Peter Pan - Peça
Peter Pan - Peça
Peter Pan - Peça
(Meg e João estão brincando de espada como se fossem Peter Pan e Capitão Gancho)
João: Rá, Peter Pan, eu não irei deixar barato: Olha o que você fez com a minha mão.
Meg: Esse foi só o começo. Diga: Onde está a princesa Raio De Luz?
Meg: Hey, Gancho: Ouve só: Tic tac tic tac tic tac.
Meg: Wendy, conta mais uma história, só mais uma história, por favor... Por favorzinho!
Wendy: Tudo bem, Tudo bem, mas é a última viu? Era uma vez, em uma terra muito muito distante, chamada
˜A Terra do Nunca˜, onde as crianças nunca cresciam. A ilha era protegida por índios, que detinham todo o
poder mágico, até que um dia…
Sr Darling: (tentando dar o nó na gravata) Essa parte vem aqui, e ai eu viro 360 graus e... (furiosos) Ah mas
essa gravata...
Sr Darling: (Berrando) O nó, não quer dar nó. Pelo menos não em volta do meu pescoço. Em volta do pé da
cama, sim. Já experimentei, para treinar, já consegui mais de vinte vezes. Mas em volta do meu pescoço, ah,
isso não! De jeito nenhum! Ela pede desculpas, mas se recusa... (Para senhora Darling) Vou lhe avisar uma
coisa, senhora mãe, se essa gravata não ficar direitinha no meu pescoço, nós não vamos ao jantar essa noite. E
se eu não for ao jantar essa noite, nunca mais vou ao escritório. E se eu não for mais ao escritório, você e eu
vamos morrer de fome e nossos filhos vão ser jogados na rua.
Sra. Darling: Deixa eu tentar, querido. Esse lado vai pra cá, este pra cá… Você, então da uma volta aqui, outra
ali, e pronto. (Dá um nó na gravata) É simples, viu?
Sr. Darling: Bobagem! Wendy vive enchendo a cabeça de vocês meninos com essas histórias bobas...
Sr. Darling: Mas pai nada, tenho dito senhorita, esta será sua última noite no quarto das crianças, entendeu? A
partir de amanhã você terá um quarto só para você e estará proibida de contar histórias para seus irmãos.
Sra. Darling: Vamos Wendy, não chore minha filha, seu pai a ama, ele não falou por mal, é que ele se preocupa
com você e com seus irmãos
Sra. Darling: Mas querida, crescer é natural. Todos crescem, eu cresci, seu pai cresceu.
Wendy: Não, não eu não quero.
Sra. Darling: Tudo bem, amanhã falamos sobre isso, agora obedeçam seu pai: Hora de dormir.
Sra. Darling: Já disse: Não se preocupem com isso, queridos... Amanhã falo com o pai de vocês, pra cama…
Já.
Meg: Por favor, Wendy, eu adoro os Piratas, a princesa Raio de Luz e os Meninos Perdidos.
(A luz se apaga)
Cena 2 - A Sombra
(A sombra de Peter entra no quarto e se esconde dele, em seguida Peter entra e começa a procurar sua sombra
acompanhado de Sininho)
(A sombra tenta escapar, Peter e Sininho correm tentar pegá-la, Peter consegue pegar, porém não consegue se
colar com a Sombra. Ele desiste e começa a chorar)
Wendy: O que está acontecendo? Quem é você? Prazer, sou Wendy Moira Angela Darling.
Wendy: Só isso?
Peter: Só.
Wendy: Desculpe.
Wendy: Oh, Peter, coitado! Não admira que esteja chorando! (Desce da cama e vai para junto dele)
Peter: Eu não estava chorando por causa de mãe nenhuma. Estava chorando porque não consigo colar minha
sombra. Além do mais, eu não estava chorando...
Peter: Descolou.
Peter: (Começa a andar de um lado para o outro, feliz) Ah, como eu sou esperto. Viva a minha esperteza!
Wendy: Um pouquinho? Se não sirvo para nada, então posso muito bem ir embora...
