Transtorno Obsessivo Compulsivo

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Transtorno Obsessivo Compulsivo

Introdução

O transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é mais comum do que pensamos. Segundo a


OMS (Organização Mundial de Saúde), estima-se que quatro milhões de pessoas sofrem
com essa doença. É um transtorno comum, crônico e que torna a vida de quem o possui
muito difícil, muitas vezes impossibilitando de trabalhar, sair, ter uma vida social. O TOC
está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a OMS.

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O que é

TOC é um transtorno mental heterogêneo, ou seja, que tem uma grande gama de sintomas
que faz com que nem sempre seja facilmente diagnosticado, sendo ele considerado grave e
que tem como característica a obsessão e/ou a compulsão. É considerado um transtorno
comum, crônico e duradouro.

O individuo com essa síndrome muitas vezes evita lugares que ele acha que seja uma fonte
de doença como hospitais, farmácias, banheiros públicos. Evitam também contato com
pessoas doentes como pessoas que estejam com algum ferimento, moradores de rua, entre
outros. Dessa forma eles acham que ficam mais seguros, e assim ficam mais aliviados.

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Desenvolvimento do Tema

O TOC é dividido em duas partes, o Subclínico e o Propriamente dito.

TOC Subclínico – a pessoa repete os rituais, mas isso não faz com que atrapalhe no seu
dia a dia.
Propriamente dito - O paciente necessita da repetição constante de todas as ações que ele
julga necessárias para o concebimento da tarefa, como por exemplo: tocar na maçaneta
cinco vezes para só depois girar a chave três vezes e destrancar. Muitos pacientes com o
TOC também caracterizam suas ações como escape para a sua ansiedade, em meio de um
pico ansioso, costumam realizar seus “rituais” para após isso se libertar da angústia que o
prendia.
Muitas pessoas que tem TOC não sabem que possuem por que não procuram ajuda quando
os sintomas começam a aparecer. Não procuram por vergonha do que as pessoas e os
familiares irão pensar, medo do julgamento, das pessoas não aceitarem essa condição.
Desconhecimento e medo podem ainda contribuir para a demora em buscar ajuda. Os
portadores demoram em media de 6 a 17 anos para procurar algum tipo de auxilio e assim
obter um tratamento adequado que realmente melhore sua qualidade de vida e os ajude.
Hollander et al. (1996, 1997) estimaram em 10 anos o tempo médio até o tratamento e em
17 anos a demora até a obtenção de tratamento adequado, o que, sem dúvida, prolonga o
sofrimento. Além disso, sabe-se que alguns casos não melhoram substancialmente com o
tratamento, mesmo que adequado, e que os efeitos colaterais dos psicofármacos também
podem afetar a qualidade de vida. (Stein et al., 2000).

Muitas pessoas que sofrem de TOC nunca foram nem diagnosticadas e muito menos
tratadas. Talvez por não souberem que se trata de uma síndrome tratável, pensam que é
apenas manias que os acompanham desde a infância, os indivíduos normalmente demoram
muito pra procurar um tratamento, isso quando procuram. Muitas das pessoas que têm o
TOC raramente procuram ajuda de especialista, as que procuram encontram dificuldades,
já que são pouco acessíveis em postos de saúde. A dificuldade de se achar algum
profissional que realmente ajude e saiba tratar e seja acessível, principalmente nos serviços
públicos é um inimigo atual do tratamento desse transtorno.

Pessoas com TOC podem demonstrar comportamentos obsessivos e/ou compulsivos, esses
comportamentos geralmente afastam esses indivíduos do trabalho e de sua vida social,

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levando ao isolamento, o que pode acarretar outras doenças, como a depressão e a
síndrome antissocial.

O TOC não é apenas lavar a mão varias vezes, conferir se trancou a porta, se desligou o
gás, contar quantas vezes conferiu se a torneira esta fechada e coisas desse tipo. O TOC
altera o comportamento e o pensamento, levando a pessoa a acreditar que se não fizer tal
ritual, algo muito ruim ira acontecer em sua vida. Altera também o lado emocional do
portador, desencadeando crises de ansiedade e pânico.

