IRIB Usucapiao Extrajudicial
IRIB Usucapiao Extrajudicial
IRIB Usucapiao Extrajudicial
USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL
Usucapião Extrajudicial/
aleb Matheus Ribeiro de Miranda, Henrique Ferraz Corrêa de Mello,
C
Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega.
-- São Paulo, 2020
140p.
ISBN: 978-65-990659-5-8
CDU – 347.232.4
USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL
EXPEDIENTE IRIB
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Sérgio Jacomino (SP)
Vice-presidente: Jordan Fabrício Martins (SC)
Secretário Geral: João Baptista Galhardo (SP)
1º Secretária: Fabiane de Souza Rodrigues Quintão (MG)
Tesoureiro Geral: George Takeda (SP)
1º Tesoureira: Denize Alban Scheibler (RS)
Diretora Social: Naila de Rezende Khuri (SP).
DIRETORIA NOMINATIVA
Pesquisador de Novas Tecnologias: Caleb Matheus Ribeiro de Miranda (SP), Diretor
de Relações Institucionais: Daniel Lago Rodrigues (SP), Diretor de Tecnologia da In-
formação: Flauzilino Araújo dos Santos (SP), Diretor de Relações Internacionais: Ivan
Jacopetti do Lago (SP), Diretora da Escola Nacional de Registradores – ENR: Daniela
Rosário Rodrigues (SP), Diretor de Assuntos Agrários: Izaias Gomes Ferro Junior (SP),
Coordenador Editorial: Ivan Jacopetti do Lago (SP).
CONSELHO DELIBERATIVO
Região Norte: Fabiana Faro de Souza Campos Teixeira (AC), José Marcelo de Castro
Lima Filho (AM), Cleomar Carneiro de Moura (PA), Milton Alexandre Sigrist (RO), Mirly
Rodrigues Martins (RR), Marlene Fernandes Costa (TO). Suplentes: Rafael Ciccone Pinto -
In Memoriam (AC), Francisco Jacinto Oliveira Sobrinho (RO), Kênnya Rosaly Lopes Távora
(RR), Ionize Rodrigues da Silva (TO).
Região Nordeste: Jackson Ivan Paula Torres (AL), Milton Barbosa da Silva (BA),
Ana Teresa Araújo Mello Fiúza (CE), Felipe Madruga Truccolo (MA), Walter Ulysses
de Carvalho (PB), Carla Carvalhaes Vidal Lobato Carmo (PE), Abmerval Gomes
Dias (PI), Aldemir Vasconcelos de Souza Junior, (RN), Estelita Nunes de Oliveira (SE).
Suplentes: Neusa Maria Arize Passos (BA), Ana Carolina Pereira Cabral (CE), Fábio
Salomão Lemos (MA), Roberto Lucio Pereira (PE), Sérgio Abi-Sáber Rodrigues Pedrosa (SE).
Região Centro-Oeste: Manoel Aristides Sobrinho (DF), Ângelo Barbosa Lovis (GO),
Haroldo Canavarros Serra (MT), Marco Aurélio Ribeiro Rafael (MS). Suplentes: Igor
França Guedes (GO), Juan Pablo Correa Gossweiler (MS).
Região Sudeste: Kênia Mara Felipetto Malta Valadares (ES), Luciano Dias Bicalho
Camargos (MG), Eduardo Pacheco Ribeiro de Souza (RJ), Flaviano Galhardo (SP).
Suplentes: Jocsã Araújo Moura (ES), Sérgio Ávila Doria Martins (RJ), José Celso Ribeiro
Vilela de Oliveira (MG).
Região Sul: Gabriel Fernando do Amaral (PR), Cláudio Nunes Grecco (RS), Christian
Beurlen (SC). Suplentes: José Luiz Germano (PR), Bianca Castellar de Faria (SC), Marcos
Costa Salomão (RS).
CONSELHO FISCAL
Titulares: Geraldo Augusto Arruda Neto (PR), Marcelo de Rezende Campos Marinho
Couto (MG), Jéverson Luís Bottega (RS), Aurélio Joaquim da Silva (MG), Gustavo Faria
Pereira (GO). Suplentes: André Villaverde de Araújo (PE), Ynara Ramalho Dantas Mota
(PE), Marcos Alberto Pereira Santos (PA).
CONSELHO DE ÉTICA
Titulares: Ademar Fioranelli (SP), Eduardo Sócrates Castanheira Sarmento Filho (RJ),
Marcos de Carvalho Balbino (MG). Suplentes: Alexandre Gomes de Pinho (SP), Sérgio
Neumann Cupolilo (SC), Miguel Angelo Zanini Ortale (SC).
SÉRGIO JACOMINO
Presidente
LISTA DE ABREVIATURAS
PREFÁCIO
LISTA DE ABREVIATURAS
7. ATOS REGISTRAIS 84
PARTE 4 | MODELOS
MODELO 2. NOTIFICAÇÕES 109
Modelo 2.1. Titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula
do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes
ou ocupantes a qualquer título, e ainda compossuidor(es) e/ou
antecessor(es) na posse (interessados certos) 109
Modelo 2.2. Entes públicos 110
Modelo 2.3. Certidão de decurso do prazo 111
Modelo 2.4. Intimação do Advogado(a) 111
Modelo 2.4.1. Requerente notificado(a) por e-mail na pessoa do
Advogado(a) ou Defensor(a) Público(a) (diligências
notificatórias) 111
Modelo 2.4.2. Requerente notificado(a) por e-mail na pessoa
do Advogado(a) ou Defensor(a) Público(a) (edital) 112
16
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
1
A usucapião já era conhecida na Lei das XII Tábuas, nas
quais pelo vocábulo usus se fazia referência à posse, pelo que
usus capere não significava apenas adquirir pelo uso, mas sim,
efetivamente, adquirir pela posse como exercício do direito
de propriedade. Sua principal finalidade era a de sanar ví-
cios de aquisições a non domino, ou ainda das aquisições para
as quais omitira-se formalidade essencial (marcadamente a
mancipatio e a in iure cessio para as rei mancipi). TALAMANCA,
Mario. Istituzioni di Diritto Romano. 1. ed. Milão: Giuffrè, 1990,
p. 421-422.
2
ARAÚJO, Fábio Caldas. Usucapião. 2. ed. São Paulo: Malhei-
ros, 2013, p. 79 e seguintes.
3
Idem, p. 74.
