Indicações Técnica Soja 2012
Indicações Técnica Soja 2012
Indicações Técnica Soja 2012
Setembro, 2012
Documentos 107
Indicações Técnicas para a
Cultura da Soja no Rio Grande
do Sul e em Santa Catarina,
safras 2012/2013 e 2013/2014
39ª Reunião de Pesquisa da Soja da Região Sul
24 a 26 de julho de 2012
Passo Fundo, RS
Organizadores
Leila Maria Costamilan
Mercedes Concórdia Carrão-Panizzi
Mércio Luiz Strieder
Paulo Fernando Bertagnolli
Passo Fundo, RS
2012
Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:
Embrapa Trigo
Rodovia BR 285, km 294 - Caixa Postal 451
99001-970 Passo Fundo, RS
Telefone: (54) 3316-5800 Fax: (54) 3316-5802
www.cnpt.embrapa.br
E-mail: [email protected]
1ª edição
1ª impressão (2012): 2500 exemplares
Comissão Técnica
Denilson Focking
Fátima Maria de Marchi
Leila Maria Costamilan (Coordenadora)
Liliane Tagliari
Lisandra Lunardi
Luiz Henrique Magnante
Márcia Barrocas Moreira Pimentel
Marialba Osorski dos Santos
Mercedes Concórdia Carrão-Panizzi
Mércio Luiz Strieder (Secretário)
Neori Damini
Paulo Fernando Bertagnolli
Paulo Odilon Ceratti Kurtz
Raul Alves dos Santos
Rosana de Fátima Vieira Lopes
Silvana Buriol
Alerta
As entidades participantes da XXXIX Reunião de Pesquisa de
Soja da Região Sul eximem-se de qualquer garantia, seja expressa ou
implícita, quanto ao uso destas informações técnicas. Destacam que
não assumem responsabilidade por perdas ou danos, incluindo-se,
mas não se limitando a, tempo e dinheiro, decorrentes do emprego das
mesmas, uma vez que muitas causas não controladas, em agricultura,
podem influenciar o desempenho das tecnologias indicadas.
Sumário
1.1 Introdução
O preparo de solo, mediante uso excessivo de arações
e/ou gradagens superficiais e continuamente na mesma
profundidade, provoca desestruturação da camada arável
e formação de duas camadas distintas: a superficial
pulverizada e a subsuperficial compactada. Essas
transformações reduzem a taxa de infiltração de água no
solo e prejudicam o desenvolvimento radicular das plantas,
resultando, respectivamente, em perdas de solo e de
nutrientes por erosão e em redução do potencial produtivo
da lavoura. Esses aspectos, associados à pouca cobertura
do solo, às chuvas de elevada intensidade, ao uso de
áreas inaptas para culturas anuais e à adoção de sistemas
de terraços e de semeadura em contorno como práticas
isoladas de conservação do solo, são os principais fatores
causadores do processo de erosão e de degradação dos
solos da região Sul do Brasil.
1.3.1 Terraceamento
Terraço é uma estrutura hidráulica conservacionista,
composta por um camalhão e um canal, construído
transversalmente ao plano de declive do terreno. Essa
estrutura constitui-se em barreira ao livre fluxo da
enxurrada, disciplinando-a mediante promoção da taxa de
infiltração no canal do terraço (terraço de absorção), ou da
condução para fora da lavoura (terraço de drenagem). O
objetivo fundamental do terraceamento é reduzir os riscos
de erosão hídrica e proteger os mananciais hídricos.
2.1 Introdução
As informações sobre adubação e calagem baseiam-se no
“Manual de adubação e de calagem para os Estados do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina” (MANUAL..., 2004).
Em adição, são apresentadas orientações específicas
quanto à adubação e calagem para a cultura de soja.
22
solo para culturas de grãos
Sistema de Condição Amostragem Critério Quantidade Método
manejo do solo da área (cm) de decisão de corretivo(1) de aplicação
Convencional Qualquer condição 0 - 20 pH < 6,0(2) 1 SMP para Incorporado
pHágua 6,0
Plantio direto Implantação a partir de lavoura ou 0 - 20 pH < 6,0(2) 1 SMP para Incorporado
campo natural com índice SMP ≤5,0 pHágua 6,0
Implantação a partir de campo 0 - 20 pH < 5,5 1 SMP para Incorporado(4)
natural com índice SMP de 5,1 a 5,5 ou V < 65%(3) pHágua 5,5 ou Superficial(5)
Implantação a partir de campo 0 - 20 pH < 5,5 1 SMP para Superficial
natural com índice SMP >5,5 ou V < 65%(3) pHágua 5,5
Sistema consolidado 0 - 10 pH < 5,5 ou 1/2 SMP para Superficial
V < 65%(3) pHágua 5,5
(1)
Corresponde à quantidade de corretivo de acidez (PRNT 100%) estimada pelo índice SMP, em que 1 SMP é equivalente à dose de
corretivo para atingir o pHágua desejado na camada de 0 a 20 cm, conforme a Tabela 2.2.
(2)
Não aplicar corretivo de acidez quando a saturação por bases (V) for > 80%.
(3)
Se somente um dos critérios for atendido, aplicar corretivo de acidez se a saturação por Al for maior que 10%.
(4)
Aplicar dose equivalente a 1 SMP para pH 6,0.
(5)
No máximo 5 t/ha.
Fonte: Manual ... (2004).
0-20 cm.
Fonte: Manual ... (2004).
2.4 Adubação
2.4.1 Nitrogênio
Ampla experiência de pesquisa indica que não há
necessidade de aplicar fertilizante nitrogenado para a
cultura de soja. A demanda de nitrogênio (N) é suprida pelo
solo e pela simbiose da planta com o rizóbio específico já
existente no solo e/ou fornecido mediante a inoculação das
30
P Mehlich-1 K Mehlich-1
Classe textural do solo(1) CTC pH 7,0 cmolc/dm³
Interpretação
1 2 3 4 > 15,0 5,1 – 15,0 ≤ 5,0
3
mg P/dm mg K/dm³
Muito baixo ≤ 2,0 ≤ 3,0 ≤ 4,0 ≤ 7,0 ≤ 30 ≤ 20 ≤ 15
Baixo 2,1 - 4,0 3,1 - 6,0 4,1 - 8,0 7,1 -14,0 31 - 60 21 - 40 16 - 30
Médio 4,1 - 6,0 6,1 - 9,0 8,1 -12,0 14,1 - 21,0 61 - 90 41 - 60 31- 45
Alto 6,1 -12,0 9,1 - 18,0 12,1 - 24,0 21,1 - 42,0 91 -180 61 - 120 46 - 90
Muito alto > 12,0 > 18,0 > 24,0 > 42,0 > 180 > 120 > 90
1)
Teor de argila: classe 1 = > 60%; classe 2 = 41 a 60%; classe 3 = 21 a 40%; classe 4 = < 21%.
Fonte: Manual ... (2004).
2.5 Enxofre
O teor de enxofre no solo deve ser maior que 10 mg/dm3.
Se o teor for inferior, aplicar 20 kg de S/ha.