Os sintomas geralmente aparecem quando se têm 10 anos, nessa idade afeta principalmente
os meninos, mas conforme a idade passa afeta ambos os sexos na mesma proporção. Os
sintomas incluem alterações de comportamento, pensamento, medo de coisas que os
portadores acham que pode acontecer.

Um TOC que normalmente não é citado é o ciúme patológico. O ciúme é uma emoção
humana normal de todos nós, porém, devemos nos preocupar quando o mesmo torna-se
patológico, uma pessoa que leva esse ciúme patológico traz consigo uma tamanha
paranóia, acontece muito em casais onde a mulher, por exemplo, trabalha fora, o marido
por sua vez sente muito ciúme da mesma, alega que ela não está indo trabalhar e questiona
sempre se a mesma possui algum relacionamento fora do casamento. Mas, devemos citar
também que este ciúme é sintomático, ou seja, ele é sintoma de outro transtorno mental
como alcoolismo, demência, esquizofrenia. Então sim, o ciúme também é um TOC quando
patológico.
O TOC é um dos fatores que leva á separação e ao divorcio, por causa das constantes
brigas, o parceiro não compreende a síndrome e acha que é apenas uma mania que pode ser
mudada facilmente. Leva também a demissão do trabalho por causa da baixa
produtividade. Afeta o ciclo familiar e o profissional.

No TOC o nojo é comum, nojo de suor, saliva, substancias gelatinosas, maçaneta,


banheiro. O nojo leva o individuo a evitar contato com outras pessoas e a se isolar.

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Tipos de TOC

TOC de verificação - Envolve ao desligamento de luzes, fios de eletricidades, ferro de


passar roupas, fechamento das portas e janelas. Realizando a checagem diversas vezes,
mesmo com a confirmação de que tudo está adequado.

TOC de comportamento e superstição- Está ligado ás ações que precisam ser


tomadas, como o uso de roupa com a cor certa do dia, ver um gato preto e dizer palavras
para ‘’cortar a maldição’’, não passar embaixo da escada. Esses comportamentos são
utilizados para anular os efeitos maléficos em que acreditam.

TOC por limpeza- Sendo caracterizado ao perfeccionismo. Pessoas com esse TOC
podem levar até 6 horas em banhos e arrumando a casa, causando também, lesões nas
mãos das frequentes vezes que as lavam, trocam roupas de cama e toalhas de banho
constantemente; sempre achando que os objetos e as mãos estão contaminados e com
germes.

TOC por ordem e simetria- Ligado a angustia de tudo não perfeito, correto, com a cor
combinando, tudo milimetricamente alinhados, como as cadeiras, copos, talheres,
quadros em ordem, entre outros objetos. Bastando algo desalinhado para levar a
ansiedade.

TOC por acúmulos de objetos- O paciente acumula tudo o que acha que será útil em
alguma ocasião e que tenha significado. Desencadeando a falta de espaço dentro de
casa, impossibilitando de viver naquele espaço.

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TOC por medo de contaminação- É evitado o contato físico, uso de assentos, talheres,
pratos, copos, corrimão, e tudo que foi tocado por outra pessoa e que seja público.

TOC de contagem - Um ritual que o paciente tem um lado perfeccionista e precisa


fazer a contagem das vezes que bateu a porta, dos degraus que subiu a escada, quantos
passos deu até um determinado destino, ou em qualquer outra tarefa que irá realizar. Os
pacientes têm preferências em números pares, para gerar a perfeição e não ficar um
‘’vazio’’.

TOC associado à febre reumática - Teorias sobre a fisiopatologia da CS envolvem


anormalidades no processo imunológico e incluem agressão de células-T ou anticorpos
antineuronais contra gânglios da base.15 Existem evidências de que os gânglios da base
estejam envolvidos no TOC, nos tiques e na ST assim como no THDA. 16 É possível
que, em alguns casos, a expressão fenotípica possa refletir o local da agressão
(imunológica ou não) dentro dos gânglios da base ou dos circuitos corticoestriatais.
Dessa forma, lesões envolvendo o caudado poderiam levar a obsessões e compulsões,
enquanto lesões no putâmen seriam seguidas de tique.