(Wendy volta para a cama e coloca a cabeça em baixo das cobertas. Peter finge que vai embora, mas mesmo
assim ela não olha. Ele vai até a beirada da cama)
Peter: Wendy, não vá embora. Eu não consigo parar de ser convencido e ficar me gabando quando eu estou
feliz, Wendy. Wendy...
Wendy: Pois eu acho uma gracinha você dizer isso. E vou me levantar de novo. (Senta-se na cama) Se você
quiser, eu posso lhe dar um beijo.
Wendy: Vou usar o seu beijo com um cordãozinho em volta do pescoço. (Coloca um cordão no botão e o
amarra no pescoço) Quantos anos você tem?
Peter: Não sei... Mas ainda sou bem moço. Wendy, fugi de casa quando nasci.
Peter: Foi porque eu ouvi meu pai e minha mãe conversando sobre o que eu ia ser quando crescesse. Eu não
quero crescer nunca, quero ficar sempre criança e me divertir muito. Por isso eu fugi para os jardins de
Kensington e vivi lá por muito tempo, no meio das fadas.
Peter: Às vezes elas são bem chatas, vivem se metendo no meio do caminho, às vezes eu até me escondo
delas. Mas eu gosto das fadas. Sabe Wendy, quando o primeiro bebe riu pela primeira vez, a risada dele se
quebrou em mil pedacinhos e cada um saiu saltitando... Cada um virou uma fada, foi assim que elas
apareceram. Por isso deveria existir pelo menos uma fada para cada menino ou menina.
Peter: Não, é o seguinte: hoje em dia as crianças sabem tanta coisa que logo deixa de acreditar em fadas. E
cada vez que uma criança diz “eu não acredito em fadas”, em algum lugar uma fada cai morta. (Lembrando de
Sininho) Não consigo imaginar onde ela se meteu. Sininho! Sininho!
Wendy: Peter, você não vai me dizer que tem uma fada aqui dentro desse quarto!
Peter: Ela estava aqui ainda agorinha. Por acaso você não a está ouvindo?
Wendy: A única coisa que eu estou ouvindo é uma musiquinha parecida com o som de sinos.
Peter: Pois bem, é ela, é Sininho. Essa é a língua das fadas. Acho que também estou ouvindo. (Contente)
Wendy, acho que tranquei a Sininho no baú.
(Peter abre a tampa do baú, Sininho corre pelo quarto, muito brava)
Sininho: Como você pode me esquecer dentro de um Baú? Você não só me esqueceu lá dentro, você se
esqueceu da minha existência.
Peter: Você não devia ficar falando essas coisas. É claro que eu estou triste por ter trancado você lá dentro,
mas como é que eu ia saber que você estava no baú?
Wendy: Ah, Peter! Se ela parasse quieta um instantinho para eu poder ver...
Peter: Sino... Esta dama diz que gostaria que você fosse a fadinha dela.
Peter: Ela não é muito educada. Disse que você é uma menina grande e feia, e que ela já é minha fada. (Para
Sininho) Você sabe muito bem que não pode ser minha fada Sino, porque sou um cavalheiro, e você é uma
dama.
Peter: Desculpe, ela é uma fadinha bem comum, uma funileira, encarregada de consertar panelas e chaleiras lá
no reino das fadas.
Peter: E é mesmo... Mas ficamos muito sozinhos sabe? Voce não quer ir?
Wendy: Ai!
Peter: Deve ter sido Sininho. Nunca a vi tão mal comportada assim.
Sininho: Vamos embora Peter, não chame essa menina pra vir com a gente, já tem criança demais lá na Ilha.
Peter: Ela está tão esquisita. Eu sempre venho aqui para escutar as historias. É que eu não sei nenhuma
historia, sabe? E nenhuma das crianças perdidas sabe contar historias.
Peter: Você sabe por que as andorinhas só fazem ninhos nos beirais dos telhados? Para poderem ouvir suas
historias. (Peter se levanta em um pulo e vai até a janela)
Wendy: Não vá Peter. Eu sei tantas historias. Ah, tantas historias que eu poderia contar para elas.