17
Usucapião Extrajudicial
4
OSTA, Dilvanir José da. Usucapião: doutrina e jurisprudên-
C
cia. Revista de Informação Legislativa. Brasília, ano 36, v. 143,
p. 323. Sobre o tema, Henrique Ferraz de Mello (In: MELLO,
Henrique Ferraz de. Ação de usucapião. Enciclopédia jurídica
da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo
Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Processo Ci-
vil. Cassio Scarpinella Bueno, Olavo de Oliveira Neto (coord.
de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo, 2017. Disponível em: https://enciclopediaju-
ridica.pucsp.br/verbete/173/edicao-1/acao-de-usucapiao
acesso em: 25/11/2020) produziu a seguinte sistematização:
“Precisamente essa a divergência basilar, se derivada ou ori-
ginária. Isto é, se a usucapião independe das aquisições ante-
riores ou é derivada delas. Entendendo se tratar de aquisição
originária, entre outros: PEREIRA, Virgílio de Sá. Direito das
coisas: arts. 524-673; SANTOS, Jacintho Ribeiro dos. Manual
do Código Civil Brasileiro, v. 8; GOMES, Orlando. Direitos reais,
p. 187; LOUREIRO, Francisco Eduardo. Artigos 1.196 a 1.510
– Coisas. Código Civil comentado: doutrina e jurisprudência, p.
1.060; MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado, v. 11,
p. 117; SALLES, José Carlos de Moraes. Usucapião de bens imó-
veis e móveis, p. 32; JUSTO, António dos Santos. Direitos reais,
18
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19
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5
Exposição de motivos do Código Civil de 2002.
20
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6
Ver, por exemplo, o REsp n. 1.253.767 - PR (2011/0108265-3)
– STJ. Disponível em: <https://www.kollemata.com.
br/28433> Acesso em: 25/11/2020.
21
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7
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de
Direito Civil – Direitos Reais. Salvador: JusPodivm, 2012, v. 5,
p. 117.
8
É importante observar que o que gera a propriedade é o di-
reito de posse – jus possessionis – e não o direito à posse,
jus possidendi. Com base nessa distinção, o Conselho Supe-
rior da Magistratura de São Paulo manteve a negativa do re-
conhecimento da usucapião em situação na qual a prova da
suposta posse se deu apenas pela apresentação de escritura
de cessão de direitos hereditários, sem demonstração de que
os cedentes ou cessionários tivessem a posse efetiva do bem.
A respeito, ver Apelação Cível n. 1005106-25.2017.8.26.0132.
Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/32972>
Acesso em: 25/11/2020.
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9
jurisprudência tem entendido também como inusucapí-
A
veis os bens de entidades privadas integrantes da Adminis-
tração Pública (como as empresas públicas e as sociedades
de economia mista), desde que os bens estejam afetados a
um fim público – incluídos aí os imóveis do Sistema Finan-
ceiro da Habitação. Ver, por exemplo, REsp n. 1.448.026 –
PE do STJ. Disponível em: <https://www.kollemata.com.
br/37104> Acesso em: 25/11/2020.
10
Importante referir que há discussão a respeito da possibilida-
de de reconhecimento da usucapião de terras devolutas cujo
lapso temporal ocorreu antes da promulgação da Constituição
Federal de 1988 e na vigência da Lei n. 6.969/1981.
11
Com exceção da servidão aparente, os demais direitos reais
sobre coisa alheia, normalmente, serão adquiridos por usu-
capião ordinária, com justo título que, por algum vício, não
teve acesso ao fólio real. LOUREIRO, Francisco Eduardo. in
Código Civil comentado: doutrina e jurisprudência: Lei nº 10.406,
de 10.01.2002, Coord. Cezar Peluso, 11. ed., São Paulo: Mano-
le, 2017, p. 1.148
23
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12
Já decidiu a 1ª Vara de Registros Públicos de São Pau-
lo que, não obstante seja possível a aquisição de direi-
to real de usufruto pela via da usucapião, para tanto
deve haver demonstração de animus domini específico
(Processo n. 1036238-31.2019.8.26.0100 – Disponível
em: <https://www.kollemata.com.br/34541> Acesso em:
25/11/2020). Por outro lado, também já decidiu que não
pode adquirir propriedade quem tinha animus domini de
usufrutuário (Processo n. 1104096-79.2019.8.26.0100 –
Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/35638>
Acesso em: 25/11/2020).
24
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13
Em São Paulo, restou, em boa hora, expressa pela Correge-
doria Geral da Justiça a circunstância de que apenas quan-
do fundada a impugnação o feito se desloca para a esfera
judicial, cabendo da decisão do oficial registrador recurso
administrativo ao juiz corregedor permanente. Conforme
item 420.2., do Capítulo XX, Tomo II, das NSCGJSP: “420.2.
Consideram-se infundadas a impugnação já examinada e
refutada em casos iguais pelo juízo competente; a que o in-
teressado se limita a dizer que a usucapião causará avanço na
sua propriedade sem indicar, de forma plausível, onde e de
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15
Provimento n. 65/2017 do CNJ admitiu o reconheci-
O
mento extrajudicial da usucapião também para imóveis
sem registro anterior ao prever, em seu art. 3º, IV, a infor-
mação no requerimento de que o imóvel “não se encon-
tra matriculado ou transcrito”. A despeito disso, deve-
-se ter muito cuidado na admissão dessa situação, já que
pode, potencialmente, vulnerar direitos de pessoas que
não participarão do procedimento, e, por conseguinte,
gerar nulidades, em prejuízo da segurança jurídica. Para
tornar as buscas viáveis, o Conselho Superior da Magis-
tratura de São Paulo já decidiu que nesses casos as pe-
ças técnicas devem conter pontos de amarração seguros
(Apelação Cível n. 1002288-59.2018.8.26.0587 – Disponí-
vel em: <https://www.kollemata.com.br/35903> Acesso
em: 25/11/2020). Também nesse sentido, o item 423.6 do
Capítulo XX das NSCGJSP após a revisão levada a cabo no
final do ano de 2019, passou a determinar que nesses casos
a planta deverá ter ao menos três pontos georreferencia-
dos, e que os editais de intimação de terceiros interessados
devem fazer menção à circunstância de não ter o imóvel
origem registrária conhecida.
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Contratos, guias de recolhimento de tributos etc.
17
BRANDELLI, Leonardo. Op. cit. nota 14, p. 224.
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18
“Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos
casos em que: I - haja fundado receio de que venha a tornar-
-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos
na pendência da ação; II - a prova a ser produzida seja susce-
tível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequa-
do de solução de conflito; III - o prévio conhecimento dos
fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. (...).
§ 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender
justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para
simples documento e sem caráter contencioso, que exporá,
em petição circunstanciada, a sua intenção.”
19
Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões
“
que justificam a necessidade de antecipação da prova e
mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há
de recair. § 1º O juiz determinará, de ofício ou a requeri-
mento da parte, a citação de interessados na produção da
prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter
contencioso. § 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocor-
rência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas
consequências jurídicas. § 3º Os interessados poderão re-
querer a produção de qualquer prova no mesmo procedi-
mento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua
produção conjunta acarretar excessiva demora. § 4º Neste
procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo
contra decisão que indeferir totalmente a produção da pro-
va pleiteada pelo requerente originário.”
20
“Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1
(um) mês para extração de cópias e certidões pelos interes-
sados. Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entre-
gues ao promovente da medida”.
