Miranda, 2008
Miranda, 2008
Miranda, 2008
Aprovada por:
___________________________________
Prof. Raul de Bonis Almeida Simões, Dr. Ing
___________________________________
Prof. .Carlos David Nassi, Dr. Ing
___________________________________
Prof. Marcio Peixoto Sequeira Santos, Ph. D
___________________________________
Prof. Elton Fernandes, D. Sc
___________________________________
Profa. Rejane Nascentes- D.Sc
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
This thesis presents the results of draft procedures for decision support,
logistics operators in the choice of the transport corridor and the port of
embarkation specialist in grain for the most profitable agricultural production in
areas of Sinop, Campo Novo do Parecis and Rondonópolis, in the state of Mato
Grosso. The analysis was done with employment of methods TOPSIS -
Technique for Preference Order by Similarity to Ideal Solution and AHP-Analytic
Hierarchy Process, summary of the answers given by producers of agricultures
grain located in this areas focused on a questionnaire that asked for the
identification of the main criteria that guide the selection of transport corridors
and their grain embarkation specialist agricultural ports. The procedure of using
the method TOPSIS the coefficients with the weighted method AHP results led
to a degree of consistency accepted by the method of Prof. Saaty.
vii
ÍNDICE DO TEXTO
CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO 3- METODOLOGIA 69
237
Referências bibliográficas
do centróide Sinop
Centróide Sinop
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Esses custos são mais sensíveis pelo perfil da carga produzida no estado,
tipicamente commodities agrícolas de baixo valor agregado. Não há previsão
de que o perfil desta carga sofra alterações significativas em curto e médio
prazos, que possam fazer frente a esses custos. Essa condição aponta para a
necessidade de estudar um conjunto de atributos, que não sejam apenas da
carga, mas também do transporte, do uso das vias e das instalações de
manuseio da carga. Esse esforço independe das medidas que venham a ser
implementadas para agregar valor à produção e escapar da instabilidade que
rege o mercado de commodities.
Sob esse aspecto, a logística pode ter uma atuação decisiva, se focalizada nos
corredores de transporte, entendidos como o conjunto de vias, instalações e
facilidades, que usados adequadamente podem aumentar a produtividade da
operação, reduzindo seu custo, ao mesmo tempo em que contribua para o
aperfeiçoamento do transporte multimodal. Quando se fala de carga de baixo
valor agregado, isso diz respeito, exclusivamente, à carga com destino à
exportação, pois com poucas exceções, a quase totalidade da carga importada
por Mato Grosso, em geral, é de alto valor agregado.
Assim, grande parte das medidas que concorrem para reduzir os custos de
transporte no escoamento da produção de Mato Grosso devem ser baseadas
no aperfeiçoamento dos canais logísticos, que se inicia nos sistemas de
transportes. O aprimoramento de sistemas de transportes compatíveis com os
mercados focalizados, seja interno ou externo, é indispensável para a
manutenção da competitividade, e para a garantia da continuidade das
relações de comércio que vem se fortalecendo com o advento dos
megamercados.
Esta tese está estruturada em 6 capítulos, que além desta introdução tratam do
seguinte:
CAPÍTULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Assim, a conexão entre os pontos de contato com fluxos densos de longo curso
e as regiões de elevado potencial de produção (agrícola, extrativa e industrial),
diretamente ou por intermédio de redes alimentadoras e locais, define um
corredor de transportes para exportação.
O seminário foi uma estratégia da SAE para avaliar que ações poderiam ser
desenvolvidas pelos agentes econômicos para apressar a integração no
Mercosul, além dos corredores bi-oceânicos representarem uma alternativa
para o longo percurso através do Estreito de Magalhães, no extremo sul do
continente, ou para a complicada travessia do Canal do Panamá. Esses
12
mobilidade nacional que permite ligações por todos os modais entre as vastas
e distantes regiões do Brasil.
O Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) tem como meta criar uma
base de dados e instrumentos de análise, sob a ótica logística, para oferecer
apoio ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infra-estrutura e
na organização dos transportes. Assim, o setor de transportes poderá contribuir
para o alcance das metas econômicas, sociais e ecológicas do Brasil, rumo ao
desenvolvimento sustentado (CENTRAN, 2007).
O objetivo do plano é constituir uma base de dados, sob o foco logístico, para
dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infra-
estrutura e na organização dos transportes. Esse objetivo foi estabelecido de
tal forma que o setor transportes contribua para o desenvolvimento do País, em
horizontes de médio a longo prazo, rumo ao desenvolvimento sustentado.
Genericamente, o plano é definido como instrumento de Estado no sentido de
organizar o planejamento, o projeto, a construção e operação da infra-estrutura
de transportes do Brasil, em todas as modalidades (CENTRAN, 2007).
• Bolívia
• Prata / Chile
13,0%
3,6% 5,0% 1,0%
25,0% 0,4% 58,0% 33,0%
29,0%
32,0%
Rodoviario Ferroviário Aquaviário
Dutoviário Aeroviário
A Escola Européia, segundo Montibeller (1996) surgiu nos anos 70, com a
proposta do Multicriteria Decision Aid (MDA). O método proposto não se limita
à mesma objetividade da Escola Americana. Para seus criadores, o
conhecimento existente por parte dos decisores, pode ser organizado e
desenvolvido, assim como as alternativas existentes estão em um espaço que
pode ser significativamente expandido.
Uma ação pode ser definida como uma representação de uma eventual
contribuição à decisão global, susceptível, face ao estado de avanço do
processo de decisão, de ser tomada de forma autônoma e de servir de ponto
de aplicação à atividade de apoio a decisão (BANA E COSTA, 1995).
Neste início de Século XXI os métodos multicritério vem sendo aplicados com
maior intensidade, pois as soluções dos problemas passam a envolver
aspectos divergentes, com uma notável convergência de interesses diferentes,
mas não necessariamente antagônicos. Esses métodos têm como base a
organização em níveis de análise, que pressupõe uma ordenação que
apresenta algumas variações. Lewe (2005) propõe o estabelecimento de
características básicas com os seguintes elementos:
. . . . . . . . . .
a- determinísticos,
b- estocásticos;
c- fuzzy.
Não é raro que outros autores misturem esses tipos, podendo ainda serem
classificados em simples ou em grupo, em função da natureza dos atributos
considerados. Isso ocorre pelo fato de que em algumas versões, há uma
tendência de ampliar a base de atributos para deixar bem claros os limites de
cada critério. Nesse caso podem ser também denominados analíticos. Já a
vertente oposta, sintética, se apóia no fato de que vários atributos devem se
reunir em um menor número, favorecendo critérios mais concisos.
São descritos, a seguir, os métodos TOPSIS e o AHP, utilizados nos testes das
hipóteses estabelecidas no problema da tese.
