Peixes

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Pangasius (Pangasianodon hypophthalmus)

Catfish (Peixe Gato)

Nome Popular:  Panga, Pangasius — Inglês: Pangas catfish


Ordem: Siluriformes — Família: Pangasiidae (Pangasídeos)
Distribuição: Ásia. Bacias do Mekong, Chao Phraya e Maeklong
Tamanho Adulto: 130 cm (comum 60 a 90 cm)
Expectativa de Vida: 20 anos +
pH: 6.5 a 7.5 — Dureza: 2 a 29
Temperatura: 22°C a 28°C
Aquário Mínimo: Inadequado para a maioria dos aquários domésticos devido seu tamanho
quando adulto. Supondo que possua um grande tanque, o comprimento e lateral deste são
mais importantes do que a altura. Evite objetos pontiagudos. É uma espécie de águas abertas
muito ativa que tende ficar agitado quando mantido em condições precárias. Isso pode levar a
problemas com o peixe se batendo no vidro e itens de decoração, muitas vezes resultando em
ferimentos.
Comportamento & Compatibilidade: Espécie bastante pacífica podendo ser criado em aquário
comunitário, peixes de tamanho muito diminuto poderão ser devorados. Pode incomodar
peixes sedentários ou tímidos com sua atividade constante, mas, inversamente, é facilmente
intimidado por espécies agressivas ou agitadas. As melhores escolhas de peixes compatíveis
são espécies bentônicas grandes, pacíficas e espécies de cardumes que habitam o nível médio
e superior do aquário.

De comportamento gregário, ficará melhor quando mantido em grupo. Obviamente, um


tanque realmente enorme seria necessário para abrigar adequadamente vários espécimes.
Pode entrar em pânico facilmente se assustado e até mesmo saltar para fora da água.

Alimentação: Onívoro. Naturalmente se alimenta de peixes, crustáceos e restos vegetais. Em


aquário aceitará praticamente qualquer tipo de alimento fornecido, devendo oferecer um
dieta com uma boa quantidade de proteínas para juvenis e a medida que envelhece precisará
de uma proporção maior de alimentos vegetais como folhas de espinafre, ervilhas, spirulina e
até mesmo fatias de frutas ocasionalmente. Tornam-se alimentadores noturnos quando
adultos e preferem comer à noite depois das luzes apagadas.
Reprodução: Ovíparo. É uma espécie migratória, movendo-se rio acima para desovar durante
o final da primavera e verão. Obviamente, estas condições são virtualmente impossíveis de
replicar em aquário. Está sendo produzido comercialmente em grandes lagoas em fazendas de
peixes do Extremo Oriente e América do Sul.
Dimorfismo Sexual: Supostamente as fêmeas são mais corpulentas e possui padrões mais
claros do que os machos. Mas estas diferenças quase imperceptíveis.
Biótopo: Ocorre em água abertas de grandes rios.
Etimologia: Pangasianodon, nome vietnamita de um peixe + grego, odoso = dentes
Sinônimos: Pangasius pleurotaenia, Pangasius pangasius, Pangasius sutchi, Pangasius
hypophthalmus, Helicophagus hypophthalmus
Informações adicionais: Uma das espécies mais importantes da aquicultura na Tailândia. A
carne é frequentemente comercializada sob o nome comum de swai. Foi introduzida em
outras bacias fluviais como fonte de alimento, e sua aparência semelhante a de um tubarão o
tornou popular entre praticantes do aquarismo, no também é conhecido como o tubarão
siamês ou bagre sutchi.
Apresenta coloração prata brilhante quando jovem, escurecendo para cinza com uma barriga
branca à medida que cresce. Sua natação é similar a de um tubarão. Existe uma variação albina
disponível em lojas de aquarismo. Pode ser confundido com Pangasius sanitwongsei.

Referências:

 Roberts, T.R. and C. Vidthayanon, 1991. Systematic revision of the Asian catfish family
Pangasiidae, with biological observations and descriptions of three new species. Proc.
Acad. Nat. Sci. Philad.
 Roberts, T.R., 1993. Artisanal fisheries and fish ecology below the great waterfalls of the
Mekong River in southern Laos. Nat. Hist. Bull. Siam Soc.
 Rainboth, W.J., 1996. Fishes of the Cambodian Mekong. FAO species identification field
guide for fishery purposes. FAO, Rome
 Kottelat, M., 2001. Fishes of Laos. WHT Publications Ltd., Colombo 5, Sri Lanka.

Colisa Lalia (Trichogaster lalius) Anabantídeos


Classificação
Classe: Actinopterygii  • Ordem: Perciformes • Família: Osphronemidae
Nome binomial: Trichogaster lalius (Hamilton, 1822)
Sinônimos: Trichopodus lalius, Colisa lalius, Polyacanthus lalius, Colisa unicolor
Grupo Aquário: Gouramis, Labirintídeos
Nomes comuns

Colisa Lalia

Inglês: Dwarf gourami, Red lalia

Distribuição & habitat

Ásia, amplamente distribuído através do Paquistão, norte da Índia e Bangladesh. Populações


ferais são encontradas em Cingapura, EUA e Colômbia.

Países: Bangladesh, Índia, Paquistão

Habita predominantemente ambiente lêntico como riachos, lagoas, pântanos, valas e córregos
e canais de irrigação com vegetação abundante
Mapa por Discover Life
Ambiente & parâmetros da água

Bentopelágico; água doce • pH: 6.6 – 7.4 • Dureza: 5 – 19 • Clima: tropical; 22°C – 28°C

Tamanho adulto

8 cm (comum 5 cm) • Estimativa de vida: 3 anos +

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (56 litros) requerido. Como a


maioria dos Anabantóides, não apreciam forte movimentação na água. Aquário densamente
plantado é bastante apreciado para espécie. Importante formar refúgios e tocas caso venha a
manter um casal, uma vez que o assédio do macho é bastante forte junto a fêmea.

É uma espécie pacífica e ideal para aquário comunitário, podendo se tornar territorialista e
agressivo frente a outros membros do gênero, nomeadamente outras Colisas e não raramente
outros Anabantóides como Tricogaster, Peixe Paraíso e Betta. É um peixe de comportamento
tímido que deve ser mantido com peixes de pequeno porte e igualmente pacíficos.

Amplamente mantido em pequenos aquários, como os populares Bettas, esta ação deve ser
evitada e desencorajada.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se principalmente de pequenos crustáceos,


rotíferos, protozoários, algas larvas de insetos e pequenos anelídeos. Em aquário aceitará
alimentos secos sem dificuldades, devendo também ser fornecido pequenos alimentos para
desenvolver melhor sua saúde e coloração.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. Durante a fase de reprodução o macho tenderá ser agressivo com a fêmea,
comportamento que cessará no momento em que começar o ritual reprodutivo. Os dois
ficarão embaixo do ninho de bolhas com o macho cutucando a fêmea com seu focinho e
acariciando a área ventral com suas “antenas”.

A desova ocorrerá embaixo do ninho de bolhas no típico abraço anabantóide, com o macho se
enrolando em torno da fêmea com os óvulos e espermatozoides sendo liberados
simultaneamente. Os ovos liberados pela fêmea são flutuantes, eventualmente alguns
poderão afundar onde serão recolhidos pelo macho e colocados dentro do ninho.

Terminado a desova, o macho assumirá a responsabilidade pela guarda do ninho e a fêmea


será bastante agredida, devendo ser retirada. A eclosão ocorre em até 36 horas dependendo
da temperatura. Após estarem nadando livremente o macho poderá ser retirado. Desovas
individuais podem gerar até 600 a 700 ovos.

Dimorfismo sexual

Os machos são um pouco maiores e mais coloridos, as fêmeas são prateadas. Machos
apresentam nadadeira dorsal e anal mais estendidas à medida que amadurecem.

Galeria de imagens
Descrição

Espécie extremamente popular entre aquaristas dado sua beleza, rusticidade e


comportamento pacífico, existem inúmeras variedades de cores oriundas desta espécie. Entre
as variedades mais comuns estão a variedade cobalto (azul sólido) conhecida como Colisa Azul
e a variedade vermelha conhecida como Colisa Vermelha/Sangue. A variedade vermelha pode
ser confundida com a Colisa Mel (Trichogaster chuna). 

Em seu ambiente natural é comum encontrá-lo em regiões quentes e águas estagnadas pobre
em oxigênio, em meio a densa vegetação.

Podem respirar oxigênio atmosférico através de seu órgão acessório conhecido como labirinto.
Este órgão é formado por uma modificação no primeiro arco branquial, altamente
vascularizado e ricamente irrigado por vasos sanguíneos, que faz com que o ar passe bem
próximo da corrente sanguínea, proporcionando a troca de oxigênio com o sangue por meio
de difusão. A estrutura do órgão varia de complexidade entre as espécies , tendendo a ser
mais desenvolvido em espécimes que habitam ambiente privado de oxigênio.

Um trabalho de Myers em 1923 resultou em uma má interpretação taxonômica e naquela


época o nome genérico Colisa foi adotado para as pequenas espécies ocidentais de Gouramis,
incluindo esta espécie. Esta interpretação foi revista recentemente e a estrutura taxonômica
sofreu alterações sendo reestruturado. O resultado é que todas as espécies que tinham sido
colocadas sob o gênero Colisa agora foram alterados para Trichogaster por Topfer e Schindler,
em 2009, e Tan e Kottelat em 2009.

