Sindrome Do Intestino Irritavel
Sindrome Do Intestino Irritavel
Sindrome Do Intestino Irritavel
ALESSANDRA SOUZA
ANNA MARIA BOFF PASSOS
CARLA MARIANA VEIGA
MARIA EDUARDA REGIS
MARIA EDUARDA TEIXEIRA MACHADO
VITÓRIA MACÊDO SAMPAIO
PALHOÇA - SC
2022
ALESSANDRA SOUZA
ANNA MARIA BOFF PASSOS
CARLA MARIANA VEIGA
MARIA EDUARDA REGIS
MARIA EDUARDA TEIXEIRA
VITÓRIA MACÊDO SAMPAIO
PALHOÇA - SC
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.…………………………………………………………………………….4
2 O SISTEMA GASTROINTESTINAL…….…........………………........................
……..5
2.1 Histologia e Fisiologia
Gastrointestinal...................................................................6
2.2 As Camadas do Sistema
digestório.........................................................................6
2.3 O Intestino Delgaddo..............................................................................................8
2.4 O Intestino
Grosso..................................................................................................9
3 SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL………………………………………….…...6
3.1
Causas....................................................................................................................6
3.2
Sintoma ..................................................................................................................6
3.3
Tratamento .............................................................................................................6 4.
O PROCESO SAÚDE-DOENÇA ………………………...…...................................7
4.1 O Processo Saúde-doença em Enfermagem.........................................................7
4.2 O Processo Saúde-doença em
Biomedicina...........................................................7
4.3 O Processo Saúde-doença em
Estética..................................................................7
4.4 O Processo Saúde-doença
Nutrição.......................................................................7
5 PATOLOGIA…….......................................................……...……………………….....8
6
CONCLUSÃO……………………………………………………………………………....9
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..
……………………………………………........10
1. INTRODUÇÃO
4
2. O SISTEMA GASTROINTESTINAL (SGI)
O aparelho digestivo tem início na cavidade oral e, a partir daí, difere em quatro
órgãos fundamentais: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso, auxiliados
pelas glândulas anexas que são as glândulas salivares, fígado e pâncreas.
Barret (2015) descreve as funções do sistema gastrointestinal e afirma que juntos,
este e o fígado atuam com o sistema circulatório para assegurar o suprimento das
necessidades nutricionais das células distantes da superfície externa do corpo. Ingerimos
macromoléculas e nutrientes que, em geral, são incapazes de atravessar prontamente as
membranas celulares. Os alimentos precisam ser quimicamente alterados em moléculas
menores capazes de serem absorvidas e esse processo, que inicia na boca com a ação das
enzimas salivares, é realizado pelo sistema gastrointestinal. A digestão envolve a motilidade
gastrintestinal, bem como as influências de alterações do pH, detergentes biológicos e
enzimas. Além disso, Barret (2015) define o intestino como um importante órgão para a
excreção de substâncias do corpo, tanto dos resíduos não absorvidos da refeição, quanto
moléculas hidrofóbicas, como o colesterol, os esteroides e os metabólitos dos fármacos.
Outra característica importante do intestino apresentada por Barret (2015) é que ele é o
maior órgão linfoide do corpo, com um número significativamente maior de linfócitos do que
aquele encontrado no sistema imune circulante. Isso ocorre devido a característica citológica
e a função do próprio sistema. O intestino é um longo tubo que se estende da boca até o
ânus, cuja superfície interna existe em continuidade com o exterior corporal. Possui a
função de transportar nutrientes de dentro para fora. Isto implica que o intestino seja um
potencial para a porta de entrada de substâncias indesejáveis, ainda mais se considerarmos
seu potencial na capacidade de absorção. Por isso, o intestino desenvolveu um sofisticado
sistema de defesa imunológica.
Outra função que vem sendo mais recentemente discutida do intestino, é sua
interação com o cérebro, através do “eixo microbiota-intestino-cérebro”. Em artigos da
comunidade internacional, encontramos uma maior discussão relacionada ao tema.
Segundo Cryan e Mahony (2011), “a capacidade da microbiota intestinal de se comunicar
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com o cérebro e, assim, modular o comportamento está emergindo como um conceito
excitante em saúde e doença. A microbiota entérica interage com o hospedeiro para formar
relações essenciais que regem a homeostase.”. O eixo microbiota-intestino-cérebro vem
sendo muito abordado no estudo de algumas doenças, entre elas, a síndrome do intestino
irritável. Há ainda autores, como Enders (2015), que apontam pesquisas que afirmam que o
intestino tem influência sobre as emoções.
