A Chegada Dos Deuses - Erich Von Daniken
A Chegada Dos Deuses - Erich Von Daniken
A Chegada Dos Deuses - Erich Von Daniken
Prefácio
Flashback
Distorções e subversões!
Na estrada do espírito
Imagens sem instrumentos?
Debaixo e em cima
Que idade você disse?
Um catálogo de perguntas sem sentido
E depois de Reiche?
Novas datações
A litania de cultos
Mentes acadêmicas
Uma Olímpia pré-histórica?
Outras abordagens práticas
Figuras reluzentes
Visível apenas para os deuses!
Uma perspectiva irresistível
A descoberta fenomenal!
Uma teoria bom fundada
O início de um culto
Aviões dos tempos antigos
Aqueles que não gostam de pensar deveriam pelo menos reajustar de tempos em tempos seus
preconceitos.
LUTHER BURBANK, 1849-1926
Era uma vez, nas montanhas distantes do Peru, um requeno, decadente e
indolente povoado. Sua única ligação com Lima, a grande capital, era
uma estrada de terra pela qual ninguém viajava a não ser em caso de
absoluta necessidade, pois ela atravessava centenas de quilômetros de
um deserto inóspito de areia e pedras arredondadas. Subidas e descidas,
uma curva aqui e ali, e finalmente um último trecho, curto e perigoso,
formado por um sinuoso desfiladeiro. Mais ou menos a cada duas horas
passava-se por uma aldeia indígena decadente — sempre num lugar
onde corriam os riachos oriundos dos longínquos Andes a caminho do
Oceano Pacífico. Em tendas improvisadas, os indígenas ofereciam
pequenas bananas ama- relo-escuras, laranjas de casca grossa, limões de
um verde vivo e limonada caseira de várias tonalidades. O modo de vida
dos habitantes dessas aldeias era modesto e monótono. Além de frutas,
eles também plantavam cenoura, batata, cebola e algodão, e aos
domingos se reuniam em uma pequena igreja católica.
Hoje em dia, metade desse trajeto é uma rodovia de quatro pistas e
o resto, uma estrada ampla e asfaltada. A distância entre Lima e Nazca é
de cerca de 450 quilômetros na direção sul, e o percurso para o Chile
continua através da mundialmente famosa Pan-American Highway.
(Conhecida na Europa como a Estrada do Sonho, ela atravessa o
continente americano de norte a sul, do Alasca ao Chile.) As aldeias
indígenas ao longo da estrada ainda estão no mesmo lugar, mas
cresceram enormemente: sinais de trânsito e ruas de mão única
conduzem o fluxo do tráfego através de distritos que excedem seus
limites e estão saturados com a fumaça dos canos de descarga. À beira
da estrada, proliferam restaurantes, postos de gasolina, bares e oficinas
mecânicas.
A pacata Nazca transformou-se numa pequena cidade completa
com um museu, um parque, lojas e bancos. A freqüência à escola é
compulsória. Hotéis de qualidade variada competem uns com os outros
para hospedar os turistas, os viajantes que vêm de longe e os
aventureiros. As ruas estão repletas dos anúncios habituais e, no limite
da cidade, há um pequeno aeródromo que possui uma torre e um bar.
Por um preço que varia entre cem e 150 dólares, os aficionados de
Nazca podem voar sobre o mundialmente famoso Pampa de Nazca e
correm o risco de vomitar enquanto os pilotos forçam seus pequenos
motores em uma curva fechada após outra. Depois de cada excursão de
meia hora o turista recebe um certificado da Aero Condor, assinado e
datado pelo piloto, declarando que ele voou sobre a planície de Nazca.
No entanto, nenhum desses apressados viajantes consegue
vislumbrar o verdadeiro enigma de Nazca. Por quê? Porque os vôos dos
turistas se concentram principalmente nos chamados ''desenhos
escavados" na superfície castanho-averme- lhada do deserto. Eles
retratam figuras como uma aranha gigante,[1] um beija-flor, um macaco,
uma espiral e um peixe todas intercaladas por linhas retas estreitas,
como se traçadas a régua — e, nas encostas, várias cabeças das quais
irradiam raios. Finalmente, existem também no chão marcas isoladas
que parecem gigantescas pistas de decolagem. Tudo isso pode ser
observado de um avião. No nível do solo não há praticamente nada a ser
visto.
Flashback
Distorções e subversões!
No início dos anos 1970 um certo Erik [com k!] von Däniken
anunciou que as linhas eram pistas de pouso para naves espaciais.
Suas pseudoprovas eram imagens de geoglifos que apresentam uma
incrível semelhança com as modernas pistas de aterrissagem. Ele
acrescentou que era impossível criar esses grandes sinais e
marcações sem a ajuda de aviões.
Na estrada do espírito
Debaixo e em cima
Esta é uma pergunta herética: ela abre uma ferida que temos o
dever de deixar de lado. No entanto as fotos falam por si mesmas. Após
uma análise mais completa, as largas linhas em ziguezague debaixo da
pista são apenas uma parte do quebra- cabeça. Quatro linhas estreitas
correm ao longo do lado esquerdo da pista e, ao lado delas, encontra-se
uma espiral formada a partir de cinco círculos concêntricos. À direita
dela passam seis linhas retas finas, que depois desaparecem debaixo da
pista. Por que alguém iria querer largas linhas em ziguezague e faixas
estreitíssimas passando debaixo de uma trilha? Seriam elas uma maneira
de marcar alguma coisa? Um tipo de texto? Uma espécie de mensagem?
Que utilidade teriam elas depois que uma pista fosse colocada sobre
elas?
Não se tratava então nem de um ornamento nem de uma
mensagem, mas apenas de uma singularidade da história? Será que uma
antiga geração — a quem ainda não havia ocorrido traçar trilhas
semelhantes a pistas no deserto — começou a fazer desenhos
geométricos, talvez sem suspeitar de que gerações futuras iriam cobrir
sua obra com estradas? Mas isso por sua vez pressupõe que esses
"construtores de estradas" não davam a menor importância aos desenhos
dos seus antepassados. Trata-se dificilmente de uma teoria muito
satisfatória. Afinal de contas, havia muito espaço em outros lugares para
a construção das pistas. Por que elas tiverem de ser assentadas
diretamente sobre os padrões geométricos? O que havia de tão
importante nessa posição particular?
Mas existe ainda outra razão pela qual esse tipo de lógica não nos
leva muito longe: também existem pistas sobre outras pistas!
Uma fotografia aérea que eu tirei — não do nível do solo do platô
do deserto e sim do topo achatado de uma colina na região de Palpa —
comprova essa afirmação.1161 As duas pistas começam praticamente no
mesmo ponto, mas se separam em ângulo de 45 graus. Existem nove
linhas estreitas antes que a pista propriamente dita tenha início, de certa
maneira semelhantes às marcas de orientação que antecedem a pista de
aterrissagem em um aeroporto. (Não incluí a linha central, mais
brilhante, pois desconfio de que ela tenha sido feita nos tempos
modernos por algum tipo de veículo.) Debaixo da pista da direita é
possível avistar claramente uma outra pista, mais antiga, muito mais
larga e bem maior do que ela. Estimo que essa pista subjacente tenha
oitenta metros de largura e 1,3 quilômetro de extensão. Assim, uma pista
de dimensões menores foi assentada sobre uma pista mais antiga e
maior.
