Hidraulica e Pneumatica
Hidraulica e Pneumatica
Hidraulica e Pneumatica
Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
C172c
Camargo, Guilherme de Oliveira
Comandos hidráulicos e pneumáticos / Guilherme de Oliveira Camargo. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
113 p. : il. color ; 28 cm.
Inclui bibliografias.
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ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
Finalizando 99
24 Unidade de estudo 3
Características dos
Sistemas Hidráulicos Referências 101
e Pneumáticos
Anexo 103
25 Seção 1 - Características dos
sistemas pneumáticos
Seção 2 - Características dos
25
sistemas hidráulicos
Seção 3 - Comparação entre
25
os sistemas pneumáticos e
hidráulicos
26 Seção 4 - Características dos
fluidos para sistemas pneu-
máticos e hidráulicos
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária de dedicação
Competências
Conhecimentos
▪▪ Simbologia;
▪▪ Unidades de medida;
▪▪ Grandezas mecânicas;
▪▪ Definição e características de componentes hidráulicos e pneumáticos;
▪▪ Componentes e acessórios de circuitoshidráulicos e pneumáticos, eletro hidráulicos e eletro
pneumáticos.
Habilidades
Atitudes
▪▪ Assiduidade;
▪▪ Pró-atividade;
▪▪ Relacionamento interpessoal;
▪▪ Trabalho em equipe;
▪▪ Cumprimento de prazos;
▪▪ Zelo com os equipamentos;
▪▪ Adoção de normas técnicas de saúde e segurança do trabalho;
▪▪ Responsabilidade ambiental;
▪▪ Trabalho em equipe;
▪▪ Cumprimento de prazos e horários.
Seção 1
Histórico da
pneumática
O ar comprimido é, provavelmen- Antes, porém, já existiam alguns Dos antigos gregos pro-
te, uma das mais antigas formas campos de aplicação e aproveita- vém a expressão pneuma
de transmissão de energia que o mento da pneumática, como, por que significa fôlego, vento
homem conhece, empregada e exemplo, a indústria mineira, a e, filosoficamente, a alma.
aproveitada para ampliar sua ca- construção civil e a indústria fer- Derivando da palavra pneu-
pacidade física. O reconhecimen- roviária. ma, surgiu, entre outros, o
to da existência física do ar, bem conceito de “pneumática”:
A introdução, de forma mais a matéria dos movimentos
como a sua utilização, mais ou generalizada, da pneumática na dos gases e fenômenos dos
menos consciente para o trabalho, indústria, começou com a neces- gases.
são comprovados há milhares de sidade, cada vez maior, de auto-
anos. matização e racionalização dos
processos de trabalho. ferroviária: Freios a ar com-
O primeiro homem que, com primido
certeza, sabemos terse interessa- Apesar de sua rejeição inicial,
do pela pneumática, isto é, pelo quase sempre proveniente da falta
emprego do ar comprimido como de conhecimento e instrução, ela
meio auxiliar de trabalho, foi o foi aceita e o número de campos
grego Ktésibios. Há mais de 2000 de aplicação tornou-se cada vez
anos, ele construiu uma catapulta maior. Hoje, o ar comprimido
a ar comprimido. Um dos primei- tornou-se indispensável e, nos
ros livros sobre o emprego do ar mais diferentes ramos industriais,
comprimido como transmissão instalam-se aparelhos pneumáti-
de energia, data do 1º século d.C cos, principalmente, na automa-
e descreve equipamentos que fo- ção.
ram acionados com ar aquecido.
Seção 1 Seção 2
Princípio de Pascal Princípio da multiplicação de energia
Veremos, a seguir, as principais Se aplicarmos uma força de 10kgf em uma área de 1cm2, teremos uma
grandezas físicas, seus conceitos pressão de 10 Kgf/cm2 que, atuando em uma área de 100 cm2, suportará
e unidades de medida para que uma carga de 1000Kgf.
possamos compreender melhor
o funcionamento dos sistemas hi-
dráulicos e pneumáticos.
Blaise Pascal, em 1648, enunciou
a lei que rege os princípios hidráu-
licos e pneumáticos: a pressão
exercida em um ponto qualquer
de um fluido estático é a mesma
em todas as direções e exerce for-
ças iguais, em áreas iguais, sempre
perpendiculares à superfície do
recipiente.