Segundo Yousif (2022), este eixo é um importante sistema de comunicação bilateral:
em situação fisiológica normal, sinais do trato GI são influenciados pelo cérebro enquanto
este modula vários aspectos da fisiologia GI, incluindo motilidade, secreção, absorção,
permeabilidade e atividade imunológica. Por outro lado, são efeitos no SNC que podem
desencadear essa modulação: humor e emoções, função cognitiva, estresse, entre outros.
Segundo Kierszenbaum e Tres (2016), com exceção da cavidade oral, todo o aparelho
digestivo mostra uma organização histológica uniforme. Esta organização caracteriza-se por
variações estruturais definidas e importantes que refletem mudanças na atividade funcional.
Kierszenbaum e Tres (2016) explicam que cada uma das esferas do órgão consiste
em quatro camadas distintas: mucosa, submucosa, muscular e serosa, nesta ordem, de
dentro para fora e as descrevem. Essas camadas têm como principais funções: promover
uma barreira seletivamente permeável entre o conteúdo do lúmen e os tecidos do organismo
– GALT; facilitar o transporte e a digestão dos alimentos através dos movimentos
peristálticos; favorecer a absorção dos produtos da digestão e produzir hormônios e
secreções que regulem e auxiliem na atividade do sistema digestório (Plexo de Meissner).
Vejamos a seguir a composição citolológica de cada uma dessas camadas:
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SUBMUCOSA: é composta por tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos e
linfáticos, e é onde se situa o plexo de Meissner, que é o plexo nervoso que controla
principalmente as secreções gastrointestinais e o fluxo sanguíneo local.
SEROSA: é formada por uma camada delgada de tecido conjuntivo frouxo, revestido
por mesotélio (epitélio pavimentoso simples). Na cavidade abdominal, a serosa é
denominada de peritônio visceral e parietal. O peritônio visceral é revestido por
mesotélio nos dois lados, tem função de suporte aos intestinos e fica em contato
direto com as vísceras abdominais.
Cada órgão que compõe o sistema gastrointestinal possui função complexa, específica
e vital. Todos trabalham de forma ordenada entre si e entre as glândulas auxiliares e o
fígado, orquestrados pelo sistema nervoso simpático e parassimpático. Existem inúmeras
particularidades em cada porção do sistema que, se não funcionarem de forma adequada,
podem prejudicar o desempenho do sistema como um todo e afetar a saúde do indivíduo.
Entretanto, considerando o tema deste trabalho, iremos aprofundar o sistema digestivo
inferior, composto pelo intestino delgado e intestino grosso.
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do trato, residem inúmeras bactérias, um dos componentes da microbiota que mantêm uma
relação funcional normal com o tecido linfoide associado ao intestino (GALT), que previnem
a agressão por patógenos.
O jejuno atua como local de absorção da maioria dos nutrientes no indivíduo saudável.
Por isso, possui uma área de superfície acentuadamente amplificada devido à presença das
pregas superficiais (pregas de Kerckring) e vilosidades altas e delgadas, além de
microvilosidades na superfície apical das células epiteliais das vilosidades, os enterócitos,
que amplificam ainda mais a área de absorção.
Mais distalmente, o íleo apresenta menos pregas e vilosidades mais curtas e mais
escassas, estando envolvido de modo menos ativo na absorção de nutrientes. Porém, em
caso de mal desempenho da função do jejuno, como má digestão, o íleo pode realizar a
função de absorção.
Do colo sigmóide o bolo fecal segue em direção ao reto por meio da peristalse em
massa e os receptores de estiramento. Inicia-se o relaxamento do músculo esfíncter do
ânus e enviam-se impulsos aferentes ao SNC indicando a necessidade de defecar.
Entretanto, em indivíduos sadios, essa necessidade pode ser adiada até o momento mais
conveniente, graças ao esfíncter externo e o músculo levantador do ânus, que têm controle
voluntário.
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2.5 O SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO
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3.1 CAUSAS
3.2 SINTOMAS
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A Síndrome do Intestino irritável é caracterizada por dor, desconforto abdominal,
normalmente localizado no abdome inferior, que é de natureza constante ou em cólicas
podendo estar relacionado com a defecção, e alterações do hábito intestinal. Além de
sensações de desconforto, distensão abdominal e defecção desordenada. Muitos pacientes
também apresentam sintomas de dispepsia, é descrito em 42-87% dos pacientes com SII, e
sintomas extraintestinais também são comuns. Porém esse quadro sintomático não é
totalmente especifico, pois indivíduos com doenças intestinais passageiras podem
apresentar eventualmente os mesmos sintomas. Tendo assim que ser feito por especialista
a diferenciação da SII com outras doenças do intestino (NADAI R, et al., 2017; RODRIGUES
e CASSIMIRRO RF, 2018).
