Regulamento
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ª série PARTE H
MUNICÍPIO DE AVEIRO
Nota justificativa
Resulta assim que a aprovação do presente Regulamento se apresenta claramente como uma
mais-valia para a promoção do desenvolvimento local numa lógica intermunicipal e para a caracte-
rização de cada um dos Municípios que compõem a CIRA como Municípios Sustentáveis.
Assim, ao abrigo da competência prevista na alínea k) do n.º 1 do artigo 33.º, da Lei n.º 75/2013,
de 12 de setembro, na sua atual redação, foi aprovado pela Câmara Municipal, na sua reunião
realizada em 6 de agosto de 2020, o projeto de Regulamento Municipal de Instrução dos Procedi-
mentos Administrativos do Município de Aveiro, que foi submetido a consulta pública por 30 dias a
contar da sua publicação na 2.ª série do Diário da República, n.º 185, de 22 de setembro de 2020,
tendo sido igualmente publicitado no sítio institucional do Município, e por afixação nos locais ha-
bituais, para recolha de sugestões dos interessados, em cumprimento do previsto nos n.os 1 e 2
do artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo. A Federação Portuguesa da Indústria
de Construção e Obras Públicas, a Ordem dos Arquitetos e a Ordem dos Engenheiros, a Agência
para a Modernização Administrativa e a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública,
foram diretamente convidadas a participar, tendo sido recebida pronúncia apenas da Entidade de
Serviços Partilhados da Administração Pública e da Ordem dos Arquitetos que se pronunciaram
favoravelmente à existência e teor do regulamento em causa. Findo o prazo de consulta, supra-
mencionado, não foram apresentadas quaisquer outras sugestões.
Assim, ao abrigo da alínea k) do n.º 1 do artigo 33.º e alínea g) do artigo 25.º, ambos do Anexo I
à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, a Assembleia Municipal de Aveiro, na sua sessão ordinária
de novembro/dezembro, em reunião realizada em 27 de novembro, e sob proposta da Câmara
Municipal aprovada na sua reunião ordinária de 12 de novembro, aprovou o presente regulamento,
que será publicado nos termos previstos no 139.º do Código do Procedimento Administrativo.
PARTE I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Lei Habilitante
O presente Regulamento é elaborado nos termos e ao abrigo do disposto no n.º 7 do artigo 112.º
e no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, na alínea k) do n.º 1 do artigo 33.º,
conjugada com a alínea g) do n.º 1 do artigo 25.º, ambas do anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de
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setembro, no artigo 2.º e no n.º 3 do artigo 26.º do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, bem
como nos artigos 14.º e 61.º do Decreto-Lei n.º 4/2015, de 7 de janeiro, no n.º 10 do artigo 2.º e no
artigo 4.º da Lei n.º 37/2014, de 26 de junho, nos artigos 3.º a 7.º do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de
2 de agosto, no artigo 2.º, 4.º e 5.º da Lei n.º 36/2011, de 21 de junho, no Decreto-Lei n.º 47344/66,
de 25 de novembro, no artigo 8.º-A do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro e no Anexo II da
Portaria n.º 113/2015, de 22 de abril, todos na sua atual redação.
Artigo 2.º
Âmbito
Artigo 3.º
Definições
a) Serviços online: portal acessível pelo sítio institucional do Município na internet direcionado
para a instrução de requerimentos e apresentação de elementos instrutórios em formato digital
pelos cidadãos e agentes económicos;
b) Formato digital: transmissão eletrónica de dados (nomeadamente, através dos “serviços
online”) bem como a apresentação do(s) ficheiro(s) ou pasta comprimida de ficheiros correspon-
dentes a cada elemento instrutório;
c) Dispositivos de armazenamento: componente portátil com capacidade de armazenamento
de dados que permita a sua consulta, uso e transmissão;
d) Formulário eletrónico: modelo normalizado disponível nos “serviços online” para a instrução
de requerimentos e respetivos elementos instrutórios em formato digital;
e) Assinatura eletrónica qualificada: assinatura digital ou outra modalidade de assinatura ele-
trónica avançada que satisfaça exigências de segurança idênticas às da assinatura digital baseadas
num certificado qualificado e criadas através de um dispositivo seguro de criação de assinatura, à
luz do exposto da alínea g) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de agosto;
f) Especificações de instrução dos requerimentos: conjunto de diretrizes e orientações que
identificam as formalidades administrativas que se devem observar aquando da apresentação dos
requerimentos e respetivos elementos instrutórios pelos canais de interação definidos no presente
Regulamento.
