;
II. ter reparado ou minorado o dano.
Art 41. Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam
aplicação imediata de penalidade mais grave, a imposição das Art 45. Além das penas disciplinares previstas, também
penas obedecerá à gradação do artigo anterior. poderá ser aplicada pena pecuniária a ser fixada pelo
Conselho Regional, arbitrada entre 1 (uma ) e 25 (vinte e cinco)
Parágrafo único. Avalia-se a gravidade pela extensão do dano e vezes o valor da anuidade.
por suas conseqüências.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, a pena de multa será
Art 42. Considera-se de manifesta gravidade, principalmente: aplicada em dobro.
I. I imputar a alguém conduta antiética de que o saiba Art 46. O profissional condenado por infração ética a pena
inocente, dando causa a instauração de processo ético; prevista no artigo 40 deste Código, poderá ser objeto de
reabilitação, na forma prevista no Código de Processo Ético
II. acobertar ou ensejar o exercício ilegal ou irregular da Odontológico.
profissão;
Art 47. As alterações deste Código são da competência
III. exercer, após ter sido alertado, atividade odontológica em exclusiva do Conselho Federal, ouvidos os Conselhos
entidade ilegal, inidônea ou irregular; Regionais.
IV. ocupar cargo cujo profissional dele tenha sido afastado por Art 48. Este Código entrará em vigor, na data de sua
motivo de movimento classista; publicação no Diário Oficial.
INSALUBRIDADE EPI's (Equipamentos de Proteção Individuais), tais como
protetores auriculares, luvas, roupas apropriadas, botas, óculos de
Segundo a Constituição Federal, Art. 7º, inciso XXII, todo proteção, etc.
trabalhador que desenvolve atividades consideradas penosas,
insalubres ou perigosas na forma da lei tem direito de receber Esses protetores devem ser fornecidos pela empresa, cabendo
adicional de insalubridade em seus vencimentos. inclusive a ela cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
medicina do trabalho (Art. 157 da CLT).
São consideradas atividades insalubres são aquelas que,
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham Em alguns casos a utilização dos EPI's não afasta o risco, apenas
os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de ameniza o agente insalubre, o que deve ser feito é um conjunto de
tolerância, fixados em razão da natureza e da intensidade do medidas de segurança para cessar os agentes causadores da
agente nocivo e do tempo de exposição aos seus efeitos (Art. 189 insalubridade.
da CLT Consolidação das Leis Trabalhistas).
O papel do Sindicato nessa questão é de extrema importância,
De acordo com a NR 15 os agentes nocivos classificam-se em: pois é facultado ao sindicato requerer do Ministério do Trabalho a
realização de perícia na empresa, ou em um determinado setor,
1. QUÍMICOS: Ex: chumbo, poeiras, fumos, produtos para caracterizar e classificar ou determinar as atividades
químicos em geral, etc.), insalubres ou perigosas (Art.195, § 1º da CLT). Portanto se você,
2. FÍSICOS: Ex: calor, ruídos, vibrações, frio, etc.) trabalhador, tiver dúvidas, quanto à atividade que desenvolve na
3. BIOLÓGICOS: Ex: doenças infecto-contagiosas, empresa, se tem direito em receber o adicional de insalubridade,
bactérias, lixo urbano, bacilos, etc. procure o SEAC e denuncie, providenciaremos junto ao Ministério
do Trabalho uma fiscalização para uma eventual constatação do
Esses agentes existentes nos ambientes de trabalho que, problema.
por sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de
exposição, são capazes de causar danos à saúde do E se a sua atividade já é considerada insalubre e a empresa em
trabalhador.Quando o trabalho é exercido em condições de que trabalha não lhe paga o adicional, denuncie ao SEAAC, pois a
insalubridade acima dos limites de tolerância de tolerância Lei prevê multa (Art. 201 da CLT) para as empresas que não
estabelecidos por lei, é assegurado a ele o recebimento de cumprirem as determinações de segurança para os seus
adicionais de 10%, 20% ou 40%, segundo a sua classificação nos trabalhadores.
graus mínimo, médio ou máximo, estabelecidos pelo Ministério do
Trabalho (Art. 192 da CLT). Mas não se engane, trabalhador, achando que é bom trabalhar
em uma empresa ou um setor considerado insalubre porque com
Deste modo, cabe à empresa a responsabilidade de adotar isso você aumentará a sua renda recebendo um adicional, este é
medidas para eliminar ou reduzir a ação de qualquer agente um engano freqüentemente cometido por muitos trabalhadores,
nocivo sobre a saúde ou a integridade física do trabalhador. E conseqüência de uma legislação que permite pagar para alguém
uma dessas medidas é a utilização, pelos trabalhadores, dos expor sua saúde a agentes nocivos.
MATERIAL DE USO ODONTOLÓGICO momento da sua utilização, e fechá-lo imediatamente após o seu
uso.
Na odontologia existe uma gama muito grande de materiais
que são utilizados pelo CD para a execução dos diversos Vale também lembrar que os bicos de bisnagas e frascos
procedimentos odontológicos. E para que estes produtos possam devem estar sempre limpos com uma gaze, pois os resíduos
proporcionar uma boa resposta ao tratamento realizado alguns aderem aos bicos e dificultam o correto vedamento e acabam por
fatores devem ser considerados. permitir que esses materiais se estraguem rapidamente.