Outra fotografia mostra as mesmas pistas a partir tie outra
perspectiva.[17] Ela permite que tenhamos uma visão clara de tudo: a
nova pista e, debaixo dela, a mais antiga e mais larga. Sobre a velha
pista corre um padrão geométrico mais curto, mas este ainda permanece
debaixo da pista mais nova. Podemos concluir com segurança, a partir
disso, que a "era da construção de pistas" deve ter se estendido por um
período considerável. De quantos anos? A pesquisa arqueológica faz
referência a uma cultura que esteve ativa aproximadamente a partir de
500 d.C. Esta data se baseia em uma estaca de madeira encontrada no
meio de um monte de pedras. Análises realizadas por meio da datação
por carbono 14 determinaram que a estaca era de 525 d.C. (com um
possível erro de oitenta anos). Pessoalmente, não dou muita importância
a isso. O fato de alguém ter colocado uma estaca de madeira em um
monte de pedras no século VI não significa que as pistas já não
existissem muito tempo antes disso.
Que idade você disse?
Maria Reiche declarou que todo o processo deve ter continuado durante
"centenas de anos".13 Escritores peruanos dizem até mesmo que a pista
mais antiga tem quatro mil anos de idade.14 Ninguém sabe a verdade. As
poucas datações científicas realizadas são contraditórias e questionáveis.
Quem pode garantir que uma pequena fogueira, a partir de cujos
vestígios foram feitas datações por carbono, não é muito mais nova do
que as pistas e as marcas? Deveria haver incontáveis locais onde
pudessem ser encontrados vestígios de fogueiras deixadas pelas
diferentes gerações de pessoas que em alguma ocasião trabalharam no
pampa, carregando pedras e assentando cordas de marcação. Deveria
haver restos de comida e fragmentos de roupas. Mas não existe nada. É
como se os indígenas do pampa tivessem desaparecido no ar. Em
nenhum lugar foi encontrado um imponente monumento que possa ter
sido erigido em memória do primeiro sacerdote ou do supervisor chefe.
Nenhum local sagrado ou templo para celebrar príncipes ou sacerdotes.
Nenhuma inscrição que forneça alguma pista a respeito da raça
legendária que se imortalizou na planície de Nazca. A não ser, é claro,
que os desenhos e as linhas sejam essa inscrição.
Quantas pedras devem ter sido carregadas no total? Pensem no
seguinte: existem mais de duas mil linhas estreitas, algumas das quais
têm três, cinco, seis, dez e até mais de vinte quilômetros de extensão.
Entremeadas com essas linhas estão superfícies trapezóides, que chegam
a ter oitenta metros no ponto mais largo, que convergem para uma linha
estreita 3,6 quilômetros depois. Existem ainda as pistas, que têm de
trinta a 110 metros de largura e até 1,4 quilômetro de extensão.
Finalmente, vêm os desenhos escavados que se compõem
aproximadamente de cem espirais e figuras geométricas. E as pistas que
estão assentadas sobre outras pistas.
Ao lermos a literatura existente sobre Nazca, temos a impressão de
que a coisa toda foi infantilmente fácil — de que tudo que os índios
precisaram fazer foi livrar a superfície do deserto das pedras menores
para revelar a superfície inferior de tom mais claro. "Basta pisar na
superfície para se revelar o solo mais claro que fica embaixo e para
deixar um rasto duradouro15." Isso não é verdade e a explicação não é
suficiente. O solo dos vários pampas ao redor de Nazca é composto por
depósitos aluviais, entremeados com sílex, ardósia, greda e rocha
vulcânica. As pedras da superfície estão expostas há milhares de décadas
a extremas variações de temperatura. Nas noites de inverno, a
temperatura cai para quatro graus centígrados, enquanto a temperatura
durante o dia chega a quarenta graus. O calor e o frio fragmentam as
pedras transformando- as em um cascalho semelhante ao tipo assentado
entre os dormentes das estradas de ferro. O calor também oxida a pedra
da superfície, de modo que ela adquire uma cor marrom- ferrugem. A
pedra, quando se fragmenta, libera poeira; parte desta se deposita no
chão e parte é levada pelo vento.
Esse processo geológico não perturba o solo debaixo da superfície.
Se as pedras marrom-ferrugem são retiradas, uma camada mais clara
aparece. Foi assim que os desenhos escavados foram feitos — eu mesmo
fiz a experiência em vários lugares. Às vezes dá certo, às vezes não dá.
A superfície do deserto é com freqüência tão dura que "chutar" as pedras
com o sapato não implica nenhum resultado — nenhuma cor mais clara
aparece. Por outro lado, não há dúvida de que os carros e as motocicletas
que têm passado pelo pampa desde a década de 1950 deixaram atrás de
si pálidos rastos. Essas feias cicatrizes freqüentemente destruíram e
cortaram as antigas marcas feitas no chão. Mas, apesar desse fato
indiscutível, algo ainda me confunde.
Hoje em dia o solo debaixo da superfície revelado pelas figuras,
pistas e linhas é pouco mais claro do que o resto da superfície. Tudo
parece relativamente uniforme — exceto, talvez, pelas figuras que Maria
Reiche e outros polvilharam com giz ou varreram com vassouras. É,
portanto, impressionante que os gigantescos sinais e rastos existentes na
superfície do deserto possam ser tão claramente distinguíveis de um
avião. Por que isso acontece? Qualquer turista que esteja visitando
Nazca pode subir à torre de observação de metal perto da estrada e
avistar cinco linhas e o contorno de uma pista. No entanto não existe
nenhuma diferença de cor entre as linhas e o resto da superfície,
nenhuma camada mais clara logo abaixo da superfície é visível. Em cada
uma das minhas visitas a Nazca, também tirei fotografias no nível do
chão. Apenas muito raramente as linhas e os rastos mostram qualquer
diferença de cor. Vejo-me então forçado a perguntar: o que está
acontecendo? Como podemos enxergar essas figuras, principalmente
com essa nitidez, quando hoje em dia tudo está coberto pela mesma cor
marrom-ferrugem?[18-19] Por que não apenas os contornos mas também
toda a superfície das pistas parecem ser nitidamente branco-amarelados,
contrastando com o resto do pampa, como se tivessem sido um dia
cobertos com argamassa, embora no nível do chão eles pareçam ser da
mesma cor das imediações? Por que, pelo amor de Deus, as linhas em
ziguezague de aproximadamente um metro de largura podem ser tão
claramente distinguidas das pistas — mesmo quando estão situadas
debaixo delas? Terá outro tipo de material sido usado? Além do fato de
as pedras da superfície terem sido retiradas das pistas e das linhas, será
que estas originalmente consistiam em outra coisa? ludo isso é
bobagem? Pura especulação sem nenhum fundamento? Permitam-me
apresentar alguns dados consistentes.
Ninguém pode contestar que uma linha em ziguezague corre por
baixo da pista mostrada na fotografia 13. Se, como tem sido afirmado, as
pessoas que construíram as trilhas apenas rasparam a superfície,
retirando pequenas pedras para revelar a camada inferior mais clara da
superfície, então as linhas em ziguezague também teriam desaparecido.
Para deixar visível a cor de greda mais clara dessa camada inferior todas
as pedras precisam ser retiradas. Por conseguinte, o padrão em
ziguezague também teria sido eliminado, a não ser que fosse composto
por outro material adicional. E será que essas linhas em ziguezague
tinham um propósito diferente daquele que lhes é atribuído pelos
arqueólogos que obstinadamente perseguem a idéia do "ritual
religioso”?
Deixando de lado essas questões, os criadores da mensagem de
Nazca certamente devem ter retirado uma enorme quantidade de pedras,
pois as depressões na superfície do deserto onde estão situadas as linhas
e as pistas chegam a ter trinta centímetros de profundidade até hoje.