Artigo 4.º
Objeto
do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, na sua redação atual e pelas regras estabelecidas no
Decreto-Lei n.º 74/2014, de 13 de maio, na sua redação atual.
2 — O uso de meios eletrónicos não implica restrições ou discriminações não previstas para
os interessados que se relacionem com o Município por meios não eletrónicos.
PARTE II
Disposições especiais
CAPÍTULO I
Artigo 6.º
Canais de Interação
Sem prejuízo das formas de apresentação de requerimentos estabelecidas pelo Artigo 104.º
do CPA, a instrução de requerimentos poderá ser efetuada pelos seguintes canais de interação:
a) Online:
b) Presencial:
c) Correio postal:
i) A instrução por correio postal é realizada mediante o envio de carta registada para o ende-
reço postal do Município;
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Artigo 8.º
Assinatura de requerimentos e elementos instrutórios
a) seja utilizado o certificado digital do Cartão do Cidadão ou a Chave Móvel Digital como meio de
autenticação segura, ao abrigo do artigo 4.º da Lei n.º 37/2014, de 26 de junho, na sua redação atual;
b) seja utilizado o nome de utilizador e palavra chave, nos termos do contrato de adesão aos
“Serviços online”, subscrito no registo prévio inicial no portal;
i) Caso o requerimento seja submetido através dos “Serviços Online”, é aceite uma cópia do
documento original, com termo de autenticação assinado digitalmente por entidade com compe-
tência, nos termos do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de março, na sua redação atual;
ii) Caso o requerimento seja entregue em atendimento presencial, é aceite a exibição do
documento original, para efeitos de conferência e averbamento, pelo funcionário municipal, sobre
cópia que fará parte da sua instrução.
Artigo 10.º
Especificações gerais para apresentação de elementos instrutórios
Artigo 11.º
Formatos digitais admitidos para os elementos instrutórios
Sem prejuízo de formatos previstos em legislação especial, são admitidos os seguintes for-
matos digitais:
a) PDF/A (ISO 19005) é o formato de ficheiro a utilizar para os documentos, peças escritas,
imagens e fotografias;
b) DWG, ou formatos abertos equivalentes, é o formato de ficheiro a utilizar para as seguintes
peças desenhadas e georreferenciadas:
i) Levantamento topográfico;
ii) Implantação da operação urbanística;
iii) Limite do(s) prédio(s);
c) DWFx é o formato de ficheiro a utilizar para as restantes peças desenhadas, como projeto
de arquitetura ou outras não integrantes de projetos de especialidades, permitindo medições e
manuseamento de camadas.
CAPÍTULO II
SECÇÃO ÚNICA
Urbanismo
Artigo 12.º
Prazos, instrução e prevalência
1 — São definidos, de forma faseada, os seguintes períodos de adequação às disposições
para instrução em formato digital:
a) Até 120 dias após a entrada em vigor do presente regulamento: faculdade de instrução com
um exemplar em formato digital e um exemplar em papel, quando apresentados presencialmente
ou por via postal, sem prejuízo da instrução com mais exemplares nos casos previstos de neces-
sidade de consulta a entidades externas, sendo que, em caso de divergência entre os elementos
em suporte digital e os elementos em suporte papel, prevalecem os primeiros;
b) Após o termo do período indicado na alínea anterior: entrega dos elementos instrutórios,
unicamente em formato digital, independentemente do canal de interação, com obrigatoriedade de
cumprimento das disposições comuns e específicas, previstas no presente regulamento;
2 — Estão abrangidos pelos prazos e obrigações previstos no número anterior todos os pedidos
subsequentes e de continuidade de processos já existentes no Município.
Artigo 13.º
Junção, correção e substituição de documentos
Artigo 14.º
Plantas de localização
Artigo 15.º
Especificações das peças desenhadas (DWFx)
1 — A primeira página de qualquer ficheiro DWFx é uma folha de índice, identificando todas
as páginas que o compõem.