A. ARMAZENAMENTO B. MANIPULAÇÃO
São importantes os cuidados que devem ser adotados tanto Cada tipo de material exige uma forma de manipulação, e
com os materiais odontológicos que estão em uso quanto os que principalmente, uma proporção correta. A falha em ambas influi
estão sendo estocados. Os materiais que estão em estoque devem negativamente nas propriedades do material.
ser armazenados de forma organizada, com fácil visualização e
conferidos periodicamente, especialmente as datas de vencimento Deve-se sempre ler com atenção a bula de cada material,
de cada material. Na sua grande maioria, os materiais devem ser pois sempre traz informações importantes. É de interesse do
armazenados longe de fontes de calor, em lugares frescos e, se fabricante descrever, de maneira fácil de ser entendida, a forma
possível, com ventilação, e não ficarem expostos à luz direta. correta de se proporcionar e manipular seu produto, bem como o
Existem vários materiais que devem ser mantidos sob instrumental correto a ser utilizado. Se a proporção e maneira de
refrigeração para que tenham uma maior vida útil e suas manipular determinados materiais forem alteradas, muitas vezes
propriedades sejam preservadas por mais tempo. Porém é sua finalidade não será atingida.
importante salientar que a maioria dos materiais deve ser retirada Existem cimentos que devem ser manipulados com
do refrigerador alguns minutos antes de serem utilizadas, para que espátulas rígidas, outros com espátulas flexíveis, com placas de
volte à temperatura ambiente e assim readquira suas vidro grossas, ou placas de vidro finas.
características. EX: películas radiográficas, resinas compostas
fotoativadas, cimentos resinosos. C. EVITANDO ERROS
É importante que os frascos sejam mantidos sempre bem É aconselhável ter uma placa para cada tipo de cimento,
fechados, para evitar a reação do conteúdo de um frasco com o do evitando desta forma a contaminação de diferentes tipos de
outro e impedir que líquidos se evaporem ou materiais absorvam materiais, bem como não raspá-las durante a limpeza, evitando
água do meio ambiente. O ideal é abrir o frasco apenas no riscos sob sua superfície. Deve-se deixá-las imersas em água e
então proceder a lavagem.
O material somente deve ser dispensado sobre a placa no O líquido (monômero) de resinas acrílicas, além de derreter
momento de sua manipulação e uso, para evitar que perda ou alguns materiais como plástico, evapora rapidamente, devendo ser
ganho de umidade e com isso o material perder as propriedades utilizado em ambiente ventilado e seu frasco fechado
que lhe são inerentes. imediatamente após o uso. Todos os frascos devem ser bem
Deve-se manter cada proporcionador e o conta-gotas junto ao fechados, pois a maioria dos produtos liberam vapores tóxicos que
material a que se destina, evitando trocas acidentais. circulam no meio ambiente tornando as condições de trabalho mais
insalúbreis.
C. RISCOS À SAÚDE Os resíduos de mercúrio devem ser acondicionados em
recipiente de paredes rígidas, contendo água suficiente para cobri-
As embalagens trazem a categoria e risco que o material los e serem inquebráveis. Devem também serem encaminhados
pode causar, e sua bula deve descrever os cuidados que devem para a coleta especial de resíduos contaminados.
ser tomados.
RADIOPROTEÇÃO
Durante o manuseio de praticamente todos os materiais, os
cuidados devem ser estendidos ao paciente e aos profissionais, O exame radiográfico é um importante meio auxiliar de
levando-se em consideração integridade física (pele, olhos) suas diagnóstico em Odontologia. Mas, apesar dos seus inúmeros
roupas, pois alguns materiais podem causar danos físicos e benefícios, a radiação pode causar efeitos maléficos e cumulativos
prejuízos econômicos. à equipe odontológica. Para evitar danos à saúde da equipe deve-
se, então, valer-se de medidas preventivas e protetoras como o
uso de aventais de chumbo, protetor de tireóide, filmes ultra-
D. MEIO AMBIENTE
rápidos, correta realização de uma tomada radiográfica, evitar
exposição desnecessária à radiação e realizar com exatidão o
Existe um grande risco de contaminação ao meio ambiente processamento do filme.
se não forem tomados alguns cuidados. Tanto o mercúrio como os
solventes orgânicos (éter, clorofórmio, xilol, etc) evaporam 1. PROTEGENDO-SE DA RADIAÇÃO
facilmente devendo-se ter cuidados na sua manipulação.
O exame radiográfico é um importante meio auxiliar de
Os materiais derivados do eugenol corroem plásticos, diagnóstico em Odontologia. Radiação é capaz de provocar
acrílicos e mancham até mesmo a fórmica que normalmente ionização, ou seja, atinge estruturalmente as células do corpo,
recobre os armários e bancadas do consultório. O local sobre o principalmente ao núcleo celular, podendo levar a alteração
qual o material tiver sido derramado, seja ele equipamentos ou genética, sendo seus efeitos acumulativos. Para evitar danos à
móveis, deve ser limpo o mais rapidamente possível. saúde da equipe e o paciente alguns cuidados devem ser tomados.
Tanto o CD quanto o ASB devem estar atentos à prevenção contra No interior da câmara escura, os três potes que contêm
a excessiva e nociva exposição aos Raios X. Embora o ASB não revelador, água e fixador devem estar identificados, e na ordem
realize radiografias, ele está junto com o profissional no correta para o processamento (Revelador – Água – Fixador). Os
atendimento ao paciente e deve ter conhecimento de como manguitos de pano para introdução das mãos para manipulação
proteger a si próprio bem como ao paciente durante o exame interna do filme devem ser cuidadosamente manipulados para que
radiográfico. não haja entrada de luz na câmara o que causará falha no
processamento do filme radiográfico. Quando não estão sendo
Protegendo o paciente utilizados, os potes com os líquidos processadores devem
- utilização de filmes ultra rápidos (que requerem menor tempo permanecerem tampados a fim de aumentar a vida útil desses
de exposição à radiação) líquidos. A água deve ser trocada duas vezes ao dia ou conforme o
- processamento correto dos filmes uso.
