Relatório 2 - Condutividade Térmica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Engenharia Mecânica

Graduação em Engenharia Mecânica

José Barcelos Lima Junior

Nicole Catharine de Paiva

PRÁTICA 02

Condutividade Térmica

Belo Horizonte

2022
José Barcelos Lima Junior

Nicole Catharine de Paiva

PRÁTICA 10

Condutividade Térmica

Relatório apresentado na disciplina de


Laboratório de Termodinâmica e Transferência
de Calor do curso de Engenharia Mecânica da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais.

Orientador: Prof. Gustavo Fonseca de Freitas Maia.

Belo Horizonte

2022
Sumário

Condutividade Térmica ..................................................................................................... 1

1. OBJETIVO ....................................................................................................................... 4

2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO ...................................................................................... 4

2.1 Barra de Cobre ............................................................................................................ 4

2.2 Medidor de Temperatura ........................................................................................... 5

2.2.1 Termopar Tipo T ....................................................................................................... 5

2.3 Condutividade Térmica ............................................................................................... 6

3. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL............................................................................ 6

3.1 Materiais utilizados .................................................................................................... 6

3.2 Descrição do experimento ......................................................................................... 7

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 7

5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 7

6. APÊNDICES .................................................................................................................... 7

6.1 Dados Experimentais e Gráficos ................................................................................ 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 11

ANEXOS ........................................................................................................................... 11

Índice de Figuras

Figura 1: Termopar tipo T ...................................................................................... 5


Figura 2: Montagem laboratório ............................................................................ 6
Figura 3 - Representação esquemática do sistema ................................................. 8
Figura 4 - Gráfico curva de temperatura versus deslocamento. ........................... 10
1. OBJETIVO

O objetivo deste experimento consiste na determinação da condutividade térmica do


cobre, de maneira a comparar o valor teórico e experimental, identificando as condições de
contorno, hipóteses para equacionamento, e possíveis erros obtidos no processo de
experimentação.

2. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

O experimento que será realizado têm em vista a medição da condutividade térmica no


interior de uma barra de cobre, sendo esta medida por termopares instalados ao longo dessa com
20mm de distanciamento entre eles, determinando portando um fluxo constante de temperatura
ao longo do corpo de cobre, podendo se determinar uma situação de regime permanente em que
toda quantidade de calor está sendo transferida ao outro lado e por convecção, retirada de
maneira forçada pelo fluxo de água corrente que está instalado ao final da barra de cobre, sendo
a diferença entre as medições dos termopares, a diferença de temperatura que atravessa tal
comprimento de material com determinada resistividade térmica, podendo ser determinado um
fluxo constante que atravessa essa barra, passando e sendo constante em cada intervalo entre os
termopares.

2.1 Barra de Cobre

O cobre é um elemento químico muito usado em aplicações elétricas e térmicas por suas
propriedades, sendo a principal, a sua baixa resistência, seja térmica ou elétrica.
Na montagem proposta, a barra de cobre é aplicada de maneira à se considerar a perda
de temperatura radial à seu eixo sendo nula por isolamento, somente ocorrendo fluxo de maneira
axial entre a entrada de temperatura (vapor à 100°C) e a saída de temperatura (água à
temperatura ambiente de 22,18°C), sendo a diferença entre a temperatura da água que entra para
a água que sai a temperatura cedida em regime constante pelo vapor à barra de cobre.
5

Figura 1: Barra de cobre

Coeficiente de condutividade térmica (K) do cobre igual à 401 (W/m*K)

2.2 Medidor de Temperatura

2.2.1 Termopar Tipo T


Os termopares, ou pares termoelétricos, são dispositivos sensores que funcionam a partir
de uma diferença de potencial entre dois metais unidos que são submetidos a uma determinada
temperatura.
O termopar tipo T, constituído de cobre e constantan, é ideal para medir temperaturas
de -200 °C a 370 °C. Ele possui uma ótima precisão, sendo recomendado para uso em
atmosferas oxidantes, redutoras, inertes ou no vácuo.