I- Método TOPSIS
De acordo com Batista (2003), o método possui uma abordagem voltada para
encontrar uma alternativa que seja a mais próxima da solução ideal e mais
afastada da solução ideal-negativa em um espaço de computação
multidimensional. Esse espaço de computação multidimensional é determinado
pelo conjunto de critérios como sendo as dimensões. A solução ideal-positiva
representa uma alternativa virtual com um conjunto das melhores pontuações
para cada critério, e a solução ideal-negativa é uma alternativa virtual com as
piores pontuações.
|∆-|
φ = _________ (1)
|∆- + ∆+ |
X1 X2 Xj Xn
(2)
Em que:
- M é o número de fontes de dados;
- xij representa o escore do j-ésimo critério para a i-ésima fonte de
dados.
Esta fase é uma contribuição ao método que visa investigar de acordo com a
equação adiante se algum critério está com diferença (mínima e máxima) nas
alternativas cotejadas, alto o suficiente para decidir sozinho por alguma delas.
Devido à gama de critérios considerados, geralmente a matriz obtida apresenta
valores que polarizam valores máximos e mínimos distantes da média. Isso se
dá devido à diversidade dos critérios adotados, que em transporte apresenta
para números em escalas diferentes, como por exemplo número de berços
especializados nos portos e terminais focalizados, ou o volume de produção de
37
uma determinada cadeia, valores que não podem ser repassados à matriz
normalizada.
Tal procedimento assegura que todos os indicadores sejam avaliados para que
nenhum deles cause distorções por força da desigualdade quantitativa de
alguns critérios (GODINHO, 2007).
O primeiro passo desta fase é verificar se existe algum critério que não atenda
a esta condição. Os critérios são então listados como se mostra abaixo:
X1 X2 Xj Xn
A1 X11 X12 X1j X1n
D= A2 X21 X22 X2j X2n
Ai Xi1 Xi2 Xij Xin
Am Xm1 Xm2 Xmj Xmn (2)
Condição Σ((X1:Xm1)/n)*2- Σ((X1:Xm2)/n)*2- Σ((X1:Xmi)/n)*2- Σ((X1:Xmn)/n)*2-
(Xmax- (Xmax-Xmin)≥ (Xmax-Xmin (Xmax-Xmin ≥
Xmin)≥0 0 ≥0 0
Esta fase ainda constitui-se da contribuição ao método e visa dar três soluções
aos critérios que não atenderam a condição: Σ [(X1:Xm1) / n)] x 2 - (Xmax-Xmin) ≥ 0
WY = v ij = w i. y ij (4)
Em que:
(5)
(6)
Em que:
i = 1,2,...,M;
-j J associado com critérios de qualidade
- j J’ associado com critérios de custo
(7)
(8)
(9)
Em que:
- 0 ≤ Ai ≤ 1, i = 1,2,3,...M
x
r ij = ij
* (10)
x j
Em que
i = 1 ........, m; j = 1 ........., n
mais favorável.
A normalização por vetor é feita pela divisão de cada atributo x por um modelo,
obtendo-se o valor normalizado r para cada um deles por meio da equação:
x ij
r ij =
⎛ M
⎞
⎜
⎝
∑ i =1
x ij2 ⎟
⎠
(11)
Em que:
i = 1 ........, m; j = 1 ........., n
∑ (v )
m
+ 2
S =
i ij − v +j (12)
j =1
41
∑ (v )
m
2
S i− = ij − v −j (13)
j =1
+S i−
C = +
S i + S i−
i
( ) (14)
+ S−
C = + =c
S + S− ( ) (15)
cS + − (1 − c )S − = 0 (16)
S+
S−
Esse é um caso pouco comum em termos de escolha porque pode ser visto
como uma assunção de risco resultante de uma situação pessimista. Se
alguém escolhe uma alternativa próxima da não ideal, possivelmente faz isso
porque prefere escolher uma alternativa com o pior e o melhor atributo do que
outra com dois atributos ruins argumentam os autores. Com base nesse
exemplo, é possível assumir que um decisor poderia, sob risco, escolher uma
alternativa de percurso com custo adicional de pedágio, porém de menor
transit-time (próximo à situação ideal) e vazio (próximo à situação não ideal) do
que outra que será um corredor congestionado (próximo à situação não ideal) e
que também terá impactos na sua lucratividade.
De acordo com Saaty (1991), o AHP reflete o que parece ser um método
natural de funcionamento da mente humana. Ao defrontar-se com um grande
número de elementos, controláveis ou não, que abrangem uma situação
complexa, a mente agrega-os a grupos, segundo propriedades comuns. O
modelo dessa função cerebral permite uma repetição do processo, gerando,
um novo nível no sistema. Esses elementos, por sua vez, podem ser
agrupados segundo um outro conjunto de propriedades, gerando os elementos
de um novo nível “mais elevado”, até atingir um único elemento máximo que
muitas vezes pode ser identificado como o objetivo do processo decisório.
A- Elementos fundamentais
B- Estrutura hierárquica
Saaty (1991) define hierarquia como sendo um tipo particular de sistema, que é
baseado no conceito de que as entidades, que tenham sido identificadas,
possam ser agrupadas em conjuntos distintos, com as entidades de um grupo
influenciando apenas um grupo e sendo influenciadas pelas entidades de
apenas um outro grupo.
Objetivo Objetivo
Critérios
Sub- Sub- Sub- Sub- Sub-
critério 1 critério 2 critério 3 critério 4 critério 5
- Estruturação da hierarquia
O mesmo procedimento é aplicado para o nível dos sub-critérios (ver Tabela 5).
(17)
A = (aij ),− − (i, j = 1,2,3,...n)
1 a 12 a 13 ... a1n
1
1 a 22 ... a2n
a 12
1 1
A= 1 ... a3n
a 13 a 22
... ... ... 1 a4n
1 1 1 1
1
a1n a2n a3n a4n
a
r ij =
ij
n
(18)
∑
i=1
a ij
Em que:
i = 1, 2,3.. n
⎛1⎞ n
Pi = ⎜ ⎟∑ rij (19)
⎝ n ⎠ j =1
Em que:
j = 1, 2, 3....n
λ max =V.P
(20)
(λ max − n ) (21)
IC =
( n − 1)
53
IC
RC = (22)
IR
Para Saaty (1991) RC ≤ 0,10 significa que as avaliações produzidas têm boa
qualidade, sendo considerada aceitável.
Número 2: Homogeneidade
Número 3: Independência
Número 4: Expectativa
Outras aplicações foram realizadas no Brasil, sendo uma para o Estado Maior
do Exército Brasileiro e outra para a Embratel – Empresa Brasileira de
Telecomunicações (SAATY, 1991).