- sempre que possível utilizar posicionadores radiográficos.
- proteção com colar cervical para tireóide e avental de chumbo Tabela de tempos de processamento do filme radiográfico
Protegendo a equipe odontológica
- barreira de chumbo (biombo, paredes baritadas) Etapa do processo Temperatura ambiente Tempo indicado
- posicionamento de segurança
- posicionamento do filme entre 90 e 135º em relação à 18,5º C 6,0 min
direção do feixe de radiação. 20,0º C 5,0 min
- manter-se distante ao menos 2 metros de distância do
aparelho 21,0º C 4,5 min
Revelação
- não segurar o filme na boca do paciente durante a 22,0º C 4,0 min
exposição do filme aos raios X.
24,5º C 3,0 min
Esses cuidados são necessários no controle de infecção no Além das barreiras naturais citadas acima vários
consultório odontológico para evitar infecção cruzada que é equipamentos de proteção individual são utilizados visando
ocasionada pela transmissão de bactérias ou vírus entre os aumentar a proteção dos profissionais e aumentando o controle de
pacientes e membros da equipe dentro do ambiente clínico. O infecções.
contato de pessoa a pessoa ou o contato de pessoa com A todo dispositivo ou produto que é utilizado individualmente
instrumental contaminado é a maneira como se dá a transmissão e destinado à proteção de riscos susceptíveis de ameaçar a
da infecção que ocorre quando há: segurança e a saúde do trabalhador, dá-se o nome de
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI).
1. Fonte de infecção: paciente portador de agente De acordo com a NR6 do Ministério do Trabalho, é
infeccioso com doença manifestada ou não. Por isso, obrigatório o fornecimento gratuito de equipamentos de proteção
todo paciente deve ser atendido como estando com individual, adequado para o risco e em perfeito estado de
doença infecciosa. conservação e funcionamento.
2. Veículo: meio de transmissão do microorganismo
(instrumentos contaminados, ar, saliva, sangue ou No exercício da odontologia, os profissionais devem usar
tecido retirado do paciente). calçados fechados e ter como equipamento de proteção individual
3. Vias de transmissão: inalação, contato direto, os seguintes itens:
inoculação
1. Gorro: É uma proteção mecânica da cabeça Material utilizado
Capacidade de filtração 50
contra a possibilidade de contaminação por micra
secreções, aerossóis, além de prevenir a queda Fibra de vidro 99%
de nas áreas de procedimento. Deve ser Fibra sintética 99%
preferencialmente descartável, recobrir todo o Algodão (pano) 18 a 50%
cabelo e orelha, ser descartado em lixo Papel 32%
contaminado e trocado sempre que haja sujidade Espuma 14%
visível, antes de procedimentos críticos ou a cada
turno. Nos procedimentos cirúrgicos, deve ser 3. Óculos de proteção: São óculos especiais que
usado também pelo paciente. visam proteger o olho de respingos de saliva e
sangue produzidos durante o atendimento. Os
2. Máscaras: Constituem-se no EPI mais importante principais vetores de infecção causada na
das vias aéreas superiores contra conjuntiva são as partículas projetadas da boca
microorganismos que se encontram no aerosol durante a remoção de restaurações, cáries,
produzido pelas turbinas de alta rotação, pela raspagem de tártaro e profilaxia ou pelo respingo
tosse e pelo espirro. Elas devem ser descartáveis provocado pelo uso da seringa tríplice.
e de duplo filtro de tamanho suficiente para cobrir
a boca e o nariz, sem provocar irritação da pele, 4. Avental: Pode ser cirúrgico não cirúrgico
não ter odor, não embaçar os óculos e dificultar a (estéreis). O avental não cirúrgico é um elemento
respiração do profissional. As máscaras devem do uniforme para procedimentos semicríticos.
ser trocadas sempre que estiverem úmidas, Deve ser trocado diariamente ou quando
quando tossir ou espirrar ou após procedimentos apresenta sujidade visível. O avental é de uso
infectados como abertura de canal infectado ou exclusivo do consultório e não deve ser usado fora
drenagem de abscesso. Devem-se lavar as mãos dele. Ele deve ter gola alta tipo padre, mangas
antes de retirar a máscara. Após o seu uso deve compridas e com elástico nos punhos. Já o
ser descartada em lixo contaminado. Para maior avental cirúrgico é estéril e utilizado para
proteção dos profissionais deve-se procurar procedimentos críticos. Ele deve ser fechado pelas
diminuir a produção de aerossóis e respingos costas, cobrir o joelho e ter mangas longas com
usando para isso sucção de alta potência (bomba elástico. Após o uso ele deve ser colocado em
a vácuo) e quando possível, uso de isolamento saco de roupa contaminada.
absoluto; antes de iniciar um procedimento, o
paciente deve escovar os dentes ou fazer um 5. Luvas. Elas devem ser de boa qualidade e
bochecho com antisséptico. usadas em todos os procedimentos constituindo-
se em uma eficaz barreira física para prevenir
infecção cruzada, a contaminação do profissional
através das mãos além de protegê-las contra:
a) Agentes abrasivos e escoriantes; Luvas cirúrgicas estéreis: São luvas de látex,
b) Agentes cortantes e perfurantes; esterilizadas por óxido de etileno ou raios gama e
c) Choques elétricos; cobalto 60. Têm validade de 5 anos, 36 meses e 48
d) Agentes térmicos; meses, respectivamente quando as embalagens
e) Agentes biológicos; estiverem intactas. Elas são embaladas em envelopes
f) Agentes químicos. duplos individualmente (mão direita e mão esquerda).