2 — A última página de qualquer ficheiro DWFx contém uma listagem de todos os nomes de
layers/camadas com as respetivas descrições.
3 — As peças desenhadas respeitantes ao projeto de arquitetura (nomeadamente, plantas,
cortes, alçados e pormenores) ou outras peças desenhadas que não as integrantes de projetos de
especialidades, deverão ser apresentadas num único ficheiro em formato DWFx.
4 — Quando um ficheiro DWFx se refere a uma especialidade, este contém todas as folhas
relativas às peças desenhadas dessa especialidade.
5 — Cada peça desenhada é devidamente identificada com a designação atribuída na sua
respetiva legenda (por exemplo, plantas dos pisos, planta de coberturas, planta de implantação,
corte longitudinal AB, etc.).
6 — Todas as folhas contidas num ficheiro DWFx são criadas com o formato/escala igual ao
de impressão (por exemplo, um desenho a ser impresso em A1 deverá passar a DWFx com o
mesmo formato/escala).
7 — Nos casos referidos no número anterior, as escalas indicadas nos desenhos não dispen-
sam a cotagem dos mesmos, assim como as cores devem respeitar o estipulado no ponto 6 do
Anexo II da Portaria n.º 113/2015, de 22 de abril.
8 — A unidade utilizada é o metro (1 m = 1 unidade), com precisão de duas casas decimais.
9 — A impressão é configurada para que a componente vetorial do ficheiro tenha uma definição
(DPI) suficiente para garantir esta precisão.
10 — Todas as folhas criadas permitem a identificação e controle da visibilidade dos layers/
camadas e os seus nomes devem indicar o que representam.
11 — As peças desenhadas incluem legendas, contendo todos os elementos necessários à
identificação da peça: o nome do requerente, a localização, o número do desenho, a escala, a es-
pecificação da peça desenhada, lista de standards, nomeadamente a listagem de todos os nomes
de layers/camadas com as respetivas descrições, o nome do autor do projeto e a data.
Artigo 16.º
Especificações do levantamento topográfico e planta de implantação ou de síntese
3 — Podem ser admitidas novas layers/camadas que não estejam previstas no referido catá-
logo, desde que caracterizem melhor a realidade existente.
4 — O referido “Catálogo Intermunicipal de Layers/Camadas” está disponível nos “Serviços
online”.
5 — Todas as peças são entregues com a data do levantamento em formato dd-mm-aaaa.
6 — A unidade utilizada é o metro (1 m = 1 unidade), com precisão de três casas decimais.
7 — Os pontos cotados (X, Y, Z) e curvas de nível 3D possuem a equidistância máxima de 2
metros.
8 — O perímetro correspondente ao limite da propriedade deve contemplar uma faixa envol-
vente mínima de 15 metros.
9 — A definição das empenas das construções confrontantes é voltada para o terreno e res-
petivas cotas altimétricas (empenas e cumeeiras).
10 — A representação de uma característica geográfica numa camada é completa, não de-
pendendo de elementos geográficos de outras camadas, ainda que isso implique duplicação.
11 — Os elementos do tipo “área” são do tipo linha ou polilinha e estão corretamente fechados
(erro topológico nulo).
12 — Os elementos do tipo “linha” utilizam uma geometria simples, não sendo admissível o
uso de splines.
13 — Os elementos do tipo “ponto” são representados como blocos e nunca como um conjunto
de elementos desenhados individualmente (explodidos).
14 — Os elementos do tipo “texto” pertencem à camada da entidade que representam ou
referenciam.
15 — As tramas ou preenchimentos são colocadas na camada da entidade que representam
ou referenciam e não devem estar desagregados (explodidos).
PARTE III
Disposições finais
Artigo 17.º
Artigo 18.º
Disposição transitória
O presente Regulamento aplica-se aos processos em curso à data da sua entrada em vigor.
Artigo 19.º
Normas revogadas
Artigo 20.º
Legislação subsidiária
A tudo o que não esteja especialmente previsto no presente regulamento, aplica-se subsidia-
riamente:
Artigo 22.º
Entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação no Diário
da República.
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