2.8 Micronutrientes
A aplicação de molibdênio (Mo) pode proporcionar
incremento no rendimento de grãos nos seguintes casos:
a) em solos com pH em água inferior a 5,5; b) quando
as plantas apresentarem deficiência de N no início do
seu desenvolvimento (amarelecimento generalizado das
folhas), resultante da baixa fixação biológica de N, um
aspecto relativamente comum no primeiro cultivo de soja
em solos de campo natural.
As doses de Mo a aplicar são as seguintes: via semente,
12 a 25 g/ha; via foliar, 25 a 50 g/ha, preferindo-se as
doses maiores para solos arenosos. Os principais sais
de Mo, caracterizados na legislação de fertilizantes, são
os seguintes: molibdato de amônio [(NH4)6Mo7O24•4H2O,
54% de Mo solúvel em água] e molibdato de sódio
(Na2MoO4•2H2O, 39% de Mo solúvel em água). A exemplo
dos fungicidas, a aplicação de Mo na semente deve
32 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
anteceder a inoculação. Mesmo assim, poderá ocorrer
efeito nocivo desses produtos à sobrevivência das bactérias
fixadoras de N.
A aplicação foliar deverá ser realizada 30 a 45 dias após
a emergência. O teor de Mo que ocorre normalmente nos
grãos de soja é de 1 a 2 mg/kg. Considerando a quantidade
de semente utilizada por hectare, essa quantidade de Mo
na semente é insuficiente para suprir a demanda da planta.
Em sistemas agrícolas que incluem integração lavoura-
pecuária, deve-se monitorar o teor de Mo nas pastagens.
Após sucessiva aplicação de Mo na soja e ao elevar o pH
mediante calagem, ocorre aumento na disponibilidade
de Mo no solo, podendo afetar o metabolismo do cobre
em ruminantes e causar sua morte. Por essa razão, a
aplicação de Mo na soja não deve ser realizada todos os
anos e deve ser interrompida quando o seu teor atingir
5 mg/kg na matéria seca da parte aérea das pastagens.
Quanto aos demais micronutrientes (Zn, Cu, B, Mn, Fe,
Cl e Co), as informações de pesquisas realizadas nos
últimos anos indicam que a maioria dos solos apresenta
disponibilidade adequada desses elementos, sem
incremento no rendimento com sua aplicação, apesar de,
às vezes, as plantas apresentarem melhor efeito visual.
Em adição, deve ser considerado que a maioria dos
fertilizantes fosfatados apresenta alguns desses nutrientes
em sua composição. Já os adubos orgânicos podem conter
concentrações significativas desses elementos. Por essa
razão, a aplicação de micronutrientes só deve ser realizada
se a análise de solo ou do tecido foliar indicar evidente
deficiência. Se for usado produto que contenha Co, este
não deve ultrapassar 3 g/ha, para evitar clorose nas plantas
de soja, no início do desenvolvimento da cultura.
Cultivares da TMG
Cultivares da Syngenta
Cultivares da Coodetec
CD 238RR
(7.1)
Indicadas para a Macrorregião Sojícola 1 (somente para a região 102)
Cultivares da Coodetec
CD 236RR
(6.2)
Continua...
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 39
Tabela 3.1 Continuação
Grupos de
Grupo de Grupo de Grupo de Grupos de
maturidade 4
maturidade maturidade 6 maturidade 6 maturidade 7
(4.0 a 4.9) e
5 longo (5.5 curto longo (7.0 a 7.9) e
5 curto (5.0 a
a 5.9) (6.0 a 6.4) (6.5 a 6.9) 8 (8.0 a 8.9)
5.4)
Indicadas para a Macrorregião Sojícola 1
(somente para as regiões 101 e 102)
Cultivares da Coodetec
CD 250RR CD 202RR CD 214RR CD 219RR
(5.5) (6.4) (6.7) (8.2)
CD 2630RR CD 226RR CD 2737RR
(6.3) (6.6) (7.3)
Indicadas para a Macrorregião Sojícola 1
(somente para as regiões 102 – leste e 103)
Cultivares da DonMario/Brasmax
5953 RSF Don Mario
– BMX 5.8i - BMX
Veloz RR Apolo RR
(5.0) (5.5)
BMX Energia
RR (5.3)
BMX Ativa
RR (5.6)
Don Mario
5.9i - BMX
Alvo RR
(5.8)
Cultivares da Agropastoril
AMS Tibagi
RR (5.1)
Continua...
Grupos de
Grupo de Grupo de Grupo de Grupos de
maturidade
maturidade maturidade 6 maturidade 6 maturidade 7
4 (4.0 a 4.9)
5 longo (5.5 curto longo (7.0 a 7.9) e
e 5 curto
a 5.9) (6.0 a 6.4) (6.5 a 6.9) 8 (8.0 a 8.9)
(5.0 a 5.4)
Indicadas para a Macrorregião Sojícola 1 dentro dos estados de
Santa Catarina, do Paraná e de São Paulo (regiões 102 e 103)
Cultivares da Coodetec
CD 2585RR CD 235RR CD 206RR CD 231RR
(5.8) (6.4) (6.8) (7.3)
CD 239RR
(6.7)
CD 249RR
(6.7)
Cultivares da Embrapa
BRS 294RR BRS 295RR BRS 245RR
(6.3) (6.5) (7.5)
BRS 360RR BRS 316RR BRS 247RR
(6.2) (6.5) (7.8)
BRS 256RR
(8.1)
Cultivares da TMG
TMG 1066
RR (6.6)
Cultivares da Embrapa
46
maturidade 6, de cultivares de soja tolerantes a glifosato da Rede Soja Sul de Pesquisa, na
Macrorregião Sojícola 1, regiões 101, 102 e 103. XXXIX Reunião de Pesquisa de Soja da
Região Sul. Passo Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Região Sojícola 101 Região Sojícola 102 Região Sojícola 103
Safra agrícola
Cultivar 09/10 10/11 11/12 09/10 10/11 11/12 09/10 10/11 11/12
%
------------------------------------------------------------------
A 6411 RG 109 98 - 108 107 104 104 110 117
BMX Força RR 97 107 - 114 110 101 105 102 103
BMX Magna RR 101 104 - - 108 108 102 103 97
BMX Potência RR 124 115 - 107 104 102 112 104 99
BRS Estância RR - 93 - 107 93 103 - 94 96
BRS Tertúlia RR 106 103 - 100 99 93 102 99 102
BRS Tordilha RR - 89 - - 104 103 - 104 103
CD 206 RR - - - - - 86 - - 86
CD 235 RR 111 96 - 100 94 101 99 98 98
CD 236 RR 111 103 - 97 98 93 112 96 100
CD 239 RR 103 93 - 97 101 93 99 103 103
47
Tabela 3.6 Retrospectiva do rendimento médio de grãos em
relação à média do grupo de maturidade 7, de cultivares de
soja tolerantes ao glifosato da Rede Soja Sul de Pesquisa,
na Macrorregião Sojícola 1, regiões 101 e 102. XXXIX
Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul. Passo Fundo,
24 a 26 de julho de 2012
56
Sul e de Santa Catarina, pelo Programa de Zoneamento de Riscos Climáticos do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Solos do Tipo 2
Características Nome do solo
Teor mínimo de 15% Alissolos, Argissolos Acinzentados latossólicos textura média, Argissolos Acinzentados típicos
de argila e menor do textura média, Argissolos Amarelos epiáquicos textura média, Argissolos Amarelos latossólicos
que 35%, nos quais textura média, Argissolos Amarelos câmbicos textura média, Argissolos Amarelos típicos textura
a diferença entre o média, Argissolos Vermelho-Amarelos Alumínicos típicos, Argissolos Vermelho-Amarelos
porcentual de areia latossólicos textura média, Argissolos Vermelho-Amarelos típicos textura média, Argissolos
e o porcentual de ar- Vermelho latossólicos textura média, Argissolos Vermelho típico textura média, Argissolos
gila seja menor do Vermelho chernossólico textura média, Argissolos Vermelho câmbico textura média, Argissolos
que 50. Profundidade Vermelhos Eutroférricos chernossólicos textura média, Argissolos Vermelhos Eutroférricos
igual ou superior a latossólicos textura média, Argissolos Vermelhos Eutroférricos típicos textura média, Cambissolos
50 cm. textura média pouco cascalhentos, Chernossolos textura média, Gleissolos Háplicos textura
média, Gleissolos Melânicos textura média, Latossolos Amarelos textura média, Latossolos
Vermelhos textura média, Latossolos Vermelhos-Amarelos textura média, Latossolos Brunos
textura média, Luvissolos Hipocrômicos textura média, Luvissolos Crômicos Carbonáticos
textura média, Luvissolos Crômicos Órticos textura média, Luvissolos Pálicos câmbicos textura
média, Luvissolos Pálicos típicos textura média, Neossolos Flúvicos Carbonáticos textura média,
Neossolos Flúvicos Tb Distróficos textura média, Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos textura média,
Neossolos Flúvicos Ta Eutróficos textura média, Planossolos Háplicos típicos textura média.