- Aplicações do AHP
Além desses dois métodos, outros vêm sendo usados para resolver problemas
semelhantes. Destacam-se as características principais desses métodos com
um exemplo de aplicação.
I- PROMETHEE
(23)
(24)
+
g) (a) é chamado de fluxo de saída e representa a média de todos os
graus de sobreclassificação de a, com respeito às outras alternativas,
é dado pela expressão abaixo;
(25)
+
h) quanto maior (a), melhor a alternativa;
–
i) (a) é chamado de fluxo de entrada, representa a média de todos
os graus de sobreclassificação de todas as outras alternativas, sobre
a, é dado pela expressão abaixo;
(26)
–
j) quanto menor (a), melhor é a alternativa.
58
O decisor deve, então, estabelecer para cada critério um peso wj que aumenta
com a importância do critério. De acordo com o modo com que a preferência do
decisor aumenta com a diferença entre o desempenho das alternativas para
cada critério [fj(a) – fj(b)], ele pode definir uma função Fj(a,b) que assume
valores entre zero e um. Estes valores aumentam se a diferença de
desempenho, ou a vantagem de uma alternativa em relação à outra aumenta.
E, são iguais a zero, se o desempenho de uma alternativa é igual ou inferior ao
desempenho da outra.
de uma determinada alternativa, que seja dependente de, pelo menos, uma
outra alternativa. Conforme a definição de utilidade, segundo a teoria
microeconômica, a constante multiplicativa das medidas da alternativa “i” é “KI ,
sendo que:
O valor dos pesos relativos dos critérios é obtido através do Método das
Potências, o qual determina de forma precisa o máximo autovetor de uma
matriz real e seu autovetor associado que, quando normalizado, transforma-se
no vetor de pesos relativos.
- Características do método
totalmente clara;
de indiferença e preferência;
Esse autor admite que esse método não tenha grande aceitação por parte dos
técnicos, observando que são poucos os trabalhos existentes na literatura
técnica sobre a utilização do Método de Análise de Concordância. Além disso,
complementa que é um método muito sensível aos erros de medida, o que
algumas vezes tende a gerar distorções nos resultados obtidos.
Uma outra desvantagem anotada por Gartner (1999) apud Vilas Boas (2005)
diz respeito ao elevado número de parâmetros para a construção dos limiares
de discriminação, concordância e discordância.
Rodrigues (1998) teve o seu estudo desenvolvido com base nos conceitos do
Método ELECTRE, consistindo numa metodologia multicritério, aplicada
especificamente aos problemas de transporte urbano, na qual as preferências
dos decisores são reveladas de maneira progressiva.
Para produzir uma referência básica sobre esses métodos, são apresentadas,
a seguir, suas características e especificidades quanto à aplicação realizada
por diversos especialistas diante de problemas relacionados a transportes.
Uma experiência feita em torno do TOPSIS foi relatada por Saghafian e Hajazi
(2005), que propuseram uma adaptação dos conceitos da lógica fuzzy ao
método tradicional. A premissa dos autores é de que o método clássico é
excessivamente determinístico e não levaria em conta as sutilezas inerentes ao
comportamento humano. Basicamente o processo adotado é o mesmo do
modelo proposto por Hwang e Yoon (1981). A diferença está em que os
critérios postos à disposição dos avaliadores utilizam recursos qualitativos
associados a três referências numéricas, em vez de uma do método tradicional.
Essas referências baseiam-se nos números fuzzy n1, n2, e n3, plotados em um
triângulo que os autores aproximam como simétrico; isto é,
n2 =
(n1 + n3 ) (27)
2
Outra experiência feita com os números triangulares fuzzy foi apresentada por
Soo e Teodorovic (2006) para a avaliação, sob a argumentação de que a teoria
fuzzy é um recurso matemático para o tratamento de dados imprecisos
(incertos, subjetivos e ambíguos). A teoria fuzzy tem sido aplicada em
modelagem matemática de tráfego e processos de transporte, incluindo
planejamento quanto a investimento em transportes, de acordo com Teodorovic
(1994) apud Teodorovic (2006, p.90).
Também deve ser considerado o tratamento fuzzy dado por Liang (2007) no
planejamento de transportes para minimizar custos de produção e de
movimentação relacionados às restrições da capacidade de processamento
das máquinas de uma indústria e dos espaços de armazenagem dos destinos
das mercadorias, experiência relevante, porém realizada em ambiente restrito,
não diretamente vinculada a problemas de infra-estrutura de transporte.
CAPÍTULO 3
METODOLOGIA
Em linhas gerais, o método que está sendo aplicado obedeceu ao que está
descrito adiante, resultado do conhecimento que se estruturou em razão da
natureza dos dados reunidos.
70
4,20% 0,40%
13,60%
Rodoviário
Ferroviário
61,10% Aquaviário
20,70%
Dutoviário
Aéreo
Uma outra distorção que fica clara é a inadequação dessa matriz para o valor
agregado das cargas. Excluindo-se dessa matriz o transporte de minério em
geral, a matriz resultante é a que está indicada no Gráfico 3.
7% 1%
Rodovia
27%
Ferrovia Ferronorte
Hidrovia Rio Madeira
65% Hidrovia Rio Paraguai
Quanto à hidrovia dos Rios das Mortes e Araguaia, o transporte tem sido feito
experimentalmente e em certos períodos do ano, pelo fato de não estar em
funcionamento operacional em escala, o que não permite dispor de dados
concretos sobre esse transporte.
I- Rede rodoviária
76
77
O ambiente em que essas relações ocorrem foi identificado com base nos
dados e informações que permitiram estruturar o conhecimento do problema,
sendo essas informações de origem bibliográfica e documental, de estatística,
planos, programas e projetos de entidades públicas e privadas e empresas que
têm interface com a produção e o transporte em Mato Grosso, em todas as
modalidades. Destacam-se dados sobre produção, demografia, levantamentos
cartoGráficos, imagens de satélite, rede de transportes, estatísticas de tráfego,
sistemas de armazenagem, e demais informações que permitiram traçar um
diagnóstico do funcionamento atual dos sistemas de transportes.
Essa ocupação foi facilitada pelas dimensões do estado de Mato Grosso, que
aliadas à diversidade dos ecossistemas (pantanal, cerrado, floresta tropical e
Araguaia), resultam numa variada lista de produtos que são produzidos e
transportados para outras regiões do país. Outro aspecto que contribui para
essa diversificação é a localização geográfica e a influência trazida pelos
colonizadores vindos do Sul e do Sudeste. Não obstante essa diversificação
tem-se um quadro preocupante de monocultura. A predominância de um tipo
de cultura pode variar de centróide para centróide, mas é marcante a
concentração em uma ou outra cultura.