Referências

1. Talwar, P.K. and A.G. Jhingran, 1991. Inland fishes of India and adjacent countries.
Volume 2. A.A. Balkema, Rotterdam.
2. Baensch, H.A. and R. Riehl, 1985. Aquarien atlas. Band 2. Mergus, Verlag für Natur-und
Heimtierkunde GmbH, Melle, Germany. 1216 p.
3. Rahman, A.K.A., 1989. Freshwater fishes of Bangladesh. Zoological Society of
Bangladesh. Department of Zoology, University of Dhaka. 364 p.
4. Menon, A.G.K., 1999. Check list – fresh water fishes of India. Rec. Zool. Surv. India, Misc.
Publ., Occas. Pap. No. 175, 366 p.
5. Protein requirement for Trichogaster lalius , blue variety
– http://dx.doi.org/10.1590/S1516-35982013000200010

Cascudo (Megalancistrus parananus) Catfish


(Peixe Gato)

Ficha Técnica
Ordem: Siluriformes — Família: Loricariidae (Loricarídeos)
Nomes Comuns: Cascudo, Cascudo Abacaxi, L113
Distribuição: América do Sul, bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai
Tamanho Adulto: 58 cm
Expectativa de Vida: desconhecido
Comportamento: pacífico
pH: 6.0 a 7.5 — Dureza: indiferente
Temperatura: 20°C a 28°C
Distribuição e habitat

Distribuído nas bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai, ocorrendo no Brasil, Argentina, Paraguai
e Uruguai. No Brasil é encontrado nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

Habitam fundo rochoso e arenoso, principalmente em águas rasas.

Descrição

Peixe com placas ósseas que se sobrepõem substituindo as escamas. A cabeça é relativamente
plana e termina com uma boca em forma de ventosa.

Raios duros presente nas nadadeiras peitorais e dorsal, que servem como defesa contra
predadores. Não são raros os casos em que ficam presos na boca do predador, podendo levá-
los à morte ou a infecções causadas pelos ferimentos.
Um dos maiores Cascudos, pode ser diferenciado de outros grandes loricarídeos pela presença
de odontos interoperculares incessantes.

Anteriormente esta espécie era representada pelos números L113 e L234, mas apenas o
primeiro é nativo da bacia do Prata, enquanto o segundo foi coletado no rio São Francisco,
leste do Brasil. Embora parecidos, L234 apresenta coloração mais clara e a nadadeira dorsal
mais alta quando adulto.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 150 cm de comprimento e 50 cm de largura desejável.

A decoração do aquário deverá possuir raízes e troncos de madeira, uma vez que passam a
maior parte de seu tempo aderido a eles. Aparentemente a madeira faz parte de sua dieta
especializada.

Comportamento

Embora pacífico, deverá ser mantido com peixes de porte similar e robustos.

Reprodução

Ovíparo. Machos cavam tocas horizontais nas margens dos rios. Estas tocas são utilizadas
como túneis de nidificação onde a fêmea irá depositar os ovos. Após a liberação dos ovos pela
fêmea, o macho irá fertilizá-los e expulsará a fêmea da toca. O macho irá cuidar dos ovos até
que as larvas estejam nadando livremente.

Dimorfismo Sexual

Seu dimorfismo sexual é um tanto difícil, comparando a papila genital de peixes adultos, os
machos apresentam este papila projetada, enquanto fêmeas é menos evidente e plano junto
ao corpo. Outra característica é as fêmeas possuírem o ventre mais roliço que os machos.

Alimentação

Onívoro. Se alimentam principalmente de algas e invertebrados aquáticos, junto com


pequenas quantidades de madeira. Embora não esteja claro se a madeira é essencial em sua
dieta ou apenas ingerida enquanto se alimenta sobre ela.

Etimologia: Megalancistrus;, megas, megalos (grego) = grande + agkistron (grego) = gancho


Parananus = em referência ao seu local de origem, o rio Paraná.
Sinônimos: Megalancistrus gigas, Chaetostomus gigas, Megalancistrus
aculeatus, Chaetostomus aculeatus, Pterygoplichthys parananus
Referências
1. Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River,
located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol. 65(3):377-385.
2. Barbosa, J.M. and K.S. Ferraz, 2008. Sistematização de nomes vulgares de peixes
comerciais do Brasil: 1. Espécies dulciaqüícolas. Revista Brasileira de Engenharia de
Pesca 3(3): 65-76.
3. Britski, H.A., K.Z. de S> de Silimon and B.S. Lopes, 2007. Peixes do Pantanal: manual de
identificaçäo, 2 ed. re. ampl. Brasília, DF: Embrapa Informaçäo Tecnológica, 227 p.
4. Burgess, W.E., 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey
of the Siluriformes. T.F.H. Publications, Inc., Neptune City, New Jersey (USA). 784 p.
5. De Souza, M.C. and H.F. Julio, 1994. Análise cromossomica de duas espécies de
Ancistrinae (Siluriformes – Loricariiidae). p. 16. In V. Simp. Citogenet. Evol. e Aplic. de
peixes Neotropicais, Botucatu-SP.

Carpa (Cyprinus carpio) Cyprinídeos

Ficha Técnica
Ordem: Cypriniformes — Família: Cyprinidae (Ciprinídeos)
Nomes Comuns: Carpa — Inglês: Common carp
Distribuição: Europa até Ásia
Tamanho Adulto: 120 cm (comum: 50 cm)
Expectativa de Vida: 20 anos +
Comportamento: pacífico, gregário
pH: 7.0 a 7.6 — Dureza: 10 a 15
Temperatura: 10°C a 28°C
Distribuição e habitat

Populações selvagens naturalmente ocorrem desde Europa até a Ásia nas bacias do Mar
Negro, Mar Cáspio e do Mar de Aral. Presume-se que uma população selvagem reófila no
Danúbio seja a origem das espécies europeias.

Introduzido em inúmeros países com relatos de impactos ambientais negativos.

Adultos habitam águas profundas de fluxo lento como rios de planície e lagos grande, com
ampla presença de vegetação.
Descrição

Corpo apresenta escamas cicloides grandes podendo revestir todo seu corpo ou apenas alguns
aglomerados em certos pontos, dependendo da variedade. Possui um corpo bastante
arqueado no dorso e mais retilíneo na região ventral. Possui uma boca pequena, repleta de
barbilhões curtos, ao invés de dentes.

Populações selvagens enfrentam risco de extinção, é muito difundida como peixe ornamental


principalmente para criação em lago externo. Seu nome comum “Carpa” originou-se do
alemão Karpfen, através do latim carpa.

Existem variedades domésticas coloridas conhecidas como Nishikigoi. Este termo é


utilizado para designar as Carpas coloridas criadas para fins ornamentais. Os belos exemplares
deste peixe parecem vestir roupa de brocado, daí a origem de seu nome, composto por Nishiki
(brocado) e Goi (Carpa).

Os primeiros Nishikigoi surgiram nas montanhas do Japão há cerca de 180 anos, a partir de
algumas mutações das Carpas comuns criadas para alimentação.

As carpas ornamentais, coloridas ou estampadas, surgiram por mutação genética espontânea


das carpas comuns, na região de Niigata, no Japão, aperfeiçoando suas características,
chegando a obter três tipos híbridos: o Higoi (carpa vermelha), o Asagui (carpa azul e
vermelha) e o Bekko (branca e preta).

Estes exemplares começaram a passar por cruzamentos e melhoramento genético até a


definição dos magníficos padrões hoje estabelecidos.

Os Nishikigoi fazem parte da cultura japonesa, onde, além da esplêndida beleza, são
admirados por seu corpo imponente, cores brilhantes e nado gracioso. Os orientais acreditam
que eles trazem sorte e bons fluídos.

Na China é considerado um animal honrado. Ao ser capturado é um dos poucos peixes que
não se debatem. Devido a sua característica de também ser um animal forte, que nada contra
a correnteza, ela é o símbolo principal da honra Chinesa.

Muitas espécies participam de exposições durante toda a sua vida. No Brasil, a Associação
Brasileira de Nishikigoi (ABN), fundada em 1978, reúne criadores, expositores e aquariofilistas,
que anualmente realizam exposições em diversas regiões do nosso país.
Criação em Aquário

Devido suas características e porte não é recomendado para aquários domésticos, sendo ideal
para tanque externo.

De comportamento pacífico e gregário, deve ser mantido em com inúmeros indivíduos. Outros


peixes podem conviver nos lagos de jardim, desde que sejam resistentes às baixas
temperaturas, quando em regiões de inverno rigoroso. Também devem ser peixes pacíficos,
para não ocorrer agressividade entre os habitantes.
Comportamento

Apresenta comportamento pacífico e gregário, dispensando a maior parte de seu tempo a


procura de alimentos.

De comportamento extremamente dócil, acostuma-se com as pessoas e facilmente deixam-se


acariciar e aprendem a comer na mão do tratador.

Reprodução

Ovíparo. Desova ao longo de costas ou remansos. Os adultos costumam empreender uma


migração considerável em época de reprodução para remansos ou formações inundadas. As
larvas sobrevivem somente em água morna entre a vegetação submersa rasa. A poluição dos
rios e a hibridização com populações domesticadas, os congêneres do Leste Asiático e os seus
híbridos provocaram um declínio contínuo das populações selvagens.