Encontradas em tamanho que varia de 5.5 a 9.0.
Existem vários tipos de luvas com diversas Utilizadas em todos os procedimentos críticos como
indicações. na cirurgia buço-maxilo-facial, cirurgia periodontal e
implantodontia.
Os principais tipos utilizados na odontologia são:
Devem ser trocadas em procedimentos que durem
Luvas comerciais: são luvas grossas, de vários mais de 3 horas. Após serem usadas, devem ser
tamanhos utilizadas em procedimentos de limpeza e descartada em lixo contaminada. Antes e após o uso
desinfecção do consultório ou lavagem de material de qualquer luva, as mãos devem ser lavadas.
contaminado. Após o seu uso elas devem ser As luvas não devem ser reutilizadas porque elas
desinfectadas em hipoclorito de sódio a 1% por 30 perdem a sua capacidade de barreira depois de 3
minutos. Depois devem ser lavadas com água e horas; podem apresentar pequenas perfurações de
sabão e deixadas para secar com o punho para fábrica (invisíveis a olho nu) que aumentam com o
baixo. uso durante o procedimento; a esterilização em
autoclave aumenta essas perfurações e o contato
Luvas para procedimentos semicríticos: são luvas prolongado do látex com a saliva torna-o permeável à
não estéreis ambidestras nos tamanhos pequeno, passagem de fluídos e microrganismos para o seu
médio e grande utilizadas para procedimentos interior.
clínicos, onde não há invasão do sistema vascular.
São luvas de uso único e devem ser descartadas no Lavagem das mãos
lixo contaminado. A mais importante ação isolada para o controle de infecção
Luvas de plástico: Também chamadas de luva cruzada é a higienização das mãos. É definida como uma breve e
ginecológica, são de baixo custo, esterilizadas e vigorosa fricção de todas as superfícies de ambas as mãos,
usadas, em odontologia, como sobreluva para evitar a usando água e sabão para remover bactérias, células
contaminação da luva principal quando for necessário descamadas, pêlos, suor e oleosidade da pele.
utilizar durante um procedimento crítico, um A simples lavagem das mãos com água e sabão liquido
equipamento acessório, como o fotopolimerizador. pode reduzir a sua flora microbiana interrompendo dessa maneira
Devem ser descartadas após o uso no lixo a cadeia de transmissão de infecção entre pacientes e profissionais
contaminado. da área da saúde. Nos consultórios odontológicos, essa prática é
também de suma importância para o controle das infecções ESTERILIZAÇÃO
cruzadas.
Os microrganismos disseminam-se em por contato direto ou Uma das etapas mais importantes para o controle de
indireto através de gotículas de secreções respiratórias e pelo ar infecção é a esterilização. É o processo pelo qual ocorre a
(espirro). Porém, é o contato direto o meio mais importante para a destruição de todas as formas de vida microbiana (fungos,
transmissão de infecções nos ambientes de saúde. bactérias, vírus e esporos). A eficiência da esterilização depende
O simples ato de lavar as mãos com água e sabão líquido é do preparo do material a ser esterilizado. Esse preparo segue os
capaz de remover até 80% da sua microflora que é divida em dois seguintes passos:
tipos: microflora transitória e microflora residente. 1. Descontaminação: Realizada após o uso de
A lavagem das mãos deve ser feita sempre antes e após instrumental em procedimentos críticos.
procedimentos semi-críticos e críticos. Nunca deve ser feita a) Fricção com o auxílio de escova ou esponja
usando-se sabão. embebida com produto para essa finalidade.
A lavagem das mãos deve ser realizada seguindo esses b) Pressão de jato de água com temperatura
passos: entre 60 e 90ºC durante 15 minutos.
1. Manter as unhas bem aparadas c) Imersão do material em água em ebulição por
2. Anéis, alianças, pulseiras e relógios devem ser removidos 30 minutos.
3. Manter o corpo afastado da pia. d) Autoclavagem prévia do instrumental sem o
4. Abrir a torneira e molhar as mãos sem tocar na superfície da ciclo de secagem.
pia. e) Imersão completa do instrumental em liquido
5. Aplicar a quantidade de produto recomendada pelo desinfectante acompanhada ou não de fricção
fabricante (3 a 5 ml, em geral) e espalhar pelas duas mãos. com esponja ou escova. É o método mais
6. Friccionar as mãos uma na outra atingindo toda a superfície. aconselhável que também pode ser feita junto
7. Friccionar, com especial atenção, os espaços interdigitais, com a pré-lavagem.
as unhas e as pontas dos dedos.
8. Enxaguar as mãos com papel toalha ou toalha de pano de A descontaminação pode ser feita com glutaraldeido, álcool
uso único. a 70% e hipoclorito. O glutaraldeido tem uma ação rápida
(20 a 30 minutos), é compatível com uma grande gama de
Apesar das várias medidas adotadas no consultório material e tem um custo aceitável. Porém o processo é
odontológico em relação à biossegurança, pode haver algum manual, tem um enxágüe difícil, alta toxicidade (inalação),
acidente. Neste caso deve ser seguido protocolo do Ministério da fixa a sujidade residual e tem um odor forte.