Seção 3
Figura 1 – Princípio de Pascal
Pressão
Fonte: Uggioni (2002, p. 11).
É o resultado de uma força agindo em uma determinada área.
bar Pressão
0 a 14 bar Baixa pressão
14 a 35 bar Média pressão
35 a 84 bar Média alta pressão
84 a 210 bar Alta pressão
Acima de 210 bar Extra alta pressão
Tabela 2 – Classificação dos Sistemas quanto à Pressão
Fonte: Racine (1987, p. 10).
Q = V/t
Q = Vazão V = Volume deslocado t = tempo
Observe a tabela de conversão das unidades de vazão para a hidráulica:
Unidade Símbolo
Litros por segundo L/s
Litros por minuto L/min
Metros cúbicos por minuto m³/min
Metros cúbicos por minuto. m³/min
Metros cúbicos por hora m³/h
Seção 1 – Compressores
Seção 2 – Reservatório de ar comprimido
Seção 3 – Preparação do ar comprimido
Seção 4 – Redes de distribuição do ar
comprimido
Seção 5 – Unidade de conservação de ar
Seção 6 – Válvulas direcionais pneumáti-
cas
Seção 7 – Válvulas pneumáticas
Seção 8 – Atuadores para sistemas pneu-
máticos
Seção 9 – Designação de elementos
Seção 10 – Elaboração de esquemas de
comando
Seção 11 – Tecnologia do vácuo
Composição de um Sistema
Pneumático
Seção 1
Compressores
Vejamos, a seguir, a divisão de um sistema pneumático: Os mesmos são diferenciados em
dois tipos:
▪▪ Deslocamento volumétrico:
baseia-se no princípio da redução
de volume, ou seja, consegue-se
a compressão enviando o ar para
dentro de um recipiente fechado
e diminuindo, posteriormente,
este recipiente, pressurizando o
ar. É, também, denominado com-
pressor de deslocamento positivo
e é compreendido como com-
pressor de êmbolo ou de pistão.
▪▪ Deslocamento dinâmico:
Figura 5 – Composição do Sistema Pneumático
baseia-se no princípio de fluxo,
Fonte: Parker (2008, p. 5).
succionando o ar de um lado e
comprimindo de outro, por ace-
Compressores são máquinas utilizadas na manipulação de fluidos no
leração de massa, ou seja, a eleva-
estado gasoso, elevando a pressão de uma atmosfera a uma pressão de
ção de pressão é obtida por meio
trabalho desejada.
de conversão de energia cinética
em pressão, durante a passagem
Tipos de compressores do ar, através do compressor
(turbina). É, também, denomina-
Dependendo das necessidades desejadas, relacionadas à pressão de tra- do compressor de deslocamento
balho e ao volume, são empregados compressores de diversos tipos dinâmico.
construtivos. Classificação dos compressores
quanto ao tipo construtivo. Ob-
serve o diagrama:
Compressor de deslocamento
fixo unidirecional. Símbolo
geral
Compressor de parafu-
sos
Este compressor é dotado de uma
carcaça onde giram dois rotores
helicoidais, em sentidos opostos.
Figura 8 – Compressor de Êmbolo (duplo estágio) Um dos rotores possui lóbulos
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 15). convexos, o outro uma depres-
são côncava e são denominados,
respectivamente, rotor macho e
O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão), refrigera-
fêmea.
do, intermediariamente e, novamente, comprimido pelo próximo êmbo-
lo, que possui menor diâmetro. Na compressão a altas pressões, faz-se Os rotores são sincronizados por
necessária uma refrigeração intermediária, pois se cria alto aquecimento. meio de engrenagens. Entretan-
Os compressores de êmbolo e outros são fabricados em execuções re- to, existem fabricantes que fazem
frigeradas a água ou a ar. com que um rotor acione o outro
por contato direto. O processo
mais comum é acionar o rotor
Compressor de membrana macho, obtendo-se uma velocida-
de elevada do rotor fêmea.