Wendy: Me solte!
Peter: Wendy, por favor, venha comigo e conte...
Wendy: Puxa eu não posso... Pense só na mamãe, e além do mais eu não sei voar.
Peter: Eu te ensino...
Peter: Wendy, você podia ajeitar nossas cobertas de noite. Nunca nenhum de nós teve ninguém que ajeitasse
nossas cobertas de noite.
Wendy: Ah... (Estende os braços para ele) É claro que é fascinante. Demais! Você ensina João e Meg a voar
também?
Wendy: Acordem!
Peter: É só pensar em coisas boas e esses pensamentos gostosos vão te fazer subir no ar.
(João, Wendy e Miguel tentam voar pulando das camas, mas só caem) (Sino ri)
Peter: Ah é, eu esqueci: vocês precisam de um pouco de poeira das fadas. (Sininho tenta fugir, mas Peter
alcança e pega com ela poderia de fadas) (Joga um pouco de glitter nas crianças) Só um pouco de pó magico e,
agora pensem em coisas felizes… (E voam)
João: Olhe ali Meg, estou vendo a fumaça do acampamento dos índios!
Meg: Onde? Me mostre que pelo jeito dela subir eu digo se estão se preparando para a guerra.
Peter: Tem um pirata dormindo nos pampas bem embaixo da gente, podemos ir lá e acabar com ele.
Peter: Gancho.
Meg: Você?
Peter: Se pode...
Wendy: É canhoto?
Peter: Mandou botar um gancho de ferro no lugar da mão, e espeta com ele.
João: Espeta?
Peter: Mas há uma coisa que toda criança que serve sob minhas ordens tem que prometer, e você também. É o
seguinte: se encontrarmos com gancho numa luta, você tem que deixar ele pra mim.
João: Prometo.
Cena 4 – Navio Pirata
Piratas: Hey!
Nós todos somos piratas,
Audazes e temerários,
Terríveis e sanguinários,
Nós somos os donos do mar
Hey!
Gancho: (Para os piratas) Espalhem-se e procurem os meninos. Mais que tudo eu quero o chefe deles, o tal
Peter Pan. Foi ele que cortou o meu braço. Há muito tempo que eu estou querendo apertar a mão dele com isso
aqui.
Rufus: Mas, capitão, eu sempre ouvi o senhor dizer que esse gancho valia mais que dez mãos. Que servia pra
pentear o cabelo e para uma porção de coisas...
Gancho: É... e se eu fosse uma mãe, ia rezar para que os meus filhos nascessem com isso em vez disso aqui...
Mas Peter jogou meu braço para um crocodilo que estava passando.
Toquinho: Bem que eu reparei que o senhor tem um senhor tem um estranho pavor de crocodilos.
Gancho: De crocodilos não. De certo crocodilo. Ele gostou tanto do meu braço que me persegue por mar e
terra, lambendo os beiços, esperando o resto de mim...
Jack: De certa forma, isso é um elogio... (orgulhoso) Ele já comeu minha orelha.
Gancho: Não quero saber desse tipo de elogios, quero saber é de Peter... Esse crocodilo já teria me pegado se
ele não tivesse engolido um despertador que fica fazendo tique taque dentro dele. Quando ele vai chegando
perto eu ouço o tique taque e dou um pulo...
Gancho: Smee…
Gancho: Por que demorou tanto?? O que estava fazendo, vamos fale!
Smee: Mas Capitão, descobrimos que a Princesa Raio de Luz sabe a localização da casa das crianças
perdidas, capitão! E parece que Peter não está lá.
(Do outro lado do palco, os piratas estão juntos)
Toquinho: São quase oito horas, será que vai demorar muito?
Jack: É hoje que Tereza Cristina descobre que Carlos Alberto é o pai dela.
Gancho: Smee… Smee, É ele… É ele o crocodilo, ele voltou, mande ele embora… Por favor!!!