No que diz respeito aos custos de transporte rodoviário, após a baixa geral de
2005/2006, período no qual o frete alcançou valores abaixo do crítico, opera-se
em Mato Grosso com um frete que, de modo geral, tem o mesmo valor daquele
cobrado nos dois anos anteriores (2004 e 2005). Tamanha estagnação
inviabiliza as empresas transportadoras, que têm de enfrentar a guerra de
tarifas imposta pelos transportadores autônomos (CEL/COPPEAD, 2005).
Mato Grosso, por sua situação central na América do Sul, tem acesso às três
principais bacias hidrográficas; Platina, Amazônica e Araguaia-Tocantins. Em
termos territoriais, a malha troncal constituída pelas rodovias BR-
070/158/163/174/364 permite acesso, aproximadamente eqüidistante, aos
principais portos especializados em exportação do País. Assim, é natural que o
porto seja um dos principais fatores da existência dos corredores de
transportes.
De uma forma geral, segundo Barat (1972), todo fluxo denso pode ter numa
das extremidades um porto polarizador. Esses portos são os modernos
complexos industriais-portuários compostos por terminais de uso público ou
privativo, com ou sem berços especializados para onde convergem os fluxos
dos principais corredores de transportes através dos quais é feita a conexão
com a cabotagem, voltada para o mercado interno, e com a navegação de
longo curso, direcionada para o comércio exterior.
86
I- Tempo de percurso
Tabela 16- Tempo de percurso nos corredores do centróide Campo Novo do Parecis
Rodoviário Ferroviário Hidroviário Totais
Porto Corredor Ext Tempo Ext Tempo Ext Tempo Ext Tempo
(km) (h) (km) (h) (km) (h) (km) (h)
ITC Madeira/Amazonas 1.167 19,45 0 0,00 2.188 243,11 3355,00 262,56
SST Ferronorte 800 13,33 1.333 26,66 0 0,00 2133,00 39,99
SST Rodoviário / Uberlândia 2.009 33,48 0 0,00 0 0,00 2009,00 33,48
SST Ferroviário / Uberaba 1.553 25,88 709 14,18 0 0,00 2262,00 40,06
SST Tietê-Paraná 1.205 20,08 498 9,96 640 71,11 2343,00 101,15
SST Novoeste / Bauru 1.104 18,40 1.309 26,18 0 0,00 2413,00 44,58
PNG Rodoviário / Maringá 2.131 35,52 0 0,00 0 0,00 2131,00 35,52
PNG ALL / Maringá 1.625 27,08 659 13,18 0 0,00 2284,00 40,26
88
FONTE: MIRANDA (2006)
89
89
90
Observa-se uma relação entre esses coeficientes que retrata a relação entre os
valores das tarifas entre as modalidades. Mas deve-se considerar que os
93
valores reais das tarifas são fortemente influenciados por inúmeros fatores
como tem sido reportado em artigos sobre o tema.
O custo médio de pedágios ao longo dos corredores foi calculado com base na
adoção do caminhão-tipo de 40 toneladas de carga útil (bi-trem), como é
mostrado abaixo.
- freqüência de praças → 1 praça/100 km
- tarifa → R$ 6,40 /eixo
- nº médio de eixos → 7 eixos
- carga útil → 40 toneladas
Nada obstante, com base nos levantamentos feitos através de busca na rede
internet nos terminais focalizados na pesquisa, foi possível estabelecer uma
tarifa média aplicável ao uso das instalações intermodais de transferência da
carga de granéis agrícolas, considerando a movimentação até a linha do cais.
97
98
Nem toda a produção gerada produz o momento total acumulado até os portos
de destino. De fato, parte dessa produção, por razões diversas é consumida
internamente no centróide, numa certa área ou no estado. Na falta de um
controle desse consumo interno, e com base nas projeções de arrecadação de
ICMS e do FETHAB, é possível admitir reduções referente à carga
efetivamente transportada.
f- por que usar armadores com navios Panamax e não Cape Size?
Essa análise pode ser feita com o emprego de método multicritério de apoio à
decisão- AMD que agrega critérios sociais e ambientais aos critérios
econômicos (TORRES, 2000).
Ainda de acordo com este autor, o uso desta técnica torna possível discutir o
ganho de uma alternativa em relação à outra. De uma forma geral, a função da
análise multicritério é revelar e ordenar alternativas geradas por interesses em
conflito, apresentadas por vários setores com diferentes experiências,
compreensão e percepção dos objetivos dos investimentos.
II- Questionário
- embarcadores → 40 questionários
- transportadores → 20 questionários
Partiu-se então para uma segunda edição, tendo-se tomado o cuidado de fazer
uma distribuição eqüitativa, relacionando-se o número de questionários
106
b - produtor que negocia parte da sua produção com uma tradings, mas
parte do transporte é feito por transporte próprio;
e - produtor que mantém parceria com as tradings, que por sua vez,
estabelecem parcelas a transportar por quaisquer das modalidades
oferecidas ao longo do corredor de transportes utilizado;
108
18 - distância ao porto
→ o custo logístico é diretamente proporcional à distância do
centróide aos portos especializados no embarque de granéis
agrícolas;
19 - terminal da operadora ferroviária no porto
→ a possibilidade de usar o armazém da operadora ferroviária no
porto de embarque pode se traduzir em redução do custo logístico;
20 - plataforma logística do porto
→ portos com plataformas logísticas especializadas no agronegócio
podem favorecer a redução do custo logístico
CAPÍTULO 4
CORREDORES DE TRANSPORTES
BR-174
SOLIMÕES-
AMAZONAS
BR-230
BR-319
RIO LEGENDA
MADEIRA RODOVIAS FEDERAIS
- LONGITUDINAIS
BR-364 - TRANSVERSAIS
- DIAGONAIS ÍMPARES
- DIAGONAIS PARES
HIDROVIAS
- SOLIMÕES-AMAZONAS
- MADEIRA
- GUAPORÉ
RIO
GUAPORÉ
4 2
5 6
3
10
11 12
19
17 20
18
Itacoatiara
Hidrovia Porto Velho
Madeira-Amazonas
Santana
⇒ Itacoatiara
⇒ Porto Velho
⇒ Santana
Este corredor está passando por modificações significativas pelo fato de ter
entre suas vias o corredor estruturante da Rodovia BR-163, no trecho Cuiabá-
Santarém, que na maioria dos documentos examinados lhe denominam dessa
forma. Uma outra via integrante deste corredor e que é objeto de estudos para
priorização de investimentos pelo Governo Federal é a hidrovia Teles Pires-
Tapajós, que garantirá a característica hidroviária ao corredor. Na Figura 21
estão destacados esses terminais e na seqüência são descritas suas principais
características.