Saúde. (VER Anexos)
O hipoclorito (1%) é eficaz contra bactérias, fungos,
micobactérias e vírus. Tem baixo custo, baixo nível de
toxicidade, e ação rápida. Porém, corrói os metais, não é
esporicida, é irritante na pele e vias aéreas e inativado na
presença de matéria orgânica. O álcool a 70% é eficaz 4. Secagem: Todo o material e instrumental a ser
contra bactérias, fungos, micobactérias e vírus. Tem ação esterilizado deve estar bem seco. A secagem é feita
rápida. Contudo, não é esporicida, é volátil e inflamável, por:
danifica lentes, resseca plásticos e borrachas e fixa materia Pano limpo e seco
orgânica no material. Estufa a 50ºC
Ar comprimido.
2. Pré-lavagem:
a) Ultrassônica: Feita com aparelho de ultrassom 5. Embalagem: Após a secagem o material e o
colocados em uma cuba de aço inoxidável instrumental a ser esterilizado deve ser adequadamente
onde é colocada solução desencrostante ou embalado.
enzimática. Embalar os instrumentos de acordo com o seu uso.
b) Manual: Utiliza-se uma cuba plástica onde é Ex.: a seringa carpule não deve ser embalada junto
colocado todo o instrumental que deve ficar ao tripé (espelho, explorador e pinça clínica) uma vez
totalmente imerso em solução desencrostante que na maioria dos casos não há necessidade de
ou enzimática por 20 minutos. Deve ser feita anestesia no exame clínico.
utilizando-se EPI’s. Fazer o registro na embalagem do conteúdo, data
(dia, mês e ano) da esterilização e da validade. Se
1. Manchas cinzas irreversíveis são houver mais de um profissional responsável pela
produzidas por sabão desencrostante no esterilização, deve constar na embalagem também o
instrumental; nome de quem preparou o pacote.
2. a escova é de uso exclusivo para este Manter a embalagem bem fechada e/ou selada.
fim e sua desinfecção deve ser feita com Usar caixas perfuradas embaladas em tecido de
hipoclorito. algodão ou papel grau cirúrgico para permitir a
penetração do vapor quando forem esterilizadas em
3. Não é recomendada a de detergentes
autoclave.
de uso doméstico
Após ter sido realizado todo o preparo do material e
3. Enxágüe: Deve ser realizado em água potável e
instrumental será feita a esterilização propriamente dita que
corrente, garantindo a total retirada das sujidades e do
pode ser feita por processos físicos e químicos.
produto utilizado na limpeza. A qualidade da água tem
relação com a durabilidade do instrumental, sendo
A. FÍSICOS
recomendado que o último enxágüe seja feito com água livre
de metais pesados. Os artigos que contêm lúmen devem ser
I. Calor seco (estufa ou forno de Pasteur):
enxaguados com bicos de água sob pressão..
O calor gerado em estufa elétrica (Forno de Pasteur) tem uso
limitado porque a sua penetração e distribuição não tem
uniformidade de distribuição dentro da câmara. Além disso, o
tempo de exposição dos materiais e instrumentais para a Objeto Temperatura Tempo Observação
realização do processo é muito grande, o que é inadequado para Acondicionados em
muitos materiais em função da alta temperatura principalmente Instrumental metálico caixa metálica
120 a
tecido e borrachas. Material de Corte (tesoura) 160 a 170ºC
60 min.
fechada ou
Seringa de vidro embrulhados em
A estufa tem um termômetro que mede a temperatura de sua base papel laminado
(fica na painel da estufa) e outro que afere a temperatura no Tubos de vidro com
interior da câmara. As caixas maiores devem ser colocadas nas Agulhas ocas (limpas e secas) 120 a
160 a 170ºC bucha de algodão
60 min.
prateleiras superiores e as menores nas inferiores, sem encostá- hidrófobo
las nas paredes, a fim de facilitar a circulação do calor.
Tampados com
A esterilização por meio de calor seco tem a vantagem de não bucha de algodão
Frascos, balões de vidro 120 a
160 a 170ºC hidrófobo e
provocar corrosão de instrumental metálico e brocas de carbono, 60 min.
colocados em caixa
além de provocar menor perda de fio dos instrumentos. metálica fechada
Colocar os pacotes na câmara de modo a facilitar a Foi demonstrado através de estudos realizados em
circulação do vapor e sem tocar nas paredes do consultórios odontológicos que 12 a 33% das autoclaves e estufas
aparelho apresentam falhas no processo de esterilização. E somente
através de monitoramento físico, químico e biológico é que essas
falhas podem ser detectadas.
RESÍDUOS
A. Físico: Através da leitura de dispositivos do aparelho,
termômetro (estufa) manovacuômetro (autoclave).
De acordo com a Resolução CONAMA Nº. 385, de 29 de abril de
2005, no uso das atribuições previstas pela Lei n º 6.938, de 31 de
B. Químico: Realizado com indicadores químicos que
agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de julho
avaliam o ciclo do processo de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno,
pela mudança de cor na anexo à Portaria nº 499, de 18 de dezembro de 2002.
presença da temperatura, ...
tempo e vapor. Considerando a necessidade de minimizar riscos ocupacionais nos
ambientes de trabalho e proteger a saúde do trabalhador e da
Indicador Químico
população em geral;
...