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3. MODALIDADES DE USUCAPIÃO
31
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exemplos21:
a) Extraordinária: art. 1.238, do Código Civil,
inclusive em sua modalidade com prazo reduzido
(posse-trabalho) prevista no parágrafo único;
b) Ordinária: art. 1.242 do Código Civil, in-
clusive em sua modalidade com prazo reduzido
(posse-trabalho ou tabular) prevista no parágrafo
único;
c) Especial rural ou pro labore: art. 191 da
Constituição Federal, reproduzido no artigo 1.239
do Código Civil;
d) Especial urbano ou pró-moradia: art. 183
da Constituição Federal, reproduzido no artigo
1.240 do Código Civil22;
e) Coletiva: art. 10 da Lei n. 10.257/2001;
f) Familiar: art. 1.240-A do Código Civil; e
g) Indígena: art. 33 da Lei n. 6.001/73.
21
LOUREIRO, Francisco Eduardo. Op. cit., nota 11, p. 1.169.
22
Conforme o Enunciado n. 85 do CJF, para efeitos do art. 1.240,
caput, do novo Código Civil, entende-se por “área urbana” o
imóvel edificado ou não, inclusive unidades autônomas vin-
culadas a condomínios edilícios. Não importa se a área cons-
truída for superior à área do terreno, salvo se além dos limites
deste. Por sua vez, o Enunciado n. 314 do CJF prevê que, para
os efeitos do art. 1.240, não se deve computar, para fins de
limite de metragem máxima, a extensão compreendida pela
fração ideal correspondente à área comum.
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Dessas 4 (quatro) fases, pelo menos 3 (três) delas são inevi-
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A identificação do imóvel, que será feita com indicação:
a – se rural, do código do imóvel, dos dados constantes do
CCIR, da denominação e de suas características, confronta-
ções, localização e área; b – se urbano, de suas características
e confrontações, localização, área, logradouro, número e de
sua designação cadastral, se houver.
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Em São Paulo, a Corregedoria Geral da Justiça regulamen-
tou a publicação pela via eletrônica, cfr. itens 418.17.4. e
418.17.5. do Capítulo XX, Tomo II, das NSCGJSP. Assim,
qualquer plataforma de veículo de comunicação eletrônica,
juridicamente organizada, em conformidade com a legis-
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A expressão vem situada no Provimento n. 65/2017 do CNJ.
Preferimos o uso de outra terminologia, pois o oficial age
como o juiz, decidindo. A nota é o veículo em que se ampara
a decisão.
31
lei se utiliza da expressão “procedimento”, que, em nosso
A
entendimento, nada mais representa do que uma forma de
recurso administrativo, lato sensu. O legislador optou por
manter a mesma expressão do art. 198 da Lei n. 6.015/1973,
a fim de que não aflorassem interpretações divergentes e
controvérsias a respeito.
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1.5. Sinopse
32
V. nota 13.
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Provimento n. 65/2017 do CNJ disse menos do que de-
O
veria, predispondo no artigo 3º, III, “o nome e estado civil
de todos os possuidores anteriores cujo tempo de posse
foi somado ao do requerente para completar o período
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4. DOS DOCUMENTOS
4.1. O requerimento
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o que se refere ao objeto, o entendimento que tem pre-
N
valecido nos tribunais é no sentido de ser possível a usu-
capião entre condôminos no condomínio tradicional, desde
que seja o condomínio pro diviso, ou haja a posse exclusiva
de um condômino sobre a totalidade ou parte certa da coi-
sa comum. Nessas hipóteses, a posse deve ser inequívoca,
manifestada claramente aos demais condôminos. O mesmo
não se aplica à usucapião sobre área comum de condomínio
edilício, embora persista divergência nos tribunais. LOU-
REIRO, Francisco Eduardo. Op. cit., nota 11, p. 1.149.
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Deve-se primar pela veracidade. Afirmar que não há regis-
tro do imóvel usucapiendo não é o mesmo de as buscas não
haverem localizado registros que seriam atingidos pela usu-
capião. Por medida de cautela, recomenda-se sejam consig-
nados todos os possíveis registros que possam estar sendo
alvo do pedido.
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36
Enunciado n. 237 do CJF: “É cabível a modificação do título
da posse – interversio possessionis – na hipótese em que o até
então possuidor direto demonstrar ato exterior e inequívo-
co de oposição ao antigo possuidor indireto, tendo por efei-
to a caracterização do animus domini.”.
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37
JUNIOR, Humberto Theodoro. Processo de conhecimento, T.
II. Rio de Janeiro: Forense, 1981, p. 442-443.
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40
LOUREIRO, Francisco Eduardo. Op. cit., nota 11, p.1.175.
41
isponível em: <https://www.kollemata.com.br/28991>
D
Acesso em: 25/11/2020.
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4.1.5. Mandato
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“416.22. Independentemente da usucapião especial cole-
tiva de que cuida a Lei 10.257/01 e da usucapião prevista
no caput deste item, admite-se a usucapião plúrima urba-
na, formulada por associações de moradores, regularmen-
te constituídas, cabendo à requerente a demonstração dos
requisitos da usucapião, de forma conjunta e unitária, sem
prejuízo das atribuições individuais das áreas de cada ocu-
pante qualificado no memorial descritivo, segundo o art.
176, II, 4, ‘a’, da Lei 6.015/73.”
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nunciado n. 501 do CJF: “As expressões ‘ex-cônjuge’ e
E
‘ex-companheiro’, contidas no art. 1.240-A do Código Ci-
vil, correspondem à situação fática da separação, indepen-
dentemente de divórcio”.
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4.5. Anuências
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Em São Paulo, admite-se a notificação simplificada,
nos termos do item 418.18. do Capítulo XX, Tomo II, das
NSCGJSP: “418.18. A notificação poderá ser realizada de
forma simplificada, bastando um resumo do pedido e a in-
dicação do imóvel, desde que a serventia possua solução
que proporcione ao notificado a visualização de todo o pro-
cesso de usucapião por meio do site do próprio cartório, do
site da ARISP ou outra ferramenta disponível”. Entendemos
que idêntico procedimento pode ser adotado de modo ge-
ral, pois não convém, salvo melhor juízo, se torne o proces-
so uma fonte de aumento de despesas desnecessárias.
75
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48
Residindo os notificandos no exterior, com endereço co-
nhecido, deverá ser realizada a notificação pela via judi-
cial. 1ª VRP/SP – Processo n. 1095394-81.2018.8.26.0100, j.
27/02/2019, DJ: 27/02/2019 (disponível em: <https://www.
kollemata.com.br/34023> Acesso em: 25/11/2020); 1ª VRP/
SP - Processo n. 1095411-20.2018.8.26.0100, j. 13/02/2019;
DJ 13/02/2019 (disponível em: <https://www.kollemata.
com.br/33900> Acesso em: 25/11/2020). Ressalta-se que,
de acordo com a dicção do art. 257, § 1º, Código de Proces-
so Civil, “Considera-se inacessível, para efeito de citação por
edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória”.