Continua...
Solos do Tipo 3
Características Nome do solo
Teor de argila Argissolos Acinzentados latossólicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Acinzentados
maior ou igual a típicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Amarelos epiáquicos textura argilosa ou muito
35%. Profundi- argilosa, Argissolos Amarelos latossólicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Amarelos
dade igual ou su- câmbicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Amarelos típicos textura argilosa ou muito
perior a 50 cm. argilosa, Argissolos Vermelho-Amarelos Alumínicos típicos, Argissolos Vermelho-Amarelos latossólicos
textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Vermelho-Amarelos típicos textura argilosa ou muito
argilosa, Argissolos Vermelho latossólicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Vermelho
típico textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Vermelho chernossólico textura argilosa ou mui-
to argilosa, Argissolos Vermelho câmbico textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Vermelhos
Eutroférricos chernossólicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Vermelhos Eutroférricos
latossólicos textura argilosa ou muito argilosa, Argissolos Vermelhos Eutroférricos típicos textura
argilosa ou muito argilosa, Cambissolos textura argilosa ou muito argilosa pouco cascalhentos, Cher-
nossolos textura argilosa ou muito argilosa, Gleissolos Háplicos textura argilosa ou muito argilosa,
Gleissolos Melânicos textura argilosa ou muito argilosa, Latossolos Amarelos textura argilosa ou muito
argilosa, Latossolos Vermelhos textura argilosa ou muito argilosa, Latossolos Vermelhos-Amarelos
textura argilosa ou muito argilosa, Latossolos Brunos textura argilosa ou muito argilosa, Luvissolos
Hipocrômicos textura argilosa ou muito argilosa, Luvissolos Crômicos Carbonáticos textura argilosa
57
4.3 Espaçamento entre fileiras, população de plantas e
profundidade de semeadura
Nas épocas indicadas de semeadura, devem ser
empregados espaçamentos de 20 a 50 cm entre as fileiras.
Para solos de várzea, o espaçamento indicado é de 50 cm
entre fileiras.
De modo geral, a população indicada para a cultura de
soja situa-se em torno de 300.000 plantas por hectare ou
30 plantas m-2, porém podem ocorrer variações em função
das indicações do obtentor da cultivar. Variações de 20%
nesse número, para mais ou para menos, não alteram
significativamente o rendimento de grãos, para a maioria
dos casos.
Quando a semeadura for realizada no final da época
indicada, sugere-se aumentar a população de plantas
e reduzir o espaçamento entre fileiras. Existe resposta
diferenciada em rendimento para espaçamentos e
populações de plantas, dependendo da época de
semeadura, da arquitetura da planta e do GMR da cultivar.
1
Em caso de ocorrência de tamanduá-da-soja, não se deverá repetir soja nessa área,
na safra seguinte.
2
Esse sistema deve ser usado nas condições previstas nas “Informações Técnicas para
Trigo”
77
Tabela 6.3 Épocas de aplicação de herbicidas não-seletivos usados em pré-semeadura para
78
dessecação de plantas daninhas no sistema de semeadura direta na cultura de soja
Época de aplicação em Mecanismo de ação
Planta daninha a controlar Herbicida indicado
relação à semeadura de soja (inibição de)
Glifosato 5 a 10 dias antes EPSPS
Monocotiledôneas anuais
Dicloreto de paraquate 3 a 5 dias antes FS I
2,4-D No mínimo 10 dias antes Auxina sintética
1
Clorimurom-etílico e glifosato 5 a 10 dias antes ALS e EPSPS
Fotossistema I + Fotos-
Dicloreto de paraquate + diuron2 3 a 5 dias antes
Dicotiledôneas anuais sistema II
Auxina sintética +
2,4-D + Glifosato No mínimo 10 dias antes
EPSPS
Glifosato 5 a 10 EPSPS
Fotossistema I + Fotos-
Dicloreto de paraquate + diuron2 3 a 5 dias antes
sistema II
Dicotiledôneas anuais e 2,4-D No mínimo 10 dias antes Auxina sintética
perenes
Dicloreto de paraquate 3 a 5 dias antes Fotossistema I
Glifosato 5 a 10 dias antes EPSPS
1
Na dose apresentada na Tabela 6.2 o herbicida apresenta efeito residual sobre Bidens sp. e Raphanus sp.
2
Controla aveia nos estádios de floração a grão leitoso.
81
Tabela 6.4 Continuação...
82
Concentração Mecanismo
Produto Dose Época de Carên- Classe
Nome comum da formulação de ação
comercial (kg ou l/ha) aplicação1 cia (dias) toxicológica
(g/l ou kg) (inibição de)
Fenoxaprope-p-
ACCase +
etílico+ Cletodim Podium S 50 + 50 1,0 PÓS 60 II
ACCase
(60 dias)
Fluazifope-
p-butílico + ACCase +
Fusiflex 125 + 125 1,6 a 2,0 PÓS 60 II
Fomesafem (80 Protox
dias)
Fluazifope-
p-butílico + ACCase +
Robust 200 + 250 0,8 a 1,0 PÓS SI III
Fomesafem (60 Protox
dias)
0,875 a
Flumetsulam5 Scorpion 120 PSI/PRÉ SI IV ALS
1,167
Fomesafem (60 Flex + Energic a
250 0,9 a 1,0 PÓS 60 I Protox
dias) 0,2% v/v
Haloxifope-R- Verdict-R+Joint a
120 0,4 a 0,5 PÓS 98 II ACCase
metílico (98 dias) 0,5 % v/v
Scepter 150 1,0 PSI/PRÉ SI II
6
Imazaquim Scepter 70 DG 70 0,2 a 0,4 PSI/PRÉ SI III ALS
Topgan 150 1,0 PSI/PRÉ SI IV
83
Tabela 6.4 Continuação...