(Rev. Bras. Psiquiatr. vol.23  suppl. 2 São Paulo Oct. 2001)

TOC associados a tiques - Os portadores que, além do TOC, apresentam também


tiques crônicos encontram-se num grupo separado, pois as características dos mesmos
em relação a respostas de tratamentos são específicas. Características como: idade mais
precoce de aparecimento dos sintomas, perfil diferente de comorbidades, fobia social,
tricotilomania, entre outros. E mais, este grupo apresenta também maior frequência de
transtorno de humor e ansiedade.

Relação com a idade de início do TOC - Estudos epidemiológicos já realizados


apontam que os homens apresentam os sintomas do TOC numa idade mais precoce (na
infância ou na adolescência), já as mulheres na idade adulta. Os casos de TOC que se
iniciam de forma precoce, apresentam maior comorbidade com tiques, incluem também
mais fenômenos sensoriais e mais compulsões. Esses pacientes apresentam uma pior

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resposta ao tratamento com clomipramina, diferente do que acontece com pacientes que
esses sintomas vêem de forma mais tardia.

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Obsessões

São pensamentos, impulsos ou imagens que são intrusas, aparecem na mente de forma
persistente a qualquer momento do dia, causando ansiedade e sofrimento. São
desagradáveis e muitas vezes perturbadoras. Ocupam grande parte do dia do individuo.

A obsessão leva o individuo a fazer “rituais” para que de alguma forma alivie os
pensamentos e o deixe mais calmo.

As obsessões são desencadeadas por situações simples, como entrar ou sair de casa,
atravessar a rua, ir ao mercado (verificação), tocar em objetos, banheiros, dinheiro
(medo de contaminação).

Os sintomas incluem: medo de germes ou contaminação; se preocupar excessivamente


com a limpeza; revisar várias vezes se fechou portas, janelas, o gás; pensamentos
agressivos ou de teor sexual; arrumar as coisas sempre alinhadamente e de forma
simétrica. O não cumprimento desses rituais pode desencadear sérias crises de pânico e
ansiedade.

Podem ser por algumas cenas de filme, frase, música, medo de contaminação por sujeira
ou vírus. São comuns pensamentos obscenos ou imagens perturbadoras de conteúdo
agressivo (machucar alguém) sexual (molestar crianças) ou ofensas a Deus.

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Compulsões

É popularmente mais conhecido como mania. É o comportamento ou movimento


repetitivo, que é realizado de forma voluntária, porém a pessoa não consegue evitar.
Tem a finalidade de aliviar a ansiedade, o desconforto mental que isso acarreta. Os
indivíduos acham que se não realizarem esses movimentos algo muito ruim irá
acontecer com eles ou alguém próximo, acreditam que dessa forma vão manter algum
tipo de mal longe.

As compulsões mais comuns normalmente levam a fixação em alguma quantidade de


vezes a serem feitas, exemplo: limpar várias vezes o mesmo local, normalmente fixado
em algum número, por exemplo, limpar a mesa cinco vezes; abrir e fechar a porta antes
de sair de casa cinco vezes; conferir se está tudo desligado antes de dormir cinco vezes;
verificar a bolsa várias vezes antes de sair de casa com medo de esquecer algum
documento ou algo importante.

As compulsões também podem ser de atos mentais, como por exemplo, contar as coisas,
cantar, rezar, tudo repetidamente e em silencio.

Algumas compulsões podem não ter ligação com a realidade, por exemplo, não pisar
na linha pra não acontecer algo ruim no dia seguinte, não deixar os chinelos virados por
que a mãe pode morrer, entre outros.

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Implicações psicossociais do TOC

Os relacionamentos com os familiares e sociais num todo são os mais afetados pelo
TOC, mesmo que os tratamentos ajudem bastante neste quesito ainda sim são as áreas
mais afetadas.