Dimorfismo Sexual

Os machos diferenciam-se das fêmeas pela grande nadadeira ventral.

Alimentação

Tanto os adultos como os juvenis se alimentam de uma variedade de organismos bentônicos e


material vegetal.

Alimenta-se de pequenos vermes, animais, plantas e matéria orgânica encontrados no fundo


da areia ou lama, ou seja, come de tudo.

São predadores de larvas e ovos de peixes nativos, podendo interferir na diversidade da fauna
nativa. Além disso, é um peixe que destrói a vegetação, o que aumenta a turbidez da água.

Etimologia: Cyprinus; cyprinus (latim) = carpa. Carpio; é a forma latinizada de carpa.


Sinônimos: Cyprinus mahuensis, Cyprinus carpio fluviatilis, Cyprinus carpio anatolicus, Cyprinus
carpio oblongus, Cyprinus carpio monstrosus, Cyprinus bithynicus, Cyprinus chinensis, Carpio
vulgaris, Cyprinus conirostris, Cyprinus melanotus, Cyprinus elatus, Cyprinus
specularis, Cyprinus specularis, Cyprinus carpio carpio
Referências
1. Kottelat, M. and J. Freyhof, 1972. Handbook of European freshwater fishes. Publications
Kottelat, Cornol and Freyhof, Berlin. 646 pp. (Ref. 59043)
2. Balon, E.K., 1990. Epigenesis of an epigeneticist: the development of some alternative
concepts on the early ontogeny and evolution of fishes. Guelph Ichthyol. Rev. 1:1-48.
3. Alikunhi, K.H., 1966. Synopsis of biological data on common carp Cyprinus carpio
(Linnaeus), 1758 (Asia and the Far East). FAO Fish. Synop. 31(2):39p.
4. Pethiyagoda, R., 1991. Freshwater fishes of Sri Lanka. The Wildlife Heritage Trust of Sri
Lanka, Colombo. 362 p.
5. Frimodt, C., 1995. Multilingual illustrated guide to the world’s commercial warmwater
fish. Fishing News Books, Osney Mead, Oxford, England. 215 p.
6. Scott, W.B. and E.J. Crossman, 1973. Freshwater fishes of Canada. Bull. Fish. Res. Board
Can. 184:1-966.
7. Murdy, E.O., R.S. Birdsong and J.A. Musick, 1997. Fishes of Chesapeake Bay.
Smithsonian Institution Press Washington and London. 324 p.
8. Carpas comuns e carpas coloridas (Nishikigois) – Centro de Produções Técnicas (CPT)

Kinguio (Carassius auratus) Cyprinídeos

Nome Popular: Kinguio, Peixe Japonês, Peixe Dourado/Vermelho — Inglês: Goldfish


Família: Cyprinidae (Ciprinídeos)
Origem: Ásia, China e Japão.
Tamanho Adulto: 48 cm (comum 10 cm a 30 cm conforme variedade)
Expectativa de Vida: 20 anos +
Temperamento: Pacífico
Aquário Mínimo: 80 cm X 40 cm X 40 cm (128 L)
Temperatura: 10°C a 28°C
pH: 6.8 a 7.4 – Dureza: 5 a 19
Visão Geral

Uma das primeiras espécies de peixe a ser domesticada, se tornando popular em aquários do
mundo todo. Domesticado pela primeira vez na China e introduzido na Europa no final do
século XVII. Desde então existem dezenas de variedades com várias formas, tamanhos, cores e
nadadeiras. Embora possam atingir próximo de 50 cm, tal valor é bastante raro e a grande
maioria dos espécimes dificilmente atinge metade deste tamanho. Utilizado frequentemente
para experimentos científicos.

Encontrados em rios, lagoas e valas, com águas estagnadas ou fluxo lento. Bastante
comum em águas eutrofizadas, lagoas e canais com densa vegetação. Comum na China e Japão
de onde provém a grande maioria das variedades atuais, principalmente da China.

Aquário & Comportamento

O aquário para Kinguio tem que possui pelo menos 80 cm de comprimento e 120 litros para
um Kinguio, adicionando cerca de 30 litros para cada novo Kinguio introduzido.

Poucos enfeites são ideais uma vez que podem se ferir neles e precisam de bastante espaço
para nadarem. Substrato preferencialmente de areia grossa para evitar que sejam engolidos
podendo entalar na boca levando a óbito. Filtragem deverá ser bem dimensionada, mas sem
criar forte fluxo na água.

Kinguios são peixes bastante ativos que nadam por todo aquário constantemente. Pacíficos,
devem ser criados preferencialmente com outros Kinguios. Caso queira criar com outras
espécies de peixes, evite inserir peixes rápidos, agressivos ou que possuam o hábito de
mordiscar longas nadadeiras.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo, a reprodução ocorre em águas rasas normalmente em meio à vegetação de


superfície. Podem desovar parceladamente em intervalos de até duas semanas e pais não
cuidam da progênie. Atingem a maturidade sexual com cerca de três anos de idade.

O dimorfismo sexual é pouco evidente. Machos apresentam nadadeiras peitorais mais grossas


e ásperas, além de anus côncavo. Fêmeas podem ser maiores e apresentam nadadeiras
peitorais finas e delicadas; ânus se apresenta convexo, formando um pequeno “biquinho” para
fora. Em época de reprodução as fêmeas costumam apresentar o ventre aumentado.

Alimentação

Onívoro com tendência a herbivoria. Em seu ambiente natural alimentam-se principalmente


de plâncton, invertebrados bentônicos, material vegetal e detritos. Em cativeiro aceitará
prontamente alimentos secos e vivos, devendo ser fornecido rações especificas para a espécie
aliado a ração vegetal e spirulina. Poderá fornecer alimentos alternativos como alface,
espinafre, abobrinha, maçã, brócolis, ervilhas e milho. Alimentos que apresentarem casca dura
deverão ser cozidos e a casca retirada. Alimentos ricos em proteínas podem ser fornecidos
como complemento ocasionalmente.

Referências

1. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.


2. Shao, K.-T. and P.L. Lim, 1991. Fishes of freshwater and estuary. Encyclopedia of field
guide in Taiwan. Recreation Press, Co., Ltd., Taipei. vol. 31. 240 p. (in Chinese).
3. Beitinger, T.L. and W.A. Bennett, 2000. Quantification of the role of acclimation
temperature in temperature tolerance of fishes. Environ. Biol. Fish. 58(3):277-288.
4. Riede, K., 2004. Global register of migratory species – from global to regional scales.
Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081. Federal Agency for Nature Conservation,
Bonn, Germany. 329 p.
5. Frimodt, C., 1995. Multilingual illustrated guide to the world’s commercial warmwater
fish. Fishing News Books, Osney Mead, Oxford, England. 215 p.
6. Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes
of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong. 221 p.
7. Kailola, P.J., M.J. Williams, P.C. Stewart, R.E. Reichelt, A. McNee and C. Grieve, 1993.
Australian fisheries resources. Bureau of Resource Sciences, Canberra, Australia. 422 p.
8. Welcomme, R.L., 1988. International introductions of inland aquatic species. FAO Fish.
Tech. Pap. 294. 318 p.
9. Teletchea, F., A. Fostier, E. Kamler, J-N. Gardeur, P-Y. Le Bail, B. Jalabert and P. Fontaine,
2009. Comparative analysis of reproductive traits in 65 freshwater fish species:
application to the domestication of new fish species. Rev. Fish Biol. Fish. 19:403-430.
10. Aquário para Kinguios, considerações gerais – Rosana Ferreira
Ituí Cavalo (Apteronotus albifrons) Elétricos

Classificação
Classe: Actinopterygii • Ordem: Gymnotiformes • Família: Apteronotidae
Nome binomial: Apteronotus albifrons (Linnaeus, 1766)
Sinônimos: Sternarchus maximilliani, Sternarchus lacepedii, Apteronotus passan, Sternarchus
albifrons, Gymnotus albifrons
Grupo Aquário: Peixes Elétricos, Peixes Facas
Nomes comuns

Ituí Cavalo, Itoui cavalo, Faca Negro

Inglês: Black ghost, Black Ghost Knife, Black Knifefish

Distribuição & habitat

América do Sul; desde a Venezuela até o Paraguai, incluindo a Bacia do Paraná, Paraguai,
Araguaia e Amazônica

Países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru,
Suriname, Uruguai e Venezuela.

Ocorre em águas rápidas de riachos com fundo arenoso.


Mapa por Discover Life
Ambiente & parâmetros da água

Bentopelágico; água doce • pH: 6.0 – 8.0 • Dureza: 0 – 0 • Clima: tropical; 24°C – 28°C

Tamanho adulto

50 cm (comum 40 cm) — Estimativa de vida: 8 anos +

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 litros) — aquário deverá ter
substrato preferencialmente arenoso com áreas mal iluminadas servindo de refúgio ou tocas
formadas para este propósito, uma vez que trata-se de uma espécie de hábitos noturnos e
passará a maior parte do dia escondido. Preferem águas bem oxigenadas.