Ainda podemos avistar com freqüência montes de pedras em ambos os
lados das trilhas.[20]
Mas se toda essa labuta no deserto e nas colinas e montanhas
circunvizinhas começou porvolta de 500 d.C. econtinuoudurante séculos
— como deve ter sido o caso de um trabalho de gigantescas proporções
como este —, ela teria continuado até o início da era dos incas, por volta
do século XIII. Por que então estes não deram seguimento aos rituais e
ao culto dos seus antepassados, se é que se tratava disso? Por que toda
essa raspagem parou? Por que essa grande representação, esse
misterioso culto das "pistas" só tinha lugar na região de Nazca e ao norte
dela? É verdade que muitos desenhos escavados gigantes em penhascos
e encostas podem ser encontrados na região litorânea de Paracas (no
Peru) e também mais para o sul, chegando a aparecer em Antofagasta
(no Chile), mas pistas e linhas com vários quilômetros de extensão só
aparecem em Nazca. Maria Reiche diz o seguinte:
Qual era o objetivo dos criadores das linhas e das pistas? A solução
do calendário há muito se revelou redundante e as possíveis ligações
entre os desenhos escavados e as constelações astronômicas, mesmo que
verdadeiras, não podem explicar as pistas. De onde as pessoas que
fizeram os desenhos escavados extraíram seu conhecimento de
geometria? Que instrumentos elas usaram? Quais os "sacerdotes de
medição" que determinaram a localização e as proporções dos desenhos
e por que eles foram escolhidos? Para que espécie de mapas essas
pessoas transferiram seus cálculos e sobre que tipo de material elas
traçaram os planos que seriam mais tarde ampliados para as enormes
dimensões dos desenhos escavados? De que maneira era organizado o
trabalho? Este era realizado em vários lugares ao mesmo tempo ou num
único local? As marcas eram feitas simplesmente pela retirada das
pequenas pedras do deserto ou algum material adicional era empregado?
Algum tipo de cor? Fragmentos reluzentes de mica? Calcário dissolvido
em água? Por que as linhas em ziguezague e outros padrões não
desaparecem debaixo das pistas se o único método de execução das
marcas foi o da retirada das pedras?
As proporções específicas das pistas e das superfícies trapezoidais
eram de fato muito importantes? Para que serviam as linhas que
chegavam a se estender por vinte quilômetros e às vezes se alinhavam
diretamente com uma pista? Qual era a finalidade das linhas que
terminavam de repente no topo de uma colina ou montanha e depois se
separavam como rampas de salto de esqui?
Havia um plano global específico? Havia uma fase inicial de
planejamento, ou cada grupo de trabalhadores fazia sua parte da maneira
como bem queria? Quem organizava tudo e coordenava os exércitos de
trabalhadores? Como eles bebiam água no calor escaldante do deserto?
Se uma equipe de raspadores trabalhasse durante vários meses em uma
superfície trapezoidal de cerca de três quilômetros de comprimento, eles
teriam de deixar o local de trabalho no final da tarde e retornar todas as
manhãs. Onde estão então as pegadas dos seus pés, sandálias ou
sapatos? Existem muito poucos lugares onde podem ser percebidas
trilhas de pedestres e todas estão situadas nas montanhas, perto dos
vestígios de antigas habitações. Existem pistas enormes em locais
isolados no meio do platô, sem nenhum rasto de caminhos que
pudessem levar a elas. Se é de fato verdade que a camada mais clara,
logo abaixo da superfície do deserto, aparecia imediatamente quando
alguém mexia em uma pedra que estava ali havia milênios, inúmeras
pegadas deveriam estar visíveis. É praticamente impossível que várias
centenas de pessoas que saem para trabalhar e depois voltam para casa à
noite deixem de perturbar as pedras que pisam. Então, o que aconteceu
aos rastos? Se existem, simplesmente não estão à vista. As motocicletas
e os carros deixaram suas marcas feias por toda parte do chão do deserto
através de rabiscos branco-amarelados. Mesmo que eles não tenham
usado carroças e carruagens, onde estão as pegadas dos raspadores? Eles
com certeza tinham pés, não é mesmo?
Será que algum segredo ou mistério jaz debaixo das colinas em
direção às quais irradiam diversas linhas? O que está oculto nos pontos
da vasta planície para os quais linhas com quilômetros de extensão
convergem vindas de todos os lados?[21]
Por que não são feitas medidas científicas com instrumentos
modernos? Por que ninguém raspa a superfície de uma pista para chegar
à linha em ziguezague que está debaixo dela? Por que ninguém submete
o material das marcas a uma análise química?
Há muito, muito tempo, segundo a interpretação oficial, cursos de
água isolados atravessavam o pampa. Eles também podem ser
claramente vistos nas fotografias aéreas. Por que esses cursos de água
nunca correram sobre as superfícies trapezoidais e as pistas que chegam
a ter 3,6 quilômetros de comprimento? [22-26] Quem for de opinião que os
cursos de água já estavam presentes antes de as marcas terem sido feitas
no chão, e que os raspadores fizeram posteriormente suas marcações
entre esses cursos, está redondamente enganado. Embora a água nunca
tenha coberto as pistas realmente longas, ela chegou a tocar nelas e até a
invadi-las em muitos lugares. Isso significa que as marcas no solo têm
necessariamente de ter estado lá antes da água. Graças aos modernos
métodos de datação, seria fácil descobrir qual das pistas era a mais
antiga, a pista "primordial" por assim dizer. Amostras retiradas de várias
pistas possibilitariam a execução dessa análise; por que ninguém está
interessado em fazer isso?
E o que fez com que esse povo da Antiguidade realizasse todo esse
trabalho? Que tipo de culto ou adoração os estimulava, geração após
geração, a fazer um esforço tão intenso?
Alguns leitores poderão fazer uma objeção neste ponto e perguntar
por que Erich von Däniken não fornece ele próprio algumas das
respostas a essas perguntas. Por que ele não faz uma raspagem em uma
das pistas para chegar à linha em zi- guezague que está debaixo dela?
Por que ele não organiza as análises químicas que recomenda? Eu
adoraria fazer isso — se tivesse a devida permissão!
Depois de todos os tipos de pessoas irresponsáveis terem
destruído partes dos desenhos com seus carros e motocicletas, o governo
do Peru finalmente interveio — na hora exata. Depois de uma
recomendação urgente de Maria Reiche, o pampa de Nazca foi
oficialmente declarado um "parque arqueológico". Grandes placas de
sinalização1271 anunciam esse fato em todas as vias de acesso da região:
não é permitido caminhar ou dirigir veículos no pampa. Qualquer pessoa
que desobedeça a essa determinação pode ser multada em um milhão de
dólares e ser condenada a cinco anos de prisão. Consigo pensar em
melhores maneiras de passar o tempo do que definhar em um cárcere
peruano! Além disso, a invasão secreta do território apresenta certas
dificuldades práticas: a região é enorme e algum tipo de veículo é
essencial para chegar aos diferentes lugares e, nesses amplos espaços
abertos, até mesmo uma pessoa andando sozinha logo seria avistada por
um dos pequenos aviões que diariamente sobrevoam os desenhos
escavados com os turistas. Os pilotos têm ordem para informar
imediatamente pelo rádio se avistarem lá embaixo qualquer veículo,
pessoa ou grupo de pessoas. Guardas estão colocados em pontos
estratégicos, como na torre de observação que mencionei anteriormente,
e quando notificados atiram-se sobre motocicletas e partem em
perseguição aos invasores.