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esse sentido, o item 418.18., do Capítulo XX, Tomo II, das
N
NSCGJSP, já citado anteriormente (v. nota 47).
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Em São Paulo, como visto, se a impugnação for fundamen-
tada, depois de ouvir o requerente, o oficial providencia
o encaminhamento dos autos ao juízo competente (item
420.4., do Capítulo XX, Tomo II, das NSCGJSP).
51
Trata-se de leitura sistemática da lei, em razão da existência
de editais que têm em mira a mesma finalidade, nada jus-
tificando, sob pena de onerosidade desnecessária e desper-
dício de tempo, a expedição de duas modalidades de editais
em diversas ocasiões, conforme sejam certos e incertos os
interessados (§§ 4º e 13 do art. 216-A da Lei n. 6.015/1973).
Essa prática de unificação dos chamamentos dos réus certos
e incertos por meio de único edital – publicado mais de uma
vez – já ocorre nos processos judiciais de longa data.
79
Usucapião Extrajudicial
80
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
4.7. Certidões
81
Usucapião Extrajudicial
5. DA AUTUAÇÃO
(ART. 9º DO PROVIMENTO N. 65/2017 DO CNJ)
82
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
54
Impugnação fundada já referida anteriormente (v. nota 13),
salvo entendimento diverso da Corregedoria Geral da Justiça
do Estado a que competir regulamentar o processo de usu-
capião extrajudicial.
83
Usucapião Extrajudicial
mediante recibo.
A parte requerente poderá emendar a petição
inicial, adequando-a ao procedimento judicial e
apresentá-la ao juízo competente da comarca de
localização do imóvel usucapiendo.
7. ATOS REGISTRAIS
55
Sugere-se decisão contemplando relatório circunstanciado
e fundamentação que será acoplada ou transcrita na nota
de deferimento.
84
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85
Usucapião Extrajudicial
86
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
PARTE 3
PROTOCOLO ...............................
MATRÍCULA ...............................
S = SIM N = NÃO NA = NÃO SE APLICA
1) REQUERIMENTO S N NA
1.1. Foi indicado o Serviço de Registro de Imóveis a que é
dirigido?
2) QUALIFICAÇÃO DO REQUERENTE S N NA
2.1. Dados da Pessoa Física
2.1.1. Nome
2.1.2. Nacionalidade
2.1.3. Profissão
2.1.4. Documento de Identidade
2.1.5. CPF
2.1.6. Domicílio
2.1.7. Endereço Físico
87
Usucapião Extrajudicial
S N NA
2.1.8. Endereço Eletrônico
2.1.9. Filiação
2.1.10. Estado Civil
2.1.10.1. Se casado:
2.1.10.1.1. Nome e qualificação completa do cônjuge
2.1.10.1.2. Regime de bens
2.1.10.2. Se divorciado/separado/solteiro:
2.1.10.2.1. Declaração sobre União Estável
2.1.10.2.1.1. Se em União Estável:
2.1.10.2.1.1.1. Nome e qualificação completa do
companheiro(a)
2.1.10.2.1.1.2. Há regime de bens pactuado?
2.1.11. Foram apresentados documentos pessoais originais?
2.1.12. Foram apresentados documentos pessoais em cópias
autenticadas?
2.2. Dados da Pessoa Jurídica
2.2.1. Nome
2.2.2. CNPJ
2.2.3. Endereço Físico
2.2.4. Endereço Eletrônico
2.2.5. Representação
2.2.6. C
ontrato Social/Estatuto consolidado com Ficha
Cadastral completa
88
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PARTE 3 |
S N NA
2.3. Dados do titular de direitos no Registro de Imóveis
2.3.1 Dados do titular Pessoa Física/Cônjuge/Herdeiros
2.3.1.1. Nome
2.3.1.2. Nacionalidade
89
Usucapião Extrajudicial
S N NA
2.3.2.3. Endereço Físico (se souber)
2.3.2.4. Ficha Cadastral completa
4) DESCRIÇÃO DO IMÓVEL S N NA
4.1. Descrição do Imóvel Urbano
4.1.1. Matrícula/transcrição n.
90
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
4.1.2. Do imóvel
4.1.3. Da área maior da qual for desmembrado
4.1.4. Quando resulta da unificação de áreas menores
4.1.5. Quando resulta de partes de áreas registradas
91
Usucapião Extrajudicial
S N NA
4.2.10. Descrição georreferenciada e certificada pelo
INCRA (área de qualquer dimensão e não apenas
aquelas com mais de 100ha. O georreferenciamento
deve conter a certificação do INCRA que ateste
que a poligonal objeto do memorial descritivo não
se sobrepõe a nenhuma outra constante do seu
cadastro georreferenciado e que o memorial atende
às exigências técnicas).
4.2.11. Imóveis confrontantes e respectivos proprietários
4.2.12. Matrícula(s)/ transcrição(ões) n.
4.2.13. Edificações (tipo, material, ano da construção, área
construída etc.)
4.2.14. CCIR
4.2.15. Certificado de inscrição no CAR
4.2.16. Prova de quitação do ITR
92
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
5.8.Justo título (Usucapião Ordinária – art. 1.242, do Código
Civil)
5.9.Justo título inscrito (Usucapião Ordinária Abreviada –
art. 1.242, parágrafo único, do Código Civil)
Enunciado n. 251 do CEJ: “O prazo máximo para o usucapião extraordinário de servidões deve
56
ser de 15 anos, em conformidade com o sistema geral de usucapião previsto no Código Civil”.
93
Usucapião Extrajudicial
S N NA
5.16.5. U
sucapião Ordinária – art. 1.242, do Código Civil
(10 anos)
5.16.6. U
sucapião Ordinária Abreviada – parágrafo único do
art. 1.242, do Código Civil (5 anos)
5.16.7. U
sucapião Especial Urbana – art. 183 da Constituição
Federal (5 anos)
5.16.8. U
sucapião Especial Rural – art. 191 da Constituição
Federal e art. 1.239, do Código Civil (5 anos)
5.16.9. U
sucapião Familiar – art. 1.240-A do Código Civil
(2 anos)
5.16.10. Usucapião Coletiva Urbana – art. 10 da
Lei n. 10.257/2001 (5 anos)
5.16.11. Usucapião Plúrima ou Consorcial Urbana
5.16.12. Usucapião Indígena – art. 33 da Lei n. 6.001/1973
6) PEDIDO S N NA
6.1. Reconhecimento de domínio
6.2. Valor (de IPTU ou ITR ou de mercado ou de avaliação
fiscal ou de laudo pericial)
6.3. Certidão dos órgãos municipais e/ou federais
que demonstre a natureza urbana ou rural do
imóvel usucapiendo, nos termos da
Instrução Normativa Incra n. 82/2015 e da
Nota Técnica INCRA/DF/DFC n. 2/2016, expedida até trinta
dias antes do requerimento.