É válido citar que, o isolamento social por conta dos inúmeros rituais a serem feitos, o
julgamento das pessoas que acompanham vez ou outra a vida deste alguém, brigas com
familiares que não entendem sobre o que é o transtorno (e que consequentemente não
respeitam tais rituais), etc. acabam contribuindo para o sofrimento e para os prejuízos na
qualidade de vida do maior prejudicado, a pessoa que possui o transtorno.

Existiram alguns estudos sobre os casos de TOC, onde em um deles observou-se que os
portadores desta doença, além dos problemas familiares, também tinham dificuldade em
fazer amizade.

Neste mesmo estudo foi constatado que metade das pessoas que estavam sendo
estudadas tinha ideação suicida, alguns inclusive já haviam tentado se suicidar pelo
menos uma vez, fora o uso de álcool e drogas presentes na vida dos mesmos.

A qualidade de vida de uma pessoa que tem TOC é muito mais prejudicada comparada
com a qualidade de vida da maioria da população, inclusive de outras pessoas que
também possuem algum transtorno psiquiátrico.

O TOC também diminui a auto-estima e o bem estar, tem uma interferência negativa
na vida acadêmica e profissional, com menos conquistas nas duas áreas. Leva a
dificuldade de fazer amizades, menor capacidade em apreciar momentos simples de
lazer. Em casos mais graves pode haver grandes dificuldades ou incompleta capacidade
de realizar ações simples, como ir à padaria, shopping, entre outros, levando o portador
a se manter dentro de casa, e não sair pra nada.

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Causas

As causas desse transtorno não são conhecidas de fato, o que temos são suposições. Até
hoje, não é possível identificar as verdadeiras causas. Mesmo que a ciência já consiga
esclarecer vários fatores sobre o TOC, há muito para ser pesquisado.

É provável que existam variáveis fatores para o aparecimento do mesmo, tais como:
predisposição genética (natureza biológica), alterações neuro químicas, ou formas
erradas de aprendizado na infância sobre como lidar com momentos ansiosos ou medos
(fatores psicológicos).

Hoje, temos bem estabelecido que, pessoas obsessivas-compulsivas tendem a exagerar


nas suas percepções sobre a realidade.

Uma das coisas que contribuem para o TOC desde seus pequenos sinais nas pessoas
são os chamados: Comportamentos Evitativos.

Esses comportamentos tanto fazem o indivíduo ficar sempre em estado de alerta para
objetos/situações, como impedem o contato/enfrentamento com pessoas e situação que
podem ser um gatilho para o transtorno da pessoa. Agravando assim o isolamento e
dificultando o acesso a essa pessoa de sair dessa situação.

A genética é um dos fatores que pode levar ao TOC. Algumas alterações cerebrais
causadas por infecções, traumatismos, encefalites, tumor cerebral, etc. Casos de algum
familiar próximo com o TOC podem fazer com que outro familiar desenvolva o
transtorno.

A estrutura e o funcionamento do cérebro: alguns pacientes com TOC fizeram exames


laboratoriais de imagem que mostrou que o córtex pré-frontal e as estruturas
subcorticais são diferentes de quem não tem TOC. Essa conexão não tem nenhuma
evidencia clara.

Meio ambiente: algumas pessoas que sofreram abuso, tanto físico, quanto psicológico,
têm uma maior chance de desenvolver a síndrome.

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Sintomas

Os sintomas não são os mesmo em todos os pacientes. Alguns podem apresentar


obsessão, outros compulsão, e outros ambos. Esses sintomas podem interferir na
qualidade de vida dos pacientes de forma avassaladora.

É comum o individuo apresentar um sintoma e depois de um tempo esse sintoma não se


manifestar mais, dando espaço para outro sintoma se manifestar, ou manifestar mais de
um sintoma de uma vez. Muitas vezes os sintomas não são observáveis, então o paciente
não sabe explicar muito bem o que está acontecendo, isso confunde o profissional que
esta tentando ajudar e dificulta o diagnostico.