Este tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. Mediante
uma membrana, o êmbolo fica separado da câmara de sucção e com- O ar à pressão atmosférica ocupa
pressão, quer dizer, o ar não terá contato com as partes deslizantes. O ar, espaço entre os rotores e, confor-
portanto, ficará sempre livre de resíduos do óleo. me eles giram, o volume compre-
endido entre os mesmos é isolado
da admissão e transportado para
a descarga.
Seleção de compressores
Volume de ar
O volume de ar fornecido é a quantidade de ar que está sendo fornecido
pelo compressor. Podemos ter o volume de ar fornecido teórico – aque-
le obtido por cálculos, porém, apenas o volume de ar fornecido efetivo
pelo compressor é que interessa, pois, com este, é que são acionados e
comandados os aparelhos pneumáticos.
Pressão
Pressão de regime é a pressão fornecida pelo compressor. A pressão de
trabalho é a pressão necessária nos pontos de trabalho. A pressão de
trabalho é, geralmente, de 6 bar, que é tida como “pressão normalizada”
ou “pressão econômica”.
Uma pressão constante é uma exigência para um funcionamento seguro
e preciso dos componentes de sistemas industriais. Na dependência da
pressão constante estão: velocidade, forças e movimentos temporizados
dos elementos de trabalho e de comando.
Acionamento
O acionamento dos compressores, conforme as necessidades fabris,
será por motor elétrico ou motor a explosão. Em instalações industriais,
aciona-se, na maioria dos casos, com motor elétrico.
Refrigeração
Provocado pela compressão do ar e pelo atrito, cria-se calor no compres-
sor, o qual deve ser dissipado. Em compressores pequenos, é utilizada a
refrigeração à ar, através de ventiladores. Já em compressores grandes,
usa-se a refrigeração à água, circulante com torre de refrigeração ou água
corrente contínua.
Lugar de montagem
A estação de compressores deve ser montada dentro de um ambiente
fechado, com proteção acústica para fora. O ambiente deve ter boa aera-
ção. O ar sugado deve ser fresco, seco e livre de poeira.
Regulagem
Para combinar o volume de fornecimento com o consumo de ar é ne-
cessária uma regulagem dos compressores. Dois valores limites pré-es-
tabelecidos, influenciam o volume fornecido.
Regulagem intermitente
Com esta regulagem, o compressor funciona em dois campos: carga
máxima e parada total. Ao alcançar a pressão máxima, o motor aciona-
dor do compressor é desligado e, quando a pressão chega ao mínimo, o Figura 17 – Reservatório de Ar Com-
motor se liga novamente e o compressor trabalha outra vez. primido
A frequência de comutações pode ser regulada em um pressostato e, Fonte: SAGGIN (2004, p. 31).
para que os períodos de comando possam ser limitados a uma medida
aceitável, é necessário um grande reservatório de ar comprimido.
Os reservatórios devem ser ins-
talados de modo que todos os
drenos, conexões e a abertura
de inspeção sejam de fácil aces-
so. Os reservatórios não devem
ser enterrados ou instalados em
local de difícil acesso; devem ser
instalados, de preferência, fora da
casa dos compressores, na som-
bra, para facilitar a condensação
da umidade, no ponto mais baixo,
para a retirada do condensado.
Seção 4
Redes de distribuição
do ar comprimido
A rede de distribuição de ar com- 1 – Compressor de parafuso
primido compreende todas as tu- 2 – Resfriador posterior ar/ar
bulações que saem do reservató- 3 – Separador de condensado
rio passando pelo secador e que, 4 – Reservatório
unidas, orientam o ar comprimido 5 – Purgador automático
até os pontos individuais de uti- 6 – Pré Filtro coalescente
lização. A rede possui duas fun- 7 – Secador
ções básicas: funcionar como um
8 – Filtros coalescentes (grau x, y, z)
reservatório para atender as exi-
9 – Purgador automático eletrônico
gências locais e comunicar a fonte
10 – Separador de água e óleo
com os equipamentos consumi-
dores. Numa rede distribuidora, 11 – Separador de condensado
para que haja eficiência, segurança
Figura 22 – Rede de Distribuição do Ar Comprimido
e economia, são importantes três
pontos: Fonte: Fargon (2010)
▪▪ baixa queda de pressão entre O posicionamento dos equipamentos e tomadas que receberão
a instalação do compressor e os alimentação pneumática deverão estar definidos, para que seja possível a
pontos de utilização; confecção dos projetos e desenhos. Estes, trarão consigo: comprimento
▪▪ apresentar o mínimo de vaza- das tubulações, diâmetros, ramificações, pontos de consumo, pressão
mento; destes pontos, posições das válvulas, curvaturas etc.