94
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
7.1. Ata Notarial
Objetivo: Atestação do tempo de posse (art. 216-A, I, da Lei n.
6.015/1973.
Deverá ser lavrada pelo Tabelião de Notas do município em que esti-
ver localizado o imóvel usucapiendo. Poderá haver mais de uma ata
95
Usucapião Extrajudicial
S N NA
7.1.14. Valor de mercado do imóvel
7.1.15. Advertência feita pelo Notário ao requerente e
testemunhas, sobre a obrigação de veracidade das
declarações, cuja falta constitui crime de falsidade,
sujeito às penas da lei
7.1.16. Cientificação ao requerente de que a ata notarial não
tem valor como confirmação ou estabelecimento de
propriedade
7.1.17. Buscas na central de indisponibilidades
7.1.18. Especificação dos documentos anexos na ata
7.1.19. Documentos anexos conferidos e rubricados pelo
tabelião
7.1.20. Conferência de dados com o requerimento
7.2. Documentos complementares
7.2.1. Contas de água, luz, IPTU, ITR etc.
7.2.2. Alvarás de construção, reforma
7.2.3.Título ou documentos que demonstrem a origem, a
continuidade, a cadeia possessória e o tempo de posse,
isto é, que demonstrem a existência da relação jurídica
com o titular registral/antecessores.
Exemplos: compromisso ou recibo de compra e venda;
cessão de direitos e promessa de cessão; pré-contrato;
proposta de compra; reserva de lote; outro instrumento no
qual conste a manifestação de vontade das partes, contendo
a indicação da fração ideal, do lote ou unidade, o preço, o
modo de pagamento e a promessa de contratar; procuração
pública com poderes de alienação para si ou para outrem,
especificando o imóvel; escritura de cessão de direitos
hereditários, especificando o imóvel; e documentos
judiciais de partilha, arrematação ou adjudicação.
96
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
7.2.4. Prova de quitação
7.2.5. Justificativa do óbice à correta escrituração
7.2.6. Certidão(ões) dos distribuidores cíveis
7.2.7. Declaração de testemunhas, sob as penas da lei
57
Verossimilhança (NSCGJSP).
58
Vícios de natureza substancial (negócios jurídicos nulos ou anuláveis; forma particular quando
exigida a forma pública etc.) ou de natureza formal (parcelamento irregular do solo; ofensa aos
princípios da continuidade, especialidade subjetiva ou objetiva etc.).
97
Usucapião Extrajudicial
S N NA
7.3.4. Usucapião Especial Rural ou pro labore (art. 191 da
Constituição Federal e art. 1.239 do Código Civil):
7.3.4.1. Declaração do requerente, sob as penas da lei e
com firma reconhecida, no sentido de que não é
proprietário de outro imóvel, bem como estabeleceu
no imóvel sua moradia e terra tornada produtiva
7.3.5. U
sucapião especial urbana ou pró-moradia (art. 183 da
Constituição Federal e art. 1.240 do Código Civil):
7.3.5.1. Declaração do requerente, sob as penas da lei e com
firma reconhecida, no sentido de que não é proprietário
de outro imóvel, bem como utiliza o imóvel para
a sua moradia ou de sua família e que nunca teve
reconhecida em seu favor a prescrição aquisitiva de
imóvel na zona urbana pela usucapião especial
7.3.6. U
sucapião Coletiva Urbana (art. 10 da Lei n. 10.257/2001):
7.3.6.1. D
eclaração dos requerentes, sob as penas da lei, e
com firma reconhecida, no sentido de que não são
proprietários de outro imóvel, bem como utilizam o
imóvel para a sua moradia ou de sua família.
7.3.6.2. Declaração do profissional responsável pelos
trabalhos técnicos, com firma reconhecida,
indicando que a área total usucapida dividida pelo
número de possuidores é inferior a 250m².
7.3.6.3.Instrumento de atribuição de fração ideal59 de
terreno a cada possuidor
59
s frações ideais podem ser iguais, independentemente da dimensão do terreno que cada um
A
ocupe, ou, na hipótese de acordo escrito entre os condôminos, serem proporcionais à área do
terreno ocupado por cada um.
98
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PARTE 3 |
S N NA
7.3.6.4. C
ertidão atualizada do registro do ato constitutivo da
associação de moradores, no caso de substituição
processual, bem como autorização firmada pelos
representados.
99
Usucapião Extrajudicial
S N NA
7.4. Trabalhos técnicos
7.4.1. Planta e memorial elaborados por profissional habilitado
em órgão de classe com firma reconhecida
7.4.2. ART ou RRT com assinatura do profissional com
firma reconhecida e prova de recolhimento da taxa
correspondente
7.4.3. Loteamento irregular
7.4.4. Unidade autônoma com instituição de condomínio
7.4.5. Lote com loteamento registrado
7.4.6. Assinatura com firma reconhecida dos titulares dos
direitos lançados na matrícula ou na matrícula dos imóveis
confinantes ou pelos ocupantes a qualquer título
7.4.7. Descrições obedecem aos requisitos dos arts. 176 e 225
da Lei n. 6.015/1973
7.4.8. Imóveis confrontantes indicados pela rua e número
oficiais, se urbanos.
7.4.9. Número de contribuinte dos imóveis confrontantes
7.4.10. Imóveis confrontantes indicados pelos registros
7.4.11. CCIR dos confrontantes, se rurais.60
7.5. Anuências
7.5.1. Consentimento do proprietário tabular (inclusive
cônjuge/ conviventes61) e dos titulares dos direitos
lançados na matrícula
7.5.1.1. Anuência na planta e memorial
60
Em todo caso, é preciso indicar o número das matrículas/transcrições.
61
Se o proprietário tabular ou o titular faleceu, indispensável apresentar Escritura Pública Declara-
tória de Únicos Herdeiros (art. 12 do Provimento n. 65/2017 do CNJ). Vide comentários anteriores.
100
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
7.5.1.2. Documento autônomo de anuência expressa
7.5.1.3. Manifestação de concordância expressa no ato da
diligência de notificação
7.5.1.4. Comparecimento a cartório sob lavratura de termo
Unidade autônoma sem registro da instituição – anuência de todos os titulares de direito cons-
62
tantes da matrícula. Observação: a anuência poderá ser manifestada por documento particular
com firma reconhecida ou por instrumento público.
63
Se o proprietário tabular ou o titular faleceu, indispensável apresentar Escritura Pública Decla-
ratória de Únicos Herdeiros (art. 12 Provimento n. 65/2017 do CNJ). Vide comentários anteriores.
101
Usucapião Extrajudicial
S N NA
7.5.2.6. Dispensa do consentimento dos confrontantes, no
caso de o imóvel matriculado ter descrição precisa e
houver perfeita identidade entre a descrição tabular
e a área usucapida.
