A Presença de Deus

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EM NOME DE JESUS

Domingo 18.09.2022

Série dependencia de Deus


A MAIOR NECESSIDADE DA IGREJA,
A PRESENÇA DE DEUS.
Referência: Êxodo 33.1-23

INTRODUÇÃO

Meus amigos e amados irmãos amados nesta manhã gostaria de continuar com o
nosso tema do mês, dependência de Deus. Depender de Deus é um dos maiores e
mais importantes desafio da igreja da minha geração, e por que eu digo isto?

O mundo em que vivemos hoje se caracteriza, pela desvalorização do importante,


desvalorização do necessário, a cada dia que passa vemos o mundo entrando em
colapso, guerras fome doenças das mais diversas, valores invertidos falamos de amor,
mas não vivemos amor, hoje amamos coisas e usamos pessoas.

E o porquê de tudo isto? Porque desprezamos, o autor da vida, a vida sem ele não faz
sentido. A vida sem a Presença do seu autor fica vazia e sem destino.

Vemos hoje claramente, uma necessidade, de autorreconhecimento, a criatura


querendo ensinar o Criador como as coisas devem ser, porém precisamos entender,
que o vazio da alma do homem não pode ser preenchido com dinheiro ou coisas
perecíveis ou que perecem, a uma necessidade, e porque não dizer a maior
necessidade do homem é a presença de Deus. A presença de Deus é a maior
necessidade do homem da igreja das nações e porque e tão importante buscar cuidar
da presença de Deus?

Porque a presença de Deus cuida, protege, direciona, impulsiona alimenta, sustenta


cura, liberta restaura fortifica qualifica, ressuscita, anima, fortalece, enobrece,
enriquece nos purifica justifica, santifica glorifica, e por isso nos precisamos entender
que a maior necessidade da igreja, a maior necessidade do ser humano não são coisa
que perecem, a maior necessidade da igreja não é das bênçãos de Deus, é de Deus. O
Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. A igreja contemporânea
mudou a sua ênfase. A pregação moderna diz que o fim principal do homem é
glorificar a Deus, mas o fim principal de Deus é glorificar o homem. O evangelho
moderno ensina que é Deus quem está a serviço do homem e não o homem a serviço
de Deus. O foco mudou. Não é mais Deus que é a medida e o fim de todas as coisas,
mas o homem que é a medida de todas as coisas.
2. Hoje o homem trocou Deus pelas dádivas de Deus. As pessoas querem a salvação
e não o salvador. Querem os dons e não o doador. Querem coisas e não Deus.

3. No passado, a presença de Deus era a coisa mais importante que o povo de Deus
buscava. Deus apareceu para Moisés no deserto numa sarça. A glória de Deus se
manifestou e Moisés caiu com o rosto em terra. A presença de Deus revelou-se
poderosa no Egito e quebrou o poder dos deuses e o orgulho de Faraó.

4. O povo foi liberto pelo sangue do Cordeiro e protegido pela presença de Deus na
coluna de fogo e na coluna de nuvem. A nuvem era o símbolo da presença de Deus. A
presença de Deus dava direção de dia e proteção à noite.

5. Mas, houve um dia em que a presença de Deus foi embora do arraial de Israel. O
povo pecou e o pecado faz separação entre nós e o nosso Deus. A maior tragédia do
pecado é que ele afasta de nós a presença de Deus.

1) Deus disse para Josué que não seria mais com o povo enquanto houvesse pecado
no arraial de Israel;
2) Quando os filhos de Eli pecaram contra Deus, a arca, símbolo da presença de Deus
foi roubada e a glória de Israel, a presença de Deus, se apartou do povo;
3) No tempo de Ezequiel a glória de Deus se afastou da cidade, do templo, do monte
e o povo foi levado ao cativeiro.

I. A SUPREMA IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DE DEUS NA IGREJA

• A igreja necessita desesperadamente da presença de Deus. Nossas vidas serão


vazias, nossos cultos sem vida, nossas músicas sem unção e nossas mensagens mortas
se Deus não estiver presente. Muitas vezes, confundimos a onipresença de Deus com
a presença manifesta de Deus. Deus está em toda parte, mas Deus não está em toda
parte com a sua presença manifesta. Quando Deus está entre o seu povo isso é
notório, como quando Jacó acordou em Betel.
• Muitas vezes nós falamos para as pessoas que Deus está entre nós. Elas vêm e não
vêm Deus. Elas então chegam à conclusão que fazemos propaganda enganosa.
Dizemos que tem pão na casa do pão, mas só temos fornos frios, prateleiras vazias e
receitas de pão.
• Quando Deus se agrada de nós, podemos dizer como Josué e Calebe: “Se o Senhor
se agradar de nós, podemos.”