Através dos projetos, pode-se, então, definir o melhor percurso da tubu-
▪▪ boa capacidade de separa- lação, acarretando menor perda de carga e proporcionando economia. A
ção do condensado em todo o seguir, veremos os tipos de redes de distribuição mais comuns.
sistema.
Vazamentos
As quantidades de ar perdidas através de pequenos furos, acoplamentos
com folgas, vedações defeituosas etc., quando somadas, alcançam eleva-
dos valores. A importância econômica desta contínua perda de ar torna-
se mais evidente quando comparada com o consumo do equipamento
e a potência necessária para realizar a compressão. Desta forma, um
vazamento na rede representa um consumo, consideralvemente, maior
de energia.
Podemos constatar isto através da tabela:
CUSTO DO VAZAMENTO
Diâmetro do orifício de
1/32’’ 1/16’’ 1/8’’ ¼’’ 3/8’’
vazamento (pol)
Unidade de conserva-
Filtro de ar comprimido
ção de ar
A função de um filtro de ar comprimido é reter as partículas de im-
Após passar por todo o processo pureza, bem como a água condensada, presentes no ar que passa por
de produção, preparação e dis- ele. O ar comprimido, ao entrar no copo é forçado a um movimento
tribuição, o ar comprimido deve de rotação, por meio de “rasgos direcionais”. Com isso, separam-se as
sofrer um último condiciona- impurezas maiores, bem como as gotículas de água, por meio de força
mento, antes de ser utilizado nos centrífuga e depositam-se, então, no fundo do copo. O condensado acu-
equipamentos. Neste condiciona- mulado no fundo do copo deve ser eliminado, o mais tardar, ao atingir
mento, ocorrerá a separação do a marca do nível máximo, já que, se isto ocorrer, o condensado será
condensado, filtragem, regulagem arrastado, novamente, pelo ar que passa.
da pressão e, em alguns casos, lu-
brificação que, atualmente, está
deixando de ser utilizada, pois, os
componentes, já possuem lubrifi-
cação própria. Uma das maneiras
de fazer isto acontecer é a insta-
lação da unidade de conservação
de ar.
Esta unidade é composta, basi-
camente, da combinação dos se-
guintes elementos:
▪▪ filtro de ar comprimido e reci-
piente de condensação;
▪▪ regulador de pressão do ar
comprimido com manômetro;
▪▪ lubrificador de ar comprimido
Figura 28 – Filtro de Ar Comprimido
(quando for necessário).
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p. 93).
Seção 6
Válvulas direcionais
pneumáticas
Assim como na hidráulica, as vál-
Figura 29 – Regulador de Pressão vulas direcionais para a pneumáti-
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p.
ca, também, são identificadas pelo
número de vias, posições tipo de
19).
acionamento etc. e, também, pos-
suem a função de direcionar o
Com aumento da pressão de tra- fluido que irá desenvolver diver-
balho, a membrana se movimenta sas funções como, por exemplo,
contra a força mola. Com isso, a Figura 30 – Lubrificador movimentar atuadores lineares e
secção nominal de passagem na Fonte: Festo Didactic (2001, p. 104). rotativos.
sede da válvula diminui, progres-
sivamente, ou se fecha totalmen- Lubrificadores de óleo, que es-
te. Isto significa que a pressão é tão caindo em desuso devido à
regulada pelo fluxo. Na ocasião utilização de componentes auto
do consumo a pressão diminui e lubrificados, trabalham segundo o
a força da mola reabre a válvula. princípio Venturi. A diferença de
Com isso, o manter da pressão pressão ∆p (Queda da pressão),
regulada se torna um constante entre a pressão antes do bocal
abrir a fechar da válvula. A pres- nebulizador e a pressão no ponto
são de trabalho é indicada por um estrangulador do bocal, será apro-
manômetro. Se a pressão crescer veitada para sugar óleo de um re-
demasiado do lado secundário, a servatório e de misturá-lo com o
membrana é pressionada contra ar, em forma de neblina.