C. Biológico: único meio de assegurar que o conjunto de Considerando que as ações preventivas são menos onerosas do que
todas as condições de as ações corretivas e minimizam com mais eficácia os danos
esterilização está adequada, causados à saúde pública e ao meio ambiente;
porque os microrganismos são ...
diretamente testados quanto ao
seu crescimento ou não após a Considerando a necessidade de ação integrada entre os órgãos
federais, estaduais e municipais de meio ambiente, de saúde e de
aplicação do processo. (São
limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o gerenciamento dos
preparações padronizadas de
resíduos de serviços de saúde, resolve:
microrganismos, numa
...
concentração do inóculo em Art. 3º Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao
torno de 106, responsável legal, referidos no art. 1º desta Resolução, o
comprovadamente resistentes gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final,
e específicos para um de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e
particular processo de saúde ocupacional, sem prejuízo de responsabilização solidária de
esterilização para demonstrar a todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou
efetividade do processo). indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em
especial os transportadores e operadores das instalações de
tratamento e disposição final, nos termos da Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981.
Indicador biológico
ANEXO I
I - GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes
biológicos que, por suas características de maior virulência ou
concentração, podem apresentar risco de infecção.
a) A1 1. kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando
descartados;
1. culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de
produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas 2. filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana
de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de similares;
culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética;
3. sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo
2. resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não
animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco
agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de
epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
mecanismo de transmissão seja desconhecido; transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação
com príons.
3. bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes
rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de 4. resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,
validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta; lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este
tipo de resíduo;
4. sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos
corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de 5. recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à
assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
livre;
6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos
b) A2 provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-
patológicos ou de confirmação diagnóstica;
1. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de experimentação 7. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os provenientes de animais não submetidos a processos de
cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de forrações; e
disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-
8. bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-
patológico ou confirmação diagnóstica;
transfusão.
c) A3
e) A5
1. peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de
1. órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou
fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de
estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com
20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha
príons.
havido requisição pelo paciente ou familiares;
II - GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem
d) A4
apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo
de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
e toxicidade.
c) resto alimentar de refeitório;
a) produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos;
d) resíduos provenientes das áreas administrativas;
antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores;
anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, e) resíduos de varrição, flores, podas e jardins; e
drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os f) resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados
pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações; V - GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais
como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro,
b) resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,
contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas;
os recipientes contaminados por estes; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório
c) efluentes de processadores de imagem (reveladores e (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros si
fixadores); Como existem na odontologia vários tipos de lixo devido à
d) efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises diversidade de materiais utilizados na sua prática diária alguns
clínicas; e cuidados devem ser tomados para não por a saúde do são assim
e) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação classificados:
da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
Lixo Geral – formado por papéis, caixas, restos alimentares e
III - GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes de atividades demais substâncias inservíveis. Não apresenta riscos para a
humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores saúde ou ao meio ambiente, dispensando tratamento especial
aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão e embalagem especial.
Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a reutilização é Lixo com Resíduos de Amálgama – os resíduos de
imprópria ou não prevista.
amálgama e mercúrio devem ser acondicionados em vidros
a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de fechados com tampa sob uma lâmina de água, a fim de evitar
laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de a formação de vapores de mercúrio, que têm efeitos
análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que deletérios sobre a saúde do profissional e pessoal auxiliar
contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de pela permanente exposição. Os resíduos coletados podem
eliminação. ser reciclados, com o aproveitamento de parte de seus
IV - GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico, componentes.
químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser Lixo Patológico – tecidos, órgãos, dentes e partes do corpo
equiparados aos resíduos domiciliares. humano e animais utilizados em pesquisa, sangue e outros
fluidos corporais requerem esterilização ou incineração, antes
a) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças
de serem enterrados.
descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material
utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de
soro e outros similares não classificados como A1;
Lixo Químico – são restos de produtos químicos utilizados CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
na Odontologia, principalmente as soluções para desinfecção
e/ou esterilização química do instrumental, as soluções
GRUPO TIPO DISCRIMINAÇÃO RECIPIENTE
reveladoras e fixadoras de radiografias, as soluções UTILIZADO
desinfetantes do consultório e outras. O lixo contaminado por (acondicionamento)
essas substâncias químicas citotóxicas deve ser separado,
envasado em recipientes plásticos resistentes, empacotado A1 Biológicos
em sacos de lixo hospitalar e destinado à vala séptica. A2 Sangue e hemoderivados
Grupo A A3 Cirúrgicos ou anatomopa-
Lixo Infeccioso – são os resíduos como gaze, algodão,
tológico exsudato
pontas descartáveis de sucção de sangue, luvas, máscara, A4 Perfurante e cortante Recipiente rígido
avental descartável e outros, contaminados com agentes conforme ABNT
patogênicos em concentrações ou quantidades suficientes A5 Animal e contaminado
para causar doenças. O seu acondicionamento no consultório A6 Assistência ao paciente Sacos plásticos
deve ser feito em lixeira que tenha tampa acionada por pedal leitosos classe II
B1 Resíduo farmacêutico
e no seu interior deve ser colocado um saco de lixo especial
Grupo B B2 Químico perigoso
(segundo norma da ABNT) na cor branca com cruz vermelha Grupo C
e dizeres “lixo hospitalar” ou na sua falta, sacos de lixo Resíduos radioativos
comuns duplos. O seu recolhimento deve ser realizado todos Grupo D Sacos plásticos
os dias ou quando a lixeira estiver cheia e depositado para Resíduos comuns classe I
recolhimento em local apropriado, devendo o pessoal auxiliar
usar paramentação com luva grossa e manusear o lixo o
mínimo possível. O seu destino deve ser a vala séptica. Símbolo de
Grupo Cor da Embalagem
Identificação
Lixo Infeccioso Contundente – os instrumentos cortantes e
contundentes devem ser acondicionados separadamente do
lixo, em embalagens resistentes a perfurações com inscrição A Saco plástico Branco Leitoso
externa na embalagem de lixo contaminado. Quando cheias
estas embalagens devem ser depositadas junto ao lixo
infeccioso e destinados à vala séptica. Quando não houver B Embalagem original ou embalagem específica
essa coleta de lixo hospitalar cabe ao profissional a sua
destruição.