7.6. Outras informações e demais documentos apresentados
7.6.1. Guia de ITBI (exigido pela lei municipal de Canoas/RS)
7.6.2. Existência de ônus real ou gravame na matrícula
7.6.3.Imóvel usucapiendo não matriculado/transcrito
7.6.4. Registro do imóvel usucapiendo não localizado
7.6.5. Imóvel confrontante não matriculado/transcrito
7.6.6. Registros não localizados dos confrontantes
7.6.7. Certidões de buscas positivas [da(s) serventia(s) ]
7.6.8. Certidões de buscas negativas [da(s) serventia(s) ]
7.6.9. C
ertidões de inexistência de sobreposição [da(s)
serventia(s) ]
7.6.10. Certidões sob a forma de quesitos [da(s) serventia(s) ]
7.7. Certidões
7.7.1. Certidão da Prefeitura que demonstre a natureza urbana
do imóvel (30 dias)
7.7.2. Certidão do INCRA que demonstre a natureza rural do
imóvel (30 dias)
7.7.2.1. Todas com menos de 30 dias de expedição
7.7.2.2. Todas em nome dos cônjuges/conviventes,
antecessores e herdeiros, conforme o caso
7.7.3. Negativa da Justiça Estadual em nome do(s)
requerente(s)
102
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
7.7.4. Negativa da Justiça Federal em nome do(s)
requerente(s)
7.7.5. Negativa da Justiça Estadual em nome do(s)
proprietário(s) tabular(es)
8) NOTIFICAÇÕES S N NA
8.1. Requerimento indicando quem e onde deve ser
notificado
8.1.1. Número de vias entregues:
8.1.2. Destinatário:
8.1.3. Endereço:
8.1.3.1. Registro de Títulos e Documentos – valor:
8.1.3.2. Registro de Imóveis – valor:
8.1.3.3. Aviso de Recebimento – valor:
8.1.4 Prazo: / /
103
Usucapião Extrajudicial
S N NA
8.1.5. Vencido: / /
8.1.6. A vencer: / /
ATENÇÃO: A observância dos itens 8.1.2. a 8.1.6. deve ser realizada
tantas vezes quantos forem os notificados.
8.2.1. Município
8.2.2. Estado
8.2.3. União
8.3. Editais
8.3.1. Requerimento para citação por edital
8.3.2. 1º Dia: / / 2º Dia: / /
ATENÇÃO: Deve ser observado o intervalo de 15 (quinze) dias entre uma
data de publicação e outra
8.3.3. Prazo: / /
8.3.4. Vencido: / /
8.3.5. A vencer: / /
8.3.6. Meio eletrônico:
8.3.7. Meio físico:
8.3.8. Conteúdo do edital:
104
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
8.3.8.1. Nome e qualificação completa do requerente;
8.3.8.2. Identificação do imóvel usucapiendo com o número
da matrícula, quando houver, sua área superficial e
eventuais acessões ou benfeitorias nele existentes
9) IMPUGNAÇÃO(ÕES) S N NA
9.1. Certidão de decurso do prazo
9.2. Prova de recebimento – data: / /
9.3. Manifestação do requerente
9.4. Audiência de tentativa de conciliação/mediação
9.5. Acolhida(s)
9.6. Rejeitada(s)
9.7. Trânsito em julgado
105
Usucapião Extrajudicial
12) PERÍCIA S N NA
12.1. Laudo em: / /
12.2. Manifestação do requerente – data: / /
12.3. Manifestação dos interessados – data: / /
12.4. Esclarecimentos em: / /
64
Em São Paulo, contra a rejeição da impugnação infundada.
106
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 3 |
S N NA
13.1. Testemunha(s):
ATENÇÃO: A observância deste item deve ser realizada tantas vezes
quantas forem as testemunhas.
15) PERÍCIA S N NA
15.1. Nota de deferimento
15.2. Nota de indeferimento
107
Usucapião Extrajudicial
PARTE 4 | MODELOS
Vistos.
108
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
2. NOTIFICAÇÕES
PARTE 4 | MODELOS
2.1 Titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula
do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes
ou ocupantes a qualquer título, e ainda compossuidor(es) e/ou
antecessor(es) na posse (interessados certos)
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL
PROTOCOLO N.: [n. do protocolo]
REQUERENTE: [nome do Requerente]
NOTIFICADO: [nome do Notificado]
ASSUNTO: Pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião
ANEXOS: Cópias do requerimento, da planta e memorial descritivo65
Trata-se de pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião
envolvendo o imóvel matriculado sob n. [n. da matrícula], Livro 2, deste
Serviço de Registro de Imóveis. O pedido foi processado nos termos do art.
216-A, da Lei n. 6.015/1973, e do Provimento CNJ n. 65/2017, do Conselho
Nacional de Justiça.
Tendo em vista que V. Sa. é [proprietário(a)/confrontante/compossuidor
(a)/antecessor(a)] na posse do imóvel que se pretende usucapir, fica
NOTIFICADA do inteiro teor dos documentos que seguem anexos e fazem
parte integrante da notificação, podendo, nos termos do art. 216-A da
Lei n. 6.015/1973, impugná-los, fundamentadamente, no prazo legal de 15
(quinze) dias ou manifestar concordância expressa ao pedido.
A falta de impugnação no prazo da notificação resulta na presunção legal
de concordância ao pedido extrajudicial de usucapião.
O processo poderá ser consultado por V. Sa. no site da Serventia [site]
ou em meio físico em cartório no horário de [hora] a [hora], em dias úteis.
[local e data].
[nome do(a) Oficial]
Oficial de Registro de Imóveis
65
O art. 10, § 3º, do Provimento CNJ n. 65/2017 estabelece que “A notificação poderá ser realizada por
carta com aviso de recebimento, devendo vir acompanhada de cópia do requerimento inicial e da
ata notarial, bem como de cópia da planta e do memorial descritivo e dos demais documentos que
a instruíram”. Se a Serventia não dispuser de endereço eletrônico para a consulta dos autos, reco-
menda-se a juntada de todos os documentos que instruíram a ata notarial, ressalvado o que hou-
ver sido previsto no Código de Normas do Estado da Federação em que situado o Ofício Predial.
109
Usucapião Extrajudicial
Prezado Senhor,
Ao cumprimentá-lo, em atenção ao disposto no art. 216-A, § 3º, da Lei
n. 6.015/1973, tem o presente a finalidade de cientificar-lhe do pedido de
reconhecimento extrajudicial de usucapião, que está sendo processado
neste Serviço de Registro e foi instruído com os documentos que seguem
em anexo (requerimento, memorial descritivo e planta).
Conforme estabelece o citado dispositivo legal, o prazo para
manifestação desse órgão sobre o pedido de reconhecimento
extrajudicial de usucapião é de 15 (quinze) dias a contar do recebimento
desta, devendo ser interpretado o silêncio como concordância.
O processo poderá ser consultado por V. Sa. no site da Serventia [site]
ou em meio físico em cartório no horário de [hora] a [hora], em dias úteis.