Pino Rolete
MECÂNICOS
Mola Gatilho
Servo-piloto positivo
PNEUMÁTICOS
INDIRETOS Controle interno
Servo-piloto negativo
Identificação de vias
ORIFÍCIO NORMA DIN24300 NORMA ISO1219 Válvulas NA e NF
Pressão P 1 Válvulas direcionais com 2 po-
Utilização A B C 2 4 6
sições e até 3 vias que tenham,
Escape R S T 3 5 7
na posição de repouso, a via de
EA EB EC
pressão bloqueada, são chama-
Pilotagem X Y Z 10 12 14
Tabela 8 – Identificação das Vias
das de normalmente fechadas
(NF). Aquelas que, ao contrário,
Fonte: Parker (2008, p. 41).
possuírem esta via aberta, são de-
nominadas normalmente abertas
Exemplo de identificação: (NA).
Seção 7
Válvulas de memórias
Válvulas CF, CAP e CAN Válvulas pneumáticas
São válvulas de duas posições,
As válvulas direcionais de 3 po- acionadas por duplo piloto. Além das válvulas direcionais, en-
sições caracterizam-se pela sua
contraremos, ainda, as válvulas
posição central. Àquelas que pos-
auxiliares de controle e combina-
suírem, na sua posição central, as
ções de válvulas, como veremos a
vias de utilização bloqueadas, de-
seguir:
nominaremos centro fechado.
Válvula alternadora
(Função lógica “OU”)
Também chamada “válvula de
comando duplo” ou “válvula de
dupla retenção”. Esta válvula
tem duas entradas, X e Y, e uma
saída A. Entrando ar comprimido
Já as válvulas que tiverem as vias em X, a esfera fecha a entrada Y e
de utilização sendo pressurizadas,
Tipos de escapes o ar flui de X para A. Em sentido
chamaremos de centro aberto po- contrário, quando o ar flui de Y
Os escapes das válvulas são repre-
sitivo (CAP). para A, a entrada X será fechada.
sentados por triângulos. Quando
encontrarmos o triângulo junto à
simbologia da válvula, ele estará
representando um escape livre, ou
seja, sem conexão.
Válvula alternadora
Exemplo da aplicação:
Exemplo da aplicação:
Válvula de retenção
Válvulas de bloqueio liberam o fluxo, preferencialmente, em um só sen-
tido e bloqueiam o sentido inverso. O corpo de vedação da válvula de
retenção, sujeito à pressão de mola, desloca-se de seu assento quando a
pressão contra a ação da mola se torna maior do que a sua tensão.
Válvula limitadora de
pressão
É formada por uma vedação de
assento cônico, mola e um para-
fuso de ajuste. Quando a pres-
são em P assume um valor que
corresponde à tensão da mola,
o cone de vedação se desloca de
seu assento e libera o caminho ao
escape. São, também, conhecidas
como válvulas de sobrepressão
ou válvulas de segurança.
Temporizador pneumático N F.
Esta unidade consiste de uma válvula direcional de 3/2 vias, com acio-
namento pneumático, de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional
e um reservatório de ar. O ar de comando flui da conexão 12 para a
válvula reguladora de fluxo que controlara o tempo e, de lá, através de
área regulada, com velocidade e pressão mais baixa, para o reservatório.
Alcançada a pressão necessária de comutação, o êmbolo de comando
afasta o prato do assento da válvula, dando passagem ao ar principal de
P para A.
Seção 8
Atuadores para sistemas pneumáticos
Os atuadores pneumáticos convertem energia pneumática em energia
mecânica linear ou rotativa, dependendo de seu tipo construtivo. A se-
guir, veremos os tipos mais comuns utilizados na indústria.