Mas e quanto a obter uma permissão oficial? O Instituto Cultural
Peruano em Lima é o lugar onde se pode entrar com o pedido. Ele tem
vários departamentos, além de uma divisão de proteção a Nazca. A boa
notícia com relação a esse fato é que Nazca recebe a proteção de que
precisa. A má notícia é que um pedido de autorização pode levar anos
para ser processado, o requerente é obrigado a responder a um enorme
questionário cheio de perguntas e precisa, é claro, concordar com as
opiniões predominantes, sem demonstrar nenhum desejo de fazer
perguntas inconvenientes. Começamos a nos perguntar se vale a pena
fazer uma pesquisa se temos de nos sujeitar a rígidas condições. A
perspectiva oficial precisa sempre parecer "razoável" e pouco
imaginativa, extraindo seu ponto de partida de modos de pensar atuais e
de opiniões e teorias aceitas como válidas. Um exemplo do que acabo de
dizer é a teoria da arqueóloga americana Helaine Silverman, que
aparentemente é uma "professora assistente" de antropologia.17 Ela
acredita que há dois mil anos vários clãs se reuniram na região de Nazca
para controlar as rotas comerciais. Cada clã se apropriou de uma figura
geométrica particular como um "escudo de armas". Para definir e
demarcar cada território, essas imagens foram raspadas em uma enorme
escala sobre a superfície do deserto.
Voilà! O enigma de Nazca está solucionado e a imprensa científica
espalha essa descoberta como a encarnação da verdade! Não há nada a
ser dito contra um possível escudo de armas, mas as teorias das "rotas
comerciais" e da "demarcação dos territórios" não resistem a um exame
mais profundo nem por um minuto. Demarcar território nas áridas
regiões desérticas de Nazca? De qualquer modo, os "escudos de armas”
freqüentemente estão situados bem perto uns dos outros, estão
incompletos e não poderiam de modo algum indicar limites territoriais.
Nenhuma folha de grama, de árvore ou de arbusto crescia ali, nada havia
para colher e, por conseguinte, nada para comer. Tudo bem, eu sei que
alguns caras espertos vão dizer que as condições eram diferentes há dois
mil anos. Eram mesmo? Mas .ve o painpa tivesse outro clima naquela
época, se ele tivesse sido coberto por um verde exuberante, teria sido
impossível raspar as pedras da superfície seca(!) de modo a revelar a
camada inferior mais clara. Ou é uma coisa ou é outra. Com efeito, os
"escudos de armas" não nos dizem nada a respeito das pistas. E, para
culminar, como poderiam os clãs indígenas extrair algum sentido dos
seus "escudos de armas" se eles só podiam ser reconhecidos quando
vistos do ar?
É, portanto, impossível reunir informações cientificamente precisas
a respeito dos segredos de Nazca e submetê-las a uma análise
interdisciplinar? Qual foi o papel representado por Maria Reiche, a
ilustre senhora de Nazca?
E depois de Reiche?
Há anos ela está cega e quase surda. Décadas atrás, ela dava uma
palestra todas as noites para os hóspedes do Touristas Hotel em Nazca
(hoje chamado Lineas de Nazca). Depois, sua irmã médica, Renate
Reiche, veio de Stuttgart para ajudá-la. Doutora Renate também se
instalou em Nazca e passou a apresentar as palestras no lugar da irmã
enferma. Renate Reiche sempre ficava zangada — e não escondia esse
sentimento — quando alguém ousava duvidar das teorias da irmã. Ao
contrário da graciosa Maria, Renate tinha um gênio forte e dificilmente
se deixava abalar. Ela morreu em Lima, vítima de uma doença hepática.
Maria Reiche faleceu também, em 6 de junho de 1998, aos 95
anos. Eu me pergunto então por que um grande número
de marcas interessantes no solo na região de Palpa (ao norte de Nazca,
mas ainda parte do complexo global) não é mencionado no seu magnum
opus sobre o assunto.18 A resposta é que somente parte desse livro, que
foi publicado em 1993, foi escrito por Maria Reiche. Não menos
problemática para aqueles que a conhecem bem foi sua decisão de
adotar uma filha – não uma pobre criança peruana, mas sim uma mulher
adulta. Essa pessoa de sorte, que obviamente conseguiu tocar o coração
de Maria Reiche, se chama Anna Cogorno. Não sei exatamente o que
aconteceu, mas sei que o dinheiro de Maria Reiche teve alguma coisa
que ver com a questão!
Nesse ínterim, nada está acontecendo no platô de Nazca. Aqueles
que têm o desejo de realizar o trabalho e os recursos para levá- lo
adiante estão de pés e mãos atados. A Reiche Foundation e a Nazca
Protection Commision parecem não ter nenhum interesse em favorecer a
pesquisa. O mesmo acontece com a filha adotada de Maria Reiche, que
age como se a Reiche Foundation e toda a planície de Nazca fossem sua
propriedade particular. O que devem então fazer os pesquisadores sérios
e bem-intencionados?
É indiscutível o fato de que durante um período de milênios várias
culturas sucessivas habitaram os vales ao redor de Nazca, especialmente
o vale do Ingenio. A arqueologia nos fala de "Nazca 1 a Nazca 7".
Foram descobertos os vestígios de cerca de quinhentos povoamentos,
que datam de 800 a.C. a 1400 d.C. Por conseguinte, a região de Nazca
foi habitada durante um período de tempo considerável. O hoje irrigado
vale do Ingenio esteve um dia cheio de pistas, linhas estreitas e
superfícies trapezoidais. A vista que descortinamos de um avião
confirma esse fato: sobre faixas estreitas em locais da superfície
que permanecem incultos ou não irrigados, existem linhas isoladas mas
ainda visíveis que correm mais ou menos por cem metros antes de serem
tragadas pelo verde. Este fato deveria deixar-nos assombrados, mas as
pessoas deixam de perceber o que está diante dos olhos delas. Pense no
seguinte: os campos são artificialmente irrigados e depois cultivados
com tratores e grades. Depois, alguns anos mais tarde, quando, por
alguma razão, certos campos não são irrigados ou cultivados, quando
eles são abandonados e novamente ficam secos — de repente as linhas
começam a reaparecer! Esse fato contradiz totalmente o ponto de vista
oficial de que essas marcas foram formadas através da raspagem do
cascalho do deserto para deixar visível uma superfície inferior mais
clara. Em vários pontos do vale do Ingenio ainda podemos encontrar
várias linhas paralelas e padrões labirínticos,[29] mas provavelmente não
por muito mais tempo: os tratores já "limparam” grande parte desses
locais e estão dando seguimento ao seu "bom trabalho" em um ritmo
constante.
Os potes de barro dos povos da Antiguidade podem ser datados.
Por que então não poderia ser possível usar métodos semelhantes para
descobrir quando as pistas foram criadas?
Novas datações
Quem é então esse Dr. Cabrera e como ele veio a possuir essa
coleção de pedras gravadas e figuras de barro?
A família Cabrera descende de uma antiga família cujas raízes
recuam às primeiras gerações de colonos espanhóis. Janvier Cabrera
nasceu em Ica no dia 13 de maio de 1924. Depois de terminar o ensino
médio, ele foi para Lima estudar medicina, formou-see trabalhou
posteriormente, durante muitos anos, no Hospital de Seguros Social em
Ica. Em 1961, Cabrera ajudou a fundar a universidade local. Nesse meio
tempo, ele se especializara em cirurgia e agora era professor da nova
universidade.
Na qualidade de cirurgião, Cabrera freqüentemente operava índios
pobres que não tinham condições de pagar pelo tratamento. Eles o
recompensavam com figuras empoeiradas e pedras gravadas, as quais o
próprio Cabrera, no início, julgava ser falsificadas. Até 1966, Cabrera
nunca se interessara por arqueologia.
