Re82150 npl12 Modernismo Geracao Orpheu
Re82150 npl12 Modernismo Geracao Orpheu
Re82150 npl12 Modernismo Geracao Orpheu
º ano
«Isto de ser moderno é como ser
elegante: não é uma maneira de
vestir mas sim uma maneira de
Almada Negreiros, conferência
ser. Ser moderno não é fazer a
«O desenho», Madrid, 1927.
caligrafia moderna, é ser o
legítimo descobridor da
novidade.»
(1890-1916)
➢ Mário de Sá-Carneiro nasceu em Lisboa,
numa família da alta burguesia.
➢ Perdeu a mãe em criança, estudou em Lisboa
e em Coimbra e, em 1911, foi estudar Direito
em Paris, onde contactou com os
Modernistas.
➢ A sua obra foi escrita entre 1912, o ano em
que conheceu Fernando Pessoa, e 1916, o
ano da sua morte.
➢ Com Pessoa projetou Orpheu, tendo um
papel relevante na concretização do projeto.
➢ Escreveu poesia, narrativa e teatro, algumas
obras editadas postumamente. Destacam-se:
Dispersão e Indícios de Ouro (poesia) e A
Confissão de Lúcio (romance).
➢ Estudava em Paris, quando uma crise
existencial depressiva o levou ao suicídio. É a
Pessoa que escreve a carta de despedida.
Tinha 26 anos.
(1889-1918)
➢ Guilherme de Santa-Rita,
autodenominado Santa-Rita Pintor,
nasceu em Lisboa, em 1889.
➢ Formou-se em pintura na Academia
Real de Belas Artes, em Lisboa.
➢ Em 1910, partiu como bolseiro para
Paris, onde prosseguiu os estudos de
pintura.
➢ Em Paris conheceu Marinetti, o criador
do movimento futurista ao qual aderiu.
➢ Em 1914, regressa a Portugal,
tornando-se o grande impulsionador
do Futurismo entre os artistas de
Orpheu.
➢ Da sua obra quase nada resta, por ter
sido, a seu pedido, destruída pela
família, antes de ele morrer, de
tuberculose, aos 28 anos de idade.
FIM
Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos berros e aos pinotes —
Façam estalar no ar chicotes,
Eu não sou eu nem sou o outro, Chamem palhaços e acrobatas.
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio Que meu caixão vá sobre um burro
Que vai de mim para o Outro. Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Indícios de Ouro, Lisboa, 1914 Eu quero por força ir de burro...
Paris, 1916
Maternidade,
1935
Retrato de Fernando
Pessoa, 1954.
Novo Plural 12 | 12.º ano
GERAÇÃO DE
ORPHEU
Algumas obras
Entrada, 1917.
Pintura com
colagem, 1917.
«Pertenço a uma geração que ainda está por vir, cuja alma não conhece já,
realmente, a sinceridade e os sentimentos sociais.»
Fernando Pessoa
«Isto de ser moderno é como ser elegante: não é uma maneira de vestir mas sim
uma maneira de ser. Ser moderno não é fazer a caligrafia moderna, é ser o legítimo
descobridor da novidade.»
Almada Negreiros, conferência «O desenho», Madrid, 1927.
«Porque eu não gosto de Rodin ou Ticiano, todos me dizem que sigo um mau
caminho. E porquê? Se cada um se fiasse no caminho que nos aconselham nada de
mais se fazia, pois que eles, os outros, só sabem indicar-nos as suas próprias
pisadas.»
Amadeo de Souza-Cardoso