SIMPLES AÇÃO
ATUADORES
LINEARES DUPLA AÇÃO
ATUADORES
PNEUMÁTICOS
ATUADORES MOTORES
ROTATIVOS PNEUMÁTICOS
OCILADORES
PNEUMÁTICOS
0.1, 0.2, 0.3... Elementos auxilia- 1.6, 2.6... Elementos processa- 1.02, 1.04... Elementos auxiliares,
res influenciam em todo o cir- dores de sinal, com número final com número final par, influen-
cuito. Ex.: Lubrefil, válvulas de par, influenciam no avanço dos ciam no avanço dos atuadores
fechamento. atuadores lineares (cilindros) ou lineares (cilindros) ou no sentido
1.2, 1.4, 2.2, 2.4... Elementos de no sentido de rotação à direita de rotação à direita dos atuadores
sinal, com número final par, in- dos atuadores rotativos (moto- rotativos (motores). Ex.: válvulas
fluenciam no avanço dos atua- res). Ex.: válvulas E, válvulas OU, reguladoras de fluxo, escape rápi-
dores lineares ou no sentido de temporizadores. do.
rotação à direita dos atuadores 1.7, 2.7... Elementos de sinal, com 1.03, 1.05... Elementos auxiliares,
rotativos (motores). Ex.: válvulas número final ímpar, influenciam com final ímpar, influenciam no
direcionais 3/2 acionadas por bo- no retorno dos atuadores lineares retorno dos atuadores lineares (ci-
tão, pedal, rolete. (cilindros) ou no sentido de rota- lindros) ou no sentido de rotação
1.3, 1.5, 2.3, 2.5... Elementos de ção à esquerda dos atuadores ro- à esquerda dos atuadores rotati-
sinal, com número final ímpar, tativos (motores). Ex.: válvulas E, vos (motores). Ex.: válvulas regu-
influenciam no retorno dos atu- válvulas OU, temporizadores. ladoras de fluxo, escape rápido.
adores lineares (cilindros) ou no 1.1, 2.1, 3.1... Elementos de co- 1.0, 2.0... Elementos de trabalho.
sentido de rotação à esquerda dos mando influenciam nos dois sen- Ex.: atuadores lineares ou rotati-
atuadores rotativos (motores). tidos de movimentos dos atuado- vos, (motores pneumáticos, osci-
Ex.: válvulas direcionais 3/2 acio- res (o primeiro número indica o ladores, atuadores lineares).
nadas por botão, pedal, rolete. atuador a ser comandado). Ex.:
válvulas direcionais.
Seção 11
Tecnologia do vácuo
Utilizando o mesmo raciocínio anterior para ilustrar como é gerada a
pressão dentro de um recipiente cilíndrico, cheio de ar: se aplicarmos
uma força contrária na tampa móvel do recipiente em seu interior, te-
remos como resultante uma pressão negativa, isto é, inferior à pressão
atmosférica externa.
Aplicações do vácuo
As aplicações do vácuo na indústria são limitadas, apenas, pela criativi-
dade e pelo custo. As mais comuns envolvem o levantamento e deslo-
camento de peças e materiais, como os exemplos mostrados a seguir:
Ventosas
As duas formas mais comuns usa-
das para fixação e levantamento
de materiais ou peças são:
Caixa de sucção
Este tipo de ventosa pode ser
oval, quadrada ou retangular, de-
pendendo da forma da peça a ser
movimentada.
O efeito Venturi
O efeito Venturi, é obtido através da expansão do ar comprimido que
alimenta o gerador de vácuo, através de um ou mais bocais. Esta expan-
são, converte a energia potencial do ar, em forma de pressão, para ener-
gia cinética, em forma de movimento. A velocidade do fluxo aumenta e
pressão e temperatura caem, criando uma pressão negativa no lado da
sucção.
Os geradores de vácuo pneumáticos apresentam dimensões reduzidas,
ausência de peças móveis, baixo custo de manutenção e respostas rápi-
das.
SeçÃo 1
Fluidos hidráulicos
Um sistema hidráulico independente do trabalho que irá realizar é com-
posto dos seguintes grupos:
Aditivos
São produtos químicos que, adicionados ao óleo, melhoram suas carac-
terísticas ou criam novas características. Ex.: antiespumante, inibidores
de corrosão, antedesgaste etc. Apesar de não existirem normas nem di-
retrizes legais que definam a compatibilidade de um fluido com o meio
ambiente, já se verifica, na prática, a utilização dos fluidos não poluentes.