II. O PECADO AFASTA A PRESENÇA DE DEUS DO MEIO DO SEU POVO

1. A impaciência levou o povo a buscar outro deus.

• Arão fez um bezerro de ouro e eles passaram a adorar esse deus (32:4).
Entregaram-se à prática ostensiva de pecado, bebedeira, danças. Rebelaram-se contra
Deus. Abandonaram a Deus e depressa se desviaram do seu caminho. Por terem
abandonado a Deus e se curvado diante de um ídolo, imediatamente sucumbiram na
decadência moral.
• Arão cede à pressão do povo para se desviar (32:22-23) e depois usa uma
racionalização descabida (32:24).

2. O pecado provoca a ira de Deus contra o seu próprio povo

• “Moisés disse: Quem é do Senhor venha a mim” (32:26). Há os que andam com
Deus e os que andam segundo os seus próprios corações. Deus intentou destruir o
seu povo e começar uma nova nação. Mas Moisés intercedeu pelo povo e Deus o
poupou. Mas Deus disse eu não irei mais convosco (33:3).
• Essa é a maior tragédia que pode acontecer ao povo de Deus: é Deus se afastar
dele. Se Deus é por nós, quem será contra nós, mas e se Deus não for consoco?
• Deus disse que iria se retirar e se retirou. A nuvem desapareceu. A coluna de fogo
sumiu. Os sinais visíveis da presença de Deus desapareceram. A igreja está fraca e
seus membros caindo nos mesmos pecados do mundo, porque não vivem na presença
de Deus. Amam o mundo, porque não deleitam na sublimidade do conhecimento de
Cristo. Têm prazer nos banquetes do mundo, porque não têm fome de Deus.
Conhecem a respeito de Deus, mas não a Deus.

III. A NECESSIDADE DE DIAGNOSTICAR A CAUSA DO AFASTAMENTO DA


PRESENÇA DE DEUS

1. Os filhos de Israel se arrependeram – v. 4

• Eles odiaram o que tinham feito. Desprezaram-se por isso. Compreenderam que
haviam trazido tragédias sobre suas cabeças. Compreenderam a gravidade do seu
pecado diante de Deus.
• O pecado traz vergonha e opróbrio sobre nós. O pecado ofende a santidade de
Deus. O pecado provoca a ira de Deus. Quando o povo redimido de Deus se rebela e
peca contra Deus, isso é uma calamidade.
• Hoje temos uma visão superficial da malignidade do pecado. Estamos nos
acostumando com o pecado. Nem mesmo sentido saudade de Deus. Não sentimos
fome de Deus. Nem notamos que a glória de Deus se apartou de nós. Nem sentimos
falta da presença de Deus entre nós.

2. Precisamos ter consciência que é por causa do pecado que Deus está se
retirando do meio do seu povo

• O Deus que fizera milagres tremendos, arrancando-os com mão poderosa do Egito,
triunfando sobre seus deuses, sobre Faraó e seus cavaleiros, abrindo o Mar Vermelho,
não estava mais com eles. Isso os encheu de desalento. Isso os alarmou e os levou a
prantear (33:4).
• Não há nada mais sério do qeu estar sem a presença de Deus.
• As bênçãos de Deus sem o Deus das bênçãos não têm valor. Canaã sem Deus não
tem valor. A terra que mana leite e mel sem Deus não tem valor. A posse da terra sem
Deus não tem valor. A comunhão com Deus é a própria essência da vida eterna (Jo
17:3).
• A igreja pode ter prosperidade, influência, dinheiro, influência na sociedade, mas
Deus está presente? Sua glória está entre nós? Canaã não nos interessa sem Deus. O
que precisamos mais do que a água para matar a nossa sede é da presença de Deus:
“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:1).

3. Se queremos a presença de Deus em nossa igreja, precisa ter coragem para


romper com tudo aquilo que nos afasta de Deus – v. 4-5

• Foram esses adornos que os havia levado à queda. A simples lembrança era odiosa.
Deus disse: Despojem-se deles e eles o fizeram. Se queremos a presença de Deus,
precisamos nos despojar de coisas que ofendem a santidade de Deus. Deus disse para
Jacó: tira as roupas contaminadas, lave as mãos sujas e jogue fora os ídolos. Deus
disse para Josué: tire as coisas contaminados do arraial. Elias removeu o baal que se
enterpunha entre o povo e as torrentes do céu.
• Precisamos chorar pelo pecado e abandonar o pecado.

IV. NADA PODE SUBSITUIR A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DA IGREJA

1. Deus prometeu ao povo enviar o seu Anjo – v. 2

• É uma coisa maravilhosa ter o anjo do Senhor acampado ao nosso redor. Eles são
ministros de Deus em nosso favor. Mas Moisés queria Deus, e não apenas o anjo de
Deus. Não há substitutos para a presença de Deus no meio da igreja.

