Reflexologia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

1.

INTRODUÇÃO

A Reflexologia é uma técnica Chinesa de massagem, tem como objetivo estimular áreas
reflexas do corpo para obter através desse estímulo, o equilíbrio fisiológico e emocional do
organismo. Através do mapeamento orgânico e energético nos micro corpos (Pés, Mãos, e
Orelhas), é possível diagnosticar e tratar o corpo físico e energético, auxiliando o
organismo a desintoxicar e relaxar adequadamente. Sua atuação faz com que o Sistema
Nervoso Central (SNC) atue em benefício do orgânico, facilitando assim a sua saúde
integral. Com o estudo, notamos que é possível, gerar autoconhecimento e despertar o
indivíduo para a importância do autocuidado e na prestação de serviço para a preservação
da saúde. A técnica é relativamente simples e todos podem ser usuários e ou aplicadores,
nas práticas orientamos para que efetuem com a prática com segurança. A Reflexologia,
como técnica, é completa para promover saúde, prepara o organismo para ser livre de
desequilíbrios energéticos, mantém o corpo com imunidade alta e as energias Yin e Yang,
equilibradas. Conforme Uhl (2001, pág. 15) “A doença é sempre uma expressão física de
desarmonia espiritual, que também pode ser tratada no plano sutil.” A Reflexologia trata-
se de uma técnica específica de massagem aplicada a determinadas áreas, principalmente
pés e mãos que permite alcançar o equilíbrio e gradativa recuperação do bem-estar e sua
finalidade é corrigir os três fatores negativos implicados no processo saúde-doença que
são: inflamação, congestão e tensão, pois os quadros inflamatórios e congestivos
acarretam doenças e a tensão afeta o sistema imunológico (Albuquerque, 2011). A
reflexologia tem sido muito usada como terapia complementar e sua popularidade está
crescendo no mundo ocidental podendo ser utilizada com os mais diversos fins como:
suporte ao tratamento do paciente oncológico para minimizar os efeitos da quimioterapia,
dentre os quais: náusea, dor, diminuição do apetite e dificuldades de comunicação; além
de melhorar a constipação crônica em crianças (Jiraingmongkol et al, 2002; Hodkinson,
2004; Bishop et al, 2003).

2. HISTÓRIA

A origem precisa da Reflexologia não é conhecida, entretanto remota à Antiguidade.


Embora não se saiba ao certo quando e como isso começou, as evidências indicam que as
massagens terapêuticas têm sido praticadas por diversas culturas ao longo da história
(DOUGANS e ELLIS, 1992). Nessa perspectiva, a reflexologia nasceu na China há cerca de
5.000 anos. Todavia, as culturas egípcias e babilônicas desenvolveram-se antes da chinesa,
e o Egito contribuiu com uma valiosa existência história (DOUGANS e ELLIS, 1992). O
documento mais antigo que descreve a prática da reflexologia foi encontrado em
escavações no Egito. Essa evidência um pictograma, um tipo de documento da época,
produzido em torno de 2.500 a 2.330 a.C., foi descoberto na tumba de um médico egípcio,
Ankmahor, em Saqqara. O pictograma continha desenhos de egípcios realizando técnicas
de 27 massagens nos pés, nas mãos e em outras partes do corpo, evidenciando assim, uma
possível prática dessa terapia (DOUGANS e ELLIS, 1992, p.29). Contudo, no ocidente
existem evidências da utilização de tratamentos ou terapias de pressão em zonas
específicas que refletem seus efeitos nos órgãos do corpo humano. Apenas em 1883,
publicado a respeito das áreas reflexas, descrevendo suas observações sobre mudanças
das mucosas nasais em função de alterações e problemas nos órgão internos. Desde então
várias pesquisas foram desenvolvidas a respeito dessa temática, almejando evidenciar a
sua eficácia (DOUGANS e ELLIS, 1992, p.29). O Dr. William Fitzgerald (1872-1942) a partir
de suas pesquisas e observações de pacientes que eram subtidos a intervenção cirúrgicas,
em que ao pressionar com força os dedos das mãos contra a cadeira de rodas, passavam a
suportar melhor a dor. Passou a investigar com mais profundidade a influência das
pressões exercidas em diferentes partes do organismo, acometidos de dores ou de maior
sensibilidade, concluindo que poderia dividir o corpo humano em dez zonas longitudinais,
que partindo de cada um dos dedos dos pés e das mãos terminavam na bóvida do crânio,
cobrindo cada zona a superfície corporal, os ógãos, as vísceras e as outras estruturas
anatômicas dentro dessas áreas (FELICIANO e CAMPADELLO, 1999, p.15). Dessa forma
deduziu que ao manipular determinados pontos numa zona era possível influenciar os
órgãos que estavam localizados dentro dela. Surgindo assim em 1917 a teoria das zonas de
energias do corpo humano, em que a aplicação de pressões de artefatos nos pés e nas
mãos, contribuíam para a redução da dor (FELICIANO e CAMPADELLO, 1999, p.15).