Figura 1: Termopar tipo T

Tendo em vista que os termopares não apresentam uma relação linear entre a força
eletromotriz em função da temperatura, é necessário a utilização de uma equação polinomial,
onde os valores de coeficientes variam de acordo com o termopar de referência. Para o termopar
tipo T, é utilizada a seguinte equação:

𝑇(°𝐶) = 0.10086091 + 25727.94369 ∗ 𝐸 − 767345.8295 ∗ 𝐸 2 + 78025595.81 ∗ 𝐸 3 − (2)


9247486589 ∗ 𝐸^4 + 6.97688 ∗ 10^11 ∗ 𝐸^5 − 2.66192 ∗ 10^13 ∗ 𝐸^6 + 3.94078 ∗ 10^14 ∗ 𝐸^7
6

Onde:

- E = Força eletromotriz (aferida + T ambiente), em Volts;

2.3 Condutividade Térmica

A condutividade térmica é uma propriedade do material que define o quão bem um


material conduz calor. Sua unidade no SI é Watts por metro-kelvin. Nos metais, a boa
condutividade térmica é atribuída a presença de elétrons livres, que colidem com outros atómos
na rede cristalina, redistribuindo a energia no processo. Este parâmetro é de extrema importância
na escolha dos materiais atuarão em determinadas condições e sistemas de engenharia.

3. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 Materiais utilizados

Figura 2: Montagem laboratório

1. Barra de cobre cilíndrica (Ø = 22mm, L = 120 mm), isolada lateralmente com


cortiça.
2. Termopares tipo T fixados ao longo do comprimento da barra.
3. Gerador de vapor elétrico.
4. Multímetro.
5. Chave seletora.
6. Provetas para dosagem de fluido.
7. Cronômetro.
7

3.2 Descrição do experimento

Passo 1°: Ligar o vapor numa das extremidades da barra e a água fria na extremidade oposta.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao obter os valores de vazão mássica, quantidade de calor absorvida e condutividade


térmica através dos valores obtidos experimentalmente apresentados nas tabelas A-1, A-2 e A-
3, foi possível identificar uma coerência de resultados, principalmente na comparação da
condutividade térmica do cobre teórica com o valor experimental. Embora o fato da
condutividade térmica experimental obtida ultrapassar 64,64 W/(m.°C) da condutividade
teórica do cobre puro, percebe-se que diversas hipóteses foram consideradas no experimento
de maneira de simplificar o equacionamento do sistema, como a seção transversal da barra
constante, o regime permanente do sistema, o isolamento perfeito e a inclinação da reta como
dT/dx, que podem ter tido influencia na condutividade térmica real do material. Além disso, o
erro dos equipamentos utilizados também podem ter influenciado os resultados mensurados.

5. CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos, foi possível verificar que a taxa de transferência de
temperatura é constante ao longo da barra, sendo viável a hipótese de que o regime no instante
da medição é permanente, saindo a mesma quantidade de energia térmica que foi cedida ao
sistema pelo vapor. É observado também, a partir dos resultados, que a diferença de temperatura
entre os medidores é constante, podendo também se afirmar que a resistência térmica da barra
de cobre foi constante numa diferença de comprimento constante, mesmo com as temperaturas
nas interfaces sendo diferentes, a diferença entre elas será constante, sendo a taxa de
transferência de calor igual à 60,82 Watts. O valor de condutividade térmica obtido, de
464,67 W/(m. °C), se mostrou coerente com o esperado para o experimento, levando em
consideração que algumas hipóteses tiveram de ser consideradas para facilitar o
equacionamento do sistema.

6. APÊNDICES
8

6.1 Dados Experimentais e Gráficos

Este apêndice apresenta os dados, cálculos, e gráficos do experimento para verificar a


condutividade térmica do cilindro de cobre.