84
Concentração Mecanismo
Produto Dose Época de Carên- Classe
Nome comum da formulação de ação
comercial (kg ou l/ha) aplicação1 cia (dias) toxicológica
(g/l ou kg) (inibição de)
Trifluralina
445 1,5 a 2,0 PSI SI III
Milênia
Polimerização
Trifluralina
Trifluralina9 445 1,2 a 2,4 PSI SI II da tubulina
Nortox
Premerlin 600
600 0,9 a 2,0 PSI SI I
EC
Premerlin 600
600 3,0 a 4,0 PRÉ SI II
EC
1
PSI = pré-semeadura incorporado; PRÉ = pré-emergência; PÓS = pós-emergência.
2
Carência dos produtos (SI = sem informação).
3
Para controle de Oryza sativa, aplicar no estádio de até um afilho.
4
Não utilizar nabo forrageiro em sucessão.
5
Em solos arenosos com teor de matéria orgânica inferior a 2%, utilizar dose máxima de 0,875 L/ha. Para o controle de leiteira (Euphorbia heterophylla) e de corriola (Ipomoea spp.)
só é indicado em infestações de baixas a médias populações.
6
Em altas infestações de Euphorbia heterophylla e de Ipomoea spp., indica-se aplicar em PSI. Em sucessão à soja tratada com imazaquin, somente poderão ser semeados aveia,
trigo, triticale e ervilhaca no inverno e, em rotação, amendoim, feijão e soja no verão. Milho poderá ser semeado somente 300 dias após a aplicação de imazaquin.
7
Para Euphorbia heterophylla utilizar a dose de 0,7 L/ha.
8
Alacloro
Imazetapir
Metolacloro
Propaquizafope
Setoxidim
Tepraloxidim
Fenoxaprope-p-etílico
Fenoxaprope-p-etílico + Cletodim
Fluazifop-p-butílico
Clomazona
Haloxifope-R-metílico
Butroxidim
Cletodim
Metolacloro + Metribuzim
Quizalofope-petílico
Sulfentrazona
Sulfentrazona + Metribuzim
Fluazifop-p-butílico + Fomesafem
Imazaquim + Pendimetalina
Pendimetalina
Trifluralina
Brachiaria
Papuã CM C C C C C C C C C CM C C C C C C C C C³ C
plantaginea
Cenchrus Capim
CM SI C SI C SI C SI SI SI SI C C C SI SI C SI SI SI C
echinatus carrapicho
Digitaria spp. Milhã C C C C C C C SI C SI C C C C C SI C C SI C³ C
Digitaria
Milhã SI SI SI SI SI SI SI SI SI C SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI
85
Continua...
Tabela 6.5 Continuação.
86
Espécies daninhas gramíneas
Butroxidim
Fluazifop-p-butílico
Metolacloro
Pendimetalina
Sulfentrazona + Metribuzim
Haloxifope-R-metílico
Metolacloro + Metribuzim
Propaquizafope
Setoxidim
Cletodim
Fenoxaprope-p-etílico + Cletodim
Alacloro
Imazetapir
Quizalofope-petílico
Fenoxaprope-p-etílico
Fluazifop-p-butílico + Fomesafem
Imazaquim + Pendimetalina
Sulfentrazona
Tepraloxidim
Trifluralina
Clomazona
Echinochloa
Capim
crusgalli var. crus- SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI
arroz
galli
Echinochloa crus-
Capim
galli var. cruspa- SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI
arroz
vonis
Echinochloa colo- Capim
SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI SI
num arroz
Capim pé-
Eleusine indica SI SI C SI SI SI SI SI SI SI SI CM C cm SI SI SI SI SI SI CM
-de-galinha
Arroz
Oryza sativa CM SI C NC SI SI SI SI SI SI SI SI SI CM C SI SI SI SI SI C4
vermelho
Capim
88
cultura da soja
Flumetsulam
Aciflurofem-sódico
Aciflurofem-sódico + Bentazona
Alacloro
Bentazona
Cloransulam-metílico
Clorimurom-etílico
Clomazona
Cianazina
Diclosulam
Bentazona
Diclosulam
Clorimurom-etílico
Clomazona
Cianazina
Aciflurofem-sódico
Alacloro
Cloransulam-metílico
Aciflurofem-sódico + Bentazona
Ipomoea spp. Corriola CM C NC C SI C NC CM C C CM C
Ipomoea acuminata Corriola CM SI NC SI SI SI NC SI SI C SI SI
Ipomoea grandifolia Corriola CM C NC C CM C NC SI C SI CM C
Ipomoea purpurea Corriola CM SI NC SI SI C NC SI SI SI CM SI
Portulaca oleracea Beldroega C C C C SI C C CM SI SI C C
89
Tabela 6.6 Continuação
90
Espécies daninhas dicotiledôneas
Aciflurofem-sódico
Aciflurofem-sódico + Bentazona
Alacloro
Bentazona
Cloransulam-metílico
Fomesafem
Diclosulam
Clorimurom-etílico
Imazaquim
Clomazona
Flumetsulam
Cianazina
Pendimetalina
Lactofem
Oxasulfurom
Imazetapir
Imazaquim + Pendimetalina
Sulfentrazona + Metribuzim
Metolacloro
Metolacloro + Metribuzim
Metribuzim
Metribuzim + Imazaquim
91
Continua...
Tabela 6.6 Continuação
92
Espécies daninhas dicotiledôneas
Imazetapir
Lactofem
Metolacloro
Metolacloro + Metribuzim
Metribuzim
Metribuzim + Imazaquim
Imazaquim + Pendimetalina
Oxasulfurom
Pendimetalina
Sulfentrazona
Sulfentrazona + Metribuzim
SI SI SI SI SI SI C C SI SI C
C= controle acima de 80%; CM= controle médio de 60 a 80%; NC= controle inferior a 60%; SI= Sem Informação
6.4.2 Tecnologia de aplicação
a) Condições de ambiente
100 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
durante o período crítico de competição. Em algumas
situações, o herbicida glifosato é aplicado tardiamente com
o objetivo de aguardar a germinação da máxima quantidade
de plantas daninhas. Neste caso, o efeito da competição
é irreversível, e apesar da cultura apresentar-se livre de
plantas daninhas ao final do ciclo, o rendimento de grãos
será diminuído devido à competição que ocorreu antes da
aplicação do herbicida;
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 101
102 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Capítulo 7
MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 103
problemas de compatibilidade entre os mesmos, evitando a
mistura de tanque (IN 46/2002). Além disso, observar que o
volume final de calda não deve ultrapassar 700 mL por 100
kg de sementes, sob pena de comprometer a germinação
da semente.
104 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
volumes de aplicação, também é indispensável o respeito
à cobertura do alvo com o número mínimo de gotas por cm²
de área foliar a ser tratada, de acordo com as indicações
do fabricante de cada fungicida.
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 105
fabricantes do fungicida e do adjuvante e atentar para as
considerações feitas no item 6.4.2.3 (Adição de adjuvantes
aos herbicidas de folhagem).
7.2.1 Oídio
Para controle de oídio, dar prioridade ao uso de cultivares
resistentes ou moderadamente resistentes (Tabela 7.7).