De acordo com Feliciano e Campadello (1999, p. 16), essa teoria de zonas energéticas do
corpo humano ganhou bastante popularidade na década de 20, mas somente nos anos 30
que Eunice Ingham conclui que as zonas de energias corriam em todo o corpo e podiam
ser acessadas de qualquer lugar, embora umas fossem melhores e mais efetivas que as
outras, atribuindo a aos pés a melhor parte do corpo pra se exercer essa técnica por ser
uma área de grande sensibilidade. Ressaltando também que as pressões exercidas em
vários pontos tinham efeitos terapêuticos mais abrangentes do que ao exclusivo alívio da
dor. Assim a Reflexologia atual é tanto uma ciência como uma arte. Como ciência requer
um estado cuidadoso, uma prática contínua, um profundo conhecimento das técnicas.
Como arte é uma das artes recuperadoras do organismo para não usar o termo curativo.
Quando utilizada com dedicação, seriedade, atenção e paciência podem acarretar muitos
benefícios para a vida do indivíduo (FELICIANO e CAMPADELLO, 1999, p.17). No Brasil, a
técnica se popularizou a partir de 1996, com Elizabeth Graham, reflexologista sul-africana
(SILVA et al., 2015)

3. COMO É UTILIZADA

A reflexologia baseia-se na existência no corpo de um sistema de zonas ou canais


longitudinais (verticais) e transversais (horizontais). Os reflexologistas tem acesso à
energia do corpo através das zonas, para estimular 0 corpo e eliminar quaisquer
congestionamentos que possam estar causando desequilíbrios. As dez zonas longitudinais,
descritas pelo dr. Fitzgerald, sobem dos pés pelas pernas e pelo corpo até a cabeça, e
descem pelos braços e mãos. Tais zonas poderiam também ser descritas ao contrário,
como saindo das mãos, subindo pelo braços e chegando a cabeça, e então descendo pelo
corpo até os pés. Há cinco zonas do lado direito do carpo e cinco zona do lado esquerdo: a
zona 1 ligando 0 dedão do pé ao polegar; a zona 2, o segundo dedo do pé e 0 indicador; a
zona 3,0 terceiro dedo do pé e 0 dedo médio da mão; a zona 4, 0 quarto dedo do pé e 0
dedo anular; e a zona 5, 0 dedinho do pé e 0 mínimo. As zonas são segmentos ao longo do
carpo que tem largura igual em cada seção do corpo
No interior de cada zona, há um fluxo de energia que corre por todas as partes do corpo
situadas na mesma zona. As zonas se estendem para os pés e para as mãos, assim as zonas
reflexas que correspondem as diferentes partes do corpo serão encontradas nas mesmas
zonas dos pés e mãos. Segundo esse prisma, e fácil mapear as áreas do corpo que
correspondem aos pontos reflexos apropriados nos pés e nas mãos.

Após este observação minuciosa e cuidadosa, com o intuito de diagnosticar e fazer


observações, é então realizada a intervenção. A técnica pode ser aplicada tanto nos pés
quanto nas mãos, visto que os pés são preferidos pelos terapeutas, pois apresentam uma área
maior para ser trabalhada, em comparação com as mãos. Na impossibilidade de trabalhar nos
pés devemos usar as mãos desse paciente, com a mesma resposta positiva que se usássemos
as áreas dos pés. É um método que propicia o uso associado de outras técnicas, mas devemos
sempre ter em conta que ao associar muitas técnicas poderá ter um efeito muito diferente do
esperado, portanto usar critérios para aplicar os cuidados, e ter em uso, somente uma técnica
a mais associada. Pode ser utilizada como uma terapia de prevenção e promoção de saúde,
cuidando para que não padeçamos de desequilíbrios maiores, por falta de cuidados. A técnica
propicia relaxamento profundo ao organismo, e funciona como um drenador de toxinas,
deixando o organismo livre de qualquer intoxicação.