Os sintomas podem se apresentar como mudança de comportamento: rituais, repetições,


compulsões;

Mudança de pensamentos: preocupações excessivas de coisas que podem vir a


acontecer, pensamentos de conteúdo impróprio ou ruim;

Mudança das emoções: medo, raiva, aflição, estresse, depressão, pensamentos


negativos;

Por causas desses medos, os pacientes passam a evitar certos tipos de lugares, como dito
acima, esse comportamento tem o nome de evitação. Embora não seja especifica do
TOC, a evitação é responsável pelas limitações que esse transtorno trás.

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Tratamentos

O tratamento muitas vezes é feito com medicamento e terapia. Algumas pessoas com
TOC apresentam outras patologias, como dito acima, na hora de começar o
acompanhamento, tem que levar em conta essas patologias também, dessa forma será
um tratamento completo.

O tratamento do transtorno deve se iniciar com o esclarecimento a respeito da origem


do surgimento do quadro, tendo suporte e vínculo familiar, além de usos de
medicamentos inibidores da receptação de serotonina (IRS), como por exemplo, a
clomipramina, fluvoxamina e a sertralina, porém, as introduções imediatas de inibidores
de receptação de serotonina só devem ocorrer em casos que os sintomas já se encontram
graves, se esse não for o caso, deve se introduzir primeiro a terapia cognitivo-
comportamental que ajuda a diminuir riscos de recaída após a retirada dos
medicamentos.

Mercadante MT, Miguel EC, Gentil V. Abordagem farmacológica do transtorno


obsessivo-compulsivo. In: Miguel EC. Transtornos do espectro obsessivo-compulsivo.
Diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. p. 86-97.        

Terapia – a mais usada é a TCC (terapia cognitivo comportamental). Muitas vezes


funciona até mesmo quando o medicamento não funciona como o esperado. Com o
reconhecimento de que muitas pessoas já possuíam o TOC e que esses tinham
dificuldades em realizar as terapias de exposição e prevenção, os pesquisadores no final
dos anos 60 começaram então a focar nos pensamentos catastrófico, erros de
interpretação e em crenças erradas desses pacientes, essas crenças, por exemplo,
excesso de responsabilidade em algo, de arrumação e a necessidade de controlar isso e o
perfeccionismo. Descobrindo assim a terapia cognitiva - comportamental que está
baseada no objetivo de que o paciente crie uma explicação alternativa para suas
obsessões para em seguida testá-las. Foram então destinados a ter uma psico-educação
sobre o transtorno e a realização de testes. Aprendendo inicialmente o que seria o
transtorno, suas obsessões, compulsões e pensamentos em algo que interfere no seu dia
a dia. Esse tipo especifico de terapia requer um profissional qualificado nessa
especialidade e pronto para estimular o paciente e muitas vezes os grupos, pois essa
terapia pode ser realizada das duas formas a realizar os exercícios e testes em um

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numero aproximado de 10 a 15 sessões dependendo também do nível de sintomas do
paciente. A terapia pode ser pouco efetiva se o paciente possuir algum outro transtorno
como ansiedade, depressão ou bipolaridade causando assim pouco efeito de melhora no
TOC. Essa terapia tem registros de melhoras significativas de 70% dos pacientes com os
auxílios de remédios específicos.

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Terapia de exposição e prevenção (EPR)

Esse tipo de terapia propõe exercícios graduais no quais o paciente tem que se expor
diretamente a locais e objetos que lhe causam medo ou desconforto, e tentem deixar de
executar os rituais e costumes que aliviam a ansiedade e desconforto que tal situação
lhes causa, por exemplo, se o paciente necessita lavar as mãos a todo momento, será
solicitado que não o faça.

Os exercícios sempre se iniciam pelas situações em que os pacientes acham mais


fáceis e gradativamente com o tempo vão chegando até os mais difíceis. A terapia EPR
é efetiva principalmente em pacientes que possuem muitos rituais (lavagens e
verificações)

. Marks I. Behaviour therapy for obsessive-compulsive disorder: a decade of


progress. Can J Psychiatry. 1997;42(10):1021-7. 

Abramowitz JS, Whiteside SP, Deacon BJ. The effectiveness of treatment for pediatric
obsessive-compulsive disorder: a meta-analysis. Behav Therapy. 2005;36(1):55-63.  

