Análise Estudo de Caso Netflix Harvard - Resumo
Análise Estudo de Caso Netflix Harvard - Resumo
Análise Estudo de Caso Netflix Harvard - Resumo
ALUNA:
FORTALEZA
2017
Estudo de Caso: Netflix - Harvard Business School, 2009.
Autores: SHI, Willy.
KAUFMAN, Stephen.
SPINOLA, David.
Reed Hastings, fundador e CEO da Netflix, ao findar uma reunião com seus
gerentes, em janeiro de 2007, olhando para dentro de sua empresa, observou que
todos eles respiravam cinema, pois suas salas eram nomeadas com o título dos
filmes de suas preferências. A reunião era preparatória para divulgação da entrada
da Netflix no mercado de VOD – Vídeos On Demand, ou seja, vídeos online.
A ideia de se lançar no mercado de aluguel de filmes online teve sua origem quando
Hastings teve que pagar 40 dólares pelo atraso de um DVD que ele havia esquecido
de devolver. Tendo um insight, Hastings resolveu investir em um serviço
diferenciado de locação de filmes (home movie), através da venda de assinaturas,
pela qual os clientes receberiam, até três filmes em casa. As escolhas destes filmes
eram feitas pelo site da Netflix, que permitia escolhas por atores, título, gênero etc.
Este foi um modelo inovador, que fez com que a Netflix abrisse parceria com
fabricantes de DVDs e de aparelhos de DVDs. O foco era oferecer os serviços da
Netflix para aquelas pessoas que tinham acabado de comprar aparelhos de DVD.
Em 1999 a venda de aparelhos de DVDs atingiu seu ápice, o que fez com que
grandes varejistas também se interessassem por este mercado, começando a
também comercializar DVDs em suas lojas (Best Buy, Wal-Mart, entre outras). Esta
estratégia, dos grandes varejistas, foi muito ruim para a Netflix. Os clientes
começaram a reclamar da demora na entrega dos filmes, quando podiam ir em
qualquer loja, e em poucos minutos começar a assistir os filmes. Hastings, então,
decidiu investir em assinatura pré-paga e, logo em seguida investiu em locação
ilimitada, permitindo ao cliente o recebimento de até três filmes, podendo trocá-los
quando quisesse, além de um preço diferenciado e mais atraente.
O diretor de produtos da Netflix, Neil Hunt, criou a estratégia de não cobrar multas
por atraso, o que não foi muito positivo, mas serviu para consolidar a marca. A
questão da entrada de filmes novos trouxe pesadas despesas para a empresa, que
teve a ideia de lançar uma estratégia para dar saída aos filmes mais antigos e pouco
vistos. A estratégia consistia em coloca-los na primeira página do site, dando
informações e disponibilizando sinopses e opiniões de quem os já haviam assistido.
Foi nessa época que a Netflix contratou Ted Sarandos para ser seu diretor de
conteúdos. Sarandos foi a ponte entre a Netflix e os grandes estúdios de cinema. A
parceria beneficiava tanto a Netflix, como os estúdios (que agora já podiam dar
vazão aos seus filmes mais antigos) e também aos clientes, pois tinham acesso a
novos títulos.
A Netflix começou a perder clientes, cerca de 6,3% só em 2002, que tinham grande
dificuldade em cancelar a conta, pois tinham que tratar com um atendente que
tentava demovê-los da intenção de cancelar. A estratégia para diminuir o
cancelamento de assinaturas foi a de, justamente, facilitar este processo, que seria
tão rápido quanto assinar. Mesmo cancelando a assinatura, o perfil e os dados do
cliente permaneciam armazenados, facilitando seu retorno.
Mesmo com o advento do VOD e com muitas empresas investindo pesado neste
mercado, Hastings não se sentia à vontade para apostar tudo neste novo modelo,
principalmente, porque ainda havia muitos problemas relacionados à transferência
dos filmes do computador para os aparelhos de tevê. Mas a Netflix não deixou de
continuar investindo em conhecimento e estratégias para o uso do VOD, chegando a
investir mais de 10 milhões de dólares.