128
Miritituba
Corredor
Cuiabá-Santarém
Santarém
⇒ Miritituba
⇒ Santarém
Santarém está ligada a Cuiabá pela rodovia BR-163, com cerca de 958 km em
terra e 725 pavimentados e no momento estão sendo ultimadas as
providências para a sua pavimentação. O acesso rodoviário é feito em boas
condições pela Av. Cuiabá, coincidente com a rodovia BR- 163, O porto opera
130
São Simão
Corredor Pederneiras
Santos
Santos
⇒ São Simão
⇒ Pederneiras
⇒ Santos
Antonina
Corredor
Paranaguá Paranaguá
⇒ Antonina
⇒ Paranaguá
a) Corredor Cuiabá-Santarém
b) Corredor Santos
c) Corredor Paranaguá
CHR
AFL
SINOP
CGB
CMP
ROO ARG
UBB
SST
SSM PDR
BAU MRQ
CGR
MRG CWB PNG
LEGENDA
INSTALAÇÕES
-Portos marítimos -Terminais ferroviários -Terminais fluviais
- Terminais rodoviários
MODALIDADE UTILIZADA
- Rodoviária - Hidroviária - Ferroviária
- Projetada
TERMINAIS INTERMODAIS
ALF - Alta Floresta/MT MRT - Miritituba/PA
ANL - Anápolis/GO PDR - Pederneiras/SP
ARG - Alto Araguaia/MT PNG - Paranaguá/PR
BAU - Bauru/SP PVL - Primavera do Leste/MT
CGB - Cuiabá/MT ROO - Rondonópolis/MT
CGR - Campo Grande/MS SSM - São Simão/GO
CHR - Cachoeira Rasteira/MT SST - Santos/SP
CMP - Campinas/SP STM - Santarém/PA
CWB - Curitiba/PR STN - Santana/AP
MRG - Maringá/PR UBB - Uberaba/MG
MRQ - Mairinque/SP VIX - Vitória/ES
140
Além das alternativas ilustradas nas tabelas acima, ainda pode-se admitir
outras, mediante conjugações diversas, mas que não são cotejadas nas
análises adiante, uma vez que são mais desfavoráveis do que aquelas
descritas.
b) Corredor Santos
c) Corredor Paranaguá
SPZ
CPO. NOVO
PARECIS
BBG
CCR CGB
CMP
ROO ARG
UBB
SST
SSM PDR
BAU MRQ
CRB CGR
MRG CWB PNG
NPL
LEGENDA
INSTALAÇÕES
-Portos marítimos -Terminais ferroviários -Terminais fluviais
- Terminais rodoviários
MODALIDADE UTILIZADA
- Rodoviária - Hidroviária - Ferroviária
- Projetada
TERMINAIS INTERMODAIS
ANL - Anápolis/GO NPL - Nueva Palmira/UR
ARG - Alto Araguaia/MT PDR - Pederneiras/SP
BAU - Bauru/SP PNG - Paranaguá/PR
BBG - Barra do Bugres/MT PVL - Primavera do Leste/MT
150
A localização desse centróide permite admitir que ele recebe influência dos
portos localizados na calha do rio Amazonas, em particular Itacoatiara, como
também dos terminais portuários de Sul e Sudeste, como Paranaguá e Santos.
As alternativas de Corredores que estão tendo as características determinadas
são os seguintes:
MG/SP
SP-330 Divisa MG/SP-São Paulo 447 - - -
SP-150 São Paulo - Santos 72 - -
Total 2.099 - - -
Tabela 44- Corredor Santos pela Novoeste por Campo Grande (SST)
Extensões (km)
Trecho Rodovia
Ferro Hidro
Pav Terra
BR-364/MT- Campo Novo do Parecis -
394 - - -
358/BR-163 Cuiabá
BR-163 Cuiabá - Rondonópolis 212 - - -
BR-163 Rondonópolis - Campo 498 - - -
Grande
Novoeste Campo Grande - Bauru - - 833 -
Ferroban Bauru - Mairinque - - 319 -
Ferroban Mairinque - Santos - - 157 -
Total 1.104 - 1.309 -
a) Corredor Santos
e) Corredor Paranaguá
SST
SSM PDR
BAU MRQ
CGR
MRG CWB PNG
LEGENDA
INSTALAÇÕES
-Portos marítimos -Terminais ferroviários -Terminais fluviais
- Terminais rodoviários
MODALIDADE UTILIZADA
- Rodoviária - Hidroviária - Ferroviária
- Projetada
157
TERMINAIS INTERMODAIS
ARG - Alto Araguaia/MT NBR - Nova Brasilândia/MT
BAU - Bauru/SP PDR - Pederneiras/SP
CGR - Campo Grande/MS PNG - Paranaguá/PR
CMP - Campinas/SP PRN - Paranatinga
CPV - Campo Verde/MT PVL - Primavera do Leste/MT
CWB - Curitiba/PR SSM - São Simão/GO
MRG - Maringá/PR SST - Santos/SP
MRQ - Mairinque/SP UBB - Uberaba/MG
MS/PR
BR-376 Divisa MS / PR – Maringá 174 - - -
ALL Maringá - Ponta Grossa - - 428 -
Ponta Grossa –
ALL - - 231 -
Paranaguá
Total 1.019 - 659 -
NOROESTE
NORTE
Campo Novo Sinop
do Parecis
NORDESTE
MÉDIO NORTE
OESTE
CENTRO-SUL
SUDESTE
Rondonópolis
I- Área Norte
• Centróide Sinop
Esta área é constituída por dois centróides: Campo Novo do Parecis e Juína,
cuja produção transportada está indicada adiante.
166
Peixoto de Azevedo 14.399 28.987 2.160 1.440 0 11 15 763 47.775
167
Porto dos Gaúchos 7.012 6.116 74.257 33.360 3.585 9 13 3.360 127.712
Sorriso 9.346 55.134 1.496.399 604.542 65.804 0 0 6.147 2.237.372
S. J. do Rio Claro 5.058 17.345 198.473 18.240 18.439 16.697 23.376 1.669 299.297
Santa Carmem 3.920 4.319 83.592 28.800 0 0 0 4.248 124.879
Terra Nova do Norte 2.302 14.584 3.767 864 0 11 15 1.080 22.623
Tapurah 11.600 10.478 304.858 109.958 27.029 0 0 1.164 465.087
Tabaporã 8.225 10.484 140.940 31.344 7.595 0 0 6.966 205.554
União do Sul 4.581 3.998 10.260 12.240 0 0 0 3.465 34.544
Vera 2.951 9.188 189.000 37.440 7.875 0 0 5.595 252.049
Total 241.769 611.858 5.050.631 2.145.322 273.540 17.194 24.071 96.655 8.461.046
FONTE: IBGE (2006)
167
168
• Centróide Juína
O centróide Juína possui uma área de cerca de 108.620 km2 distribuída por 5
(cinco) municípios, mostrada na tabela 56. A produção agrícola transportada
desse centróide responde por cerca de 0,12% da produção do estado, ou
aproximadamente 24,472 mil toneladas. Este centróide tem pequena
importância na matriz de produção do estado, mas é estratégico se considerar
a previsão de pavimentação da rodovia BR-174 que liga este cidade a Vilhena
(RO).