Smee: Xoooo, Xooo Crocodilo. Que coisa feia assustando meu capitão, vai embora crocodilo feio.
(O relógio passa na mão de cada um pirata até ser jogado longe pelo último)
Gancho: Ufa… Ufa, mas me fale mais… O que mais você descobriu?
Smee: Fiquei sabendo que Peter Pan arrumou uma mãe para contar histórias para eles.
Gancho: Não, seu idiota, isto não, isto não pode dar certo.
Gancho: Sim… Isso sim, besta quadrada, vamos usar essa ideia pro nosso plano. (Smee levanta a mão) Diga,
Smee…
Gancho: (segurando Smee pela roupa): Já tenho um plano: A filha da Cacique sabe onde o Peter se esconde,
capturamos a princesa e obrigamos ela a falar onde ficar o esconderijo das crianças perdidas.
Meg: É maravilhoso.
Sininho: Peter… Os piratas os viram antes do escurecer. E estão preparando o Tião Comprido
(Som de canhão, os cinco caem. Black-out. Acendem-se as luzes, todos estão caídos, Sininho se levanta
chamando Wendy e ela vai atrás.)
Gancho: Voltamos então com o plano A: Em direção a Aldeia Piccanniny, aqueles índios conhecem essa Ilha
melhor do que eu conheço meu próprio navio.
Cena 6 – Crianças Perdidas
(Crianças perdidas estão dormindo. Sino entra faz cócegas no Ligeiro e coloca a pena na mão de Filhote. Ligeiro
acorda bravo e briga com Filhote.)
(Filhote começa a rir e se debater e sem querer bate a mão no Assobiador. Que por sua vez acorda bravo com
Filhote.)
Ligeiro: Wendy!
Sininho: Não há tempo para explicações. Ela está vindo voando por ali. (Aponta)
Ligeiro: Amassem?
Filhote: Capturem?
Assobio: Triturem?
Sininho: Preparar.
Ligeiro: Sininho… Ah, se Peter ficar sabendo ele vai te banir da Terra do Nunca.
Ligeiro: São crianças que caem dos carrinhos quando as babás não estão prestando atenção.
Assobio: Se em sete dias ninguém for procurar por elas, elas são mandados para a Terra do Nunca, para
diminuir as despesas.
Crianças Perdidas: Peter! (Tentam contar o que soninho aprontou vira tudo uma grande confusão)
Peter: Atenção! (Todos apostos) Eu trago uma mãe para contar histórias para vocês e é assim que vocês a
recepcionam?
(Crianças resmungam)
Peter: Então decidido: Crianças levem Meg e João para conhecer a aldeia. Wendy eu te levo até o Lago das
Sereias.
Princesa Raio de Sol: (para a prateia) Por muitas luas homens vermelhos lutaram contra garotos maus. Mas
agora garotos maus não são mais tão maus, são bons… São amigos.
Princesa Raio de Sol: Peter Pan, enfim encontrou uma mãe para ele e para as crianças perdidas, mas agora
eles precisam da minha ajuda contra o terrível Capitão Gancho, e seus capangas piratas. Eu, e apenas eu sei
onde fica o esconderijo deles, e é meu dever manter esse segredo sob sete chaves e sete luas. (Olha para
longe) Mas o que é isso?
(Entra a Cacique)
Cacique: Terra do Nunca, pedaço de terra cercado de água por todos os lados: Casa dos índios da Aldeia
Piccanniny, e eu sou a Cacique, mãe da Princesa Raio de Sol. Nós homens vermelhos somos detentores de
toda a magia da ilha, mediadores entre os moradores e a natureza, nós mantemos o equilibro da terra onde
ninguém nunca cresce. Porém hoje pela manhã percebi que minha filha Princesa Raio de Sol está sumida, e
suspeito que Peter Pan e suas crianças perdidas estejam envolvidos nisso.
Alvorada! Alvorada!