Nesse ínterim, os irmãos Carlos e Pablo Soldi, que tinham uma
vinha nos arredores de Ica e também haviam recebido pedras gravadas
dos índios, começaram a colecioná-las. Cabrera conhecia os vinicultores
e freqüentemente ria da "falsa coleção de arte" deles. Os irmãos
pensavam de maneira diferente. Eles acreditavam nos índios. Eles
cederam a coleção ao museu da cidade e logo especialistas vieram de
Lima para examinar as pedras. Embora esses especialistas não tenham
realizado nenhuma análise científica, eles declararam que as gravações,
sem exceção, eram modernas falsificações. Eles disseram que as
imagens gravadas eram muito variadas e contraditórias, e não se
encaixavam na perspectiva arqueológica da atualidade. Apesar disso, as
pedras gravadas foram colocadas em exibição no museu de Ica (mas
foram novamente retiradas em 1970).
No dia 13 de maio desse mesmo ano Cabrera recebeu um presente
de aniversário do fotógrafo Felix Llosa Romero, uma pequena pedra
gravada com um motivo muito curioso. Tratava-se de uma espécie de
pteroussáurio, montado por um índio que o controlava com um bastão.
[51]
Cabrera passou a usar a pedra corno peso de papel, mas quanto mais
ele olhava para ela, mais pensativo ficava. De onde vinha esse motivo?
É claro que ele aprendera na escola que nenhum ser humano jamais
poderia ter visto um dinossauro. Todos os dinossauros haviam morrido
mais ou menos sessenta milhões de anos atrás, em uma época em que os
seres humanos ainda não existiam.
Na oportunidade seguinte, Cabrera perguntou a Romero a respeito da
origem do seu peso de papel. Romero lhe disse que esquecesse a
pergunta porque o assunto era perigoso. Ele acrescentou que havia
dezenas de milhares dessas pedras gravadas, bem como milhares de
figuras de barro. Os "simples" índios não eram tão idiotas. Eles
preservavam o legado dos seus antepassa dos e sabiam que sua coleção
de pedras e figuras de barro seria dizimada no momento em que seu
esconderijo fosse descoberto.
Cabrera, na época com 42 anos, não acreditou numa palavra disso
tudo. No entanto, no mesmo ano, os irmãos Soldi perguntaram a ele se
gostaria de comprar algumas das suas pedras, pois eles não tinham mais
lugar para guardá-las e teriam de passar a deixá-las ao ar livre. Cabrera
foi dar uma olhada na coleção deles e concordou em comprá-la, dizendo
que uma exposição dessa "arte moderna" poderia prestar um serviço aos
índios.[52] Pela ridícula soma de sete mil soles antigos (que valiam na
época cerca de trinta libras), Cabrera tornou-se proprietário de 341
pedras, que ele colocou sobre uma estante improvisada em um dos
aposentos da sua casa.
Quanto mais ele examinava a coleção nos meses que seguiram,
mais impressionado ele ficava. Muitas operações cirúrgicas estavam
retratadas — e esse assunto ele conhecia. Mas as práticas ilustradas nas
pedras divergiam completamente do seu conhecimento a respeito do
assunto. A gravação de um transplante de coração — mas onde estava o
aparelho coração/pulmão necessário à realização da cirurgia? Por que
não era feita uma transfusão de sangue nas veias? Onde estavam os
vários tubos que tinham de entrar pela boca do paciente?[53] Será que os
índios falsificadores não sabiam nada sobre as modernas técnicas de
cirurgia e estavam simplesmente fazendo uso da imaginação? De onde
eles tiraram a idéia para gravar nas pedras os diferentes tipos de
dinossauros?[54, 55] E por que havia imagens de índios olhando para o céu
estrelado através de telescópios? Por que, em algumas pedras, havia
mapas e contornos de continentes inteiros que na realidade
simplesmente não existiam?[56]
As pedras foram pouco a pouco enfeitiçando Cabrera. Pela
primeira vez ele começou a interrogar os antigos agricultores que ele
havia tratado e que ainda o procuravam em busca de conselhos. Um
homem que estava à morte lhe falou a respeito de um "depósito" onde
milhares de pedras gravadas e estatuetas de barro estariam armazenadas.
Cabrera permaneceu cético, inclusive porque óbvias falsificações
haviam aparecido nesse meio tempo e estavam sendo vendidas aos
turistas. Os índios não eram burros. Eles conheciam maneiras de
subsidiar seus miseráveis salários. E o agricultor moribundo não revelou
o lugar exato desse local secreto. Quanto maior o número de turistas que
visitavam o Peru, mais pedras gravadas eram produzidas para serem
vendidas a eles. Visitei em 1973 um dos falsificadores, Basilo Uschuya,
e ele admitiu abertamente ter falsificado todas as pedras, inclusive as da
coleção de Cabrera.[57] Esse mesmo falsificador, o mesmo sobre quem eu
escrevera vinte anos antes no meu livro sobre as provas, havia
confessado a um jornalista chamado Andreas Fischer que as pedras
gravadas eram genuínas, com exceção das poucas centenas que ele havia
fabricado para vender aos turistas. No entanto ele disse que continuava a
fingir para o público que elas eram todas falsas. Quando lhe
perguntaram por quê, ele respondeu: "Se eu fosse vender pedras com
gravações antigas e genuínas, eu me veria em sérios apuros com os
índios locais, porque eles levam a sério sua herança cultural. Além
disso, eu também acabaria sendo preso."
Cabrera, que agora já não tinha mais certeza do significado de
"antigo" ou "moderno", pegou quatro pedras que julgava ser genuínas e
levou-as para serem analisadas. A primeira certificação foi realizada
pelo geólogo Dr. Eric Wolf, da companhia de mineração Mauricio
Hochschild em Lima; a segunda pela Facultad de Minas do Lima
Technical College (sob a supervisão do Dr. Fernando de la Casa e do Dr.
César Sotillo). Ambos confirmaram a enorme idade das pedras gravadas.
As análises se basearam no fato de que as pedras estavam cobertas por
uma fina camada natural de oxidação que deveria ter milhares de anos
de idade.2 Visitei o Dr. Cabrera em 1976, junto com o arquiteto chefe da
NASA na época, Joseph Blumrich. Nessa ocasião, ele nos deu quatro
amostras de gravações antigas e novas. Sob o microscópio, a diferença
entre as gravações falsas[58] e as genuínas[59] era indiscutível.3
Com o passar dos anos, Cabrera se isolara cada vez mais. Ele ficara
confuso a respeito do que era genuíno e do que era falso, e abalado pela
atitude dos arqueólogos peruanos que riram das suas pedras por as
considerarem ridículas, embora nenhum deles tivesse feito uma análise
científica delas. Ele passou então a procurar o "depósito" e passou
muitas noites conversando com os índios. Ele foi enfeitiçado por um
outro mundo, mundo esse que, segundo ele, recuava pelo menos cem
mil anos. Ele negligenciou sua carreira na universidade como
conferencista na área da medicina, o que o deixou extremamente
estressado e lhe trouxe uma série de dificuldades que culminaram com
seu divórcio. Ele se tornou um "excêntrico com idéias malucas" e
começou a apresentar todos os tipos de teorias confusas a respeito de
uma forma de engenharia genética que teria sido praticada milhares de
anos antes e sobre uma "espécie humana anterior que tivera contato com
extraterrestres".