Como alternativa para o escoamento dessa produção, esta área teria como
rota também a hidrovia do Madeira, partindo de Juína até Vilhena pela BR-174,
onde se somaria à produção da região de Campo Novo do Parecis, seguindo
até Porto Velho pela BR-364, e do porto de Porto Velho até Itacoatiara através
do rio Madeira, de forma semelhante ao centróide Campo Novo do Parecis
descrita anteriormente.
• Centróide Cáceres
169
170
IV-Área Médio-Norte
171
172
173
174
V- Área Centro-Sul
• Centróide Cuiabá
175
176
• Centróide Rondonópolis
• Alto Araguaia
Alto Araguaia é o outro centróide da região Sudeste de Mato Grosso com uma
área de 37.150 km2 constituída por 11 (onze) municípios listados na tabela 62 .
A produção transportada desse centróide é de 606 mil toneladas,
correspondente a cerca de 4,00% em relação à produção total do estado
transportada.
Rondonópolis 4.165 172.783 164610 43.848 17.150 360 504 279 226.751
Campinápolis 5.970 13.666 0 288 0 200 280 1.540 2.308
Campo Verde 4.795 25.924 330372 274.446 283.386 171 240 21 888.636
Dom Aquino 2.205 8.261 68640,3 52.179 47.970 5.046 7.064 397 181.296
Guiratinga 5.358 13.883 166005 65.600 45.190 15 21 1.176 278.007
Itiquira 8.639 12.159 462024 52.968 47.793 0 0 1.932 564.717
Jaciara 1.659 24.945 63029,7 43.915 11.184 34.645 48.503 1.392 202.669
Juscimeira 2.205 11.830 77984,1 47.824 0 7.634 10.688 1.470 145.600
Novo São Joaquim 5.022 6.880 154053,9 39.302 34.442 0 0 2.520 230.318
Nova Brasilândia 3.266 4.891 0 192 0 11 16 210 429
Paranatinga 24.178 20.033 102060 6.672 0 0 0 31.121 139.853
Primavera do Leste 5.472 44.729 558000 248.794 169.571 0 0 2.230 978.595
Poxoréo 6.293 17.592 109537,2 53.549 40.161 57 80 882 204.266
Pedra Preta 4.193 15.638 91800 17.280 111.091 80 112 840 221.203
Planalto da Serra 2.454 2.734 945 840 0 16 22 1.995 3.818
São Pedro do Cipa 344 4.028 0 132 0 5.209 7.293 0 12.634
São José do Povo 444 3.505 0 728 0 0 0 123 851
Tesouro 4.017 3.109 71671,5 15.766 5.034 0 0 339 92.811
Total 90.679 406.590 2.420.732,7 964.324 812.971 53.445 74.823 48.468 4.374.762
FONTE: IBGE (2006)
177
178
178
179
Este centróide tem como uma das alternativas mais atraentes para o
escoamento da carga produzida, segundo os embarcadores entrevistados a
hidrovia Tocantins-Araguaia, embarcando pelo terminal do rio das Mortes.
Cumpre todavia assinalar que a hidrovia não está operacional, pelo fato da
interdição imposta pelo MPE desde 1999.
• Centróide Confresa
181
FONTE: IBGE (2006)
182
182
183
Assim, essas tabelas servirão para o cálculo desses parâmetros, para os três
centróides estudados.
184
185
185
186
186
187
187
188
Tabela 70- Características funcionais dos corredores do centróide Campo Novo do Parecis
N Porto Corredor TKU Tempo de Nº de Calado Tarifas (R$/t)
(t.km.109) percurso (h) berços (m) Pedágio Frete Transb
I ITC Madeira/Amazonas 13,323 262,56 8,0 4,0 13,07 203,26 21,60
II SST Ferronorte 8,470 39,99 12,0 12,0 8,96 220,25 18,20
III SST Rodoviário / Uberlândia 7,978 33,48 12,0 12,0 22,50 251,10 9,90
IV SST Ferroviário / Uberaba 8,982 40,06 12,0 12,0 17,39 258,08 18,20
V SST Tietê-Paraná 9,304 101,15 3,0 3,0 13,50 212,33 31,50
VI SST Novoeste / Bauru 9,582 44,58 12,0 12,0 12,36 256,09 18,20
VII PNG Rodoviário / Maringá 8,462 35,52 16,0 12,0 23,87 266,36 9,90
VIII PNG ALL / Maringá 9,070 40,26 16,0 12,0 18,20 262,57 18,20
Observações: ITC (Itacoatiara), SST (Santos), PNG (Paranaguá).
188
189
CAPÍTULO 5
APLICAÇÃO DO MÉTODO
190
191
191
192
192
193
193
194
194
195
195
196
196
197
Por outro lado, se fosse dado ao decisor o poder de avaliar alternativas que ele
não conhece, o resultado seria imprevisível e ficaria difícil obter uma média que
não estivesse contaminada pelo peso atribuído pelo moderador ao critério
focalizado (SILVA, 2008). A ponderação efetuada levou às matrizes
ponderadas assinaladas nas tabelas 79 a 81.
198
198
199
199
200
200
201
201
Tabela 83- Situações ideais positiva e negativa – Centróide Campo Novo do Parecis
Critérios selecionados
Situações 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9-
Distância Distância Distância Tempo de No de Calado Tarifa Frete Tarifa
rodov. ferrov. hidrov. viagem berços berços pedágio rodov. transb.
Situação Ideal positiva 0,0200 0,2000 0,1500 0,0300 0,1000 0,0500 0,0400 0,0500 0,0500
Situação Ideal negativa 0,1000 0,0200 0,0200 0,1000 0,0300 0,0300 0,1000 0,1000 0,1000
202
203
203
204
Tabela 86- Distâncias entre as alternativas e as situações ideais – Campo Novo do Parecis
Critérios selecionados
1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9-
Distância Distância Distância Tempo de No de Calado Tarifa Frete Tarifa Σ
Porto Corredor rodov. ferrov. hidrov. viagem berços berços pedágio rodov. transb.