Apesar de funcionar como técnica de cura, deve sempre ter em conta, que o usuário tem
influências do ambiente físico, seu próprio físico, seu mental e emocional. Ao receber a
massagem, podem surgir reações orgânicas, como: aumento da diurese, urina com coloração
escura e odor forte, flatulência e movimentação dos intestinos, aumento da transpiração,
melhoria da circulação, sanguínea e linfática, aumento das secreções das membranas
mucosas, nariz, boca, brônquios, estados emocionais como ter por um período o aumento de
irritação, ou sonolência. A reflexologia baseia-se no princípio de que existem áreas, ou pontos
reflexos nos pés e nas mãos que correspondem a cada órgão, glândula e estrutura no corpo.
Ao trabalhar nesses reflexos, reduzimos a tensão em todo o corpo permitindo a recuperação
gradativa do bem estar. A energia está sempre fluindo através de canais ou zonas no corpo,
que terminam formando os pontos reflexos nos pés e mãos (MACHADO, 2008, p.5). Assim a
pressão é aplicada nas áreas reflexas com os dedos das mãos e usando técnicas específicas.
Isso provoca mudanças fisiológicas no corpo na medida em que o próprio potencial de cura do
organismo é ativado (DOUGANS e ELLIS. 1992, p.37-38). A meta da reflexologia, então, é
promover o retorno da homeostase levando a um estado de equilíbrio. O passo mais
importante para se conseguir isso, é reduzir a tensão e induzir ao relaxamento.

4. MAPEAR (PONTOS)

Para compreendermos melhor os pontos de reflexão do pé, podemos revisar brevemente a


anatomia deste, o qual é constituído, basicamente, pelas falanges (ossos dos dedos), seguidas
pelo metatarso e tarso (conectando ossos como o metatarso, a tíbia, a fíbula e o calcâneo), os
quais são responsáveis por suportar boa parte do peso corporal. Conectando ossos,
conferimos a presença dos principais ligamentos: cal-câneo fibular, talocalcâneo lateral,
cervical, deltoide, tibiocalcâneo, tibiotalar e, sob um plano mais profundo, os ligamentos
tibiotalares e calcaneonavicular (KURA; SPASSIN, 2013). A reflexologia podal é aplicada por
intermédio de uma sequência de pressão em pontos específicos do pé. De forma geral,
orienta-se que seja feita uma avaliação prévia do paciente para obter o conhecimento
dospontos a serem estimulados. A planta do pé pode ser observada como uma espécie de
mapa no nosso corpo, refletindo estímulos de acordo com a compressão de cada ponto, sendo
que os principais são:
• Dedos hálux (dedos maiores), que são responsáveis pelo estímulo da cabeça;

• Logo abaixo, na inserção do hálux, encontra-se o ponto responsável pelo estímulo da tireoide
e, seguindo abaixo, o ponto do coração;

• Dedos mínimos são responsáveis pelos estímulos da orelha, seguindo lateralmente os pontos
do sistema imunológico;

• Demais dedos são responsáveis pelo estímulo de dentes e ossos, seguindo abaixo os pontos
da visão;

• Sobre a região do metatarso estão localizados os pontos de estímulo do pulmão;

• Sobre a linha do arco do pé, localizamos os estímulos da coluna vertebral;

• No pé esquerdo, entre o metatarso e a inserção do tarso, encontramos os pontos de


estímulo do fígado na parte central, na vesícula biliar lateralmente e no estômago na parte
interna, porém, no pé direito, encontramos estímulos do estômago e do cólon;

• Sobre a região de inserção do tarso ao calcâneo, na parte interna, encontramos os pontos de


estímulo dos rins, porém, nas demais áreas do calcanhar, encontramos pontos de estímulo
intestinal e pélvica

5. PRA QUE SERVEM

Os principais efeitos da Reflexologia no organismo são:

• Redução da ansiedade;

Você também pode gostar