Perguntas científicas
Quando voltei à Suíça, solicitei ao Dr. Waldemar A. Keller do
Instituto Geográfico da Universidade de Zurique que fizesse uma análise
da amostra que eu havia retirado de uma figura de barro. Algumas
semanas mais tarde, recebi o devastador resultado:
Atenciosamente
Dr. W. A. Keller
1. Urso Branco, um velho índio hopi, conta a história do seu clã, que se
supõe recuar a centenas de milhares de anos.15 O chefe sitíiix Lobo
Branco diz a mesma coisa. Atualmente com noventa anos, ele até diz
que a história da população indígena da América do Norte recua a
quatro milhões de anos.16
2. O Dr. Richard Thompson e o Dr. Michael Cremo causaram furor nos
Estados Unidos com a revelação que fizeram em dois grandes volumes.
Em Forbidden Arthaelogy (Arqueologia Proibida), volumes 1 e 2, eles
oferecem prova de que o legado cultural da humanidade recua a mais de
cem mil anos.17
3. Em 1994, no vale Rhoney, foram descobertas as “cavernas de Chauvet".
Elas continham uma galeria de arte da idade da pedra que retratava
"monstros" surrealistas e também motivos animais. Havia também
"cabeças que nos fazem pensar em dinossauros", bem como "homens-
pássaros".18 Essas obras de arte foram datadas como tendo 32 mil anos
de idade. O arqueólogo francês Michel Lorblanchet disse que "Chauvet
é apenas a ponta do iceberg. Deve ter havido outros estágios
preparatórios que levaram ao que veio se expressar aqui e dos quais
ainda nada sabemos”.
4. O explorador de cavernas romeno Christian l-ascu descobriu as ruínas
de um local de culto que se diz ter entre setenta mil e 85 mil anos de
idade, numa caverna de calcário nas montanhas Bihor.1*' Ele encontrou
no local ossos dispostos em forma de uma cruz que apontavam para os
quatro pontos cardeais.
5. Sessenta quilômetros a leste de Carson City, no estado de Nevada, nos
Estados Unidos, foi encontrada a mais antiga múmia da América do
Norte. Ela foi datada como tendo cem mil anos. Onde há uma múmia,
também necessariamente deve ter existido uma cultura à qual ela
pertencia.20
6. Na caverna da Pedra Pintada perto de Santarém (norte do Brasil) foram
encontradas em cavernas pinturas de 12000 a.C. Havia entre elas uma
figura humana com cabeça de inseto. A coleção de Cabrera ostenta um
desenho semelhante.
7. Em setembro de 1996, o Dr. Lesley, diretor da University of
Wollongong na Austrália (150 quilômetros ao sul de Sydney) anunciou
que haviam sido encontrados sinais e desenhos gravados em pedra, além
de ferramentas, com 176.000 anos de idade. O lugar onde foram
encontrados está situado na borda do platô Kimberley no noroeste da
Austrália, a leste de Kununurra. O Sydney Morning Herald relatou que
haviam sido descobertas gigantescas esculturas em pedra, que faziam
lembrar Stonehenge na Inglaterra.21 Havia também vários milhares de
inscrições, que se estimam ter até 75.000 anos de idade. Nas montanhas
Kimberley há uma infinidade de pinturas pré-históricas em pedra, entre
elas "criaturas mitológicas" e figuras com “halos" ao redor da cabeça.
8. No Museo Padre Le Paige em San-Pedro-de-Atacama, no Chile, estão
expostas figuras de barro que poderiam ter saído diretamente da coleção
de Cabrera. Sua idade é incerta — e em alguns casos calorosamente
debatida. O padre Le Paige, já falecido, dedicou a vida à arqueologia
chilena. Seis meses antes de morrei ele declarou, numa entrevista, que
havia encontrado galerias subterrâneas que continham esqueletos e
figuras com mais de cem mil anos de idade. Eis o que ele disse:
Estes são apenas alguns dos relatórios que adicionei aos meus
arquivos nos últimos anos. Não apenas as datas são impressionantes,
recuando muito mais do que jamais pudemos imaginar, como também os
motivos. Por que encontramos representações semelhantes de "homens-
pássaros", criaturas que são uma mistura de seres humanos com animais
e até dinossauros, separadas dez mil quilômetros umas das outras —
apesar de nenhum ser humano jamais ter visto um dinossauro? Que
diabo estava acontecendo na cabeça dos nossos antepassados da idade
da pedra? Não me surpreendo mais com as ingênuas soluções dos
arqueólogos: eles continuam cochilando no seu bem-aventurado mundo
de sonho, na sua selva xamanista psicológica de equívocos. Isso pode
satisfazer a eles, mas não a mim. O arqueólogo francês Michel
Lorblanchet, por exemplo, que estudou as pinturas em Chauvet,
acreditava que esses artistas da idade da pedra só podem ter "imaginado
essas fantásticas visões em estado de transe".21 Segundo ele, essas visões
provêm "diretamente do subconsciente".
As figuras de barro de Cabrera podem ser falsas, ou uma
combinação de motivos falsos com motivos muito antigos e genuínos.
Não quero fazer um julgamento final sobre a questão, mas perguntas
ficam em aberto. Por que um tão grande número de diferentes coleções
revelam designs estreitamente relacionados? E de onde os falsificadores
tiram suas idéias? Afinal de contas, os índios do Peru não podem obter
inspiração de pinturas milenares da França. E os artistas franceses da
idade da pedra dificilmente podem ter ido à Austrália para obter idéias.
Consigo imaginar que as figuras de Cabrera possam ter sido
produzidas numa escola. As crianças podem ter feito em barro o que
aprenderam nas aulas de história. Esse fato seria responsável pelas
numerosas repetições, com pequenas variações. É bem possível que no
Peru pré-histórico também houvesse outras formas de arte, bem
diferentes das figuras de barro: tecidos, por exemplo, ou uma espécie de
“papel" como o usado pelos maias na América Central. Os tecidos que
sobreviveram aos milênios efetivamente exibem motivos semelhantes às
figuras, mas é claro que o “papel" hipotético não sobreviveu.
O que resta são algumas cavernas cheias de figuras de barro, feitas por
um grupo de crianças e adultos — em outras palavras, por um tipo de
escola.
As imagens no Apêndice no final deste livro (Fotos 109- 124) têm
a intenção de estimular outros debates a respeito da coleção de Cabrera.
Elas poderão provocar comparações com outras coleções que eu
desconheço.
E o que dizer dos puquios, os canais de água subterrâneos ao redor
de Nazca? Eles existem de fato? São eles, pelo menos, indiscutivelmente
antigos? E se for este o caso, quem foram os engenheiros que os
construíram?
A primeira pessoa em Nazca a quem fiz perguntas sobre os puquios
foi Eduardo Herran, o piloto chefe da Aero Condor. Eu o conheço há
mais de trinta anos e ele conhece a região como a palma da mão.
— Você quer ver os puquios? Siga-me.
Voamos sobre o vale de Nazca com o estreito riacho que desce dos
Andes. Eduardo me mostrou uma série de buracos redondos no chão,
que se encontravam vindos de duas direções. Eles me fizeram lembrar
grandes olhos que nasciam do chão em forma de espiral.1631
— Aqui estão os seus puquios — disse rindo Eduardo. — Há 29
deles no vale de Nazca, dois no vale de Taruga e quatro no vale de Las
Trancas. O fato de eles ainda funcionarem, fornecendo água doce, é
simplesmente impressionante, de modo que foram deixados inalterados
com o passar dos séculos.
— Eles são buracos de água, uma espécie de poço profundo?
— Mais do que isso — explicou Eduardo. — Os buracos que você
pode ver daqui de cima são os únicos locais de acesso à água doce.