Ex.: biodegradáveis.
Viscosidade
É a resistência do fluido ao escoar, ou seja, se um fluido escoa facilmen-
te, sua viscosidade é baixa, pode-se dizer que o fluido é fino ou pouco
encorpado. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade,
é grosso ou muito encorpado. Resumindo, viscosidade é uma medida
inversa a de fluidez.
▪▪ Número SAE
▪▪ Viscosidade ISO VG
▪▪ Índice de viscosidade – IV
▪▪ pressurizado: quando a
pressão no interior do mesmo for
maior que a pressão atmosférica.
Figura 67 – Reservatório
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 76).
Reservatório aberto
Reservatório pressurizado
Seção 3
Bombas hidráulicas
Bombas hidráulicas são componentes utilizados para fornecer vazão ao
sistema, fornecendo energia necessária ao fluido.
Simbologia
Bombas de pistões
Estas bombas geram uma ação de bombeamento, devido ao desloca-
mento de pistões no interior de um tambor cilíndrico.
Cavitação
Para cada líquido, numa determinada temperatura, existe uma pressão,
abaixo da qual se inicia sua vaporização. A essa pressão dá-se o nome de
pressão de vapor do líquido. Se isso ocorrer na sucção de uma bomba,
Figura 72 – Bomba de Pistões o líquido irá vaporizar, parcialmente, sob forma de bolhas de vácuo que,
Fonte: Racine (1987, p. 145). ao serem arrastadas pelo rotor para uma zona de maior pressão, irão se
condensar, bruscamente, provocando uma erosão no rotor. Para evitar a
cavitação, podemos proceder das seguintes maneiras:
Características das ▪▪ diminuir a perda de carga na linha de sucção;
bombas de pistões de ▪▪ aumentar a pressão do reservatório;
placa inclinada ▪▪ reduzir a rotação da bomba;
Visibilidade da contaminação
O menor limite de visibilidade para o olho é de 40 mícron. Em outras
palavras, uma pessoa normal pode enxergar uma partícula que mede 40
mícron, no mínimo. Isto significa que, embora uma amostra de fluido
hidráulico pareça estar limpa, ela não está, necessariamente, limpa.
Tipos de filtros
▪▪ Filtro de sucção - 100 a 150 mícron, montados entre o reservatório
e a bomba.
Componente Mícrons
Rolamentos antifricção de rolos e esferas 0,5
Bomba de palheta 0,5-1
Bomba de engrenagem (engrenagem com a tampa) 0,5-5
Servo válvulas (carretel com a luva) 1-4
Rolamentos hidrostáticos 1-25
Rolamentos de pistão (pistão com camisa) 5-40
Servo-válvulas 18-63
Atuadores 50-250
Orifício de servo-válvula 130-450
Razão beta
O grau do meio filtrante, expresso em razão beta, indica a eficiência
média de remoção de partículas. A razão beta é definida pela equação a
seguir:
1
Eficiência = (1 − ) x100
Β
1
Eficiência = (1 − ) x100 = 80%
5
Para uma razão beta menor que 75, temos um filtro nominal (baixa efi-
ciência) e para uma razão b,eta maior ou igual a 75 temos um filtro ab-
soluto (alta eficiência).
Indicadores de impurezas
Um indicador de impurezas mostra a condição de um elemento filtrante.
Ele indica quando o elemento está limpo, quando precisa ser trocado ou
se está sendo utilizado o desvio.
Solenóides
Como visto, anteriormente, solenóides são componentes eletromecâni-
cos, que transformam energia elétrica em energia mecânica linear. Nos
sistemas hidráulicos e pneumáticos, os solenóides que têm sido, tradi-
cionalmente, utilizados, são do tipo digital. Como a denominação deixa
clara, estes solenóides possuem duas posições de equilíbrio, totalmente
energizado ou totalmente desenergizado. O princípio de operação dos
solenóides, independente do seu tipo construtivo, é bastante similar, po-
dendo ser resumido da seguinte forma:
Métodos de controle
▪▪ Controle na entrada (meter in) - controla o fluxo que entra no
atuador. É usado onde a carga resiste ao movimento do atuador.