Atenciosamente,
[nome do(a) Oficial]
Oficial de Registro de Imóveis
À
[UNIÃO/ESTADO/MUNICÍPIO]
Procuradoria da Fazenda [Federal/Estadual/Municipal]
110
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 4 | MODELOS
2.3. Certidão de decurso do prazo66
Essa certidão pode ser utilizada também em relação aos demais notificados no edital, com as
66
devidas adaptações.
111
Usucapião Extrajudicial
2.4.2. Requerente notificado(a) por e-mail na pessoa do
Advogado(a) ou Defensor(a) Público(a) (edital)
112
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 4 | MODELOS
3. EDITAIS
3.1. Despacho
Vistos.
Tendo transcorrido, in albis, o prazo para a manifestação da União,
Estado e Município (certidão de decurso do prazo a fls. [folhas]) e
restando infrutíferas as notificações pessoais de fls. [folhas], notifiquem-
se por edital o(a)(s) notificando(a)(s) em lugar incerto, inacessível e não
sabido, bem como terceiro(a)(s) eventualmente interessado(a)(s) para
que no prazo de 15 (quinze) dias apresentem, querendo, impugnação
ou consentimento expresso conforme estabelecem os arts. 11 e 16 do
Provimento CNJ n. 65/2017, do Conselho Nacional de Justiça.
[Dada a ausência de regulamentação a respeito da publicação de
edital em meio eletrônico neste Estado ou Dada a falta de interesse do(a)
(s) requerente(s) na publicação em meio eletrônico], a parte requerente
deverá comparecer nesta serventia em 5 (cinco) dias para retirar a minuta
do edital e promover a sua publicação em jornal de grande circulação.
Publicado o edital, junte-se a prova das publicações/certifique-se.
Int. [local e data].
[nome do(a) Oficial]
Oficial de Registro de Imóveis
113
Usucapião Extrajudicial
114
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 4 | MODELOS
dono(s) sobre aludido imóvel, há [indicar os anos] anos. E para fazer
chegar ao conhecimento de seus destinatários e ao público em geral, é
publicado o presente para, querendo, NO PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS,
oferecer impugnação ao pedido de reconhecimento extrajudicial de
usucapião. A não apresentação de impugnação implicará anuência tácita
ao pedido de reconhecimento extrajudicial da usucapião. O processo
poderá ser consultado no site [site da Serventia] ou de forma presencial
na serventia situada à [endereço da Serventia], no horário de [hora] às
[hora] horas. Isto posto, lavro o presente para ser afixado no lugar de
costume nesta Serventia e publicado por duas vezes, em jornal local de
grande circulação ou na plataforma eletrônica de [indicar plataforma
eletrônica], pelo prazo de 15 (quinze) dias cada um. [local e data]. [nome
do Oficial de Registro de Imóveis/ Escrevente autorizado(a)]. Dado e
passado nesta cidade de [Estado], aos [dia] de [mês] de [ano].
[nome do(a) Oficial]
Oficial de Registro de Imóveis
3.2.2. Prova de que o(a) Requerente retirou o edital para
publicação por duas vezes, em jornal local de grande circulação
Eu, [nome do(a) Requerente], retirei no dia [dia] de [mês] de [ano], junto
ao Serviço de Registro de Imóveis da circunscrição de [circunscrição], o
edital n. [n. do edital], ciente da necessidade de ter que publicá-lo em
jornal de grande circulação por duas vezes pelo prazo de 15 (quinze) dias
cada um e de ter que retornar a esta serventia com a prova da publicação.
[assinatura do(a) Requerente]
115
Usucapião Extrajudicial
116
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
PARTE 4 | MODELOS
imóvel; certidão do valor venal emitida pelo Município atestando se tratar
de imóvel urbano; documento de anuência expressa dos confrontantes
tabulares; e f) certidão das matrículas do imóvel usucapiendo e
confrontantes.
Atendidas as exigências lançadas nas notas devolutivas de fls. [folhas],
foram expedidas notificações aos titulares de domínio [nome(s) do(s)
titular(es) dominial(ais)], restando infrutíferas.
Expediram-se ofícios ao IIRGD-SP e à Justiça Eleitoral, e com base em
novos endereços, novas notificações se sucederam, tendo sido um dos
titulares de domínio localizado e notificado a fls. [folhas].
As Fazendas Públicas foram notificadas a fls. [folhas], publicando-se
editais, conforme se vê a fls. [folhas].
Decorrido o prazo legal de impugnações, promoveu-se inspeção no
local (fls. [folhas]).
É o relatório.
O pedido é procedente.
A prova colhida nos autos autoriza concluir que, de fato, a(o)(s)
requerente (s) vem(vêm) possuindo o imóvel por ele(a)(s) adquirido(s),
desde a data da assinatura do instrumento particular de compra e venda
juntado a fls. [folhas]. As certidões negativas de fls. [folhas] demonstram
que o(a)(s) requerente(s) nunca foi(foram) alvo(s) de qualquer contestação
ao exercício da posse, que se afigura longeva e remonta ao ano de
[indicação do ano da posse].
Além disso, as testemunhas inquiridas pelo Tabelião na ata notarial de fls.
[folhas] informaram que o(a)(s) requerente(s) são considerados proprietários
na vizinhança, residem no imóvel desde [ano] e nunca sofreram qualquer
ato de turbação ou esbulho. As fotografias tiradas no local e a foto aérea
juntadas à ata notarial revelam, ademais, que há construção residencial no
terreno, o que é confortado pelas despesas com materiais de construção
e reformas de fls. [folhas] e com os recibos de serviços prestados pelo
empreiteiro [nome do empreiteiro] (fls. [folhas]).
A inspeção levada a efeito por este ofício predial confirmou os fatos
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Usucapião Extrajudicial
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PARTE 4 | MODELOS
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II – Argumentos jurídicos
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67
Nesse sentido, o parecer do relator Vital do Rego no Projeto de Lei do Senado (PLS) n.
1666 BRASIL. Senado Federal. Relatório da Comissão Temporária do Código de Pro-
cesso Civil do Senado Federal. Brasília, 2014. p. 194. Disponível em: <https://www
12.senado.leg.br/noticias/arquivos/2014/11/27/veja-integra-do-relatorio-do-se-
nador-vital-do-rego>. Acesso em: 25/11/2020.
68
Por interpretação a contrario sensu do art. 216-A, § 6º, Lei n. 6.015/1973 (redação
original): “Art. 216-A (...) § 6º Transcorrido o prazo de que trata o § 4º deste artigo,
sem pendência de diligências na forma do § 5º deste artigo e achando-se em ordem a
documentação, com inclusão da concordância expressa dos titulares de direitos reais
e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo
e na matrícula dos imóveis confinantes, o oficial de registro de imóveis registrará a
aquisição do imóvel com as descrições apresentadas, sendo permitida a abertura de
matrícula, se for o caso”. (g.n.).