Alguns dos sintomas comuns da Síndrome do Intestino Irritável e que também
apoiam diagnósticos são: inchaço abdominal, forma anormal das fezes, frequência anormal
das evacuações, esforço para defecar, urgência, sensação de evacuação incompleta e
eliminação de muco pelo reto. Quanto a sintomas não-gastrointestinais temos: letargia, dor
de costas e outras dores musculares e articulares, cefálicos e sintomas urinários: noctúria,
esvaziamento incompleto da bexiga, dispareunia, insônia e baixa tolerância à medicação.
De acordo com as características predominantes das fezes, a SII pode ser também
subclassificada como: SII com obstipação (SII-O); SII com diarreia (SII-D); SII com padrão
misto ou cíclico (SII-M); SII não classificável (SII-NC). Porém esta classificação não é
constante, uma vez que o enfermo pode ser classificado, em momentos num grupo e em
outra ocasião num novo subgrupo. (DA CRUZ ARAÚJO, 2015/2016)
Além disso, há características no comportamento, tanto do doente quanto da doença,
que ajudam a realizar o diagnóstico da SII, sendo eles: Sintomas que duram mais de 6
meses, o estresse que pode agravar os sintomas, consultas frequentes por sintomas não-
gastrointestinais, antecedentes de sintomas anteriores sem explicação médica,
agravamento depois das refeições, dispepsia, náuseas, pirose.
Em diversos pacientes os sintomas interferem na sua vida cotidiana e no seu
funcionamento social, porem como não é reconhecida, gera pacientes não sendo
diagnosticados formalmente e não sendo, consequentemente, tratado.
4. FISIOPATOLOGIA DA SII
A SII inclui uma ampla gama de sintomas e sua fisiopatologia ainda não é
completamente entendida. Na última década, estudos têm se concentrado na compreensão
da interação do eixo intestino-cérebro e vimos as importante modulações que este eixo
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desempenha. Por isso, rupturas estruturais ou funcionais neste eixo podem resultar em
múltiplos tipos de desordens GI, incluindo a SII. Observe a Figura 1:
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extraintestinais como enxaqueca, dor nas costas, azia, dispareunia e dor muscular
(Karantanos et al 2010)
Alguns dos mediadores inflamatórios, desempenham um papel mais específico.
Segundo Yousif (2022), a serotonina é uma importante molécula usada por múltiplos
sistemas neurais tanto no cérebro quanto no intestino. Quando liberada pelas células da
camada mucosa, ela estimula os terminais neuronais aferentes primários, podendo resultar
em respostas corticais como náuseas, vômitos e dor abdominal.
Além disso, a serotonina está envolvida em uma variedade de reflexos, que regulam
a motilidade intestinal e a eficiência secretora. Ao ser liberada ela estimula os terminais
aferentes, provocando movimento peristáltico e liberação de secreção intestinal. Sendo
assim, tanto a motilidade intestinal quanto a secreção são diretamente modificadas pela
estimulação dos terminais aferentes.
Conforme apontam Karantanos et al (2010), novos estudos sustentam que a
motilidade intestinal e a defecação são reguladas por estresse psíquico, somático e
imunológico. A presença de um estresse psíquico e somático como a desidratação leva ao
aumento da expressão do hormônio liberador da corticortrofina (CRF) no hipotálamo. A
liberação deste hormônio estimula as vias eferentes parassimpáticas, que aumentam a
motilidade intestinal. O estresse crônico pode modular a função sensorial e motora, via
hormônio liberador de corticotropina e sinalização catecolaminérgica, e, portanto, tem sido
implicado na fisiopatologia da SII.
A prevalência de incidência da SSI em mulheres pode ser justificada pelas diferenças
na sensibilidade visceral tanto no nível da mucosa quanto no nível da sensação de dor
central, observada em termos de resposta do trânsito colônico ao tratamento farmacológico,
afirmam Karantanos et al (2010).