2. Deus prometeu a eles vitória – v. 2


• Deus prometeu a eles desalojar os povos da terra. Eles teriam vitória contra os seus
inimigos, mas não comunhão com Deus. E Moisés não queria apenas vitória, ele
queria Deus. Ele não queria apenas bênçãos, ele queria o abençoador. Canaã, sem
Deus é terra estranha. Nada substitui Deus em nossa vida.

V. COMO BUSCAR DE VOLTA A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DO POVO

1. Moisés sente o fardo e retira-se para orar – v. 7

A restauração da igreja começa quando os líderes sentem sobre si o fardo da oração.


A restauração da igreja começa quando alguém rompe o estado de letargia e começa
a buscar a Deus em oração. Foi assim na história. Sempre que um homem, um grupo
se consagrou à oração e começou a buscar a Deus fervorosasmente, houve
restauração. Sem oração a igreja não tem poder. Sem oração os corações não se
derretem. Sem oração, a skekiná da glória de Deus não desce sobre o povo.
2. Não basta apenas, deixar o pecado, é preciso ansiar ardentemente pela volta
da presença de Deus – v. 7-8

• Moisés estava ansioso para que a presença de Deus retornasse. Assim, ele
estabeleceu um lugar de oração. Ele não pressionou. Era espotâneo (33:7): “Todo
aquele que buscava ao Senhor saia à tenda da congregação”. Nem todos foram à
tenda da congregação. Mas houve pessoas que sentiram o mesmo fardo que Moisés
sentiu e foram buscar a presença de Deus.
• É importante notar que eles não se contentaram em orar em suas próprias tendas.
Eles tinham um lugar específico para se reunirem em oração. Precisamos nos reunir
para orar. A igreja primitiva orava nos lares e também no templo.
• Outros não foram à tenda para orar, mas viram os que tinham fome da presença de
Deus entrando na tenda (33:8). Não espere que toda a igreja venha orar. Venha você
e verá que todos serão impactados.

3. Como Moisés orava?

a) Moisés buscava a Deus continuamente (33:7) – Ele era um homem de oração. Ele
costumava tomar a tenda e armá-la para si fora do arraial. Mesmo diante da crise
espiritual do povo, ele mantinha a sua vida íntima de oração.
b) Deus falava com Moisés face a face (33:11) – Moisés tinha intimidade com Deus.
Na oração, não somente Moisés falava com Deus, mas Deus também falava com
Moisés. Oração não é um monólogo, mas um diálogo com Deus.

4. Por que Moisés orava?

a) Ele quer conhecer a Deus na intimidade (33:13) – Rogo-te que me faças saber
neste momento o teu caminho, para que te conheça e ache graças aos teus olhos.
b) Ele quer restabelecer a honra da igreja (33:13) – “E considera que esta nação é o
teu povo.”
c) Ele quer mais de Deus para a sua vida e para o seu povo – (33:11) – “Então voltava
Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se
apartava da tenda.”
d) Ele quer ver a glória de Deus – (33:18) – “Então, ele disse: “Rogo-te que me
mostres a tua glória.”

VI. A PRESENÇA DE DEUS VOLTA SOBRE O SEU POVO

• Quando Moisés se separou para buscar a Deus e o povo também foi buscar a Deus,
a nuvem da presença de Deus veio sobre a tenda da congregação (33:9).
• Quando a presença de Deus veio sobre a tenda, o povo começou a adorar a Deus
nas suas tendas (33:10).
• A oração muda as coisas. Deus havia dito que sua presença não iria com o povo
(33:2-3). Mas, quando o povo se arrependeu e orou e buscou a Deus, Deus disse: “A
minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (33:14).
• Quando a presença de Deus é restaurada, o povo quer mais de Deus (33:11).
• Quando a presença de Deus é restaurada, desejamos ansiosamente ver a glória de
Deus (33:18).

CONCLUSÃO

• O sinal da presença de Deus que tinha ido embora, volta. A igreja é restaurada
quando há uma manifestação da presença de Deus em seu meio. Há uma nova
vitalidade. A adoração torna-se viva. As orações fervorosas. Quando a coluna de
nuvem cobre a tenda, os corações se dobram nos lares.
• A glória de Deus foi manifestada em Jesus. “E o verbo se fez carne e habitou entre
nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do
Pai” (Jo 1:14). E ele prometeu: “Eis que estarei convosco todos os dias até a
consumação do século” (Mt 28:20). Jesus está aqui. Ele está entre nós. Ele está em
nós. Adoremo-lo!

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