Alvorada: (chega) Sim, senhora Cacique. (Entra Alvorada seguido de Meg, João e as crianças perdidas, todos
capturados)
Cacique: Alvorada, você tem informações de onde está minha filha, Princesa Raio de Luz?
Alvorada: Senhora Cacique, rondei toda floresta que cerca Aldeia. Avistei ao norte algumas crianças perdidas,
aquelas de Peter Pan. Eles estavam cercando o perímetro da nossa Aldeia.
Cacique: Meninos mentem, meninos são maus. Peter Pan e seus meninos sequestraram a Princesa Raio de
Luz. Mas isso não vai ficar assim. Quero minha filho de volta ou seus amigos sofrerão as consequências.
Cacique: Alvorada, vá até Peter Pan e diga que estou com meninos dele aqui, e que se ele quiser algum dia ver
seus amigos novamente: Que traga Princesa Raio de Luz de volta até mim.
(Alvorada sai)
Cacique: Por muitas luas homens vermelhos lutaram contra garotos maus, algumas vezes vocês ganham,
outras vezes nós ganhamos.
Cacique: Não sou brincalhona. Onde vocês esconderam a Princesa Raio de Sol?
(Todos concordam ˜eu também nem sei˜, “nunca a vi antes”, “princesa raio do que?”)
Cacique: Mentira! Se a Princesa Raio de Sol não voltar até o por do sol, teremos churrasco.
(Se aproximam)
Peter: Olá!
Tritão: Ha! Uma mãe, imagino que deva ter sido uma grande aventura.
Peter: Tanto quanto aquela vez vez que decepei a mão do Capitão Gancho.
(Wendy pigarreia)
Tritão: Insistimos.
Wendy: Peter?
Sereia: Ainda.
Peter: Viu? Apenas brincando!
Wendy: Peter…
(Jack, Rufus e Toquinho passam atrás cantando a música do pirata levando a Princesa Raio de Luz como
prisioneira)
(Entra Alvorada)
Alvorada: Rá, te encontrei Peter Pan! Devolva agora a Princesa Raio de Luz!
Peter: Como?
Alvorada: Nós encontramos seus amigos cercando a Aldeia, e sabemos que você está com a filha da Cacique,
se você não a devolver até o fim da tarde, eles sofrerão as consequências.
Wendy: Oh não, Meg e João estão junto das crianças perdidas… Peter!
Peter: Não se preocupe, nós vamos resgatar a Princesa Raio de Luz, e salvaremos seus irmãos. (Para as
sereias) Até mais.
Sereia: Se precisar de nós, chame-nos por essa concha! (entrega uma concha para Peter)
(Saem todos)
Cena 9 - Ilha da Caveira
(Capitão Gancho, Smee, Piratas e princesa Raio de Luz amarrada a uma ancora)
Gancho: (para Princesa) Então este é o acordo: Você me conta onde fica o esconderijo de Peter Pan, e eu a
soltarei. E eu sou um homem de palavra, não sou marujos?
Toquinho: É, mesmo
Jack: Uhum.
Gancho: Melhor falar, minha cara, pois a maré vai subir logo, e então será muito tarde.
Peter: Ah esse bacalhau podre, ele vai se ver comigo. Espere aqui, Wendy, e assista a diversão.
Gancho: Lembre-se não há caminho através da água para voltar a sua Aldeia.
Peter: Manitu, grande espírito das águas e do mar, cuidado Capitão Gancho. Cuidado!
Gancho: Fique de olho, Smee. Vou dar uma olhada. Espirito das águas, ein? (Vai explorando com a espada na
mão)
(Peter fica bem atrás do Capitão de forma que ele não o vê, ele o procura até sair de cena)
Peter: (se esconde, cochichando) Psiu, Wendy, olhe isso. (Imitando o Capitão Gancho) Sr. Smee
Smee: Sim senhor capitão. (Para os piratas) Vocês ouviram, soltem a princesa.
Rufus: Eu disse.
Jack: Verdade.
(Eles voltam)
Peter: (com voz do capitão) Sr. Smee, o que acha que está fazendo?