Distância ideal positiva
ITC Madeira-Amazonas 0,0111 0,1778 0,0000 0,0111 0,0750 0,0125 0,0625 0,0500 0,0500 0,4500
SST Ferronorte 0,0667 0,0000 0,1333 0,0667 0,0125 0,0000 0,0375 0,0125 0,0000 0,3292
SST Rodoviário/Uberlândia 0,0111 0,1778 0,1333 0,0556 0,0125 0,0000 0,0000 0,0000 0,0250 0,4153
SST Ferroviário/Uberaba 0,0111 0,0667 0,1333 0,0778 0,0125 0,0000 0,0125 0,0000 0,0000 0,3139
SST Tietê-Paraná 0,0222 0,1111 0,0667 0,0333 0,0625 0,0250 0,0500 0,0125 0,0000 0,3833
SST Novoeste/Bauru 0,0111 0,0000 0,1333 0,0556 0,0250 0,0000 0,0500 0,0000 0,0000 0,2750
PNG Rodoviário/Maringá 0,0111 0,1778 0,1333 0,0667 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0500 0,4389
PNG ALL/Maringá 0,0000 0,0889 0,1333 0,0667 0,0000 0,0000 0,0125 0,0000 0,0000 0,3014
Distância ideal negativa
ITC Madeira-Amazonas 0,0556 0,0028 0,1313 0,0667 0,0000 0,0125 0,0000 0,0000 0,0000 0,2688
SST Ferronorte 0,0000 0,1750 0,0021 0,0111 0,0625 0,0250 0,0250 0,0375 0,0500 0,3882
SST Rodoviário/Uberlândia 0,0778 0,0028 0,0021 0,0222 0,0625 0,0250 0,0625 0,0500 0,0250 0,3299
SST Ferroviário / Uberaba 0,0556 0,1083 0,0021 0,0000 0,0625 0,0250 0,0500 0,0500 0,0500 0,4035
SST Tietê-Paraná 0,0444 0,0639 0,0646 0,0444 0,0125 0,0000 0,0125 0,0375 0,0500 0,3299
SST Novoeste / Bauru 0,0556 0,1750 0,0021 0,0222 0,0500 0,0250 0,0125 0,0500 0,0500 0,4424
PNG Rodoviário / Maringá 0,0556 0,0028 0,1313 0,0667 0,0000 0,0125 0,0000 0,0000 0,0000 0,2688
PNG ALL / Maringá 0,0000 0,1750 0,0021 0,0111 0,0625 0,0250 0,0250 0,0375 0,0500 0,3882
204
205
205
206
Miritituba
Ferronorte
Ferroviário / Uberaba
Tietê-Paraná
0,1000 A- A- A+ A- A- A-
Novoeste / Bauru
Rodoviário / Maringá
0,0500 A+ A+ A+
ALL / Maringá
A+
A+
A- A+ A- A- A+
A-
0,0000 A-
1-Distancia 2- Distância 3-Distância 4- Tempo de 5- No de 6-Calado 7- Tarifa de 8-Frete 9-Tarifa de
rodoviária ferroviária hidroviária viagem berços dos berços pedágio rodoviário transbordo
Ferronorte
0,2000 A+
Rodoviário /
Uberlândia
Ferroviário / Uberaba
0,1500 A+
Tietê-Paraná
Novoeste / Bauru
0,1000 A- A- A+ A- A- A-
Rodoviário / Maringá
ALL / Maringá
0,0500 A+ A+ A+
A+
A+
A+
A+ A- A- A-
A- A-
0,0000
1-Distancia 2- Distância 3-Distância 4- Tempo de 5- No de 6-Calado 7- Tarifa de 8-Frete 9-Tarifa de
rodoviária ferroviária hidroviária viagem berços dos berços pedágio rodoviário transbordo
0,2500
Ferronorte
Rodoviário / Uberlândia
0,2000 A+
Ferroviário / Uberaba
0,1500 A+ Tietê-Paraná
Novoeste / Bauru
A+ ALL / Maringá
A+
0,0500 A+ A+ A+
A- A+
A+
A- A-
A-
A-
0,0000
1-Distancia 2- Distância 3-Distância 4- Tempo de 5- No de 6-Calado 7- Tarifa de 8-Frete 9-Tarifa de
rodoviária ferroviária hidroviária viagem berços dos berços pedágio rodoviário transbordo
⎡ ⎤
⎢ 1 a 12 a 13 a 14 a 15 a 16 a 17 ⎥
⎢ ⎥
⎢ 1 1 a 23 a 24 a 25 a 26 a 27 ⎥
⎢ a 12 ⎥
⎢ 1 1 ⎥
⎢ 1 a 34 a 35 a 36 a 37 ⎥
⎢ a 13 a 23 ⎥
⎢ 1 1 1
a 47 ⎥
A= ⎢ 1 a 45 a 46
⎥
a a 24 a 34
⎢ 114 1 1 1 ⎥
⎢ 1 a 56 a 57 ⎥
⎢ a 15 a 25 a 35 a 45 ⎥
⎢ 1 1 1 1 1 ⎥
⎢ 1 a 67 ⎥
⎢ a 16 a 26 a 36 a 46 a 56 ⎥
⎢ 1 1 1 1 1 1
1 ⎥
⎢⎣ a 17 a 27 a 37 a 47 a 57 a 67 ⎥⎦
tabela de critérios de SAATY (1991) para cada par de atividades Cij , com
dos berços
transbordo
hidroviária
de viagem
rodoviário
de berços
ferroviária
rodoviária
Distância
Distância
Distância
Tarifa de
Tarifa de
pedágio
Número
Calado
Tempo
Frete
Distância
rodoviária 1
Distância
ferroviária 1
Distância
hidroviária 1
Tempo de
viagem 1
Número de
berços
1
Calado dos
berços
1
Tarifa de
1
pedágio
Frete 1
rodoviário
Tarifa de 1
transbordo
Área de
produção Centróide Corredor Porto Modalidades
Graphical Assessment
Distância rodoviária
Compare the relative importance with respect to: Goal: Seleção de corredor
Distância ferroviária
214
137
215
Figura 38- Matriz AHP: Coeficientes ponderados do centróide Sinop - Portos de Santos e Paranaguá
215
137
216
Graphical Assessment
Distância rodoviária
Distância ferroviária
Figura 39 – Matriz AHP: Centróide Campo Novo do Parecis - Portos de Itacoatiara e Paranaguá
216
217
Figura 40- Matriz AHP: Coeficientes ponderados do centróide Campo Novo do Parecis - Itacoatiara e Paranaguá
217
218
Graphical Assessment
Distância rodoviária
Compare the relative importance with respect to: Goal: Seleção de corredor
Distância ferroviária
218
219
Figura 42- Matriz AHP: Coeficientes ponderados do centróide Rondonópolis - Portos de Santos e Paranaguá
219
220
Uma outra situação em que certamente poderiam ser obtidos índices mais
próximos do valor-teto de SAATY é a de selecionar um menor número de
critérios. Essa situação atenderia o fundamento matemático do método mas
estaria longe de mostrar a realidade do transporte de granéis agrícolas num
cenário povoado por critérios marcados por forte diversidade.
