(Wazlawick) Plágio
(Wazlawick) Plágio
(Wazlawick) Plágio
Plágio
Plágio é a apropriação indevida de ideias ou textos de ou-
tras pessoas. A prática da cópia do trabalho alheio era comum
e aceita entre os escribas antigos e os músicos da Renascença e
do barroco, mas, com o passar do tempo e com a consolidação do
direito à propriedade e sua exploração, o plágio adquiriu status de
procedimento antiético. Porém, sempre continuou acontecendo.
Na era da internet, nunca foi tão fácil copiar o trabalho alheio,
porém, também nunca foi tão fácil detectar essas cópias.
Independentemente da questão da exploração comercial de direi-
tos autorais, o plágio, no meio acadêmico, é extremamente nocivo se
não for detectado, pois o plagiador apresenta um resultado que não
é de sua autoria e recebe um título que não merece. Nessa condição,
ele próprio pode ser prejudicado, ao não dominar conhecimentos
que seriam necessários para exercer sua profissão ou, pior ainda,
se exercer sua profissão, prejudicará a terceiros, por apresentar
soluções inadequadas, de acordo com sua própria incompetência.
Há pelo menos duas formas de plágio: a cópia literal de textos
de outras pessoas, constituindo integral ou parcialmente um traba-
lho que deveria ser do autor, e a cópia de ideias, em que o autor,
apesar de não repetir as palavras como foram escritas, apresenta as
mesmas ideias, na mesma sequência lógica, como se fossem suas.
Não é considerado plágio o uso de ideias de terceiros desde
que a fonte apareça claramente identificada. No caso de cópias
literais, devem aparecer entre aspas.
Conta-se que, certa vez, um estudante de doutorado plagiou
uma tese, copiando o texto integral de outro autor e trocando
apenas o nome do autor original pelo seu próprio nome. Durante
a defesa, um dos membros da banca, o convidado externo, elogiou
copiosamente o trabalho durante vários minutos. No final acres-
centou: “Mas você não pode obter o doutorado com essa tese,
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132 Metodologia de pesquisa para ciência da computação
10.1 ANTECEDENTES
Até a invenção da imprensa, as obras escritas eram reproduzidas
por escribas e copiadores profissionais. Naquela época, apenas esses
profissionais da cópia é que eram remunerados pelo seu trabalho.
Ao autor cabia apenas o mérito pela obra (mas, às vezes, nem isso).
Com a invenção da imprensa, no século XV, a cópia de textos
se tornou uma atividade de massa e, por esse motivo, suscitou
a questão da proteção jurídica ao trabalho do autor. Não apenas a
questão de proteger o direito ao patrimônio da obra, mas também
da proteção à sua integridade.
No início, a censura caminhou junto com a proteção ao di-
reito autoral. Em 1662, por exemplo, na Inglaterra, o Licensing
Act proibia a impressão de qualquer livro que não tivesse sido
previamente autorizado.
Já o Copyright Act, de 1709, protegia por até 21 anos a pro-
priedade intelectual e patrimonial de obras impressas.
Na França, após a Revolução de 1789, os valores iluministas
passaram a imperar e, com isso, a primazia do autor sobre a obra
intelectual. A proteção do direito autoral passou a ser por toda
a vida do autor, inclusive transmitida aos seus herdeiros legais.
No Brasil, a primeira menção sobre proteção dos direitos
autorais surgiu em 1827, na lei que criava os cursos jurídicos.
Em 1830, a matéria é regulamentada através da promulgação do
código de direito criminal.