Seção 9
Válvulas reguladoras de Pressão
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão do sistema. A
maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas po-
sições, desde totalmente aberta até totalmente fechada. Podem ser:
Métodos de controle
▪▪ Controle na entrada (meter in) - controla o fluxo que entra no
atuador. É usado onde a carga resiste ao movimento do atuador.
Seção 9
Válvulas reguladoras de Pressão
As válvulas reguladoras de pressão controlam a pressão do sistema. A
maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas po-
sições, desde totalmente aberta até totalmente fechada. Podem ser:
A
Y
A
Y
Exemplos de aplicação:
A B
▪▪ retenção de A para B;
S2
▪▪ retenção de B para A;
S1
P T
▪▪ retenção pilotada.
M
Seção 10
Elemento Lógico
É um elemento versátil, pois pode ser usado como:
▪▪ válvula direcional;
▪▪ válvula reguladora de vazão;
▪▪ válvula de retenção simples ou pilotada;
▪▪ válvula reguladora de pressão;
▪▪ entre outras funções combinadas.
Válvula reguladora de
pressão com despressuri-
zarão por solenóide
Simbologia
Acumulador à Acumulador
Acumulador Acumulador
gás (símbolo de
de pistão de bexiga
geral) membrana
Seção 14
Instrumentos de medição e controle
São acessórios usados para avaliar e/ou controlar o rendimento dos sis-
temas hidráulicos (pressão, temperatura, nível vácuo, vazão, entre ou-
tros). Os principais instrumentos empregados na hidráulica são:
Manômetros
São equipamentos utilizados para medir pressão. Podemos encontrá-los
de diversas formas construtivas, mas, os mais comuns, são: manômetro
de Bourdon, que pode ser a seco ou em banho de glicerina, para amorte-
cer as vibrações e lubrificar o manômetro e o manômetro digital.
Transdutores eletrôni-
cos de pressão
Com o material apresentado, acreditamos ter alcançado o objetivo proposto, pois, com os
conhecimentos de hidráulica e pneumática apresentados, você estará preparado para desen-
volver circuitos industriais com embasamento teórico e prático.
Bons estudos!
▪▪ FAMIC Automation Studio 2009. Version 5.6: Famic Technologies Inc, 2009. 1. CD-ROM.
▪▪ ______. Introdução à hidráulica proporcional. São Paulo: Festo Didactic, 1986. 206 p.
Linhas de fluxo
Linha de pilotagem
Mangueira flexível
União de linhas
Direção do fluxo
Fluxo pneumático
Sentido de rotação
Motor elétrico
Motor térmico
Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009)
Acoplamentos
Acoplamento
Compressores
Condicionadores de energia
Filtro
Desumidificador de ar
Lubrificador
Reservatório de ar
3/2 vias
4/3 vias
Métodos de acionamento
Detente ou trava
Manual
Mecânico (rolete)
Pedal
Alavanca
Botão
Mola
Solenóide
Piloto
Duplo acionamento
Osciladores
Haste dupla
Orifício fixo
Orifício variável
Simples
Alívio ou segurança
Redutora de pressão
Instrumentos e acessórios
Manômetro
Vacuômetro
Termômetro
Filtro
Registro fechado
Registro aberto
Símbolos gráficos mais utilizados para componentes de sistemas hidráulicos (conforme nor-
ma ISO 1219).
Linhas de fluxo
Linha de trabalho e retorno
Mangueira flexível
União de linhas
Direção do fluxo
Fluxo hidráulico
Sentido de rotação
Fontes de energia/acoplamento
Motor elétrico
Motor térmico
Acoplamento
Métodos de acionamento
Detente ou trava
Manual
Mecânico (rolete)
Pedal
Alavanca
Botão
Mola
Solenóide convencional
Solenóide proporcional
Piloto
Duplo acionamento
Orifício fixo
Orifício variável
Válvula de retenção
Simples
Pilotada
Reguladora de pressão
(alívio)
Sequência
Redutora de pressão
Aberto à atmosfera
Pressurizado
Bombas
Osciladores
Atuadores lineares
Cilindro telescópio
Manômetro
Vacuômetro
Termômetro
Pressostato
Transdutor de pressão
Termostato
Fluxostato
Filtro
Válvula de bloqueio