Lixo Farmacêutico – são os produtos farmacológicos D Saco plástico Azul ou preto
empregados na odontologia, como o formocresol, tricresol
formalina, eugenol, vernizes, cementos, materiais Embalagem rígida, resistente á punctura, ruptura e
restauradores, medicamentos de uso sistêmico e outros, E vazamento, com tampa e identificada.
quando vencidos devem ser embalados em recipientes
plásticos resistentes e empacotados em sacos de lixo hospi-
talar e destinados à vala séptica.
GLOSSÁRIO o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para
se multiplicar (com evidentes prejuízos para o hospedeiro
AGENTES INFECCIOSOS: na maioria das vezes são seres
microscópicos tais como vírus, bactérias, fungos responsáveis pelas INFECÇÃO COMUNITÁRIA: "É a infecção presente ou em
infecções, tais como AIDS, hepatite B, micoses entre outras. incubação no acto de admissão do paciente, desde que não
relacionada com internamento anterior no mesmo hospital".
ANTISSEPSIA: É o impedimento da proliferação de microrganismos
em tecidos vivos como a pele e a mucosa , com o uso de substância INFECÇÃO CRUZADA: É a infecçao que resulta da transferência de
químicas (os anti-sépticos).. microorganismo uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa.
ANTISSÉPTICOS: Substância química utilizada para degradar ou INFECÇÃO HOSPITALAR: Também chamada de Infecção
inibir a proliferação de presentes na superfície da pele e mucosas. Nosocomial é toda infecção (pneumonia, infecção urinária, infecção
cirúrgica, ...) adquirida dentro de um ambiente hospitalar.
ASSEPSIA: É a destruição total de todos os microrganismos
presentes no instrumental, nos materiais e superfícies. INFECÇÃO ODONTOLÓGICA: Toda infecção adquirida dentro do
ambiente do consultório odontológico (Aids,. Hepatite...).Corresponde
DESCONTAMINAÇÃO: é a redução de microrganismos de em odontologia às infecções hospitalares.
instrumental ou superfícies devido a presença de matéria orgânica
(sangue, pus, saliva) por métodos quimiomecânicos, tornando-os JANELA IMUNOLÓGICA: È o período que o organismo leva, a partir
mais seguros de serem manuseados ou tocados. de uma infecção, para produzir anticorpos que possam ser detectados
por exames de sangue. A janela imunológica varia de acordo com o
DESINFECÇÃO: É a eliminação de muitos ou todos os tipo de infecção. No caso do teste de HIV, o período é normalmente
microorganismos patogênicos, com exceção dos esporos. de duas a doze semanas
DESINFECTANTES: são substâncias ou produtos com poder de PROCEDIMENTO CRÍTICO: Todo procedimento em que há
destruição todos os microrganismos de uma superfície ou penetração no sistema vascular (cirurgias e raspagens sub-
instrumento. Porém não destrói os esporos. gengivais).
ESPOROS: São células que apresentam-se de forma esférica ou PROCEDIMENTO SEMICRÍTICO: Todo procedimento em que há
ovóide que são altamente resistentes a ação dos agentes quimicos. contato com secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema
ESTERILIZAÇÃO: É a completa eliminação ou destruição de todas vascular (inserção de material restaurador, aparelho ortodôntico).
as formas de microorganismos presentes : vírus, bactérias, fungos, PROCEDIMENTO NÃO CRÍTICO: Todo procedimento em que não
protozoários, esporos, para um aceitável nível de segurança em há contato com secreções orgânicas nem penetração no sistema
instrumentos e outros materiais vascular. Na Odontologia não existe nenhum procedimento que possa
FONTE DE INFECÇÃO: É o local (pessoa, animal, objeto ou ser classificado nessa categoria.
substância) a partir da qual o agente é transmitido para o hospedeiro
determinada quando as análises laboratoriais apontarem resultados insatisfatórios elevará o pH da solução para 7,5-8,5, sendo as soluções neutras ou alcalinas
que impliquem na inaptidão das formulações para as finalidades de uso possuem ação microbicida e anti-corrosiva superiores quando comparadas às
propostas. ácidas
A liberação da medida de interdição dependerá da comprovação laboratorial de Após mistura e completa homogeneização obtém-se as soluções ativadas, cujos
que as irregularidades foram sanadas. As medidas aqui previstas não implicam, prazos de validade, conforme orientação de cada fabricante é de 14 ou de 28 dias.
de modo algum, em prejuízo das penalidades impostas pelo julgamento das Essas soluções apresentam coloração esverdeada.