São peixes que podem se tornar territorialistas quando adaptados no aquário e não hesitarão
atacar outros peixes que invadirem seu território. Deve-se mantê-los com peixes de mesmo
porte e não devem ser mantidos com peixes agressivos. Caçador noturno, se alimentará de
qualquer peixe de menor porte e costuma ser bastante intolerante com outros da mesma
espécie.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de pequenos crustáceos, vermes, insetos e


pequenos peixes. Em cativeiro aceitarão somente alimentos vivos, mas podem ser treinados
para comer alimentos secos e alternativos como camarões e filé de peixes.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida.

Dimorfismo sexual desconhecido, porém, especula-se que os olhos dos machos são mais
próximos do topo da cabeça, enquanto os olhos das fêmeas próximo a parte frontal da cabeça.
(questionável)

Descrição
Peixe de coloração todo preto, exceto por dois anéis brancos na cauda, e uma mancha branca
na cabeça, que pode se estender até as costas. Se move principalmente ondulando uma longa
nadadeira ventral.

Possui hábitos noturnos e são dotados de uma leve corrente elétrica. Como são cegos (os
olhos são cobertos por pele), utilizam um órgão elétrico e receptores distribuídos pelo corpo
para localizar potenciais presas. Tendem a nadar “de pé”, com a cauda voltado para baixo, e
de maneira um tanto desordenada. Junto com o peixe-elefante eles são os peixes
eletrosensíveis mais estudados. Embora seja um parente próximo do Poraquê (Electrophorus
electricus), seu campo elétrico não representa perigo como este último.

Comumente são vendidos ainda juvenis e muitos aquaristas não possuem noção do tamanho
que a espécie pode chegar, assim como informações de como mantê-los. São peixes que
exigem alguma experiência do parte do aquarista para poderem viver bem por anos.

Referências

1. Albert, J.S., 2003. Apteronotidae (Ghost knifefishes). p. 497-502. In R.E. Reis, S.O.
Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and
Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
2. Planquette, P., P. Keith and P.-Y. Le Bail, 1996. Atlas des poissons d’eau douce de
Guyane. Tome 1. Collection Patrimoines Naturels 22: 429p. Paris: Publications
scientifiques du Muséum national d’Histoire naturelle.
3. FUEM-NUPÉLIA/SUREHMA/ITAIPU BINACIONAL, 1987. Relatório anual do projeto
“Ictiofauna e biologia pesqueira”. Nupélia, Universidade Estadual de Maringá.
Universidade Estadual de Maringá, Maringá: 306 p.
4. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott,
1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the
continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243
p.

Acará Bandeira (Pterophyllum scalare)


Ciclídeos Americanos
Classificação
Classe: Actinopterygii — Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae
Nome binomial: Pterophyllum scalare (Schultze, 1823)
Sinônimos: Pterophyllum altum, Pterophyllum eimekei, Plataxoides dumerilii, Platax scalaris,
Zeus scalaris
Grupo Aquário: Ciclídeos Neotropicais
Nomes comuns

Acará Bandeira, Buxuari, Cará Bandeira, Charéu, Escalare, Piraque

Inglês: Angelfish, Freshwater angelfish, Veil angelfish

Distribuição & habitat

América do Sul; bacia do rio Amazonas, ao longo dos rios Ucayali, Solimões e Amazonas; rios
do Amapá (Brasil), Rio Oiapoque, na Guiana Francesa; rio Essequibo na Guiana. — Países:
Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana e Peru. Introduzido e estabelecido no Fiji e
Suriname.

Encontrado em rios e córregos lentos em meio a densa vegetação aquática, com grande
quantidade de raízes e troncos.

Mapa por Discover Life


Ambiente & parâmetros da água

Bentopelágico; água doce • pH: 5.5 a 7.4 — Dureza: 5 a 13 — Temperatura: 24°C a 30°C

Tamanho adulto

15 cm (comum 12 cm) — Estimativa de vida: 6 a 8 anos

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm X 40 cm X 50 cm (200L litros) requerido. Aquário


deverá estar munido de troncos e raízes, preferencialmente com plantas altas formando
refúgios. Espécie gregária, deverá ser mantido em pelo menos 6 indivíduos.

Espécie que vive em cardume, possuem forte disputa pela hierarquia do grupo, motivo o qual
deverá manter vários espécimes em bom espaço. Após definido a hierarquia do grupo, tendem
a ficar mais pacíficos com membros da mesma espécie. São pacíficos com outras espécies de
peixes, mas deve-se evitar inserir com peixes muito menores.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de zoobentos como pequenos crustáceos e


outros invertebrados aquáticos (insetos), além de pequenos peixes. Em cativeiro se alimentará
de alimentos secos, porém deve-se fornecer alimentos alternativos periodicamente como
artêmias vivas ou congelada.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo, atingem maturidade sexual em torno de 10-12 meses. Formado o casal, irão escolher
e limpar o local para desova, normalmente algum objeto de superfície plana como folhas,
pedras, rochas ou mesmo vidro. Fêmea irá liberar ovos adesivos e o macho irá fertilizar em
sequência. Passando este ritual, casal irá oxigenar os ovos constantemente e defendendo de
todos intrusos que se aproximarem. Sempre que um ovo aparece fungado, um dos
progenitores encarrega-se de o retirar de modo a evitar a propagação exponencial aos outros
ovos. A eclosão ocorre em 2 dias e as larvas permanecem no saco vitelino por mais 4-5 dias se
alimentando deste, quando logo mais estarão nadando livremente sob supervisão dos pais.
Pais costumam cuidar da progênie pelas próximas semanas.

Seu dimorfismo sexual não é evidente, exceto em época de reprodução onde fêmeas
apresentam o ovopositor largo e virado para trás e os machos têm o espermoderme fino e
virado para frente. Existem outros métodos de diferenciar machos e fêmeas, mas são bem
difíceis e alguns são questionáveis. Segundo o biólogo Wilson Viana, algumas evidências
citadas abaixo podem ajudar na identificação.

a) Observando a cabeça -Na cabeça do macho, na parte que se situa em cima dos olhos, existe
um volume (uma pequena protuberância), enquanto na fêmea este detalhe não é observado.

b) Observando a faixa negra – No macho, a primeira faixa negra vertical que fica situada em
cima dos seus olhos é quase reta, enquanto na fêmea aquela faixa apresenta-se curva
apontando na direção da barbatana dorsal. Este detalhe só poderá ser observado no acará
nativo.

c) Observando as barbatanas – Na fêmea, o espaço que existe entre a barbatana ventral (em
forma de filamentos) e o começo da barbatana anal é maior, enquanto no macho este espaço
apresenta-se menor e mais fechado.

d) Observando a mandíbula – No macho, a mandíbula inferior é mais proeminente do que a


mandíbula superior, enquanto na fêmea ocorre o contrário, a mandíbula superior ultrapassa
ligeiramente a mandíbula inferior.

e) Observando os raios da barbatana dorsal -No macho, os raios situados no início da


barbatana dorsal são maiores e em maior número do que na fêmea.

Galeria de imagens
Variedade albina a esquerda e Koi a direita

Variedade Marmorato

Bandeira comum com espécime juvenil a direita


Variedade Gold a esquerda e Siamês a direita

Descrição

Possuem o corpo lateralmente achatado, com nadadeira dorsal e anal relativamente grande.
Sua coloração natural é composta por tons acinzentados com cerca de quatro listras pretas,
mas devido a cruzamentos e seleções por criadores surgiram exemplares com colorações
variadas entre preto, amarelo, cinza e branco, para abastecer o mercado de peixes
ornamentais.

É um dos peixes de água doce mais populares do mundo e registros datam sua criação em
cativeiro na década de 1930. Inicialmente os exemplares selvagens eram capturados aos
milhares e exportados para todos os centros de aquariofilia do mundo. A partir destes,
criadores estrangeiros, principalmente do Japão, Estados Unidos, China e Alemanha, passaram
a procriá-los em cativeiro, em escala comercial, diminuindo a quantidade dos peixes coletados
na natureza.
Referências

1. Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes
vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-
63.
2. Keith, P., P.-Y. Le Bail and P. Planquette, 2000. Atlas des poissons d’eau douce de
Guyane. Tome 2, Fascicule I: Batrachoidiformes, Mugiliformes, Beloniformes,
Cyprinodontiformes, Synbranchiformes, Perciformes, Pleuronectiformes,
Tetraodontiformes. Collection Patrimoines Naturels 43(I): 286p. Paris: Publications
scientifiques du Muséum national d’Histoire naturelle.
3. Mills, D. and G. Vevers, 1989. The Tetra encyclopedia of freshwater tropical aquarium
fishes. Tetra Press, New Jersey. 208 p.
4. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J.
Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto
Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
5. Sistemas de criação para o acará-bandeira (Pterophyllum scalare) – de Azevedo Silva
Ribeiro, Felipe; de Lima Preto, Bruno; Kochenborger Fernandes, João Batista – Acta
Scientiarum. Animal Sciences, vol. 30, núm. 4, 2008, pp. 459-466 – Universidade
Estadual de Maringá – Maringá, Brasil
6. Desempenho de juvenis de Acará-Bandeira (Pterophyllum scalare) com diferentes níveis
de proteína Bruta na dieta – Felipe de Azevedo Silva RibeiRo; Laurindo André
Rodrigues ; João batista Kochenborger Fernandes

Betta (Betta splendens) Anabantídeos

Classificação
Classe: Actinopterygii • Ordem: Perciformes • Família: Osphronemidae
Nome binomial: Betta splendens (Regan, 1910)

Sinônimos: Nenhum
Grupo Aquário: Labirintídeos
Nomes comuns

Betta, Peixe de Briga. Inglês: Siamese fighting fish

Distribuição & habitat

Ásia; Bacia Mekong. Camboja, Laos, Tailândia e Vietnã, introduzido em diversos países,
incluindo o Brasil.