A aplicação de fungicidas deve ser realizada quando a
severidade da doença atingir pelo menos 20% de área
foliar do terço inferior da planta, média de 20 plantas
colhidas ao acaso, no interior da lavoura, desprezando-
se as áreas de bordadura. Não deve ser feita aplicação
de fungicida se, até o estádio R5.5 (maioria das vagens
entre 75 e 100% de enchimento de grãos - Tabela 7.4),
a doença não atingir severidade de 20%. A lavoura deve
ser vistoriada semanalmente, para que a aplicação de
fungicida, se necessária, seja feita no momento correto.
Caso a aplicação seja realizada antes da floração, poderá
ser necessária uma segunda aplicação, a qual deverá ser
realizada entre 10 a 15 dias após a primeira para o caso
do enxofre, e de 20 a 25 dias para os demais fungicidas
(Tabela 7.3). Deve ser destacado que a segunda aplicação
deverá ser feita caso seja notada evolução da doença após
a primeira aplicação, até o estádio R5.5.
106 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Tabela 7.1 Fungicidas indicados para tratamento de
sementes de soja. XXXIX Reunião de Pesquisa de Soja da
Região Sul. Passo Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 107
Tabela 7.2 Atividade específica de fungicidas de semente de soja. XXXIX Reunião de
108
Pesquisa de Soja da Região Sul. Passo Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Ingrediente
Ct1 Ck2 Cc3 Ss4 Pyth.5 Phytoph.6 Rhizoct.7 Phom.8 Fusarium
ativo
Captana regular - - - bom baixo bom regular regular
Carbendazim excelente excelente S r/p bom baixo baixo ineficaz bom bom
Carboxina + bom/ bom/
bom bom regular - baixo ineficaz regular
Tiram regular regular
Fluazinam - - - excelente - - - - -
Fludioxonil - - - bom baixo baixo bom regular regular
Metalaxyl - - - - excelente excelente* ineficaz ineficaz ineficaz
Piraclostro-
- - - - bom ineficaz bom ineficaz bom
bina
Tiofanato
regular bom S r/p bom baixo baixo - bom bom
metílico
Tiram bom bom bom - regular baixo bom regular regular
Tolilfluanida - - - - ineficaz ineficaz ineficaz regular regular
1 2 3 4 5 6 7
Colletotrichum truncatum; Cercospora kikuchii, Corynespora cassiicola, Sclerotinia sclerotiorum, Pythium, Phytophthora, Rhizoctonia,
8
Phomopsis. - : sem informação; S r/p: sensibilidade reduzida / perdida.
*este efeito só é obtido se o produto contiver doses de metalaxyl entre 15,5 a 31,0 g i.a./100 kg de sementes, e se for usado em cultivares
de soja com alta resistência de campo à fitóftora.
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 109
7.2.2 Doenças foliares de fim de ciclo
A incidência de mancha parda (Septoria glycines) e de
crestamento foliar (Cercospora kikuchii) pode ser reduzida
através da integração do tratamento químico de sementes
com a incorporação de restos culturais, e a rotação da
soja com espécies não suscetíveis, como o milho ou
milheto. Desequilíbrios nutricionais e baixa fertilidade
do solo tornam as plantas mais vulneráveis, podendo
ocorrer severa desfolha antes mesmo da soja atingir a
meia granação (estádio R5.4 – Tabela 7.4). São indicados
os fungicidas constantes na Tabela 7.5. A aplicação dos
fungicidas poderá ser feita a partir do estádio R1 até o
estádio R5.3. Como o desenvolvimento das doenças de
final de ciclo depende da ocorrência de chuvas frequentes
durante o ciclo da cultura e temperaturas variando de 22 °C
a 30 °C, as condições climáticas devem ser consideradas
no momento da definição pelo controle químico.
110 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Tabela 7.4 Estádios de desenvolvimento da soja (adaptado
de Fehr e Caviness, 1977). XXXIX Reunião de Pesquisa de
Soja da Região Sul. Passo Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Período Estádio Descrição
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 111
7.2.3 Ferrugem asiática
A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, inicia
nas folhas inferiores da planta. Os sintomas da ferrugem,
minúsculos pontos escuros, mais comuns na face inferior
das folhas, são visualizados com auxílio de lupas com, pelo
menos, 20 aumentos. Temperaturas entre 8 e 36 °C (ótimas
entre 19 e 24 °C) e período mínimo de molhamento de 6
horas favorecem a ocorrência da doença. O monitoramento
é fundamental durante todo o ciclo da cultura.
Para reduzir o risco de danos de ferrugem, sugere-se o
uso de cultivares de ciclo precoce e semeadura no início
da época indicada.
Para o controle da doença, indicam-se os fungicidas listados
na Tabela 7.6. O controle poderá ser efetuado na lavoura no
inicio do aparecimento dos primeiros sinais ou preventivamente
a partir do surgimento da doença em lavouras na região. Não
se indica aplicação quando a doença aparecer a partir do
estádio R6-R7 (mudança de coloração da vagem).
Como consequência da menor eficiência observada
com os fungicidas do grupo dos triazois a partir da safra
2007/08, na região Centro-Oeste, e nas demais regiões
a partir da safra 2008/09, a Comissão de Fitopatologia
da Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul passa a
indicar somente a utilização de misturas comerciais de
triazois com estrobilurinas para o controle da ferrugem.
A baixa eficiência de controle com a utilização de triazois
isolados, nos ensaios cooperativos (GODOY et al., 2012)
reforça essa orientação.
7.3 Controle de doenças através de variedades resistentes
Na Tabela 7.7 é apresentada a reação a doenças de
cultivares de soja lançadas em Reuniões de Pesquisa de
Soja da Região Sul.
112 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Tabela 7.5 Fungicidas indicados para controle de doenças de
fim de ciclo em soja. XXXIX Reunião de Pesquisa de Soja da
Região Sul. Passo Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Dose/ha
Nome comum Nome comercial
g i.a. 1
p.c.2
Azoxistrobina Priori3 50 0,20 L
Carbendazim Bendazol 250 0,50 L
Carbendazim Derosal 500 SC 250 0,50 L
Ciproconazol + Priori Xtra3 24 + 60 0,30 L
Azoxistrobina
Ciproconazol + 24 + 56,25 – 0,15 a 0,20 L
Sphere Max
Trifloxistrobina 32 + 75
Difenoconazol Score 50 0,20 L
Epoxiconazol + Opera 25 + 66,5 0,50 L
Piraclostrobina
Flutriafol Impact 125 SC 100 0,80 L
Propiconazol + Stratego 250 EC 50 + 50 0,40 L
Trifloxistrobina
Tebuconazol Constant 150 0,75 L
Tebuconazol Elite 150 0,75 L
Tebuconazol Folicur 200 EC 150 0,75 L
Tebuconazol Orius 250 EC 150 0,60 L
Tebuconazol Triade 150 0,75 L
Tetraconazol Domark 100 EC 50 0,50 L
Tetraconazol Eminent 125 EC 50 0,40 L
Tiofanato metílico Cercobin 700 WP 300 a 420 0,43 a 0,60 kg
Tiofanato metílico Cercobin 500 SC 300 a 400 0,60 a 0,80 L
Tiofanato metílico Support* 500 0,90 L
Tiofanato metílico + Celeiro 300 + 60 0,60 L
Flutriafol
Tiofanato metílico + Impact Duo 300 + 60 0,60 L
Flutriafol
1
g i.a. = gramas do ingrediente ativo.