Debaixo deles existem canos de pedra através dos quais corre a água.
Ninguém conhece a extensão em quilômetros desses canos subterrâneos.
— E quando foram construídos? — perguntei.
Eduardo me disse para perguntar aos especialistas. Até onde
sabia, disse ele, havia controvérsias com relação à época da construção
deles — cada pesquisador tinha uma opinião própria. Até os índios
tinham uma perspectiva diferente. A população local acreditava que
debaixo de Cerro Blanco, uma montanha de 2.500 metros de altura não
muito longe de Nazca e conhecida pela enorme duna de areia que cobre
sua parte superior, havia um grande lago, de onde corria a água dos
puquios. Uma das lendas diz que o deus criador Viracocha fez os
puquios. Há muito, muito tempo, quando a região havia secado e os
habitantes estavam ficando famintos, os índios rezaram com fervor a
Viracocha. Eles gritaram a palavra "nana", que equivale a "dor e aflição"
na língua kechua. A palavra "nana" se transformou mais tarde no nome
"Nazca". Toda a população havia feito uma peregrinação ao sopé da
montanha Cerro Blanco, pois esta era a montanha sagrada deles, onde
sempre haviam rezado aos deuses. Viracocha então havia descido até
eles envolto em fogo e fumaça e, ao ver o tormento do seu povo, havia
começado a chorar. Suas lágrimas formaram um grande lago debaixo de
Cerro Blanco e ele conduziu as águas do lago através de canais
subterrâneos e puquios.
Nada mais do que uma lenda. No entanto ela lembra de certo modo
os israelitas e o deus que desceu até eles vindo do Monte Sinai. Além
disso, ninguém a que fiz perguntas consegue compreender por que a
maior duna de areia do mundo está no topo de Cerro Blanco. Montes de
areia enormes como esse não são geralmente encontrados no pico das
altas montanhas. Quando há areia, esta é geralmente soprada pelo vento,
ou coberta pela neve ou pela água. A areia se transforma então em
arenito, ou uma vegetação subterrânea começa a brotar nela. Mas não
em Cerro Blanco. Não será possível, então, que tenha realmente havido
regos que conduziam a água de Cerro Blanco para uma caverna
subterrânea?
Notas
A diferença entre Deus e os historiadores consiste acima de tudo no fato de que Deus não pode alterar
o passado.
SAMUEL BUTLER, 1835-1902
A litania de cultos
Mentes acadêmicas
Notas
1. Bray Warwick, "Under the skin of Nazca”, Nature, vol. 358, 2 de julho de
1992.
2. "Das Alter der Nazca-Scharrbilder", Neue Zürcher Zeitung, 2 de setembro
de 1992.
3. Anthony F. Aveni e Helaine Silvermann, "Between the Lines. Reading the
Nazca Markings as Rituals Writ Large", The Sciences, New York Academy
of Sciences, julho/agosto de 1991.
4. Ilelaine Silvermann, "Beyond the Pampa: The Geoglyphs in the Valleys of
Nazca", National Geographic Research and Exploration,
1990, pp. 435-56.
5. Aldon |. Mason, Das alte Peru, Eine indianische Hochknltur, Zuri-
que, 1957.
6. Simone Waisbard, "Nazca — Zeichen in der Wüste", Die letzten
Geheimnisse unserer Welt, Stuttgart, 1977.
7. Robert L. Forward, "Ad Astral", Journal of the British Interplanetar}'
Society, vol. 49, 1996, pp. 23-32.
8. Gregory L. Matloff, “Robosloth —a slow interstellar Thin-Film Robot",
lonnial of the British Interplanetary Society, vol. 49, 1996, pp. 33-6.
9. Waisbard, op. cit.
10. Ibid.
11. Michael I). Coe (ed.), Die Nazca Scharrbilder, Munique, 1986.
12. Albrecht Kottman, Uralte Verbindungen zwischen Mittelmeer und
Amerika. Gleiche Malieinheiten beidseits des Atlantiks, Stuttgart, 1988.
13. Evan Hadingham, Lines tu the Mountain Gods, Londres, 1987.
14. William H. Isbell, "Die Bodenzeichnungen Altperus", Spektrum der
Wissenschaft, dezembro de 1978.
15. Helmut Tributsch, Das Ratsei der Götter — Fata Morgana,
Frankfurt/Main, 1983.
16. Ibid.
17. Dileep Kumar Kanjilal, Vimana in Ancient India (Aeroplanes or
Flying Machines in Ancient India), trad. Julia Zimmermann, Bonn,
1991.
18. Lutz Gentes, Die Wirklichkeit der Götter. Raumfahrt im frühen
Indien, Munique/Essen, 1996.
19. Henri Stierlin, Nazca, la clef du mystere, Paris, 1982.
20. "Ist das Linienssystem in der Nazca-Ebene eine Landkarte?”, Voralberger
Nachrichten, Bregenz, 16 de maio de 1981.
21. Ibiil.
22. Siegfried Waxmann, Unsere Lehrmeister aus dem Kosmos, Ebersbach,
1982.
23. Wolf Galicki, The Nazca Desert “Chart'', Denman Island, liC, 1978.
24. Georg A. von Breunig, ''Nazca: A pre-Columbian Olympian Site?",
Intercienca, vol. 5, n. 4, 1980.
25. Georg A. von Breunig, Nazca, A Gigantic Sports Arena? A New Approach
for Explaining the Origin of the Desert Markings iti the Basin of Rio
Grande in Southern Peru, University of Northern Colorado, Museum of
Antropology, s.d.
26. Hoimar von Ditfurth, "Warum der Mensch zum Renner wurde", Geo, n.
12, dezembro de 1981.
27. Gerald H. Hawkins, "DieBodenzeichnhngen Altperus", Spektrum der
Wissenschaft, dezembro de 1978.
28. Jim Woodman, Nazca, Munique, 1977.
29. Tony Morrison, Das Geheimnis der Linien von Nazca, Basel e Stuttgart,
1987.
30. Kenneth L. Feder, Frauds, Myths and Mysteries. Science and
Pseudoscience in Archaeology, Central Connecticut State University, s.d.
31. Ibid.
4
Figuras reluzentes
As imagens dos "seres com antenas" estão bem melhores. Uma
figura de vinte metros de altura1771 ondula a partir da base de uma
encosta. Ela usa um chapéu com uma aba larga e antenas se estendem
para cima a partir desse adorno de cabeça. Os braços estão bem abertos
como se a figura estivesse dançando, e a criatura segura uma coisa em
cada mão que não sabemos bem o que é. Existem várias dessas figuras.
Particularmente impressionante e estimulante é uma imagem
com mais de 25 metros de altura e cerca de vinte metros de largura.[78]
Eu nunca a vi mencionada em nenhum outro lugar na literatura a
respeito de Nazca. À esquerda, há uma criatura de aparência mística —
seja lá o que místico possa significar —, com uma cabeça triangular,
grandes olhos redondos e uma boca pequena e também redonda. A
cabeça é rodeada por uma grinalda de linhas em ziguezague que
parecem pétalas de flor ou penas estilizadas. Dos ombros caem largos
tentáculos do comprimento do corpo, guarnecidos nas extremidades com
círculos ou pequenos crânios. À direita dessa figura existe outra, que
parece um robô. Nove linhas retas se projetam da sua cabeça em três
direções diferentes. A parte inferior do corpo se estende como um
vestido ou a vela de um barco. Bem perto dessa criatura está a cabeça de
uma criança e, acima dela, há outro "ser com antenas" cuja imagem já
não está tão clara.