Encontrado em várzeas, canais, arrozais e rios médios.

Mapa por Discover Life


Ambiente & parâmetros da água

Bentopelágico; água doce • pH: 6.6 – 7.4 • Dureza: 5 – 19 • Clima: tropical; 22°C – 30°C

Tamanho adulto

8 cm (comum: 6 cm) • Estimativa de vida de 3 anos.

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 40 cm X 30 cm X 30 cm (36 litros) requerido. Aquário


deverá possuir plantas altas ou adornos que alcancem a superfície, uma vez que passa a maior
parte de seu tempo repousando próximo a superfície.

Espécie extremamente agressiva com machos da mesma espécie, porém, pacífico frente a
outras espécies de peixes. Poderá ser mantido sozinho ou aquário comunitário, desde que este
último não contenha peixes rápidos, agressivos ou com hábitos mordiscadores.

Alimentação

Carnívoro (essencialmente insetívoro), em seu ambiente natural alimenta-se de mosquitos,


larvas de insetos e zooplâncton. Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos. Não alimentá-
los excessivamente, são extremamente propensos a obesidade e evite fornecer rações de má
qualidade, especificamente as de “bolinhas”, podendo causar doenças digestórias no peixe.

Reprodução e dimorfismo sexual


Ovíparo. Maturidade sexual ocorre em 6 meses. Estabelece ovos em ninhos na superfície da
água. Macho irá construir ninho de bolhas próximo a superfície e cortejará a fêmea, sob
pressão, ela irá liberar os ovos que cairão no substrato, quando o macho irá fertilizar e coletará
a maior parte colocando junto ao ninho de bolhas. pai cuida da progênie durante uma a duas
semanas, podendo comer as larvas após este período.

Em sua variedade doméstica, os machos apresentam nadadeiras mais desenvolvidas (longas),


principalmente a caudal.

Descrição

Popularmente conhecido como peixe de briga, devido a agressividade predominantemente


entre machos da espécie, porém é sociável com outras espécies de peixes. Em sua forma
selvagem apresentam coloração discreta (cor acastanhada), com tons de vermelho e azul nas
nadadeiras, e são menos agressivos que suas formas domésticas.

Esta espécie pode respirar ar atmosférico, graças a órgãos chamado de labirinto. Este órgão é
formado por uma modificação no primeiro arco branquial, altamente vascularizado e
ricamente irrigado por vasos sanguíneos, que faz com que o ar passe bem próximo da corrente
sanguínea, proporcionando a troca de oxigênio com o sangue por meio de difusão. A estrutura
do órgão varia de complexidade entre as espécies , tendendo a ser mais desenvolvido em
espécimes que habitam ambiente privado de oxigênio.

Por este motivo, os Bettas podem viver em águas pobres em oxigênio, mas não poluídas. É
uma espécie considerada vulnerável devido a ameaça de degradação de seu habitat, onde a
maior parte normalmente é convertido em terras agrícolas.

Bastante popular no aquarismo, sua forma doméstica á bastante diferente da selvagem,


obtido através de seleção artificial. Bettas domesticados apresentam longas nadadeiras e
corpo colorido, enquanto selvagens apresentam nadadeiras curtas e são maiores, além de
mais agressivos. Devido esta agressividade, são bastante utilizados em torneios de luta,
comum no sudeste asiático.

Sua anatomia e cores são bastante variadas e diversas, onde a maior parte dos criadores
utilizam nomes em inglês para denominar novas variedades da espécie. Devido a mudanças,
principalmente em sua nadadeira caudal, são comumente denominados com diversos nomes.

Por ser uma espécie resistente, comumente são mantidos em pequenos recipientes
denominados beteiras. Deve-se evitar e desencorajar esta pratica e incentivar sua criação em
aquários maiores e mais espaçosos.

Machos são extremamente agressivos entre si, o mesmo ocorre com fêmeas, quando inseridas
em pequenos espaços e poucos refúgios, onde normalmente a maior irá assumir o papel de
dominante agredindo as demais.

Pode-se mantê-lo em aquário comunitário, evitando a presença de peixes de natação muito


rápida ou com hábitos de mordiscar outros peixes. Presença de plantas que atingem a
superfície do aquário desejável, uma vez que passará a maior parte do tempo repousando sob
as folhas ou qualquer outro adorno adicionado para este propósito.

Referências
1. Rainboth, W.J., 1996. Fishes of the Cambodian Mekong. FAO Species Identification Field
Guide for Fishery Purposes. FAO, Rome, 265 p.
2. Schliewen, U.K., 1992. Aquarium fish. Barron’s Education Series, Incorporated. 159 p.
3. Santos, E., 1981. Peixes da Água doce (Vida e costumes dos peixes do Brasil). Belo
Horizonte, Brasil, Editora Itatiaia Limitada.267.
4. Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes
vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-
63.
5. Welcomme, R.L., 1988. International introductions of inland aquatic species. FAO Fish.
Tech. Pap. 294. 318 p.
6. Vidthayanon, C. 2011. Betta splendens. In: IUCN 2012. IUCN Red List of Threatened
Species. Version 2012.2. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 02 February 2013.
7. Criação, manejo e reprodução do peixe Betta splendens (Regan 1910) – Paulo M.C.
Faria, Daniel V. Crepaldi, Edgar de A. Teixeira, Lincoln P. Ribeiro, Alexandre Benvindo de
Souza, Daniel C. Carvalho, Daniela Chemim de Melo, Eloísa de O.S. Saliba

Tetra robustulus (Hyphessobrycon robustulus)


Caracídeos e Afins

Nome Popular: Tetra robustulus


Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)
Distribuição: América do Sul, alto da bacia do rio Amazonas
Tamanho Adulto: 4.4 cm
Expectativa de Vida: 3 a 5 anos +
pH: 6.0 a 7.0 — Dureza: < 10
Temperatura: 23°C a 28°C
Aquário Mínimo: 60 cm (comprimento) X 30 cm (largura) desejável — Prefere aquário com
plantas formando áreas sombreadas. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em
aquário plantado com áreas abertas para natação. Pode-se adicionar raízes e folhas secas
(opcional) como decoração.
Comportamento & Compatibilidade: Espécie pacífica e gregária que forma hierarquia livre,
podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes de tamanho diminuto. Será
importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu
comportamento natural e cores mais realçadas.
Alimentação: Onívoro. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.
Reprodução: Ovíparo. O macho conduzirá a fêmea liberar os ovos, que serão fecundados e sua
maioria irá para o fundo do substrato ou aglomerado de plantas. Eclodem em entre 24h e 48h
e larvas estarão nadando livremente após 48 h. Pais não exibem cuidado parental.
Dimorfismo Sexual: Fêmeas são ligeiramente maiores e mais roliças que os machos,
principalmente na região ventral. Machos adultos possuem corpo retilíneo e são ligeiramente
mais coloridos.
Biótopo: Ocorre em rios de águas negras com fundo lamacento.
Etimologia: Hyphessobrycon; do grego hyphesson, que significa de menor estatura +
grego bryko = morder, mordedor.
Sinônimos: Hemigrammus robustulus
Informações adicionais: Espécie endêmica do Peru, ocorrendo no rio Ampiyacu, na bacia
amazônica (Ortega et al. 2012). Sua localidade tipo é Pebas (Cope 1870), que está a uma
altitude de 80 m.
Alguns tipos de Tetra:
 Tetra peruano (Hyphessobrycon peruvianus)
 Tetra Ulrey (Hemigrammus ulreyi)
 Tetra Stictus (Hemigrammus stictus)
 Tetra rubrostriatus (Hemigrammus rubrostriatus)
 Tetra Bellottii (Hemigrammus bellottii)
 Tetra Ouro (Hemigrammus rodwayi)
 Tetra Red Cristal (Hyphessobrycon haraldschultzi)
 Tetra Azul (Knodus borki)
 Tetra nigricinctus (Hyphessobrycon nigricinctus)
 Tetra hyanuary (Hemigrammus hyanuary)
 Tetra Granada (Hemigrammus pulcher)
 Tetra Fantasma Vermelho (Hyphessobrycon sweglesi)
 Tetra Fantasma Amarelo (Hyphessobrycon roseus)
 Tetra Glowlight (Hemigrammus erythrozonus)
 Tetra Fenix (Hemigrammus filamentosus)
 Tetra Pinguim (Thayeria ifati)
 Tetra Pinguim (Thayeria boehlkei)
 Tetra Pinguim (Thayeria obliqua)
 Tetra Beija-flor (Trochilocharax ornatus)
 Tetra Neon Verde (Paracheirodon simulans)
 Tetra Arco-íris (Nematobrycon lacortei)
 Tetra Imperador (Nematobrycon palmeri)
 Tetra Tucano (Tucanoichthys tucano)
 Tetra Pristella (Pristella maxillaris)
 Tetra Diamante (Moenkhausia pittieri)
 Tetra Rabo de Fogo (Moenkhausia lepidura)
 Tetra Copei (Moenkhausia copei)
 Tetra Melograma (Moenkhausia melogramma)
 Tetra Ceros (Moenkhausia ceros)
 Tetra Fortuna (Moenkhausia costae)
 Tetra Red Blue Peru (Hyphessobrycon margitae)
 Tetra Heliacus (Hyphessobrycon heliacus)
 Tetra Rubi (Axelrodia riesei)
 Tetra Savana (Hyphessobrycon stegemanni)
 Tetra Limão (Hyphessobrycon pulchripinnis)
 Tetra Kaiser (Hyphessobrycon elachys)
 Tetra Puxa Puxa (Inpaichthys kerri)
 Tetra Bandeira (Hyphessobrycon heterorhabdus)
 Tetra Bentosi (Hyphessobrycon bentosi)
 Tetra cyanotaenia (Hyphessobrycon cyanotaenia)
 Tetra Foguinho (Hyphessobrycon amandae)
 Tetra Pimenta (Axelrodia stigmatias)
 Tetra “Sangue Vermelho” (Brittanichthys axelrodi)
 Tetra Green Fire (Aphyocharax rathbuni)
 Tetra Paraguaio (Aphyocharax nattereri)
 Tetra “africano” (Phenacogrammus aurantiacus)
 Tetra Vela (Crenuchus spilurus)
 Tetra Lagarto (Iguanodectes spilurus)
 Tetra Iguana (Iguanodectes geisleri)
 Tetra Lotombe (Bryconaethiops boulengeri)
 Tetra Nigropterus (Alestopetersius nigropterus)
 Tetra Jelly Bean (Ladigesia roloffi)
 Tetra do Congo (Phenacogrammus interruptus)
 Tetra Amapaense (Hyphessobrycon amapaensis)