221
Com base nas ponderações individuais foi realizado um novo teste com o
TOPSIS usado como ponderação os índices fornecidos pelo AHP. Os
resultados na forma de coeficientes de prioridades estão indicados nas tabelas
93 a 95.
0,2500
Santarém
A-
Miritituba
0,2000 A-
Teles Pires-Tapajós
Ferronorte
A- Rodoviário / Uberlândia
0,1500
Ferroviário / Uberaba
A+
Tietê-Paraná
0,1000
A- Novoeste / Bauru
A+ A+ A+
A+ A+ A+ Rodoviário / Maringá
A+ A-
A+
A-
A- A- A+
0,0000 A-
1-Distancia 2- Distância 3-Distância 4- Tempo de 5- No de 6-Calado dos 7- Tarifa de 8-Frete 9-Tarifa de
rodoviária ferroviária hidroviária viagem berços berços pedágio rodoviário transbordo
0,2500
Santarém
A-
Miritituba
0,2000 A-
Teles Pires-Tapajós
Ferronorte
A- Rodoviário / Uberlândia
0,1500
Ferroviário / Uberaba
A+
Tietê-Paraná
0,1000
A- Novoeste / Bauru
A+ A+ A+
A+ A+ A+ Rodoviário / Maringá
A+ A-
A+
A-
A- A- A+
0,0000 A-
1-Distancia 2- Distância 3-Distância 4- Tempo de 5- No de 6-Calado dos 7- Tarifa de 8-Frete 9-Tarifa de
rodoviária ferroviária hidroviária viagem berços berços pedágio rodoviário transbordo
0,3
Ferronorte
A-
Rodoviário / Uberlândia
0,2 A-
Ferroviário / Uberaba
A- Tietê-Paraná
0,2
Novoeste / Bauru
A+
A+ A+
0,1 Rodoviário / Maringá
A-
A+
A+ A+ A+
ALL / Maringá
0,1 A-
A+
A+ A+ A-
A-
A-
A- A-
0,0
1-Distancia 2- Distância 3-Distância 4- Tempo de 5- No de 6-Calado dos 7- Tarifa de 8-Frete 9-Tarifa de
rodoviária ferroviária hidroviária viagem berços berços pedágio rodoviário transbordo
Centróide Rondonópolis
19 0,5278 ALL / Maringá 7,341 0,607 0,393 0,000
20 0,5229 Tietê-Paraná 7,599 0,345 0,287 0,368
21 0,5102 Ferroviário / Uberaba 7,245 0,572 0,428 0,000
22 0,5024 Novoeste / Bauru 7,905 0,276 0,724 0,000
23 0,4907 Ferronorte 6,68 0,127 0,873 0,000
24 0,3536 Rodoviário / Uberlândia 6,532 1,000 0,000 0,000
25 0,3517 Rodoviário / Maringá 6,672 1,000 0,000 0,000
No que se refere aos métodos empregados, por terem como traço comum a
avaliação pelos decisores, os critérios selecionados (escolha feita pelos
decisores de nove critérios dentre vinte discutidos previamente) dificultaram os
julgamentos dos decisores ao longo da pesquisa. Entretanto, esta era a
realidade da pesquisa e, portanto, o desafio: justificar a classificação da
escolha e atribuir pesos relativos para os critérios qualificadores de tal forma
que fosse possível quantificar as avaliações objetivas e subjetivas.
A partir das análises dos resultados deste estudo, pode-se concluir que o
método AHP auxiliou a alcançar o objetivo da escolha do corredor de
transporte e porto especializado no embarque de granéis agrícolas de Mato
Grosso. O procedimento desenvolvido mostrou ser um método adequado a
essa escolha segundo aspectos qualitativos e quantitativos.
231
CAPÍTULO 6
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
- Aspectos geográficos
No método Topsis o que mais influencia são os pesos atribuídos aos critérios,
uma vez que o método tende a dar mais importância quando a diferença entre
as alternativas em um dado critério e maior e vice-versa. Por esta razão,
atribuir notas ao invés de utilizar as grandezas dos critérios, reduz as
233
- Reuniões preparatórias
Mesmo com metodologias bem diferentes o resultado dos dois métodos foi
muito parecido, ocorrendo, entretanto, inversões devidas às notas dadas pelos
decisores. Ainda assim, ficou claro que o decisores devem ser informados
sobre os problemas que as notas distorcidas podem passar para a decisão.
Desse modo, a estratégia de fazer apresentação prévia do método aos
decisores antes que eles respondam aos dois questionários mostrou-se
oportuna, embora nem sempre as notas estivessem de acordo com as opiniões
manifestadas pelos decisores nesses encontros preparatórios.
- A pesquisa de campo
- A logística e o transporte
A deficiência gerada pela ausência dos OTM, que reúne operadores logísticos
dos mais diversos perfis (transportadores, operadores de terminais, armadores,
agentes de carga, etc.) é considerável, embora tenha sido atenuada pela
escolha de decisores que operam com transporte rodoviário. Considerando que
o agronegócio formado por embarcadores (produzem a carga), transportadores
em todas as modalidades (transportam a carga), operadores de terminais
(manuseiam a carga nas transferências modais), e agentes de carga
(negociam a carga em todas as instâncias seja tipo FOB ou CIF), as relações
seriam claras e bem definidas. Mas não é isso que ocorre atualmente, em que
todas essas atividades estão reunidas na atuação das tradings, que operam
mais em sintonia com o mercado e menos com os interesses dos produtores.
- Sugestões técnicas:
- Sugestões acadêmicas
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APÊNDICE 1
APÊNDICE 2
Questão:
Modera- Modera-
Frete Altís- Muito Razo- Muito Baixís-
Alto damente damente Baixo
rodoviário simo alto ável baixo simo
alto baixo
Modera- Modera-
Frete Altís- Muito Razo- Muito Baixís-
Alto damente damente Baixo
ferroviário simo alto ável baixo simo
alto baixo
Tarifa de Modera- Modera-
Altís- Muito Razo- Muito Baixís-
transbor Alta damente damente Baixa
sima alta ável baixa sima
do alta baixa
dos berços
transbordo
hidroviária
de viagem
rodoviário
de berços
ferroviária
rodoviária
Distância
Distância
Distância
Tarifa de
Tarifa de
pedágio
Número
Calado
Tempo
Frete
Distância
rodoviária
1
Distância
ferroviária 1
Distância
hidroviária 1
Tempo de
viagem
1
Número de
berços 1
Calado dos
berços
1
Tarifa de
pedágio
1
Frete
rodoviário 1
Tarifa de
transbordo
1