123
Usucapião Extrajudicial
69
“Art. 15 (...) § 1º A inércia dos órgãos públicos diante da notificação de que trata este
artigo não impedirá o regular andamento do procedimento nem o eventual reco-
nhecimento extrajudicial da usucapião.”
70
FABRÍCIO, Adroaldo Furtado. Comentários ao Código de Processo Civil. Volume VIII,
Tomo III, arts. 890 a 945. Rio de Janeiro: Forense, 1980, p. 675.
124
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71
FABRÍCIO, Adroaldo Furtado. Op. cit., nota 70, p. 675.
72
Idem, mesma página.
73
Idem, p. 676.
74
ONTES DE MIRANDA, Comentários ao Código de Processo Civil, T. XIII. Rio de Janeiro:
P
Forense universitária, 1977, p. 379-381.
75
Rectius: ineficácia para o autor.
125
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76
o mesmo sentido: STJ - REsp 674.558/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
N
QUARTA TURMA, j. 13/10/2009. Disponível em: <https://www.kollemata.com.
br/22106> Acesso em: 11/12/2020; AgRg no AREsp 692.824/SC, Rel. Ministro RICAR-
DO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, j.15/03/2016. Disponível em: <https://
www.kollemata.com.br/29410> Acesso em: 11/12/2020; AgRg no AREsp 444.178/SC,
Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, j.14/10/2014.
Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/29411> Acesso em: 11/12/2020;
AgInt no REsp 1508890/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TUR-
MA, j. 11/02/2020. Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/37728> Acesso
em: 11/12/2020; STF - RDA 134/208, Rel. Min. MOREIRA ALVES; RTJ 66/797, 798, Rel.
Min. RODRIGUES ALCKMIN; RT 541/131 – RT 555/223 – RT 558/95; RT 537/77-78; RTJ
152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ 158/693; TJSP - ApCiv 0000737-19.2013.8.26.0205; Rela-
tor (a): A. C. MATHIAS COLTRO; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado; Foro de
Getulina - Vara Única; Data do Julgamento: 15/08/2018; Data de Registro: 16/08/2018.
Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/37703> Acesso em: 11/12/2020;
TJPR - 17ª C. Cível - 0002789-75.2007.8.16.0043 - Antonina - Rel.: TITO CAMPOS
DE PAULA - DJ. 19.02.2018. Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/37704>
Acesso em: 11/12/2020; TJRS - ApCiv n. 70074316746, Vigésima Câmara Cível, Relator:
DILSO DOMINGOS PEREIRA, j.13/09/2017. Disponível em: <https://www.kollemata.
com.br/37707> Acesso em: 11/12/2020; TJMG - ApCiv n. 1.0073.01.001670-4/001. 7ª
Câmara Cível. Relator WILSON BENEVIDES. DJ: 15/03/2016. Disponível em: <https://
www.kollemata.com.br/37708> Acesso em: 11/12/2020; TJMS - Agravo de Instrumen-
to - N. 1401089-10.2016.8.12.0000. 2ª Câmara Cível. Relator MARCOS JOSÉ DE BRITO
RODRIGUES. Disponível em: <https://www.kollemata.com.br/37706> Acesso em:
11/12/2020; DJ: 27/09/2016 (TJPR - ApCiv 0004018-35.2013.8.16.0019- 18ª. Câmara
Cível, j. 21.11.2018, Rel. ESPEDITO REIS DO AMARAL). Disponível em: <https://www.
kollemata.com.br/37705> Acesso em: 11/12/2020.
127
Usucapião Extrajudicial
III. Conclusão
128
Caleb Matheus R. de Miranda, Henrique Ferraz de Mello, Ivan Jacopetti do Lago, Jéverson Luís Bottega
SÉRGIO JACOMINO
Presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil – IRIB
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PARTE 6
LEGISLAÇÃO CORRELATA
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Disponível em: https://bit.ly/2Cs7zgn
Acesso em: 25/11/2020.
2. CÓDIGO CIVIL (LEI N. 10.406/2002) Institui o Código Civil.
Disponível em: https://bit.ly/39mUPDx
Acesso em: 25/11/2020.
3. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (LEI N. 13.105/2015) Código de Processo Civil.
Disponível em: https://bit.ly/2BjOtIw
Acesso em: 25/11/2020.
4. LEI DE REGISTROS PÚBLICOS (LEI N. 6.015/1973) Dispõe sobre os registros
públicos, e dá outras providências.
Disponível em: https://bit.ly/30xUaLK
Acesso em: 25/11/2020.
5. ESTATUTO DO ÍNDIO (LEI N. 6.001/1973) Dispõe sobre o Estatuto do Índio.
Disponível em: https://bit.ly/32JYzh1
Acesso em:25/11/2020..
6. ESTATUTO DA CIDADE (LEI N. 10.257/2001) Regulamenta os arts. 182 e 183
da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política ur-
bana e dá outras providências.
Disponível em: https://bit.ly/2CFa0vQ
Acesso em: 25/11/2020.
130
7. NOVO CÓDIGO FLORESTAL (LEI N. 12.651/2012) Dispõe sobre a proteção da
131
PARTE 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
132
PARTE 7 | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NOBRE, Francisco José Barbosa. Manual da Usucapião Extrajudicial de acordo
com a Lei n. 13.465/2017, incluindo comentários ao Provimento 65/2017 do
CNJ. Ananindeua: Itacaiúnas, 2018.
PELUSO, Cezar; & DE GODOY, Claudio Luiz Bueno. Código civil comentado:
doutrina e jurisprudência: Lei n. 10.406, de 10.01.2002. São Paulo: Manole,
2019.
133
PARTE 8
ÍNDICE ONOMÁSTICO
134
PARTE 8 | ÍNDICE ONOMÁSTICO
GONZAGA, Alvaro de Azevedo: 18
JUNIOR, Humberto Theodoro: 59
JUSTO, António dos Santos: 19
LAGO, Ivan Jacopetti do: 9
LOUREIRO, Francisco Eduardo: 18, 23, 32, 56, 60, 61, 67
LOUREIRO, Waldemar: 9
MELLO, Henrique Ferraz de: 9, 18, 27, 121, 129
MIRANDA, Caleb Matheus Ribeiro de: 9
MIRANDA, Pontes de: 18, 125
MONTEIRO, Washington de Barros: 19
NETO, Olavo de Oliveira: 18
PAULA, Tito Campos de: 127
PELUSO, Cezar: 23
PEREIRA, Caio Mário da Silva: 19
PEREIRA, Dilso Domingos: 127
PEREIRA, Virgílio de Sá: 18
REALE, Miguel: 20
REGO, Vital do: 123
RODRIGUES, Marcos José de Brito: 127
ROSENVALD, Nelson: 22
ROTONDI, Mario: 19
RUGGIERO, Roberto de: 19
SALLES, José Carlos de Moraes: 18, 19
135
“Direitos de reprodução:
o conteúdo desta publicação só pode ser
reproduzido mediante expressa autorização
dos editores e indicação da fonte.”
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