Peixe Elefante (Gnathonemus petersii) Elétrico

Nome Popular: Peixe Elefante — Inglês: Elephantnose fish

Família: Mormyridae (Mormyrídeos)

Origem: África, Niger até bacia do rio Congo

Tamanho Adulto: 35 cm (comum: 20 cm)

Expectativa de Vida: 5 anos +

Temperamento: Pacífico

Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 L)

Temperatura: 22°C a 28°C

pH: 6.0 a 7.6 – Dureza: 5 a 15

Visão Geral
Espécie com vasta distribuição no continente africano, encontrado em áreas escuras sob densa
vegetação em rios de fluxo lento. Apresenta formato incomum com corpo alongado, boca
pequena e redonda localizada acima da mandíbula inferior. Sua mandíbula inferior é longa e
tem o formato parecido com a tromba de um elefante, daí seu nome comum. Sua coloração
normalmente é cinza escuro puxando para o marrom com duas listras brancas amareladas que
se estendem verticalmente entre a nadadeira dorsal e anal.

Assim como outros Mormyrídeos, produz um campo elétrico fraco usando um tecido muscular
localizado em sua cauda. Possui também eletro-receptores que permitem receber sinais
elétricos. Com estes o peixe pode sentir o mais ínfimo dos movimentos ao seu redor e
nadar pela escuridão total, habilidade extremamente útil para um peixe que possui visão
deficiente. Esta adaptação também é usada para se comunicar uns com os outros, encontrar
parceiros reprodutivos, caçar ou evitar predadores.

É uma espécie delicada que exige aquário específico (vide exigências abaixo) para que possa
prosperar. É bastante sensível a qualidade da água e a presença de medicamentos na água
incluindo o sal. Por esta razão é utilizado como indicador natural da qualidade da água em
algumas regiões da Alemanha e Estados Unidos. A frequência de suas descargas elétricas
aumentam a medida que a água se torna mais poluída.

Mormyrídeos apresentam cérebros relativamente pequenos, possuindo o equivalente a um


cérebro humano em relação a seu tamanho.

Aquário & Comportamento

Substrato arenoso e macio deverá ser usado no aquário, assim como bastante locais para que
possa se esconder durante período diurno. Deve-se evitar  utilizar adornos pontiagudos que
possam ferir o peixe, uma vez que sua visão é bastante deficiente e apresenta comportamento
assustadiço. O aquário deverá possuir bastantes plantas e iluminação fraca a moderada para
que fiquem mais a vontade.

Um aquário de 200L acomodará uma única espécie. Caso queira manter um cardume,
considere aquário de pelo menos 150 cm de comprimento e 350L. Um cardume de pelo menos
cinco espécimes ou mais, dispersará agressões dentro do grupo.

É uma espécie de hábito noturno, de comportamento pacífico com outras espécies de peixes e
extremamente territorial com indivíduos da mesma espécie. Deverá ser mantido com peixes
pacíficos e embora comerá peixes de porte muito diminuto, pode ser mantido com peixes
pequenos como Tetras de maior porte ou ciclídeos anões, entre outros.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida. Usam impulsos elétricos


para reconhecer membros do sexo oposto, um estudo científico sugere que quando mantidos
nos confins de um aquário não conseguem a distinção, inibindo sua reprodução.

Não apresentam dimorfismo sexual evidente.

Alimentação
Carnívoro. Em seu ambiente natural se alimenta basicamente de vermes e insetos.
Apresentam eletro-receptores distribuídos por toda a cabeça, região dorsal e ventral de seu
corpo, ausente em suas laterais e no pedúnculo caudal, onde o órgão elétrico está localizado.
Emitem pulsos elétricos para caçar,  utilizando sua “tromba” para localizar alimentos junto ao
substrato.

Em cativeiro aceitará prontamente alimentos como larvas de insetos, bloodworm, dáfnias e


tubifex, além de peixes de porte diminuto e minhocas. Dificilmente irá aceitar alimentos secos,
embora poderá se adaptar a alimentos para peixes de fundo.

Etimologia: Gnathonemus: Grego, gnathos = mandíbula + grego, nema = filamento

Referências

1. Gosse, J.-P., 1984. Mormyridae. p. 63-122. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van
den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ORSTOM,
Paris and MRAC, Tervuren. Vol. 1.
2. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
3. Bigorne, R., 1990. Mormyridae. p. 122-184. In C. Lévêque, D. Paugy and G.G. Teugels
(eds.) Faune des poissons d’eaux saumâtres d’Afrique de l’Ouest. tome 1. Faune Trop.
28. Musée Royal de l’Afrique Centrale, Tervuren, and ORSTOM, Paris.
4. Møller, P.R., 1995. Electric fishes: history and behavior. Chapman & Hall, London. 584 p.

Molinésia Negra (Poecilia sphenops) Peixe

Nome Popular: Molinésia Negra, Molinésia Preta — Inglês: Black Molly, Mexican molly,
Molly
Ordem: Cyprinodontiformes — Família: Poeciliidae (Poecilídeos)
Distribuição: América Central e América do Sul, desde o México até no norte da Venezuela e
Colômbia. Há relatos de populações isoladas no Caribe.
Comportamento: Pacífico, comunitário.
Tamanho Adulto: 6 cm (comum: 4 cm)
Expectativa de Vida: 3 anos
pH: 7.4 a 8.6
Dureza: 11 a 30
Temperatura: 18°C a 28°C
Aquário Mínimo: 80 cm X 30 cm X 40 cm (96L)
Alimentação: Onívoro, aceitará prontamente alimentos secos e vivos, devendo ser fornecido
matéria vegetal regularmente.
Reprodução: Vivíparo, fecundação interna. Fêmeas podem armazenar espermatozóides dos
machos para fertilizar mais tarde e produzir alevinos parceladamente em curtos períodos.
Após o período de gestação, que pode variar entre quatro a oito semanas, fêmeas dão a luz a
filhotes já formados (cerca de 20 a 150). Não ocorre cuidado parental. São extremamente
prolíferos e se reproduzem facilmente.
Dimorfismo Sexual: Macho é menor e mais colorido do que a fêmea, além de apresentar
nadadeira anal adaptada em forma de gonopódio. Fêmeas são maiores e mais roliças.
Biótopo: Encontradas em rios, lagos e estuários, preferindo zonas litorais de baixas altitudes.
Apresentam elevada resistência a salinidade, o que possibilita encontrá-las em ambientes com
uma pequena concentração de sais, como a foz dos rios.
Informações adicionais: Pode ser confundido com P. latipinna e P. velifera, possui corpo
robusto e suas nadadeiras não são alongadas, mas arredondadas. A nadadeira dorsal,
principalmente entre espécimes híbridos, podem ser alta e angular.

Peixe ornamental muito comum no aquarismo, possui diferentes conformações corporais


originando diversas subdivisões como a Molinésia negra balão e a Molinésia negra cauda de
lyra. São peixes pacíficos com outras espécies, ideal para um aquário comunitário, porém
podem ser agressivos entre si quando introduzido um número maior de machos, devendo ser
mantido a proporção de duas ou três fêmeas para cada macho.

Passam grande parte do tempo limpando algas dos vidros e da decoração, devido à


necessidade de componentes vegetais na sua alimentação. Aquaristas conseguem adaptar a
espécie em aquário marinho sem que percam em qualidade de vida com isso.

