Intolerância Religiosa E Os Direitos Humanos: Acadêmica Do 4º Período Do Curso de Direito - UNIFENAS - Câmpus de Alfenas
Intolerância Religiosa E Os Direitos Humanos: Acadêmica Do 4º Período Do Curso de Direito - UNIFENAS - Câmpus de Alfenas
Intolerância Religiosa E Os Direitos Humanos: Acadêmica Do 4º Período Do Curso de Direito - UNIFENAS - Câmpus de Alfenas
INTRODUÇÃO
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Acadêmica do 4º período do Curso de Direito – UNIFENAS – Câmpus de Alfenas.
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Doutoranda em Sistemas Constitucionais em Garantia de Direitos pelo Centro Universitário de Bauru – CEUB. Mestre em
Direitos Coletivos – Cidadania – Função Social pela UNAERP – Ribeirão Preto/SP. Especialista pela UNIFRAN – Franca/SP.
Graduada em Direito pela UNIFENAS – Alfenas/MG. Professora de Direito na UNIFENAS – Câmpus de Alfenas/MG. Contatos:
(35) 99718-7882. [email protected]
principalmente a religião, tanto dos índios nativos, como também dos africanos
escravizados.
Com o passar dos anos, a diversidade foi aumentando ao ponto de haver várias
vertentes dentro de uma mesma crença, e isso é motivo de conflitos ideológicos e
causa de discriminação em vários grupos.
A Constituição de 1988 garante a proteção aos cultos e crenças:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culto e a suas liturgias.”
Segundo Elane Souza (2015), uma mera crítica não é o mesmo que
intolerância. Todos temos o direito à critica, e isso pode se dar também quando o
assunto é religião e dogmas de uma religião, desde que seja feito sem desrespeito
ou ódio, é assegurado pelas liberdades de opinião e expressão. Mas, no acesso ao
trabalho, à escola, à moradia, a órgãos públicos ou privados, não se admite
tratamento diferente em função da crença ou religião. Isso também se aplica a
transporte público, estabelecimentos comerciais e lugares públicos, como bancos,
hospitais e restaurantes.
José Rezende Jr. (2013) diz que, no Brasil, a intolerância religiosa não produz
guerras, nem matanças como em outros países mas, muitas vezes, o preconceito e
está presente na nossa sociedade e se manifesta pela humilhação imposta para com
aquele que é “diferente”. Outras vezes, o preconceito se manifesta pela violência. No
momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido a sua cor ou a
sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados.
A Lei nº 7.716 de 05 de janeiro de 1989, Crimes de Preconceito, define em seu
artigo 1º que serão punidos os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Há casos em que agressor usa palavras agressivas ao se referir ao grupo
religioso e aos seus elementos, deuses e hábitos. Outras vezes desmoraliza
símbolos, destruindo imagens, roupas e objetos ritualísticos. Em situações
extremas, a intolerância religiosa pode incluir violência física e se tornar uma
perseguição. Como também ser impedida de acessar a cargos e ser negada de
empregos por sua religião.
REFERÊNCIAS
BUONFIGLIO, Monica. Sua religião é uma escolha pessoal e deve ser respeitada.
Portal Terra. Disponível em: <https://www.terra.com.br/vida-e-
estilo/horoscopo/esoterico/sua-religiao-e-uma-escolha-pessoal-e-deve-ser-
respeitada,140863337df6d310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html> Acesso em 05
set 2019.
SOUZA, Elane. “Lei Caó”: igualdade racial e intolerância religiosa X injúria racial.
JusBrasil. 2015. Disponível em: < https://lanyy.jusbrasil.com.br/artigos/
167710745/lei-cao-igualdade-racial-e-intolerancia-religiosa-x-injuria-racial> Acesso
em 05 set 2019.