Figura 3 - Representação esquemática do sistema

A Tabela A-1 mostra as medições de vazão em determinado intervalo de tempo,


utilizando a seguinte equação:
𝑉 (1)
𝑄=
𝑡

Onde:

- Q: Vazão (ml/s);
- V: Volume (ml);
- t: tempo (s);

A partir da vazão volumétrica média obtida, a vazão mássica pôde ser calculada.
Sabendo que a densidade e o calor específico são funções da temperatura de trabalho, o ideal
foi obter as propriedades da água na temperatura média da água no processo (Te – Ts), de
maneira a obter a melhor aproximação. Sabendo que a temperatura média foi de 24,075 °C, o
valor de densidade da água que mais se aproxima é de 997.38 kg/m^3.

ṁ = ρ* ∀ (2)
ṁ = 997.38 * 4.46*10^-6
ṁ = 4.45 g/s

Onde:
- ṁ = Vazão mássica (kg/s);
- ρ = densidade do fluido (T = 24°C);
- ∀ = Vazão volumétrica média (m^3/s);
9

Com o valor de vazão mássica calculado e o ΔT obtido pela tabela A-2, é possível
calcular a quantidade de calor absorvida ou cedida pelo volume de controle analisado:

q = ṁ*cp (Ts – Te) (3)


q = 4.45 * 1 * (25.97 – 22.18)
q = 16,87 cal/s
q = 70.63 W

Com o valor de q calculado e obtendo-se a inclinação da curva de temperatura em


função do deslocamento na barra, de -0.0025, é possível calcular a condutividade térmica
através da Lei de Fourier:

1 (4)
𝑞 = −𝑘 ∗ 𝐴 ∗
𝛼
𝑞∗ 𝛼
k =- 𝐴

70.63∗ −0.0025
k=− 0.00038

K = 464,67 W/(m. °C)

Para comprovar a coerência do resultado utilizando a inclinação da curva, pode-se


considerar o perfil de temperatura como linear, podendo-se assim utilizar a Lei de Fourier
na forma abaixo, de maneira a obter-se o valor de k:

(𝑇1 − 𝑇2) (5)


𝑞 = −𝑘 ∗ 𝐴 ∗
𝐿
𝑞
k =- (𝑇1−𝑇2)
𝐴∗
𝐿

70.63
k = − 0.00038∗ −399,17

K = 465,63 W/(m. °C)

Comparando o valor de condutividade térmica experimental obtido acima com o valor teórico,
de 401 W/(m.°C), percebe-se uma diferença de 64,64 W/(m.°C).
Tabela A-1.Vazão da água

Medida Tempo (s) Volume (ml) Volume (m^3) Vazão (m^3/s)

1 40.38 185 0.000185 4.58E-06


2 40.4 180 0.00018 4.46E-06
3 40.45 175 0.000175 4.33E-06
Média aritmética = 4.46E-06
10

Fonte: próprio autor(a).

Tabela A-2. Distribuição de temperatura na barra

Coordenada espacial x (m) Força eletromotriz (mV) Temperatura T (°C)

0.00 3.032 91.1


0.03 2.545 80.4
0.06 1.944 66.9
0.09 1.434 55.2
0.12 0.918 43.2
Fonte: próprio autor(a).

Tabela A-3. Temperaturas ambiente e da água

Temp. da
Temp. da Temp. da Temp. da Temp.
água à Temp. ambiente
água à água à água à ambiente
entrada Te (°C)
entrada Te (Ω) saída Ts (Ω) saída Ts (°C) (Ω)
(°C)
108.71 22.18 110.2 25.97 108.2 20.88

Fonte: próprio autor(a).

Temperatura x Deslocamento
0.14

0.12
Coordenada x (m)

0.10

0.08

0.06

0.04
y = -0.0025x + 0.2269
0.02

0.00
40 50 60 70 80 90
Temperatura T (°C)

Figura 4 - Gráfico curva de temperatura versus deslocamento.


11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Roteiro Termometria, Laboratório de Termodinâmica e Transferência de Calor.

ANEXOS

Livro incropera 6e edição: Propiedades termofísicas dos sólidos

Você também pode gostar