2
p.c.= produto comercial.
3
Adicionar Nimbus 0,5% v/v em aplicação via pulverizador tratorizado, ou 0,5 L/ha, em
aplicação via aérea.
* produto com registro no Mapa apenas para controle de Cercospora kikuchii (crestamento foliar).
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 113
Tabela 7.6 Fungicidas indicados para controle de ferrugem
asiática da soja. XXXIX Reunião de Pesquisa de Soja da
Região Sul. Passo Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Dose/ha1
Nome comum Nome comercial
g i.a. p.c.
Azoxistrobina Priori2,7 50 0,20 L
Ciproconazol Alto 1007 30 0,30 L
Ciproconazol +
Priori Xtra2 24 + 60 0,30 L
Azoxistrobina
Ciproconazol +
Aproach Prima3 24 + 60 0,30 L
Picoxistrobina
Ciproconazol +
Artea 24 + 75 0,30 L
Propiconazol
Ciproconazol +
Sphere Max4 24 + 56,25 – 32 + 75 0,15-0,20 L
Trifloxistrobina
Difenoconazol Score7 50 0,20 L
Epoxiconazol +
Opera 25 + 66,5 0,50 L
Piraclostrobina
Epoxiconazol +
Envoy 88,5 a 103,2 0,60-0,70L
Piraclostrobina
Flutriafol Impact 125 SC5 50 a 75 0,40-0,60 L
Tetraconazol Domark 100 EC 50 0,50 L
Tetraconazol Eminent 125 EW 50 0,40 L
Tiofanato metílico +
Celeiro6 300 + 60 0,60 L
Flutriafol
Tiofanato metílico +
Impact Duo4 300 + 60 0,60 L
Flutriafol
A empresa detentora é responsável pelas informações de eficiência dos produtos.
Em aplicações sucessivas, evitar uso de fungicidas do grupo triazol isoladamente.
Observar orientações contidas no texto sobre ferrugem da soja.
1
g i.a.= gramas do ingrediente ativo. p.c.= produto comercial.
2
Adicionar Nimbus 0,5% v/v em aplicação via pulverizador tratorizado, ou 0,5 L/ha, em
aplicação via aérea.
3
Adicionar Nimbus 0,5 L/ha.
4
Adicionar Attach 250 mL/ha.
5
Adicionar Oppa 0,5% v/v.
6
Adicionar Iharol 1% v/v.
7
Não indicado para uso após detecção da doença.
114 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Tabela 7.7 Reação a doenças de cultivares de soja lançadas
durante as Reuniões de Pesquisa de Soja da Região Sul.
XXXIX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul. Passo
Fundo, 24 a 26 de julho de 2012
Cultivar CH1 PPH2 PB3 MOR4 MJ5 MI5 O6 PRF7
AMS Tibagi RR MR - S S - - MR S
6863 RSF -
MR
BMX Tornado R - S MR S S S
(raça 1)
RR
5953 RSF - R
R - MR MR S S MS
BMX Veloz RR (raça 1)
DonMario 5.9i - R
R - MR S S S MS
BMX Alvo RR (raça 1)
BRS 133 R S R R S S MS S
BRS 213 R R R R MT T S S
BRS 216 R - - R - - MS -
BRS 230 R R R R S MT S S
BRS 232 R R R R S MT MS S
BRS 243RR R R R R S S MS R7.1
BRS 245RR R S R R S S MS S
BRS 246RR R R R R S S MS MR
BRS 247RR R S - R S S MR -
BRS 255RR R MR R R S S MR S
BRS 256RR R MR R R R R S S
BRS 257 R MR R R MR R MS R
BRS 258 R S R R S S MR S
BRS 259 R MS R R S S S S
BRS 260 R MR R R MR R MR R
BRS 262 R S R R S S MS R
BRS 282 R R R R R R MS S
BRS 283 R MR R R MR S MS S
BRS 284 R R R R MR S MS S
Continua...
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 115
Tabela 7.7 Continuação.
Cultivar CH1 PPH2 PB3 MOR4 MJ5 MI5 O6 PRF7
BRS 294RR R R - R S S MS MR
BRS 295RR 8
R S - R S S MR R
BRS 316RR R R - R R MR MR R
BRS 3178 R MR - R S R MR R
BRS 360RR R R - MR - MR MR R
BRS Charrua
R MR R R S S MR S
RR
BRS Estância
S MR R R S S MS R7.1
RR
BRS Pampa
R MR R R S S MR MR
RR
BRS Taura RR S R R R MR S MR R7.2
BRS Tertúlia
R R MR R MR - MR R7.1
RR
BRS Tordilha
S MR R MR S S MR R7.1
RR1
CD 202 R - R R S T MS S
CD 206 R R - R S S MS R
CD 214RR R - - R MS MR S R
CD 215 R - - R MS - MR S
CD 219RR - - - R MR S MR R
CD 221 - - - R S S MR R
CD 226RR R - S R MR R MR R
CD 231RR R - - R MS R MR -
CD 235RR R - R R MS R S -
CD 236RR R - R R MR MR S -
CD 239RR R - R R MS MR MS -
CD 2585RR R - R R MS S MS S
CD 2630RR R - R R MS S MR S
CD 2737RR R - R R MS MS MR R
Embrapa 48 MS R R R S S S S
Fepagro 36RR R R R R MR S S R
Continua...
116 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Tabela 7.7 Continuação.
Cultivar CH1 PPH2 PB3 MOR4 MJ5 MI5 O6 PRF7
Fepagro 37RR R R R MR S S S R
FPS Iguaçu
R - MR S - - MR S
RR
FPS Júpiter
R - MR MR - - MS R (raça 1)
RR
R (raças
FPS Netuno
R S S R - - S 1,3)
RR
S (raça 4)
FPS Parana-
MR - MR MR - - MR S
panema RR
PFS Solimões
MR - MR S - - MR R
RR
FPS Urano R (raças
R S S MR - - S
RR 1,3,4)
FTS Ibyara
R MR R R S S MR S
RR
FTS Ipê RR R R R R S S MR -
FTS Tapes RR R R R R S S MR -
FTS 1156RR
R - R R S S MR -
Cafelândia
FTS Campo
R - R R S S MR -
Mourão RR
FTS Cascavel
R - R R S S MR -
RR
FTS Realeza
R - R R S S MR -
RR
Fundacep
R R R - - - MR R
Missões
Fundacep
S R R R S S R R
53RR
Fundacep
S R R R - S MR R
54RR
Fundacep
R S R R S S R S
55RR
Fundacep
R S R R S S MR S
56RR
Continua...
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 117
Tabela 7.7 Continuação.
Cultivar CH1 PPH2 PB3 MOR4 MJ5 MI5 O6 PRF7
Fundacep
R R S R S - MR R
57RR
Fundacep
R S R R MT - MR R
58RR
Fundacep
R R - R S S MR S
59RR
Fundacep
R MR R R S S S MR
61RR
Fundacep
R R R R S S MR S
62RR
Fundacep
R MR MR MR MT S MR R
66RR
TEC R - S S S S MR S
5721IPRO
TEC R R S R MS S MR R
5833IPRO
TEC R R S S MT S MR R
5936IPRO
TEC R MR S S MT S MR MR
7849IPRO
As informações constantes nesta tabela são de responsabilidade dos obtentores das cultivares.