infrações cometidas (Brasil, 1977b). Atenção! Essa validade é para o produto em sua embalagem original (ausência
Responsabilidade compartilhada de material orgânico, fechado na embalagem original, sem contato direto com o
O Art. 2º da Portaria 802/98 define a cadeia dos produtos farmacêuticos e que ar atmosférico ou luz).
esta abrange as etapas da produção, distribuição, transporte e dispensação. É, • (b) Quando a solução já vem preparada (alcalinizada), ela deverá ser descartada
ainda, estabelecido que as empresas responsáveis em cada uma destas etapas são após cada uso, conforme instruções do fabricante.
solidariamente responsáveis pela qualidade e segurança dos produtos Devem, também, ser observadas as recomendações de processamento pelo
farmacêuticos objetos de suas atividades específicas. Ou seja, a aquisição de fabricante do equipamento/instrumental, devido às características tecnológicas de
produtos sem registro não exonera a responsabilidade da instituição de saúde que cada um deles, evitando incompatibilidade entre processos de
adquiriu o produto (Brasil, 1998). desinfecção/esterilização e os instrumentais. Os profissionais devem estar atentos
3. Considerações finais a estas recomendações a fim de obter os resultados desejados.
A solução de Glutaraldeído a 2% é a que tem sido mais utilizada nos últimos Orientações importantes para o manuseio da solução ativada, na Central de
anos para desinfecção de artigos termossensíveis ou esterilização que pode ser a Material
Esterilizado, algumas regras deve ser definidas e seguidas com rigor: LEITURAS RECOMENDADAS
1- O recipiente que receberá a solução ativada deve possuir tampa e ser
mantido fechado todo o tempo de utilização do produto. Pode ser aberto pelo 1. CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICA
tempo suficiente para inserir os instrumentais e para a realização das análises de 2. GUIMARÃES JÚNIOR, J. Biossegurança e controle de infecção
manutenção da qualidade do processo; em consultórios odontológicos. São Paulo; Santos, 2001
Quais seriam esses controles? A medida de pH é fundamental. 3. MANUAL DE ORIENTAÇÃO AO CIRURGIÃO-DENTISTA –
CROSE, 2003.
2- Após rigorosa limpeza, enxágüe e secagem, o instrumental deve ser 4. ACD - AUXILIAR DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO. Santos, W.N.,
completamente submerso no produto e, com todos os lumes preenchidos pela Coimbra, J.L. Rio de Janeiro:Livraria Rubio, 2004.
solução de glutaraldeído, pelo tempo necessário ao tipo de processamento 5. THD e ACD – Odontologia de Qualidade. S.L, CF; RITA, M.M.;
desejado. DUARTE, S.; ROMERO, M.; ORTEGA, K.L. Livraria Santos, 2004
Tempo de exposição: 6. ACD – ATENDENTE DE CONSULTÓRIO DENTÁRIO. RIBEIRO,
Desinfecção de alto nível em glutaraldeído: mínimo 30 minutos, conforme A.I. Editora Odontex, 2008.
recomendação do fabricante da solução. 7. BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA
Esterilização: entre 8 e 10 horas, conforme recomendação do fabricante da 8. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DA PUCRS
solução. 9. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
“Deve-se ter cuidado com a formação de bolhas que impedem o contato da Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de
solução com o artigo. As reentrâncias e tubulações devem ser preenchidas com Riscos Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância
a solução utilizando uma seringa, se for necessário.” Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
3- Toda imersão na solução deve ser registrada em documento específico. Os
registros devem conter informações mínimas para a manutenção da qualidade do 10. LEIS REFERENTES À ODONTOLOGIA:
produto e sua rastreabilidade. Sugere-se o registro de informações mínimascomo: 10.1 Lei n°. 3.999, de 15 de dezembro de 1961 (Altera o salário
Durante a ativação: mínimo dos médicos e cirurgiões-dentistas);
- Data de ativação, lote do produto e nome do fabricante, data provável de 10.2 Lei n° 4.324, de 14 de abril de 1964 (Institui o Conselho
validade (14 ou 28 dias) e o responsável pela ativação da solução; Federal e os Conselhos Regionais de Odontologia);
Durante o manuseio da solução 10.3 Lei n° 5.081, de 24 de agosto de 1966 (Regula o Exercício
- Data do recebimento da solução, número do lote/registro e do início do uso; da Odontologia);
- Tipo de instrumental sob processamento e o ciclo na solução; 10.4 Lei n° 6.215, de 30 de junho de 1975 (Altera a Lei n°
- Horário do início e final do contato do glutaraldeído com o instrumental, o 5.081, no art. 6°).
responsável pela operação, em cada um dos ciclos, 10.5 Lei 11.889, de 24 de dezembro de 2008 (regulamenta a
- Resultados das análises de monitoramento da qualidade da solução em uso, com profissão de ASB, TSB
a respectiva data, horário de realização, tipo de teste e responsável.
O processamento do instrumental e a validação de todo o processo devem Obs.: Todos esses documentos estão disponíveis nos sites do
ser registrados. CRO-SE: www.crose.com.br e CFO: www.cfo.org.br.
Preocupada em promover a utilização correta das diferentes tecnologias em
serviços de saúde e a segurança dos pacientes, a Gerência Geral de Tecnologia
em Serviços de Saúde (GGTES), divulga este informe e solicita aos profissionais
de saúde que notifiquem a ocorrência de eventos adversos à autoridade sanitária
local ou à Anvisa pelo endereço
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm
APOIO: Conselho Federal de Odontologia
CFO