Medicamentos - Não consideravam o tratamento medicamentoso como eficaz para o


TOC até cerca de mais ou menos 38 anos atrás, mas, alguns medicamentos que
aumentam a transmissão da serotonina começaram a mudar este quadro e depois disso
os pacientes começaram a ter uma melhora bem significativa.

Abaixo alguns medicamentos eficazes:

Clomipramina – em 1966, Fernandez & Lopez Ibor alegaram uma melhora significativa
em 13 de 16 pacientes com “neurose obsessiva”, estes pacientes foram tratados de 2 a 5
dias com a clomipramina endovenosa.

Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) – existiram estudos


multicêntricos que envolveram uma grande quantidade de pacientes onde se demonstrou
a eficácia da fluoxetina, da fluvoxamina, da sertralina e da paroxetina.

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Os medicamentos de primeira escolha são os dos inibidores de recaptação de serotonina
(IRS), pois, a eficácia dos mesmos é bem maior. Já os ISRS causam menos efeitos
colaterais, neste caso nosso maior exemplo é a clomipramina, a mesma traz respostas
bem robustas.

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Considerações finais

Concluímos com esse trabalho que a vida de uma pessoa que possui esse
transtorno não é nada fácil, ações simples do dia a dia, pra elas podem se tornar
tarefas que causam grande estresse e desconforto, justamente pelo fato da mesma
precisar repetir essas tarefas inúmeras vezes.

Válido ressaltar que, por conta dessa doença, existe uma grande exclusão social,
tanto da própria família quanto de pessoas vindas de fora. Infelizmente isso acaba
piorando o quadro da doença desse individuo. Muitas vezes o portador não encontra
a ajuda que necessita quando recorre a um profissional, o que causa um grande
transtorno, e pode piorar a doença.

E em relação ao tratamento, sabemos que existe a terapia e alguns medicamentos,


ou seja, essa pessoa pode ter alguma esperança de melhora, o mais importante é:
encontrar um profissional responsável que saiba te encaminhar e seguir todo o
tratamento. Entendemos a dor que essa doença traz mentalmente, por isso, a empatia
é fundamental para esses casos, colocar-se no lugar do outro, e mesmo que seja
difícil esperar pela quinta verificação se a porta está fechada ou não, é importante pra
ele, que seja para nós também.

Pontos principais

Consideramos o tratamento e o os sintomas como pontos principais.

O tratamento, por que através dele o paciente pode ter a possibilidade de ter uma
qualidade de vida melhor, ter uma vida considerada normal, e dessa forma não ficará
preso dentro de casa. Os sintomas, por que eles são muito importantes no
diagnostico, prestar atenção neles possibilita um diagnóstico correto e traz um pouco
de alivio para o paciente.

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REFERÊNCIA

SCHWARRTZ, F. T.;Terapia cognitivo comportamental para o transtorno


obsessivo compulsivo infantil: apresentação de um estudo de caso. Acesso dia 18
de Março de 2020 ás 14:58h.

LISBOA, C. S, M. Terapia cognitivo comportamental para o transtorno


obsessivo compulsivo infantil: apresentação de um estudo de caso. Acesso dia 18 de
Março de 2020 ás 14:58h.
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/graduacao/article/view/19330/0l -

VAZ, J. M. K. Y. Como terapia complementar para o transtorno obsessivo –


compulsivo: um ensaio clínico aberto piloto. Data de acesso: 18/03/2020 ás
14:11h.
https://repositorio.ufcspa.edu.br/jspui/bitstream/123456789/698/1/Dissertaca%CC
%83o%20Juliana%20Vaz%20completa.pdf

CARDIOLI, A. V. A terapia cognitivo – comportamental no transtorno obsessivo


. Departamento de psiquiatria – Universidades federal do Rio Grande Do Sul. Data
de acesso: 18/03/2020 ás 15:51h.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462001000600015

SABINO, A. Sintomas e tratamentos –. Data de acesso: 18/03/2020 ás 18:30h.


https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-obsessivo-compulsivo -

ROSARIO, M. C.; Transtorno obsessivo – compulsivo. Data de acesso: 18/03/2020


ás 18:20
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600005

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