R=resistente; MR=moderadamente resistente; MS=moderadamente suscetível; S=suscetível;
T=tolerante; MT=moderadamente tolerante; - = informação não disponível.
1
Cancro da haste (Diaporthe phaseolorum var. meridionalis), reação à inoculação em casa de vege-
tação. R=0 a 25% de plantas mortas (pm); MR=26 a 50% pm; MS=51 a 75% pm; S=76 a 90% pm;
AS=acima de 90% pm. BRS 153 e BRS Tordilha RR têm resistência de campo.
2
Podridão parda da haste (Cadophora gregata). Avaliação em condições de campo. R=0 a 5% de
plantas com sintomas foliares (psf); MR=6 a 25% psf; MS=26 a 55% psf; S=56 a 85% psf; AS=acima
de 85% psf.
3
Pústula bacteriana (Xanthomonas axonopodis pv. glycines);
4
Mancha “olho-de-rã”. Reação à mistura de raças de Cercospora sojina prevalecentes no Brasil. R =
de 0 a 2; S = 4. Em parênteses: raças às quais a reação se aplica.
5
Meloidogyne javanica (MJ) e Meloidogyne incognita (MI): nematoides causadores de galhas. Reação
baseada em intensidade de galhas e em presença de ootecas, avaliada em campo e em casa de
vegetação.
6
Oídio (Erysiphe diffusa). Dados obtidos em avaliação em campo.
7
Podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae), reação à inoculação em casa de vegetação: R = 0
a 30% de plantas mortas (pm); MR = 31 a 70% pm; S = acima de 70% pm.
7.1
Testadas com isolado de Phytophthora sojae com incompatibilidade aos genes Rps1a, Rps1b,
Rps1c, Rps1k, Rps3a e Rps8 (= genes efetivos).
7.2
Apresenta resistência de campo à podridão radicular de fitóftora.
8
Resistente às raças 1 e 3 do nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines).
118 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Referências
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 119
120 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Capítulo 8
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS –
"MIP"
122 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Tabela 8.1 Procedimentos e critérios para monitoramento e tomada de decisão para controle de pragas em
soja
Continua...
123
Tabela 8.1 Continuação
124
Nível médio para Método
Monitoramento
Praga controle de controle
Época/estádio Método Amostragem *
No período de Sementes: 1
De R3 (início forma-
colonização, percevejo/m
ção vagens) até R7 Método do pano (1m
concentrar nas Grãos: 2
Percevejos (maturação fisiológi- de comprimento em Pulverização inseticida
bordaduras. percevejos/m
ca). Iniciar por cvs. uma fileira)
Amostrar até às (considerar adultos
precoces>médias>tardias
10 h*** e ninfas > 0,5 cm)
30% das plantas
Broca-dos- Examinar 10 plantas/
- *** com ponteiros Pulverização inseticida
-ponteiros amostra
atacados
10% vagens ata-
Lagartas-das-
- - - cadas ou 15% de Pulverização inseticida
-vagens
desfolhamento
* Amostras aleatórias e representativas, em diferentes pontos da lavoura.
** Semear culturas não hospedeiras (milho, sorgo, girassol, milheto, etc.) na bordadura (25 m) da soja adjacente; fazer o controle químico
via tratamento de sementes e/ou pulverização.
*** Número de amostras: 6 amostras para 1 a 10 ha; 8 amostras para 11 a 30 ha; 10 amostras para 31 a 100 ha.
**** Uso de Baculovirus: aplicar com, no máximo, 20 lagartas pequenas (no fio) ou 15 lagartas pequenas + 5 lagartas grandes/m. Não
usar Baculovirus anticarsia nas infestações precoces (plantas até o estádio V4 - três folhas trifoliadas), com risco de desfolha acentuada,
e associadaS a períodos de estiagem, pois pode haver prejuízo ao desenvolvimento das plantas.
Inseticida/ Dose
Op2 Mm3 Av3 Px4 Ab5 Pr6 PA7 IR8 IS9
Acaricida (i.a.) (g i.a./ha)
Alfa-cipermetrina + 15 a 18 (Ag) 1 1 1 3 5 5 2 4,062 30
Teflubenzuron
Bacillus thuringiensis 500 (p.c.) (Ag, Pi) 1 1 1 1 1 1 1 0,000 s.r.10
Baculovirus anticarsia1 20 (p.c.) ou 70 LE (Ag) - - - - - - - - 0
Beta-ciflutrina 2,5 (Ag) 1 2 1 3 5 2 2 2,343 20
Beta-cipermetrina 6 (Ag) 2 2 1 3 3 2 1 2,031 14
Bifentrina 0,120 (p.c.) (Nv) 1 2 2 3 5 3 3 3,750 s.r.10
Ciflutrina 7,5 (Pi) 1 1 1 2 5 3 2 2,656 20
Clorantraniliprole 8 a 10 (Pi) 1 1 1 1 2 1 3 1,410 21
120 (Ag) 5 3 1 1 2 1 1 2,969 21
Clorpirifós
125
Continua...
Tabela 8.2 Continuação.
126
Inseticida/ Dose
Op2 Mm3 Av3 Px4 Ab5 Pr6 PA7 IR8 IS9
Acaricida (i.a.) (g i.a./ha)
Flubendiamida 12 (Ag) 1 1 1 3 1 2 2 1,562 20
Gama-cialotrina 2,25 (Ag) 1 1 1 3 5 2 2 1,875 14
Imidacloprido + beta-ciflutrina 84,4 (Nv, Pg, Eh) 2 1 1 5 1 3 2 3,125 21
Lambda-cialotrina 7,5 (Nv) 1 2 1 2 5 3 2 2,812 20
Lufenurom 7,5 (Ag) 3 1 2 1 1 1 2 2,031 14
Metoxifenozida 21,6 (Ag) 1 1 1 1 1 1 2 1,042 7
Metomil 161 ,5 (Pi) 2 3 3 4 4 3 2 4,062 14
Novalurom 6,0 (Ag) 1 1 1 1 1 1 5 1,875 53
Novalurom 10 (Ag) 1 1 1 1 1 1 5 1,875 53
Permetrina SC 12,5 (Ag) 1 2 2 4 5 2 3 2,500 30
Permetrina CE 25 (Pi) 1 1 2 4 5 3 2 3,125 60
Profenofós 80 (Ag) 2 2 2 3 5 1 1 1,875 21
Spiromesifen 100(Tu) 1 1 1 1 1 2 1 0,625 21
Tebufenozida 30 (Ag) 1 1 1 1 1 1 2 0,625 14
Tiodicarb WG 56 (Ag) 4 3 1 1 4 2 3 2,656 14
400 (Ag) 3 2 2 1 1 1 1 1,562 7
Triclorfom
800 (Nv, Pg, Eh) 4 2 2 1 1 1 1 2,187 7
Triflumurom 15 (Ag) 1 1 1 1 1 1 2 0,625 28
1
Podem ser usados produtos comerciais formulados ou preparados pelo agricultor, em pulverização convencional ou com avião. Com mais de 5 lagartas
grandes/m (nível para uso do Baculovirus anticarsia puro – Tabela 8.1) e menos de 20 lagartas grandes/m (nível de controle para inseticidas químicos –
Tabela 8.1.), o B. anticarsia pode ser utilizado em mistura com os inseticidas químicos, em dose reduzida (Tabela 8.3). LE = lagarta equivalente.