Os teóricos de Nazca deveriam ter essa imagem em alta
consideração. Por quê? Porque uma "cópia" dela pode ser vista no norte
do Chile sobre a encosta árida de uma montanha sobre o deserto de
Taratacar. Ela foi descoberta pelo general da força aérea chilena
Eduardo Jensen. A figura é chamada de "Gigante de Cerro Unitas" e tem
121 metros de altura. A região de Taratacar faz parte do grande deserto
de Atacama. Lamentavelmente, o lugar também está dentro da área da
prática de tiro da força aérea chilena, de modo que a gigantesca figura é
continuamente atingida e até mesmo usada como alvo. À semelhança da
sua "gêmea" em Nazca, a cabeça do "Gigante de Cerro Unitas" está
equipada com ''antenas". O corpo da figura chilena também é retangular
e sua extremidade inferior é fechada por uma 'Viga transversal". Em
ambas as figuras, os braços estão dobrados formando um ângulo e
terminam em tenazes toscas.[79] A única diferença é que a cópia chilena
tem um pequeno macaco no braço direito, embora a gêmea de Nazca
também possa originalmente ter tido um.
Como isso aconteceu? Deveríamos parar para pensar, pois Nazca e
a área de tiro de Taratacar estão separadas por uma distância de 1.300
quilômetros de vôo.
Muitas figuras extremamente parecidas com as das encostas das
montanhas podem ser encontradas nas cerâmicas de Nazca. Não é fácil
responder à difícil pergunta sobre quem veio primeiro, as cerâmicas ou
as figuras. Acredito que as figuras nas montanhas tenham surgido
primeiro, porque elas teriam sido permanentemente visíveis para os
índios que as contemplavam das alturas. Este não é o caso das figuras na
superfície do deserto, que só podem ser vistas se voarmos sobre elas. É
preciso que seja dito que existem cerâmicas em Nazca que ostentam
motivos semelhantes, embora não idênticos, aos da superfície do
deserto. Então o que veio primeiro, as cerâmicas ou os desenhos
escavados? Se as cerâmicas surgiram primeiro, teremos de perguntar
como os índios conseguiram ampliar os desenhos para proporções tão
gigantescas. E se os desenhos escavados vieram primeiro, onde se
colocaram os índios para ser capazes de percebê-los com clareza
suficiente para transferir os desenhos para as cerâmicas? 0 mesmo se
aplica aos produtos têxteis.
A maioria das figuras nas montanhas está equipada com "'antenas",
''tentáculos" ou grinaldas.[80, 81] No entanto as do pampa não estão.
Seriam as figuras com "grinaldas de raios" uma representação de
indivíduos particularmente importantes e misteriosos? Seres que
existiam num nível mais elevado do que o das pessoas comuns? Deuses?
Esta suspeita é confirmada pelas escavações realizadas em Sican,
ao norte de Lima, na região de Lambayeque (perto Batan Grande).
Arqueólogos peruanos e japoneses traball ram lá durante 16 anos, até
que seus esforços foram coroa( por uma descoberta fenomenal. Em
1991, foram descober sepulturas impressionantes a dez metros de
profundidade c continham tecidos e cerca de cinqüenta quilos de pedra
metais preciosos, entre eles a máscara de ouro do "Deus Sican".[82] A
palavra "Sican" deriva da antiga linguagem dos Muchiks, também
chamados de os Mochica na Colômbia e no Equador, e significa Templo
da Lua. A figura segura nas m; estranhas "varas cerimoniais", às vezes
interpretadas como "cetros". De cada lado da sua cabeça se projetam
quatro "antenas". Isso faz vocês se lembrarem de alguma coisa?
A descoberta fenomenal!
[95]
[96]
O início de um culto
fórmula química
molécula
comprimento de onda
OH
Hidroxila
18,0 cm
NH
Amônia
1,3 cm
H2O3
Água
1,4 cm
H2CO
Formaldeído
6,2 cm
HCOOH
Ácido fórmico
18,0 cm
H3C-CHO
Acetaldeído
28,0 cm
Notas
1. "Wieder Spuren von Leben in Stein vom Mars entdeckt", Welt am Sonntag,
n. 41, 6 de outubro de 1996.
2. "Die Funde passen ins Bild", Der Spiegel, n. 33, 1996.
3. "Planeten-Brut aus dem Urnebel", Der Spiegel, n. 22, 1993.
4. Arthur W. Burks, Theory of Self-Reproducing Automata by lohn von
Neumann, University of Illinois Press, 1966.
5. Georg von Tiesenhausen e Wesley A. Darbo, Self-Replicating System — A
System's Engineering Approach, NASA Technical Memorandum TM-
78304, Marshall Space Flight Center, Alabama, julho de 1980.
6. Jacqueline Signorini, "How a SIMD machine can implement a complex
cellular automation. A case study of von Neumann's 29-state cellular
automation”, Super Computing 89, ACM Press, 1989.
7. Richard D. Klafer, Thomas Chmielewski e Michael Negin, Robotic
Engineering: An Integrated Approach, Prentice Hall, 1989.
8. F. H. Crick e L. E. Orgel, “Directed Panspermia", Icarus, n. 19, Londres,
1973.
9. Fred Hoyle e N. C. Wickramsinghe, Die Lebenswolke, Frankfurt/ Main,
1979.
10. Francis Crick, Das Leben selbst. Sein Ursprung, seine Natur, Muni- que e
Zurique, 19K1.
11. Ralph C. Merkle, "Molecular Nanotechnology", Frontiers of
Supercomputing — II: A National Reassessment, University of California
Press, 1992.
12. Ralph C. Merkle, "Two Types of Mechanical Reversible Logic”,
Nanotechnology, vol. 4, 1983.
13. Erich K. Drexler, Molecular Engineering: an approach to the
development of general capabilities for molecular manipulation,
National Academy of Sciences, EUA, 1978, pp. 5.275-8.
14. Ralph C. Merkle, "A Proof About Molecular Bearing", Nanotechnology,
vol. 4, 1993, pp. 86-90.
15. Ralph C. Merkle, "Self-Replicating Systems and Molecular
Manufacturing'', Journal of the British Interplanetary Society, vol. 45,
1992, pp. 407-13.
16. James R. Wertz, "The Human Analogy and the Evolution of
Extraterrestrial Civilisations", journal of the British Interplanetary>
Society', vol. 29, n. 7/8, 1976.
17. Martin J. Fogg, "Temporal Aspects of the Interaction among the First
Galactic Civilisations. The Interdict Hypothesis", Icarus, vol. 69, 1987.
18. Johannes Fiebag, "Völlig abgehoben?", Ancient Skies, n. 6, 1966.
19. "Der Mensch stammt doc ab”, Focus, n. 44, 1966.
20. "Yes to Darwin — but God took care of the Big Bang", entrevis- ta de
Susanne Stettier, Der Blick, 28 de outubro de 1996.
Tudo de bom,
Valentin Nussbaumer, Zurique: 27, 28, 29, 44, 45, 52, 66, 67, 114, 123, 124
Willi Dünnenbaumer, Quito: 83, 89 Torsten Sasse, Berlim: 85-89 Jaime
Bascur, Santiago do Chile: 90
Todas as outras fotografias são de autoria de Erich von Däniken, Beatenberg.
{*} Nesta edição, para identificar as notas convencionamos usar os números sobrescritos1, e para identificar as fotos
optamos pelos números sobrescritos entre colchetes[1]. (N. do E.)
{*} Qualquer um dos diversos cultos religiosos da Melanésia cuja crença fundamental é que seres espirituais trarão
aos seus seguidores grandes cargas de bens de consumo modernos. (N. da T.)