Peter: (com voz do capitão) Pela última vez… Leve a Princesa até sua tribo. Entendeu?
Peter: (com voz do capitão) E mais uma coisa: Quando voltar ao navio, diga a toda a tripulação que bebam a
vontade do meu melhor rum!
(Nesse momento o capitão chega até Peter, e assim quando vai apunhalar Wendy grita “Peter” e ele desvia)
Capitão: Smee!
(Os piratas vão todos tentar ajudar, mas um tropeça no outro) (Jacaré sai e os piratas saem atrás)
Raio de Luz: Peter! Que bom que você veio: Obrigada por me salvar!
(Wendy se aproxima)
Wendy: Wendy.
Wendy: Agora vamos, temos que te levar de volta pra tribo, está escurecendo!
(Saem os três)
Rufus: Nem me fale, que saudades dos nossos dias de piratas de verdade.
Toquinho: Parece até apaixonado, olha pra ele (os três olham e o capitão está com ar de sonhador)
Ganho: Se impressionarmos a fadinha convencendo-a de que vamos ajudá-la, talvez ela nos leve a um certo
esconderijo. (Chamando) Marujos.
(Cacique no meio entre Princesa Raio de Sol e Alvorada) (Crianças, Wendy, Meg e João estão soltos em volta)
Cacique: (falando serio) Peter Pan, guerreiro valente salvou a Princesa Raio de Luz. Estou muito, muito
contente.
Sininho: Peter está tão distraído com Wendy e seus novos amigos que até esqueceu da minha existência, nem
percebeu minha falta.
Gancho: Senhorita Sininho, admito minha derrota: Amanhã deixarem a ilha e nunca mais voltarei!
Gancho: E é por isso que pedi que viesse, minha cara, para avisar ao Peter que não guardo rancores. Ah Peter
tem seus defeitos, certamente… Trazer Wendy para ilha, é um deles por exemplo.
Gancho: Sim, comentam por ai que ela já até se intrometeu entre você e Peter.
Gancho: Mas não devemos julgar Peter com tanta severidade, minha cara.
Gancho: Sim… Sr. Smee, temos que ajudar Peter. Mas como? Temos tão pouco tempo, e estamos de partida
amanhã de manhã.
(Piratas comemoram)
Gancho: (como se tivesse uma ideia) Velejando, é isso mesmo, marujos. Vamos raptar Wendy.
Sininho: Raptá-la?
Gancho: Sim, leva-la conosco. Sem ela por perto, ele logo a esquecerá.
Sininho: Mas eu sei! (Ela tira um mapa do bolso e aponta onde fica o esconderijo) Posso lhe mostrar o
caminho.
Sininho: Ai então Norte para Noroeste, um, dois, tres… Mas capitão Gancho, Você não deve machucar Peter.
Gancho: Gancho da sua palavra de que não encostará nem mesmo um dedo.
(Eles andam pelo palco cantando como se estivessem indo para o esconderijo. Chegam)
Smee: Mas capitão, não seria mais humanos se você apenas cortasse sua garganta?
Gancho: Sim, Smee, seria de fato. Mas eu prometi que não encostaria um dedo no menino, e o Capitão Gancho
nunca quebra sua promessa.
Peter: “De Wendy para Peter.” Hm, um suco… Que maneiro Wendy.
(Faz como se fosse tomar, Sininho entra gritando “Peeeeeeeeter” e toma o fraco da mão dele e toma)
Peter: Sininho… Por que você fez isso? É um presente da Wendy para mim.
Meg: Ah não.
João: E agora?
(Todos comemoram, saem aos poucos, ficando apenas Wendy, Meg e João, aos poucos eles vão adormecendo
e volta o cenário do quarto)
Sra. Darling – Vamos querido, pense melhor: Wendy não precisa sair do quarto das crianças... As histórias que
ela conta são maravilhosas, eles precisam disso.
Sr. Darling – Realmente querida, Wendy ainda tem muito tempo para ser criança, não há necessidade que eles
cresçam antes do tempo.
Fim