2
DL50 oral + DL50 dermal/dose (18) x 10. Escala: 1 => 1000; 2 = 200 a 1000; 3 = 50 a 200; 4 = 10 a 50; 5 =< 10.
Op: [(1807 + 4000) / 18] * 10 = 3226,1 à Escala = 1
3
DL50 oral (mg/kg). Escala: a mesma de Op. Direto.
128
medideira (Pi), percevejo-verde (Nv), percevejo-pequeno (Pg), percevejo-marrom (Eh), tamanduá-
da-soja (Ss) e ácaro-rajado (Tu), nos anos agrícolas 2012/2013 e 2013/2014 (o vencimento ou a
perda do registro no Mapa exclui automaticamente produtos comerciais da indicação)
129
Tabela 8.3 Continuação
130
Nome técnico Nome comercial Formulação1 Concentração Dose p. c. Classe
(g i.a./kg ou L) (kg ou L/ha) toxicológica
Metomil ( Pi) Methomex 215 SL 215 1,000 II
SL
Gallaxy 100 EC EC 100 0,075 IV
Novalurom (Ag)
Rimon 100 EC EC 100 0,075 IV
Piredan EC 384 0,065 II
Permetrina (Pi) Pounce 384 EC EC 384 0,065 III
Talcord 250 EC 250 0,120 I
Profenofós2 (Ag) Curacron 500 EC 500 0,200 III
Tebufenozida (Ag) Mimic 240 SC SC 240 0,125 IV
Tiodicarbe (Ag) Larvin 800 WG WG 800 0,070 I
Triflumurom (Ag) Certero 480 SC SC 480 0,050 II
1
LE = lagarta equivalente; CS - suspensão de encapsulado; WP (PM) = pó molhável; SC = suspensão concentrada;
EC (CE) = concentrado emulsionável; UL (UBV) = ultra baixo volume; FS = suspensão concentrada para tratamento de
sementes; SL (SC) = concentrado solúvel; WG = granulado dispersivel; XX = outras.
² Pode ser utilizado em dose reduzida (35 g i.a./ha de endossulfam ou 30 g i.a. de profenofós/ha) em mistura com B.
anticarsia (ver Tabela 8.2).
³ Tratamento de sementes (dose/100 kg).
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 131
Anexo 8.1 Continuação
Ordem e espécie Família Nome comum
Dichelops melacanthus (Dallas, Pentatomidae percevejo-barriga-
1851) -verde
Edessa meditabunda (Fabri- Pentatomidae percevejo-asa-preta
cius,1794)
Euschistus heros (Fabricius,1794) Pentatomidae percevejo-marrom
Nezara viridula (Linnaeus, 1758) Pentatomidae percevejo-verde
Piezodorus guildinii (Westwood, Pentatomidae percevejo-verde-
1837) -pequeno
Scaptocoris spp. Cydnidae percevejo-castanho
Thyanta perditor (Fabricius, 1794) Pentatomidae percevejo-pardo
LEPIDOPTERA
Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1766) Noctuidae lagarta-rosca
Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 Noctuidae lagarta-da-soja
Crocidosema aporema (Walsin- Tortricidae broca-dos-ponteiros
gham,1914)
Cydia fabivora (Meyrick, 1928) Tortricidae broca-das-axilas
Elasmopalpus lignosellus (Zeller, Pyralidae lagarta-elasmo
1848)
Etiella zinckenella (Treitschke, Pyralidae broca-das-vagens
1832)
Omiodes indicatus (Fabricius, 1775) Crambidae lagarta-enroladeira
Pseudoplusia includens (Walker, Noctuidae lagarta-falsa-medi-
1858) deira
Rachiplusia nu (Guenée, 1852) Noctuidae lagarta-do-linho
Spodoptera eridania (Stoll, 1782) Noctuidae lagarta-das-vagens
Spodoptera cosmioides (Walker, Noctuidae lagarta-das-vagens
1858)
Urbanus proteus (Linnaeus, 1758) Hesperiidae lagarta-cabeça-de-
-fósforo
THYSANOPTERA
Caliothrips brasiliensis (Morgan, Thripidae tripes
1929)
132 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Anexo 8.2 Grupo e mecanismo de ação de inseticidas indi-
cados para o controle de pragas de soja
Nome técnico Grupo Mecanismo de ação
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 133
Referências
134 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
Capítulo 9
COLHEITA
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 135
9.1.1 Preparo inadequado do solo
Solo mal preparado pode causar prejuízos na colheita,
devido a desníveis no terreno que provocam oscilações
de altura na barra de corte da colhedora, fazendo com
que haja cortes desuniformes e legumes deixem de ser
colhidos. A quebra de facas da barra de corte prejudica
o funcionamento desta, deixando muitas plantas sem ser
cortadas.
136 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
sementes e, ainda, facilitando maior incidência de fungos.
Em lavouras infestadas, a velocidade da colhedora deve
ser reduzida.
138 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
em perda grave. Associada à velocidade do cilindro está a
abertura do côncavo, que pode reduzir a quebra de grãos.
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 139
Para avaliar perdas ocorridas durante a colheita, indica-se
o método volumétrico, utilizando o copo medidor de perdas.
Este copo correlaciona volume com peso, permitindo
determinação direta de perdas em kg/ha de soja, pela
simples leitura dos níveis impressos no próprio copo. O
método consiste em coletar, de uma área recém-colhida,
os grãos de soja que permaneceram no solo. Esta área é
delimitada por uma armação com pedaços de madeira de
0,50 m de comprimento e com largura igual à da plataforma
de corte da colhedora. Esta armação, na sua maior extensão
(largura da plataforma de corte), pode ser delimitada por
barbante comum, unindo as extremidades dos dois cabos.
O copo medidor está disponível gratuitamente na Embrapa
Soja, Londrina, PR.
140 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014
c) usar velocidade de trabalho entre 4 a 5 km/h. A maioria
das colhedoras possui uma velocidade padrão da barra de
corte correspondendo, em movimento retilíneo contínuo,
a 4,8 km/h. Portanto, velocidades superiores tenderão
a causar maiores perdas devido ao impacto extra e à
raspagem da haste, com possível arranquio de legumes
antes do corte. Para determinar a velocidade da colhedora
de forma prática, contar o número de passos largos (cerca
de 90 cm) tomados em 20 segundos, caminhando na
mesma velocidade e ao lado da colhedora. Multiplicar o
número encontrado por 0,16 para obter a velocidade em
km/h;
Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014 141
Geralmente, as perdas na trilha, na separação e na
limpeza representam de 12% a 15% das perdas totais;
porém, em certos casos, podem superar até mesmo as
perdas da plataforma de corte. Entretanto, essas perdas
são, praticamente, eliminadas tomando-se os seguintes
cuidados:
142 Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no RS e em SC, safras 2012/2013 e 2013/2014