Referências:

1. Riehl, R. and H.A. Baensch, 1996. Aquarien Atlas, Band 1. 10th edition. Mergus Verlag
GmBH, Melle, Germany. 992 p.
2. Nelson, J.S., E.J. Crossman, H. Espinosa-Pérez, L.T. Findley, C.R. Gilbert, R.N. Lea and J.D.
Williams, 2004. Common and scientific names of fishes from the United States, Canada,
and Mexico. American Fisheries Society, Special Publication 29, Bethesda, Maryland. ix,
386 p. + 1 CD.
3. Welcomme, R.L., 1988. International introductions of inland aquatic species. FAO Fish.
Tech. Pap. 294. 318 p.
4. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
5. Hugg, D.O., 1996. MAPFISH georeferenced mapping database. Freshwater and estuarine
fishes of North America. Life Science Software. Dennis O. and Steven Hugg, 1278 Turkey
Point Road, Edgewater, Maryland, USA.

Lebiste (Poecilia reticulata)


Nome Popular: Lebiste, Guaru, Gúpi, Gupie, Barrigudinho, Mexicano, Sarapintado — Inglês: Guppy
Ordem: Cyprinodontiformes — Família: Poeciliidae
Distribuição: América do Sul, Venezuela, Barbados, Trinidad, norte do Brasil e Guianas.
Amplamente introduzido e estabelecido em diversos países, principalmente para controle de
mosquitos, mas teve efeito negativo se tornando ameaça devido sua fácil adaptação e proliferação.
Comportamento: Pacífico, comunitário
Tamanho Adulto: 5 cm (comum: 3 cm)
Expectativa de Vida: 3 anos
pH: 7.0 a 8.5
Dureza: indiferente
Temperatura: 17°C a 28°C
Aquário Mínimo: 40 cm X 30 cm X 30 cm (36L)
Alimentação: Onívoro, aceitará prontamente alimentos secos e vivos.
Reprodução: Vivíparo, fecundação interna. Fêmeas podem armazenar espermatozóides dos
machos para fertilizar mais tarde e produzir alevinos parceladamente em curtos períodos. Após o
período de gestação, que pode variar entre quatro a seis semanas, fêmeas dão a luz a filhotes já
formados (cerca de 20 a 40). Não ocorre cuidado parental. São extremamente prolíferos e se
reproduzem facilmente.
Dimorfismo Sexual: Machos apresentam metade do tamanho das fêmeas e nadadeira caudal longa
e colorida, nadadeira anal é modificada em gonopódio para fertilização interna da fêmea. Fêmeas
são maiores e mais roliças e normalmente apresentam coloração monótona.
Biótopo: Ocorre em diversos biótopos, que vão desde água altamente turva a água cristalina em
lagoas, canais, valas, entre outros, normalmente em meio a densa vegetação aquática. Algumas
populações são encontradas em condições de água salobra.
Informações adicionais: Um dos mais populares peixes no aquarismo, sendo reconhecido por
praticamente qualquer aquarista. Há inúmeras variedades domésticas disponíveis, com a maior
parte dos espécimes apresentando corpo alongado e coloração bastante destacada. Facilmente
encontrado em rios do sudeste do Brasil, mesmo rios poluídos. Em sua forma selvagem apresenta
tom cinzento, raramente é comercializado. Espécimes selvagens tende apresentar pouca ou
nenhuma coloração chamativa onde há presença de predadores, enquanto espécimes que não tem
que lidar com este problema apresentam cores mais exuberantes.

Introduzido em diversos países como forma de controle de mosquitos e larvas, tornando uma
potencial ameaça devido sua fácil adaptação a diversos meios e rápida proliferação.

Referências:

1. Nomura, H., 1984. Dicionário dos peixes do Brasil. Brasília: Editerra. 482p.
2. Barbosa, J.M. and E.C. Soares, 2009. Perfil da ictiofauna da Bacia do São Francisco: estudo
preliminar. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca 4(1): 155-172.
3. Szpilman, M., 2000. Peixes marinhos do Brasil: guia prático de identificação. Rio de Janeiro,
Instituto Ecológico Aqualung. 288 p.
4. Nelson, J.S., E.J. Crossman, H. Espinosa-Pérez, L.T. Findley, C.R. Gilbert, R.N. Lea and J.D.
Williams, 2004. Common and scientific names of fishes from the United States, Canada, and
Mexico. American Fisheries Society, Special Publication 29, Bethesda, Maryland. ix, 386 p.
5. FAO-FIES, 2015. Aquatic Sciences and Fisheries Information System (ASFIS) species list.
Retrieved from http://www.fao.org/fishery/collection/asfis/en, [accessed 13/04/2015].
6. Hugg, D.O., 1996. MAPFISH georeferenced mapping database. Freshwater and estuarine
fishes of North America. Life Science Software. Dennis O. and Steven Hugg, 1278 Turkey
Point Road, Edgewater, Maryland, USA.
7. Kottelat, M. and J. Freyhof, 2007. Handbook of European freshwater fishes. Publications
Kottelat, Cornol and Freyhof, Berlin. 646 pp.
8. Rodriguez, C.M., 1997. Phylogenetic analysis of the tribe Poeciliini (Cyprinodontiformes:
Poeciliidae). Copeia 1997(4):663-679

Peixe Espada (Xiphophorus hellerii)

Ficha Técnica
Ordem: Cyprinodontiformes — Família: Poeciliidae (Poecilídeos)
Nomes Comuns: Peixes Espada — Inglês: Green swordtail
Distribuição: América do Norte e Central
Tamanho Adulto: 16 cm (comum: 10 cm)
Expectativa de Vida: 3 anos
Comportamento: pacífico
pH: 7.0 a 8.0 — Dureza: 9 a 30
Temperatura: 22°C a 28°C
Distribuição e habitat

América do Norte e Central. Rio Nantla, Veracruz no México até noroeste de


Honduras.
Introduzido e estabelecido em diversos países incluindo o Brasil, que pode ser
encontrado nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

Ocorre principalmente em rios e córregos rápidos de água clara e alcalina, sendo


comumente encontrado em meio a densa vegetação aquática, além de nascentes
quentes e seus afluentes, canais e lagoas. Encontrado em água salobra e doce.

Descrição

Pode ser confundido com o comum Platy (Xiphophorus maculatus), principalmente


fêmeas da espécie. Entre todas espécies do gênero, esta é a que possui maior
distribuição geográfica, sendo encontrado em habitats distintos.

Embora sua distribuição geográfica coincida com outras espécies próximas, como o
Platy ( Xiphophorus maculatus), é raro coletarem-se peixes de ambas as espécies no
mesmo ecossistema, já que o Cauda-de-Espada aparece sobretudo na parte mais
superior das bacias hidrográficas, enquanto o seu parente próximo predomina nas
zonas mais terminais das mesmas, junto ao litoral. (Fonte: viviparos.com)

Muito comum em aquários, existem diversas linhagens domésticas, raramente sendo


encontrado uma variedade pura (f1). Inclusive encontrado vestígios de material
genético de outras espécies do gênero, nomeadamente cruzamentos entre Xiphophorus
variatus e Xiphophorus maculatus. Encontramos diversas variedades reproduzidas em
cativeiro, em seu ambiente natural também existem diversas sub-espécies, algumas
ainda por classificar.

Esta espécie apresenta espécimes em várias cores e mistura de cores, mesmo cepas
selvagens, incluindo o vermelho, verde, preto e albino, embora o mais conhecido seja a
variedade vermelha, obtida através de cruzamentos seletivos em cativeiro. Apresenta
ainda variedades de cauda dupla, nadadeira véu, Pintado, Neon verde, Marigold
(wag), Abacaxi, Tuxedo e até mesmo fêmeas apresentando nadadeira caudal em forma
de espada, similar aos machos.

A variedade selvagem comumente apresenta corpo esverdeado com uma linha


vermelha ao longo de toda extensão da sua linha lateral, além da nadadeira caudal
alongada com duas listras negras em suas bordas.

Relativo à reversão sexual da espécie, abaixo um trecho retirado do site viviparos.com,


com autorização de seu administrador Miguel Andrade:

Tal como acontece com outras espécies do gênero Xiphophorus, e não só, têm surgido
ao longo do tempo inúmeros testemunhos de reversão sexual ( o indivíduo pertence
funcionalmente a um dos sexos mas geneticamente pertence ao oposto, ou “ muda de
sexo “ a partir de certa altura ).

Ainda que não seja muito vulgar, este fenômeno acontece mesmo em populações
criadas em cativeiro cujas origens são desconhecidas. Essas linhagens incluem
habitualmente no seu material genético os vestígios de cruzamentos entre variedades e
populações diferentes, pelo que o seu valor como matéria de estudo científico é
questionável.
Ao contrário do que se acredita, não basta manter no mesmo aquário apenas fêmeas
para que uma delas se transforme em macho, ou vice-versa.

O que é interessante é verificar que as fêmeas que deram à luz várias ninhadas de crias
e se transformam em machos podem fertilizar outras fêmeas e produzir descendência.

Uma experiência relativa à reversão sexual completa foi muito bem documentada no
artigo “Complete Sex-Reversal in the Viviparous Telost Xiphophorus helleri” ( J. M.
Essemberg, 1926 ).

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 80 cm X 30 desejável. A decoração do aquário é


um tanto indiferente para a espécie, porém, pode-se usar algumas rochas e plantas
rusticas formando refúgios que será apreciado pela espécie.