5. O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
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b) O Cuidado e os profissionais da saúde
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A diretriz aponta algumas abordagens médicas que podem influenciar positivamente
no tratamento. Acreditamos que podemos trazer essas abordagens para o trabalho do
enfermeiro, que é aquele que terá o contato mais direto com o paciente:
Reconhecimento da doença
Educação do paciente sobre a SII
Tranquilização do paciente – conversar com o paciente sobre o medo do câncer;
analisar com o paciente e tentar resolver os fatores estressantes
O enfermeiro também é responsável por administrar medicamentos, que podem
incluir anticolinérgicos, antiespasmódicos, antidiarréicos e laxantes e massa.
Além disso, não podemos o profissional não deve esquecer de trabalhar de forma
colaborativa com os demais profissionais da saúde, sempre que possível e necessário. Na
Síndrome do Intestino Irritável, a intervenção de outros profissionais é fundamental.
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ozonioterapia, que é bastante eficaz para o intestino e trás resultados já na primeira
aplicação
tratamentos estéticos que ajudem a prevenir o envelhecimento precoce e
procedimentos estéticos em geral que melhorem a autoestima e façam a pessoa se
sentir de bem consigo
Além de tratamentos estéticos, também é necessário falar da importância dos
cuidados diários, pois quando a pessoa desenvolve depressão, a autoestima tende a ficar
baixa e os cuidados pessoais também.
Por isso a necessidade de abordar temas como banho, cuidados corporais e faciais,
e outras atividades que ajudem na qualidade de vida do paciente com SII.
Embora o biomédico não tenha contato direto com os pacientes, diante da síndrome
do intestino irritável ele pode:
Realizar análises clínicas ou de imagens
Estudar e realizar pesquisas para desenvolver ou aperfeiçoar medicamentos,
tratamentos e diagnósticos
Checar resultados de exames e assinar laudos técnicos
Auxiliar na tomada de decisões e determinar os melhores procedimentos a serem
seguidos
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2°) Construção de diagnósticos e práticas terapêuticas de forma colaborativa entre
profissionais e pacientes:
Com finalidade de tratar os pacientes com SIl são indicadas terapias nutricionais,
farmacológicas e mudança na qualidade de vida. Não há um tratamento específico para a
SIl e todas as alternativas são para tratar os sintomas e desconfortos causados por ela. (Em
casos leves pode ser controlada apenas com uma alimentação saudável, com uma dieta
recomendada de forma individual por um nutricionista)
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6. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, João Pedro da Cruz. Intestino Irritável: Abordagem diagnóstica e terapêutica. Faculdade
de Medicina da Universidade de Lisboa: Portugal, 2015/2016, p. 7-16. Disponível em:
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/28040/1/JoaoPAraujo.pdf.. Acesso em: 5 nov. 2022.
BASTOS, Tatiana Filipa Santos. Síndrome do intestino irritável: Dieta com restrição de FODMAPs.
World Gastroenterology Organisation Global Guidelines: 2015/2016. Disponível em:
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/29541/1/TatianaFSBastos.pdf. Acesso em: 5 nov. 2022.
BARRET, Kim E. Fisiologia gastrintestinal. Tradução: Patricia Lydie Voeux. AMGH: Porto Alegre,
2015. 2 ed. 336 pag.
COLLINS, Stephen M; SURETTE, Michael; BERCIK, Premysl. The interplay between the intestinal
microbiota and the brain. Nature Reviews Microbiology: nov, 2012. Disponível em:
https://www.nature.com/articles/nrmicro2876 .Acesso em 05 out 2022.
ENDERS, Giulia. O discreto Charme do Intestino. Tradução: Karina Jannini. WMF: São Paulo,
2015. 228 pag.
JESUS, Sofia Onofre Fonseca. Influência da nutrição na fisiopatologia da doença intestinal com
componente inflamatória: caso particular do Síndrome do Intestino Irritável . U Lisboa: Portugal,
2014. Disponível em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/26834. Acesso em 18 nov 2022.
ORIA, Reinaldo; BRITO, Gerly A C. Sistema Digestório: Integração Básico-clínica. Blucher Open
Access: São Paulo, 2016, 1 ed, cap 13., pág 315-322.
XXVI Congresso de Iniciação Científica Unicamp. Estado nutricional, qualidade de vida e hábitos
de vida em portadores da Síndrome do Intestino Irritável: um estudo caso-controle. Disponível
em:https://web.archive.org/web/20200215103759id_/https://econtents.bc.unicamp .br
/eventos/index.php/pibic/article/download/137/118. Acesso em 18 nov 2022.
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