Embora esta espécie seja encontrada em água doce, tolera a presença de um pouco de
sal na água, podendo ser mantido em água levemente salobra. No entanto, não se faz
necessário a adição de sal para sua manutenção em aquário, salvo algumas exceções.

Comportamento

Espécie pacífica tanto com indivíduos de outras espécies como os da mesma espécie,
exceto em época de reprodução quando os machos podem se tornar agressivos entre si
ou quando inseridos em pouco espaço. Os machos desenvolvem uma hierarquia
distinta. Alguns espécimes podem mordiscar as nadadeiras de peixes lentos ou de
longas nadadeiras, tal comportamento é bastante variável e mais frequente quando
mantidos em pequenos aquários.

Deve-se criá-los em grupos, se possível utilizando a proporção de um macho para cada


duas fêmeas, uma vez que frequentemente os machos procuram as fêmeas para se
reproduzirem, podendo estressá-las ao extremo. Possuindo duas fêmeas para cada
macho, a procura por fêmeas será generalizada e não somente sobre algumas.

Reprodução

Vivíparo. Período de gestação varia entre 24 a 30 dias, fêmea produz de 20 a 200 larvas,
dependendo de sua idade e pode liberar as larvas parceladamente. Fêmeas mais novas
tendem a produzir menos. Macho irá fertilizar a fêmea, onde as larvas nascerão cerca
de 28 dias, neste período se desenvolvem internamente na fêmea e quando expelidos já
nascem formados e nadando livremente; duração do parto pode variar de duas a mais
de dez horas. O intervalo entre os primeiros partos pode ser irregular e acontecer entre
os 27 e os 90 dias.

É notória a preferência das fêmeas por machos que exibam a espada caudal mais longa,
e coloração mais atraente, ( Jerald B. Johnson & Alexandra L. Basolo, 2003 ). A espécie
apresenta comportamento violento de dominação, sobretudo entre os machos,
principalmente quando estão competindo por fêmeas.

A fêmea pode armazenar esperma do macho por bastante tempo, utilizando o mesmo
para suas próximas gestações.
Não ocorre cuidado parental. São extremamente prolíferos e se reproduzem facilmente.

Dimorfismo Sexual

Machos possuem nadadeira caudal mais longa, em forma de espada (daí seu nome
popular), e são mais finos que as fêmeas, além de possuírem nadadeira anal adaptada
chamado de gonopódio.

Fêmeas são mais encorpadas e sua nadadeira causal curta e arredondada.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de vermes, crustáceos, insetos e matéria


vegetal.

Em cativeiro aceitará praticamente qualquer tipo de alimento, desde seco (flocos) até
alimentos vivos como pequenos crustáceos e micro vermes.

Embora muitas literaturas indiquem se tratar de um peixe herbívoro, quando ocorrente


em seu habitat natural tem forte preferência por insetos, vermes e pequenos crustáceos.

Etimologia:
Sinônimos: Xiphophorus guntheri, Xiphophorus jalapae, Xiphophorus brevis, Xiphophorus
strigatus, Xiphophorus rachovii
Referências
1. Greenfield, D.W. and J.E. Thomerson, 1997. Fishes of the continental waters of
Belize. University Press of Florida, Florida. 311 p.
2. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and
W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of
species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish.
Soc. Spec. Publ. (21):243 p.
3. McKay, R.J., 1984. Introductions of exotic fishes in Australia. p. 177-199.
4. In Courtenay, W.R. Jr. and J.R. Stauffer, Jr. (Editors). Distribution, Biology and
Management of Exotic fishes. The John Hopkins University Press, Baltimore,
Maryland, USA.Wischnath, L., 1993.
5. Atlas of livebearers of the world. T.F.H. Publications, Inc., United States of
America. 336 p.
6. C.L.W. Jones, H. Kaiser, G. A. Webb & T. Hecht, 1998. Filial Cannibalism in the
Swordtail Xiphophorus helleri ( Poeciliidae ), Aquarium Sciences and
Conservation, 2, pp. 79-88.
7. D. P. Kruger, P.J. Britz & J. Sales, 2001. The influence of livefeed supplementation
on growth and reproductive performance of swordtail ( Xiphophorus helleri
Heckel 1848 ) broodstock, Aquarium Sciences and Conservation 3 : pp. 265–273.
8. Dierk Franck, Agnes Müller & Natascha Rogmann, 2003. A colour and size
dimorphism in the green swordtail ( population Jalapa ) : female mate choice,
male–male competition, and male mating strategies, Acta Ethol
Macho e fêmea respectivamente

Variedade Merry Gold e um casal a direita, note a fêmea maior e mais encorpada enquanto o
macho apresenta a nadadeira caudal alongada

Variedade WG Vermelho Véu. Existem dezenas de variedades da espécie obtido através de


cruzamento seletivo

Acará Disco (Symphysodon aequifasciatus)


Nome Popular: Acará Disco — Inglês: Blue discus
Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)
Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica
Tamanho Adulto: 25 cm (comum: 15 cm)
Expectativa de Vida:  8 anos +
pH: 5.0 a 7.4 (em aquário ideal entre 6.0 a 7.0)
Dureza: < 4
Temperatura: 26°C a 30°C
Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 L) – naturalmente são encontrados em rios
com abundante vegetação aquática e pouca iluminação, razões pelo qual o aquário deverá ter
inúmeras plantas, raízes e preferencialmente baixa luminosidade. Substrato deverá ser
preferencialmente arenoso e macio. Não apreciam forte fluxo na água.
Comportamento: Pacífico e gregário. É importante frisar que Discos são peixes gregários, ou
seja, são encontrados sempre em pequenos grupos e possuem forte hierarquia. Se pretender
criá-los em aquário, certifique-se de sempre mantê-los em pelo menos seis espécimes ou mais.
Compatibilidade: É uma espécie extremamente pacífica, sendo adequada para ser criada com
peixes com mesmo temperamento. Não devem ser criados com espécies agressivas ou que
comam rapidamente, pois podem ser agredidos, intimidados ou acabar não comendo.
Alimentação: Onívoro com forte tendência a carnívoro, em seu ambiente natural se alimenta
de larvas de insetos, insetos, invertebrados planctônicos e eventualmente de frutos. Em
cativeiro espécimes selvagens podem ser muito exigentes sobre o alimento oferecido, sendo
mais indicado alimentos vivos como as minhocas, vermes, artêmias e larvas de mosquito. Mas
podem ser condicionados a comerem alimentos secos. Espécimes híbridos oriundos de
cativeiro aceitam alimentos secos sem dificuldades.
Reprodução: Ovíparo, atinge a maturidade sexual com cerca de doze meses de vida. Fêmea
deposita os ovos em superfície plana de pedras, folhas ou raízes que serão fertilizados em
seguida polo macho. Os ovos eclodem entre dois a quatro dias e os alevinos nadam livremente
depois de mais três ou quatro dias. Depois da eclosão as larvas são protegidas e alimentadas
com um muco liberado por seus pais durante aproximadamente quatro semanas ou mais.
Dimorfismo Sexual: Não possuem dimorfismo sexual evidente.
Biótopo: Dificilmente é encontrado nos canais principais de rios, sendo comumente
encontrado em afluentes lentos e igarapés. Vive em cardumes em áreas próximo de raízes de
árvores e rochas. Enquadrados no grande biótopo amazônico, habitam em águas brancas
calmas e pouco profundas, sendo também quentes e de características ácidas.
Etimologia: Symphysodon, do grego, syn, symphysis = crescido junto + grego, odous = dentes.
Sinônimos: Symphysodon axelrodi, Symphysodon aequifasciata haraldi, Symphysodon
aequifasciata, Symphysodon discus var. aequifasciata
Informações adicionais: Sua distribuição se estende pelo Rio Solimões e ao longo do
principal rio Amazonas, entre o Rio Putamayo, na Colômbia e no Peru, até a drenagem do Rio
Tocantins no Brasil. Populações introduzidas também existem na Guiana e Suriname.

O acará-disco é um dos peixes de água doce mais populares do mundo, devido seu formato
discoide incomum e pelas suas variadas colorações. As suas cores variam dependendo da
espécie podendo espécimes selvagens terem
tons vermelhos, azuis, verdes, castanhos, brancos e amarelos, sendo que atualmente existem
cerca de 600 variações domésticas.

Parece ser mais suscetível a infecções como parasitoses, micoses, bacterioses, viroses e ainda


por ectoparasitas.

Apesar de não se encontrar na lista vermelha da IUCN, a quantidade de acarás-disco na


natureza diminuiu em grande escala desde a década de 1990. Os principais fatores para o
declínio da população é a ação do homem em seu habitat, entre elas a captura para a criação
em aquário.

Referências:

1. Ferreira, E.J.G., J. Zuanon and G.M. dos Santos, 1996. A list of commercial fish species
from Santarém, State of Pará, Brazil. Naga ICLARM
2. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J.
Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto
Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
3. Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes
vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-
63.
4. Porto, J.I.R., E. Feldberg, C.M. Nakayama and J.N. Falcao, 1992. A checklist of
chromosome numbers and karyotypes of Amazonian freshwater fishes. Rev. Hydrobiol.
Trop. 25(4):287-299.
5.

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